cap5 notas aulas valente

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  • PAVF

    c

    1999 105

    Metodos com indicac~ao a-priori

    Classicac~ao dos metodos a-priori

    Metodos com informac~oes cardinais

    { Metodos baseados em func~oes utilidades

    { Metodos baseados em limitantes

    Metodos com informac~oes cardinais/ordinais

    { Metodos lexicogracos

    { Programac~ao por metas

  • PAVF

    c

    1999 106

    Classicac~ao dos metodos a-priori

    Caractersticas

    Informac~oes sobre prefere^ncias s~ao passadas ao analis-

    ta antes (a-priori) da soluc~ao de problema

    O decisor fornece as informac~oes durante ou apos a

    modelagem matematica do problema

    O decisor aceita a soluc~ao encontrada pelo analista

    Tipos de informac~oes

    Cardinal :

    As prefere^ncias do decisor s~ao baseadas em informac~oes

    numericas:

    Trade-o implcito :

    O decisor indica nveis (valores) desejaveis para os

    objetivos

    Trade-o explcito :

    O decisor indica relac~oes (trade-os) desejaveis

    entre os objetivos

    Ordinal e/ou cardinal :

    As prefere^ncias do decisor s~ao baseadas em informac~oes

    de ordem (prioridade), podendo estarem combinadas

    com informac~oes cardinais

  • PAVF

    c

    1999 107

    Metodos baseados em func~oes utilidades

    Estruturac~ao de prefere^ncias

    Sejam y

    1

    ; y

    2

    2 R

    m

    . Ent~ao y

    1

    e y

    2

    s~ao comparaveis

    pelo decisor se e somente se apenas uma das sentencas e

    verdadeira:

    a) y

    1

    y

    2

    : o decisor e indiferente entre y

    1

    e y

    2

    b) y

    1

    y

    2

    : o decisor e prefere y

    1

    a y

    2

    c) y

    1

    y

    2

    : o decisor e prefere y

    2

    a y

    1

    pode-se estruturar prefere^ncias do decisor atraves de

    curvas de indifere^nca ou isoprefere^ncia

    a soluc~ao do problema pode ser caracterizada como:

    determinar y

    2 Y tal que

    y

    y; 8 y 2 Y

    PSfrag replacements

    Y

    0 y

    1

    y

    2

    y

    1

    y

    2

    y

    3

    y

    y

    1

    y

    2

    y

    3

    y

    curvas de indifere^nca

  • PAVF

    c

    1999 108

    Metodos baseados em func~oes utilidades

    Denic~ao - Func~ao utilidade

    Uma func~ao u, que associa um real u(y) a cada y 2 R

    m

    ,

    e chamada de func~ao utilidade se

    a) y

    1

    y

    2

    , u(y

    1

    ) = u(y

    2

    )

    b) y

    1

    y

    2

    , u(y

    1

    ) u(y

    2

    )

    as curvas de indifere^nca do decisor podem ser vistas

    como curvas de nvel da sua func~ao utilidade

    existem tecnicas apropriadas para levantar u a partir

    de informac~oes numericas (cardinais)

    hipotese simplicadoras facilitam a obtenc~ao de u's

    Denic~ao - Independe^ncia prefere^ncial

    u e preferencialmente independente se o grau de utilida-

    de de um objetivo independe dos valores assumidos pelos

    demais

    Viabiliza formas especiais para u

    { Aditiva: u(y) =

    m

    X

    i=1

    u

    i

    (y

    i

    )

    { Linear: u(y) =

    m

    X

    i=1

    w

    i

    y

    i

    , w

    i

    0; i = 1; 2; : : : ;m

  • PAVF

    c

    1999 109

    Metodos baseados em func~oes utilidades

    Crtica a u's lineares

    PSfrag replacements

    Y

    2

    Y

    1

    0 y

    1

    y

    2

    y

    1

    1

    y

    2

    1

    y

    1

    2

    y

    2

    2

    Suponha que iguais ponderac~oes (w

    1

    = w

    2

    ) tenham sido

    atribudas aos objetivos

    Se o espaco dos objetivos assume a forma Y

    1

    , o ponto

    y

    1

    = (y

    1

    1

    ; y

    1

    2

    ) reete o julgamento a-priori do decisor

    Se o espaco dos objetivos assume a forma Y

    2

    , o ponto

    y

    2

    = (y

    2

    1

    ; y

    2

    2

    ) n~ao reete o julgamento a-priori

    Ponderac~oes n~ao reetem importa^ncia no sentido pro-

    porcional

  • PAVF

    c

    1999 110

    Metodos baseados em func~oes utilidades

    Vantagens

    Quando e possvel obter u, o problema se reduz a re-

    solver

    minimizar

    x2

    u(f(x))

    Mesmo quando n~ao e possvel obter u explicitamente,

    mas o problema e convexo, obter

    x

    = arg min

    x2

    u(f(x))

    e equivalente a determinar w

    2W tal que

    x

    = arg min

    x2

    < w

    ; f(x) >

    Muitos metodos exploram esta propriedade, adaptan-

    do interativamente os valores dos w

    i

    's; no caso da

    situac~ao 'Y

    2

    ', um procedimento seria

    'aumentar w

    2

    ; diminuir w

    1

    '

  • PAVF

    c

    1999 111

    Metodos baseados em func~oes utilidades

    Propriedades globais de u

    Algumas propriedades globais s~ao uteis na determinac~ao

    de u:

    N~ao-decrescimento: para quaiquer y

    1

    ; y

    2

    tais que y

    1

    y

    2

    , obtem-se u(y

    1

    ) u(y

    2

    );

    Diferenciabilidade: u e diferenciavel; se u e n~ao-decrescente

    e diferenciavel, ent~ao du=dy 0

    Convexidade: u e convexa

    Se u e diferenciavel sobre , ent~ao existe

    r

    x

    u(f(x)) =

    "

    df

    dx

    #

    T

    du

    df

    e a unica quantidade desconhecida e du=df

    Se x

    0

    2 n~ao e a soluc~ao do problema (r

    x

    u(f(x

    0

    )) 6=

    0) e u e n~ao-decrescente e diferenciavel, ent~ao para pelo

    menos um k

    @u

    @f

    0

    k

    > 0

  • PAVF

    c

    1999 112

    Metodos baseados em func~oes utilidades

    Plano tangente

    O plano tangente a uma curva de indifere^nca num ponto

    y = y

    0

    e

    M(y

    0

    ) := fz :

    "

    du

    dy

    0

    #

    T

    z = 0g

    PSfrag replacements

    0 y

    1

    y

    2

    y

    1

    y

    2

    y

    0

    1

    y

    0

    2

    y

    0

    y

    du

    dy

    0

    u cte

    M(y

    0

    )

    Da equac~ao do plano tangente,

    "

    du

    dy

    0

    #

    T

    z =

    "

    du

    dy

    0

    #

    T

    (y y

    0

    ) =

    m

    X

    i=1

    @u

    @y

    0

    i

    (y

    i

    y

    0

    i

    ) = 0

    Dividindo pela quantidade de refere^ncia @u=@y

    0

    1

    > 0,

    0

    1

    +

    0

    2

    0

    2

    + +

    0

    m

    0

    m

    = 0

    0

    i

    := y

    i

    y

    0

    i

    ;

    0

    i

    :=

    @u=@y

    0

    i

    @u=@y

    0

    1

  • PAVF

    c

    1999 113

    Metodos baseados em func~oes utilidades

    Se o decisor e indiferente as variac~oes

    0

    1

    e

    0

    i

    nos ob-

    jetivos i e 1, mantidos os demais constantes

    0

    i

    =

    0

    1

    0

    i

    ; i = 2; 3; : : : ;m

    0

    i

    ; i = 2; 3; : : : ;m s~ao as taxas marginais de substituic~ao

    do decisor no ponto y = y

    0

    A partir de

    0

    i

    ; i = 2; 3; : : : ;m, a direc~ao do gradiente

    de u em y = y

    0

    e aproximada por

    du

    dy

    0

    =

    @u

    @y

    0

    1

    =

    2

    6

    6

    6

    6

    6

    6

    4

    1

    0

    2

    .

    .

    .

    0

    m

    3

    7

    7

    7

    7

    7

    7

    5

    Obtenc~ao dos

    0

    i

    's: num ponto y = y

    0

    , xa-se

    0

    1

    > 0

    como refere^ncia; para cada i, o decisor informa

    0

    i

    > 0 tal

    que

    (y

    0

    1

    ; : : : ; y

    0

    i

    ; : : : ; y

    0

    m

    ) (y

    0

    1

    0

    1

    ; : : : ; y

    0

    i

    +

    0

    i

    ; : : : ; y

    0

    m

    )

    mantidos os demais objetivos constantes. Calcula-se ent~ao

    0

    i

    =

    0

    1

    =

    0

    i

    ; i = 2; 3; : : : ;m

  • PAVF

    c

    1999 114

    Metodos baseados em func~oes utilidades

    Teoricamente e possvel obter x

    e

    0 satisfazendo

    as KTC do problema de minimizac~ao de u sobre :

    "

    df

    dx

    #

    T

    du

    df

    +

    p

    X

    i=1

    j

    g

    j

    (x

    ) = 0

    g

    j

    (x

    ) 0;

    j

    g

    j

    (x

    ) = 0; j = 1; 2; : : : ; p

    Alguns metodos (interativos, Cap. 5) seguem esta linha

    Teorema

    Sejam f

    1

    ; f

    2

    ; : : : ; f

    m

    func~oes convexas sobre convexo

    e u uma func~ao convexa n~ao-decrescente sobre um conjun-

    to convexo C Y . Ent~ao u e convexa sobre

    Prova: Para quaisquer x

    1

    ; x

    2

    2 e qualquer 2 [0; 1],

    u[f(x

    1

    + (1 )x

    2

    )] u[f(x

    1

    ) + (1 )f(x

    2

    )]

    u[f(x

    1

    )] + (1 )u[f(x

    2

    )]

    A primeira desigualdade deriva da convexidade das f 's e

    do n~ao-decrescimento de u. A segunda, da convexidade de

    u sobre C 2

  • PAVF

    c

    1999 115

    Metodos baseados em func~oes utilidades

    Exemplo: Seja u(f(x)) := max

    1im

    ff

    i

    (x)g

    PSfrag replacements

    x

    f

    1

    f

    2

    e ()

    u

    Teorema

    Seja u uma func~ao n~ao-decrescente sobre Y . Ent~ao pelo

    menos uma soluc~ao de

    P

    u

    : minimizar

    x2

    u(f(x))

    e eciente.

    Prova: Suponha x

    uma soluc~ao otima do P

    u

    e x

    0

    uma

    soluc~ao otima do problema auxiliar

    minimizar

    x2

    m

    X

    i=1

    f

    i

    (x)

    s.a f

    j

    (x) f

    j

    (x

    ); j = 1; 2; : : : ;m

  • PAVF

    c

    1999 116

    Metodos baseados em limitantes

    Prova (cont): Ent~ao x

    0

    2 e () pois, caso contrario, a

    otimalidade de x

    0

    seria falseada. Como f(x

    0

    ) f(x

    ), a

    soluc~ao factvel x

    0

    tambem resolve P

    u

    pois

    u(f(x

    0

    )) u(f(x

    ))

    dado que u e n~ao-decrescente 2

    Metodos baseados em limitantes

    requerem que o decisor, 1) selecione um objetivo de

    refere^ncia i, e 2) forneca nveis f

    j

    's e f

    j

    's aceitaveis

    para os objetivos restantes. Em seguida resolve-se

    minimizar

    x2

    f

    i

    (x)

    s.a f

    j

    f

    j

    (x) f

    j

    ; 8 j 6= i

    desvantagens: especicar a-priori f

    j

    's e f

    j

    's que, 1)

    tornem o problema factvel, e 2) tornem uma soluc~ao

    do problema satisfatoria para o decisor

    normalmente usados em conjunto com outros metodos

    multiobjetivos

  • PAVF

    c

    1999 117

    Metodos lexicogracos

    Fomulac~ao classica

    Assumem que o decisor possui uma hierarquia para

    os objetivos: os objetivos podem ser priorizados numa

    lista ordenada, por exemplo, P := ff

    1

    ; f

    2

    ; : : : ; f

    m

    g

    Minimiza-se a primeira func~ao da lista P sujeito a

    1

    := :

    minimizar

    x2

    1

    f

    1

    (x)

    Seja

    2

    := fx : f

    1

    (x) = min

    x2

    f

    1

    (x)g. Para i =

    2; 3; : : : ;m resolve-se sequencialmente

    minimizar

    x2

    i

    f

    i

    (x)

    Este tipo de minimizac~ao e representada como

    minlex

    x2

    P

    onde 'minlex' signica 'minimizac~ao lexicograca' da

    lista P

    Apenas informac~ao ordinal e utilizada

    A soluc~ao nal e muito sensvel a ordenac~ao

  • PAVF

    c

    1999 118

    Metodos lexicogracos

    Exemplo:

    PSfrag replacements

    x

    f

    1

    f

    2

    x

    1

    x

    2

    x

    3

    Na situac~ao da gura, se P := ff

    1

    ; f

    2

    g, ent~ao

    1

    =

    fx : x

    1

    x x

    2

    g,

    2

    = fx

    2

    g e x

    = x

    2

    Se P := ff

    2

    ; f

    1

    g, ent~ao

    1

    =

    2

    = fx

    3

    g e x

    = x

    3

    Variante do metodo lexicograco

    A i-esima minimizac~ao na lista P e denida como

    minimizar

    x2

    f

    i

    (x)

    s.a f

    j

    (x) (1 +

    j

    )f

    j

    ; j = 1; 2; : : : ; i 1

    onde os f

    j

    's s~ao os valores otimos ate ordem i 1 e os

    j

    's (

    j

    0; 8 j) s~ao tolera^ncias em relac~ao aos f

    j

    's

  • PAVF

    c

    1999 119

    Metodos lexicogracos

    Exemplo:

    PSfrag replacements

    x

    f

    1

    f

    2

    f

    1

    (1 + )f

    1

    x

    1

    x

    2

    x

    3

    x

    4

    Se P := ff

    1

    ; f

    2

    g, ent~ao a variante do metodo lexico-

    graco fornece x

    = x

    4

    , que do ponto de vista de f

    2

    e melhor que x

    2

    Observac~oes

    A racionalidade do metodo lexicograco baseia-se no

    fato de que os individuos tendem a priorizar decis~oes

    A soluc~ao pelo metodo lexicograco e sensvel a orde-

    nac~ao

    A aplicac~ao do metodo quando dois ou mais objetivos

    possuem aproximadamente a mesma prioridade pode

    levar a soluc~oes insatisfatorias

    A variante do metodo lexicograco busca reduzir sen-

    sibilidade a ordenac~ao

  • PAVF

    c

    1999 120

    Programac~ao por metas

    Caractersticas

    Utilizac~ao coordenada de informac~oes ordinais e car-

    dinais (metas)

    O decisor fornece metas para os objetivos e prioriza

    minimizac~oes de desvios em relac~ao as metas

    Soluc~oes ecientes para problemas multiobjetivos li-

    neares atraves de metodos do tipo simplex

    Formulac~ao classica

    minimizar

    x;d

    +

    ;d

    0

    @

    m

    X

    i=1

    (d

    +

    i

    + d

    i

    )

    p

    1

    A

    1=p

    ; p 1

    s.a f

    i

    (x) d

    +

    i

    + d

    i

    = t

    i

    ; i = 1; 2; : : : ;m

    d

    +

    i

    0; d

    i

    0; d

    +

    i

    d

    i

    = 0; i = 1; 2; : : : ;m

    x 2

    t

    i

    : meta (goal, target) para o objetivo i estipulada

    pelo decisor

    d

    +

    i

    > 0 : indica que o objetivo i cou acima de t

    i

    na quan-

    tidade d

    +

    i

    d

    i

    > 0 : indica que o objetivo i cou abaixo de t

    i

    na quan-

    tidade d

    i

  • PAVF

    c

    1999 121

    Programac~ao por metas

    Interpretac~ao

    PSfrag replacements

    f

    i

    f

    i

    f

    i

    (d

    +

    i

    = d

    i

    = 0)t

    i

    d

    +

    i

    d

    i

    Na formulac~ao classica, minimiza-se alguma (p) dista^ncia

    de d

    +

    + d

    a origem

    Assume que os desvios em relac~ao as metas s~ao igual-

    mente importantes

    Se o decisor for capaz de priorizar desvios, obtem-se a

    formulac~ao alternativa

    minlex

    x;d

    +

    ;d

    f

    1

    (d

    +

    ; d

    );

    2

    (d

    +

    ; d

    ); : : : ;

    k

    (d

    +

    ; d

    )g

    s.a f

    i

    (x) d

    +

    i

    + d

    i

    = t

    i

    ; i = 1; 2; : : : ;m

    d

    +

    i

    0; d

    i

    0; d

    +

    i

    d

    i

    = 0; i = 1; 2; : : : ;m

    x 2

    onde

    1

    ;

    2

    ; : : : ;

    k

    s~ao func~oes dos desvios d

    +

    ; d

  • PAVF

    c

    1999 122

    Programac~ao por metas

    Problemas lineares

    Assuma que f

    1

    ; f

    2

    ; : : : ; f

    m

    s~ao func~oes lineares sobre o

    poliedro

    := fx 2 R

    n

    : Ax = b; x 0g

    onde A 2 R

    pn

    e b 2 R

    p

    s~ao matrizes dadas. Note que

    f(x) =

    2

    6

    6

    6

    6

    6

    6

    4

    f

    1

    (x)

    f

    2

    (x)

    .

    .

    .

    f

    m

    (x)

    3

    7

    7

    7

    7

    7

    7

    5

    = Cx; C 2 R

    mn

    e cada linha de C representa um objetivo

    Assuma que

    1

    ;

    2

    ; : : : ;

    m

    s~ao func~oes lineares de d

    +

    ; d

    .

    O modelo linear de programac~ao por metas seria

    minlex

    x;d

    +

    ;d

    f

    1

    (d

    +

    ; d

    );

    2

    (d

    +

    ; d

    ); : : : ;

    k

    (d

    +

    ; d

    )g

    s.a

    n

    X

    j=1

    a

    ij

    x

    j

    +

    i

    +

    i

    = b

    i

    ; i = 1; 2; : : : ; p

    n

    X

    j=1

    c

    ij

    x

    j

    d

    +

    i

    + d

    i

    = t

    i

    ; i = 1; 2; : : : ;m

    +

    i

    0;

    i

    0;

    +

    i

    i

    = 0; i = 1; 2; : : : ; p

    d

    +

    i

    0; d

    i

    0; d

    +

    i

    d

    i

    = 0; i = 1; 2; : : : ;m

    x 0

  • PAVF

    c

    1999 123

    Programac~ao por metas

    Objetivos e restric~oes s~ao tratadas atraves do mesmo

    formalismo

    A minimizac~ao dos desvios

    +

    ;

    e sempre prioritaria

    em relac~ao aos demais

    Exemplo

    Considere o problema

    maximizar

    x

    f(x) = 0:4x

    1

    + 0:3x

    2

    s.a g

    1

    (x) = x

    1

    + x

    2

    400

    g

    2

    (x) = 2x

    1

    + x

    2

    500

    x

    1

    0; x

    2

    0

    Modelo de programac~ao por metas

    minlex f(

    +

    1

    +

    +

    2

    ); d

    1

    g

    s.a x

    1

    + x

    2

    +

    1

    +

    1

    = 400

    2x

    1

    + x

    2

    +

    2

    +

    2

    = 500

    0:4x

    1

    + 0:3x

    2

    + d

    1

    d

    +

    1

    = 240

    +

    i

    0;

    i

    0;

    +

    i

    i

    = 0; i = 1; 2

    d

    +

    1

    0; d

    1

    0; d

    +

    1

    d

    1

    = 0

    x

    1

    0; x

    2

    0

  • PAVF

    c

    1999 124

    Programac~ao por metas

    PSfrag replacements

    0

    250

    400

    400 600

    500

    800

    P

    x

    1

    x

    2

    +

    1

    1

    +

    2

    2

    d

    +

    1

    d

    1

    d

    1

    = 110

    A minimizac~ao de

    1

    :=

    +

    1

    +

    +

    2

    fornece a regi~ao onde

    +

    1

    =

    +

    2

    = 0 e

    1

    = 0. Em seguida, resolve-se

    minimizar d

    1

    s.a x

    1

    + x

    2

    +

    1

    +

    1

    = 400

    2x

    1

    + x

    2

    +

    2

    +

    2

    = 500

    0:4x

    1

    + 0:3x

    2

    + d

    1

    d

    +

    1

    = 240

    +

    i

    0;

    i

    0;

    +

    i

    i

    = 0; i = 1; 2

    d

    +

    1

    0; d

    1

    0; d

    +

    1

    d

    1

    = 0

    x

    1

    0; x

    2

    0

    1

    (

    +

    1

    ;

    +

    2

    ) =

    1

  • PAVF

    c

    1999 125

    Programac~ao por metas

    Exemplo (cont.)

    A soluc~ao e encontrada no ponto P= (100; 300), onde

    +

    1

    =

    +

    2

    = 0 garante

    1

    =

    1

    = 0, e

    2

    = d

    1

    = 110

    Considere o problema alternativo

    minlex f(

    +

    1

    +

    +

    2

    ); d

    2

    ; d

    1

    g

    s.a x

    1

    + x

    2

    +

    1

    +

    1

    = 400

    2x

    1

    + x

    2

    +

    2

    +

    2

    = 500

    0:4x

    1

    + 0:3x

    2

    + d

    1

    d

    +

    1

    = 240

    x

    1

    + d

    +

    2

    d

    2

    = 300

    PSfrag replacements

    0

    d

    2

    = 50

    250 300 400

    400

    600

    500

    800

    P

    x

    1

    x

    2

    +

    1

    1

    +

    2

    2

    d

    +

    1

    d

    1

    d

    +

    2

    d

    2

    d

    1

    = 140

    Soluc~ao: x

    1

    = 250; x

    2

    = 0;

    +

    1

    =

    +

    2

    = 0; d

    1

    =

    140; d

    2

    = 50

  • PAVF

    c

    1999 126

    Programac~ao por metas

    Propriedades

    Factibilidade: restric~oes s~ao tratadas como metas prio-

    ritarias, podendo ou n~ao ser atendidas; os modelos de

    programac~ao por metas s~ao sempre factveis

    Implementabilidade: sempre que um desvio associado

    a uma meta prioritaria for positivo, a soluc~ao obtida

    n~ao e implementavel

    Soluc~oes limitadas: a soluc~ao de um problema de pro-

    gramac~ao por metas e sempre limitada

    Implementac~ao atraves do metodo Simplex

    minimiza-se

    1

    atraves do Simplex; eventualmente ocor-

    rem soluc~oes multiplas

    as multiplas soluc~oes de

    1

    est~ao expressas no tableau

    otimo obtido

    os custos relativos de

    2

    s~ao representados na base

    otima obtida

    minimiza-se

    2

    de forma a n~ao degradar o valor otimo

    de

    1

    minimiza-se cada func~ao de forma a n~ao degradar os

    valores obtidos nos passos anteriores ate que a lista de

    desvios se esgote

  • PAVF

    c

    1999 127

    Programac~ao por metas

    Seja d := (d

    +

    ; d

    ); d 2 R

    q

    e

    S :=

    2

    4

    A D

    1

    C D

    2

    3

    5

    ; S 2 R

    rv

    onde D

    1

    2 R

    pq

    e D

    2

    2 R

    mq

    s~ao matrizes de 0's, 1's e

    -1's relativas aos desvios; r := p+m, v := n+ q. O vetor

    global de metas e

    g :=

    2

    4

    b

    t

    3

    5

    ; t 2 R

    r

    Assuma que o modelo linear de programac~ao por metas

    possui a seguinte forma cano^nica:

    x

    1

    x

    p

    x

    p+1

    x

    n

    d

    1

    d

    q

    1 0 s

    1;p+1

    s

    1;n

    s

    1;n+1

    s

    1;v

    g

    1

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    0 1 s

    r;p+1

    s

    r;n

    s

    r;n+1

    s

    r;v

    g

    r

    0 0

    h

    1;p+1

    h

    1;n

    h

    1;n+1

    h

    1;v

    z

    1

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    .

    0 0

    h

    k;p+1

    h

    k;n

    h

    k;n+1

    h

    k;v

    z

    k

    Cada variavel possui associada uma coluna de custos re-

    lativos (coluna nula se a variavel e basica)

  • PAVF

    c

    1999 128

    Programac~ao por metas

    Relativamente a base correspondente,

    s

    ij

    : representac~ao de s

    ij

    (S := fs

    ij

    g)

    g

    i

    : representac~ao de g

    i

    (goal)

    h

    ij

    : custo relativo de

    i

    , variavel j

    z

    i

    : valor de

    i

    O seguinte algoritmo e utilizado para obter o mnimo

    lexicograco de f

    1

    ;

    2

    ; : : : ;

    k

    g:

    1: Encontre uma soluc~ao basica factvel inicial; obtenha

    os custos relativos de

    1

    ;

    2

    ; : : : ;

    k

    ; faca l = 1

    2: Se os custos de

    l

    forem n~ao-negativos, va para o passo

    5. Sen~ao, va para o passo 3

    3: Se nas colunas de custos relativos, todos os custos

    negativos de

    l

    forem precedidos por pelo menos um

    custo positivo de

    i

    ; i = 1; 2; : : : ; l 1, va para o

    passo 5. Caso contrario, va para o passo 4

    4: Escolha uma variavel com custo negativo para entrar

    na base; faca a atualizac~ao da base; repita o processo

    enquanto houver custos negativos n~ao precedidos por

    custos positivos; va para o passo 5

    5: O valor de

    l

    n~ao pode continuar a ser reduzido: faca

    l = l + 1. Se l > k pare; sen~ao, volte ao passo 2

  • PAVF

    c

    1999 129

    Programac~ao por metas

    Exemplo

    minlex f(

    +

    1

    +

    +

    2

    ); d

    2

    ; d

    1

    g

    s.a x

    1

    + x

    2

    +

    1

    +

    1

    = 400

    2x

    1

    + x

    2

    +

    2

    +

    2

    = 500

    0:4x

    1

    + 0:3x

    2

    + d

    1

    d

    +

    1

    = 240

    x

    1

    + d

    +

    2

    d

    2

    = 300

    1

    e minimizada na base inicial

    x

    1

    x

    2

    +

    1

    +

    2

    d

    +

    1

    d

    +

    2

    1

    2

    d

    1

    d

    2

    b

    1 1 -1 0 0 0 1 0 0 0 400

    2 1 0 -1 0 0 0 1 0 0 500

    0.4 0.3 0 0 -1 0 0 0 1 0 240

    1 0 0 0 0 -1 0 0 0 1 300

    0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

    0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0

    representac~ao de

    2

    ;

    3

    na base otima de

    1

    x

    1

    x

    2

    +

    1

    +

    2

    d

    +

    1

    d

    +

    2

    1

    2

    d

    1

    d

    2

    b

    1 1 -1 0 0 0 1 0 0 0 400

    2 1 0 -1 0 0 0 1 0 0 500

    0.4 0.3 0 0 -1 0 0 0 1 0 240

    1 0 0 0 0 -1 0 0 0 1 300

    0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0

    -1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 -300

    -0.4 -0.3 0 0 1 0 0 0 0 0 -240

  • PAVF

    c

    1999 130

    Programac~ao por metas

    Exemplo (cont.)

    Soluc~ao basica inicial, otima para

    1

    :

    1

    = 400;

    2

    = 500; d

    1

    = 240; d

    2

    = 300

    +

    1

    =

    +

    2

    = d

    +

    1

    = d

    +

    2

    = 0 (

    1

    = d

    +

    1

    + d

    +

    2

    = 0)

    x

    1

    = x

    2

    = 0

    Na base corrente,

    2

    possui um custo relativo negativo;

    se x

    1

    entrar na base, melhora o valor de

    2

    ; a variavel

    2

    deve deixar a base

    A mudanca de base n~ao altera o valor otimo de

    1

    x

    1

    x

    2

    +

    1

    +

    2

    d

    +

    1

    d

    +

    2

    1

    2

    d

    1

    d

    2

    b

    0 0.5 -1 0.5 0 0 1 -0.5 0 0 150

    1 0.5 0 -0.5 0 0 0 0.5 0 0 250

    0 0.1 0 0.2 -1 0 0 -0.2 1 0 140

    0 -0.5 0 0.5 0 -1 0 -0.5 0 1 50

    0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0

    0 0.5 0 -0.5 0 1 0 0.5 0 0 -50

    0 -0.1 0 0 1 0 0 0.2 0 0 -140

    N~ao e possvel melhorar

    2

    sem degradar

    1

    ; n~ao e

    possvel melhorar

    3

    sem degradar

    2

    ; a base corrente e

    o mnimo lexicograco:

    1

    = 150;

    2

    = 0; d

    1

    = 140; d

    2

    = 50

    +

    1

    =

    +

    2

    = d

    +

    1

    = d

    +

    2

    = 0

    x

    1

    = 250; x

    2

    = 0

  • PAVF

    c

    1999 131

    Programac~ao por metas

    Exemplo - Zeleny (1982)

    minlex fd

    1

    ; (d

    +

    2

    + d

    2

    ); d

    3

    g

    s.a 4x

    1

    + 3:2x

    2

    d

    +

    1

    + d

    1

    = 12

    x

    1

    1:5x

    2

    d

    +

    2

    + d

    2

    = 0

    2x

    1

    + 4x

    2

    + d

    3

    = 12

    3x

    1

    + 3x

    2

    + d

    4

    = 12

    Tableau inicial

    x

    1

    x

    2

    d

    +

    1

    d

    +

    2

    d

    1

    d

    2

    d

    3

    d

    4

    b

    4 3.2 -1 0 1 0 0 0 12

    1 -1.5 0 -1 0 1 0 0 0

    2 4 0 0 0 0 1 0 12

    3 3 0 0 0 0 0 1 12

    0 0 0 0 1 0 0 0 0

    0 0 0 1 0 1 0 0 0

    0 0 0 0 0 0 1 0 0

    Forma cano^nica

    x

    1

    x

    2

    d

    +

    1

    d

    +

    2

    d

    1

    d

    2

    d

    3

    d

    4

    b

    4 3.2 -1 0 1 0 0 0 12

    1 -1.5 0 -1 0 1 0 0 0

    2 4 0 0 0 0 1 0 12

    3 3 0 0 0 0 0 1 12

    -4 -3.2 1 0 0 0 0 0 -12

    -1 1.5 0 2 0 0 0 0 0

    -2 -4 0 0 0 0 0 0 -12

  • PAVF

    c

    1999 132

    Programac~ao por metas

    Exemplo (cont.)

    A func~ao

    1

    n~ao atingiu o valor otimo

    Escolhe-se x

    1

    para entrar na base; d

    2

    deixa a base; apos

    pivoteamento, obtem-se o novo tableau

    x

    1

    x

    2

    d

    +

    1

    d

    +

    2

    d

    1

    d

    2

    d

    3

    d

    4

    b

    0 9.2 -1 4 1 -4 0 0 12

    1 -1.5 0 -1 0 1 0 0 0

    0 7 0 2 0 -2 1 0 12

    0 7.5 0 3 0 -3 0 1 12

    0 -9.2 1 -4 0 4 0 0 -12

    0 0 0 1 0 1 0 0 0

    0 -7 0 -2 0 2 0 0 -12

    1

    ainda pode ser melhorada; x

    2

    entra e d

    1

    sai da base

    x

    1

    x

    2

    d

    +

    1

    d

    +

    2

    d

    1

    d

    2

    d

    3

    d

    4

    b

    0 1 -0.11 0.43 0.11 -0.42 0 0 1.3

    1 0 -0.16 -0.35 0.16 0.35 0 0 1.9

    0 0 0.77 -1 -0.77 1 1 0 2.9

    0 0 0.82 0.22 -0.82 0.22 0 1 2.2

    0 0 0 0 1 0 0 0 0

    0 0 0 1 0 1 0 0 0

    0 0 -0.77 1 0.77 -1 0 0 -2.9

    1

    e

    2

    atingem seus valores otimos;

    3

    pode ser melho-

    rada com d

    +

    1

    na base (sai d

    4

    )

  • PAVF

    c

    1999 133

    Programac~ao por metas

    Exemplo (cont.)

    Tableau nal

    x

    1

    x

    2

    d

    +

    1

    d

    +

    2

    d

    1

    d

    2

    d

    3

    d

    4

    b

    0 1 0 0.4 0 -0.4 0 0.1 1.6

    1 0 0 -0.4 0 0.4 0 0.2 2.4

    0 0 0 -0.8 0 0.8 1 -0.9 0.8

    0 0 1 -0.3 -1 0.3 0 1.2 2.7

    0 0 0 0 1 0 0 0 0

    0 0 0 1 0 1 0 0 0

    0 0 0 0.8 0 -0.8 0 0.9 -0.8

    N~ao e possvel melhorar

    3

    sem degradar

    2

    ; a base

    corrente e o mnimo lexicograco do problema

    x

    1

    = 2:4; x

    2

    = 1:6; d

    +

    1

    = 2:7; d

    3

    = 0:8

    d

    +

    2

    = d

    1

    = d

    2

    = d

    4

    = 0

    1

    = d

    1

    = 0;

    2

    = d

    +

    2

    + d

    2

    = 0;

    2

    = d

    3

    = 0:8

    Ecie^ncia

    Soluc~oes de problemas de programac~ao por metas n~ao

    s~ao necessariamente ecientes

    Soluc~oes ecientes s~ao geralmente obtidas quando as

    metas n~ao s~ao atingidas

  • PAVF

    c

    1999 134

    Programac~ao por metas

    Variante

    Um metodo popular baseado nos mesmos princpios e

    conhecido como metodo da realizac~ao das metas

    Formulac~ao do problema

    minimizar

    s.a f

    i

    (x) w

    i

    t

    i

    ; i = 1; 2; : : : ;m

    x 2 ; 2 R

    t

    i

    : meta para o objetivo i

    w

    i

    0 : ponderac~ao para o desvio do objetivo i; assume-

    se w 2W

    Interpretac~ao

    PSfrag replacements

    0

    y

    1

    y

    2

    w

    t

    t

    1

    t

    2

    f

    1

    f

    2

    t+ w

    Y

  • PAVF

    c

    1999 135

    Programac~ao por metas

    Propriedades

    A variac~ao de w sobre W pode dar origem a e (),

    mesmo que o problema n~ao seja convexo

    Quanto menor w

    i

    , maior a importa^ncia atribuda a

    meta t

    i

    O problema pode ser reformulado como (w > 0)

    minimizar

    s.a (1=w

    i

    )(f

    i

    (x) t

    i

    ); i = 1; 2; ::;m

    x 2 ; 2 R

    ou ainda

    minimizar

    x2

    max

    i

    f

    i

    (f

    i

    (x) t

    i

    )g

    onde

    i

    := 1=w

    i

    Minimiza-se a norma innito ponderada entre o ponto

    t = (t

    1

    ; t

    2

    ; : : : ; t

    m

    ) e o conjunto de soluc~oes factveis

    O resultado e uma soluc~ao eciente (em geral) que

    reete os valores relativos entre w

    1

    ; w

    2

    ; : : : ; w

    m