carta de notícias - edição 32

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Estado de Goiás Distribuição Gratuíta Ano IV, nº 32 Fevereiro de 2012 DEMOSTENES DESISTE DE CANDIDATURA página 10 página 08 Nome mais cotado para disputar a prefeitura de Goiânia diz que não será candidato José Eliton é cotado para substi- tuir o senador Demostenes para a disputa pela prefeitura de Goiânia Minguito Valente Após receber fortes acusações do prefeito depois de entrevista o Democrata Minguito va- lente parte para o con- traataque e aciona Pau- lo na justiça Marcone Perilo Governador goiano rece- be os parabéns da pre- sidente Dilma pelo ajus- te fiscal e Goiás recebe quase 1,5 Bi de limite para endividamento Paulo Roberto Prefeito cai na folia com a população e Posse realiza uma grande festa de car- naval após muito im- passe. Guarani de Goiás Comunidade cons- troe capela em louvor a Nossa Senhora do Desterro e promove uma grande festa na inauguração, na co- munidade Zaizama A homenagem deste mês é para o ex-vereador guaraniense morador da comunidade do São Pedro Sr. Munício página 08 página 04 página 03 página 07 página 09 página 04 Região Disputa por ter- ras entre Goiás e Bahia pode está chegando ao fim.

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Carta de Notícias Edição número 32

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Page 1: Carta de Notícias - Edição 32

Estado de GoiásDistribuição GratuítaAno IV, nº 32

Fevereiro de 2012

DEMOSTENES DESISTE DE CANDIDATURA

página 10

página 08

Nome mais cotado para disputar a prefeitura de Goiânia diz que não

será candidato

José Eliton é cotado para substi-tuir o senador Demostenes para a disputa pela prefeitura de Goiânia

Minguito Valente

Após receber fortes acusações do prefeito depois de entrevista o Democrata Minguito va-lente parte para o con-traataque e aciona Pau-lo na justiça

Marcone Perilo

Governador goiano rece-be os parabéns da pre-sidente Dilma pelo ajus-te fiscal e Goiás recebe quase 1,5 Bi de limite para endividamento

Paulo Roberto

Prefeito cai na folia com a população e Posse realiza uma grande festa de car-naval após muito im-passe.

Guarani de Goiás

Comunidade cons-troe capela em louvor a Nossa Senhora do Desterro e promove uma grande festa na inauguração, na co-munidade Zaizama

A homenagem deste mês é para o ex-vereador guaraniense morador da comunidade do São Pedro Sr. Munício

página 08 página 04

página 03

página 07 página 09 página 04

Região

Disputa por ter-ras entre Goiás e Bahia pode está chegando ao fim.

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Muitos dizem que sou apenas mais um a tentar. Eu digo que sou menos um a desistir.

Diego Marchi

ALGO ESTA CHEIRANDO MALO Ficha Limpa chega em boa hora. Tavez não acabe com toda sujeira na política, mas promete um obstáculo a mais aos estrate-gistas do mal.Agora os pré-candidatos estão mais preocupado se podem ou não serem votados. Isso deu uma pausa na política fora de epoca e os políticos Ficha Suja estão lo-tando os escritórios de advocacia tentando dar um lustre na ficha já empoeirada.

TÔ GRITANDO FERRADO, 3 PAUEm Guarani a escolha pelo can-didato a prefeito parece que será feito numa disputa de jogo de pa-litos. Os ânimos dos pretendentes a vaga estão mais agitados este ano, talvez pela grande perfo-mance apresentada por Walter Moreira na ultima eleição, que, se não fossem os votos transfe-ridos de forma irregular ele teria vencido a eleição contra três ex--prefeitos, a máquina pública e muito dinheiro, pelo que parece novamente nessa eleição Walter será o homem a ser batido.Resta saber se novamente cria-ram um grupão para derruba-lo porque pelo menos as transferên-cias de votos já estão em pleno vapor.Escolham seus palitos, façam suas aposta, eu já fiz a minha.

PIADA DE MAL GOSTOQuase 100% dos guaranienses votam. É o que afirma o cartório eleitoral. Isso seria bastante en-graçado se não fosse trágico.

QUEM É O SR. ? PARTE IIGuarani o paraíso do turismo elei-toral. e os pacotes promocionais continuam em alta.Quanto vale uma transferência irregular? umas notinas de reais, uma boa amizade, um bom pa-rente, um bom romance, um lote? Quanto custa? é isso que os mo-radores da cidade estão pergun-tando, porque eles não recebem nada disso para votar.

BALDE DE ÁGUA FRIAApresentando problemas no fe-chamento das contas quando candita a deputada estadual, Guete vê seu nome na lista do Tribunal Superior Eleitoral.Se ela não conseguir reverter este problema pode ter sua can-didatura anulada.Quem segue com ficha limpa e transparente é Ivon Valente, e que também tem nome bastante lembrado pela comunidade, não se diz candidato mas também não foge da responsabilidade.Dr. Eltin segue em silêncio e com apoio total do grupo e se confir-mar a queda de Guete seu nome pode ganhar ainda mais força.Paulinho corre atras do prejuizo, bombardeado por todos os lados se equilibra para não cair. Agora a comunidade se pergunta: quantos candidatos teremos?

FALE MAL, MAS FALE DE MIMEm Posse não se fala muito de política, mas se falam muito de politicos, o alvo preferido tem sido o prefeito, este que não tem pregas na lingua também não fica calado e dispara sua metra-lhadora giratória, o ultimo alvo foi Minguito Valente que ficou calado ao ser contraatacado por Paulo, agora decidiu falar, mas só falou a justiça abrindo processo contra o prefeito. Agora é esperar pela decisão judi-cial e ver o desfeche de mais este capitulo da política possense.

SE FOR DA VONTADE DE DEUS E DO POVO...Os candidatos em Posse seguem indefinidos, todos estão bastan-tes cautelosos e temerosos com o quê a população está pensan-do e com o perfil do administrador que eles querem para a cidade.As eleição já se aproxima e ainda não se apresentou nenhum nome definitivo para concorrer ao posto de prefeito. Andando ao contrario, para vereador vários nomes já são conhecidos e muitos já co-meçaram até a pedir votos.

José Cácio Júnior

Com a decisão do Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE), na quinta-feira (1/3), por 4 a 3, de proi-bir candidaturas de quem teve as contas das cam-panhas de 2010 rejeita-das, políticos e pré-can-didatos estão na correria para rever ter a situação.

A medida do TSE foi uma forma de dei-xar a lei mais r ígida. A legislação eleitoral exi-gia apenas a prestação de contas de campanhas passadas no registro da candidatura. Mesmo os candidatos com contas rejeitadas podiam dispu-tar eleições.

Tomando como base lista divulgada pelo Tri-bunal Regional Eleito-ral de Goiás (TRE-GO), cerca de 100 políticos não poderiam disputar as eleições municipais. Mas alguns deles estão re-correndo para não terem problemas com a Justiça Eleitoral.

São os casos dos ex--candidatos ao gover-no do Estado Vanderlan Cardoso (PMDB) e Mar-ta Jane (PCB). Vanderlan havia f icado com cerca de R$ 3 milhões de dívi-das de campanha, que fo-ram assumidas pelo PR.

A assessoria de Van-derlan também divulgou nota af irmando que o pe-emedebista recorreu da decisão e que a rejeição das contas de 2010 não serão problema para a vida do político.

Marta Jane, que está sendo cotada para ser candidata a vereadora ou para ser nome da esquer-da para disputar a pre-feitura de Goiânia, disse que também recorreu da decisão para rever ter a rejeição das contas.

Outros nomes conhe-cidos da política f iguram a lista. O deputado es-tadual Frederico Nasci-mento (PSD, eleito pelo PTN), que não deve dis-putar eleição em 2012, não foi encontrado para comentar se recorreu da decisão.

O ex-deputado esta-dual Ivan Ornelas (PT), o ex-vereador Amarildo Pereira (PSDB) e pré--candidatos a vereador em Goiânia - Martinia-no Cavalcante (PSol), Santana Pires (PRTB) e Américo Novaes (PSTU) - estariam fora do pleito.

A decisão do TSE ainda deve confundir muitos pré-candidatos. O Tribunal estima que 21 mil políticos tenham problema com contas da campanha de 2010. As contas rejeitadas de cam-panhas anteriores serão julgadas individualmen-te pelo TSE.

Confira lista do TRE--GO dos políticos com con-tas das campanha de 2010 reprovadas.

Adão Eustáquio Ferreira Adão Lade Fernandes Braga Adeniza Borges de Araújo Aderbal Balbino dos Santos Aladim Batista Nepomuceno Alyefferson Andrade Silva Amarildo Domingos Cardoso Amarildo Pereira Américo Rodrigues de Novais Antonio da Penha de Camargo Antonio Ferreira Teodoro Antonio Joviano Pacífico Antonio Marcos Santos Pereira Antonio Paes Baião Antonio Pedro de Camargo Antonio Rodrigues do Rosário Beltronio Ferreira de Melo Filho Bianor Ferreira Breno Leite Santos Carlos Antonio de Araújo Carlos Roberto Soares da Silva Cristiano Silva Cardoso Daniel de Sousa Carvalho Daniel Sardinha Pires Danilo Igor de Oliveira Rios Decivan Damasceno Araújo Delvaci Antônio da Silva Dorival Gonçalves da Silva Edivan de Sousa Fernandes Elecir Casagrande Elias Antônio de Almeida Elio Neres do Prado Eslaine Peres de Oliveira Fernando Celso Derzie Luz Fernando Frohlich Abadia

Francisco Carlos de Carvalho Francisco Placido Cunha Frederico Nascimento

Frei Valdair Geraldo Amorim Gonçalves Gerson Sant ana Hélcio Ribeiro Maia Helmes Aquino Afonso Hoberdon Nazario Lima Inez de Araújo Neta Ivan Ornelas Iraquitan Oliveira da Silva Jackeline Oliveira dos Santos Figueiredo Jean Carlo dos Santos João Bernardino Gonçalves Neto João Francisco do Amaral João Mendes de Rezende José Batista da Silva José Fernando Gomes Feitoza José Francisco Ferreira José Moreira Caixeta Josmar dos Santos Moura Josmar Martins Gomes Josué Ferreira de Araújo Júnior Jovelino Costa Antunes Juarez Vieira dos Santos Julio Pina Neto Lauro de Nadai da Silva Licivalda Machado Lúcio Mauro Nunes Salum Luiz Angelo Pinto Santos Manoel Francisco do Nascimen-to Bem Neto Marcos Geraldo Mendes da Sil-va Margarete Angélica Gomes Va-lente Maria da Conceição Souza Ve-loso Marta Jane

--Martiniano Cavalcante Moraci de Souza Lemes Neidina Bernardes Silvano

Orlandina Ferreira Machado Paulo Henrique Silva Dias Paulo Roberto Paulino dos Santos Paulo Winicius Teixeira de Pau-la Renner Ricardo dos Santos Costa Ricardo Rocha Batista Ricardo Novaes do Carmo Rogério Ribeiro da Silva Ronaldo Magalhães Quadro Ronilton Gonçalves Rui Barbosa Alves de Mendon-ça Said Mahmud Santana Pires Sebastião Lázaro de Oliveira Sérgio Peixoto da Silva Sérgio Roberto Carvalho da Silva Silveira Alves de Moura Thays Priscilla Bechepeche Ri-beiro Timotio João de Souza Costa Urbano Maurício Alves Costa Vanderlan Cardoso Vanderlan Moura Júnior Vera Lúcia Costa Ferreira Vicente Soares de Castro Victor Cruz Pereira Wagner Guimarães Waldir Camelo Walter Gualberto de Brito Wilis Alves da Silva Willian Ribeiro Wilmar Martins Teixeira Júnior

Com decisão do TSE, políticos correm para aprovar contas de campanha

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Universidade Estadual tem novo reitorDepois de conversar

com o então reitor da Universidade Esta-

dual de Goiás (UEG), Luiz Antônio Arantes, e com re-presentantes da universida-de na sexta-feira (10/2), o governador Marconi Perillo (PSDB) escolheu o nome do coordenador da área de Pós--Graduação, Haroldo Rei-mer, como novo reitor da instituição. A decisão não levou em consideração a in-dicação por parte de classes representativas da universi-dade, que apontavam para o diretor da unidadade da UEG de Quirinópolis (a 293 km de Goiânia), Gilberto Celestino.

Luiz Arantes pediu re-núncia do cargo na manhã de sexta-feira (10/2), ale-gando que irá se dedicar à campanha eleitoral em Qui-rinópolis. Eleito reitor da UEG no governo de Alcides Rodrigues (PP), ele não era próximo à cúpula do go-verno estadual. A situação tornou-se mais crítica em novembro de 2011, quando o Ministério Público (MP) pe-diu seu afastamento por de-núncias por irregularidades em licitações, gastos com publicidade em ano eleito-ral e erro na formalização e execução de convênio com a Fundação Universitária do Cerrado (Funcer).

Depois do relatório do MP o governo estadual

criou uma comissão com objetivo de reestruturar a universidade. Entre as me-didas, o relatório indicava escolha de um reitor in-terventor e adequação dos cursos conforme a demanda dos municípios goianos, o que indicava o fechamento de alguns cursos ou unida-des em Goiás.

“Haroldo faz parte do quadro da universidade e é um dos nomes que foram in-dicados. Avaliação do novo reitor foi feita de maneira que afastasse a universida-de de qualquer vinculação política e permitisse o aten-dimento das requisições dos servidores e andamento do plano de reestruturação da universidade”, explica um integrante do governo que participou do processo de escolha do novo reitor.

A renúncia de Luiz Aran-tes foi uma das maneiras en-contradas pelo governador para evitar maiores traumas na troca do comando da uni-versidade. A possibilidade de intervenção foi possível com a mudança do estatuto da instituição. A insatisfa-ção existiria caso o gover-no indicasse um novo reitor sem o aval da comunidade acadêmica.

CautelaUm integrante do go-

verno relaciona a cautela do processo devido a re-

percussão do novo Plano de Carreira e Salário dos servi-dores e equiparação do salá-rio dos professores da rede estadual de ensino ao piso nacional, aprovado em de-zembro de 2011 na Assem-bleia Legislativa. A mudan-ça provocou reação de parte dos professores e chegou ser um dos motivos para come-ço de greve.

Além de Haroldo, que se-ria uma indicação do ex-rei-tor, e de Gilberto, o governo bancava o nome do pró-rei-tor de Pesquisa e Pós-gra-duação Harlen Inácio dos Santos. A lista tríplice foi deixada de lado e Gilberto passou a ser o indicado dos representantes da universi-dade. A escolha foi feita em reunião de representantes da

Associação dos Diretores das Unidades Universitá-rias (Adir), Associação dos Docentes da UEG (Adueg), Diretório Central de Estu-dantes (DCE) e Sindicato dos Servidores Técnico--Administrativo da UEG (SISTAUEG) na sexta-feira (10/2) pela manhã.

Em almoço com as enti-dades na sexta, o governa-

dor Marconi Perillo afirmou que não aceitaria interven-ção política na escolha do novo reitor. Presidente da Adir, José Maria de Sou-sa afirmou que irá apoiar a decisão do governo, mesmo com escolha diferente dos nomes indicados pelas en-tidades. “Vamos apoiá-lo. Queremos consolidar a uni-versidade.”

FOTOS: MAEDA

Reivindicação dos alunos da UEG Posse pode se tornar realidadeTalvez o sonho dos alunos

da UEG de Posse, que tanto defendem a unida-

de, agora pode ser concretiza-do com a mudança de direção da universidade. A exemplo do que aconteceu com o reitor, que não tinha a simpatia da maioria da UEG, a eleição do diretor da UEG em Posse, Antônio Carlos Nunes de Souza, foi marcada por reivindicações e protestos dos alunos.

Com a mudança do reitor, pode haver troca dos diretores das unidades em Goiás. Dessa maneira o sonho dos universitá-rios de Posse, iniciado em 2009, continua vivo e pode ser con-cretizado agora, mesmo com mais de dois anos de atraso.

A maioria dos alunos era contrária à permanência de Antônio Carlos. O Carta de No-tícias acompanhou a mobiliza-ção dos alunos em novembro de 2009, que reclamaram da forma como a eleição na unidade se-ria feita. Antônio Carlos havia sido eleito anteriormente para um mandato de dois anos. Mas no período a UEG estabeleceu novas normas mudando o man-dato dos diretores para quatro anos. Com isso, Antônio Car-los ganhou mais dois anos, que vencia em novembro de 2009.

E a reeleição de Antônio Carlos foi marcada por muita revolta e reclamação dos alunos da unidade. O dia da eleição, 13 de novembro, ficou marcado

para aqueles que defendem a universidade. O professor Sér-gio dos Reis apresentou candi-datura contra Antônio e, mes-mo tendo obtido 80% dos votos dos alunos, não foi eleito.

No final da apuração dos votos, Antônio foi reeleito com 54,41% dos votos. Sérgio obte-ve 85,2% dos votos dos 464 alu-nos da unidade. Entretanto, os votos dos professores e funcio-nários da UEG têm mais peso, o que foi decisivo para a reelei-ção do diretor. Antônio recebeu 76% dos votos dos funcionários da unidade e 57,7% dos votos dos professores.

Inconformados com o re-sultado, alunos da UEG foram às ruas reclamar do processo

da reeleição de Antônio Carlos. Os alunos acusaram o diretor de ter conduzido a eleição de forma irregular e ressaltavam a quantidade votos que o profes-

sor Sérgio recebeu dos alunos. À época a UEG afirmou que não havia nenhuma irregulari-dade na eleição e o resultado foi mantido.

Mesmo assim os alunos dei-xavam claro que discordavam da postura da reitoria e demons-travam repúdio da comunidade estudantil ao diretor Antônio Carlos. Quase quinhentos alu-nos participaram das manifes-tações que ganharam as ruas e o respaldo da população. A mobilização ganhou dimensões imensuráveis e ganhou apoio do programa Balanço Geral da TV Record, um programa de grande audiência e credibilida-de, apresentado pelo jornalista Oloares Ferreira.

Marcada por tons pacíficos, os alunos questionavam o tom político com que a diretoria da UEG comandava a unidade.

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REGIÃO

Litígio territorial entre Goiás e Bahia pode chegar ao fim

Dr. Airton Fagundes foi convidado para um al-moço com o governa-

dor Marconi Perillo e o depu-tado Valcenor Braz liderança politica do Entorno de Bra-sília, o advogado e produtor rural estava acompanhado dos amigos Emilio Vieira, grande intelectual do nordeste goia-no que possui cadeireira na Academia Goiana de Letras, Wellington Moreira, do jornal Carta de Notícias e Airton Fi-lho, historiados e pesquisador.

Durante o almoço Marconi apresentou as dificuldades que enfrentou todo o ano passado, mas acalmou aos presentes expondo o pacote de obras que será destinado para todo o estado. Falando aos presen-tes em sua maioria composta por representantes do Entorno de Brasília o governador não fez rodeios e foi direto ao pro-blema, as péssimas condições das estradas da região e as dificuldades que os moradores passam ao enfrentar o transito do Distrito Federal. Marconi

demonstrou preocupação e prometeu levar a estrada férrea até Val Paraiso.

Uma noticia boa que bene-ficiaria também a região nor-deste é um projeto que o go-verno está desenvolvendo para criar em conjunto com GDF (governo do distrito federal) uma pista que circundaria a capital do país não precisando mais corta-la para ir a Goiânia.

Porta-voz do Nordeste Goiano, Dr. Airton participou do almoço atento a tudo e ao final se reuniu com o Governa-dor que acatou suas reivindica-ções.

No almoço o governa-

dor levou boas notícias aos prefeitos e autoridades pre-sentes. Marconi informou do crédito de R$ 1,45 bilhão au-torizado pela presidente Dil-ma Rousseff no início do ano. Os recursos serão utilizados para obras de infraestrutra e saneamento básico em Goiás.

De acordo com o gover-nador, será possível, entre restauração e abertura de novas estradas, abrir cantei-ro de obras em 80 rodovias estaduais. Marconi também lembrou do programa Rodo-vida, que pretende restaurar mais de 4 mil km de malha asfáltica neste ano.

Airton Fagundes almoça comValcenor Braz e Marconi Perillo

O governador Marco-ni Perillo enviou ao ministro do Supremo

Tribunal Federal (STF) e re-lator do processo, Luiz Fux, a homologação da linha divisó-ria entre os Estados de Goiás e da Bahia. A linha foi levanta-da pela Divisão Geográfica do Exército. A homologação dá a Goiás o direito de pertencer a seu território milhares de hec-tares de terras disputados há anos pelos produtores rurais goianos e baianos. O pedido foi apresentado em audiência, onde Marconi Perillo foi re-presentado pelo vice-governa-dor José Eliton.

Pelo levantamento do Exército, feito a pedido do próprio STF, é correta a linha demarcatória dos dois esta-dos prevista em acordo entre Goiás e Bahia estabelecido em junho de 1920. A linha toma como divisa as bacias das águas dos rios Tocantins e São Francisco. Mesmo ten-do na época aceito o acordo, o Estado da Bahia não concor-dou com a demarcação feita por uma comissão agrária dos dois estados, movendo em 4 de junho de 1986 uma ação contra Goiás.

Os erros verificados pela Divisão Cartográfica do Exér-cito Brasileiro são considera-dos mínimos e foram motiva-dos, segundo laudo técnico, por falta de equipamentos técnicos adequados naquela época. No último levantamen-to foram utilizados aparelhos de última geração, como GPS.

O vice-governador José

Eliton saiu da audiência do STF dizendo que foi um en-contro muito importante para defender o interesse de Goiás na questão territorial com a Bahia. “Goiás ganhará uma área significativa numa região considerada grande produtora de grãos”. Além disso, José Eliton lembra que haverá um incremento de arrecadação de impostos e pacificação entre os produtores rurais que ora

recebem títulos de suas terras expedidos pelo governo da Bahia e ora pelos órgãos simi-lares de Goiás.

Perícia do ExércitoO trabalho pericial rea-

lizado pela Divisão Carto-gráfica do Exército foi pago apenas por Goiás e Tocan-tins. O Estado da Bahia não se dispôs a pagar entendendo que não era de seu interesse.

A perícia levou em conta do-cumentos descritivos e carto-gráficos do IBGE, informa-ções numéricas dos modelos digitais de elevação, além de medições de campo com aparelhos GPS. Ao final do levantamento, se expediram cartas e imagens topográfi-cas especiais, produzindo-se um laudo técnico minucioso considerado tecnicamente in-questionável.

Em seu relatório, o Ser-viço Geográfico do Exército Brasileiro concluiu que “o traçado da linha de divisa corrente dos estudos da Co-missão Interestadual, o qual o Estado da Bahia propõe seja considerado quando da demarcação da divisa, apro-xima-se do traçado proposto pela perícia apenas nos tre-chos onde há variação altimé-trica perceptível, divergindo

naqueles em que a variação de levo é quase imperceptí-vel”.

Segundo o vice governa-dor, o ministro Luiz Fux se mostrou sensível e determi-nado a pôr um ponto final na disputa litigiosa entre Goiás e Bahia. “Ele transpareceu disposição a dar celeridade aos diversos processos que correm no STF envolvendo ações territoriais”.

Minguito rebate criticas do prefeito Paulo Roberto

Em resposta à matéria pu-blicada na edição número 30, do mês de dezembro de 2011, nesse conceituado Jornal, sob o titulo ”Prefeito Paulo Ro-berto demonstra indignação com Minguito”.

O Sr. Paulo Roberto, Pre-feito de Posse, inconformado sobre comentários feitos por mim, quanto a sua ausência em solenidade do Governo de Goiás, quando da assinatura de convênios entre o Estado e os Municípios de Goiás, in-veste contra a minha pessoa, propalando inverdades e fatos que não me dizem respeito, o que, alias, lhe é peculiar. O Prefeito atira no que viu para acertar o que não viu, apenas com o intuito de desviar a atenção de nossa gente quan-to aos desmandos e à absoluta incompetência do seu gover-no, tido, pelo povo, como o pior da historia de Posse.

Não é verdade que tenho estado presente em todos os governos de Posse. Como pro-va disse, cito o próprio gover-no atual, do qual não partici-po, assim como, também, não participei de outras adminis-trações municipais, quando outros eram prefeitos.

Participei ativamente, é verdade, das administrações do Dr. Edgar e do Stanley, nas quais, em nenhuma delas, a nossa cidade foi submetida a estagnação e nem deixada a moscas, como acontece agora, na gestão do atual Prefeito.

Em seu desarrazoado de-sabafo, o Prefeito Paulinho apenas confirma a sua incom-petência até mesmo para acu-sar, pois o faz sem qualquer fundamento fático verdadei-ro, buscando com isso, como eu disse anteriormente, ape-

nas desviar a atenção de nosso povo quanto a péssima situa-ção do seu governo, marcado pela inoperância, pelo maras-mo e por nenhuma obra em três anos, apesar dos recursos arrecadados nesse mesmo pe-ríodo.

O Prefeito Paulinho acu-sa-me de omissão em caso de estupro verificado dentro do hospital de Posse, quanto eu fui Secretario de Saúde. O Sr. Prefeito, com esta acu-sação, não buscou se infor-mar melhor quanto á verdade dos fatos. Preferiu mentir ao Povo de Posse, como, alias, o faz em todos os dias de sua administração. Tanto mente que chegou a editar um folder com imagem de paisagem não existente em Posse, à exem-plo daquela em que mostra um lago que só existe em sua mente megalomaníaca. Isto é estelionato praticado com o dinheiro do povo.

Em verdade, o alega-do estupro sequer existiu. É que, tomando conhecimento do fato, a Secretaria de Saúde do Município adotou todas as providencias, levando o fato ao conhecimento da compe-tente autoridade policial, que abriu o devido processo, en-caminhando-o, após, ao Poder Judiciário, para julgamento. E o que acontecendo ao final daquele processo? O acusado foi absolvido, ou seja, o estu-pro não existiu. Isto está ar-quivado em processo próprio na Justiça de Posse. Assim, o Prefeito Paulinho faltou com a verdade ou foi leviano ao me fazer aquela acusação.

Naquela mesma matéria, o Prefeito Paulinho acusa-me, de forma graciosa e irrespon-sável, da pratica de superfa-turamento de compras e de

desvio de medicamentos e de produtos hospitalares, quan-do fui secretario de Saúde do Município, fato que, segundo ele, teria sido objeto de inves-tigação feita pelo Ministério Publico.

Esse fato também não e verdadeiro e o Prefeito Pauli-nho não fez prova e nem fará, jamais, que tenha existido tal investigação na esfera do Mi-nistério Publico local, pois eu jamais fui intimado a depor em processo de investigação promovida pelo Ministério Publico ou em ação penal pró-pria, com vistas a apuração daqueles fatos.

Essas acusações, gra-ciosas e criminosas, feitas pelo Prefeito Paulinho, é que motivaram a presente respos-ta.

Com tais esclarecimen-tos, espero que os leitores des-se conceituado Jornal tomem conhecimento da verdade quanto a tais fatos, de modo a que possam melhor analisá--los e julgá-los, absolvendo ou condenando a quem de direito.

A despeito desses es-clarecimentos protocolei uma ação cível indenizatória no fórum local contra o Sr. Pre-feito.

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JUSTIÇA

Concurso com segundas in-tenções na Bahia

Conheça um pouco mais sobre o Ficha LimpaCom a validação da Lei

Ficha Limpa para as eleições municipais

deste ano, por sete votos a quatro, no Superior Tribunal Federal (STF), vários políti-cos goianos devem ter a can-didatura impugnada e ficam inelegíveis por oito anos.

A Lei Ficha Limpa impe-de, por oito anos, a candida-tura de políticos que tenham sido condenados por um cole-giado de juízes, o que geral-mente acontece em segunda instância. A maioria das acu-sações aos políticos goianos se refere a ilícitos eleitorais, crimes contra a ordem econô-mica e improbidade adminis-trativa.

Pré-candidatos às prefei-turas de Goiânia (Isaura Le-mos, PCdoB), de Caldas No-vas (Magda Mofatto, PTB), e de Catalão (Adib Elias, PMDB) possuem condenação por colegiado. Isaura é acusa-da de enriquecimento ilícito por se apropriar de parte do salário de seus funcionários; Magda perdeu o mandato de prefeitura de Caldas Novas por compra de voto; e Adib, ex-prefeito de Catalão por dois mandatos (2001-2008), é acusado de improbidade ad-ministrativa e teve as contas relativas ao ano 2007 rejeita-das pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

Ao menos quatro pré--candidatos à Câmara Muni-cipal de Goiânia também de-vem ser barrados pela Justiça Eleitoral. Secretária munici-

pal de Educação em Goiânia, a ex-deputada federal Neyde Aparecida (PT) teve contas rejeitadas enquanto presiden-te da Companhia de Urbani-zação de Goiânia (Comurg) na gestão do petista Pedro Wilson (2001-2004). Ela é acusada de ter cometido im-probidade administrativa por ter contratado mais de três mil funcionários públicos sem concurso.

Ex-deputado estadual e secretário extraordinário de Assuntos Extraordinários da prefeitura de Goiânia, José Nelto (PMDB) tentava voltar à Câmara Municipal nestas eleições. O peemedebista foi cassado em 2010 por abuso de poder ecônomico na elei-ção de 2006. Nelto foi acu-sado de conseguir transporte para eleitores se mudarem durante a eleição.

Votação Interrompida no final de 2011, a votação sobre a validade da Lei Ficha Lim-pa para este ano foi encer-rada. A lei foi aprovada em 2010, mas não valeu para as eleições estaduais por ter sido promulgada um ano antes do pleito, o que é vedado pela le-gislação eleitoral.

Outro ponto polêmico e aprovado pelo STF foi a va-lidade da Lei Ficha Limpa para condenações anteriores à validade da lei. O assunto dividia políticos e juristas, pois alguns alegavam que nenhuma lei pode ter ação re-troativa.

O julgamento do STF

também esclareceu outro aspecto contestado por polí-ticos, o da presunção da ino-cência. Os ministros decidi-ram que a Ficha Limpa não fere o princípio da inocên-cia. Dessa forma, a lei pode ser aplicada para quem tem condenação por colegiado, mesmo em casos que cabem recursos da condenação.

A lei ainda proíbe can-didatura de políticos que re-nunciaram ao mandato para não serem cassados, que tiveram contas relativas a cargos públicos rejeitadas e quem foi condenado em ór-gãos profissionais e entida-des de classe por desvio de ética, como médicos e advo-gados.

Veja dez pontos sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa:

1 - Candidatos condenados em segunda instância da Justiça por crimes eleitorais, hediondos, contra o meio ambiente, corrupção, abuso de poder econômico, tráfi-co de drogas e racismo não poderão concorrer a cargos públicos por oito anos, ainda que possam apelar da deci-são. Anteriormente, o tempo de inelegibilidade para pes-soas nessa situação variava de três a oito anos.

2 - Para ser aplicada a inele-gibilidade, é necessário que a infração cause cassação do registro ou do diploma, em

julgamento na Justiça Elei-toral.

3 - Condenados em órgão colegiado da Justiça por ato doloso de improbidade ad-ministrativa, com lesão ao patrimônio público e enri-quecimento ilícito, também ficam inelegíveis.

4 - Também ficam barrados magistrados e integrantes do Ministério Público que deixem os cargos durante processo administrativos por infrações éticas.

5 - Essa inelegibilidade tam-bém vale para os demitidos do serviço público por conta de processo administrativo e para os condenados por

órgão profissional, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ou o Conselho Federal de Medicina (CFM), com perda do direito de tra-balhar na área por conta de infração ética ou profissio-nal.

6 - Políticos que renuncia-rem ao mandato antes de processos de cassação ficam inelegíveis.

7 - Rejeição de contas por irregularidades também se-rão consideradas ato doloso de improbidade administra-tiva. Por isso, a candidatura só será permitida se a deci-são do Tribunal de Contas for suspensa ou anulada pela Justiça.

8 - Pessoas físicas ou os di-rigentes de pessoas jurídi-cas condenadas na Justiça Eleitoral por doações ilegais também ficam inelegíveis.

9 - Fingir vínculo conjugal ou rompimento para driblar a inelegibilidade de parentes causa inelegibilidade. Antes, já eram proibidas as candida-turas de cônjuges a prefeito, governador e presidente.

10 - O candidato pode pedir efeito suspensivo se tiver uma decisão colegiada da Justiça contra si. Se o recur-so for negado, a candidatura será cancelada. Se isso acon-tecer após as eleições, o di-ploma será cassado.

Após estabelecer que quem mostrasse a carteirinha de parti-

dos políticos, sindicatos ou “organizações da sociedade civil” teria enorme vantagem na seleção pública para pre-enchimento de nove vagas no cargo de “representante territorial de cultura”, a Se-cretaria de Cultura do Esta-do (Secult) cancelou, nesta quinta, 23, o edital da sele-ção, datado de 10/02/2012. A alegação foi a de que “não houve intenção” de favorecer quaisquer segmentos e sim “má-formulação da redação”.

A vantagem a militantes partidários e sindicalistas foi denunciada na edição do jornal A Tarde de 19/02, em coluna assinada por Waldir Santos, advogado da União e especialista em concur-sos públicos. Waldir Santos denunciou ainda a irregu-laridade em forma de uma “Carta aberta ao secretário da Cultura da Bahia (Albino Rubim).”

O cargo de representan-te territorial de cultura tem vencimento mensal de R$ 1,98 mil mais auxílio alimen-tação e seria preenchido por meio do Regime Especial de Direito Administrativo (Reda).

No Edital 001/2012, que

estava até a manhã desta quinta no portal da Secult, uma das formas de pontua-ção era “Atuação em sindica-tos, partidos e organizações da sociedade civil (2,5 pon-tos por ano – máximo 4)”. Ou seja, o militante poderia somar mais dez pontos no es-core da seleção, que também levava em conta pontos como doutorado, estágio em área cultural, obra literária publi-cada e outros itens técnicos.“Escapuliu”

As inscrições da seleção estavam prontas para serem abertas, mas diante da reper-cussão, a Secult cancelou o concurso. No local onde es-tava o edital aparece o aviso: “A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia comuni-ca a todos o Cancelamento do processo de contratação de Representantes Territo-riais da Cultura (Edital Nº 001/2012), visando avaliar os critérios de seleção desse edital”.

O secretário de Cultura, Albino Rubim, que assina edital, não pode conversar, com a reportagem do jor-nal A Tarde por questão de “agenda”, segundo a asses-soria de imprensa. Mas o superintendente de Desen-volvimento Territorial da Cultura, Adalberto Santos,

responsável pelo edital, ale-gou que não houve intenção de privilegiar grupos.

“Nossa intenção era atin-gir os ativistas culturais. Houve má formulação da redação”, disse Adalberto. Questionado sobre o fato de ter, então, dado aval a texto mal-formulado, Santos justi-ficou: “Escapuliu realmente a palavra, tenho que admi-tir”.

Para Waldir Santos, o fato de a secretaria cance-lar o concurso, ao invés de corrigir os erros do edital ou anular ítens questioná-veis para sua republicação imediata, dá margem para se pensar que a seleção foi aberta somente para abrigar militantes partidários e sin-dicalistas.

“Não é nada disso” res-ponde Adalberto. “O edital será novamente republicado o quanto antes. A gente quer passar o pente fino em todo o processo, avaliar e lançar de novo”, afirma. Sobre a razão pela qual os cargos seriam selecionados via Reda e não por concurso, Adalberto diz que isso foge à alçada da Se-cult: “O governo não criou o cargo de representante terri-torial de cultura, o que tem de passar pela Assembleia, por isso é Reda”.

Ao declarar constitu-cional, por 7 votos a 4, a Lei da Ficha Lim-

pa, o Supremo Tribunal Fede-ral (STF) legitimou em boa hora a “saturação do povo com os maus-tratos infligidos à coisa pública”, nas palavras do ministro Carlos Ayres Britto, da maioria vencedora, sobre a ira da grande maioria dos brasileiros com a corrup-ção política. Decerto, o fato de uma lei atender a um jus-to clamor popular - ou, mais ainda, de ter sido “gestada no ventre moralizante da socie-dade” como apontou a nova ministra Rosa Weber, aludin-do ao 1,3 milhão de adesões à iniciativa popular que lhe deu origem - não a torna ne-cessariamente coerente com os princípios constitucionais. No estado de direito, tal sin-tonia é exigida, por definição, de toda norma adotada pelo Poder Legislativo.

Mas, não sendo o direito uma ciência exata, pode-se interpretar de mais de uma maneira a compatibilidade de um texto legal com o arca-bouço jurídico do país. E essa avaliação, quando se trata de matérias de manifesto inte-resse público, dificilmente fica alheia à vontade geral da nação.

O Supremo Tribunal, ob-servou a ministra Rosa, “não deve ser insensível às aspira-ções populares”. E poucas de-las, no Brasil de hoje, hão de ser mais compartilhadas que a do fim da impunidade que cresceu a ponto de se trans-formar em traço constitutivo da vida institucional. Pode-se arguir, é bem verdade, que leis defeituosas “corrompem o propósito dos legisladores e o próprio direito”, confor-me ressaltou o ministro José Antônio Dias Toffoli - voto vencido, ao lado de Celso de Mello, Cezar Peluso e Gilmar Mendes.

No caso da Ficha Limpa, aprovada em 2010, mas que só passará a valer a partir das

eleições deste ano, como de-cidiu corretamente o mesmo STF em março passado, há mais de uma provisão que, para os críticos, justifica-ria as objeções de Toffoli. A principal delas é a da inele-gibilidade de quem quer que tenha sido condenado por um colegiado em julgamen-tos ainda passíveis de con-testação, o que atropelaria o princípio da presunção de inocência. Outra é a validade da lei para delitos anteriores à sua promulgação, fazendo--a, portanto, retroagir. Outra ainda é a de barrar candida-tos que tenham sido banidos da profissão pelos órgãos que regulam o seu exercício, como os conselhos de me-dicina, equiparando o ato a uma decisão judicial pelos seus efeitos para a legislação eleitoral.

A maioria dos ministros, no entanto, deixou claro ter entendido que o País está mais disposto a aceitar uma lei moralizadora que peque por severidade do que uma que peque por complacên-cia. Não se pode esquecer, como assinalou Ayres Britto, que, durante os 16 anos que se seguiram à aprovação da emenda constitucional que determina o exame da vida pregressa de candidatos a cargos eletivos, o Congres-so não moveu uma palha para implantar a medida. “O povo, cansado, desalentado, se organizou sob a liderança de mais de 70 organizações e criou a iniciativa popular”,

comparou.O resultado final é um

texto apropriadamente duro. Veta a participação em elei-ções, por oito anos a contar da sentença definitiva, de condenados por uma exten-sa relação de crimes (entre outros, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, aten-tado ao patrimônio público, improbidade administrativa, corrupção eleitoral, tráfico e racismo).

A inelegibilidade pelo mesmo período se estende aos governantes cujas con-tas tiverem sido rejeitadas sem apelação pelo TCU, aos funcionários públicos demi-tidos ou aposentados com-pulsoriamente e aos políticos cassados por seus pares, ou que renunciaram para evitar a cassação e poder se can-didatar de novo na eleição seguinte. Para eles, a exclu-são conta a partir da data do término do mandato. Assim, para citar o exemplo mais no-tório, o ex-senador Joaquim Roriz, do Distrito Federal, que em 2007 deixou a cadeira que ocuparia até 2015 para se safar de um processo de cas-sação, só poderá voltar a se candidatar em 2023. Fez por merecer.

A esperança é que, já a partir deste ano, a lei final-mente induza os partidos, por interesse próprio, a excluir os fichas-sujas das listas que estiverem preparando, antes que a Justiça Eleitoral venha a fazê-lo. O tempo mostrará o tamanho do avanço.

A sensibilidade do Supremo

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GERAL

Conclamado por polí-ticos da base como o nome que tem maiores

chances de derrotar o prefeito de Goiânia Paulo Garci (PT), o senador Demóstenes Torres (DEM) preferiu manter o foco no projeto nacional do partido e desistiu de disputar a eleição municipal na capital. A decisão foi comunicada no dia 13 deste mês e no mesmo dia o DEM lan-çou o nome do vice-governador José Eliton como pré-candidato em Goiânia.

O senador também justifi-cou sua decisão como uma ma-neira de fortalecer a oposição à presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado Federal, em Brasília. A decisão foi reforçada após conversa com o governador Marconi Perillo (PSDB). Se-gundo o senador, Marconi afir-mou que ele será mais “útil” em Brasília.

“Eu decidi ficar mesmo em Brasília. A oposição anda mui-to fragilizada nacionalmente. O próprio governador acha que com a minha experiência como senador seria mais útil que eu permanecesse por lá”, afirmou Demóstenes, em anúncio na re-sidência do ex-prefeito de Goiâ-nia Nion Albernaz (PDSB).

De acordo com o senador, Marconi acabou lhe “conven-cendo a ficar em Brasília”. Na reunião o tucano citou como exemplo a atuação do trabalho de Demóstenes nas negociações para o empréstimo de R$ 3,527 bilhões para quitar as dívidas da Celg. Colega do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB) no Senado, Demóste-nes foi um dos interlocutores do governo estadual nas discus-sões sobre a Celg.

Candidatura única“Aglutinados podemos fa-

zer um belo papel”, afima o senador, se dizendo a favor de candidatura única na base. Para Demóstens, a escolha deve ser feita por meio de consenso, já que a prévia aumenta a possibi-lidade de desgastes, “pois tería-mos duas eleições.”

Demóstenes entende que a possibilidade de fazer uma boa gestão será a tônica da eleição. O senador afirmou que traba-lhará “carregando a pasta do candidato escolhido”. “Se o eleitor se convencer, creio que esse candidato será um prefeito

mais eficiente para Goiânia.” O projeto nacional do DEM

de lançar candidato à presidên-cia da República em 2014 tam-bém teve peso decisivo para Demóstenes. Em reunião do partido com pré-candidatos no dia 6 em São Paulo, a legenda conclamou o nome do senador como alternativa.

Para isso, Demóstenes afir-mou que continuará trabalhan-do, pois a decisão sobre o nome do DEM deve sair só em 2013. “Claro que em 2014 há uma boa expectativa de que o DEM lan-ce candidato nacionalmente. Só me resta trabalhar, trabalhar e

Demóstenes decide não disputar eleição em Goiânia

trabalhar.” SonhoA necessidade de fortale-

cer a oposição foi um dos mo-tivos para adiar o “sonho” de ser prefeito de Demóstenes. No entanto, o senador deixou claro o interesse em disputar a elei-ção da capital no futuro, caso o plano nacional não dê certo. “Cada eleição é uma história e creio que basta trabalhar com afinco, manter os projetos e a mesma linha que o eleitor se interessará sempre por alguém que possa gerir bem uma cidade e representá-la dignamente em qualquer parte do Brasil.”

A Polícia Civil, por meio do Grupo Especializado de

Repressão a Narcóticos (GENARC) de Posse, de-sarticulou esquema de fi-nanciamento de compra de drogas para posterior reven-da a pequenos traficantes e usuários. De acordo com as investigações, que duraram cerca de quatro meses, al-guns traficantes da cidade haviam criado linha de fi-nanciamento para se estru-turarem economicamente e adquirir drogas com recur-sos financeiros provenientes de outros crimes. A.H.R.P promovia a entrada de produtos con-trabandeados do Paraguai para revendê-los na região, com porcentagens de lucro superiores a 300%. Após apurar o valor da venda dos produtos contrabandeados, ele reinvestia o dinheiro, sendo que parte desse di-nheiro era aplicada no trá-fico, mediante aquisição de drogas; outra parte era mantida como capital de giro dos contrabandos e o restante era utilizado na ex-ploração de jogos de azar, como jogo do bicho e caça--níqueis. O lucro destes úl-timos também era utilizado para financiar o tráfico. Durante as inves-tigações, os policiais civis, sabendo que o A.H.R.P. tra-

Genarc em Possedesarticula esquema de financiamento do tráfico

ria altas somas em dinheiro para empregar no tráfico e produtos de contrabando para revenda, abordaram o veículo conduzido pelo mes-mo e no interior dele loca-lizaram aproximadamente 12 mil reais em dinheiro, 20 potências (módulos) au-tomotivas, 32 auto-falantes automotivos, aproximada-mente 5 mil unidades de brinquedos infantis e cerca de 60 raquetes mata-moscas, dentre outros objetos. De acordo com o delegado Vicente de Paulo Silva e Oliveira, titular do GENARC de Posse, além de incorrer em contrabando e descaminho, por trazer os produtos contrabandeados do Paraguai, o preso tam-bém estaria incurso em cri-mes contra o consumidor, já que os bens apreendidos não especificam suas caracterís-ticas e sinais de perigo no rótulo de suas embalagens, além de não passarem pela inspeção do INMETRO. O delegado ressaltou ainda que assaltos e furtos também têm sido utilizados como expediente para financiar o narcotráfico e, uma vez que têm encontrado resistência, em consequência da ação da Polícia Civil, os criminosos vêm diversificando suas ati-vidades através do contra-bando e de crimes contra o consumidor.

Depois de o senador Demóstenes Torres desistir de dispu-

tar a prefeitura de Goiânia, o DEM quer se manter no cenário eleitoral de 2012. Presidente do partido, o deputado federal Ronal-do Caiado (DEM) lançou o vice-governador José Eliton (DEM) como pré-candidato na capital.

A opção por José Eliton foi definida em seminário do DEM no dia 6 em São Paulo. A diretoria nacional decidiu que, na ausência de Demós-tenes, o vice-governador se-ria lançado. “Em breve José Eliton vai comunicar que está trabalhando e prepara-

do para o desafio”, disse o deputado federal liderança absoluta no partido.

Negando que José Eliton seja “candidato do bolso do colete”, Caiado defende a criação de um “vestibular” para os demais candidatos da base. Seria uma série de sabatinas que ia identificar o candidato com mais conhe-cimento e preparo para dis-putar a eleição em Goiânia.

“Não estamos tirando candidato do bolso do cole-te. A partir do momento que definirem os critérios pode-ríamos entrar no vestibular”, completa Caiado, afirmando que a medida contribuirá para a eleição em Goiânia.

José Eliton está preparado

A dupla de amigos Zé Marco e Rafael trabalham na gravação do seu primeiro discoOs amigos sertanejos

estão trabalhando duro para gravar o primeiro

CD da dupla.A rotina na gravadora não

tem sido fácil aos dois, mais o trabalho promete agradar a to-dos.

Músicas como: Porque não vê e Perdeu já foi prometem ala-vancar a carreira de Zé Marco e Rafael. O experiente Fernan-dinho produtor do CD, garante que o trabalho está muito bom e que logo todos poderão acompa-nhar nos shows e nas rádios.

Além das músicas inéditas o CD trás outras bastantes co-nhecidas pelo público amante do modão.

A dupla aguarda anciosa pela conclusão do trabalho e avi-sa que em breve estará visitando a região nordeste para apresen-tar o trabalho aos fãs.

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ESPECIAL POSSE Francisco Leandrof ranciscoleandroposso@gmail .com

Professores da UFG e UNB visitam a

cidade de Posse

Uma caravana de Pro-fessores Doutores em Geografia e Turismo

da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Universi-dade de Brasília (UnB): Maria Geralda de Almeida - UFG, Fernando Luiz Araújo Sobri-nho - UNB, Everaldo Costa - UNB, Lara Cristine Gomes Ferreira - UFG, Laura Jaime Ramos - UFG, Maria de Fáti-ma de Albuquerque Caracristi - UFG, visitaram o Depar-

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE) atua com foco no fortalecimento do empreen-dedorismo e na aceleração do processo de formalização da economia por meio de parce-rias com os setores públicos e privados, entre outros.

Desde a inauguração da agencia em Posse, foram realizados sete cursos, cin-co palestras, duzentas e dez capacitações, sessenta aten-dimentos individuais para empreendedores, e já estão programadas para dia 19 de março a 09 de abril consulto-ria e curso programa de ges-tão estratégica entre outros que virão.

O projeto de implantação da regional centro nordeste SEBRAE em Posse se deu após a inauguração da agen-cia no dia 26 de setembro de 2011, e com a política da di-retoria em descentralizar as ações para está mais perto dos clientes, com o intuito de fortalecer a economia, diver-sificar o comercio, e ampliar a grade de microempresários local. Segundo Tânia Apare-cida, Posse foi escolhida pela sua representatividade na re-gião em que se localiza e pelo grande potencial que ainda deve ser explorado. A regio-nal centro nordeste compre-

Posse é a mais nova sede regional SEBRAEendera o território da cida-dania que é o vão do Paraná (Flores de Goiás, Alvorada do Norte, Simolândia, Nova Roma, Iaciara, Buritinopólis, Mambái, Damianopolis, Sitio da Abadia, Posse, Guarani, São Domingos e Divinópolis.) e também Chapada ( São João da Aliança, Colinas, Alto Pa-raíso, Teresina, Cavalcante, Monte Alegre e Campos Be-los), a intenção é trabalhar o potencial de cada localidade com estudo de imagem e mer-cado.

A regional atendera a de-manda dos microempresários e empreendedores com cur-sos, consultorias, treinamen-tos, palestras, seminários, eventos, apoiando o empreen-dedorismo de uma forma ge-

ral. Tânia Aparecida a vinte e cinco de serviço e experiência no SEBRAE, estava a vinte e does na gerencia regional em Anápolis, foi convidada e aceitou gerenciar a regio-nal centro nordeste Goiás em Posse.

A regional em Posse conta com um analista, uma geren-te e does assistente, numero estes que serão multiplicados a partir de agosto deste ano, inclusive estará selecionando pessoas para trabalhar a agen-cia, quem estiver interessados (SOMENTE PELA INTER-NET) devem acessar a pagi-na do SEBRAE link trabalhe conosco, analista superior completo em contabilidade ou administração, e assistente cursando superior.

tamento de Comunicação e Turismo da Prefeitura Mu-nicipal de Posse no dia (27), de fevereiro com o objetivo de conhecerem e mapearem os pontos turísticos da região nordeste goiano como uma atração a parte a ser apre-sentada a Comissão Organi-zadora da Copa do Mundo em 2014, pela proximidade com Brasília como uma das cidades sede do evento, pro-porcionando as delegações

estrangeiras entre um jogo e outro a oportunidade de conhecerem a Apa do Rio Vermelho e o Vale do Para-nã com todas suas riquezas naturais, se destacando as ca-vernas, grutas, rios e cacho-eiras, como também as áreas Quilombolas da Região.

Ivan Carlos Brasileiro- Departamento Comunicação Prefeitura.

Festa de Carnaval em posse foi um grande sucessoMuitos torciam e ate

fizeram campanha contra o carnaval

de Posse este ano, mas uma vez deram com os burros na água. Depois de muitos impasses e prazos licitatórios para o carna-val 2012, que muitos criticavam e desconhecem que é necessá-rio todo esse processo para con-tratação de bandas e toda estru-tura necessária para realização de um evento com este, com determina a lei, a prefeitura municipal de Posse juntamente com toda equipe organizadora conseguiu realizar um carnaval alegre, com muita paz, e todos ficaram satisfeitos com esta fes-ta que já é tradicional em nossa cidade.

O Prefeito Paulo Roberto se empenhou o Maximo na reali-zação deste carnaval trazendo atrações de alto nível como; Chimbalada, Djuamba, Phu-zue, Maristela Miiller, Beat Stone, Axecleteiros, bandas es-tas que animaram e sacudiram a galera na avenida e no palco, o trio elétrico Groov City arras-tou a multidão em seu trajeto a ate a praça da liberdade, não es-quecendo também do respaldo

que foi dado á galera do som au-tomotivo que puderam curtir o carnaval ao seu estilo. O cama-rote também estava organizado com acesso facilitado, presença dos artistas, há quem diga que este carnaval não deixou a de-sejar nada. Posse não é Bahia mais para muitos é com se esti-vessem lá. Segundo estimativa da policia militar na pessoa do Major Washington a media por dia eram de mais 5.000 pessoas.

A administração também apoiou blocos carnavalescos em nossa cidade que muitos não perceberam, mas este ano foi mais de cinco blocos organiza-do, e se preocupou na seguran-ça dos foliões com contratação

de uma equipe de seguranças especializada, parceria com a policia militar e civil para que todos curtissem o carnaval com muita tranqüilidade. Este ano o numero de ocorrências foi muito baixa em relação á anos anteriores. A câmara municipal de Posse, todos os secretários, corpo de bombeiros, secretaria de saúde, samu, conselho tute-lar também estiveram engaja-dos para que tudo corresse bem.

Posse só tem ganhar com a realização deste evento, em que diz respeito a economia local, com aumento em con-sumo nos restaurantes, posto de combustível, hotéis, super-mercados, etc.

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POLÍTICA

TECHNOSOELÓ

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DO

NO

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MI LÊ N I O

R

SECULUSalém do tempo

ORIENT

Ao dizer que o governador Marconi Perillo “está de parabéns” pelo ajuste

fiscal, a presidente Dilma Rous-seff autorizou, em solenidade no Palácio do Planalto, aumento de até R$ 1,45 bilhão no limite de en-dividamento do Estado de Goiás. A medida permite ao governo es-tadual firmar novos empréstimos com bancos e organismos interna-cionais para garantir recursos que vão financiar obras de infraestru-tura e saneamento no Estado.

O governador Marconi Perillo disse que o governo está tentando concretizar empréstimo de R$ 1,45 bilhão, que será destinado à conclusão, manutenção e constru-ção de rodovias. Na mesma sole-nidade, a presidente concedeu o mesmo benefício aos estados do Rio Grande do Norte, com limi-te de endividamento para R$ 643 milhões, e Santa Catarina, para R$ 241 milhões, totalizando R$ 2,334 bilhões.

Ao discursar na solenidade, realizada na sala de audiências da Presidência da República, no 3º andar do Palácio do Planalto, Marconi Perillo assinalou: “Vossa excelência está criando condições efetivas para que o nosso Estado dê saltos cada vez mais significa-tivos e concretos no sentido de um desenvolvimento sustentável, que garanta empregos, que garanta justiça, que garanta prosperida-de”.

O governador voltou a afirmar que a presidente dá a todos os es-tados da Federação “tratamento republicano”. Segundo ele, a am-pliação do crédito fiscal aos Esta-

Dilma diz que Marconi “está de parabéns”e autoriza novos limites para empréstimo

dos representa “uma verdadeira política de integração nacional”. No caso de Goiás, os recursos vão permitir a recuperação da malha rodoviária do Estado e a conclu-são de obras iniciadas há muitos anos, “dentro de um projeto in-

tegrado com o governo federal”. Marconi citou duas grandes obras do governo federal em Goiás – a construção da Ferrovia Norte Sul e a duplicação da BR-060.

Ainda no discurso dirigido à presidente, Marconi afirmou que a

solenidade de hoje “marca definiti-vamente o encontro de Goiás com o futuro”. Segundo ele, o governo es-tadual, em um ano, “fez o dever de casa”, superando um déficit fiscal R$ 2,7 bilhões para um superávit de R$ 10 milhões, “pouco, mas positi-

vo”. De acordo com Marconi, há 13 anos Goiás tinha a pior relação dívida-receita do Brasil, sendo ne-cessários 3,5 anos de receita total para pagamento da dívida, e hoje está em 1,2 ano/receita, “sendo que o preceito legal estabelece o ano de 2030 para se chegar à rela-ção de 1 por 1”.

No final do discurso, o go-vernador agradeceu a presidente pelo “tratamento republicano” em relação à Celg, o que considerou “uma página virada, com suces-so”. “Vossa Excelência está crian-do condições efetivas para que nosso Estado dê saltos cada vez mais significativos, com desenvol-vimento sustentável, gerando em-pregos, gerando oportunidades”, arrematou Marconi.

Ao falar no evento, a presiden-te Dilma Rousseff, que chamou Marconi Perillo de “nosso querido governador”, disse que o governo federal já autorizou R$ 41 bilhões no campo da ampliação de credito fiscal aos Estados. “O que estamos conseguindo aqui é um salto em relação às finanças dos Estados”, afirmou a presidente, ao ressaltar que o governo federal trabalha na perspectiva de uma nova relação

entre política fiscal e política mo-netária. “O que nós procuramos é ampliar a capacidade de inves-timentos, tanto da União, quanto dos Estados”, reforçou.

Para a presidente, a combi-nação investimento público com investimento privado é uma “cír-culo virtuoso”, que faz o Brasil avançar. Segundo ela, os governos desses estados estão em boa situ-ação financeira atualmente e isso permitiu o aumento do seu endi-vidamento.

HistóricoAs restrições a gastos e dívi-

das foram firmadas na década de 90, quando a União renegociou dívidas com os governos estadu-ais e firmou contratos que estabe-leciam o compromisso de ajuste fiscal. Na avaliação do governo federal, o País vive uma nova re-alidade econômica, o que permite aos Estados ampliar a capacidade de endividamento.

Ao todo, a presidente aumen-tou o limite em quase R$ 40 bi-lhões para Estados da federação. No ano passado, ela já havia con-cedido o aumento do limite de R$ 37 bilhões a 17 estados.

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ACONTECIMENTOS

A comunidade da Rai-zama está em festa. Depois de muito traba-

lho de moradores da região, a construção da capela de Nossa Senhora do Desterro foi con-cluída.

Com muita fé e emoção moradores da comunidade par-ticiparam da inauguração da capela marcada pela celebração da Santa Missa pelo Padre Wal-dson. Diversas famílias partici-param da inauguração, rezando e agradendo a Deus pela reali-zação deste sonho.

A primeira missa foi mar-cada por muita emoção. A tão sonhada igreja está pronta e os fieis lotaram cada espaço para celebrar este dia.

Entre todos os que contri-buiram com a obra destacam-se João Vieira e sua esposa Brau-lina pelo empenho e determi-nação que tiveram a frente da construção.

João e Braulina receberam todo apoio da comunidade da Raizama, que é conhecida pela união e pela garra que enfre-ta os desafios, vários amigos também contribuiram com um pouquinho do seu tempo, com doações ou ajudando na parte financeira.

A construção da igreja é um momento de alegria, pois agora os moradores de Raizama terão um lugar próprio para exercer a fé e as orações a Deus.

Rodeado de amigos e políticos de Goiânia e da região Metropo-

litana, o ex-vereador e atual suplente de vereador Paulo Magalhães (PV) comemorou 65 anos no domingo (26/2).

Uma festa animada, com boa música, ditou o ritmo da confraternização. Cerca de 1,5 mil pessoas foram à chá-cara de Paulo parabenizá-lo por mais um ano de vida.

Feliz com o carinho re-cebido dos amigos, Paulo fez questão de receber e cumpri-mentar todos que chegavam ao aniversário.

Prefeitos de diversos mu-nicípios, entre eles o prefei-to de Goiânia, Paulo Garcia (PT), prestigiaram o aniver-sário do amigo vereador.

Paulo Garcia desejou saú-de e sucesso e agradeceu o

1ª Missa na capela da comunidade Raizama

Políticos e amigos prestigiaram os 65 anos de Paulo Magalhãestrabalho de Paulo Magalhães na Câmara Municipal em 2011. Ele assumiu mandato por quatro meses, depois de o vereador Juarez Lopes (PMN) ter se licenciado do cargo para assumir a Secretaria Legisla-tiva da prefeitura de Goiânia.

Presidente da Câmara Municipal de Goiânia, o ve-reador Iram Saraiva (PMDB) afirmou que o Legislativo da capital ganhou muito durante o período em que Paulo Ma-galhães exerceu mandato.

Outros amigos e políticos também estiveram presentes, como Wellington Moreira, amigo pessoal e profissional, o prefeito de Nova Veneza, Luiz Stival (PSDB), o depu-tado estadual Misael Oliveira (PDT) e o presidente do PSB em Goiás, Barbosa Neto, mar-caram presença no evento.

Vereador por dois anos, entre 1971 e 1973, Paulo Ma-galhães agradeceu a presença dos amigos e fez um balanço dos quatro meses que exerceu cargo de vereador em 2011.

“Foi um período mui-to produtivo, onde podemos representar a população e trabalhar para a melhoria de Goiânia. E fico feliz em saber que os trabalhos deram frutos pelo tanto de gente que mar-cou presença neste evento”, resumiu Paulo Magalhães.

O trabalho como vereador em 2011 coloca Paulo Maga-lhães como um dos nomes fortes para ocupar uma das 35 cadeiras na Câmara Mu-nicipal depois da eleição de outubro. Ele deve ser um dos que contribuirão para a oxige-nação e renovação do Legisla-tivo de Goiânia.

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HOMENAGEM

Um homem e seus valoresSr. Munício é uma dessas pessoas que cativa com o olhar, guaraniense de alma, coração e nascimento sempre morou na comunidade do São Pedro e com a sabedoria e a garra que Deus lhe deu vêm ajudando a transformar a vida de muitas pessoas, os bons trabalho de Munício são visíveis e o carinho que a comunidade demonstra por ele é muito grande e isso pode se con-firmar neste periodo que Munício e sua esposa tiveram que superar com o apoio de todos.

Homem de grande im-portância na comuni-dade do São Pedro no

município de Guarani que ao lado de amigos prestou bons serviços a região.

Munício Pereira de Sousa tem muito a contar sobre a re-gião. Morador da comunidade de São Pedro desde quando nasceu, Munício viveu sua vida e sonhou os seus sonhos em prol da região.

Com 70 anos de idade se-gue superando desafios e en-chendo de orgulho amigos e familiares, casado com Mano-ela Soares e pai de seis filhos, Munício segue seu ritmo com doação e trabalho pela região do São Pedro, o que já está se tornando uma tradição da fa-mília. Tudo começou com seu pai, Elias Pereira de Sousa, que tinha o sonho de construir uma escola no povoado.

A escola na região funcio-nava nas casas dos moradores que doavam um espaço em seu lar para que os filhos não ficassem sem aprendizagem, por isso muitas vezes os alu-nos precisavam improvisar para assistirem as aulas. Foi então que Munício trabalhou para realizar o sonho de seu pai e de muitos outros pais da região.

Munício se candidatou a vereador em 1962, foi eleito e representou muito bem o São Pedro, “Depois que fui elei-to fiz um projeto para criar o colégio, doamos a área, o colégio foi construído e hoje me orgulho de ver o colégio erguido trazendo tanto bem para o nosso povo, me alegra muito também ver que leva o nome de meu pai”, explica. Depois de muita luta e traba-lho, em 1978 o sonho de se ter uma escola na região foi con-cretizado, hoje a população se orgulha da Escola Estadual Elias Pereira de Sousa.

A construção da escola foi

uma das muitas obras realiza-das no mandato de Munício, que chegou ao segundo man-dato em 1974. Munício se or-gulha do trabalho, pois nessa época o vereador não recebia remuneração alguma. Às ve-zes o vereador precisava gas-tar do seu bolso para realizar algum trabalho pela popula-ção.

“Se o vereador precisasse ir a Goiânia precisava pagar com o seu próprio bolso, não recebíamos salário”, lembra Munício. Além da escola, ou-tra importante obra para a re-gião do São Pedro também foi possível por esforço do verea-dor em conjunto com a comu-nidade.

A ponte que liga o povoado a cidade de Guarani foi ergui-da também pelos esforços de Munício, que enviou o projeto à câmara solicitando a cons-trução da obra à prefeitura. “A região era isolada, quem pre-cisava ir à cidade tinha que dar uma volta muito grande. Foi uma das principais obras já feitas”, explica Munício, que ainda ajudou na construção do campo de futebol.

Mesmo com todo o traba-lho para a região, Munício so-nha ainda com a construção de um posto de saúde para o po-voado. “Toda vez que alguém passa mal precisa ir à cidade. Um posto de saúde aqui iria ajudar muito quem mora na re-gião”, explica, afirmando que também gostaria que as estra-das da zona rural de Guarani fossem mais bem cuidadas.

Agora aos 70 anos, depois de tantos obstáculos supera-dos e de luta durante a vida, Munício teve que disputar contra um adversário podero-so: o câncer. Porém, nem mes-mo a doença foi capaz de desa-nimar este homem, que muito fez para ajudar o próximo.

O tratamento, depois de ser diagnosticado, durou cer-

Raimundo guarda em seus bar uma lista especial

Em Guarani de Goiás o bar do Raiumundo é ponto de encontro dos amigos para

um bom bate-papo e uma cervi-nha gelada.

Raimundão como é conheci-do tem sempre um sorriso aberto e muita alegria em receber a to-dos.

O bar tem chamado a atenção de muitos pela forma com que o proprietário encontrou para não esquecer o telefone dos amigos que e profissionais que refrequen-temente visitam o estabelecimen-to.

Nas paredes do bar está a mostra uma extensa lista telefoni-ca com os dados para contatos das mais diversas pessoas de Guara-ni, Posse, Iaciara e outras muita cidades.

Raimundão afirma que nesta agenda só entra nomes de amigos, “aqui tenho o nome e o número do telefone de muitos amigos, dessa forma não esqueço dos amigos que visitam meu bar e quando eu ou qualquer um outro precisa ligar pode pegar o telefone aqui”.

A grande agenda na parede do bar do amigo Raimundão ga-nhou mais um nome, mais um

amigo, o do jovem Wellington Moreira, que teve o prazer ver seu nome ser escrito pelo proprio Rai-mundo. “Fiquei feliz ao ver meu nome, Toquinho, como sou cha-mado pelos amigos guaranienses, ser registrado no mural dos ami-gos deste homem tão emblemáti-co para a cidade. Obrigado amigo Raimundo, por abrir a mim este espaço em seu coração”.

O bom Raimundo segue as-sim os seus dias, fazendo amigos e enchendo de letras e números as paredes do seu bar.

ca de dois meses. Foi o tem-po necessário para eliminar a doença, que foi descoberta em sua fase inicial. “Sofri muito com a doença, recebi apoio dos amigos e da família, mas hoje estou bem. O tratamento não durou muito, pois o cân-cer não estava profundo”, ex-plica Munício, ciente dos be-nefícios realizados por meio do seu trabalho.

Na comunidade do São Pe-dro têm outros grandes nomes de destaque, é uma comuni-dade bastante progressista, prospera e atuante com parti-cipação direta na vida social e política do município. O mu-nicípio de Guarani é compos-to por várias regiões e cada uma delas com seus heróis e heroínas, pessoas que lutam para o beneficio do próximo e tem como bem maior a boa convivência entre elas, que-remos nas próximas edições apresentar outros nomes que já contribuíram para o de-senvolvimento de suas re-giões. Posse, Guarani e Iaciara guardam gran-des nomes de homens que vivem em defesa de uma região me-lhor e mais igual.

Nós do Carta de Notícias temos orgulho em apre-sentar estas pessoas aos amigos leito-res.

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N o r d e s t e G o i a n o F e v e r e i r o d e 2 0 12 e-mail: car tadenotic [email protected]

FILOSOFANDO Pe. Joacir Soaresjoaci [email protected]

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Nada mais que um dia chuvoso. No tempo do inverno isso é normal.

Muita chuva o dia inteiro. Sem trégua nem mesmo para o sol, o qual perece nem existir. Com tanta chuva assim, resta pouca coisa a fazer ou, se preferir, muita coisa. Até porque, chu-va o tempo todo pode possibi-litar muitas coisas. Aquelas de sempre, como: ler, escrever, ver filme, escutar música, rezar... Algo que não pode deixar da fa-lar: dormir. Sim dormir parece ser sinónimo de muita chuva. Mas que tal fazer algo total-mente diferente! Já pensou? Enquanto chove também é bom “molhar”. Claro se isto for para uma boa causa: cuidar de vacas ou de si mesmo!

No período da chuva as va-cas ficam todas molhadas. Mas o curioso mesmo é que elas não procuram um abrigo para se esconder como um grande arbusto para ficarem de baixo. Elas gostam mesmo da chuva! No entanto, pensando bem, elas gostam também do sol. Ficam pastando e andando de um lado ao outro.

Os bezerros mostram-se in-

Ôa! ôa! Molhe-se

comodados com a chuva. Eles procuram se refugiarem entre o gado maior. Todos se colo-cam de cabeça baixa esperan-do a chuva passar. Mas quando a chuva dura o dia inteiro!? O jeito mesmo é se encolherem e andarem bem devagar.

Em meio a tanto chuva ain-da se pode escutar os pássaros cantando. Eles põem no peito o que está sentindo com a chuva

e solta ao ar seu sentimento: cantam e cantam. Quem bom! Ouvir cantoria das passaradas enquanto a chuva cai. Isso pa-rece bem deferente de outras peripécias costumeiras.

Até mesmo se pode ouvir pingos d`água que caiem do telhado. Com tanta chuva, res-ta mesmo é cuidar de vacas. Ou, querer molhar! Desleitar é muito bom, porém precisa-se

de muita paciência. Desleitar, o que é isso mesmo? Depois que a vaca produz sua cria, ela fica com o ubre cheio de sangue com leite e alguma inflamação. Nem sempre o bezerro conse-gue mamar tudo, pois é um leite muito concentrado, o qual mui-tas das vezes causa caganeira no bezerro. Às vezes quando vai desleitar a vaca e os peitos dela estão muito cheio, eles ra-

cham a saem sangue. Para isso não acontecer é preciso colocar o bezerro para mamar e somen-te depois desleitar. Não tendo esta alternativa tem que banhar os peitos da vaca com água morna. Neste início de ordenha a vaca que ainda não está acos-tumada com a peia pode dar coices. Deste modo, laçando--a e amarando-a em um tronco ele fica quieta e permite a des-leita, a qual não serve para ser consumida pelos homens, mas cachorro e porco gostam muito.

Assim que a vaca dar cria, fica muita ciumenta com o be-zerro. Qualquer aproximação do seu filhote faz com que ela fica brava. Muge muito. Quan-do isso acontece se precisa con-versar com a vaca com alguns balbucios, como por exemplo: ôa! ôa! Vem! vem! É oportuno que cada vaca tenha um nome, pois na hora de ordenhar é só chamá-la pelo nome que ela fica quieta. Pode ser nomes simples: bananinha, mancinha, boneca, coração, fartura, lagartixa, gru-vata, chatinha etc. Para o boi pode chamá-lo de morin, bar-bante, diamante, trovão, den-goso ou qualquer outro nome

A Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica:a Igreja de Je-sus CristoPara falarmos de Igre-

ja temos que primeiro situar a sua origem. A

Igreja tem sua origem em Je-sus Cristo. Ao longo de sua vida o Senhor foi gestando a Sua Igreja. Podemos destacar em sua vida alguns momentos fundamentais que vão dando origem à Igreja como aquela realidade que deve continu-ar no mundo a sua missão salvífica. Primeiro podemos destacar o chamado dos Doze apóstolos (cf. Mt 10, 1-16), que à convite do mestre são constituídos as Doze colunas da Igreja nascente, à exemplo das Doze tribos de Israel. Por isso nós dizemos que a nossa Igreja é apostólica, pois os pastores que hoje estão à sua frete são sucessores dos Doze Apóstolos escolhidos pelo Senhor. Também a institui-ção da Eucaristia (cf. Mt 26, 26-29), a concessão do poder de perdoar pecados aos após-tolos e o envio dos mesmos (cf. Jo 20, 19-23) constituem momentos importantíssimos da fundação da Igreja.

Ao convocar os Apósto-los o Senhor dá a um deles o poder das chaves, o constitui chefe do colégio apostóli-co. Este é Pedro, o pescador, primeiro papa: “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela” (cf. Mt 16, 16-28).

Ao constituir Pedro o che-fe de sua Igreja Jesus faz uma promessa: “As portas do infer-no não prevalecerão contra ela”. É graças a esta promessa do Senhor que, mesmo perse-guida pelos que estão fora e muitas vezes humilhada pelos pecados dos que estão dentro, a Igreja segue sua missão de ser sinal de salvação neste mundo dilacerado por discór-dias. Pois é o Senhor quem a conduz e sustenta, Ele é a sua cabeça. Assim como seu Se-nhor foi odiado e perseguido pelo mundo, a Sua Igreja per-corre o mesmo caminho do seu Senhor.

A Igreja de Cristo é San-ta, porque o seu fundador é Santo. “É na Igreja que está

depositada ‘a plenitude dos meios de salvação’” (CCE 825). Se a Igreja é o Corpo de Cristo ela tem que neces-sariamente ser santa, pois no Corpo do Senhor não há pe-cado. A Igreja pode santificar porque é santa, se não fosse, ela não poderia dar o que não tem. A Igreja é santa com fi-lhos pecadores, em via de conversão. Igreja Santa que abraça em seu seio todos os pecadores. Todas as obras da Igreja tendem, como seu fim, à santificação dos homens em Cristo e à glorificação de Deus. Esta santidade da qual a Igreja é portadora chegará à sua plenitude em seus filhos somente no Reino Celeste,

onde a assembléia dos san-tos glorificará eternamente o Senhor. Na eternidade a san-tidade da Igreja reluzirá com todo seu esplendor também em seus filhos.

A Igreja é Una porque o seu fundador é um somente – Jesus Cristo. Quando Jesus constitui Pedro o chefe da Igreja Ele diz: “Edificarei a minha Igreja”, pois o Senhor tem um só corpo, um só re-banho, do qual Ele é o único e supremo Pastor. Portanto, não existem igrejas de Cris-to, existe uma Única Igreja de Jesus Cristo a Igreja Católica Apostólica Romana. E aqui eu desafio qualquer historiador sério a falar de cristianismo

nos seus primeiros 1500 anos sem falara da Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica.

O fundador da Igreja à qual pertencemos não está, num túmulo como os funda-dores das várias seitas que hoje conhecemos. O túmulo do fundador da Igreja está vazio, pois Ele ressuscitou. O espírito de divisão que faz surgir tantas seitas em nossos dias, é fruto da soberba hu-mana que não quer mais ser-vir a Deus, mas servir-se de Deus na busca dos seus pró-prios interesses mesquinhos.

A Igreja de Cristo é Cató-lica, é Universal, se encontra estendida por toda a terra. Acolhe entre seus filhos ho-

mens e mulheres do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul, do Leste e do Oeste. O critério de pertença à Igreja de Cristo não é político, econô-mico, social, étnico, cultural, mas a adesão a Jesus Cristo como único Salvador e Re-dentor por meio do Batismo. A Igreja é Universal porque nela reside a única e verdadei-ra fé que foi confiada por Je-sus Cristo aos Apóstolos para que todos os povos cheguem à salvação: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (cf. Mt 28, 18-20).

Assim, não temos razão alguma para nos sentirmos intimidados por aqueles que querem questionar a nossa fé, na maioria das vezes funda-dores de verdadeiras “igre-jolas” de “fundo do quintal”. Precisamos ter mais coragem e conhecimento para melhor servir, amar e difundir a fé da Igreja à qual pertencemos. Pertencer à Igreja Católica é pertencer à Igreja de Cristo. É pertencer à mesma fé dos cristãos do passado que der-ramaram o seu sangue por sua fidelidade a Jesus Cristo e à sua Igreja. Portanto, seja-mos católicos autênticos, não deixamos nos enganar pelas “meias verdades” que se en-contram na moda em nossos dias. Pois “meias verdades” não cabem dentro da vida de um discípulo de Jesus Cristo, pois Ele é “o Caminho, a Ver-dade e a Vida”.

Mas o que é a Igreja? “A Igreja é um ‘Mistério de fé’, uma comunhão de pessoas

congregadas em nome de Deus e animadas por seu Espírito” (Cardeal Dom Odilo). Por ser um mistério de fé a compreen-são completa do que é a Igre-ja foge ao nosso alcance. Pois a Igreja é sempre mais do que aquilo que nós podemos com-preender. Ela não é fruto de meras elucubrações humanas, ela brota da vontade salvífica de Jesus Cristo. A Igreja não é uma associação de amigos, não é uma ONG nem muito menos um clube de serviços. É uma comunidade convocada por Je-sus Cristo para ser no mundo sinal de esperança e caminho de salvação.

Por fim, a Igreja é a reunião daqueles que acreditam no Cristo, Ela é no mundo ‘germe e o começo do Reino de Deus’. É por meio da Igreja que Cristo continua sua missão salvadora. Cristo está no centro da união dos homens na ‘família de Deus’, a Igreja. “Portanto, já não sois estrangeiros e adven-tícios, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus. Estais edificados sobre o fundamento dos Apóstolos e dos profetas, do qual é Cristo Jesus a pedra angular. Nele bem articulado, todo o edifício se ergue em santuário sagra-do, no Senhor, e vós, também, nele sois co-edificados para serdes uma habitação de Deus, no Espírito” (Ef. 2, 19-22).

Pe. Hélio Cordeiro dos Santos, Pároco da Paróquia Imaculado Coração de Maria/Planaltina de Goiás-GO.

de acordo com a cor do próprio boi.

Esta é uma das for-mas mais engraçadas para viver quando a chuva está muito for-te e não tem previsão de parar: refletir sobre coisas que poucos refletem, ou seja, ter a coragem de trilhar outros caminhos. Mo-lhar com ideias novas! Tudo tem um sentido e um por que, basta desvelá-lo. Por isso pode se perguntar: porque chover um dia inteiro sem parar um só instante? No momento foi oportuno para a produção deste texto! Mas pode significar mui-to mais, a partir do momento que para tudo rotineiro e reflete sobre coisas que “estão aí”, mas nem sempre são percebidas. Assim sendo, é necessária dizer não somente à vaca: “ôa! ôa!”, mas também falar a si mesmo. Você precisa parar um instan-te sua vida agitada e deixar se “molhar” pela chuva que não passa: a possibilidade de refletir sobre tudo.

Joacir Soares d’Abadia, pa-dre, filósofo autor de 5 livros

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INFORME PUBLICITÁRIO

As duas semanas que antecedeu a festa de carnaval de Posse, a

Prefeitura Municipal se depa-rou com a Justiça procurando agir de acordo com a lei para a licitação das bandas que fariam o carnaval Possense. Muitos não queriam que este evento fosse realizado e lu-taram para que a tradicional festa popular fosse extinta.

A Prefeitura determinada em promover um dos melho-res carnaval do estado não desistiu. Lutou a até o fim e presenteou os possenses e vi-sitantes com quatro dias de muita alegria e animação com trio elétrico e bandas que fa-ziam a folia do povo na Praça da Liberdade.

Desta vez os abadas foram distribuídos pela Prefeitura, não houve distinção de pesso-as com blocos de particulares e nem cordas para separar as classes sociais do povo pos-sense.

Nossos agradecimentos a todos que direta ou indi-retamente acreditaram no trabalho da Prefeitura Muni-cipal, aos policiais militares, bombeiros e civis que fize-ram a segurança, a comissão organizadora, a secretaria de ação social, a secretaria de infraestrutura, aos eletricis-tas, a saneago, a celg, ao de-partamento de comunicação e a todos os funcionários da prefeitura em geral.

O melhor carnaval de Goiás

nossa cidade nossa