capacitaÇÃo para formaÇÃo de profissionais de saÚde e educaÇÃo saÚde e prevenÇÃo nas...

22
CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Upload: internet

Post on 21-Apr-2015

122 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS

DE SAÚDE E EDUCAÇÃO

SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Page 2: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

SEXUALIDADE INFANTILX

SEXUALIDADE ADULTA

Page 3: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

PSICÓLOGOS DA EQUIPE DE SAÚDE ESCOLAR (ESAE) BALTAZAR

DE OLIVEIRA GARCIA

Alveny Aida Eymael Domingues

Cândido Antônio Lorenzatto

Maria Luíza Pradella Ramos

Page 4: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

EROTIZAÇÃO PRECOCE

Corpo delineado antes do tempo,

roupas insinuantes e valores dos adultos. As

crianças estão se erotizando cada

vez mais rápido e isso preocupa os

especialistas

Page 5: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Afinal, existe uma sexualidade infantil ?

Page 6: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Durante longo tempo, a sexualidade infantil foi calada. Preconceitos de uma

longa história no Ocidente tentaram preservar esse silêncio afirmando o mito

da “inocência da criança”. O não reconhecimento dessa sexualidade

desconsiderou que comportamentos que ocorriam na vida adulta encontravam sua real justificativa na sexualidade infantil.

Page 7: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

São as dificuldades ocorridas na infância que irão provocar impedimentos, inibições

e sintomas diversos na vida adulta.

A expressão “sexualidade infantil” passou a ser empregada por Freud em 1917, para

designar as atividades ocorridas na primeira infância, na qual a criança busca

prazeres no seu próprio corpo.

Page 8: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Dizer, que uma criança ingressou no mundo da Cultura, é ter que se

considerar, a partir de uma abordagem psicanalítica, a qualidade e o modo como

a criança vivenciou suas relações parentais. São os vestígios deixados por

esta relação que irão aparecer na adolescência, determinando na vida adulta as relações com o Outro e,

especialmente, com as imagens de autoridade ou de amor.

Page 9: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

“O trato da criança com a pessoa que a assiste é, para ela, uma fonte incessante de excitação e satisfação sexuais vindas das zonas erógenas, ainda mais que essa pessoa – usualmente, a mãe – contempla a criança com sentimentos derivados de sua

própria vida sexual: ela acaricia, beija e embala, e é prefeitamente claro que a trata como o substituto de um objeto sexual

plenamente legítimo. A mãe provavelmente se horrorizaria se lhe fosse esclarecido que, com todas as suas expressões de ternura ela está despertando a pulsão sexual de seu filho e preparando a

intensidade posterior desta”. Freud, 1905,

p.209.

Page 10: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

EDUCAÇÃO SEXUAL

A sexualidade da criança começa no imaginário dos pais, antes mesmo do

nascimento. Todos os pais têm expectativas em relação aos seus filhos,

conscientes ou inconscientes, e uma destas diz respeito à sexualidade da criança. A educação sexual acontece

primordialmente no contexto da família onde a criança está inserida.

Page 11: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Há os que acreditam que só estão lidando com a sexualidade a partir do momento em que ela é

falada, seja através de informações ou explicações a respeito. Mas onde inicia então

esta relação? Quando a mãe e o pai cuidam do bebê, brincam com este, na maneira como se

relacionam com ele, ao mesmo tempo em que o casal vive uma relação afetiva, gratificante ou

não, quando os limites de cada papel e relação ficam bem definidos e marcados, quando a criança pode concluir que amar é ou não

possível, está recebendo educação sexual.

Page 12: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Quando se pensa em educação sexual na infância, automaticamente tem que se pensar, também, em desenvolvimento emocional, isto é, tem que se levar em

conta o nível de maturidade e as necessidades emocionais da criança.

Page 13: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

É importante que as questões da criança tenham espaço para serem colocadas e

respondidas com clareza, simplicidade, na medida em que esta curiosidade vai se

dando.

Page 14: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Os principais interesses das crianças dizem respeito à distinção dos sexos, à

como nascem os bebês, ao porquê de não se poder manipular os genitais na frente dos outros, à poder ou não dormir junto

aos pais, às primeiras ereções, além das brincadeiras sexuais, como a de “médico

e enfermeira” e “papai e mamãe”.

Page 15: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

SEXUALIDADE # GENITALIDADE

Sexualidade não exclui genitalidade, mas é bem mais ampla, envolve todas as

dimensões do ser humano e não apenas a dimensão física.

Page 16: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

A criança possui uma sexualidade com características diferentes da sexualidade adulta, porque ela ainda não organizou todos aqueles impulsos e impressões

eróticas dispersas, num todo coerente. Só aos poucos ela vai organizar seu erotismo

na direçào da genitalidade, isto é, da relação sexual propriamente dita. É um

processo no qual ela terá que elaborar as ansiedades referentes às repressões

sexuais da primeira infância, para então poder atingir a plenitude da maturidade

genital.

Page 17: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Socializamos as crianças para que elas reprimam seus impulsos sexuais. A

sexualidade humana se constrói em cima de regras familiares e interdições.

Bombardeadas com cenas de sexo, nossas crianças não têm condições de integrar um

conjunto coerente com as regras que recebem da família. Assim, não faz sentido

que a televisão invada as crianças com estímulos sexuais face aos quais elas

ainda não têm condições próprias de se defenderem.

Page 18: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

CRIANÇA NÃO NAMORA

Page 19: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

Quando a criança começa a andar, a falar, a conhecer o mundo e, principalmente, o

outro, passa a querer fazer o que as outras pessoas fazem. Andar de salto alto,

passar maquilagem, dirigir o carro… Namorar está na lista. Mas, assim como

ela não vai dirigir o carro, não vai namorar de verdade. Criança não namora, tem amigos. Namoro mesmo só depois de grande. Não se deve proibir mas sim

mostrar o que é certo e errado.

Page 20: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

As crianças estão cada vez mais expostas a mensagens inadequadas para a idade

delas, a cenas com conteúdo sexualizado, tipo striptease na novela das seis. Mas não adianta desligar a TV na hora da

novela se você não sabe preservar sua intimidade. Os pais podem trocar palavras e gestos de carinho na frente dos filhos,

mas palavras e atitudes abertamente sexuais são chocantes para as crianças.

Page 21: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

O NOSSO AMOR DE CRIANÇAVinícius de Moraes

“Há pouco me lembreiDo beijo que eu furteiVocê era menina aindaEu era uma criançaMas guardo na lembrançaQue você era loura e lindaVocê ficou zangadaMe olhou ruborizadaE desmanchou o nosso noivadoBom tempo que passou!Mas nálma me ficouQue eu era só seu namorado

Depois findouO amor murchouO nosso amor de criança!Você está lindaE eu guardo aindaUma suave esperança!

E agora o meu desejoDe furtar outro beijoNada mais é que um vago intentoTalvez que seja cedoE tenho um certo medoDe pecar por pensamentoEu penso cá comigoQue um beijo é um perigoE pode trazer outros maisE além disso tudoVocê não é mais criançaE eu também já sou rapaz.”

Page 22: CAPACITAÇÃO PARA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E EDUCAÇÃO SAÚDE E PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

REFERÊNCIAS

Carvalho, C. (2007). De onde viemos? Psiquê. Ed. Escala.

Suplicy, M. (1983). Conversando sobre sexo. Ed. Vozes.

Maia, S. (2007). Criança não namora. Pais e Filhos. Ed. Manchete.

Thorstensen, S. A TV e a erotização precoce. Manuscrito.

Oliveira, N. Sexualidade infantil. Manuscrito.