cap 4 - filosofia helenística

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CAPÍTULO 4 FILOSOFIA HELENÍSTICA Prof. José Ferreira Júnior

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Page 1: Cap 4 - Filosofia Helenística

CAPÍTULO 4FILOSOFIA HELENÍSTICA

Prof. José Ferreira Júnior

Page 2: Cap 4 - Filosofia Helenística

As novas fronteiras do pensar Período Helenístico caracterizou-se por

um processo de integração entre a cultura grega clássica e a cultura dos povos orientais conquistados.

A produção filosófica do período helenístico corresponde basicamente à continuação das atividades das escolas platônicas (Academia) e aristotélicas (Liceu), dirigidas, respectivamente, pelos discípulos dos dois grandes mestres, Platão e Aristóteles.

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As novas fronteiras do pensar Com o declínio da participação do cidadão

nos destinos da cidade, a reflexão política também se enfraqueceu.

Substitui-se a vida pública pela vida privada como centro das reflexões filosóficas.

As preocupações coletivas cedem lugar às preocupações individuais.

As principais correntes filosóficas desse período vão tratar da intimidade, da vida interior do homem.

•Com o declínio da participação do cidadão nos destinos da cidade, a reflexão política também se enfraqueceu.•Substitui-se a vida pública pela vida privada como centro das reflexões filosóficas.•As preocupações coletivas cedem lugar às preocupações individuais.As principais correntes filosóficas desse período vão tratar da intimidade, da vida interior do homem.

Page 4: Cap 4 - Filosofia Helenística

O Ceticismo

Também conhecido como PIRRONISMO Fundador: Pirro de Elida. Os céticos admitiam que a realidade

existia, mas afirmavam que o ser humano não teria nenhum instrumento para atingir a verdade de qualquer coisa.

A filosofia deveria ser uma negação do saber, não uma busca.

Segundo ele, nenhum conhecimento é seguro, tudo é incerto.

Page 5: Cap 4 - Filosofia Helenística

O Ceticismo

Defendia que se deve contentar com as aparências das coisas, desfrutar o imediato captado pelos sentidos e viver feliz e em paz, em vez de se lançar à busca de uma verdade plena, pois seria impossível ao homem saber se as coisas são efetivamente como aparecem.

Para atingir a felicidade o indivíduo deveria dirigir uma indiferença absoluta aos costumes e aos acontecimentos da vida.

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O Estoicismo

É a corrente filosófica de maior influência de seu tempo.

Fundada por Zenão de Cicio, localidade da ilha de Chipre.

Defendiam que toda realidade existente é uma realidade racional.

O que chamamos de Deus nada mais é do que a fonte dos princípios que regem a realidade.

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O Estoicismo

Somos deste mundo e ao morrer, nos dissolvemos neste mundo.

Não dispomos de poderes para alterar, substancialmente, a ordem universal do mundo. Mas pela filosofia podemos compreender esta ordem universal e viver segundo ela.

Zenão propõe o dever da compreensão como o melhor caminho pra a felicidade.

Page 8: Cap 4 - Filosofia Helenística

O Estoicismo

Ser livre é viver segundo nossa própria natureza que, por sua vez, integra a natureza do mundo.

No plano ético, os estóicos defendiam uma atitude de austeridade física e moral, baseada em virtudes como a resistência ante o sofrimento, a coragem ante o perigo, a indiferença ante as riquezas materiais.

O ideal perseguido era um estado de plena serenidade para lidar com os sobressaltos da existência, fundado na aceitação e compreensão dos “princípios universais” que regem toda a vida.

Page 9: Cap 4 - Filosofia Helenística

O Cinismo

Do grego kynicos, significa “como um cão”. Designa a corrente dos filósofos que se

propuseram a viver como os cães da cidade, sem qualquer propriedade ou conforto.

Levavam ao extremo a filosofia de Sócrates, segundo a qual o homem deve procurar CONHECER A SI MESMO e DESPREZAR TODOS OS BENS MATERIAIS.

Diógenes questionava os valores e as convenções sociais e procurava viver estritamente conforme os princípios que considerava moralmente corretos.

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O Epicurismo

Fundado por Epicuro. Propunha que o ser humano deve buscar o

prazer pois, segundo ele, o prazer é o princípio e o fim de uma vida feliz.

Distinguia 2 grandes grupos de prazeres: 1º Grupo prazeres mais douradouros, que

encantam o espírito, como por exemplo: a boa conversação, a contemplação das artes, a audição da música etc.

2ª Grupo prazeres mais imediatos, muitos dos quais movidos pela explosão das paixões e que, ao final, poderiam resultar em dor e sofrimento.

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O Epicurismo

Para desfrutar os grandes prazeres do intelecto precisamos aprender a dominar os prazeres exagerados da paixão: os medos, os apegos, a cobiça, a inveja.

Os epicuristas buscavam a ATARAXIA, termo grego usado pra designar o estado de ausência da dor, quietude, serenidade e impertubabilidade da alma.

O epicurismo defende uma administração racional e equilibrada do prazer, evitando ceder aos desejos insaciáveis que, inevitavelmente, terminam no sofrimento.

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O fim da antiguidade e as novas preocupações filosóficas

Nos séculos posteriores ao florescimento das escolas filosóficas, não se desenvolveram correntes de pensamento que possam ser consideradas realmente originais.

Nesse período, que vai de meados do século III a.C. até o início da Idade Média, os filósofos que surgiram repetiam as idéias dos antigos.

O surgimento do cristianismo, no século I, trouxe à filosofia novas questões.

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O fim da antiguidade e as novas preocupações filosóficas

O cristianismo ganhou numerosos adeptos entre os povos do antigo mundo helenístico, trazendo novas formas de ver o mundo.

Ao mesmo tempo, no século I a.C. surgiu uma potência militar que superou a dominação macedônia: o Império Romano, que absorveu muito da cultura grega, inclusive sua filosofia.

Entre os século I a.C. e III d.C., assistimos a um ressurgimento do platonismo mesclado com idéias aristotélicas, que veio a influenciar a filosofia dos pensadores cristãos durante a Idade Média.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. 4 ed. São Paulo: Ática, 2012.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo; Ática, 1993.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. 16 ed. reform. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2006.