caderno bairros - 20/04/2011 - jornal semanÁrio

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Quarta-feira, 20 de abril de 2011 páginas 4 e 5 A VOZ DOS BAIRROS Trevo no Santa Rita precisa de melhorias Bairros No embalo da emoção Jovens, crianças, adultos. Não importa a idade, a música se faz presente no dia a dia de todas as pessoas. Em diversos ritmos e estilos, ela transmite emoções sentidas por todos. página 3 Guloseimas Trufas de diversos sabores são feitas no bairro Ouro Verde página 3 FOTOS BETTINA SCHÜNKE Floresta A trajetória de um clube que marcou gerações página 8 ARQUIVO Sociais Festas agitam as comunidades de Bento página 6

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Caderno Bairros - Jornal Semanário - Edição 2713 - 20/04/2011 - Bento Gonçalves

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Page 1: Caderno Bairros - 20/04/2011 - JORNAL SEMANÁRIO

Quarta-feira, 20 de abril de 2011

páginas 4 e 5

A VOZ DOS BAIRROSTrevo no Santa Rita

precisa de melhoriasBairros

No embalo da emoçãoJovens, crianças, adultos. Não importa a idade, a música se faz presente no dia a dia de todas as pessoas. Em diversos ritmos e estilos, ela transmite emoções sentidas por todos.

página 3

GuloseimasTrufas de diversos sabores são feitas no bairro Ouro Verde

página 3

FOTOS BETTINA SCHÜNKE

FlorestaA trajetória de um clube que marcou gerações

página 8

ARQUIVO

SociaisFestas agitam as comunidades de Bento

página 6

Page 2: Caderno Bairros - 20/04/2011 - JORNAL SEMANÁRIO

Editorial

Edição: Bettina Schünke [email protected]ção: Noemir LeitãoRevisão: Juliana [email protected]ção: Maiara [email protected] Gráfico: Maiara Alvarez

Leia também o blog Bairros, no site

www.jornalsemanario.com.br

2 Quarta-feira, 20 de abril de 2011 Bairros

Câncer de colo uterino ou câncer cervicalARTIGO

“Neste mundo onde tantas pessoas já perderam a fé, pra mim a Páscoa é a renovação da fé”Irdes Rinaldi, 61 anosAparecida

Enquete: O que a Páscoa representa para você?

“O sentindo verdadeiro da Páscoa, assim como Natal, acaba sendo deixado de lado. Hoje só significa ganhar e distribuir chocolate” Ana Scalcon, 29 anosSão Roque

“A Páscoa é paz e amor entre as pessoas. É um evento religioso que representa a ressurreição de Cristo” Jorge Garcia, 60 anosVila Nova

Caderno

Este caderno faz parte da edição 2705, de quarta-feira, 20 de abril de 2011, do Jornal Semanário

BairrosDireção: Henrique Alfredo [email protected] A. Antonini, 451Bairro Fenavinho Bento Gonçalves, RSFone: 54 3455-4500

FOTOS BETTINA SCHÜNKE

O câncer de colo uterino é um grave problema de saúde no Brasil. Ocorre com mais freqüência em mulheres entre 30 e 45 anos de idade.

A detecção precoce da doença se dá por meio do exame citopatológico de colo de útero ( o papanicolau) disponível em toda rede pública do município de Bento Gonçalves.

A enfermagem tem papel fundamental na prevenção do câncer de colo uterino, desenvolvendo ações de planejamento, educação e prevenção, contribuindo para o diagnóstico precoce da doença.

O câncer de colo uterino raramente produz sintomas. Uns dos sinais de alerta é o sangramento irregular e sangramento após as relações sexuais.

O diagnóstico do câncer cervical é feito mediante análise e biopsia do material colhido através do exame papanicolau.O resultado vai identificar, ou não, a displasia grave.

O Papilomavírus Humano (HPV) tem um papel importante no desenvolvimento do câncer do colo uterino e o uso de preservativo é a principal forma de prevenção deste vírus sexualmente transmissível. Vários são os fatores de riscos, dentre eles: multiplicidade de

A música está presente na vida dos seres humanos há muito tempo. A pré-história já registra as primeiras ideias do desenvolvimento da música nos grupos humanos. A arte rupestre encontrada em cavernas dá uma vaga ideia desse desenvolvimento ao apresentar figuras que parecem cantar, dançar ou tocar instrumentos. Fragmentos do que parecem ser instrumentos musicais oferecem novas pistas para completar esse cenário.

No entanto, toda a cronologia do desenvolvimento musical não pode ser definida com precisão. É impossível, por exemplo, precisar se a música vocal surgiu antes ou depois das batidas com bastões ou percussões corporais.

O certo é que a música só traz benefícios para os seres humanos. Estudos comprovam que cantar reduz bastante a tensão e beneficia o corpo e a alma, além de fortalecer e melhorar a coordenação motora e o raciocínio das crianças. Pessoas de mais idade também têm melhorias significativas na saúde.

Em Bento Gonçalves a música está presente em todos os cantos da cidade. Crianças, jovens e adultos estão envolvidos de alguma maneira com esse movimento artístico. Tocando, aprendendo ou ensinando, a arte da música se propaga pela capital da uva e do vinho. Não tem quem não sinta e não se embale quando escuta um som proveniente de caixas autofalantes. O ritmo e a melodia são contagiantes!

Cada música é uma obra. Os autores e compositores de música são artesãos: cada acorde, cada nota e detalhes são cuidadosamente colocados em conjunto para criar belas sonoridades, transmitindo diversas sensações e emoções. Não importa se você gosta de rock, samba, pagode ou sertanejo. Deixe-se levar por esse som encantado.

parceiros sexuais, infecções cervicais crônicas, infecção por HIV, exposição ao HPV, uso de contraceptivos orais, deficiências nutricionais, história familiar e hereditariedade.

É fundamental que os serviços de saúde orientem o que é e qual a importância do exame preventivo, pois a sua realização periódica permite reduzir a mortalidade por câncer do colo do útero na população de risco.

- Para a realização da coleta do material a ser examinado, a mulher deve:

- Não estar menstruada no dia da realização do exame;

- Não manter relações sexuais pelo menos nas 48 horas que antecedem o dia do exame;

- Não fazer uso de duchas e cremes vaginais pelo menos 48 horas antes do exame;

- Não realizar qualquer manipulação sobre o colo uterino antes do exame.

Na Unidade de Saúde Vila Nova, a coleta do citopatológico é realizada nas terças e quintas-feiras de manhã e à tarde, sendo fundamental a apresentação do Cartão do SUS e Carteira de Identidade e/ou CPF.

Cristiane Wottrich

Enfermeira coordenadora

Unidade de Estratégia Saúde da Família Vila Nova

Page 3: Caderno Bairros - 20/04/2011 - JORNAL SEMANÁRIO

3Quarta-feira, 20 de abril de 2011BairrosA VOZ DOS BAIRROS

Noemir Leitã[email protected]

[email protected]

Bettina Schünke

Para lembrar às pessoas e principalmente aos pais, que a Escola Estadual de Ensino Fundamental Irmão Egídio Fa-bris localiza-se na rua Senador Salgado Filho 698, no bairro São Bento, e não no bairro Planalto. A escola vem desen-volvendo muitas atividades relacionadas ao comportamento disciplinar de seus alunos e ainda desempenha uma tarefa im-portante, de buscar sempre a valorização humana e resgatar talentos. Isso mostra o grande exemplo para a educação das crianças e adolescentes.

Os moradores da rua Constante Zatt, no bairro Apareci-da, reivindicam a limpeza de alguns bueiros e bocas de lobo neste local. Eles querem uma melhor atenção a esta comu-nidade, pois o forte cheiro principalmente em dias de chuva causa transtorno, além da água que constantemente alaga a rua. Eles também querem que a rua seja pavimentada num trecho que ainda falta calçamento. Vários pedidos foram fei-tos à Secretaria Municipal de Obras e Viação.

Na rua Sete de Setembro, no bairro Fenavinho, já estão sendo realizadas as obras da nova tubulação de esgotos. Uma reclamação antiga dos moradores era com relação a este pro-blema que causava transtornos. Agora, com novos tubos e com uma boa estruturação, a rua não terá mais aquele cheiro insuportável. Além disso, já vem sendo estudada uma nova estruturação nesta rua, onde o fluxo de veículos é intenso diariamente.

No bairro Caminhos da Eulália, uma reivindicação antiga começa a ser colocada em prática. As ruas principais des-ta comunidade estão sendo pavimentadas e com uma nova dinâmica de calçamento. Com certeza, o local que já tinha sinalização adequada de todas as ruas, ou seja, com placas indicativas e seus respectivos nomes, agora terá um problema solucionado, a pavimentação. Pedido atendido, neste aspecto os moradores agradecem, já que o bairro não foi esquecido.

Quando falamos no problema dos esgotos dos bairros, a preocupação se estende para muitos locais que necessitam de uma visita urgente. Podemos citar como exemplo o bairro Tancredo Neves, que possui muitas famílias que vivenciam esta situação. Em diversas ruas desta comunidade os esgotos estão a céu aberto e sem tratamento. No bairro Zatt tam-bém há problemas, justamente perto de escolas, sem falar no bairro Municipal, onde há muito tempo há transtornos, principalmente na parte onde está a rua Lajeadense que vai fazer ligação com o bairro Glória.

Páscoa com gosto de trufa no Ouro Verde

Chocolate artesanal

Moradora transforma a cozinha de casa em uma fábrica de chocolate

Chocolate é sempre uma ótima sugestão de presen-

te. A poucos dias da Páscoa, o corre-corre nos supermercados para comprar ovos de chocolate e guloseimas para presentear os amigos e familiares é preocu-pação de muitos moradores de Bento Gonçalves.

A moradora do bairro Ouro Verde, Sandra Aparecida Macha-do, encontrou uma maneira bem caseira e sem correria de presen-tear seus filhos e familiares nesta época: trufas de chocolate.

A doceira de 37 anos conta que começou a fazer doces há cerca de dois anos, para ajudar nas despesas domésticas. “Eu sempre gostei de trabalhar na cozinha. Tinha uma amiga que fazia trufas, ela me passou a re-ceita e comecei a fazer”, disse Sandra.

Fazendo quinze sabores dife-rentes de trufas, como moran-go, cereja, abacaxi, brigadeiro, bombom e coco, a cozinheira conta que, nos meses mais frios do ano, ela chega a fazer em mé-dia 500 doces por mês.

Fazendo as trufas em sua co-zinha, a mãe de dois filhos conta que, na época da Páscoa, prepa-ra em casa os ovos de chocolate

que serão entregues aos filhos no domingo. “É uma maneira mais barata e econômica. E cla-ro que não pode faltar os brin-quedinhos dentro dos ovos”, completa Sandra.

Morando em Bento Gonçal-

ves há 15 anos, a paranaense-conta com o auxílio do marido para as encomendas maiores. “Ele ajuda a cortar o chocolate e a lavar a louça”, disse.

A doceira Sandra Aparecida faz trufas há mais de dois anos

BETTINA SCHÜNKE

Page 4: Caderno Bairros - 20/04/2011 - JORNAL SEMANÁRIO

4 Quarta-feira, 20 de abril de 2011 Bairros

Não tem quem não se em-bale com o ritmo de uma

música. Seja rock, sertanejo, gauchesca, gospel ou qual for o seu estilo preferido, o som que sai de caixas de som se propaga pelo ar e leva alegria e emoção para crianças, jovens e adultos.

É o caso de Paloma Trevi-san, moradora do bairro Licor-sul. A garota de 17 anos gosta tanto de música que aos quatro anos de idade ganhou o seu primeiro instrumento musical: uma gaita. “Eu sempre gostei muito de música. No meu ani-versário de quatro anos, pedi uma gaita de presente pro meu pai, e eu ganhei. Era aquela de brinquedo, mas foi a partir dela que despertou a vontade de aprender a tocar esse instru-mento”, lembra Paloma.

Estudante do primeiro se-mestre da faculdade de música na Universidade de Caxias do Sul, a garota começou a fazer aulas do instrumento já com 12 anos de idade e a partir daí não largou mais. Trabalhando na área infantil da biblioteca pública, a garota também dá aula do instrumento em uma escola de música da cidade, além de aulas particulares em sua residência “No começo eu não acreditei que daria para me virar profissionalmente só com a música, mas agora eu vejo que é possível” disse

a jovem. Um dia por semana, Paloma leva seu instrumento para a biblioteca e une seu tra-balho com os livros à música, colocando todos para dançar no ritmo da gaita.

Sem nenhum registro de vín-culo com a música na história da família, a musicista conta que seus pais são seus maiores incentivadores. “Eles adoram, sempre me acompanham”, disse a filha orgulhosa.

Tocando músicas nos estilos sertanejo, gaúcho, MPB e até tango, Paloma é a gaiteira do grupo Os Gaudérios. Novata e a única mulher do conjunto, ela toca todas as quartas-feiras no baile da 3ª idade de um clu-be da cidade. “Eu sinto que as pessoas gostam de me ver tocar, porque é diferente. Ge-ralmente quem toca gaita são homens”.

No ritmo da fé

Os jovens e adolescentes moradores do bairro Zatt encontraram uma maneira especial de demonstrar sua fé usando seus talentos musi-cais. A banda Fonte de Água Viva encanta a todos os fiéis da Associação Evangélica Água Viva.

Com idades que vão dos seis aos 42 anos, os integrantes da banda, Alana Gonçalves, Ronaldo Dutra, Leonardo Viecilli, Ernei Xavier, Cas-siano Ferreira, Kauã Nunes

e Airton Justino estão juntos há pouco mais de um ano e já têm em seu repertório mais de 50 músicas, compostas por eles mesmos.

Cassiano Ferreira, 24 anos, é o vocalista do grupo. Além de tocar violão, é ele quem escreve as melodias que fa-lam do amor a Deus e ao próximo. “A inspiração não falta. Eu olho para as pes-soas, para as coisas do coti-diano e começo a escrever. O objetivo é fazer as pessoas felizes e refletirem através da música”, disse. Ferreira conta que a banda surgiu em 2004 com outras pessoas fazendo parte da formação. “Mais de 50 pessoas já participaram da banda. Só temos a agradecer a eles”, ressalta Ferreira.

Sob os olhos atentos de Welliton Cristófoli, o fã nú-mero um da banda, os ensaios acontecem todos os sábados à tarde. Além dos compromis-sos com a igreja, os músicos já realizaram apresentações em diversas cidades como Gari-baldi e Marau.

Inspirados por bandas como Voz da Verdade e Opus Dei, o grupo se prepara agora para realizar um sonho antigo: gra-var o primeiro CD. Tocando música gospel em estilos que vão desde o rock até o serta-nejo, a banda está realizando diversas programações na co-munidade para arrecadar fun-dos, como a venda de tapetes e a realização de jantares.

Música que acrescenta

A música também faz par-te da vida de crianças e ado-lescentes que participam dos Centros de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Ceacri) da cidade, ligados à secretaria de Habitação e Assistência Social. No Cea-cri Carrossel da Esperança, localizado no bairro Munici-pal, uma oficina de violão faz parte das atividades desenvol-vidas com as crianças que fre-quentam a instituição.

Cerca de 20 crianças fazem a oficina ministrada pelo profes-sor Carlos Zanella, 29 anos, nas terças e quartas-feiras. Segundo conta a coordenadora da enti-dade, Vânia Guizolfi, o curso de violão existe desde 2008. “Eu gosto muito da música. Não existe trabalho de educa-ção sem a música. A criança não se cansa e aprende muito mais rápido e fácil. Além do que, a música cria um espaço para a convivência com as outras crianças e para ela se conhecer e descobrir”, disse Vânia.

O professor Zanella está com o grupo desde agosto do ano passado. Ele conta que o que ensina às crianças vai muito além de como tocar o instrumento de cordas. “Te-mos um olhar social com essa oficina. Eu passo para eles como e onde sentar, como segurar o instrumento, como se portar além das peças, do funcionamento do violão e

um pouco de teoria musical”, explica.

Com cinco violões – apenas quatro funcionam corretamen-te – as crianças da entidade têm que se revezar em grupos de três para ter a aula. Júlio Borges faz aula desde o ano passado. “Eu gosto de tocar. Comprei um violão para ensaiar em casa. Gosto de tocar e cantar as mú-sicas sertanejas”, disse garoto de 15 anos.

Já no Ceacri AABB Comu-nidade, localizado no Lote-amento Verona, os meninos

A banda Fonte de Água Viva reúne moradores do bairro Zatt, que entoam canções que falam de amor

Paloma Trevisan toca gaita, incentivada pelos pais, desde pequena. No detalhe, ela com quatro anos de idadeSegundo o professor Giovane Pinceta, a música só traz benefícios

Bettina Schünke FOTOS BETTINA SCHÜNKE

Diversidade

Diferentes melodias, ritmos e instrumentos musicais estão presentes na vida dos moradores de Bento Gonçalves

Música para todos os públicos

Page 5: Caderno Bairros - 20/04/2011 - JORNAL SEMANÁRIO

5Quarta-feira, 20 de abril de 2011Bairros

e meninas participam de um coral formado por 38 crian-ças. O grupo existe há mais de cinco anos e as aulas são ministradas pelo regente Cel-so Fortes. Conforme explica Fortes, as aulas acontecem nas quintas e sextas-feiras.

No repertório estão mú-sicas do popular brasileiro, como “É preciso saber viver” de Roberto Carlos, do folclo-re italiano e também músicas sacras como “Ave Maria”. “A música é uma das melhores formas de expressão e eu ten-

to repassar este conceito para as crianças. Elas podem se ex-pressar e colocar todo o senti-mento para fora. Ela também é fundamental para a forma-ção individual e coletiva das crianças”, completa Fortes.

Para a coordenadora da en-tidade, Mari Cavanus Lazzari, a música faz com que os alu-nos tenham e sintam uma paz interior. “Quando elas cantam nós vemos em seus rostos um brilho diferente. É uma alegria que contagia a todos. Além disso, a música contri-bui para a aprendizagem dos alunos. Eles têm que decorar a letra, o ritmo, a sincronia com o grupo”, explica Mari.

Benefícios

A música não tem restri-ções. Para o professor de mú-sica Giovane Pinceta, da esco-la de música Musical Center, a pessoa que estuda música ou qualquer tipo de instrumento só tem a ganhar. “Desenvol-ve a disciplina, a coordenação motora, o raciocínio. E isso não é só com crianças. Para os idosos auxilia na saúde, melhora os relacionamentos familiares”, disse Pinceta.

Não existe uma idade cer-ta, ou melhor, para entrar no mundo da música. “Crianças com idade entre quatro e cin-co anos já podem fazer aulas de musicalização, com a apli-cação de jogos e atividades musicais”, explica. Crianças

pequenas ainda não possuem a formação completa dos músculos, por isso recomen-da-se que sejam introduzidas a educação musical para, pos-teriormente, estudar um ins-trumento específico. “Sempre é tempo de começar a estudar música. É como um hobby. O pessoal mais velho vem para se divertir, diferente dos jo-vens que querem aprender ou se aperfeiçoar para, no futuro, montar uma banda”, disse o professor de violão e guitarra.

Um sonho musical

O sonho de montar uma banda faz parte do imaginá-rio de muitos jovens e adoles-centes. Em Bento Gonçalves não é diferente. Um grupo de cinco amigas, moradoras do bairro Municipal, vem se encontrando com esse propó-sito: o de montar uma banda de rock.

Liliane de Oliveira, Daniela Campos, Carla Castro, Tama-ra da Silva e Tatiane Reichem-bach são estudantes da oitava série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Profes-sor Ulysses Leonel de Gas-peri, e há dois anos elas estão tentando formar uma banda. A banda ainda não está for-mada completamente pela falta de instrumentos. As me-ninas, com idades entre 13 e 14 anos, já possuem violão, guitarra e teclado, mas está faltando uma bateria e um

contrabaixo.A banda RS54 – uma home-

nagem ao estado e à cidade onde moram – se inspira em artistas como Restart e NX Zero. “Nós também escreve-mos algumas letras, inspiradas no nosso cotidiano, como dia das mães. As letras falam so-bre tudo”, disse a guitarrista do grupo, Liliane de Olivei-ra. As alunas participaram no ano passado do concurso de música Jovem Consciente, realizado pela prefeitura, e ti-raram o primeiro lugar com a

Crianças e adolescentes do Ceacri Balão Mágico têm a oportunidade de aprender a tocar violão

Paloma Trevisan toca gaita, incentivada pelos pais, desde pequena. No detalhe, ela com quatro anos de idade As amigas Daniela e Liliane esperam o dia que irão subir ao palco

apresentação da música “Pre-vina-se”. “Nós nos reunimos na casa de uma das meninas para escrever. A gente se sen-te bem fazendo isso. Nosso sonho é a música”, completa Daniela Campos.

As garotas contam com o apoio da família. “Eu acho que elas têm tudo para ser uma banda. Eu apoio. Acho que cada um tem que fazer aquilo que gosta”, disse Noeli Correa, mãe de Liliane.

Diferentes melodias, ritmos e instrumentos musicais estão presentes na vida dos moradores de Bento Gonçalves

Música para todos os públicos

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Page 6: Caderno Bairros - 20/04/2011 - JORNAL SEMANÁRIO

6 Quarta-feira, 20 de abril de 2011 Bairros

SociaisFesta a Santo AntãoNo dia 3 de abril a comunidade do bairro Santo Antão homenageou o seu padroeiro. Cerca de 500 pessoas estiveram reunidas para as festividades. A celebração religiosa teve início às 10h45min com uma missa realizada ao ar livre. Após, foi servido um delicioso almoço no salão da comunidade.

A equipe de cozinheiras da festa em honra à Santo AntãoO casal Edson e Débora Pelicioli e a pequena Amanda, de 2 anos, marcaram presença na festa no bairro Santo Antão

Os churrasqueiros, Volmir Mattiollo, Marcelino Marini, Claudir Fochi e Irineu Cenci

Ariela, Milton e Janete Ramos estiveram no jantar do Vila NovaA animação da noite ficou por conta da banda “Los Amigos”

Jantar no Vila NovaO jantar-baile organizado pelo grupo da terceira idade Prazer de Viver, do bairro Vila Nova, foi um sucesso. Cerca de 300 pessoas lotaram o CTG Presilha da Serra no sábado, 9 de abril.

FOTOS MARCILEI ROSSI

BETTINA SCHÜNKE BETTINA SCHÜNKE

Page 7: Caderno Bairros - 20/04/2011 - JORNAL SEMANÁRIO

7Quarta-feira, 20 de abril de 2011Bairros

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Leitura em braile é sinônimo de superação

Anônimos

A superação e a força de von-tade estão presentes na vida

de João Luiz Menegotto desde os 12 anos de idade. Com a per-da da visão em 1956, em razão de um tumor na cabeça, o então jovem não deixou se abater pelos empecilhos que a vida lhe colo-cava e continuou fazendo aquilo que mais gosta: ler.

Com 55 anos, o morador do bairro Vila Nova frequenta sema-nalmente a capela São Cristóvão e auxilia a comunidade realizando leituras de textos bíblicos, salmos, preces e orações no sistema brai-le – leitura com o tato para cegos.

O telefonista e funcionário público conta que usa um apa-relho chamado reglete – uma espécie de régua composta por duas partes: superior e inferior – para transpor os textos que serão lidos por ele nas missas e celebrações religiosas. “Minha esposa lê os textos em voz alta para eu repassar o texto no brai-le. Faço isso há vários anos”, ex-plica Menegotto. Participante da igreja desde a sua fundação, além do grupo de liturgia, Menegotto e sua esposa também cantam no coral da comunidade.

Formado em administração de empresas em 2007, ele conta que foi forçado a aprender o sistema

que lhe possibilita a leitura. “Tive que aprender o braile na marra, pois fui estudar em uma escola, em Porto Alegre, para cegos, que só utilizava o sistema. Para apren-der, tive que me adaptar”, conta.

Casado há 30 anos e com dois filhos, Menegotto aproveita a tecnologia a seu favor. Com re-lógio, calculadora e até um com-putador que fala, ele não deixa que a falta da visão seja um em-pecilho em sua vida. “A igreja nos ajuda a vencer os obstáculos e superar os problemas. Estou sempre participando das ativida-des porque eu gosto e me sinto muito bem lá”, finaliza.

João Luiz Menegotto realiza leitura de salmos em braile

Fiel da igreja São Cristóvão auxilia com leituras em missas e celebrações

SOLIDARIEDADE

No domingo, 10, a Secreta-ria de Habitação e Assistência Social, juntamente com volun-tários das lojas Quero-Quero, realizou um mutirão para a re-vitalização do Centro de Aten-dimento à Criança e ao Ado-lescente (Ceacri) Carrossel da Esperança, que atende cerca de 140 crianças e adolescentes dos cinco aos 17 anos, localizado no bairro Municipal.

A entidade recebeu material de construção e apoio de profis-sionais e voluntários para a tro-ca do telhado, limpeza e pintura

interna de todo o prédio. A ação durou todo o dia e faz

parte do Programa “Quero con-tribuir, posso transformar”, que mobilizou toda a rede de lojas do Estado. Conforme explica Edison da Silva, gerente da loja de Bento Gonçalves, a comuni-dade votou no mês de março e escolheu a entidade para receber a ajuda. “Agradecemos a todos pelo empenho, pela participa-ção e pela dedicação em ajudar o próximo, principalmente as nossas crianças que são o futuro de nosso país”, disse Edison.

Reforma para as crianças e adolescentes

Voluntários se reuniram para realizar melhorias no Ceacri

REVITALIZAÇÃO

Obras movimentam os bairrosPara aumentar a capacidade

de vazão, a Secretaria de Via-ção e Obras Públicas está pro-movendo a troca de tubulação de rede de esgoto nos bairros Licorsul e Fenavinho e canali-zando o esgoto no Eucaliptos. O executivo está investindo no saneamento básico do municí-pio, prevendo o crescimento e demanda da cidade num plane-jamento a longo prazo.

No bairro Licorsul está em andamento a troca de tubulação da rede de esgoto nas ruas Rosa Tesheiner, José Giovannini Filho, Ângelo Roman Ross e Julio Lo-renzoni. A obra, orçada em mais R$ 374 mil iniciou no dia 14 de março e, segundo o órgão res-ponsável, deve ser concluída em 120 dias, dependendo das condi-ções climáticas. Serão 295 metros de nova tubulação, de diâmetro que varia de 200mm a 1.200mm.

No bairro Fenavinho a troca de tubulação da rede de esgoto está sendo realizada nas ruas José João Tomedi e 7 de Setem-bro, onde 391 metros receberão tubulação de 300 e de 800mm. Orçada em R$ 197.831,05, a obra iniciou no dia 10 de feve-reiro e deve ser concluída den-tro de 30 dias, descontados os dias chuvosos.

Já no bairro Eucaliptos, a Rua Ari da Silva terá o esgoto canali-zado. Orçada em mais de R$ 45 mil, a obra compreende a colo-

cação de 220 metros de canos de esgoto, que até então corria a céu aberto, e deve ser concluída no final do mês de abril.

Tubulação de esgoto no bairro Licorsul está sendo trocada

No Eucaliptos, moradores da Rua Ari da Silva terão esgoto canalizado

DIVULGAÇÃO

FOTOS DIVULGAÇÃO

Bettina Schünke

BETTINA SCHÜNKE

Page 8: Caderno Bairros - 20/04/2011 - JORNAL SEMANÁRIO

8 Quarta-feira, 20 de abril de 2011 Bairros

Noemir Leitão

[email protected]

ESPORTES

Floresta revive a sua históriaMemória Esportiva

Clube amador resistiu ao tempo e às dificuldades e deixou sua marca na vida dos moradores do bairro Fenavinho

Fundado em 12 de janeiro de 1971, o Clube Atlético

Floresta, do bairro Fenavinho, é um dos clubes que resistiu ao tempo: sobreviveu apenas com a categoria de veteranos, ou master, como é conhecido no atual quadro.

Foi no início da década de 1970 que o clube foi fundado por alguns desportistas da cida-de que gostavam de futebol. Os irmãos Marcolino e Emerlindo Passarin (já falecidos), junta-mente com Darci Ross, Daltro Ross, Cleri Ross, Paulo Signor e Luis Augusto Signor resolveram criar o novo clube na comunida-de que deveria fazer frente com os outros times da época.

No início, a equipe disputou centenas de jogos amistosos e torneios municipais e regionais com dois quadros. O time prin-

cipal era formado por atletas mais experientes, oriundos do bairro Fenavinho e de localida-des próximas, e o quadro de as-pirantes, composto por atletas mais jovens e com à chance de chegar ao time principal.

Aspirante campeão

A equipe tinha um elenco considerado um dos melhores da cidade e com atletas que po-deriam trabalhar em qualquer time da época. O quadro prin-cipal chegou a ficar invicto em 27 partidas.

Darci Ross, um dos fundado-res, destaca que os jogos serviam sempre para testar a força e a invencibilidade da equipe. “Tí-nhamos um bom grupo e nossa união era muito grande. Tínha-mos um único objetivo: o de fa-zer com que todos os atletas se sentissem bem no grupo”, disse.

Uma fatalidade mudou o

destino do clube. Com a morte dos irmãos Marcolino e Emer-lindo Passarin, o clube ainda tentou continuar com os dois quadros, porém, já no final dos anos 1980, a equipe iniciou um trabalho apenas com a catego-ria de veteranos. Além disso, o clube mudou de nome. Hoje chama-se Sociedade União Floresta Esporte Clube. Tem uma sede própria com campo de futebol e área de lazer.

A atual diretoria é composta por 18 pessoas divididas entre diretoria executiva, encabeça-da pelo presidente Deoclécio Pelegrin, e seu vice, Saul Sava-riz. O clube ainda tentou efe-tivar os quadros de categorias de base, mas esbarra no tempo hábil para buscar apoio e con-tinuar o trabalho na comuni-dade do bairro.

Atualmente, as instalações do Floresta são emprestadas

para o Esporte Clube Mastela e também para o Juvenil do bairro Vila Nova, para eventos, amistosos e torneios.

Para buscar sua trajetória de conquistas no futebol amador, em 1994 o time iniciou a cons-trução do seu complexo espor-tivo. Há ainda uma sede social

com churrasqueiras, como op-ção de lazer para os morado-res e associados. O Floresta participou de quatro eventos esportivos da categoria vetera-nos e conquistou dois títulos e um vice-campeonato.

A equipe nos bons tempos de disputa dos campeonatos municipais

ARQUIVO