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Calibração das condições de implantação nos vimais no Planalto Sul Catarinense Calibration of the conditions for deployment willows crops in Southern Highlands of Santa Catarina RECH, Tassio Dresch 1 ; ZANATTA, João Cláudio 2 ; ZANETTE, Flávio 3 ; BRANDES, Dieter 4 ; NUERNBERG, Névio João 5 1 Epagri/EELages, Lages/SC - Brasil, [email protected];2 Epagri/EELages, Lages/SC - Brasil, [email protected];3 PPProdução Vegetal/UFPR, Curitiba/PR - Brasil, [email protected];4 [email protected];5 [email protected] RESUMO O vime contribui para a manutenção de mais de 1.400 unidades produtivas familiares no Planalto Sul Catarinense. A espécie tradicionalmente utilizada é o Salix x rubens, que apresenta boa aceitação entre os produtores. Esses, porém, reclamam do declínio das lavouras e da elevada taxa de ramificação do vime produzido. O presente trabalho avaliou as condições de implantação e a produtividade dos vimais dessa região. A aplicação do método adaptado de Summer & Farina (1986) aos dados coletados permitiu o estabelecimento de regiões de insuficiência, balanço e excesso para as principais características de implantação das lavouras. O adensamento e a redução do tamanho da estaca no plantio, que vem ocorrendo na região, estão reduzindo a longevidade dos vimais. PALAVRAS-CHAVE: Salix x rubens; sistema de cultivo, método de avaliação. ABSTRACT The willow crop helps to maintain more than 1,400 family unities farms in the Southern Plateau of Santa Catarina, Brazil. The specie traditionally used is Salix x rubens, which has good acceptance among producers. These, however, complain of declining fields and the high rate of branching of wicker produced. This study evaluated the implantation conditions and productivity of willows fields of this region. The method adapted from Summer & Farina (1986) applied to collected data allowed the establishment of areas of weakness, balance and excess to the main deployment characteristics of crops. The density of the planting of willow and reducing the size of the cuttings planting, what is happening in the region are reducing the longevity of crops. KEY WORDS: Salix x rubens; cropping system, evaluation method. Revista Brasileira de Agroecologia Rev. Bras. de Agroecologia. 6(1): 100-107 (2011) ISSN: 1980-9735 Correspondências para: [email protected] Aceito para publicação em 31/03/2001

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Calibração das condições de implantação nos vimais no Planalto SulCatarinenseCalibration of the conditions for deployment willows crops in Southern Highlands ofSanta Catarina

RECH, Tassio Dresch 1; ZANATTA, João Cláudio 2 ; ZANETTE, Flávio 3 ; BRANDES, Dieter 4 ;NUERNBERG, Névio João 5

1 Epagri/EELages, Lages/SC - Brasil, [email protected]; 2 Epagri/EELages, Lages/SC -Brasil, [email protected]; 3 PPProdução Vegetal/UFPR, Curitiba/PR - Brasil, [email protected]; [email protected]; 5 [email protected]

RESUMOO vime contribui para a manutenção de mais de 1.400 unidades produtivas familiares no Planalto SulCatarinense. A espécie tradicionalmente utilizada é o Salix x rubens, que apresenta boa aceitação entreos produtores. Esses, porém, reclamam do declínio das lavouras e da elevada taxa de ramificação dovime produzido. O presente trabalho avaliou as condições de implantação e a produtividade dos vimaisdessa região. A aplicação do método adaptado de Summer & Farina (1986) aos dados coletados permitiuo estabelecimento de regiões de insuficiência, balanço e excesso para as principais características deimplantação das lavouras. O adensamento e a redução do tamanho da estaca no plantio, que vemocorrendo na região, estão reduzindo a longevidade dos vimais.

PALAVRAS-CHAVE: Salix x rubens; sistema de cultivo, método de avaliação.

ABSTRACTThe willow crop helps to maintain more than 1,400 family unities farms in the Southern Plateau of SantaCatarina, Brazil. The specie traditionally used is Salix x rubens, which has good acceptance amongproducers. These, however, complain of declining fields and the high rate of branching of wickerproduced. This study evaluated the implantation conditions and productivity of willows fields of this region.The method adapted from Summer & Farina (1986) applied to collected data allowed the establishment ofareas of weakness, balance and excess to the main deployment characteristics of crops. The density ofthe planting of willow and reducing the size of the cuttings planting, what is happening in the region arereducing the longevity of crops.

KEY WORDS: Salix x rubens; cropping system, evaluation method.

Revista Brasileira de AgroecologiaRev. Bras. de Agroecologia. 6(1): 100-107 (2011)ISSN: 1980-9735

Correspondências para: [email protected] para publicação em 31/03/2001

IntroduçãoO plantio de vimeiro em várzeas drenadas, no

vale do rio Canoas, passou a ser estruturado comopequenas lavouras a partir da década de 1970.Anteriormente a produção era baseada no plantiode estacas às margens dos rios, de forma nãosistematizada (ARRUDA, 2001). As práticasreferentes às necessidades de calagem eadubação, densidade de plantio, comprimento ediâmetro das estacas, preparo de solo e outraspráticas culturais estão sendo usadas de formaempírica, com base na experiência e na intuiçãode cada um. Isso pode estar comprometendo aprodutividade, a qualidade do vime e alongevidade dos vimais em algumas lavouras,visto que muitos desses produtores reclamam aosextensionistas e pesquisadores da Epagri.

A agroecologia busca o desenvolvimento desistemas produtivos, em geral mais complexos queos sistemas convencionais, onde as interações sãomais numerosas e o controle sobre os fatoresisolados é mais difícil. Além disso, a introdução denovas espécies, combinações de espécies esistemas de manejo é um de seus objetivos. Abusca de alternativas para o estabelecimento deníveis críticos torna-se um desafio no qual a Lei doMínimo, ou Princípio do Fator Limitante, ou Lei deLiebig, precisa ser entendida em um novocontexto, não aquele de isolamento e controle defatores, mas de conjunto de interações e respostacomplexa.

A Lei do Mínimo estabelece que a quantidadede crescimento para um determinado ambientedepende da quantidade e do balanço com o fatormais limitante. A Lei do Mínimo é aplicada acondições em que o aporte de energia, minerais eoutros fatores são balanceados (SUMMER &FARINA, 1986; WILKINSON et al., 2000). Quandoa radiação solar, a temperatura, disponibilidade deágua e outros fatores não são limitantes, orequerimento de nutrientes pela planta pode sermais elevado.

Em contraste à Lei do Mínimo, Wallace (1990)

propôs a Lei do Máximo. Esta estabelece quequando as necessidades estão completamentesatisfeitas para cada fator envolvido no processo, ataxa deste processo pode alcançar seu máximopotencial, o qual é maior que a soma de suaspartes, devido a interações positivas seqüenciais.Em complemento, a Lei de Mitscherlich derelações fisiológicas estabelece que a produçãopossa ser incrementada pelos fatoresindividualmente, mesmo quando este estápresente em quantidades superiores ao mínimo,porém inferiores ao valor máximo.

Com base nesses conceitos, Summer & Farina(1986) propuseram um modelo interpretativo(Figura 1), no qual o incremento dos teores de umdeterminado nutriente “X” no solo ou de umarelação “X/Y” no tecido vegetal resulta emincrementos de produtividade, até um valor críticomáximo. Essa região de resposta da planta éinterpretada como região de insuficiência de X oude excesso de Y. A região em que os incrementosdos teores desse fator X não alteram a produção édenominada por Summer & Farina de região debalanço nutricional. Acréscimos nos teores dofator, além da região de balanço, determinamquedas progressivas da produtividade. Essaregião é definida como região de excesso do X oude insuficiência de Y. Esse método permite,portanto, identificar regiões de insuficiência, debalanço e excesso de níveis e de relações entrenutrientes a partir de gráficos de produtividade emresposta a teores do nutriente ou da relação entrenutrientes em estudo (WILKINSON et al., 2000).

O objetivo do presente trabalho foi estabelecerrecomendações de práticas de plantio de vimeiros,aplicando o método proposto por Summer & Farina(1986). Espera-se que as informações oriundasdeste trabalho contribuam na orientação nacondução da cultura do vimeiro e como suportepara futuras pesquisas.

Material é métodos

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No ano de 2000 foram instaladas 48 unidadesamostrais em lavouras de vime nos municípios deBocaina do Sul, Bom Retiro, Lages, Rio Rufino eUrubici em Santa Catarina. Para as unidadesamostrais foram selecionados segmentos daslavouras sem plantas mortas ou doentes. Otamanho de cada unidade amostral foi ajustado aoespaçamento, às possibilidades de colheita e àdisponibilidade do produtor; a meta foi avaliar aomenos 6 plantas e 1 m2 por unidade, entretanto avariação foi de 1 a 11m² e de 3 a 27 plantas. Osramos de cada parcela foram pesados, sendoretiradas amostras para determinação dos teoresde umidade. As amostras foram secas em estufa a60º por 72 horas.

Em cada unidade foi realizada a observação daprofundidade do lençol freático, da presença dehorizonte Gley até a profundidade de 120 cm e dapresença de laje ou outro tipo de obstrução aoaprofundamento de raízes.

Nos anos de 2001 e 2002 repetiu-se oprocedimento de coleta e avaliação do solo e daprodução de vime, procurando-se manter asmesmas parcelas do ano anterior. As parcelas que

já haviam sido colhidas, ou por outra razãoqualquer não puderam ser repetidas, foramsubstituídas. A cada coleta de solo o vime daparcela foi cortado, rente ao tronco, e pesado.

Os dados obtidos foram submetidos à análisede normalidade pelo teste de Kolmogorov-Smirnov(p < 5 %). Os dados normais foram submetidos àanálise de correção linear.

Com base no método proposto por Summer &Farina (1986), densidade de plantio, comprimentodas estacas e profundidade de solo tiveram seusvalores pontuais diagramados contra osrespectivos valores de produtividade do vime. Parafacilitar a identificação das regiões deinsuficiência, balanço e excesso, foram geradasduas retas de regressão, uma à esquerda e outraà direita do conjunto de dados (Figura 1). A reta aesquerda – reta ascendente – foi gerada a partirdo valor mais a esquerda no gráfico deprodutividade e o valor imediatamente à direita eacima deste. Os valores acima e a direita dessesegmento de reta foram progressivamenteadicionados ou removidos da equação, de forma ase obter a regressão com o coeficiente de

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Figura 1: Esquema gráfico para determinação das regiões de insuficiência, balanço e excesso de umnutriente x, ou de insuficiência de Y na relação X/Y (Adaptado de SUMMER & FARINA, 1986).

determinação - R2 - de maior significância, semdeixar valores à esquerda e acima da reta fora docálculo. A ausência de R2 significativo a pelomenos 95 % com mais de dois pontos na equaçãofoi considerada como inexistência de ajuste.

Para a obtenção da reta de regressão do ladodireito do conjunto de dados – reta descendente -o procedimento foi o mesmo, iniciando-se e pelovalor mais a direita e adicionando-se ao cálculo daequação de regressão os valores acima e aesquerda de cada novo valor adicionado.

Estabelecidas as retas ascendentes edescendentes, foi calculado o ponto decruzamento de ambas, ou ponto de máxima. Ovalor do fator em estudo necessário para atingir oponto de máxima foi considerado o valor ótimo dofator.

Fazendo: ya = yd,

Sendo: ya = aax + ba e ya = aax + bd

onde: ya = produtividade de vime; aa =inclinação da reta ascendente; ba = constante dareta ascendente; ad = inclinação da retadescendente; bd = constante da reta descendente;temos:

aax + ba = adx + bd

Logo:

x ótimo = bd - ba/aa - ad

Nos casos em que uma das retas nãoapresentou consistência, ou seja, nos casos emque o conjunto de dados apresentou apenasinclinação à direita ou à esquerda, utilizou-se aprodutividade máxima observada a campo paracalcular o ponto ótimo do fator em estudo.

Além do ponto ótimo, também foi estabelecida

uma faixa de balanço, limitada pelas quantidadesdo fator em estudo necessárias paraprodutividades equivalentes a produção máximaobservada menos um desvio padrão. O valorobtido na reta ascendente foi estabelecido comono valor crítico de suficiência. Enquanto, o valorresultante da reta descendente foi denominado devalor crítico de excesso.

Sendo: ya = aa + ba, e

yd = adx + bd; para

y máximo - σ; onde:

y máximo = produtividade máxima; σ = desviopadrão; temos:

x suficiência = (y máximo - σ - ba)/ aa;

e

x excesso = (y máximo - σ - bd)/ ad

onde: xbalanço = valor balanço de suficiência dofator em estudo; e: xexcesso = valor crítico deexcesso do fator em estudo.

Resultados e discussãoNa Figura 2 é possível observar que nas

condições do Planalto Sul Catarinense o vimeiromostrou comportamento produtivo precoce, sendopossível atingir a máxima produtividade entre osegundo e o quarto ano produtivo. Isto é poucomais precoce que o obtido por Kopp et al. (1997)e Willebrand et al., (1993), que obtiveram máximaprodução entre o terceiro e o quinto ano decultivos, nas condições do norte dos EstadosUnidos.

Os vimais apresentaram idade média de 7anos, e aqueles com mais de 7 anos apresentam

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potencial produtivo limitado pela idade do mesmo,ou seja, produtividade máxima esperada inferior aidade máxima menos um desvio padrão (Tabela1). Esse valor crítico é inferior aos 22 anossugeridos por Abrahamson et al. (2006), comopossíveis para lavouras de vimeiros manejados

com corte a cada três anos para a produção debiomassa, no estado de Nova Iorque, EUA. Porém,está próximo à longevidade de 10 anos estimadapor Hubbard (1904) para cultivos destinados aoartesanato. A menor longevidade dos vimais naregião pode refletir uma condição de adaptação

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Figura 2: Produtividade do vimeiro, Salix x rubens, em relação à aspectos de implantação das lavourasno Planalto Sul Catarinense ( △– pontos da reta ascendente; X – pontos da reta descendente; • –observação desconsiderada); total de observações: 145.

limitada do clone utilizado às condições de manejoe clima da região.

Quanto à resposta à densidade de plantio, ocomportamento produtivo foi abordadoconsiderando o número de plantas por área e aárea por planta, de forma a avaliar desvios ouinconsistências do método (Figura 2). A avaliaçãoa partir do número de plantas por área resulta empopulações de planta entre 23,6 a 46,6 milplantas/ha. O resultado para área por planta ésemelhante, 0,21 a 0,42 m²/planta, ou seja 25,9 a49,1 mil plantas/ha (Tabela 1). Essas populaçõessão superiores as 14.000 a 18.000 plantasrecomendadas para o nordeste dos EUA e Suécia,para produção de biomassa em ciclo de três anos(KEOLEIAN & VOLK, 2005). Esses autorescomentam que o excessivo adensamento deplantio favorece a produtividade nos primeiroscortes, mas pode comprometer a longevidade dalavoura.

Por outro lado, Hubbard (1904) afirma que oSalix viminalis plantado a 20 por 9 polegadas (51por 23 cm) rende 6 t acre-1 (15 t ha-1), por 10 anos,enquanto no espaçamento de três “pés” por um(100 por 33 cm) rende 4 t acre-1 (10 t ha-1), por 20anos. O autor recomenda, no entanto, o plantiomais denso devido à maior resistência, menor

ramificação e a produção de ramos mais delgados,melhores para o artesanato. Embora se trate deespécie diferente e região diferente, ocomportamento descrito por Hubbard é compatívelcom o observado para o Salix x rubens nascondições do Planalto Sul Catarinense.

O comprimento do tronco é determinado peladimensão da estaca ao plantio. Os vimaisamostrados apresentaram comprimento médio dotronco de 48 cm, muito próximo ao recomendadopelo método (Figura 2 e Tabela 1). Foi localizadaapenas uma lavoura em que as estacas de vimeeram plantadas deitadas e a altura do troncodefinida na primeira colheita a 50 cm.

O comprimento do tronco pode ser umavariável importante para facilitar o manejo deplantas residentes, desde que não comprometa ovigor da brotação. O afastamento entre a região debrotação no tronco e o sistema radicial podereduzir o vigor dos brotos, como discutido porRech et al. (2009). Os valores encontrados diferemdo que se encontra na literatura que recomenda ocorte rente ao solo (DANFORS et al., 1998,TUBBY & ARMSTRONG, 2002, BENNICK et al.,2008). HYTÖNEN (1994) observou que salgueirosem terceira rotação com o corte à altura do troncode 40 cm renderam 68% menos e os cortados à

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Tabela 1: Faixa de balanço quanto à idade do vimal, densidade de plantio e comprimento de estacano Planalto Sul Catarinense, nos anos de 2000 a 2002

altura do tronco de 20 cm 28% menos do queaqueles cortados a altura de cepa de 10 cm.

As condições de manejo, especialmente aconcorrência com plantas espontâneas pode ser acausa dessa diferença, uma vez que aquelespesquisadores trabalham em condições onde ovimeiro é uma das primeiras espécies querebrotam, após o degelo da neve. No vale do RioCanoas, há presença de espécies herbáceascrescendo durante todo o ano, e os produtores nãoutilizam controle das mesmas no período deinverno, o que pode conferir vantagem as plantascom tronco um pouco mais elevado. Por outrolado, essa pode ser uma característica davariedade de Salix x rubens cultivada na região.

Finalmente, quanto ao retorno aos agricultoresque adotaram os resultados, os depoimentos dosextensionistas que participaram da coleta dedados, destacam alguns aspectos do método,especialmente no contexto da agroecologia. Decerta forma, os resultados obtidos expressam omodo e as condições de manejo dos agricultores,portanto as recomendações não vêm de fora, masretornam a eles. Além disso, a lógica de buscar ascondições que resultaram em maiores produções éfacilmente aceita, e nesse caso, não está atreladaa um “pacote tecnológico”, mas cada fator éindividualizado sem ser retirado do contexto geraldos cultivos.

ConclusõesPara as condições da região, anos avaliados e

solos abrangidos conclui-se que:A aplicação do método adaptado de Summer &

Farina (1986), aos dados coletados nas lavourasde vime no Planalto Sul Catarinense, permite oestabelecimento de regiões de insuficiência,balanço e excesso para as características deimplantação das lavouras;

O adensamento do plantio do vime e a reduçãodo tamanho da estaca de plantio, que vem

ocorrendo na região, estão aumentando aprecocidade e produtividade dos vimais emdetrimento da longevidade.

AgradecimentosAos extensionistas da Epagri: Antônio Edu

Arruda, Charles Aroldo Grudtner, Evaldo RobertoSchlemper, Marco Donisete da Cruz, PedroDonizete de Souza e Saulo Poffo pelo auxílio nocontato com os viminicultores e nosdeslocamentos a campo.

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