caderno política de seguridade social

42
Política de Seguridade Social (Previdência, Saúde e Assistência) Tema 01 A Linguagem no Campo do Direito 5 Conteúdo Nessa aula você estudará: • O processo de transformação da realidade efetiva em realidade conceptual. • A constituição da realidade por meio da linguagem que admite que aquilo que não pode ser dito não existe. • A linguagem em uma abordagem do direito. • A linguagem e o sistema na perspectiva do Direito Positivo e da Ciência do Direito. • Como transformar a realidade efetiva em realidade conceptual? • No processo jurídico, o que pode ser considerado real? • Quais as formas de comunicação no campo do Direito? • Como entender os processos de linguagem e o sistema no campo do Direito Positivo e da Ciência do Direito? CONTEÚDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATÓRIA A Linguagem no Campo do Direito Caro(a) aluno(a), sobre a obra Contribuições para a Seguridade Social: à luz da Constituição Federal, a autora Fabiana Del Padre Tomé conduz a todos pelos caminhos dos fundamentos constitucionais e das contradições doutrinárias na disciplina jurídica. Esta seção introdutória delimitará o tema e a metodologia adotada, ou seja, o financiamento da seguridade social será tratado. Trata-se de um tema bastante complexo, uma vez que para a compreensão da realidade não há limites. Nesse sentido, Tomé (2002, p. 21-22) “traça a Semiótica a distinção entre o objeto imediato e o objeto dinâmico: o primeiro é o objeto tal como está representado no signo; o segundo, o objeto que está fora do signo, determinando-o”. A relação entre esses dois objetos, apesar da proximidade, não existe, ou seja, é “assintótica”. Se houver uma intenção de aprofundar o estudo sobre esses objetos, a autora sugere a procura de “novas informações por meio da experiência colateral”, não ficando restrito a apenas um aspecto desta relação. 7 LEITURAOBRIGATÓRIA Toda experiência tem base em uma referência sistematizada, e vale aqui o dito popular de Lavoisier: “na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Logo, para Tomé (2002, p. 22), “todo conhecimento pressupõe um modelo, um sistema de referência, que deve necessariamente ser indicado”. Ainda assim é fundamental realizar um “corte metodológico” e de fácil entendimento, uma vez que é a metodologia que contribuirá com as questões estruturais da linguagem no campo do direito. Feito o corte metodológico, será priorizado o debate em torno das normas da ordem jurídica, principalmente aquelas relacionadas ao “financiamento da seguridade social”. Para uma melhor compreensão, serão trazidos para o centro do debate conteúdos relacionados à “Filosofia do Direito e à Teoria Geral do Direito”, no sentido de, como sugere a autora, “reconhecermos a norma jurídica, para, depois, efetuarmos sua análise e descrição” (TOMÉ, 2002, p. 23). Neste processo, o conhecimento ocorre por meio da linguagem, e, portanto, não pode haver limites nesta comunicação. Para Tomé (2002, p. 24), “a linguagem não cria efetivamente o mundo, mas sim, a sua compreensão”. É por meio da linguagem que o mundo se abre e, assim, torna-se possível acessar efetivamente objetos físicos, transformando a realidade do entorno em conhecimento. Essa linguagem, segundo Tomé (2002 apud FRANCO, 2011, p. 24), “surge como forma de transformar a realidade efetiva em realidade conceptual, sendo que apenas esta é objeto do conhecimento”.

Upload: nataliaapds

Post on 25-Sep-2015

220 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Caderno Política de Seguridade Social

TRANSCRIPT

Poltica de Seguridade Social (Previdncia, Sade e Assistncia) Tema 01 A Linguagem no Campo do Direito 5 Contedo Nessa aula voc estudar: O processo de transformao da realidade efetiva em realidade conceptual. A constituio da realidade por meio da linguagem que admite que aquilo que no pode ser dito no existe. A linguagem em uma abordagem do direito. A linguagem e o sistema na perspectiva do Direito Positivo e da Cincia do Direito. Como transformar a realidade efetiva em realidade conceptual? No processo jurdico, o que pode ser considerado real? Quais as formas de comunicao no campo do Direito? Como entender os processos de linguagem e o sistema no campo do Direito Positivo e da Cincia do Direito? CONTEDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATRIA A Linguagem no Campo do Direito Caro(a) aluno(a), sobre a obra Contribuies para a Seguridade Social: luz da Constituio Federal, a autora Fabiana Del Padre Tom conduz a todos pelos caminhos dos fundamentos constitucionais e das contradies doutrinrias na disciplina jurdica. Esta seo introdutria delimitar o tema e a metodologia adotada, ou seja, o financiamento da seguridade social ser tratado. Trata-se de um tema bastante complexo, uma vez que para a compreenso da realidade no h limites. Nesse sentido, Tom (2002, p. 21-22) traa a Semitica a distino entre o objeto imediato e o objeto dinmico: o primeiro o objeto tal como est representado no signo; o segundo, o objeto que est fora do signo, determinando-o. A relao entre esses dois objetos, apesar da proximidade, no existe, ou seja, assinttica. Se houver uma inteno de aprofundar o estudo sobre esses objetos, a autora sugere a procura de novas informaes por meio da experincia colateral, no ficando restrito a apenas um aspecto desta relao. 7 LEITURAOBRIGATRIA Toda experincia tem base em uma referncia sistematizada, e vale aqui o dito popular de Lavoisier: na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Logo, para Tom (2002, p. 22), todo conhecimento pressupe um modelo, um sistema de referncia, que deve necessariamente ser indicado. Ainda assim fundamental realizar um corte metodolgico e de fcil entendimento, uma vez que a metodologia que contribuir com as questes estruturais da linguagem no campo do direito. Feito o corte metodolgico, ser priorizado o debate em torno das normas da ordem jurdica, principalmente aquelas relacionadas ao financiamento da seguridade social. Para uma melhor compreenso, sero trazidos para o centro do debate contedos relacionados Filosofia do Direito e Teoria Geral do Direito, no sentido de, como sugere a autora, reconhecermos a norma jurdica, para, depois, efetuarmos sua anlise e descrio (TOM, 2002, p. 23). Neste processo, o conhecimento ocorre por meio da linguagem, e, portanto, no pode haver limites nesta comunicao. Para Tom (2002, p. 24), a linguagem no cria efetivamente o mundo, mas sim, a sua compreenso. por meio da linguagem que o mundo se abre e, assim, torna-se possvel acessar efetivamente objetos fsicos, transformando a realidade do entorno em conhecimento. Essa linguagem, segundo Tom (2002 apud FRANCO, 2011, p. 24), surge como forma de transformar a realidade efetiva em realidade conceptual, sendo que apenas esta objeto do conhecimento. A autora ainda argumenta que o conhecimento pressupe a existncia de um conceito; o conceito pressupe a existncia de linguagem; o conhecimento pressupe a existncia de linguagem. A linguagem cria a realidade no sentido de que aquilo que no pode ser dito no existe. Este um assunto interessante, uma vez que a existncia ou no de determinado objeto s importa se sua autossustentao for determinada pela linguagem. Tom (2002 apud CARVALHO, 2011, p. 26) admite que a realidade social constituda pela linguagem da realidade social, sobre a qual incide a linguagem prescritiva do direito positivo, juridicizando fatos e condutas, desenhando o campo da facticidade jurdica. Um fato s existe se for possvel cont-lo, caso contrrio, ainda que haja provas do acontecido, seus efeitos jurdicos tornam-se sem efeito. O inverso tambm pode ocorrer: no havendo o fato, mas sua descrio, para a justia, estar constitudo. A linguagem composta por signos, e, para tanto, necessrio que estes estejam organizados de forma que sirvam comunicao. Tom (2002 apud FALCO, 2011, p. 27) afirma que entende-se a linguagem como sendo o uso dos sinais que possibilitam a comunicao, isto , o conjunto dos sinais intersubjetivos. Entender o significado da linguagem pressuposto para entender o conhecimento cientfico e seus mtodos. Neste caso, a linguagem um conjunto de palavras, gestos, imagens, e, portanto, por meio dela que as pessoas se expressam. verbalizada, quando se utiliza da palavra (escrita ou falada), e no verbalizada, quando se utiliza de outras formas de comunicao, por exemplo, placas e sinais. a capacidade do indivduo de comunicar-se. A linguagem, para o direito, de suma importncia, uma vez que o objeto desta cincia s pode ser apresentado neste formato de comunicao. Os fatos jurdicos existem porque na linguagem prescrita do direito se pode contar. Um recurso que deve ser lanado mo neste processo o da semitica que, para a autora, apresenta-se em uma relao entre a palavra (falada ou escrita), o objeto e seu significado individual e a ideia ampla da significao deste objeto referido. Essa linguagem no est isenta de rudos que dificultam a comunicao, e, por isso, uma anlise criteriosa se faz necessria. Para Tom (2002, p. 29), a ambiguidade um caso de incerteza designativa, ocorrendo quando coexistirem dois ou mais significados relativamente a uma nica palavra. fundamental o cuidado com as terminologias, e para a Cincia do Direito imprescindvel conhecer a linguagem, principalmente em todos os seus limites e desafios. Quando se analisa o sujeito que se consegue diferenciar a linguagem do Direito Positivo da linguagem da Cincia do Direito. O Direito Positivo tem relao com a tcnica, enquanto e a Cincia do Direito tem com o cientfico. Segundo Tom (2002, p. 33), percebe-se uma contribuio valiosssima da semitica aos dogmas jurdicos, quando so apresentados dois discursos, ou seja, s assim possvel o estudo, pela Cincia do Direito, das proposies prescritivas do direito positivo, sem que se faa qualquer confuso entre ambas. Para entender o sistema do Direito Positivo e o sistema da Cincia do Direito preciso fazer uma parada estratgica e conceituar o que sistema. Na literatura, sistema todo um conjunto de elementos interligados, formando uma organizao. um ajuste, uma combinao que forma um conjunto. No sistema, tudo funcional, ocorrendo uma comunicao entre seus componentes. H uma sinergia, o que faz com que se cumpra com eficincia a finalidade do LEITURAOBRIGATRIA 9 sistema. Para Tom (2002, p. 34), qualquer sistema implica elementos, relao e unidade. No Direito Positivo, h lacunas e contradies entre seus componentes, fazendo com que haja uma nova interpretao de sua conduta. J na Cincia do Direito, o que relevante a coerncia entre suas unidades. LEITURAOBRIGATRIA LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites Leia o artigo Direito e Linguagem: os entraves lingsticos e sua repercusso no texto jurdico processual, de Daniel Roepke Viana e Valdeciliana da Silva Ramos Andrade. Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, 2011. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. Este artigo ampliar seus conhecimentos sobre a relao entre Direito e linguagem, os entraves lingustico-gramaticais e sua interferncia na compreenso textual, dificultando o andamento processual. Vdeos Assista ao vdeo: Programa Tema Jurdico Facisa Linguagem Jurdica e Juridiqus. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. O Programa Tema Jurdico entrevista a Professora Euda de Araujo Cordeiro, do Curso de Direito da Facisa e discute a linguagem jurdica e as possibilidades de mudana. 10 Instrues: Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questo 1: No processo de ampliar o conhecimento, argumente, com suas prprias palavras, os pressupostos iniciais sobre linguagem e tipologia no campo do direito. Vale a consulta em sites e documentos que possam auxili-lo(a) neste conhecimento prvio. Questo 2: O termo Semitica foi utilizado no texto para traar a distino entre o objeto imediato e o objeto dinmico. Assinale a resposta correta: a) Semitica indica a cincia dos sintomas em medicina. b) Semitica indica a doutrina dos sinais. c) Semitica a teoria geral dos signos, a disciplina que estuda os elementos representativos no processo de comunicao. d) Semitica a doutrina de todos os tipos possveis de signos sobre a qual se funda a teoria dos mtodos de investigao utilizados por uma inteligncia cientfica. e) Todas as anteriores esto corretas. Questo 3: Nas alternativas a seguir, marque (V) para Verdadeira ou (F) para Falsa: AGORAASUAVEZ 11 a) ( ) A relao assinttica ocorre quando os objetos imediato e dinmico nunca se tocam. b) ( ) A experincia colateral consiste na procura de outros signos que tragam diferentes informaes sobre o objeto dinmico, sabendo que este ltimo jamais poder ser capturado na sua integralidade constitutiva. c) ( ) A cincia no obrigada a ter um mtodo. d) ( ) Todo conhecimento pressupe um modelo, um sistema de referncia, que deve necessariamente ser indicado. Questo 4: Relacione a 1 coluna com a 2 coluna: I - Sinttica II - Semntica III - Pragmtica ( ) Analisa o vnculo do signo com seu significado. ( ) Estuda os signos relacionados entre si. ( ) Ocupa-se da relao entre os signos e seus usurios. Questo 5: Ter por base a descrio ou interpretao dos elementos mais simples pertencentes ao objeto, com a finalidade de resolver a problematizao a partir do estudo dos elementos decompostos desse objeto o conceito de: a) Mtodo. b) Mtodo analtico. c) Realidade objetiva. d) Direito positivo. e) Vaguidade. Questo 6: O direito admite e reconhece como reais apenas os fatos constitudos na forma lingustica. De acordo com o texto, como constituda a realidade social no carter constitutivo da linguagem? Questo 7: Tom (2002) cita a obra de Raimundo Bezerra Falco, que discorre sobre o processo de linguagem e sua composio. Que conceito de linguagem o autor traz? Questo 8: A Semitica apresenta trs dimenses, identificadas no texto por: sinttica, semntica e pragmtica. Para alm dessas dimenses, no mbito jurdico, podem ser observadas e estudadas de outra forma. Explique esta afirmao. AGORAASUAVEZ 12 Questo 9: Considerando a ambiguidade como um caso de incerteza designativa, ocorrendo quando coexistirem dois ou mais significados relativamente a uma nica palavra, cite exemplos de como a ambiguidade pode se subdividir no processo de linguagem jurdica? Questo 10: A norma fundamental, em um sistema normativo, exerce a mesma funo dos postulados de um sistema cientfico. A autora cita a obra de Norberto Bobbio. Como ele define postulados?

AGORAASUAVEZ 13 Neste tema, voc aprendeu como transformar a realidade efetiva em realidade conceptual. Viu tambm o que pode ser considerado real no processo jurdico. Entender o significado da linguagem pressuposto para entender o conhecimento cientfico e seus mtodos, mas principalmente entend-los no campo do Direito Positivo e da Cincia do Direito. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO TOM, Fabiana Del Padre. Contribuies para a Seguridade Social: Luz da Constituio Federal. Curitiba: Juru, 2002. REFERNCIAS 14 Ambiguidade: que pode ser tomado em mais de um sentido. Assinttica: o mtodo de descrever o comportamento de limites. Intersubjetivos: no campo jurdico, ocorre quando existem dois ou mais indivduos com interesse recaindo sobre um mesmo interesse. Linguagem: refere-se capacidade humana para aquisio e utilizao de sistemas de comunicao. Mtodos: o caminho para se chegar a um fim. Semitica: a teoria geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenmenos culturais como se fossem sistemas de significao. Signos: uma coisa que usada, referida ou tomada no lugar de outra coisa. GLOSSRIO 15 Questo 1 Resposta: Linguagem tudo aquilo que se refere capacidade humana para aquisio e utilizao de sistemas de comunicao. Pode ser semntica e sinttica, ou seja, na primeira deve se considerar cada objeto na sua totalidade, permitindo eficcia na aplicao da lei, enquanto que na sinttica determinado termo pode ser analisado somente pelo uso de regras gramaticais. Questo 2 Resposta: E Questo 3 Resposta: a. V; b. V; c. F; d. V Questo 4 Resposta: Resposta: II I III Questo 5 Resposta: B Questo 6 Resposta: constituda pela linguagem da realidade social, sobre a qual incide a linguagem prescritiva do Direito Positivo, juridicizando fatos e condutas, desenhando o campo da facticidade jurdica. Questo 7 Resposta: Entende-se linguagem como o uso dos sinais que possibilitam a comunicao, isto , o conjunto dos sinais intersubjetivos. GABARITO 16 Questo 8 Resposta: O plano sinttico consiste nas relaes hierrquicas, de coordenao, subordinao, fundamentao e derivao das normas; o semntico, nas conexes entre o texto normativo e as normas jurdicas, bem como nas acepes dos vocbulos jurdicos; e o pragmtico, no relacionamento da norma com seus emissores e destinatrios Questo 9 Resposta: Pode ser homonmia, como o caso do termo manga, que designa uma fruta ou uma parte do vesturio; apresentar-se sob a forma de polissemia, quando um mesmo termo designa significados conectados metaforicamente ( possvel que a palavra pesado refira-se a um livro, a uma tonelada de ferro ou a uma pessoa cansativa); ou, ainda, ser do tipo processo-produto, quando a palavra fizer aluso tanto a uma atividade como a seu resultado (o termo contrato pode designar o ato de contratar ou os documentos resultantes dessa atividade). Questo 10 Resposta: Os postulados so aquelas proposies primitivas das quais se deduzem outras, mas que, por sua vez, no so deduzveis e so colocados por conveno ou por outra pretensa evidncia destes. GABARITO

Poltica de Seguridade Social (Previdncia, Sade e Assistncia) Autor: Paulo Sergio Matoso, Joo Aloncio Pereira Machado Tema 02 Preceitos Jurdicos Tributrios Tema 03 Caracterizao dos Tributos e suas Formas de Agrupamento ndice ndice Tema 02: Preceitos Jurdicos Tributrios 4 Tema 03: Caracterizao dos Tributos e suas Formas de Agrupamento 20 sees Tema 02 Preceitos Jurdicos Tributrios Como citar este material: MATOSO, Paulo Sergio, MACHADO Joo Aloncio Pereira. Poltica de Seguridade Social (Previdncia, Sade e Assistncia): Preceitos Jurdicos Tributrios. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Sees Sees Tema 02 Preceitos Jurdicos Tributrios 7 Contedo Nessa aula voc estudar: A codificao da Norma Jurdica. A aplicabilidade de Norma Jurdica no Campo Tributrio. O Conceito de Norma Jurdica Tributria. Habilidades Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: O que Norma Jurdica? CONTEDOSEHABILIDADES Introduo ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contribuies para a Seguridade Social Luz da Constituio Federal, da autora Fabiana Del Padre Tom, editora Juru, 2002, Livro-Texto N. Roteiro de Estudo: Paulo Sergio Matoso Joo Aloncio Pereira Machado Poltica de Seguridade Social 8 CONTEDOSEHABILIDADES LEITURAOBRIGATRIA Qual a diferena entre Norma Jurdica e Direito Positivo? O que significa a aplicabilidade da Norma Jurdica no Direito Tributrio? Preceitos Jurdicos Tributrios Caro(a) aluno(a), para uma melhor compreenso e um bom entendimento da Norma Jurdica Tributria, ser necessrio abordar e exemplificar alguns conceitos que precedem as normas tributrias, por exemplo, o prprio entendimento de Norma Jurdica e o Direito Positivo, conforme a Cincia do Direito. importante tambm relembrar conceitos j aprendidos anteriormente. Neste sentido, ressalta-se a importncia da linguagem em suas diversas codificaes, seja escrita, oral, visual, e da interpretao dada a ela. Um fato evidente no cotidiano, seja ele na comunidade familiar, no meio acadmico, profissional, a interpretao dbia de uma escrita; essa dbia interpretao ocorre tambm no campo do direito, ou seja, pode haver diferentes interpretaes para uma nica redao. Aqui, ser balizada a interpretao de Norma Jurdica e Direito Positivo. Norma Jurdica o que precede o Direito Positivo, sendo este ltimo a interpretao da anterior, ou seja, Direito Positivo a lei escrita, formulada, j a Norma o ponto de partida que provocou a construo da lei. Segundo Tom (2002, p. 36), O direito positivo construdo pela linguagem, nele podemos identificar essa relao tridica inerente aos signos, apresentando-se a norma jurdica como significao construda a partir do texto e o suporte fsico. A norma jurdica, portanto, no se confunde com o texto do direito positivo, isto , com as expresses lingsticas que a veiculam. Estas figuram apenas como ponto de partida para a construo daquela. Clareando e sintetizando o que foi apreendido at este momento, conclui-se que a Norma Jurdica o precedente da lei escrita, ou seja, do Direito Positivo, sendo a conduta esperada 9 LEITURAOBRIGATRIA ou aplicada em dada sociedade e/ou comunidade, e, assim, a fixam por meio de uma redao grfica. Logo, ao serem interpretados os preceitos normativos e a legislao, ocorrem distintos entendimentos, visto que o contexto conjuntural e as prprias crenas e valores, bem como os interesses prprios, e o fato de elas virem de fora para dentro, refletem o que ser interpretado de tal lei, bem como o fato de que a interpretao da linguagem gramatical colabora para tal. Tendo a lei fsica como base concreta do Direito Positivo expressa tal como est, pois fsica, palpvel e legtima, uma vez que a lei expressa gramaticalmente, a base slida verifica o fato e a punio, ou seja, ao e consequncia. J a Norma Jurdica analisar o fato e interpretar a lei de que modo? Pelas vias do Direito Positivo, ou por base conceitual, tendo a filosofia aplicada ao direito. A Norma Jurdica, assim, pode ser interpretada por meio de seus juristas, estes no s conhecedores das leis, mas tambm com capacidade de interpret-las mediante a conjuntura social que as perpassa, ou seja, avaliam conforme o contexto social, o modelo de sociedade, bem como o tempo histrico. Logo, tal interpretao aglutina trs fatores essenciais que estruturam a anlise: functorde-functor, hiptese normativa e functor implicacional. Functor-de-functor o indicador da operao lgica da modalidade do direito que faz a anlise da possvel causa. Conforme Tom (2002, p. 41), [...] ele que constitui o nexo jurdico das posies normativas (hiptese e consequncia). Tom (2002, p. 41) desvela que a hiptese a parte da norma que tem a funo de descrever uma situao objetiva de possvel ocorrncia, descrio esta feita mediante a indicao de notas [...] coincidentes com os caracteres apresentados em determinados fatos. Quanto ao functor implicacional, a autora afirma que ele simboliza o nexo de implicao existente entre a hiptese e a consequncia, ou seja, entre a proposio implicante e a implicada (TOM, 2002, p. 43). Compreendendo esta anlise ltima, tendo por base essas trs dimenses recm-citadas, conclui-se que a Norma Jurdica deve ser interpretada considerando o contexto que fundamenta sua aplicao, pois ela implicar a lei que regular, por exemplo, determinada sociedade e/ou regio, e evidentemente toda a conjuntura deve ser apreendida, corroborando assim a totalidade dos fatos. 10 Em midos, deve-se no s analisar o fato pelo fato, mas o que impulsionou a ao e qual a consequncia disso. O fato analisado dentro do contexto ou avaliado apenas como certo e errado, legal ou ilegal, direito e dever. As leis por vezes se tornam quadradas para situaes redondas. Aps a compreenso dos preceitos da Norma Jurdica, aborda-se a aplicao deste entendimento ao conceito, aplicando-o Norma Jurdica Tributria. Assim como j visto, o entendimento da linguagem fundamental para a concepo dos fatos. Ora, o que tributos? Voc encontrar nos tradicionais dicionrios da lngua portuguesa que tributo pode estar relacionado homenagem, louvor, a tributos pagos ao Estado, bem como montante e/ou quantia em dinheiro, tributo como norma, fato e relao jurdica. Trata-se de uma palavra da classe dos homnimos; no entanto, a autora Tom (2002, p. 52) considera o estudo da norma tributria como sinnimo de norma jurdica tributria, pois esta a significao utilizada pelo texto constitucional para outorgar competncia impositiva tributria s pessoas polticas de direito pblico interno. Mais uma sntese deve ser feita. Anteriormente, apresou-se Norma Jurdica e Direito Positivo, pois bem, no diferente do direito tributrio, pois h os preceitos que validam a necessidade de tal, e o texto que a formula, logo, necessidade de ter, e o regulamento escrito de fato, e que no seu todo possibilita, conforme Carvalho (2000 apud TOM, 2002, p. 53) a) normas que estabelecem princpios gerais, demarcadores da virtualidade legislativa no campo tributrio; b) normas que estipulam a incidncia do tributo, descrevendo os aspectos de eventos de possvel ocorrncia e prescrevendo os elementos da obrigao tributria [...] e por fim; c) normas que fixam outras providncias administrativas para a operatividade do tributo, tais como lanamento, recolhimento, configurao de deveres instrumentais e as relativas fiscalizao. Tom (2002, p. 55) esmera ainda que [...] como norma cuja hiptese conota um fato lcito de possvel ocorrncia, prescrevendo, em sua consequncia, uma relao jurdica que obriga um sujeito de direito a entregar certa quantia de dinheiro a outro sujeito de direito. No entendimento, a Norma Jurdica Tributria estrita a ela, pois corresponde a este emaranhado operativo da arrecadao, o que define normas legais e operacionais para tal arrecadao. LEITURAOBRIGATRIA 11 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites Leia o artigo Direito Natural X Direito Positivo, de Francisco Hudson Pereira Rodrigues, Esp. em Administrao judiciria pela Universidade Estadual Vale do Araca/CE, Brasil. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. Leia o Livro Curso de Direito Tributrio, de Paulo de Barros Carvalho, Professor Titular de Direito Tributrio da PUC/SP e da USP, Editora Saraiva, 17 edio, 2005. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. Vdeos Assista ao vdeo: Teoria da Norma Jurdica. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan 2014. Assista para um melhor entendimento do assunto tratado. 12 Instrues: Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questo 1: Ficou evidenciado na Leitura Obrigatria que a autora Fabiana Del Padre Tom sintetiza que a interpretao da linguagem pea fundamental para a decodificao de normas jurdicas e leis. Deste princpio, faa uma pesquisa simples do papel do jurista e, a partir do conhecimento que est adquirindo em seu curso, reflita em que medida o assistente social pode colaborar com os juristas/magistrados no processo de interpretao das normas jurdicas. Questo 2: Relacione a 1a coluna de acordo com a 2a coluna: I - Functor-de-functor II - Hiptese Normativa III - Functor Implicacional ( ) Est entre a proposio implicante e implicada. ( ) indicador da operao dentica incidente sobre o liame de implicao interproposicional; ele que constitui o nexo jurdico das proposies normativas. ( ) Tem a funo de descrever uma situao objetiva de possvel ocorrncia, descrio esta feita mediante a indicao de notas. Questo 3: Aproveite a Questo 2 e desenhe a forma de estrutura lgica: functor-de-functor, hiptese normativa e functor implicacional, de modo a entender esses fatores num todo. Questo 4: O significado da lei no _____________, mas ____________. Ele vem de fora e atribudo pelo ________________. As palavras que completam corretamente as lacunas esto apresentadas na alternativa: a) Submissa heternomo intrprete. b) Autnomo homnimo intrprete. c) Autnomo heternomo intrprete. d) Submissa heternimo locutor. e) Autnomo heternomo locutor. Questo 5: Conforme a autora Fabiana Del Padre Tom, o functor implicacional um operador lgico indicador da forma sinttica que une as duas proposies componentes da norma jurdica. Acompanhando o pensamento da autora, desvele por que o functor implicacional no pode ser dissociado dos outros dois elementos. Questo 6: A autora cita a obra de Jos Artur Lima, que afirma que a Constituio toma o aspecto total dos tributos e os reparte em trs compartimentos estanques e inconfund- veis, conforme critrio material e territorial. Quais so esses trs compartimentos? Questo 7: A regra-matriz de incidncia, por ____________ a incidncia tributria, tem sido ____________ em seus pormenores. E, dessa apurada anlise resultou a concluso de existirem, na ________________ e na ________________ ______________, critrios que permitem o reconhecimento do fato jurdico-tributrio e da relao ___________ ___________ respectivamente. As palavras que completam corretamente as lacunas esto apresentadas na alternativa: a) Disciplinar estudada hiptese consequncia jurdica norma tributria. b) Subverter estudada impreviso consequncia normativa jurdica tributria. c) Subverter estudada hiptese consequncia jurdica jurdica tributria. d) Disciplinar estudada hiptese consequncia normativa jurdica tributria. AGORAASUAVEZ 14 e) Disciplinar estudada impreviso consequncia normativa jurdica tributria. Leia o fragmento de texto a seguir e responda as Questes 8 e 9: Toda linguagem, na qualidade de conjunto sgnico, composto por suporte fsico, significado e significao. Com efeito, sendo o direito positivo constitudo pela linguagem, nele podemos identificar essa relao tri- dica inerente aos signos, apresentando-se a norma jurdica como significao constru- da a partir do texto, que o suporte fsico. A norma jurdica, portanto, no se confunde com a que veiculam. Estas figuram apenas como ponto de partida para a construo daquela (TOM, 2002, p. 37). Questo 8: Com base no fragmento apresentado e no texto da Leitura Obrigatria, descreva o que Direito Positivo. Questo 9: Com base no fragmento apresentado e no texto da Leitura obrigatria, conceitue Norma Jurdica. Questo 10: Aps identificar se a assertiva (V) Verdadeira ou (F) Falsa, assinale a alternativa correta: ( ) A definio de Norma Jurdica Tributria encontra-se vinculada ao conceito de Direito Positivo Tributrio. ( ) A anlise das normas constitucionais de produo normativa tributria mostra-se extremamente til, pois permite vislumbrar os detalhes que envolvem a criao dos tributos. ( ) Normas que estipulam a incidncia do tributo no descrevem os aspectos de eventos de possvel ocorrncia, prescrevendo, assim, os elementos da obrigao tributria. a) F; F; V. b) V; V; F. c) F; F; F. d) V; V; V. e) V; F; V. AGORAASUAVEZ 15 Prezado(a) aluno(a), mais uma etapa foi cumprida. A leitura deste tema, do LivroTexto, a prtica dos exerccios e as indicaes de outras literaturas possibilitaram que voc aprendesse a importncia da interpretao da prpria linguagem para a compreenso dos conceitos precedentes do direito. Voc tambm aprendeu o conceito de Norma Jurdica e a aplicabilidade deste na Norma Jurdica Tributria. Parabns! Continue estudando com afinco, pois logo chegar ao entendimento global da disciplina, desmitificando, assim, as contribuies Seguridade Social. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO TOM, Fabiana Del Padre. Contribuies para a Seguridade Social: luz da Constituio Federal. Curitiba: Juru, 2002. REFERNCIAS 16 Codificaes: um processo, um artifcio, uma maneira, um modo ou uma forma utilizada e originada pela criatividade humana para identificar itens, materiais, objetos, entre outras coisas semelhantes. Conjuntura: conjunto de determinados acontecimentos em dado momento. Determinadas circunstncias ou ocasies. Conjunto de elementos que constituem uma soluo ou um problema eminente. Jurista: indivduo de grande conhecimento jurdico, especialmente aquele que d consultas e emite pareceres sobre questes do direito. Tridica: conjunto de trs entidades. Que pertence a uma trade, trada ou trindade. GLOSSRIO 17 Questo 1 Resposta: O Jurista estudioso do direito, devendo saber desvelar a lei dentro do conceito social que a aplica, bem como seu momento histrico. Para tanto, o assistente social, dotado de conhecimentos e habilidades tcnico-operativos, terico-metodolgicos e terico-prticos, pode auxiliar os juristas na interpretao da lei, possibilitando uma leitura conjuntural, desmistificando as mltiplas expresses da questo social que perpassa dada realidade social, no mbito de uma comunidade e/ou regio. Questo 2 Resposta: III I II Questo 3 Resposta: uma lgica composta por uma hiptese, tambm denominada antecedente, suposto, prtase ou descritor, e por uma consequncia, que pode igualmente receber o nome de consequncia, mandamento, estatuio, apdese ou prescritor. E para que se configure a causalidade jurdica, em que a hiptese implica deonticamente a consequncia. D(H C), em que D o functor-de-functor, H a Hiptese, o functor implicacional e C a Consequncia. Questo 4 Resposta: C Questo 5 Resposta: Porque o functor implicacional, por si s, no indica a existncia de causalidade normativa, pois tanto nesta como na causalidade fsica existe o conectivo condicional atrelando a hiptese consequncia. Questo 6 Resposta: Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios. Questo 7 Resposta: D Questo 8 Resposta: O Direito Positivo construdo pela linguagem; nele possvel identificar essa relao tridica inerente aos signos. Questo 9 Resposta: Norma Jurdica como significao construda a partir do texto e o suporte fsico. A Norma Jurdica, portanto, no se confunde com o texto do Direito Positivo, isto , com as expresses lingusticas que a veiculam. Estas figuram apenas como ponto de partida para a construo daquela (pgina 37 do Livro-Texto). Questo 10 Resposta: B

Tema 03 Caracterizao dos Tributos e suas Formas de Agrupamento Como citar este material: MATOSO, Paulo Sergio, MACHADO Joo Aloncio Pereira. Poltica de Seguridade Social (Previdncia, Sade e Assistncia): Caracterizao dos Tributos e suas Formas de Agrupamento. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Sees Sees Tema 03 Caracterizao dos Tributos e suas Formas de Agrupamento 23 Contedo Nessa aula voc estudar: O significado de classificar. As classificaes jurdicas. As divises das classes tributrias. Habilidades Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: O que classificao? CONTEDOSEHABILIDADES Introduo ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contribuies para a Seguridade Social Luz da Constituio Federal, da autora Fabiana Del Padre Tom, editora Juru, 2002, Livro-Texto N. Roteiro de Estudo: Paulo Sergio Matoso Joo Aloncio Pereira Machado Poltica de Seguridade Social 24 CONTEDOSEHABILIDADES Como so classificados os tributos? Por que os tributos so classificados? CONTEDOSEHABILIDADES Caracterizao dos Tributos e suas Formas de Agrupamento Prezado(a) aluno(a), no Tema 2 deste Caderno de Atividades, voc estudou a importncia da linguagem no processo de decodificao e compreenso dos fatos. Agora, voc aplicar o conhecimento adquirido no Tema 2 neste tema, que tratar da Classificao Jurdica dos Tributos. No Tema 3, foi feita a leitura do significado da palavra tributo aplicada norma jurdica. Agora, ser realizada uma interpretao do significado de classificar. Nos dicionrios mais comuns de lngua portuguesa, v-se a palavra classificar como: Reunir em classes e nos grupos respectivos, segundo um sistema ou mtodo; Determinar a classe, ordem, famlia, gnero e espcie de; Arrumar, pr em ordem. Entretanto, no Livro-Texto adotada a seguinte definio: Classificar distribuir em classes; dividir os termos segundo a ordem da extenso ou, para dizer de modo mais preciso, separar os objetos em classes de acordo com as semelhanas que entre eles existam, mantendo-os em posio fixas e exatamente determinadas com relao s demais classes (TOM, 2002, p. 61 apud CARVALHO, 1998). O autor assevera, ainda, que uma classificao, em qualquer cincia, significa a reduo a grupos que tenham as mesmas caractersticas (TOM, 2002, p. 61 apud HORVATH, 1997). Ou seja, os tributos jurdicos so classificados, ordenados para uma melhor interpretao jurdica tributria, garantindo os preceitos constitucionais na aplicao operacional. As classificaes ocorrem em gneros, espcies e subespcies. LEITURAOBRIGATRIA 25 LEITURAOBRIGATRIA A classificao dos tributos a base de discusso entre os doutrinrios, havendo grande divergncia no assunto. Conforme apresentado pela autora Tom (2002), Augusto Bocker defende que os tributos devem ser classificados em duas espcies: impostos e taxas, sendo a primeira espcie aplicada a servios no estatais e a segunda aplicada quando o tributo for de atuao estatal. Tom (2002) traz ainda diversos autores que classificam os tributos em trs espcies. Estes seguem uma linha parecida com a de Bocker quanto vinculao ou no da atividade ao Estado, mas diferem ao classificarem as espcies: as vinculadas s atividades estatais so chamadas por eles de taxas, quando de forma direta, e de contribuies, quando de forma indireta; j aquelas que no tm vinculao estatal foram denominadas impostos. Os tributos no vinculados a qualquer atividade estatal so os impostos, ao passo que os tributos dependentes de uma atuao estatal, denominados vinculados, subdividem-se em dois grupos: taxas e contribuies. Estes, por sua vez, diferenciam-se por ser atividade do Estado direta ou indiretamente referidas ao contribuinte: taxa, se diretamente; contribuio, se indiretamente (TOM, 2002, p. 68). Nesta categoria, ainda h inmeros doutrinrios que discutem e aprofundam a temtica, por vezes divergindo sobre alguns posicionamentos, fazendo maiores embates no campo de pesquisas desta categoria. H, ainda, os autores que classificam os tributos em quatro ou cinco espcies. Os que dividem os tributos em quatro espcies citam: impostos, taxas, contribuies e emprstimos compulsrios. J os que os definem em cinco categorias agregam s quatro espcies as contribuies de melhoria. A destinao dos recursos reflete na anlise e classificao dos tributos? Diante desse questionamento, Tom (2002) deixa claro que tambm h divergncias entre os juristas, pois alguns posicionam que a finalidade no compromete o princpio, colocando que a arrecadao deve estar dissociada da destinao, sendo distintas entre si. Entretanto, para Tom (2002), [...] o destino do produto da arrecadao dos tributos critrio relevante no que concerne a classificao das espcies tributrias. Segundo Amaro (1991 apud TOM, 2002, p. 77), [...] nessas circunstncias, no se pode, ao examinar a figura tributria, ignorar a questo da destinao, nem descart-la como critrio que permita distinguir de outras a figura analisada. 26 A partir de tais elucidaes, a autora aponta que, para efetuar a classificao dos tributos, deve-se ter como ponto de partida a prpria Constituio Federal, documento antecessor dos demais cdigos, ressaltando, ainda, uma anlise sob a tica do Direito Positivo, ou seja, o estudo da linguagem escrita, da legislao j formulada. Ao fazer a classificao dos tributos, Tom (2002) salienta que no se pode to-somente dividi-los em duas ou trs espcies; h que se ir mais alm, detalhando-os com maior preciso e reagrupando-os pelas semelhanas mais evidentes, ou seja, desvela na prtica a traduo linguista do prprio conceito de classificao trazido no incio do texto, as infinitas possibilidades de classificao e ordenamento, a ponto de classificar em gnero, espcie e subespcies. Assim como os demais autores j mencionados, Tom (2002) inicia a classificao dos tributos em vinculados e no vinculados s atividades estatais. Quanto aos vinculados, ela os subdivide em dois aspectos: taxas e contribuies. No que tange aos no vinculados, ela os classifica como imposto, fracionando este em trs: os impostos em sentido estrito, as contribuies e os emprstimos. Caro(a) aluno(a), v-se que a autora segue os preceitos da classificao em cinco espcies, no entanto, ela no se limita s subdivises j apontadas, j que alarga as possibilidades de divises, permitindo maior clareza e visibilidade do objeto de anlise, sendo aqui o precedente ao financiamento da seguridade social. LEITURAOBRIGATRIA 27 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites Leia o artigo Tributo e espcie tributria, de Alexsander Roberto Alves Valado, Mestre e Doutorando em Direito Tributrio pela Universidade Federal do Paran (UFPR) Professor da PUCPR, daPs-GraduaoUNICURITIBAe daAcademiaBrasileira deDireitoConstitucional ABDConstitucional. Disponvel em:. Acesso em: 02 jan. 2014. Leia o artigo: Anlise Constitucional das Espcies Tributrias no Ordenamento Jurdico Ptrio, deWiltonBoiguesCorbalanTebar, graduando em Direito pelasFaculdades Integradas Antnio Eufrsio de Toledo Presidente Prudente e Jos Maria Zanuto, Procurador do Estado de So Paulo, Professor de Direito Tributrio das Faculdades Integradas Antnio Eufrsio de Toledo de Presidente Prudente. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. Vdeos Assista ao vdeo: Teoria Geral do Direito. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan 2014. 28 Instrues: Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questo 1: Correlacionando o estudo ora realizado, em que a autora Fabiana Tom aborda a importncia organizacional na classifica- o detalhada dos objetos, e com base no aprendizado adquirido at este momento no seu curso, descreva a importncia da classificao detalhada dos objetos na atuao profissional. Questo 2: Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta: Uma ____________, em qualquer __________, significa a reduo de algo a grupos que tenham as mesmas _______________. I Caracterstica II Cincia III Classificao a) I, II, III. b) I, III, II. c) III, I, II. d) III, II, I. e) II, III, I. Questo 3: A autora Fabiana Del Padre Tom (2002) fez inmeras referncias a outros autores, no intuito de reforar/justificar o estuAGORAASUAVEZ 29 do apresentado. Uma dessas citaes foi qualquer classificao que se pretenda jurdica h de tomar por base o direito positivo, o que possibilita compreender que a autora, ao classificar os tributos, parte do princpio de anlise do Direito Positivo. Diante deste fato, assinale a alternativa correta quanto ao autor referenciado: a) Lourival Vilanova. b) Estevo Horvath. c) Geraldo Ataliba. d) Augusto Bocker. e) Rubens Gomes. Questo 4: Os autores que fazem a classificao dos tributos em duas espcies os classificam em: a) Contribuies e Taxas. b) Taxas e Tributos. c) Taxas e Impostos. d) Contribuies e Imposto. e) Contribuies e Tributos. Questo 5: Alguns autores classificam os tributos em trs espcies. Diante disto, analise as assertivas a seguir e marque V para Verdadeiro ou F para Falso. a) ( ) Os autores que classificam os tributos em trs espcies partem da premissa de que estes devem ser analisados em tributos vinculados e tributos no vinculados. b) ( ) Os tributos so classificados em: taxas, impostos e contribuies. c) ( ) As taxas e as contribuies correspondem aos tributos no vinculados. d) ( ) Os impostos correspondem ao tributos vinculados. e) ( ) Os emprstimos compulsrios so tributos restituveis.Questo 6: A autora aborda a classificao dos tributos em cinco espcies. Apresente as espcies classificadas nesta categoria. Questo 7: Fabiana Del Padre Tom indaga se a destinao do produto interfere na anlise da classificao dos tributos ou no; em seguida, ela evidencia a necessidade de no desvincular a arrecadao da destinao. O que justifica tal assertiva? AGORAASUAVEZ 30 Questo 8: Ao classificar os tributos, Tom (2002) salienta que h necessidade de maiores detalhamentos na classificao, facilitando assim uma melhor compreenso, capaz de externar semelhanas e dessemelhan- as. Aps a classificao, a autora desenha uma proposta de diagrama que ilustra a classificao. Tal diagrama pode ser facilmente demonstrado. Sendo assim, faa um diagrama similar, correspondendo ao entendimento da autora. Questo 9: A autora apresentou uma srie de autores que classificam os tributos em diversas espcies. Logo, Tom (2002) tambm faz seu detalhamento e classifica os tributos. Embora reconhea sua classificao semelhante classificao quinquipartida, a autora faz um apontamento que a diferencia de tal categoria. Qual seria essa diferena? Questo 10: Leia as assertivas e assinale a alternativa correta: Na elaborao das classificaes, segundo a opo e convenincia do classificador, h regras, devendo ser observadas por ocasio do processo classificatrio. A doutrina mais autorizada costuma valer- -se do manuseio de dois aspectos distintivos, hbeis precisa definio das suas espcies. a) As duas assertivas so verdadeiras, e segunda justifica a primeira. b) A primeira assertiva verdadeira e a segunda falsa. c) A primeira assertiva verdadeira e a segunda no justifica a primeira. d) As duas assertivas so falsas. e) A primeira assertiva falsa e a segunda verdadeira. AGORAASUAVEZ 31 Mais uma etapa foi finalizada. Observaram-se as categorias que classificam os tributos, de modo que estas variam conforme o entendimento dos juristas e estudiosos do direito. No entanto, este tema possibilitou a voc compreender que a classificao uma ferramenta que auxilia no processo de organizao dos objetos, no sentido amplo, considerando tambm a organizao dos estudos, das leis, das teorias e de tudo aquilo que pode ser organizado. A autora revela, ainda, que no basta usar um sistema simplista na classificao dos tributos, uma vez que este modelo tradicional no permite clarear a maante Norma Jurdica. Esta deve ser classificada de modo detalhado ao mximo, possibilitando uma compreenso detalhada e uma operacionalizao mais eficiente. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO TOM, Fabiana Del Padre. Contribuies para a Seguridade Social: luz da Constituio Federal. Curitiba: Juru, 2002. REFERNCIAS 32 GLOSSRIO GABARITO Concerne: dizer a respeito, ser relativo. Divergncia: palavra oriunda de conflito; logo, apresenta sentido de diferena. Preceitos: advm da norma, ou seja, de ensinamentos da norma. Salientar: deixar claro, evidente. Questo 1 Resposta: A resposta a esta questo depender do entendimento do aluno sobre o assunto. Questo 2 Resposta: D Questo 3 Resposta: B Questo 4 Resposta: C 33 Questo 5 Resposta: V, V, F, F, V. Item 1 - Esta corrente bipartite classifica brandamente, no aprofundando as subespcies, analisa os tributos em taxas e impostos, ou seja, os que tm vnculo com estatal e os que no tm este vnculo. Item 2 Esta a classificao tripartite dos tributos. Item 3 No, elas correspondem aos vinculados. Item 4 No, correspondem aos no vinculados. Item 5 O emprstimo compulsrio um tributo restituvel, deve, aps determinado lapso temporal, ser devolvido ao contribuinte. Questo 6 Resposta: Impostos, taxas, contribuies de melhoria, contribuies e emprstimos compulsrios.Questo 7 Resposta: Tendo a Constituio Federal vedado a vinculao da receita com relao a alguns tributos (impostos) e exigido a referida vinculao em outros (emprstimos compulsrios e contribuies), no deve esse fator distinto ser desprezado. Logo, o destino do produto da arrecadao dos tributos critrio relevante no que concerne classificao das espcies tributrias. Questo 8 Resposta: Taxa Vinculado Tributo Imposto em sentido Contribuio Emprstimo compulsrio Imposto Contribuio de Melhoria No vinculado 34 GABARITO Questo 9 Resposta: A maioria dos autores que entendem serem os emprstimos compulsrios e as contribuies espcies tributrias autnomas no conjuga os vrios critrios utilizados em uma nica subdiviso. Questo 10 Resposta: C

Poltica de Seguridade Social (Previdncia, Sade e Assistncia) Autor: Paulo Sergio Matoso, Joo Aloncio Pereira Machado Tema 04 A Contribuio em uma Perspectiva Jurdica Tributria sees Tema 04 A Contribuio em uma Perspectiva Jurdica Tributria Como citar este material: MATOSO, Paulo Sergio, MACHADO Joo Aloncio Pereira. Poltica de Seguridade Social (Previdncia, Sade e Assistncia): A Contribuio em uma Perspectiva Jurdica Tributria. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Sees Sees Tema 04 A Contribuio em uma Perspectiva Jurdica Tributria 5 Contedo Nessa aula voc estudar: O tipo jurdico das contribuies. A contradio na classificao das contribuies. As diversas formas de contribuies: de interveno no domnio econmico, de interesse das categorias profissionais ou econmicas e as sociais. CONTEDOSEHABILIDADES Introduo ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contribuies para a Seguridade Social Luz da Constituio Federal, da autora Fabiana Del Padre Tom, editora Juru, 2002, Livro-Texto N. Roteiro de Estudo: Paulo Sergio Matoso Joo Aloncio Pereira Machado Poltica de Seguridade Social 6 Habilidades Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Como o funcionamento dos tipos jurdicos das contribuies? Para efeitos jurdicos, como esto divididas a contribuies? Quais as formas de contribuies? CONTEDOSEHABILIDADES A Contribuio em uma Perspectiva Jurdica Tributria Caro(a) aluno(a), no tema anterior voc observou que so as categorias que classificam os tributos e estas variam de acordo com o entendimento dos pensadores do direito. Neste tema, alm das diversas formas de contribuies, voc ver a contradio destes financiamentos. No que diz respeito ao tipo jurdico ou natureza jurdica das contribuies, sero apresentadas vrias divergncias entre os pensadores. Neste tema, voc tambm verificar que as contribuies sociais como tributos so determinadas por algumas correntes doutrinrias apenas constitucionalmente. So vrios os argumentosparaesteentendimento,entreosquais sedestacaodequenemtodaapopulao se beneficia dessas contribuies, ou seja, apenas uma parte assistida pelo regime previdencirio. Para Tom (2002 apud MARTINEZ, 2011, p. 85), a Constituio Federal institui um sistema nacional de exaes que comporta dois grandes desmembramentos: tributos e contribuies sociais, e, nesta perspectiva, observa que a diferena entre um e outro est justamente no fato de que enquanto os tributos atendem a necessidades difusas, apenas excepcionalmente cobrindo carncias especficas, as contribuies sociais no beneficiariam toda a populao, apenas, como j exposto, aqueles assistidos pela Previdncia Social. LEITURAOBRIGATRIA 7 LEITURAOBRIGATRIA Para a corrente que defende este argumento, os tributos devem atender a todos de forma geral, sendo que apenas para casos especiais devem ser dadas destinaes especficas. O argumento corroborado com a defesa da tese de que algumas contribuies devem ser determinadas constitucionalmente. Tom (2002) contrria a esta posio e toma como referncia a Constituio Federal para construir o argumento de que todas as contribuies so de natureza jurdica prpria dos tributos, ou seja, tanto as sociais como as das categorias profissionais ou aquelas de interveno no domnio econmico. importante estabelecer a natureza do objeto para definir o regime a ser aplicado, neste caso, ambos so jurdicos. Para manter este argumento da contribuio como espcie tributria autnoma, a autora usa os mesmos critrios que utilizou para a classificao dos tributos. Tom (2002) utiliza o princpio lgico da identidade para sustentar seu argumento de que dois elementos s so iguais se todas as suas caractersticas forem comuns. Para Tom (2002, p. 90), s poderemos afirmar que a contribuio no espcie tributria autnoma, confundindo-se com outra categoria de tributo (ora imposto, ora taxa), se estes possurem idnticas caractersticas. Voc j compreendeu que so determinantes os critrios de vinculao, destinao e restituio. Neste caso especfico, as contribuies se identificam apenas com os critrios de destinao dos recursos adquiridos. Ainda assim, isso no desqualificaria essas contribuies como tributo, uma vez que outros como impostos, taxas etc., os critrios no so aplicados em sua totalidade. Uma questo importante a ser levada em considerao a nomenclatura adotada no processo de estudo e os termos constitucionais, ou seja, no que se refere a contribuies, so tratadas em um formato geral, j aquelas de melhoria, destinadas seguridade, no esto agrupadas. Segundo Tom (2002 apud LACOMBE, 2011, p. 96), a palavra contribuio no tem sentido tcnico indiscutvel. Seu entendimento de que tem, sim, o sentido de entrega de dinheiro, de prestao, e sua utilizao pela Constituio insuficiente para determinar as espcies tributrias assim denominadas. Dessa forma, estas chamadas contribuies especiais, ou so impostos ou so taxas. A autora completamente contrria a este argumento e afirma que o sentido do vocbulo contribuio, neste estudo, deve ser entendido como uma anlise da norma posta e que a partir da Constituio Federal concluise que o referido termo no tem sido utilizado para indicar meros encargos impostos pelo Estado para o atendimento de suas despesas. Ela assevera, ainda, que as contribuies apresentam natureza jurdica tributria. 8 Para a autora, contribuio, de acordo com a Constituio Federal de 1988, est dividida em contribuies de melhoria e contribuies gerais. As contribuies gerais se subdividem em: sociais, interventivas e corporativas. As contribuies para a seguridade social esto nas subespcies sociais, e para esta qualificaootextoconstitucional consideroucomoprincpioodestinodoprodutoarrecadado. Sobre a contribuio interventiva, ou seja, de interveno no domnio econmico, o texto constitucional a define como aquele tributo com o propsito especfico destinado atividade econmicaquesepretendedisciplinar.Destaforma,estaronaposiodecontribuintesdesta atividade somente aqueles envolvidos com sua explorao. Esta espcie de contribuio, segundo Tom (2002 apud DERZI, (2011, p. 100), em primeiro lugar h de ser feita por lei; em segundo lugar, o setor da economia deve estar sendo desenvolvido pela iniciativa privada para que se possa configurar um ato de interveno no domnio econmico. Para os casos das contribuies de interesse das categorias profissionais ou econmicas, tambm conhecidas como contribuies corporativas, o destino da arrecadao ser o custeio das instituies fiscalizadoras e reguladoras dessas atividades profissionais ou econmicas. Para Tom (2002 apud DERZI, 2011, p. 101-102), o objetivo principal destas instituies fiscalizar e regular o exerccio de determinadas atividades profissionais ou econmicas ou representar uma categoria profissional, coletiva ou individualmente, na defesa de seus interesses. claro que para este estudo as contribuies sociais so fundamentais, uma vez que custeiam o financiamento da seguridade social. Essas contribuies esto divididas em duas categorias, ou seja, as genricas e as destinadas ao financiamento da seguridade social. Segundo a Constituio Federal, o termo seguridade social assegura os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social. As outras contribuies que no esto orientadas para o campo da seguridade social so entendidas aqui como genricas, como exemplo pode-se citar a educao e a habitao. Para destinos diferentes dos recursos, h tambm um entendimento de tratamento diferente no texto constitucional, mesmo assim no houve comprometimento da aplicabilidade do regime jurdico tributrio dado a essas categorias de contribuies. LEITURAOBRIGATRIA 9 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites Leia o artigo Os impostos e as contribuies sociais luz da Constituio Federal, de Eduardo Augusto Gonalves Dahas. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. Este artigo ampliar seus conhecimentos sobre as diferenas entre os dois tributos, o regime jurdico, respectivamente a cada um, e as consequncias da diferenciao. Leia a publicao Controvrsias sobre a natureza jurdica das contribuies, de Henrique Rocha Fraga. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. Este material tem o propsito de complementar o estudo das divergncias da natureza jurdica das contribuies apontadas pela autora. Leia o artigo Contribuies Sociais, de Marcos Rafael. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. Neste texto, o autor aborda os principais aspectos das contribuies sociais de forma sucinta e clara. Vdeos Assista ao vdeo: Programa Prova Final Direito Tributrio Classificao dos Tributos. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. No Programa Prova Final, o Professor Alessandro Spilborghs discorre sobre o tema Tributo. Trata sobre definio, conceito, classificao e modalidade de tributo. 10 Instrues: Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questo 1: Com base na Leitura Obrigatria deste tema, escreva com suas palavras quais as diferenas entre tributos e contribuies sociais. Realize tambm consultas em sites e documentos que possam auxili-lo(a) na construo deste conhecimento. Questo 2: As correntes doutrinrias excluem as contribuies como espcie tributria autnoma. Marque a alternativa que contm os critrios adotados para tal: a) As contribuies destinadas Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). b) Os impostos, as taxas e o preo pblico. c) As contribuies sociais e os encargos de reparao de guerras. d) A vinculao a uma atividade estatal, a destinao legal do produto arrecadado e a previso legal de restituio do produto arrecadado. e) Todas as anteriores esto corretas. Questo 3: Nas alternativas a seguir, marque (V) Verdadeira ou (F) Falsa: a) ( ) Tributo tudo aquilo que est sujeito ao regime jurdico tributrio. AGORAASUAVEZ 11 b) ( ) a linguagem que cria os objetos integrantes da realidade do ser cognoscente. c) ( ) O carter determinante da natureza jurdica das contribuies reside no regime jurdico ao qual ela se submete: o regime jurdico tributrio. d) ( ) A natureza jurdica de algo s tem sentido prtico porque define seu regime jurdico, vale dizer, define quais as normas jurdicas quilo aplicveis. e) ( ) Todas as afirmaes anteriores esto corretas. Questo 4: Relacione a coluna 1 de acordo com a coluna 2: I Contribuies Sociais II Contribuies Corporativas III Contribuies Interventivas ( ) So aquelas cujos tributos institudos so para o custeio de entidades profissionais. ( ) So aquelas cujos tributos institudos sobre atividades econmicas servem como instrumento para a atuao do Estado. ( ) So aquelas destinadas seguridade social. Questo 5: As contribuies de interesse das categorias profissionais ou econmicas, tambm chamadas de contribuies corporativas, tm como objetivo principal fiscalizar e regular o exerccio de determinadas atividades profissionais ou econmicas ou representar uma categoria profissional, coletiva ou individualmente na defesa de seus interesses. De acordo com esta informao, marque a alternativa que apresenta um exemplo dessa espcie de contribuio: a) Salrio-educao. b) Contribuio destinada ao Servio Nacional de Aprendizagem do Comrcio (SENAC) c) Contribuio destinada a assegurar os direitos relativos sade. d) Contribuio sobre a importao de petrleo e seus derivados. e) Todas as afirmaes anteriores esto corretas. Questo 6: So as contribuies sociais que custeiam o financiamento da seguridade social e esto divididas em categorias. Aponte quais so essas categorias. AGORAASUAVEZ 12 Questo 7: A Constituio diferenciou as contribuies dos impostos e taxas, tendo inclusive utilizado o vocbulo contribuio para indicar duas espcies tributrias diversas: as contribuies de melhoria e as contribuies que se subdividem em sociais, interventivas e corporativas. Diferencie-as. Questo 8: Qual o posicionamento de Tom (2002) a respeito do sentido do vocbulo contribui- o neste estudo? Questo 9: Uma das espcies de contribuio constitucionalmente prevista a de interveno no domnio econmico e tem por finalidade servir como instrumento de atuao do Estado nesta rea. Quais os princpios, arrolados na Carta Magna, que traam o perfil da interveno estatal no domnio econ- mico? Questo 10: Tendo em vista o estudo at o presente tema, o conceito de contribuies sociais mais amplo do que aqueles destinados ao custeio da seguridade social, ou seja, existem outras contribuies orientadas para este campo as quais no esto compreendidas no mbito da seguridade social. Cite um exemplo desta contribuio. AGORAASUAVEZ 13 Neste tema, voc aprendeu como o funcionamento dos tipos jurdicos das contribuies e como esto divididas essas contribuies para efeitos jurdicos. Aprendeu quais so as formas de contribuies: de interveno no domnio econmico, de interesse das categorias profissionais ou econmicas e as sociais. As correntes doutrinrias excluem as contribuies como espcie tributria autnoma e os critrios adotados para isso so: a vinculao a uma atividade estatal, a destinao legal do produto arrecadado e a previso legal de restituio do produto arrecadado. Voc compreendeu que as contribuies sociais so aquelas destinadas seguridade social; que as contribuies corporativas so aquelas em que os tributos institudos so para o custeio de entidades profissionais; e que as contribuies interventivas so aquelas em que os tributos institudos sobre atividades econmicas servem como instrumento para a atuao do Estado. Por fim, voc aprendeu que as contribuies sociais que custeiam o financiamento da seguridade social esto divididas em duas categorias: as genricas e as destinadas ao financiamento da seguridade social. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO REFERNCIAS TOM, Fabiana Del Padre. Contribuies para a Seguridade Social: Luz da Constituio Federal. Curitiba: Juru, 2002. 14 GLOSSRIO GABARITO Assistido: aquele que beneficirio de algum programa, acompanhado por, ajudado. Categorias: classe em que se dividem ideias ou termos. Contradio: incompatibilidade entre alegaes; princpio de que uma coisa no pode ao mesmo tempo ser e no ser. Contribuies: ato ou efeito de contribuir; parte que toca a cada um em determinada despesa comum. Questo 1 Resposta: Nesta perspectiva, observa-se que a diferena entre um e outro est justamente no fato de que enquanto os tributos atendem a necessidades difusas, apenas excepcionalmente cobrindo carncias especficas, as contribuies sociais no beneficiam toda a populao, apenas aqueles assistidos pela Previdncia Social. Questo 2 Resposta: D Questo 3 Resposta: E 15 Questo 4 Resposta: II III I. Questo 5 Resposta: B Questo 6 Resposta: Essas contribuies esto divididas em duas categorias: as genricas e as destinadas ao financiamento da seguridade social. Questo 7 Resposta: A contribuio de melhoria consiste em exao, que apresenta em sua hiptese de incidncia a valorizao imobiliria decorrente de obra pblica, podendo ser instituda por qualquer das pessoas polticas de direito constitucional interno. J as outras referidas, a despeito de possurem nomenclatura semelhante, no se confundem com as de melhoria. No se identificam, tambm, com os impostos ou com as taxas. Ao contrrio, apresentam caractersticas prprias que lhe conferem autonomia como espcie tributria. Questo 8 Resposta: O sentido do vocbulo contribuio, no referido estudo, faz aluso quela espcie tributria que tem em sua hiptese de incidncia a descrio de uma ocorrncia no vinculada a qualquer atividade estatal, mas que, diferentemente dos impostos em sentido estrito, exigem destinao legal especfica para o produto da sua arrecadao, e, diversamente dos emprstimos compulsrios, no so restituveis. Questo 9 Resposta: Os princpios arrolados na Carta Magna so os seguintes: soberania nacional, propriedade privada, funo social da propriedade, livre concorrncia, defesa do consumidor, defesa do meio ambiente, reduo das desigualdades regionais e sociais, busca do pleno emprego e tratamento favorecido para empresas de pequeno porte constitudas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administrao no Pas. Questo 10 Resposta: o caso, por exemplo, do salrio-educao, destinado ao financiamento do ensino fundamental. GABARITO

Poltica de Seguridade Social (Previdncia, Sade e Assistncia) Autor: Paulo Sergio Matoso, Joo Aloncio Pereira Machado Tema 05 Seguridade Social: Uma Contribuio com Garantias Legais sees Tema 05 Seguridade Social: uma Contribuio com Garantias Legais Como citar este material: MATOSO, Paulo Sergio, MACHADO Joo Aloncio Pereira. Poltica de Seguridade Social (Previdncia, Sade e Assistncia): Seguridade Social: uma Contribuio com Garantias Legais. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Sees Sees Tema 05 Seguridade Social: uma Contribuio com Garantias Legais 5 CONTEDOSEHABILIDADES Contedo Nessa aula voc estudar: Que as fontes de financiamento das contribuies sociais destinadas seguridade, a partir da EC 20/1998, tornaram-se mais amplas. Que muitos conceitos foram alterados, possibilitando a ampliao das fontes de financiamento, principalmente aqueles relacionados a: empregador, trabalhador, receita, lucro ou faturamento. Que para a captao de recursos da seguridade as empresas e os trabalhadores podero ser fonte de renda. Introduo ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contribuies para a Seguridade Social Luz da Constituio Federal, da autora Fabiana Del Padre Tom, editora Juru, 2002, Livro-Texto N. Roteiro de Estudo: Paulo Sergio Matoso Joo Aloncio Pereira Machado Poltica de Seguridade Social 6 CONTEDOSEHABILIDADES Seguridade Social: uma Contribuio com Garantias Legais No tema anterior, voc compreendeu que as contribuies so espcies tributrias autnomas e que as classificaes esto de acordo com os critrios: sociais, interventivos e corporativos. Neste estudo e antes de qualquer coisa, caro(a) aluno(a), para que possa existir no plano fiscal e tributrio, todo imposto deve estabelecer a fonte da qual os recursos sero oriundos. O Estado no pode ser negligente a ponto de criar um tributo sem criar a fonte de tal recurso. Isso inaceitvel. Mas de onde so oriundos os recursos? Podem ser de diversas incidncias, entre as quais: rendas de um cidado, de transaes comerciais e bancrias, de atividades econmicas, sobre produtos e servios, entre outros. Neste estudo, o foco est nas fontes para as contribuies sociais. Segundo Tom (2002, p. 105), a Constituio Federal de 1988 estabeleceu duas formas de financiamento da seguridade social: financiamento indireto e custeio direto, ou seja, o financiamento direto Habilidades Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Qual o funcionamento das fontes para o financiamento da seguridade? O que so as fontes de custeio a cargo do empregador, empresa ou entidade a ela equiparada? O que so as fontes de custeio a cargo dos trabalhadores e demais segurados da previdncia social? LEITURAOBRIGATRIA 7 LEITURAOBRIGATRIA aquele oriundo dos oramentos pblicos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e o custeio direto so os produtos da arrecadao de contribuies para esse fim destinadas. Interessa aqui focar as fontes de financiamento, pois, para a autora, estaremos analisando o arqutipo genrico da regra-matriz de incidncia das contribuies para a seguridade social, pois o Estado nesta relao tem de analisar as determinaes constitucionais concernentes institucionalidade do tributo. Como afirmado, as fontes so amplas e diversas, inclusive na seguridade social. Essas fontes podem ser diretas ou indiretas, ou seja, sendo a seguridade social um trip que engloba as polticas de sade, assistncia social e previdncia social, estas tero como fontes de financiamento impostos e contribuies. O que determina que uma fonte seja indireta so aquelas arrecadaes destinadas por parte do Estado a uma rea da seguridade e que no h um destino especfico. A Carta Magna estabelece que o financiamento da seguridade social deva ser feito por toda a sociedade, especificando regras para sua fonte e incidncia. Essas fontes so denominadas diretas, pois so permitidas e estabelecidas pela Constituio Federal, ou seja, aquelas oriundas de outros tributos que no sejam contribuies so as indiretas; e as diretas so advindas das contribuies sociais. O propsito deste assunto so as contribuies destinadas seguridade social e, portanto, aplica-se a conceituao apresentada; para as demais, devero ser aplicados outros critrios, o que no faz parte deste estudo. Nas fontes diretas, a base de custeio fsica e jurdica. Os trabalhadores e os segurados da previdncia fazem parte do grupo de pessoas fsicas. Os empregadores, as empresas e entidades semelhantes fazem parte do grupo de pessoas jurdicas. Para tratar das pessoas jurdicas, fundamental ler o Artigo correlacionado seguridade. O artigo 195, I a III e 8 trata: I do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: [...]; II do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social, no incidindo contribuio sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia social de que trata o art. 201; III sobre a receita de concursos de prognsticos. 8 Em relao s contribuies da seguridade social, foi a partir da nova disposio da EC n. 20/1988 que se ampliou a interpretao dos conceitos para fins de incidncia tributria. Em relao a pessoas jurdicas, a Constituio Federal regulamenta no Artigo que trata da Seguridade Social qual ser o fator incidencial para tal tributo? De acordo com o Art. 195, inciso I, alneas a, b e c: a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro. Antes da Emenda Constitucional n. 20/1988, os rendimentos tributveis eram aqueles pagos aos trabalhadores registrados. A partir da referida constitucional, tanto a folha de salrio como os rendimentos pagos pessoa fsica so bases de fontes de recursos. Em uma empresa, independentemente do registro dos trabalhadores, todos esto sujeitos tributao hoje em dia. importante diferenciar faturamento de receita das empresas ou empregadores. O faturamento o montante arrecadado pela empresa e est representado pela principal atividade econmica. Para Tom (2002, p. 110), o faturamento no contexto constitucional, consiste na expresso financeira indicativa da realizao de operaes (negcios jurdicos). J a receita tem sentido mais amplo, pois so todos os recursos advindos ou no do faturamento, ou seja, a receita advinda de todos os valores que ingressam no caixa, podendo ser constituda, por exemplo, de juros, aluguis, royalties, lucros distribudos por outras empresas. Consiste em todo tipo de entrada de valores, de consequncia ou no da atividade econmica do contribuinte. Para a autora, os conceitos de renda e lucro podem se confundir, provocando um dado interessante, que a semelhana entre a contribuio social sobre o lucro e o imposto de renda de pessoa jurdica. Segundo Tom (2002, p. 110), isso poderia levar ao equivocado entendimento de que a contribuio sobre o lucro se equipararia ao imposto de renda ou a um adicional deste. Isso no ocorre para os efeitos tributrios, uma vez que para lucro no se fala em adies e descontos, como ocorre na incidncia dos impostos. A autora assevera ainda que uma LEITURAOBRIGATRIA 9 distino consiste no fato de que o imposto de renda (ou adicional seu) no poderia ter o produto da arrecadao previamente vinculado a qualquer rgo, fundo ou despesa, nos termos do art. 167, IV, da Constituio. Outra fonte de contribuio social so os trabalhadores. Para efeitos tributrios e constitucionais, trabalhador todo aquele que presta servios, seja a empregador, seja pessoa com a qual no mantm vnculo empregatcio. Segundo o Texto Maior, nesta classe de trabalhadores esto includos os segurados da Previdncia Social, porm com algumas excees. J em relao aos trabalhadores rurais, esta incidncia ocorrer de forma diferenciada dos demais trabalhadores, uma vez que sua renda pode ser inconstante. LEITURAOBRIGATRIA LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites Leia o artigo Fontes de Custeio da Seguridade Social, de Izanete Aparecida Teixeira Valer. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. Este artigo aprofunda o tema das fontes de custeio da Seguridade Social e os princpios aplicados, entre outros, o da obrigao relacional tributria. Conhea o artigo relevante sobre a Seguridade Social na Constituio Federal. Disponvel em:. Acesso em: 02 jan. 2014. Leia e conhea os artigos correlacionados seguridade, principalmente o artigo 195. 10 LINKSIMPORTANTES Leia tambm o artigo Custeio da Seguridade Social e as Contribuies Previdencirias, de Maringela Guerreiro Milhoranza. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. Leia este artigo e aprofunde seus conhecimentos acerca do custeio da seguridade social e as contribuies previdencirias. Vdeos Assista ao vdeo: Direito Previdencirio - Custeio da Seguridade Social. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. No Programa, o Professor Gabriel Brum expe conceitos bsicos na estruturao do financiamento da seguridade social na Constituio Federal de 1988. Instrues: Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. AGORAASUAVEZ Questo 1: Argumente, com suas prprias palavras, sobre a fonte de custeio direto da seguridade social prevista na Constituio. Questo 2: Avalie as formulaes seguintes e, ao final, assinale a opo que corresponde resposta correta. 11 I Um exemplo de fonte pessoal aquela empresa devidamente constituda com atividade exercida mediante trabalhadores devidamente vinculados. II - De acordo com a Constituio da Rep- blica Federativa do Brasil, correto afirmar que as fontes para a seguridade social s podem advir por meio de impostos e taxas sociais. III A movimentao financeira bancria uma das fontes para o financiamento da seguridade social que no so estabelecidas diretamente pela Constituio Federal. IV Todas esto corretas. a) Apenas a formulao I correta. b) As formulaes I e II so corretas. c) As formulaes I e III so corretas. d) Apenas a formulao IV correta. e) As formulaes II e III so corretas. Questo 3: Nas alternativas a seguir, marque (V) Verdadeira ou (F) Falsa: a) ( ) O financiamento direto aquele oriundo dos produtos da arrecadao de contribuies para esse fim destinadas. b) ( ) A Unio pode instituir, mediante lei complementar, outras fontes destinadas obteno de receita para a manuteno da seguridade social. c) ( ) Um exemplo de fonte pessoal aquele microempreendedor sob regime individual, optante pelo SIMPLES. d) ( ) O financiamento do SUS feito com recursos dos oramentos da Seguridade Social e da Unio. e) ( ) Todas as anteriores so verdadeiras. Questo 4: Relacione a coluna 1 de acordo com a coluna 2: I - Faturamento II - Trabalhador III - Receita IV - Lucro ( ) Valor positivo diminudo de prejuzos anteriores. ( ) o montante arrecadado pela empresa e est representado pela principal atividade econmica. ( ) Tem sentido mais amplo, so todos os recursos, advindos ou no do faturamento. ( ) Todo aquele que presta servios, seja a empregador, seja pessoa com a qual no mantm vnculo empregatcio. AGORAASUAVEZ 12 Questo 5: De acordo com o 8 do art. 195 da Constituio Federal, uma categoria especial de trabalhadores recebeu tratamento diferenciado no que diz respeito ao financiamento da seguridade social. Marque a alternativa correta: a) Os trabalhadores registrados. b) O produtor, o parceiro, o meeiro, o arrendatrio rural e o pescador artesanal. c) Os empregados permanentes. d) O empregador rural. e) O empregador. Questo 6: Como feito o financiamento do Sistema nico de Sade? Questo 7: As fontes para a seguridade social podem receber a classificao de pessoas e econmicas. Cite dois exemplos de cada uma delas. Questo 8: De acordo com a Constituio da Repblica Federativa do Brasil, qual a incidncia sobre a fonte de recursos da seguridade social provenientes do empregador ou empresa? Questo 9: A Constituio Federal de 1988 estabeleceu duas formas de financiamento da seguridade social: financiamento indireto e custeio direto. Diferencie-os. Questo 10: O que diz a Constituio Federal a respeito da ordem social e da obteno de receita para a manuteno da seguridade? AGORAASUAVEZ 13 Neste tema, voc aprendeu que, para ser institudo, todo tributo deve estabelecer a fonte de onde os recursos sero advindos. Compreendeu tambm que a Constituio determina sobre as pessoas fsicas ou jurdicas que incidiro as alquotas tributrias para custeio da seguridade e que a Emenda Constitucional n. 20/1988 permitiu que o Estado ampliasse sua base de fontes de recursos. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO TOM, Fabiana Del Padre. Contribuies para a Seguridade Social: Luz da Constituio Federal. Curitiba: Juru, 2002. REFERNCIAS 14 Arqutipo: modelo pelo qual se faz uma obra material ou intelectual. Custeio: ao de custear. Negligente: diz-se do ato de negligncia. Algo ou algum que demonstra falta de vigor ou que se comporta com lerdeza. Oramento: clculo da receita e da despesa. Tributo: imposto que se deve ao Estado, ao poder pblico; imposto pago pelos cidados ao Estado. Questo 1 Resposta: A Constituio Federal estabeleceu duas formas de financiamento da seguridade social: mediante os recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; e com o produto da arrecadao de contribuies para esse fim destinadas. Questo 2 Resposta: C. GLOSSRIO GABARITO 15 Questo 3 Resposta: a. F; b. V; c. V; d. F; e. F. Questo 4 Resposta: IV - I III II Questo 5 Resposta: B Questo 6 Resposta: Primeiramente, os recursos destinados ao financiamento do Sistema nico de Sade devem advir do oramento da seguridade social, pois a sade pertence aos objetivos da seguridade. Porm, a prpria Constituio estabelece que tais recursos podem ser provenientes de outros oramentos, como da Unio, dos Estados, dos Municpios. Questo 7 Resposta: Fonte Pessoal: 1) trabalhador rural com produo sob regime familiar; e 2) fundao de direito privado. Fonte Econmica: 1) lucros advindos de uma empresa de sociedade limitada; e 2) faturamento das associaes constitudas sob regime de direito privado. Questo 8 Resposta: A fonte de recursos da seguridade social provenientes do empregador ou empresa ter como incidncia a folha de salrio, o lucro e seu faturamento ou renda. Questo 9 Resposta: O financiamento direto aquele oriundo dos oramentos pblicos (da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios) e o custeio direto consiste no produto da arrecadao de contribuies para esse fim destinadas. Questo 10 Resposta: Que a Unio pode instituir, mediante lei complementar, outras fontes destinadas obteno de receita para a manuteno da seguridade social, alm das previstas na Constituio Federal. GABARITO

Poltica de Seguridade Social (Previdncia, Sade e Assistncia) Autor: Paulo Sergio Matoso, Joo Aloncio Pereira Machado Tema 06 As Novas Fontes de Financiamento sees Tema 06 As Novas Fontes de Financiamento Como citar este material: MATOSO, Paulo Sergio, MACHADO Joo Aloncio Pereira. Poltica de Seguridade Social (Previdncia, Sade e Assistncia): As Novas Fontes de Financiamento. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. Sees Sees Tema 06 As Novas Fontes de Financiamento 5 CONTEDOSEHABILIDADES Contedo Nessa aula voc estudar: As novas fontes de financiamento da Seguridade Social. A interpretao do art. 154, I da Constituio Federal. Quais so os requisitos para a instituio de novas fontes de custeio da Seguridade Social. Introduo ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contribuies para a Seguridade Social Luz da Constituio Federal, da autora Fabiana Del Padre Tom, editora Juru, 2002, Livro-Texto N. Roteiro de Estudo: Paulo Sergio Matoso Joo Aloncio Pereira Machado Poltica de Seguridade Social 6 CONTEDOSEHABILIDADES As Novas Fontes de Financiamento Caro(a) aluno(a), ao estudar a disciplina de Poltica de Seguridade Social, voc est concomitantemente fazendo uma leitura conceitual dos vocbulos, principalmente quanto aos aspectos conceituais que se referem s normas jurdicas e ao Direito Positivo; assim, est alargando as possibilidades da viso totalitria que o Servio Social busca ao analisar um objeto de estudo, ampliando assim as possibilidades de um posicionamento adequado e de uma interveno eficiente e eficaz. Voc estudou as fontes de financiamento da Seguridade Social, apreendeu a Seguridade Social tratada da Ordem Social, no Ttulo VIII, Captulo VII, art. 194 da Constituio Federal, e navegando nesta anlise do Direito Positivo perceber que seu financiamento est garantido no Captulo 195, sendo que este afiana a participao no custeio por toda a sociedade, por meio da incidncia do lucro, dos rendimentos, da folha de pagamentos. Ao ler a obra de Tom (2002), voc perceber que ela estimula uma anlise da possibilidade de ter ou no novas fontes de financiamento da Seguridade Social, uma vez que j est prevista, conforme art. 194 da Constituio Federal de 1988, que A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes Habilidades Ao final, voc dever ser capaz de responder as seguintes questes: Quais so os procedimentos para a criao de novas fontes de custeio da Seguridade Social? Onde esto previstas as novas fontes de custeio? O que quer dizer no cumulatividade na interpretao da Constituio Federal? LEITURAOBRIGATRIA 7 LEITURAOBRIGATRIA contribuies sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social; III - sobre a receita de concursos de prognsticos e IV - do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Este o objeto que a autora coloca para reflexo: se uma vez expresso o financiamento da Seguridade Social, pode haver outras fontes de financiamento, partindo da legislao tributria contribuies residuais? A incgnita parte da interpretao do art. 154, I, da Constituio Federal, pois este texto est institudo onde se trata do Sistema Tributrio Nacional, dos Impostos da Unio, onde se anuncia que a Unio poder instituir mediante leis complementares impostos no previstos na seo, desde que estes no sejam cumulativos, no tenham o mesmo fato gerador, bem como base de clculos prprios. Diante dessas redaes preconizadas em leis, h possibilidade de dilatar o financiamento da Seguridade Social? A autora entende que, em se tratando de impostos, no h o que se questionar, pois estes tm um fim especfico, descrevem critrios identificadores de circunstncias alheias a qualquer atividade estatal, no se mostram caracterizados impostos, haja vista a existncia de especfica destinao legal do produto arrecada, qual seja: a manuteno ou expanso da Seguridade Social (TOM, 2011, p. 116), ressaltando ainda que o art. 154 no se refere a impostos residuais com finalidade especfica ao custeio da Seguridade Social. Para no deixar escapar um fator importante, vale retomar o que Tom (2002) classifica como no cumulativo no contexto tributrio. A autora salienta que a expresso lingustica da palavra no pode dar margem a uma dbia interpretao, em um nico texto, expressado diversas vezes, ou seja, o mesmo sentido que empregado palavra deve balizar um todo do texto. A autora ressalta que a no-cumulatividade que estamos nos referindo consiste em um princpio constitucional (limite-objeto) erigido com a finalidade de evitar superposio de cargas tributrias, impedindo a incidncia de um mesmo tributo mais de uma vez sobre o mesmo valor que j serviu de base sua cobrana em fase anterior do processo econmico (TOM, 2011, p. 118). O que foi explorado aqui que a no cumulatividade do financiamento Seguridade Social no se refere impossibilidade de outra fonte de financiamento, mas sim que esta nova 8 fonte seja legalmente constituda, conforme as exigncias legais, seja por meio de leis complementares e/ou dos demais aparatos legais. Conforme Tom (2011, p. 117), Para fins almejados neste trabalho, examinaremos os instrumentos primrios, deixando de faz-lo em relao aos secundrios, posto que apenas os primeiros apresentam a fora vinculante capaz de alterar as estruturas do mundo jurdico-positivo. So eles: lei complementar, lei ordinria, lei delegada, medida provisria, decreto-legislativo e resoluo. A no cumulatividade nessa nova fonte de custeio no pode invadir custeios j cobrados, ou seja, incidir cobranas daquilo que j foi abrandado para o mesmo fim; logo, novas fontes de financiamento so permitidas quando no invadem as fontes legalmente preconizadas nem incidem dbia base de cobrana do mesmo objeto. [...] a no-cumulatividade, est aludido a no-incidncia de um mesmo tributo mais de uma vez sobre o mesmo valor que j serviu de base sua cobrana em fase anterior do processo econmico [...] s permite a criao de contribuies residuais para a seguridade social cujas hipteses de incidncia e base de clculo sejam diversas daquelas j expressamente previstas em seu texto (TOM, 2011, p. 120). Evidenciou-se, ento, conforme entendimento da autora, que h a possibilidade de novas fontes de custeio da Seguridade Social. Um ponto importante que voc deve se ater a importncia, ao analisar uma legislao, da compreenso dos conceitos nela contidos, pois voc percebeu o quanto uma interpretao pode modificar o objeto que se estuda, neste caso, a legislao tributria e a legislao de seguridade social, implicando, neste caso, a possibilidade de ampliao do financiamento da Seguridade Social, bem como na restrio disto, a partir da interpretao posta. Faa essa leitura posta ao Servio Social do quanto se pode garantir direitos e/ou neg-los a partir da interpretao feita, e nessa relao com o Estado, principalmente, uma vez que este deve ser responsvel pela regulao da sociedade. LEITURAOBRIGATRIA 9 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Ento: Sites Leia o artigo: Direito Natural X Direito Positivo, de Francisco Hudson Pereira Rodrigues, Esp. em Administrao Judiciria pela Universidade Estadual Vale do Araca/CE, Brasil. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. Leia o livro: Curso de Direito Tributrio, de Paulo de Barros Carvalho, Professor Titular de Direito Tributrio da PUC/SP e da USP, Editora Saraiva, 17 edio, 2005. Disponvel em:. Acesso em: 02 jan. 2014. Vdeos Assista ao vdeo: Limitaes ao poder de tributar. Disponvel em: . Acesso em: 02 jan. 2014. 10 Instrues: Chegou a hora de voc exercitar seu aprendizado por meio das resolues das questes deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliaro voc no preparo para a avaliao desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que est sendo pedido e para o modo de resoluo de cada questo. Lembre-se: voc pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questo 1: Os objetos podem se contrapor, dependendo da forma como so analisados. Escolha uma palavra contida no texto e faa uma busca em um dicionrio ou na Internet e veja quantas variaes ou homnimos e significados ela apresenta. Questo 2: Por qual motivo as contribuies residuais esto sujeitas ao mesmo regime jurdico dos impostos residuais? Questo 3: O Diploma Maior estabelece a ____________ de serem institudas outras _____________ que tenham por finalidade garantir a ___________ ou _______________ da seguridade social. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas: a) Possibilidade, fontes, manuteno, expanso. b) Improbabilidade, fontes, manuteno, retratao. c) Possibilidade, fontes, manuteno, retratao. AGORAASUAVEZ 11 d) Improbabilidade, fontes, manuteno, expanso. e) Impossibilidade, fontes, manuteno, retratao. Questo 4: Com base na Leitura Obrigatria, aponte trs itens que devem ser observados no processo de instituio de novas fontes de custeio. Questo 5: Complete as lacunas e assinale a alternativa correta: Apenas por meio de _____________ introdutores que novas regras passam a integrar o universo ____________, regulando as condutas ___________________ ou simplesmente realizando os comandos ___________ em lei. a) Veculos, jurdico, intersubjetivas, registrados. b) Leis, contributivo, objetivas, autorizados. c) Leis, contributivo, intersubjetivas, autorizados. d) Veculos, jurdico, intersubjetivas, autorizados. e) Veculos, jurdico, objetivas, registrados. Questo 6: Marque a alternativa correta, aps a anlise das assertivas a seguir: 1 - Alguns autores, no entanto, entendem que a no cumulatividade prevista no art. 154, I, da Constituio difere da no cumulatividade a que se referem o IPI e o ICMS, significando a impossibilidade de serem contribuies residuais cumuladas com outros impostos. 2 J alcanada pela parte final da restri- o, vale dizer, pela determinao segundo a qual tais contribuies no podem ter fato gerador, nem base de clculo, prpria de qualquer dos impostos elencados pela Constituio Federal. a) A primeira assertiva correta e a segunda falsa. b) A primeira falsa e a segunda est correta. c) A primeira assertiva est correta e a segunda justifica a primeira. d) As duas assertivas so falsas. e) As assertivas apenas se contrapem. Questo 7: previsto e assegura em lei o financiamento da Seguridade Social. Diante desta assertiva, comente como ocorre o financiamento direto da Seguridade Social. AGORAASUAVEZ 12 Questo 8: A no cumulatividade nesta nova fonte de custeio no pode invadir custeios j cobrados. Incidir cobranas daquilo que j foi abrandado para o mesmo fim, assim, as novas fontes de financiamento so permitidas quando no invadam as fontes legalmente preconizadas nem incidam dbia base de cobrana do mesmo objeto. Analise as assertivas e marque a alternativa correta: a) A primeira assertiva est errada e a segunda est correta. b) A primeira assertiva est correta e a segunda est errada. c) A primeira assertiva est correta e a segunda no justifica a primeira. d) A primeira assertiva est correta e a segunda justifica a primeira. e) As duas assertivas esto erradas. Questo 9: Foram abordadas as fontes de custeio da Seguridade Social, as diretas e indiretas. Identifique qual artigo na Constituio Federal de 1988 justifica o custeio direto e o indireto. Questo 10: Marque a alternativa correta quanto s polticas financiadas com os recursos destinados Seguridade Social: I Sade II Assistncia Social III Educao IV Meio Ambiente V Previdncia Social a) I, II e III. b) II, IV e V. c) I, II e V. d) II, III e V. e) I, II, III, IV e V. AGORAASUAVEZ 13 Prezado(a) aluno(a), foi possvel aprender que alm das contribuies diretas previstas nos artigos que tratam do financiamento da Seguridade Social possvel instituir novas fontes de custeio. Foi possvel tambm entender que as novas fontes de custeio no podem incidir quelas j previstas e que, ao prever novas formas de custeios, estas devero ser institudas legalmente. Foi possvel perceber que a compreenso da legislao pode dar margem ampliao das polticas de Seguridade Social. Caro aluno, agora que o contedo dessa aula foi concludo, no se esquea de acessar sua ATPS e verificar a etapa que dever ser realizada. Bons estudos! TOM, Fabiana Del Padre. Contribuies para a Seguridade Social: luz da Constituio Federal. Curitiba: Juru, 2002. REFERNCIAS FINALIZANDO 14 Aludido: sujeito de que se refere, fazer aluso, referir-se. Notrio: aquilo que se destaca, que sabido por todos. Residual: Material que sobra aps uma ao ou processo produtivo. Vocbulo: palavra que faz parte de uma lngua. Questo 1 Resposta: Questo aberta. Questo 2 Resposta: Pelo fato de terem a mesma observncia dos requisitos prescritos no art. 154, I, da Constituio Federal. Questo 3 Resposta: A Questo 4 Resposta: Devem observar: a instituio mediante lei complementar; no cumulatividade; e hiptese de incidncia e base de clculo diversos dos discriminados na CF. GABARITO GLOSSRIO 15 Questo 5 Resposta: D Questo 6 Resposta: E Justificativa: as duas se contrapem, pois a primeira ressalta ideias dos autores que acreditam que as contribuies residuais so cumuladas com outros impostos; e a segunda ressalta o contrrio. Questo 7 Resposta: Mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das s