cap 6 passivos ambient a is

Upload: william-santos

Post on 06-Apr-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    1/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 1

    CAPTULO 6

    PASSIVOS AMBIENTAIS

    6.1. INTRODUO

    6.1.1. Introduo e Objetivos

    Este captulo apresenta os resultados obtidos no estudo ambiental realizado no Porto de SoSebastio, localizado no municpio de So Sebastio, litoral norte do estado de So Paulo. Os dados

    apresentados so referentes caracterizao do solo e da gua subterrnea, cujos resultados serviro

    para subsidiar a avaliao dos passivos ambientais do referido Porto. Na Figura 1 do Anexo 6.1.1 - 1

    mostrado o mapa de localizao da rea, destacando-se a rea de interesse e respectivo uso atual do

    solo.

    Na rea do Porto no h histrico de investigao ambiental, sendo que os primeiros trabalhos

    realizados na rea fazem parte justamente do escopo do presente relatrio e, por este motivo, foi

    realizada uma investigao ambiental local, focado no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para

    ampliao do Porto de So Sebastio.

    6.1.2. Escopo do trabalho

    A execuo do presente estudo compreendeu duas etapas distintas: Avaliao Preliminar,

    contemplando os usos e ocupaes do solo baseados no levantamento de dados histricos, e

    Investigao Confirmatria, cujo escopo encontra-se descrito a seguir:

    Perfurao e instalao de 10 (dez) poos de monitoramento na rea;

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    2/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 2

    Amostragem de solo durante as perfuraes para instalao dos poos; Realizao de ensaios hidrulicos para definio da condutividade hidrulica; Levantamento topogrfico dos poos de monitoramento; Elaborao do mapa potenciomtrico; Amostragem de gua subterrnea nos dez poos de monitoramento; Anlise qumica das amostras de solo e gua subterrnea; Discusso dos resultados; Elaborao do relatrio tcnico.

    6.2. AVALIAO PRELIMINAR

    6.2.1. Atividades desenvolvidas durante a investigao preliminar

    Neste item so apresentados os resultados obtidos na etapa de Avaliao Ambiental Preliminar

    realizado na rea do Terminal Porturio de So Sebastio, administrado pela Companhia Docas de

    So Sebastio.

    Os trabalhos foram desenvolvidos buscando-se atender as deliberaes constantes no documento

    Deciso de Diretoria n. 103/2007/C/E, de 22 de junho de 2007, estabelecido pela Agncia

    Ambiental do Estado de So Paulo (CETESB), que se baseia na metodologia preconizada peloManual de Gerenciamento de reas Contaminadas. Adicionalmente foi utilizada tambm como

    referncia a Norma NBR 15515-1 Passivo Ambiental em Solo e gua Subterrnea Parte 1:

    Avaliao Preliminar.

    A Avaliao Ambiental Preliminar teve como objetivo principal verificar a existncia de

    evidncias, indcios ou fatos que permitam suspeitar da existncia de contaminao na rea de

    interesse, baseando-se no levantamento de informaes disponveis sobre o uso atual e pretrito da

    rea e direcionar a investigao de possveis passivos ambientais presentes na rea destinada

    implantao do Terminal Porturio.

    Os dados de campo, plantas, informaes relevantes e toda a documentao pertinente ao estudo,inclusive a Ficha Cadastral de reas Contaminadas da rea, j preenchida, foram obtidas e

    fornecidas junto Companhia Docas de So Sebastio e remetem ao escopo do projeto at a

    presente data.

    6.2.2. Dados Cadastrais e Localizao da rea de Interesse

    RAZO SOCIAL: Companhia Docas de So Sebastio

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    3/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 3

    ENDEREO DO EMPREENDIMENTO: Rua Altino Arantes, 410 Centro, So

    Sebastio/SP CEP: 11600-000

    CONTATO: Rua Brigadeiro Faria Lima, 2954 -11 andar Jardim Paulistano, So Paulo/SP

    CEP:01451-000COORDENADAS: UTM mE 460951,64 e mN 7367392,83

    RESPONSVEL: Companhia Docas de So Sebastio

    REPRESENTANTE: Diretor Presidente da Companhia Docas de So Sebastio, Sr. Frederico

    Bussinger Tel.: (11) 3078-3825/3651

    TIPO DE ATIVIDADE DESENVOLVIDA: Terminal Porturio.

    6.2.3. Caracterizao da rea e de suas Adjacncias

    Foram levantados dados e informaes a respeito do histrico ocupacional e operacional das

    reas de ampliao e de suas adjacncias. A realizao deste levantamento teve como objetivo reconstituir a maneira como foram

    desenvolvidas as atividades operacionais das reas, alm da evoluo do uso e ocupao do solo no

    local e adjacncias e o posicionamento de eventuais bens a proteger, detalhados mais adiante neste

    relatrio.

    O desenvolvimento deste levantamento se deu atravs das seguintes etapas:

    Consulta ao cadastro de reas contaminadas mantido pela CETESB; Preenchimento e anlise da Ficha Cadastral de reas Contaminadas; Levantamento de informaes junto ao Responsvel Legal pela rea; Levantamento aerofotogramtrico temporal; Realizao de visita rea para inspeo, reconhecimento e caracterizao da rea e entorno

    imediato;

    Levantamento de poos de captao de gua subterrnea junto ao DAEE.Dando incio aos trabalhos da etapa de Avaliao Preliminar, no dia 12 de dezembro de 2008 foi

    realizada uma visita tcnica com intuito de fazer um reconhecimento da rea de estudo e identificaros locais onde se deveriam focar os estudos a serem realizados na etapa da Investigao

    Confirmatria.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    4/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 4

    6.2.4. Levantamento das informaes

    6.2.4.1. Consulta ao cadastro de reas contaminadas da CETESB

    Foi realizada uma consulta junto ao Cadastro de reas Contaminadas mantido pela Diretoria de

    Controle de Poluio Ambiental da CETESB.

    Esta consulta, feita atravs do site da entidade na internet, teve como finalidade verificar se no

    passado j houve constatao da existncia de contaminao na rea em estudo e/ou nas suas

    regies limtrofes.

    Ao analisar o referido cadastro, observou-se que a rea de interesse em questo no est

    cadastrada como rea contaminada, contudo foram identificadas reas cadastradas no site da

    CETESB no entorno da rea de interesse, as quais so evidenciadas na Figura 2 do Anexo 6.1.1 - 1,

    sendo que as fichas obtidas junto ao site da CETESB encontram-se no Anexo 6.2.4.1 1.

    6.2.4.2. Ficha cadastral das reas contaminadas

    A Ficha Cadastral de reas Contaminadas preenchida segue o modelo apresentado na seo

    5101 do Manual de Gerenciamento de reas Contaminadas, que tem em sua seo 5102 o guia

    que orienta o preenchimento da mesma. O preenchimento da Ficha Cadastral, conforme informao

    presente na prpria ficha foi realizada por um tcnico da CPEA. Na Tabela 6.2.4.2 - 1 a seguir,

    mostrada uma sntese das informaes contidas na Ficha Cadastral.

    Tabela 6.2.4.2-1: Sntese das informaes contidas na Ficha Cadastral

    Tipo de atividade pretrita Informaes

    Tipo de atividade atual Porto

    Fonte provvel da contaminao DispersoMateriais utilizados/produzidos/armazenados

    Granis, containers, veculos

    Resduos gerados Desconhecido

    Destino das guas residurias Desconhecido

    Tipo/condies do piso Asfalto, paraleleppedo e sem coberturaHistrico de vazamentos/infiltraes

    Desconhecido

    Substncias suspeitas de estarempresentes na rea

    Hidrocarbonetos derivados de petrleo e metais, ligas e compostos metlicos.

    Ocupao do solo/reas com bens aproteger

    Dentro da rea de interesse: zona viria, estacionamento e rea de interesse

    pblico (terminal Ferry Boat);Fora da rea de interesse: zona viria, rea militar, comercial, industrial,residencial, de interesse pblico, utilidades, parque, rea de lazer e hospital.

    Informaes fisiogrficas do localDeclividade entre 0% e 30%; rea de plancie litornea; solo predominantementeargiloso; variao do nvel d'gua inferido entre 1,0 e 2,0 metros.

    Indcios de contaminao Desconhecido

    Compostos detectados na rea Desconhecido

    A Ficha Cadastral completa, preenchida e assinada por um tcnico responsvel da CPEA

    apresentada no Anexo 6.2.4.2 - 1

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    5/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 5

    6.2.4.3. rea de interesse

    As informaes a respeito do histrico operacional da rea de interesse foram coletadas e

    compiladas pela CPEA em dezembro de 2008.

    O Porto de So Sebastio est localizado entre as coordenadas UTM mE 460951,64 e mN7367392,83. O Porto possui rea de 392.376,96m e 3.047,40m de permetro, limitado ao norte

    pelas Avenidas Antnio Janurio do Nascimento e So Sebastio, a leste pelo Canal de So Sebastio,

    ao sul pelo enrocamento que se inicia junto foz do Crrego Me Isabel, e a oeste pela antiga linha

    de costa e Rua do Cais

    O Porto de So Sebastio possui um bero de atracao externo (bero 101) com 150m de cais e

    75m de dolphins, totalizando 225m, o que permite atender navios maiores.

    Com relao ao calado, dados oficiais indicam 9 m mximos, porm, segundo a Administrao

    do Porto e Praticagem, as operaes so realizadas em um calado de 8 m mais preamar de 0,5m.

    Existem tambm trs outros beros internos, destinados as embarcaes empregadas emoperaes de apoio, que perfazem um total de 212m (Tabela 6.2.4.3-1).

    Tabela 6.2.4.3-1: Extenso e Profundidade dos Beros de Atracao

    Bero Extenso (m) Profundidade (m)101 150,0 8,2201 51,1 7,2202 75,1 6,2*203 86,0 4,2*

    *A profundidade efetiva est em torno de 3 a 4m. Fonte: PRONAVE - Agentes de Comrcio Exterior Ltda

    No cais principal do porto situa-se somente um armazm de alvenaria o qual apresenta asdimenses de 20 x 50m aproximadamente, com rea de 1.000m e ainda encontra-se alfandegado.

    Na poro sudoeste do porto, na nova rea de expanso, existem outros trs armazns pblicos

    (nmeros 3 ao 6), alfandegados, feitos em estrutura de ao e cobertos por lona sinttica, para

    eventual guarda de carga geral, com uma rea de 2.000m cada, em rea asfaltada, totalizando

    6.000m (40 x 150m). Esses armazns geralmente so utilizados para armazenamento de granis

    slidos, equipamentos e carga geral.

    Existem no porto dois ptios alfandegados e asfaltados (Ptios 1 e 2), com uma rea total de

    65.800 m, usados para armazenagem de veculos, contineres, mquinas e equipamentos, alm de

    eventuais outras cargas que no precisem de cobertura.

    Na rea porturia encontra-se tambm o terminal da balsa (Ferry Boat) para Ilha Bela.

    H uma rea de expanso de cerca de 283.000m, que foi ampliada em parte com material de

    aterro de dragagem, ao lado dos ptios do porto, dos quais separada pela via de acesso ao per.

    Na poro sul da rea de interesse no h ocupao por se tratar de rea martima, todavia pelo

    escopo atual do projeto algumas residncias lindeiras a rea do projeto podero ser impactadas.

    Na Figura 3 do Anexo 6.1.1 - 1 apresenta uma foto area da regio, indicando as disposies

    das instalaes na rea de interesse. O dossi fotogrfico da rea apresentado no Anexo 6.2.4.3 - 1.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    6/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 6

    6.2.4.4. Entorno

    Foi considerado um raio de aproximadamente 200m para o levantamento das instalaes no

    entorno da rea de interesse.

    A oeste da rea de interesse encontram-se:

    Cinco silos alfandegados da Malteira do Vale S.A. com capacidade aproximada de 4.000 tonscada para armazenamento de cevada;

    TEBAR Terminal Martimo Almirante Barroso, especializado na carga e descarga de granislquidos (petrleo e derivados) de propriedade da PETROBRAS e por ela operado. Este

    terminal estende-se em direo norte operando dois peres e compondo quatro beros numa

    extenso de 905m, com profundidade variando entre 14 e 26 metros. Para depsito so

    utilizados ao todo 43 tanques com capacidade de armazenagem de 2,1 milhes de toneladas;

    Armazns para produtos qumicos da CNAGA Companhia Nacional de Armazns GeraisAlfandegados (EADI), com uma rea total de 17.000 m e capacidade de estocagem de 90.000

    tons.

    A leste da rea de interesse est o canal de So Sebastio, ao sul encontra-se uma rea de

    ocupao mista residencial/comercial e ao norte uma ocupao mista da rea com residncias,

    comrcios e edificaes para lazer.

    No Figura 4 do Anexo 6.1.1 - 1 apresentado o uso e ocupao do solo com indicao das reas

    de entorno.

    6.2.4.5. Levantamento de poos de captao de gua subterrnea junto aoDAEE

    Foi realizada uma pesquisa junto ao DAEE com a finalidade de verificar a existncia de poos de

    captao de gua subterrnea no entorno imediato da rea de interesse, bem como levantar

    informaes a respeito dos aspectos construtivos dos poos.

    No foi observada a existncia de poos de captao de gua subterrnea no entorno considerado.

    6.2.5. Levantamento aerofotogramtrico temporal

    A interpretao das fotos areas foi feita com base nas orientaes presentes nas sees 3200,

    3201 e 3202 do Manual de Gerenciamento de reas Contaminadas da CETESB.

    Para o presente estudo, foram utilizadas fotos areas em formato digital para a avaliao temporal

    do uso e ocupao das reas de interesse, imagens areas retratando a situao nos seguintes anos:

    1962, 1972, 1987, 1994, 2005 e 2009.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    7/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 7

    6.2.5.1. Fotointerpretaes

    Para facilitar a interpretao das fotos e a avaliao da evoluo do uso e ocupao do solo na

    rea de interesse, as imagens foram editadas e plotadas em uma escala nica (1:10.000,

    aproximadamente). Alm da rea de interesse, foi considerado um entorno de aproximadamente200m contados a partir dos limites da mesma.

    No Anexo 2.1.1.1 - 1 deste EIA so apresentadas imagens da rea de interesse e sua evoluo ao

    longo do tempo e a seguir so destacadas as principais feies observadas em cada poca.

    1962: Verifica-se a existncia da estrutura do per do porto de So Sebastio, vias de rodagemna orla, possveis delimitaes de loteamentos no entorno no local e baixa ocupao antrpica;

    1972: Nesta data observa-se maior ocupao antrpica principalmente ao norte do porto,incio de obras na poro oeste e o aterramento de rea ao norte da via de acesso ao per;

    1987: A rea em questo j possui evidente ocupao antrpica em todo seu entorno.Observa-se as instalaes do TEBAR e uma rea de aproximadamente 154.000m aterrada a

    oeste do porto, a noroeste do porto outra rea tambm fora aterrada promovendo acesso a

    um novo per, provavelmente para o Ferry Boat e instalaes de armazns no porto de So

    Sebastio;

    1994: A oeste do porto observa-se a consolidao do processo de aterramento observado nafoto de 1987 e uma nova rea a leste desta tambm aterrada, observam-se a norte do Porto

    novas reas aterradas sem ocupao definida;

    2005: As reas aterradas observadas na foto de 1994 esto consolidadas, h ocupao porestruturas e ptios nas mesmas a oeste, noroeste e norte do porto, a oeste observam-se

    tambm cinco silos entre o TEBAR e as reas aterradas, a ocupao do entorno est

    consolidada;

    2009: No houve alteraes significativas no layout das instalaes na rea em relao fotoanterior, excetuando-se uma rea ao norte do porto onde aparentava no haver ocupao

    definida em 2005, observa-se nesta foto que a rea foi transformada em parque recreativo.

    Resumo: A partir da anlise das fotos areas apresentadas possvel verificar que a rea de

    interesse possua as estruturas do porto em 1962. Em 1972 j se observa o incio de aes antrpicasmais acentuadas inclusive na expanso da rea porturia e em 1987 e 1994 observa-se o processo de

    aterramento em diversas reas no entorno do porto e a consolidao da ocupao antrpica. A partir

    do ano de 2005 nota-se que no h alteraes significativas na ocupao de entorno das reas do

    porto, contudo h modificaes na destinao das reas anteriormente aterradas.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    8/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 8

    6.2.6. Estabelecimento do modelo conceitual preliminar

    Nesta etapa de Avaliao Preliminar, o modelo conceitual normalmente simplificado e baseado

    muitas vezes em hipteses, devendo este ser avaliado e atualizado a cada etapa de investigao

    subseqente, com a insero e/ou remoo de elementos, conforme mencionado no Captulo 5000 -Avaliao Preliminar do Manual de Gerenciamento de reas Contaminadas.

    A seguir so apresentados e descritos os elementos que integram o modelo conceitual preliminar

    da rea em estudo.

    6.2.6.1. rea sujeita ao impacto direto

    Terreno pertencente Companhia Docas de So Sebastio, prefeitura de So Sebastio e rea da

    Marinha do Brasil.

    6.2.6.2. Atividades desenvolvidas

    Na rea de interesse atualmente operam o porto de So Sebastio, o Ferry Boatpara Ilha Bela,

    armazns e ptios para estocagem, reas aterradas sem ocupao definida e rea da marinha.

    6.2.6.3. Feies e caractersticas da rea

    Corpos hdricos superficiais: rea de mangue aterrada lindeira ao canal do esturio do Porto deSo Sebastio. Rede de drenagem original bastante alterada.

    Configurao fsica do terreno: rea plana. Feies erosivas: possvel eroso laminar. Possibilidade de enchente: remota, mas no exclusiva para a rea de interesse e entorno. Tipo de piso: misto, com reas pavimentadas com asfalto e/ou paraleleppedo e/ou bloquetes

    e reas abertas sem piso.

    6.2.6.4. Potenciais fontes primrias identificadas

    Ptio e armazns para estocagem de materiais; Material utilizado no aterro das reas; Antigo posto de abastecimento de embarcaes; rea de transbordo de lixo urbano.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    9/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 9

    6.2.6.5. Potenciais fontes secundrias

    Solo natural contaminado pelas fontes primrias;

    gua subterrnea contaminada pelas fontes primrias.

    6.2.6.6. Identificao dos receptores e bens a proteger

    rea Investigada: funcionrios da rea porturia; guas subterrneas e guas superficiais; solo e

    sedimento;

    Entorno: funcionrios das empresas vizinhas, moradores de residncias prximas e trabalhadores

    dos pequenos comrcios vizinhos.

    Dentre os bens a proteger identificados no entorno analisado destacam-se principalmente a vida e

    a sade da populao que trabalha na rea e adjacncias e os recursos hdricos superficiaisidentificados nas adjacncias da rea de interesse.

    6.2.6.7. Meios supostamente impactados

    Solo, gua subterrnea e gua superficial.

    6.2.7. Contexto geolgico e hidrogeolgico

    6.2.7.1. Geologia

    Num contexto geral a regio do empreendimento apresenta alto grau de atividade antrpica portoda sua extenso. Abrange a regio sob a influncia da variao da mar Plancie de Mar, sendo

    que parte dessa rea foi objeto de intervenes (aterros), o que possivelmente alterou a dinmica

    natural da rea provocando dificuldade no fluxo ou mesmo interrompendo a circulao natural das

    guas pela baa do Ara.

    6.2.7.2. Hidrogeologia

    Considerando-se a configurao geolgica do local, prximo do canal do porto de So Sebastio

    e as caractersticas hidrogeolgicas regionais supe-se que haja no local fluxo descendente,

    apresentando caractersticas de rea de descarga e pelo menos um aqfero de meio poroso, uma vez

    que a rea foi aterrada.

    6.2.8. Produtos manipulados e compostos rastreadores

    Embora no haja manipulao de produtos no sentido de realizar misturas, existem alguns

    materiais que so estocados na retro rea do Porto para posteriormente serem embarcados e, sendo

    assim, pode-se considerar estes produtos como passveis de causar algum tipo de alterao na

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    10/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 10

    qualidade dos solos e guas subterrneas, como por exemplo, barrilha e sulfato de sdio. Alm disto,

    existe na rea do Porto um local destinado ao transbordo de lixo urbano proveniente da cidade de

    So Sebastio que pode tambm atuar como uma possvel fonte de contaminantes.

    6.2.9. Processos atuantes no ambiente subterrneo

    Uma vez inseridos no ambiente subterrneo, os potenciais contaminantes so submetidos a uma

    srie de processos que atuam no sentido de transportar ou reter os mesmos pelo solo e pela gua

    subterrnea, por meio do particionamento do contaminante em fases distintas. Os principais

    processos atuantes so: solubilizao, volatilizao, adveco, disperso e adsoro.

    Alm destes, ocorrem outro tipos de processos que atuam no sentido de atenuar o grau de

    contaminao, como por exemplo, a biodegradao para alguns tipos de compostos orgnicos.

    Tambm pode ocorrer a imobilizao e estabilizao de alguns metais devido formao de sais

    pouco solveis e precipitados diversos, dependendo das caractersticas fsico-qumicas do meio.

    6.2.10. Entorno potencialmente impactado

    O entorno potencialmente impactado pela rea de interesse consiste nas adjacncias da rea do

    Porto, compreendendo terrenos pertencentes a terceiros, tratando-se de reas industriais, comerciais,

    residenciais e de lazer.

    Deve-se ressaltar que no entorno da rea foram identificados empreendimentos que constam da

    lista de reas contaminadas da CETESB, mas que no tem relao direta com a rea de interesse.

    6.2.10.1. Critrios de seleo das reas do entorno potencialmente impactado

    Resoluo CONAMA 273/2000; Guia para o Preenchimento da Ficha Cadastral de AC (entorno de 200 m).

    6.2.11. Classificao das reas de interesse

    O critrio utilizado para a classificao da rea de interesse aquele apresentado no item 2.

    Definies da Deciso de Diretoria n. 103/2007/C/E da CETESB.A partir dos dados levantados e demais consideraes aqui apresentadas, a rea de ampliao do

    Porto de So Sebastio foi classificada isoladamente como:

    rea com potencial de contaminao (AP).

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    11/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 11

    6.2.12. Concluses e recomendaes

    Diante dos resultados obtidos pelo estudo de Avaliao Preliminar dever ser dado andamento

    ao estudo da rea do Porto de So Sebastio com a execuo da etapa de Investigao Confirmatria,

    que ter como objetivo principal confirmar ou no a existncia de contaminao nas reasidentificadas como Potencialmente Contaminadas (AP).

    6.3. INVESTIGAO CONFIRMATRIA

    A seguir sero apresentados os resultados obtidos na etapa de Investigao Confirmatria

    levando-se em considerao as premissas levantadas na etapa de Avaliao Preliminar, tendo como

    objetivo principal confirmar ou no a existncia de contaminao e verificar a necessidade da

    realizao de uma investigao detalhada nas reas suspeitas. Sendo assim, os resultados obtidos

    nesta etapa foram importantes para subsidiar o levantamento de passivos ambientais e, na

    identificao dos mesmos, definir as aes necessrias que sero tomadas para a soluo do

    problema.

    6.3.1. Atividades desenvolvidas durante a investigao

    As atividades realizadas na etapa de Investigao Confirmatria tiveram como principal objetivo

    a avaliao da qualidade do solo e posterior avaliao da qualidade das guas subterrneas da rea.

    Para isto, foram definidos dez pontos para amostragem de solo e guas subterrneas com uma

    distribuio nas reas suspeitas de contaminao, levando-se em considerao a ampliao da rea

    do Porto.Para a atividade de locao dos pontos foram consideradas as informaes levantadas pela

    Avaliao Preliminar, levando-se em considerao o tipo de processo operacional realizado no Porto,

    a anlise de mapas da rea, uma visita tcnica realizada em campo no dia 12 de dezembro de 2008 e

    o projeto de ampliao do Porto de So Sebastio.

    As atividades de investigao da qualidade do solo tiveram como premissas as recomendaes do

    Procedimento para Gerenciamento de reas Contaminadas da Companhia de Tecnologia de

    Saneamento Ambiental de So Paulo (CETESB) aprovado na Deciso de Diretoria N.

    103/2007/C/E, de 22 de junho de 2007 e a Informao Tcnica DAIA/176/2008.

    Esta Deciso de Diretoria N. 103/07 possui carter normativo e o Procedimento ora aprovado

    contm exigncias tcnicas obrigatrias a serem atendidas pelos responsveis legais pela rea

    investigada ou contaminada cujo descumprimento podendo implicar em aes corretivas.

    6.3.1.1. Visita Tcnica

    No mbito da etapa de Avaliao Preliminar, no dia 12 de dezembro de 2008 foi realizada uma

    visita tcnica na rea do Porto de So Sebastio pelos tcnicos da CPEA acompanhados pelo tcnico

    responsvel pela rea.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    12/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 12

    O objetivo da visita foi o reconhecimento da rea e a verificao dos locais onde seria mais

    necessrio focar os estudos da Investigao Confirmatria. Atravs das fotos areas da regio, das

    informaes a respeito da rea (levantados na etapa da Avaliao Preliminar) e da visita de campo,

    foram determinados os locais para instalao dos poos de monitoramento.

    6.3.1.2. Instalao dos Poos de Monitoramento (PM)

    Foram instalados dez poos de monitoramento para coleta de gua subterrnea entre os dias 15 e

    19 de dezembro de 2008.

    Para a locao dos poos, como dito anteriormente, foram levadas em considerao as

    informaes obtidas na Avaliao Preliminar. Na Figura 1 do Anexo 6.3.1.2 - 1 apresentado o

    posicionamento dos poos, sendo que a escolha dos locais foi feita da seguinte maneira:

    PM-01: Local de armazenamento de cargas

    PM-02: rea aterrada com sedimento dragado do cais interno do prprio Porto PM-03 e PM-04: rea aterrada com entulho PM-05, PM-06, PM-07, PM-08 e PM-09: rea utilizada para o transbordo de lixo urbano da

    cidade de So Sebastio

    PM-10: rea de mangueOs poos de monitoramento foram construdos com tubo geomecnico de 2 polegadas, pr-filtro

    de areia graduada quartzosa arredondada do tipo perolisada, pr-lavada, prpria para construo depoos de monitoramento. O acabamento dos poos foi com selo de proteo preparado com calda

    de cimento e bentonita, para prevenir o aporte de eventuais contaminaes superficiais. NoAnexo

    6.3.1.2 - 2 apresentado o dossi fotogrfico das atividades de campo realizadas nesta etapa de

    instalao dos poos.

    Os PM foram instalados com seo filtrante conforme recomenda a norma ABNT 15.495-1

    Poos de Monitoramento de guas Subterrneas em Aqferos Granulares Parte 1: Projeto e

    Construo onde predominam filtros de at no mximo 3 metros de profundidade. As sondagens

    para instalaes dos poos de monitoramento foram realizadas com equipamento manual (trado) de

    4 polegadas de dimetro sem a utilizao de qualquer fludo de perfurao.O material escavado foi caracterizado ttil-visualmente e descrito na forma de perfis litolgicos,

    utilizados na caracterizao geolgica da rea. Na Tabela 6.3.1.2-1 a seguir, apresentado um

    resumo dos dados construtivos dos poos instalados e no Anexo 6.3.1.2 -3 so apresentados os

    perfis dos poos de monitoramento.

    As perfuraes e instalaes dos poos de monitoramento foram executadas pela Empresa

    American Drilling do Brasil Ltda. e coordenada por um tcnico qualificado da CPEA.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    13/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 13

    Tabela 6.3.1.2-1: Caractersticas dos poos de monitoramento instalados

    IdentificaoData de

    Instalao

    Dimetro daPerfurao(polegadas)

    Dimetro doTubo

    (Polegadas)

    Profundidadedo Poo (m)

    Comprimentodo Filtro

    (m)PM-01 15/12/08 4 2 3,90 3,0PM-02 19/12/08 4 2 3,70 2,0PM-03 16/12/08 4 2 2,90 2,0PM-04 17/12/08 4 2 3,50 2,0PM-05 17/12/08 4 2 3,00 2,0PM-06 17/12/08 4 2 3,55 2,0PM-07 18/12/08 4 2 2,85 2,0PM-08 18/12/08 4 2 3,70 2,0PM-09 18/12/08 4 2 3,75 2,0PM-10 19/12/08 4 2 3,21 2,0

    6.3.1.3. Amostragem de solo

    Foram coletadas um total de dez amostras de solo, sendo uma amostra por poo demonitoramento, na camada superficial (at 0,50m). Na Tabela 6.3.1.3 - 1 a seguir so apresentados

    os protocolos de preservao e armazenamento dos resultados.

    Todo o procedimento de coleta de solo atendeu s exigncias do captulo 6300 Amostragem de

    Solo constante no Manual de Gerenciamento de reas Contaminadas, Projeto CETESB GTZ,

    2001.

    Tabela 6.3.1.3 1: Protocolos de preservao e armazenamento das amostras de solo

    6.3.1.4. Amostragem de gua subterrnea

    A campanha de amostragem das guas subterrneas dos dez poos de monitoramento foi

    realizada no perodo compreendido entre 17 e 20 de dezembro de 2008.

    A. Esgotamento dos poos

    Para promover a renovao da gua estagnada e garantir a qualidade da amostra de gua

    subterrnea coletada, foi realizada, antes da coleta, a purga correspondente a no mnimo trs vezes o

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    14/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 14

    volume da coluna dgua existente em cada PM. Para obter o volume de gua a ser removida na

    purga utilizou-se o seguinte clculo:

    Vpurga=0,3*Vp+Vpm

    Onde:

    Vp =volume da coluna dgua da sondagem;

    Vpm = volume da coluna dgua do PM.

    As purgas foram realizadas com a utilizao de amostradores do tipo bailerde 2 polegadas modelo

    HSDB-95 da marca Hidrosuprimentos. Aps a purga, foi observada a reposio do nvel dgua de

    todos os PM. O procedimento de purga dos PM atendeu as exigncias constantes no Manual de

    Gerenciamento de reas Contaminadas (CETESB, 2001).

    Antes e aps a purga, foram realizadas as medies do nvel dgua (NA) de todos os PM com

    um medidor de nvel dgua e interface modelo 122-Mini Solinst. O NA dos poos de

    monitoramento antes da purga so apresentados na Tabela 6.3.1.4 - 1 a seguir.

    Tabela 6.3.1.4-1: Resultados de nveis de gua dos poos de monitoramento antes da realizao da purga

    PM Nvel de gua (m)*

    PM-01 2,37

    PM-02 2,43

    PM-03 1,41

    PM-04 1,53

    PM-05 1,39

    PM-06 1,93PM-07 1,67

    PM-08 2,32

    PM-09 2,30

    PM-10 1,45

    *medidas realizadas na boca do tubo do poo de monitoramento.

    B. Medies fsico-qumicas em campo

    Aps a purga de todos os PM, foi realizada, in situ, a medio em triplicata dos parmetros fsico-

    qumicos (pH, EH

    , condutividade, temperatura da amostra, oxignio dissolvido e salinidade) das

    amostras com uma sonda multiparamtrica da marca Hanna modelo HI 9828. No Anexo 6.3.1.4 - 1

    so apresentados os protocolos de manuteno e calibrao da sonda conforme procedimentos

    especficos inerentes CPEA.

    C. Coleta das guas subterrneas

    As coletas foram realizadas com amostradores tipo bailer descartveis da marca AgSolve com

    filtro descartvel in linepara filtragem em campo de metais e semi-metais, sendo que para os demais

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    15/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 15

    parmetros as coletas foram realizadas sem a utilizao do filtro. Os procedimentos atenderam as

    exigncias das normas da CETESB. Na Tabela 6.3.1.4-2 a seguir, so apresentados os protocolos de

    preservao e armazenamento das amostras para os parmetros selecionados para anlise.

    Tabela 6.3.1.4-2: Protocolo de preservao e armazenamento das amostras de gua subterrnea

    6.3.1.5. Tratamento das amostras para as anlises laboratoriais

    As amostras de solo e gua subterrnea foram acondicionadas em frascaria apropriada, nova sem

    qualquer tipo de uso anterior, com seus respectivos preservantes, conforme o parmetro a ser

    analisado. Os frascos contendo as amostras foram armazenados em caixas trmicas com gelo e

    mantidos sob refrigerao de 4C 2 C, desde o momento da coleta at o seu processamento em

    laboratrio. O Laboratrio Ceimic Anlises Ambientais foi o responsvel pelas as anlises.

    6.3.1.6. Ensaios de condutividade hidrulica (slug test)

    Foram realizados quatro ensaios de condutividade hidrulica (k), atravs do ensaio de slug test. Asfichas contendo os dados dos ensaios de condutividade hidrulica (k) e os resultados obtidos so

    apresentados no Anexo 6.3.1.6 1.A realizao destes ensaios possibilitou a obteno dos valores

    de condutividade hidrulica, fundamentais para avaliao das velocidades de fluxo da gua

    subterrnea.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    16/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 16

    6.3.1.7. Levantamento de coordenadas geogrficas

    Foi realizado na rea do Porto de So Sebastio entre os dias 17 e 19 de dezembro de 2008 o

    levantamento das coordenadas geogrficas dos poos de monitoramento instalados (PM-01 a PM-

    10). O equipamento utilizado foi o Teodolito modelo Astor AL, uma trena de 50 m, uma mira de 5metros e um trip de alumnio da marca Alkon. O levantamento das coordenadas em UTM dos

    poos de monitoramento foi realizado no mesmo perodo com um equipamento modelo GPS 72

    marca Garmin. Na Tabela 6.3.1.7-1 a seguir, so apresentadas as coordenadas em UTM dos poos

    de monitoramento, conforme recomendado pela Deciso de Diretoria da CETESB (2007).

    Tabela 6.3.1.7-1: Coordenadas em UTM dos poos de monitoramento

    Coordenadas UTM*Nome doponto Eastings (mE) Northings (mN)PM01 459.176,0 7.367.016,2PM02 459.320,2 7.366.679,6

    PM03 458.991,1 7.366.650,0PM04 458.883,0 7.366.818,2PM05 458.718,6 7.366.898,3PM06 458.679,8 7.366.922,5PM07 458.691,4 7.366.847,5PM08 458.652,5 7.366.904,8PM09 458.670,9 7.366.953,5PM10 459.558,0 7.366.929,1

    *Datum horizontal: SAD-69

    6.3.2. Legislao aplicvel

    Com referncia as reas contaminadas, isto , locais cujo solo sofreu dano ambientalsignificativo que os impedem de assumir suas funes naturais ou legalmente garantidas, existe a Lei

    n. 13.577, de 8 de julho de 2009, sancionada pelo Governo do Estado de So Paulo a qual dispe

    sobre diretrizes e procedimentos para a proteo da qualidade do solo e gerenciamento de reas

    contaminadas, e d outras providncias correlatas. Esta Lei trata da proteo da qualidade do solo

    contra alteraes nocivas por contaminao, da definio de responsabilidade, da identificao e

    cadastramento de reas contaminadas e da remediao dessas reas de forma a tornar seguros seus

    usos atual e futuro.

    Deve-se salientar ainda o Decreto n. 54.544, de 8 de julho de 2009, o qual regulamenta o inciso

    XIII do artigo 4 e o inciso VIII do artigo 31 desta Lei.

    Dentro desta legislao pertinente (Lei n. 13.577), atravs do seu artigo 8 retratado que a

    atuao do rgo do Sistema Estadual de Administrao da Qualidade Ambiental (SEAQUA), no

    que se refere proteo da qualidade do solo e ao gerenciamento de reas contaminadas, ter como

    parmetros os Valores de Referncia de Qualidade, os Valores de Preveno e os Valores de

    Interveno, estabelecidos pelo rgo ambiental estadual.

    A seguir sero relacionadas as listas utilizadas como referncia para comparao com os

    resultados obtidos.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    17/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 17

    6.3.2.1. Solo

    Os valores utilizados para comparao com os resultados analticos das amostras de solo foram

    os Valores Orientadores estabelecidos pela CETESB (2005) e Lista Holandesa (2002), nesta ordem

    de priorizao.Segundo a Deciso de Diretoria da CETESB n103/2007 deve ser considerado na investigao o

    cenrio mais restritivo existente na rea e vizinhana. Nas visitas realizadas na rea observou-se a

    presena de indstrias, comrcio e residncias prximas ao terreno avaliado e, desta forma, optou-se

    por utilizar o cenrio residencial para avaliao da contaminao do solo.

    6.3.2.2. gua subterrnea

    Os resultados de gua subterrnea da rea foram comparados com a lista de valores orientadores

    da CETESB (2005). Quando o parmetro no contemplado por esta listagem optou-se por utilizar

    a Portaria de Portabilidade do Ministrio da Sade (MS, n518/04) seguido dos valores deinterveno preconizados pela Lista Holandesa (2000).

    6.3.3. Resultados Obtidos

    6.3.3.1. Caracterizao geolgica local

    A caracterizao geolgica local se baseou nas informaes obtidas durante esta etapa de

    investigao, especificamente nas sondagens e perfuraes para a instalao de poos de

    monitoramento.

    De modo geral foram identificados 03 litologias sedimentares na rea. Na Tabela 6.3.3.1-1 aseguir ilustrado um resumo das principais litologias identificadas.

    Tabela 6.3.3.1-1: Caractersticas geolgicas locais obtidas durante a investigao da rea.

    CamadaComposio

    PredominanteEspessuraMdia (m)

    Descrio Litolgica

    1 Aterro de silte 0,0 a 2,0Aterro de silte, areno argiloso com racho, seco, de colorao variando

    de roxo e cinza.

    2 Argila marinha 2,0 a 4,0 Argila marinha siltosa, saturada, de colorao cinza escura.

    3 Areia fina a mdia 4,0 a 4,5 Areia fina a mdia, pouco siltosa, saturada, de colorao cinza escuro.

    6.3.3.2. Caracterizao hidrogeolgica local

    A caracterizao e a avaliao dos recursos hdricos subterrneos esto relacionadas com o

    conhecimento das caractersticas fsicas e hidrodinmicas dos aqferos. Para o estudo em questo,

    foram utilizados como referncia os dados obtidos nas perfuraes dos poos de monitoramento.

    Desta forma observa-se na rea um aqfero sedimentar situado basicamente na camada de

    sedimentos, possuindo carter livre, com heterogeneidades locais causadas pela variabilidade

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    18/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 18

    litolgica: rea de disposio de sedimento de dragagem, disposio de materiais slidos residenciais,

    material proveniente da encosta, argila marinha siltosa, areia fina a mdia entre outros.

    O aqfero superficial possivelmente influenciado pelas guas do canal de So Sebastio que faz

    limite com a propriedade, o que pode ocasionar uma intruso de gua salina no aqfero.

    6.3.3.3. Avaliao potenciomtrica

    Na avaliao do comportamento das guas subterrneas na rea foi elaborado o mapa

    potenciomtrico local com base nas cargas hidrulicas dos poos de monitoramento instalados.

    Para a elaborao do mapa potenciomtrico representativo do aqfero local foi calculada a carga

    hidrulica de oito poos de monitoramento: PM-01 e PM-03 a PM-09. O poo PM-02 devido

    localizao (instalado sobre rea de disposio de sedimento) no representa as caractersticas

    hidrogeolgicas da rea e, desta maneira, foi excludo do mapa potenciomtrico, j o PM-10 no foi

    possvel realizar a topografia devido ao trfego de automveis e pessoas na rea. Na Tabela 6.3.3.3-1a seguir, so apresentados os resultados dos clculos de carga hidrulica.

    Tabela 6.3.3.3-1: Cargas hidrulicas dos poos de monitoramento do aqfero raso

    PM Nvel de gua (m) Cota do PM (m) Carga hidrulicaPM-01 2,37 10,00 7,63PM-02 2,43 - -PM-03 1,41 9,51 8,10PM-04 1,53 10,51 8,98PM-05 1,39 10,01 8,62PM-06 1,93 9,80 7,87PM-07 1,67 10,23 8,56

    PM-08 2,32 10,34 8,02PM-09 2,30 10,16 7,86PM-10 1,45 - -

    Aps o clculo das cargas hidrulicas foram delimitadas as linhas equipotenciais e definido a

    potenciometria da rea conforme apresentado na Figura 6.3.3.3 - 1 - Mapa Potenciomtrico. De

    acordo com o mapa possvel concluir que:

    As guas subterrneas fluem preferencialmente na direo oeste (O) para leste (E), no sentidodo canal de So Sebastio, localizado no limite da propriedade;

    H provavelmente interferncias localizadas no sentido do fluxo subterrneo causadas peladisposio de sedimentos de dragagem, entulhos de construo e disposio de lixo na rea;

    O gradiente hidrulico entre um poo de montante (PM-01) e um de jusante (PM-03) compatvel com a topografia plana e o perfil geolgico predominante da rea de estudo. O

    gradiente hidrulico calculado de 0,002, cujos valores utilizados para o clculo foram:

    NA (PM-01 PM-03) = 0,96 m

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    19/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 19

    x (PM-01 e PM-03) = 412,5 m

    i (gradiente hidrulico) = 0,96/412,5 = 0,002

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    20/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 20

    Figura 6.3.3.3 1: Mapa Potenciomtrico (ver pasta Figuras)

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    21/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 21

    6.3.3.4. Coeficiente de condutividade hidrulica

    A metodologia utilizada para o clculo do coeficiente de condutividade hidrulica (K) baseou-se

    na equao proposta por Hvorslev (1951), utilizando-se o software Aquifer Test for Windows, conforme

    descrito a seguir:

    K = [r2 ln (L/R)]/(2 L TL)

    Onde:

    K = Condutividade hidrulica (m/min)

    R = Raio efetivo do poo, excluindo o pr-filtro (m)

    L = Comprimento da seo filtrante (m)

    R = Raio do poo, incluindo o pr-filtro (m)

    TL = Intervalo de tempo quando ht/ho = 0,37 (min)

    Ht = Rebaixamento em funo do tempo (m)

    ho = Rebaixamento inicial (m)

    Para a obteno dos dados, foram realizados ensaios de slug test em quatro poos de

    monitoramento (PM-01, PM-03, PM-04 e PM-10). As planilhas com os dados dos ensaios

    encontram-se no Anexo 6.3.1.6 -1. Os resultados obtidos foram os seguintes:

    PM-01 = 7,37 x 10-6 cm/s PM-03 = 3,88 x 10-5 cm/s

    PM-04 = 3,01 x 10-6 cm/s PM-10 = 2,99 x 10-5 cm/sCom relao aos resultados, observa-se um coeficiente hidrulico mdio de aproximadamente

    1,98 x 10-5 cm/s para ao aqfero investigado na rea.

    6.3.3.5. Velocidade da gua subterrnea

    Com base nos dados provenientes dos mapas potenciomtricos e nos coeficientes de

    condutividade hidrulica, calculou-se a velocidade mdia da gua subterrnea para o aqfero raso

    avaliado, utilizando-se para tanto a seguinte equao:

    V = Ki/ne

    Onde:

    V = Velocidade da gua subterrnea (cm/s);

    K = Coeficiente de condutividade hidrulica (cm/s);

    i = Gradiente hidrulico (cm/cm);

    ne = Porosidade efetiva.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    22/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 22

    Na Tabela 6.3.3.5 1 a seguir, so apresentados os dados utilizados para os clculos e os valores

    das velocidades calculadas. Para o clculo foi utilizada a mdia dos valores da condutividade

    hidrulica obtidos nos ensaios realizados, contemplando somente os dados dos poos PM-01, PM-

    03, PM-04 e PM-10. O clculo do gradiente hidrulico (i) levou em considerao os dados dos poosPM-01 e PM-03 e resultou em um valor de 0,002. Considerando que os solos dos poos de

    monitoramento avaliados possuem caractersticas siltico argilosa optou-se por utilizar uma

    porosidade efetiva de 0,15 ou 15%.

    Tabela6.3.3.5-1: Clculo da velocidade da gua subterrnea

    Condutividadehidrulica mdia

    (cm/s)

    Gradientehidrulico

    Porosidadeefetiva

    Velocidade mdia dagua subterrnea

    (cm/s)

    Velocidade mdia dagua subterrnea

    (m/ano)1,98 x 10-5 0,002 0,15 2,67 x 10-7 8,31 x 10-2

    Conforme os dados acima apresentados, a velocidade mdia da gua subterrnea no aqfero raso de aproximadamente 0,835m/ano, realizando os clculos considerando o PM-01 e PM-10 a

    velocidade encontrada a mesma dos clculos apresentados acima.

    6.3.3.6. Resultados analticos das amostras de solo

    As cadeias de custdia e os laudos analticos obtidos para as amostras de solo so apresentados

    no Anexo 6.3.3.6 - 1.

    A. Metais e semi-metais

    Na Tabela 6.3.3.6-1 a seguir, so apresentados os resultados de metais e semi-metais das amostrasde solo coletadas durante as sondagens.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    23/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 23

    Tabela 6.3.3.6-1: Resultados de metais e semi-metais no solo (mg/kg)

    PrevenoInterveno

    residencial

    Data da coleta 15/12/2008 19/12/2008 16/12/2008 17/12/2008 17/12/2008Profundidade da amostragem (m) 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50

    Alumnio 18715 18911 13590 9111 10833

    Antimnio 2 10

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    24/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 24

    De acordo com os resultados apresentados na Tabela 6.3.3.6-1, observa-se:

    Cobre: concentraes quantificadas acima do valor orientador de preveno apenas naamostra do solo PM-05,

    Brio: foi quantificado na maioria das amostras de solo, com exceo do PM-02. As amostrasPM-04, PM-05, PM-07 e PM-09 apresentaram resultados acima do valor de preveno e o

    PM-08, cerca de 10% acima do valor orientador de interveno residencial.

    Os pontos amostrais onde foram obtidas concentraes de brio situam-se todos, com exceo

    do PM-04, na rea onde atualmente realizado o transbordo de lixo urbano proveniente da cidade

    de So Sebastio. Alm disto, esta rea, incluindo o PM-04, foi utilizada como bota-fora de

    entulhos de construo e material da encosta (morros) da regio para o aterramento da mesma.

    B. Srie de nitrognio, cloreto, fenol, fsforo e leos e graxasNa Tabela 6.3.3.6-2 a seguir so apresentados os resultados da srie de nitrognio (nitrato +

    nitrito, nitrognio amoniacal), cloreto, fenol e leos e graxas nas amostras de solo.

    Tabela 6.3.3.6-2: Resultados da nitrato+nitrito, nitrognio amoniacal, cloreto, fenol, fsforo e leos e graxasno solo (mg/kg)

    Lista Holandesa

    (2000)

    Interveno

    Data da coleta 15/12/2008 19/12/2008 16/12/2008 17/12/2008 17/12/2008

    Profundidade da amostragem (m) 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50Fenol Total

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    25/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 25

    De acordo com os resultados apresentados na Tabela 6.3.3.6-2, observa-se:

    As maiores concentrao de nitrognio amoniacal esto relacionadas com as maioresconcentraes de nitrato+nitrito observadas em todas as amostras de solo. As maiores

    concentraes destes elementos as quais foram encontradas nas amostras PM-05, PM-06 e

    PM-08 provavelmente esto relacionadas localizao dos mesmos, ou seja, prximos as reas

    de transbordo de lixo urbano

    As concentraes de cloreto obtidas nos PM-02 e PM-10 provavelmente esto relacionadascom o tipo de material onde os mesmos foram perfurados, ou seja, sedimento de dragagem do

    Canal do Porto e rea de manguezal.

    C. Pesticidas organoclorados (POC)

    Na Tabela 6.3.3.6-3 a seguir, so apresentados os resultados de POC das amostras de solo.

    Tabela 6.3.3.6-3: Resultados de POC no solo (ug/kg)

    Lista

    Holandesa

    PrevenoInterveno

    residencialInterveno

    Data da coleta 15/12/2008 19/12/2008 16/12/2008 17/12/2008 17/12/2008Profundidade da amostragem (m) 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50alfa-BHC

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    26/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 26

    Tabela 6.3.3.6-3 (continuao): Resultados de POC no solo (ug/kg)

    ListaHolandesa

    (2000)

    PrevenoIntervenoresidencial Interveno

    Data da coleta 17/12/2008 18/12/2008 18/12/2008 18/12/2008 19/12/2008

    Profundidade da amostragem (m) 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50

    alfa-BHC

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    27/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 27

    Tabela 6.3.3.6-4: Resultados de PCB no solo (g/kg)

    Lista Holandesa

    (2000)

    PrevenoInterveno

    residencialInterveno

    Data da coleta 15/12/2008 19/12/2008 16/12/2008 17/12/2008 17/12/2008Profundidade da amostragem (m) 0,50 0,50 0,50 0,50 0,502,4,4-triclorobifenil

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    28/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 28

    Tabela 6.3.3.6-5: Resultados de VOC no solo (ug/kg)

    Acima do valor de preveno Acima do valor de interveno residencial

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    29/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 29

    Tabela 6.3.3.6-5 (continuao): Resultados de VOC no solo (ug/kg)

    Acima do valor de preveno Acima do valor de interveno residencial

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    30/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 30

    Conforme apresentado na Tabela 6.3.3.6-5 todos os VOC analisados apresentaram resultados

    abaixo do limite de quantificao do laboratrio.

    F. Compostos orgnicos semi-volteis (SVOC)

    Na Tabela 6.3.3.6-6 a seguir so apresentados os resultados de VOC das amostras de solo.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    31/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 31

    Tabela 6.3.3.6-6: Resultados de SVOC no solo (g/kg)

    Acima do valor de preveno Acima do valor de interveno residencial

    **Somatria de monoclorobenzeno, diclorobenzenos, triclorobenzenos, tetraclorobenzenos, pentaclorobenzenos e hexaclorobenzeno.

    ***Somatria de clorofenol, diclorofenis, triclorofenis, tetraclorofenis e pentaclorofenol.

    ****Somatria de naftaleno, antraceno, fenantreno, fluoranteno, benzo(a)antraceno, criseno, benzo(a)pireno, benzo(g,h,i)perileno, benzo(k)fluoranteno, indeno(1,2,3-

    cd)pireno.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    32/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 32

    Tabela 6.3.3.6-6 (continuao): Resultados de SVOC no solo (g/kg)

    Acima do valor de preveno Acima do valor de interveno residencial

    **Somatria de monoclorobenzeno, diclorobenzenos, triclorobenzenos, tetraclorobenzenos, pentaclorobenzenos e hexaclorobenzeno.

    ***Somatria de clorofenol, diclorofenis, triclorofenis, tetraclorofenis e pentaclorofenol.

    ****Somatria de naftaleno, antraceno, fenantreno, fluoranteno, benzo(a)antraceno, criseno, benzo(a)pireno, benzo(g,h,i)perileno, benzo(k)fluoranteno, indeno(1,2,3-

    cd)pireno.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    33/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 33

    Tabela 6.3.3.6-6 (continuao): Resultados de SVOC no solo (g/kg)

    Acima do valor de preveno Acima do valor de interveno residencial

    **Somatria de monoclorobenzeno, diclorobenzenos, triclorobenzenos, tetraclorobenzenos, pentaclorobenzenos e hexaclorobenzeno.

    ***Somatria de clorofenol, diclorofenis, triclorofenis, tetraclorofenis e pentaclorofenol.

    ****Somatria de naftaleno, antraceno, fenantreno, fluoranteno, benzo(a)antraceno, criseno, benzo(a)pireno, benzo(g,h,i)perileno, benzo(k)fluoranteno, indeno(1,2,3-

    cd)pireno.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    34/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 34

    Tabela 6.3.3.6-6 (continuao): Resultados de SVOC no solo (g/kg)

    Acima do valor de preveno Acima do valor de interveno residencial

    **Somatria de monoclorobenzeno, diclorobenzenos, triclorobenzenos, tetraclorobenzenos, pentaclorobenzenos e hexaclorobenzeno.

    ***Somatria de clorofenol, diclorofenis, triclorofenis, tetraclorofenis e pentaclorofenol.

    ****Somatria de naftaleno, antraceno, fenantreno, fluoranteno, benzo(a)antraceno, criseno, benzo(a)pireno, benzo(g,h,i)perileno, benzo(k)fluoranteno, indeno(1,2,3-

    cd)pireno.

    De acordo com os resultados apresentados na Tabela 6.3.3.6-6, alguns SVOC foram

    quantificados acima do valor de preveno nas seguintes amostras:

    Bis(2-etilhexil)ftalato: PM-04 e PM-05 Antraceno: PM-04 Benzo(a)antraceno: PM-01, PM-04 e PM-05 Benzo(a)pireno e indeno (1,2,3-cd)pireno: PM-01 e PM-04

    Todas as concentraes quantificadas encontram-se abaixo do valor orientador de interveno

    residencial. Recomenda-se a avaliao da presena destes compostos na gua subterrnea.Embora tenham sido quantificadas concentraes para estes cinco compostos acima dos

    respectivos valores de preveno, na Tabela 6.3.3.6-7 a seguir, demonstrado quantas vezes os

    valores encontrados esto abaixo dos valores de interveno.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    35/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 35

    Tabela 6.3.3.6-7: Quantidade de vezes os quais os valores quantificados esto abaixo dos respectivos valoresde interveno

    Bis(2-Etilhexil)ftalato 12,2 6,3Benzo(a)antraceno 104 71 667

    Benzo(a)pireno 7 5,4

    Indeno(1,2,3-cd)pireno 543 431

    PM-05PM-01 PM-02 PM-03 PM-04Parmetro

    6.3.3.7. Resultados analticos das amostras de gua subterrnea

    A. Parmetros fsico-qumicos

    No Anexo 6.3.3.7 - 1 so apresentados os laudos dos resultados fsicos e qumicos obtidos em in

    situ.

    Na Tabela 6.3.3.7-1 a seguir, so apresentados os resultados dos parmetros fsicos e qumicosdos poos de monitoramento instalados no Porto de So Sebastio.

    Tabela 6.3.3.7-1: Resultados dos parmetros fsico-qumicos das amostras de gua subterrnea dos poos demonitoramento

    Pontos de Condutividade Salinidade

    Coleta (mS/cm) ()

    0,0 0,0 7,1 0,7 0,3 203,0 26,52,9 40,8 7,5 39,2 24,8 66,5 24,60,0 0,0 7,0 22,2 13,3 -62,5 24,40,0 0,0 6,9 16,0 9,3 -101,4 25,2

    0,0 0,0 7,2 7,3 4,0 -77,6 25,70,7 8,8 7,4 10,2 5,8 -41,5 24,20,0 0,0 6,8 6,5 3,6 -144,8 24,70,0 0,0 7,1 21,3 12,8 46,2 25,10,0 0,0 6,8 13,2 7,6 32,1 25,40,6 7,6 6,9 45,3 29,3 -99,1 23,5PM - 10

    PM - 09PM - 08PM - 07PM - 06PM - 05

    PM - 01PM - 02PM - 03PM - 04

    OD (mg/L) OD % pH EH(mV) Temp (C)

    De acordo com os resultados apresentados na Tabela 6.3.3.7-1, observa-se:

    Os resultados de oxignio dissolvido (OD) variaram de 0 a 2,9 mg/L, corroborando com a %saturao de OD e potencial de oxido-reduo. Com exceo para o PM-01 as demais

    amostras apresentaram resultados tendendo a ambientes redutores

    Os resultados de condutividade eltrica variaram de 0,7 (PM-01) a 45,3 mS/cm (PM-10) eesto de acordo com a salinidade analisada nas amostras de gua, quanto maior a salinidade

    maior a condutividade devido ao teor de sais dissolvidos na gua.

    O pH dos poos de monitoramento variou de 6,8 (PM-09 e PM-07) a 7,5 (PM-02) o queindica um ambiente com caractersticas neutras.

    A temperatura da gua subterrnea variou de 24,2 (PM-02) a 26,5C (PM-01).

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    36/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 36

    B. Metais e semi-metais

    Na Tabela 6.3.3.7-2 a seguir, so apresentados os resultados de metais e semi-metais das amostras

    de gua subterrnea dos poos de monitoramento.

    As cadeias de custdia e os laudos analticos obtidos para as amostras de gua subterrnea soapresentados no Anexo 6.3.3.6 1

    Tabela 6.3.3.7-2: Resultados de metais e semi-metais na gua subterrnea (g/L)

    Valores

    Orientadores

    Cetesb 2005

    VI

    Data da coleta 18/12/2008 20/12/2008 18/12/2008 18/12/2008 18/12/2008

    Alumnio200

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    37/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 37

    Tabela 6.3.3.7-2 (continuao): Resultados de metais e semi-metais na gua subterrnea (g/L)

    Valores

    Orientadores

    Cetesb 2005VI

    Data da coleta 18/12/2008 19/12/2008 19/12/2008 19/12/2008 19/12/2008Alumnio 200 122

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    38/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 38

    reas Contaminadas, disponvel no site do CONAMA que o valor do Co seja de 70 ppb.

    Neste caso as concentraes quantificadas no superam este valor.

    O chumbo foi quantificado apenas no PM-02, acima de VI.

    C. Srie de nitrognio, cloreto, fenol, fsforo e leos e graxas

    Na Tabela 6.3.3.7-3 a seguir, so apresentados os resultados da srie de nitrognio (nitrato, nitrito,

    nitrognio amoniacal e amnia), cloreto, fenol e leos e graxas das amostras de gua subterrnea dos

    poos de monitoramento.

    Tabela 6.3.3.7-3: Resultados de nitrato, nitrito, nitrognio amoniacal, amnia, cloreto, fenol, fsforo e leose graxas na gua subterrnea (mg/L)

    Valores

    Orientadores

    Portaria de

    Potabilidade

    Cetesb 2005 MS n518/04

    VI

    Data da coleta 18/12/2008 20/12/2008 18/12/2008 18/12/2008 18/12/2008Fenol Total (mg/L) 0,14

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    39/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 39

    As concentraes de cloreto na gua subterrnea variaram da ordem de 1.000 a 17.000mg/L e

    corroboram os resultados de salinidade e condutividade (Tabela 6.3.3.7-1). Os resultados de cloreto

    so condizentes com a realidade da rea, uma vez que o terreno, objeto deste estudo, est localizado

    nos limites do Canal de So Sebastio.Os poos que sofrem maior influncia da rea de disposio de lixo urbano apresentaram as

    maiores concentraes de fsforo.

    D. Pesticidas organoclorados (POC)

    Na Tabela 6.3.3.7-4 a seguir, so apresentados os resultados de POC das amostras de gua

    subterrnea dos poos de monitoramento.

    Tabela 6.3.3.7-4: Resultados de POC na gua subterrnea (g/L)

    Acima do valor de interveno

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    40/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 40

    Tabela 6.3.3.7-4 (continuao): Resultados de POC na gua subterrnea (g/L)

    Acima do valor de interveno

    De acordo com os resultados apresentados na Tabela 6.3.3.7-4 observa-se que todas as amostras

    apresentaram concentraes de POC abaixo do limite de quantificao e dos respectivos VI.

    E. Bifenilas policloradas (PCB)

    Na Tabela 6.3.3.7-5 a seguir, so apresentados os resultados de POC das amostras de gua

    subterrnea dos poos de monitoramento.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    41/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 41

    Tabela 6.3.3.7-5: Resultados de PCB na gua subterrnea (g/L)

    Acima do valor de interveno

    Tabela 6.3.3.7-5 (continuao): Resultados de PCB na gua subterrnea (g/L)

    Acima do valor de interveno

    De acordo com os resultados apresentados na Tabela 6.3.3.7-5 observa-se que todas as amostras

    apresentaram concentraes de PCB abaixo do limite de quantificao e dos respectivos VI.

    F. Compostos orgnicos volteis (VOC)

    Na Tabela 6.3.3.7-6 a seguir, so apresentados os resultados de VOC das amostras de gua

    subterrnea dos poos de monitoramento.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    42/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 42

    Tabela 6.3.3.7-6: Resultados de VOC no solo (g/L)

    Acima do valor de interveno

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    43/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 43

    Tabela 6.3.3.7-6 (continuao): Resultados de VOC no solo (g/L)

    Acima do valor de interveno

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    44/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 44

    De acordo com os resultados apresentados na Tabela 6.3.3.7-6 observa-se que todas as amostras

    apresentaram concentraes de VOC abaixo do limite de quantificao e dos respectivos VI, com

    exceo da amostras PM-04 onde foi quantificado xileno, porm em concentrao de cerca de 40

    vezes inferior ao VI para este composto na gua subterrnea.

    G. Compostos orgnicos semivolteis (SVOC)

    Na Tabela 6.3.3.7-7 a seguir, so apresentados os resultados de SVOC das amostras de gua

    subterrnea dos poos de monitoramento.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    45/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 45

    Tabela 6.3.3.7-7: Resultados de SVOC na gua subterrnea (g/L)

    Acima do valor de interveno

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    46/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 46

    Tabela 6.3.3.7-7 (continuao): Resultados de SVOC na gua subterrnea (g/L)

    Acima do valor de interveno

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    47/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 47

    Tabela 6.3.3.7-7 (continuao): Resultados de SVOC na gua subterrnea (g/L)

    Acima do valor de interveno

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    48/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 48

    Tabela 6.3.3.7-7 (continuao): Resultados de SVOC na gua subterrnea (g/L)

    Acima do valor de interveno

    De acordo com os resultados apresentados na Tabela 6.3.3.7-7 observa-se que todas as amostras

    apresentaram concentraes de SVOC abaixo do limite de quantificao e dos respectivos VI.

    6.3.4. Controle de Qualidade dos Resultados Analticos

    No processo de investigao de reas contaminadas, o controle de qualidade das atividades de

    campo e anlises qumicas necessrio para verificar a conformidade dos resultados com os padres

    e normas pertinentes. Como as tomadas de deciso so baseadas nos resultados analticos, importante a credibilidade e confiana nos resultados obtidos. Desta forma, para a investigao da

    rea em questo, preocupou-se desde o incio do trabalho com o processo de aquisio de dados

    primrios: amostragem de solo, sedimento, gua subterrnea, gua superficial (conforme a matriz

    investigada) e anlises qumicas, conforme apresentado nos itens a seguir.

    A. Procedimentos de descontaminao

    Dentre os diversos equipamentos utilizados nos trabalhos de campo desenvolvidos na rea, a

    maioria deles utilizada com certa freqncia, ou seja, no so descartados aps o uso. Assim, a

    limpeza do equipamento necessria para evitar contaminaes de outras reas (reas onde o

    equipamento foi utilizado anteriormente) e/ou interferncias de locais mais contaminados para

    locais menos contaminados da rea avaliada.

    Para isto, foi estabelecido como procedimento interno da CPEA, que todos os equipamentos de

    perfurao, coleta de solo, coleta de gua ou equipamentos utilizados em ensaios, por exemplo,

    tarugo, quando no descartveis devem ser lavados com sabo neutro e gua mineral trs vezes e

    enxaguado com gua destilada antes do prximo uso.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    49/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 49

    B. Controle de Qualidade dos Resultados Analticos

    Com o intuito de obter resultados fidedignos para as amostras de solo e gua subterrnea do

    projeto CPEA-685, o laboratrio contratado aplicou um Programa de Qualidade

    Assegurada/Controle de Qualidade, por meio de atividades que demonstram exatido (proximidadedo valor verdadeiro) e preciso (reprodutibilidade dos resultados). Os seguintes controles de

    qualidade foram realizados:

    1. Branco do Mtodo: uma amostra de gua destilada ou areia pura que processada junto

    com o lote de amostras reais, passando por todas as etapas analticas. O branco do mtodo

    fundamental para monitorar interferncia analtica causada por uma possvel contaminao

    proveniente do laboratrio, que poderia induzir a resultados falsos positivos nas amostras reais; esta

    contaminao pode ser proveniente da manipulao das amostras, dos reagentes utilizados

    (solventes, cidos), vidraria, do ambiente de laboratrio, equipamento analtico, etc. O valor

    encontrado para o branco do mtodo deve ser menor que o limite de quantificao praticvel.

    2. Amostras de controle laboratorial (LCS laboratory control sample) so brancos

    fortificados com uma quantidade conhecida de analitos-alvo. O desempenho de uma tcnica

    analtica avaliado pelos resultados de LCS. Se no se obtm resultados aceitveis de LCS (dentro

    dos critrios de qualidade do laboratrio), significa que os resultados das amostras reais so

    questionveis e uma ao corretiva deve ser tomada imediatamente. LCS usado para testar a

    exatido do mtodo.

    3. Surrogate so traadores adicionados s anlises de compostos orgnicos (volteis, PCBs,pesticidas organoclorados, semivolteis). So compostos deuterados, bromados ou fluorados, com

    caractersticas qumicas similares s dos analitos-alvo, mas no esto presentes em amostras

    ambientais. Os resultados de surrogate devem estar dentro dos critrios de controle de qualidade do

    laboratrio para serem considerados aceitveis, por meio de seus resultados possvel acessar

    exatido por amostra e avaliar efeito de matriz na recuperao dos analitos-alvo.

    Com a realizao de ensaios qumicos nas amostras de qualidade descritas acima, viabilizou-se o

    monitoramento da preciso e exatido analticas do laboratrio contratado, bem como avaliao de

    possvel interferncia nos resultados por manipulao, transporte, preparao e anlise das amostras.

    A exatido definida como o grau de concordncia de um valor medido com o valor verdadeiro.Esta foi obtida pela realizao de anlises de amostras LCS, surrogatese matrix spike.

    E finalmente, pde-se confirmar que no houve interferncia na qualidade dos resultados obtidos

    nas amostras pela realizao dos ensaios em provas de branco (de mtodo e de campo).

    C. Avaliao dos Resultados Obtidos nas Amostras de Controle de Qualidade

    1. Branco do mtodo

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    50/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 50

    Foi utilizada gua mineral (exclusivamente para VOC) ou destilada (para similar amostra de gua)

    e areia pura (para similar amostra de solo ou sedimento) como amostra de branco do mtodo, sendo

    que estas foram processadas juntamente com as amostras reais. As amostras de gua e solo foram

    preparadas pelo mesmo mtodo das amostras reais. Os resultados analticos das amostras de solo egua subterrnea referentes ao branco do mtodo encontram-se nos laudos analticos (Anexos

    6.3.3.6 1).

    Todos os resultados obtidos estiveram abaixo do limite de quantificao do laboratrio,

    comprovando que no houve qualquer tipo de contaminao oriunda de procedimentos de

    manipulao, preparao e anlise das amostras.

    2. Amostra de controle laboratorial (LCS)

    gua mineral (em casos de VOC) ou destilada (para similar amostra de gua) e areia pura

    (para similar amostra de solo), adicionou-se quantidade conhecida de analitos-alvo. Estas amostras

    foram processadas e analisadas juntamente com as amostras reais, assim como o branco do mtodo,

    as Tabelas 6.3.4-1 e 6.3.4-2 apresentam estes resultados. Todos os resultados obtidos estiveram

    dentro dos limites de controle de qualidade do laboratrio, os quais so estabelecidos a partir de

    anlise crtica das cartas-controle, comprovando, assim, a exatido dos mtodos analticos

    empregados pelo laboratrio.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    51/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 51

    Tabela 6.3.4-1: Resultados de LCS solo

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    52/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 52

    Tabela 6.3.4-2: Resultados LCS gua subterrnea

    Nas Tabelas 6.3.4-1 e 6.3.4-2 so apresentados tambm os resultados obtidos para os parmetros

    analisados nas amostras de controle de laboratrio (spike ). A anlise foi realizada no laboratrio

    Ceimic, seguindo o mtodo de preparao e anlise apresentados anteriormente nas Tabelas6.3.1.3-

    1 e 6.3.1.4-2 para solo e para gua subterrnea, respectivamente. Usou-se como referncia para

    validao dos resultados os intervalos estabelecidos pelo laboratrio e pelo documento US EPA

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    53/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 53

    Contract Laboratory Program National Functional Guidelines for Superfund Organic Methods Data Review

    (2008).

    Como pode ser observado, apenas cinco compostos foram utilizados para avaliao de preciso e

    exatido. Isto se deve ao fato que cada um dos compostos apresentados representarem a uma classede compostos. O composto clorobenzeno, por exemplo, representa tetracloroeteno, 1,2-

    dibromometano, 1,1,1,2-tetracloroetano, etilbenzeno, m,p-xileno, o-xileno e bromofrmio,

    enquanto que o benzeno representa 1,2-dicloroetano, tetracloreto de carbono, tricloroeteno e

    dibromometano, entre outros. Assim sendo, a qualidade analtica assegurada para todos os

    compostos analisados.

    1. SurrogatesO laboratrio adicionou a cada amostra de gua subterrnea e de solo do projeto CPEA-685, os

    seguintes traadores para acessar exatido por amostra e avaliar efeito de matriz na recuperao dos

    analitos alvo:

    VOC: 1,2-Dichloroethane-d4; Toluene-d8; Bromofluorobenzene SVOC: 2-Fluorofenol; Fenol-d5; 2-Fluorobifenil; 2,4,6-Tribromofenol; Terfenil-d14 POC e PCB: Tetracloro-m-xileno; Decaclorobifenil

    O laboratrio opta por adicionar mais de um traador por mtodo analtico, visto que a anlise

    cromatogrfica destes compostos est susceptvel a inviabilidade de quantificao por efeitos de

    matriz, tais como coeluio e formao de emulso durante extrao. O recomendvel que pelomenos um surrogate seja quantificado dentro dos limites de controle de qualidade estabelecidos pelo

    laboratrio para que os resultados das amostras sejam considerados satisfatrios e tecnicamente

    vlidos. Os resultados de recuperao de surrogate podem ser confirmados nos laudos analticos

    (Anexo 6.3.3.6 1). Todos os resultados obtidos de surrogate nas amostras do projeto CPEA-685

    atenderam plenamente todos os requisitos de controle de qualidade.

    Com os resultados obtidos para as amostras de controle de qualidade utilizadas neste projeto,

    pode-se validar e garantir a veracidade dos valores apresentados para as amostras de solo e gua

    subterrnea coletadas para o projeto CPEA-685.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    54/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 54

    6.4. CONCLUSES

    Este relatrio apresentou os dados obtidos na campanha de investigao ambiental realizada em

    dezembro de 2008 no Porto de So Sebastio como subsdio ao levantamento dos passivos

    ambientais e, de acordo com os resultados apresentados nos itens acima verifica-se que:

    Existem na rea trs principais litologias: aterro de silte, argila marinha e areia fina a mdia; O fluxo preferencial da gua subterrnea de oeste para leste em direo ao canal de So

    Sebastio, sendo que a velocidade calculada para a rea foi 0,015m/ano, e a condutividade

    hidrulica mdia foi de 1,98x10-5cm/s, corroborando com as caractersticas geolgicas da

    regio;

    As anlises qumicas no solo e gua subterrnea indicaram:o Metais e semi-metais:

    Solo: Cu foi quantificado acima do valor orientador de preveno e Ba,acima do valor de interveno em uma amostra;

    gua subterrnea: Fe, Mn e B acima de VI, sendo que Mn e Fe soelementos naturalmente presentes e B est relacionado aos sedimentos

    marinhos. Outros metais foram quantificados acima de VI pontualmente:

    arsnio, brio, chumbo e cobalto;

    O fsforo foi quantificado na gua subterrnea em maiores concentraesnos poos instalados prximo a rea de disposio de lixo urbano. As

    concentraes dos compostos analisados na srie de nitrognio no solo e

    na gua subterrnea provavelmente tambm esto relacionadas com a

    disposio de lixo urbano na rea;

    Cloreto: tanto na gua, quanto no solo os resultados obtidos so reflexosda regio de instalao dos poos e da localizao do terreno - prximo ao

    Canal de So Sebastio. Os resultados de salinidade e condutividade

    obtidos em campo corroboram com os resultados de cloreto;

    POC: todas as amostras apresentaram concentraes inferiores aos limitesde quantificao.

    PCB: foi quantificado no solo acima do valor orientador de preveno emduas amostras, porm inferior ao valor de interveno residencial. Estes

    compostos no foram quantificados na gua subterrnea.

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    55/56

    CPEA 685 Companhia Docas de So Sebastio Captulo 6 55

    VOC: no foram quantificados no solo. Na gua subterrnea apenasxileno foi quantificado, porm abaixo do valor orientador de interveno;

    SVOC: Foram quantificados alguns compostos no solo acima do valororientador de preveno, porm todos os resultados foram inferiores ao

    valor de interveno residencial. Na gua subterrnea todos os SVOC

    apresentaram concentraes abaixo do limite de quantificao e,

    consequentemente, dos respectivos VI.

    De acordo com os levantamentos realizados na rea pela Avaliao Preliminar, no houve

    qualquer tipo de aplicao de substncias no solo que pudessem ocasionar algum tipo de alterao

    na qualidade tanto dos solos quanto da gua subterrnea, no entanto, alguns parmetros que foram

    quantificados nos poos localizados prximo a rea de disposio de lixo urbano podem estar

    relacionados com a atividade desenvolvida nesta rea.Pelos resultados obtidos observa-se que os locais onde foram encontradas concentraes de

    compostos acima dos Valores Orientadores de Preveno ou de Interveno, esto relacionados

    rea de transbordo de lixo urbano proveniente da cidade de So Sebastio ou proveniente do

    material dragado do porto.

    Com relao especificamente a este local presente dentro da rea do Porto utilizado para a

    realizao do transbordo de lixo urbano, observa-se que os poos localizados nesta regio foram os

    que apresentaram concentraes para alguns compostos com maior desvio dos valores orientadores

    estabelecidos pelo rgo ambiental. No projeto de ampliao do Porto de So Sebastio, esta rea de

    transbordo ser deslocada para outra regio fora dos limites do referido Porto e, sendo assim, ser

    interrompido o processo de aporte de materiais que podem contribuir para a contaminao dos

    meios solo e gua subterrnea.

    No projeto de ampliao do Porto de So Sebastio, existe uma rea de manguezal situada no

    extremo Norte-Nordeste onde houve no passado a disposio de materiais com possibilidade de

    ocasionar algum tipo de contaminao. Este local ser investigado com a realizao de sondagens

    para a coleta de solos e instalao de poos de monitoramento com intuito de verificar a existncia

    ou no de passivos ambientais.

    6.5. ETAPA FUTURAPara o estabelecimento da malha amostral durante a etapa de investigao para o levantamento

    dos passivos ambientais, foi considerada a rea do Porto de So Sebastio correspondente ao projeto

    de ampliao inicial. No entanto, aps terem sido feitas as coletas de solo e gua subterrnea com

    conseqente caracterizao qumica, o projeto de ampliao englobou tambm uma rea situada no

    extremo norte-nordeste da rea Porturia, onde se observa uma drsena. A rea de interesse situa-se

    em terra, no prolongamento da drsena (Figura 6.5 - 1).

  • 8/2/2019 Cap 6 Passivos Ambient a Is

    56/56

    Esta rea foi alvo de um Inqurito Civil (n11/03) e, segundo o parecer da assistente tcnica do

    Ministrio Pblico (f. 477/480) foi constatado que a mesma poderia apresentar um potencial dano

    ambiental resultante da presena de algumas pilhas esparsas de entulhos e materiais inservveis de

    obras. Tomando-se este parecer como premissa inicial, entende-se que est superada a fase de Avaliao Preliminar, constante do Captulo V do Manual de Gerenciamento de reas

    Contaminadas da Companhia Ambiental de So Paulo CETESB, sendo necessria, portanto, a

    execuo da etapa de Investigao Confirmatria, segundo os procedimentos estabelecidos deste

    Manual. Sendo assim, prope-se, neste local, a execuo de um estudo para o levantamento de

    passivos ambientais, sendo proposto, para tanto, a realizao de cinco sondagens para a coleta de

    amostras de solo e gua subterrnea. Para a caracterizao da rea em questo, sero realizadas

    anlises dos mesmos parmetros qumicos j utilizados para o levantamento dos passivos ambientas

    na rea do Porto, levando-se em considerao o projeto inicial de ampliao. .

    As atividades seqenciais dependero dos resultados a serem obtidos na etapa de Investigao

    Confirmatria, porm, devero seguir os procedimentos estabelecidos no Manual da CETESB.

    Na Figura 6.5 - 1 a seguir mostrada exatamente a rea a qual ser alvo dos estudos.

    Figura 6.5 1: rea do Inqurito Civil n11/03 alvo dos estudos de levantamento de passivos ambientais