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MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL Prof. João Gregório Neto

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MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL

Prof. João Gregório Neto

PREVENÇÃO

Ato ou efeito de prevenir-se

Disposição ou preparo antecipado e

preventivo

Precaução, cautela

Modo de ver antecipado, premeditado

PREVENÇÃO

O objetivo da prevenção em saúde mental

consiste em diminuir o aparecimento

(incidência), duração (prevalência) e

incapacidade residual dos transtornos

mentais.

A prevenção baseia-se nos princípios de

saúde pública.

PREVENÇÃO NA SAÚDE

MENTAL

Níveis: Primária

Secundária

Terciária

PREVENÇÃO PRIMÁRIA

É intervenção biológica, social ou

psicológica que promove a saúde e o

bem estar e reduz a incidência da

doença em uma comunidade, alterando

os fatores etiológicos antes que eles

possam fazer mal.

PREVENÇÃO PRIMÁRIA

A prevenção primária também objetiva

a erradicação de agentes estressantes

e redução do estresse.

PREVENÇÃO PRIMÁRIA

Incluem:

Educação de saúde

Modificações no ambiente

Suporte dos sistemas sociais

Exemplos:

1. Programas educativos de saúde mental

(álcool e drogas)

2. Desenvolvimento e utilização de sistemas de

apoio social

3. Programas de orientação antecipatória para

assistir a pessoa na preparação para situações

estressantes esperadas.

4. Intervenção na crise (luto, separação

conjugal).

Exemplos:

5. Programas de pré e perinatais.

6. Aconselhamento genético de pais com do

risco de anormalidades cromossômicas.

7. Prevenção de DST/AIDS.

PREVENÇÃO SECUNDÁRIA

As atividades de prevenção secundária

incluem descoberta e avaliação precoce do

caso e o tratamento efetivo e imediato

visando diminuir o tempo de duração da

doença e de reduzir a prevalência.

É a intervenção biológica, social ou

psicológica que implica a redução de um

distúrbio.

CRISE

É um distúrbio interno que resulta de um evento

estressante ou de uma ameaça percebida a si

próprio.

O repertório usual de mecanismo de adequação

de uma pessoa torna-se ineficaz para lidar com

ameaça e a pessoa experimenta um estado de

desequilíbrio e um aumento de ansiedade.

TIPOS DE CRISE

Crises de maturação

Crises situacionais

Crises fortuitas

CRISE

A resolução bem sucedida da crise é mais

provável quando a percepção do evento pelo

indivíduo é realista, em vez de distorcida,

quando há suportes para solucionar o

problema e os mecanismos de adequação

são acessíveis para aliviar a ansiedade.

Organismo Humano

Necessidade de recuperação do

equilíbrio

Percepção realista do evento

Estado de equilíbrio

Estado de desequilíbrio

Percepção distorcida do evento

Fatores de equilíbrio presentes Um ou mais fatores de equilíbrio

ausentes

Evento Estressante Evento Estressante

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

A equipe de enfermagem deve elaborar

um plano de assistência ao cliente,

procurando soluções a fim de que o

mesmo se recupere do evento da crise

e retorne ao seu nível da atuação

anterior à crise.

NÍVEIS DE INTERVENÇÃO Á CRISE

Manipulação ambiental- Situação Física

Suporte Geral- Demonstração de carinho,

empatia, aceitação.

Conduta Geral- Aplica-se o mesmo método

à pessoa que tem crises semelhantes.

Conduta Individual- Envolve diagnóstico e

tratamento individualizado.

TÉCNICAS DA INTERVENÇÃO DA CRISE

Catarse- Discutir sentimentos

Esclarecimento- Estimular o cliente a expressar de modo mais claro a relação entre determinados eventos de sua vida

Sugestão- Processo de influenciar os indivíduos de modo que eles aceitem uma ideia ou crença

Manipulação- Uso de emoção e valores dos clientes para seu beneficio no processo terapêutico

TÉCNICAS DA INTERVENÇÃO DA CRISE

Reforço de comportamento: Dar

respostas positivas ao cliente para o

comportamento de adaptação

Suporte de defesas: Estimulo ao uso

das defesas que resultam em

gratificações adaptativas e desestimulo

ao uso daquelas que resultam em

gratificação com má adaptação

TÉCNICAS DA INTERVENÇÃO DA CRISE

Aumento da auto estima- Ajudar o

cliente recuperar sentimento de

autovalorização.

Exploração de soluções -Exame de

modos de ação alternativos gerados no

sentido de solucionar o problema

imediato.

PREVENÇÃO TERCIÁRIA

As atividades de prevenção terciária

tentam reduzir a gravidade de um distúrbio

e suas incapacidades residuais devido a

doença ou transtornos mentais.

REABILITAÇÃO- Processo de capacitar os

indivíduos a retornar ao mais elevado nível

de atuação possível.

PREVENÇÃO TERCIÁRIA

As incapacidades associadas à doença

mental crônica representam problemas

sociais, econômicos e de saúde pública.

São extremamente custosos e criam

imenso sofrimento para as pessoas

afetadas, suas famílias e a sociedade.

REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL

É um processo que oferece aos

pacientes, a oportunidade de atingir o seu

potencial de funcionamento independente

na comunidade, envolvendo

competências individuais e mudanças

ambientais (habitação, reabilitação

profissional, emprego e apoio social).

REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL

OBJETIVOS:

Emancipação do usuário;

Redução da discriminação e da estigmatização;

Melhoramento da competência social individual;

Criação de um sistema de apóio social.

REABILITAÇÃO PSICOSSOCIAL

PROPOSTAS:

- Permitir aos indivíduos adquirir ou recuperar

as aptidões práticas necessárias para viver na

comunidade e ensinar a saber - fazer com suas

incapacidades.

- Desenvolver aptidões sociais, interesses e

atividades de lazer.

- Ensinar: regime alimentar, higiene pessoal,

cozinhar, fazer compras, orçamentos, manter a

casa, usar os meios de transporte, etc.

AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO

O INDIVÍDUO

1. Identificação da natureza e intensidade

dos estressores

2. Exploração de outras vantagens que o

paciente experimenta por ser incapacitado

(ganho secundário)

3. Identificação dos recursos de adequação

4. Avaliação das habilidades de vida na

comunidade

AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÂO

A FAMÍLIA

1. Análise da estrutura familiar, incluindo o

estágio de desenvolvimento, as funções, as

responsabilidades, as normas e os valores.

2. Exploração das atitudes da família em

relação ao cliente.

3. Análise do clima emocional em torno da

família.

AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÂO

A FAMÍLIA

4. Identificação dos suportes sociais

disponíveis para a família.

5. Identificação da compreensão que a

família tem do problema do cliente e do

plano de tratamento

AVALIAÇÃO DAS NECESSIDADES DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÂO

A COMUNIDADE

1. Avaliação dos órgãos comunitários

existentes que fornecem serviços para

pessoas com transtornos mentais e seus

familiares.

2. Identificar a eficiência dos serviços

existentes.

Modelo Sintomatológico

Doença

Sintoma

Internação

Cura (?)

Modelo Psicossocial

Existência-sofrimento do paciente e sua relação com o corpo social

Sujeito

Atenção integral e personalizada

Acompanhar o sujeito em sua lida cotidiana por uma vida melhor

Como este cuidado pode ser garantido para pessoas graves e em crise?

Definindo a crise:

Grave sintomatologia psiquiátrica

aguda

Grave ruptura de relação no plano familiar e social

Recusa de intervenção psiquiátrica

Como este cuidado pode ser garantido para pessoas graves e em crise?

Definindo a crise:

Afirmação da não necessidade do

tratamento, porém aceitação de contato

Recusa obstinada do contato psiquiátrico

propriamente dito

Situação de alarme no contexto familiar ou

social – incapacidade pessoal de afrontá-la