cact informa #9, novembro/dezembro de 2012

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CACT informa Supersalários CENTRO ACADÊMICO DE GEOGRAFIA E CIÊNCIAS DA TERRA — GESTÃO LEVANTA, CACT! Anderson Cordeiro Sabino (101466), Anderson Sirini dos Santos (116106), André Lopes de Souza (080674), Carolina Leardine Zechinatto (090698), Diego Luciano do Nascimento (102018), Diogo Ronchi Negrão (081170), Everton Vinicius Valezio (091055), Frederico Zilioti Amorim (104955), Guilherme Henrique Gabriel (081542), Gustavo Henrique Beraldino Teramatsu (081566), Guilherme Rodrigues Ramos (091433), Jéssica Cecim (117337), João Paulo Marçola (081744), Luciano Pereira Duarte Silva (106127), Maico Diego Machado (083826), Rolver Bernardes Costa (120130), Stéphanie Rodrigues Panutto (092994), Thais Moreno de Barros (104166), Valderson Salomão da Silva (104238). ige.unicamp.br/cact fb.com/geocact [email protected] Boletim dos estudantes de Geografia da Unicamp | n. 9 | nov/dez ’12 causa estranheza que os fun- cionários técnicos-administrativos encontrem dificuldade para que se- jam adquiridos o aumento salarial e auxílios em isonomia com a USP. Sem falar nos trabalhadores terceiri- zados, cuja situação precária culmi- nou com uma paralisação no fim de 2011, que recebeu o apoio do CACT. No IG A lista com 618 nomes entre aqueles que ganharam acima do teto está entre as folhas 77 e 92 do processo TC-196/026/11. Os ganhos relaciona- dos não incluem vencimentos extras como auxílio-criança, o salário- família, o abono de permanência e o décimo terceiro salário. Entre os fun- cionários de nosso Instituto na época, estão dez professores (3 do DPCT, 2 do DGAE, 1 do DGEO e 4 do DGRN) que receberam, em 2011, entre R$ 228.722,55 e R$ 303.645,48. A soma dos ganhos acima do teto é de R$ 298.745,88. Cabe dizer que o salário destes pro- fessores foi equivalente a 14,88% das despesas de folha de pagamento do IG em 2011, da ordem de R$ 17 milhões de reais que remuneraram, ao todo, 60 funcionários (11 deles aposentados) e 63 professores (14 também aposentados). Os campeões Patricia Maria Morato Lopes, coorde- nadora da DGRH, recebeu incríveis R$ 610.898,36 em 2011. Foi a fun- cionária que mais ganhou na Uni- camp. Em seguida vem Octacilio Machado Ribeiro, procurador geral da Unicamp, com R$ 569.938,16. O que justifica rendimentos tão altos? E m 18/dez, o DCE e o STU prepararam protesto em frente ao CONSU pedindo explicações sobre os ganhos acima do teto remuneratório consti- tucional (R$ 18.725,00) relativos ao exercício 2009. No dia 3/dez, uma reportagem do portal R7 apontou a mesma irregularidade em 2011 a partir de um novo relatório do Tribu- nal de Contas do Estado, obtido tam- bém pela coordenação do CACT. A Unicamp, por sua vez, lançou nota oficial dizendo estar confiante com uma decisão judicial favorável à Uni- versidade. Sobra de um lado, falta de outro A lógica parece simples: se há ser- vidores como o reitor, que ganhou R$ 399.864,39 no ano passado (R$ 175.164,39 além do teto atual), Relatório do Tribunal de Contas do Estado aponta, mais uma vez: tem gente ganhando demais na Unicamp A lista completa está em is.gd/supersalarios!

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CACT informa #9, novembro/dezembro de 2012

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Page 1: CACT informa #9, novembro/dezembro de 2012

CACT informa

Supersalários

CENTRO ACADÊMICO DE GEOGRAFIA E CIÊNCIAS DA TERRA — GESTÃO LEVANTA, CACT!

Anderson Cordeiro Sabino (101466), Anderson Sirini dos Santos (116106), André Lopes de Souza (080674), Carolina Leardine Zechinatto (090698), Diego Luciano do Nascimento (102018), Diogo Ronchi Negrão (081170), Everton Vinicius Valezio (091055), Frederico Zilioti Amorim (104955), Guilherme Henrique Gabriel (081542), Gustavo Henrique Beraldino Teramatsu (081566), Guilherme Rodrigues Ramos (091433), Jéssica Cecim

(117337), João Paulo Marçola (081744), Luciano Pereira Duarte Silva (106127), Maico Diego Machado (083826), Rolver Bernardes Costa (120130), Stéphanie Rodrigues Panutto (092994), Thais Moreno de Barros (104166), Valderson Salomão da Silva (104238).

ige.unicamp.br/cact fb.com/geocact [email protected]

Bo let im dos es tudantes de Geograf ia da Unicamp | n. 9 | nov/dez ’12

causa estranheza que os fun-cionários técnicos-administrativos encontrem dificuldade para que se-jam adquiridos o aumento salarial e auxílios em isonomia com a USP. Sem falar nos trabalhadores terceiri-zados, cuja situação precária culmi-nou com uma paralisação no fim de 2011, que recebeu o apoio do CACT.

No IG A lista com 618 nomes entre aqueles que ganharam acima do teto está entre as folhas 77 e 92 do processo TC-196/026/11. Os ganhos relaciona-dos não incluem vencimentos extras como auxílio-criança, o salário-família, o abono de permanência e o décimo terceiro salário. Entre os fun-cionários de nosso Instituto na época, estão dez professores (3 do DPCT, 2 do DGAE, 1 do DGEO e 4 do

DGRN) que receberam, em 2011, entre R$ 228.722,55 e R$ 303.645,48. A soma dos ganhos acima do teto é de R$ 298.745,88. Cabe dizer que o salário destes pro-fessores foi equivalente a 14,88% das despesas de folha de pagamento do IG em 2011, da ordem de R$ 17 milhões de reais que remuneraram, ao todo, 60 funcionários (11 deles aposentados) e 63 professores (14 também aposentados).

Os campeões Patricia Maria Morato Lopes, coorde-nadora da DGRH, recebeu incríveis R$ 610.898,36 em 2011. Foi a fun-cionária que mais ganhou na Uni-camp. Em seguida vem Octacilio Machado Ribeiro, procurador geral da Unicamp, com R$ 569.938,16. O que justifica rendimentos tão altos?

E m 18/dez, o DCE e o STU prepararam protesto em frente ao CONSU pedindo explicações sobre os ganhos

acima do teto remuneratório consti-tucional (R$ 18.725,00) relativos ao exercício 2009. No dia 3/dez, uma reportagem do portal R7 apontou a mesma irregularidade em 2011 a partir de um novo relatório do Tribu-nal de Contas do Estado, obtido tam-bém pela coordenação do CACT. A Unicamp, por sua vez, lançou nota oficial dizendo estar confiante com uma decisão judicial favorável à Uni-versidade.

Sobra de um lado, falta de outro A lógica parece simples: se há ser-vidores como o reitor, que ganhou R$ 399.864,39 no ano passado (R$ 175.164,39 além do teto atual),

Relatório do Tribunal de Contas do Estado aponta, mais uma vez: tem gente ganhando demais na Unicamp

A lista completa está em is.gd/supersalarios!

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Quem projetou o novo IG?

gia no IG. Também foram aprovados, respectivamente, Andrés Bustamen-te Londoño, Maria José Maluf de Mesquita, que já é professora do DGAE, e Fábio Braz Machado.

Merecido descanso A dona Luzia Aparecida Bergo, res-ponsável pela copa do IG, aposentou-se no mês passado. No último ano, ela era vista sentada na entrada do prédio fazendo suas leituras.

Prêmio Zefa Em 2012, o professor Celso Dal Ré Carneiro, que ministrou as disciplinas de Ciência do Sistema Terra aos in-gressantes do curso noturno, rece-beu o Prêmio Zeferino Vaz, além de 30 mil reais.

Corrida ao dropbox Acabou a corrida das faculdades por espaço online grátis. No Brasil, a Uni-camp ficou em terceiro lugar, atrás de USP e UFRJ, com 7724 pontos.

Dedetização Estrategicamente marcada para o dia 21/dez, a dedetização de 2012 encerra as atividades do ano — e os insetos — no IG.

Voltamos em fevereiro Após as merecidas férias, as ativida-des retornam com as matrículas de primeira e segunda chamada nos dias 18 e 21/fev— e com a colação de grau, na mesma semana, na noite do dia 22, no auditório 5 da FCM.

POR UM CACT ATIVO! Eleita com 65 votos numa eleição em que votaram 67 estudantes, foi elei-ta a chapa “Por um CACT ativo”, que representa a continuidade do traba-lho que o CACT vem fazendo desde 2010. Embora um pouco abaixo do quórum definido pelo Estatuto, as eleições foram legitimadas pela Co-missão Eleitoral, composta pelos estudantes Maico Machado, Hugo de Abreu e Jéssica Cecim. Os trabalhos não param e, no início de 2013, já começam a preparação para a recep-ção aos calouros e para a IX Semana de Geografia. O desafio é consolidar um CACT propositivo, que consiga dialogar com diversas entidades e instâncias da Unicamp em favor da ciência geográfica e dos estudantes de Geografia da Unicamp. A nova gestão terá a participação dos estu-dantes Anderson Sabino (101466), André Souza (080674), Carlos Espín-dola (139356), Diogo Negrão (081170), Everton Valezio (091055), Gustavo Teramatsu (081566), Iago Vernek (136105), Jonathas Paghi (117427), Lincoln Medeiros (141953), Lucas Peters (136665), Luciano Duarte (106127) , Lucinei Cordeiro (117781), Marcos Lourenço (141759), Paulo Schink (141986), Rafael Rigamonte (137337), Rolver Costa (120130), Stéphanie Panutto (092994), Thiago Zanini (137714) e Valderson Salomão (104238). Como sempre, os colegas podem se sentir à vontade para participar conosco!

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CACTadas

do

guaxinim

!?

O projeto do novo edifício do Instituto de Geociên-cias é do arquiteto Dácio Araújo Benedicto Ottoni

(1936-), que na época era professor doutor do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urba-nismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), onde se formou em 1960. Ele obteve o primeiro lugar em um concurso realizado entre 1987 e 1988. Irmão mais novo de David Ot-toni (1927-2004), ambos compu-nham o escritório Ottoni Arquitetos Associados, em São Paulo. O projeto, contudo, seria retomado apenas no começo desta década e, desde en-tão, sua construção tem sido marca-

Bem a tempo Apenas no dia 13 de dezembro, já com o pé nas férias, é o que um dos ar-condicionados do LEI velho foi conser-tado. O outro continua quebrado.

Novo site Está prevista a elaboração de um novo site para o IG para o ano que vem, quando o atual, ultrapassado, feito pela jec design, completa uma década no ar. Para tal, serão dedicados R$44.391,66, 10 mil reais apenas para a tradução do conteúdo para o inglês.

Vice-chefe Indicado pela nova chefe do DGEO, professora Regina Célia de Oliveira, Rafael Straforini será o vice-chefe do departamento até novembro de 2014.

Na Fuvest A questão 67 da primeira fase da Fu-vest deste ano traz um mapa elabora-do pelo novo vice-chefe do DGEO.

Novo professor do DGRN Wagner da Silva Amaral passou em primeiro lugar no concurso realizado pelo DGRN. Orientado pelo professor Ticiano no mestrado e doutorado, Wagner também se formou em Geolo-

da por uma sucessão de infortúnios. O projeto original foi altera-do para a inauguração do bloco de laboratórios, em 2009. Na Unicamp, Dácio também foi responsável pelo projeto do Museu de Zoologia do Instituto de Biologia. Na revista Té-chne n. 132, de março de 2008, o arquiteto destaca o novo IG entre seus projetos mais marcantes. E co-menta outros de seus edifícios em que “as fachadas foram projetadas para funcionar como um bloqueio contra a incidência direta de raios solares sem prejudicar a visão do exterior (...). Isso gerou uma grande redução da quantidade de ar condi-cionado utilizado nos prédios”. Não é o caso do IG novo... Dácio Ottoni na FAU-USP, em 2007

arqbacana.com.br

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no campus, mas certamente apenas aquelas ocorridas durante o horário comercial. Na mesma semana, entre-tanto, o novo deck foi novamente interditado pois as chapas metálicas da passarela sobre o espelho d’água ainda não haviam sido galvanizadas.

N a tarde de 3 de dezembro, uma segunda-feira, inau-guraram a primeira etapa da reforma da praça do

Ciclo Básico — obra que está fazen-do aniversário — o reitor Fernando Costa, o coordenador geral da Uni-camp Edgard De Decca e o pró-reitor Marcelo Knobel, que almeja ser o próximo vice-reitor. Como qualquer transeunte nota, as obras da praça estão ainda longe do fim, mas a inau-guração antes do fim do ano letivo veio a calhar. Pipoca e algodão doce foram distribuídos aos presentes, que apreciaram apresentações musi-cais. O reitor e os pró-reitores apre-sentaram um discurso palatável, de valorização das atividades culturais

Os blocos de granito do antigo calça-mento continuam jogados num can-to da praça e o tráfego de veículos na Rua Sérgio Buarque de Holanda ainda não foi liberado entre o Giná-sio e o SAE. De fato, parece ter sido inau-gurada apenas a iluminação: a densi-dade de postes na nova praça e em frente ao bandejão é incrível e até desnecessária. O projeto ambicioso de “revitalização” da praça prevê ainda a reforma do Teatro de Arena e a construção do Ciclo Básico 3, a Bibli-oteca de Obras Raras e o Museu de Artes Visuais da Unicamp, que de-vem ter início em breve. O Ciclo Bási-co 2 também está sendo reformado desde o ano passado.

Adivinha, doutor, quem tá de volta na praça?

Foto meramente ilustrativa

S e Jimi Hendrix fosse brasilei-ro, e funcionário público, teria atingido a aposentado-ria compulsória no último 27

de novembro. Um respeitável septu-agenário. Como homenagem ao ani-versário, a Riva Rock, tradicional loja de discos de Campinas na Luzitana com a Barreto Leme, e o CACT, em parceria, promoveram no dia 29 o show a banda Jezztroy Trio, que reu-niu bom público no Teatro de Arena. O encontro encerrou o calendário cultural alternativo do campus, op-ção de eventos ao ar livre, gratuitos — e, sobretudo, de ótima qualidade —, cada vez mais cercados e perser-guidos na Universidade, que lem-bram que o espaço público é o lugar do encontro. Se você perdeu, procu-re por renatopo8 no YouTube, que registrou toda a ação.

Praça, ainda inacabada, é inaugurada

Anatel determina fechamento da Rádio Muda nas redes sociais, já comentava o plano de realizar a ação nas primei-ras horas da manhã de um domingo ou feriado, como forma de evitar que “os responsáveis utilizem de sua ‘rede de contatos’” e avaliação o ca-so como “muitíssimo complicado”. Episódios semelhantes já ocorreram, mas a resistência deve continuar.

P onto de referência na Praça, a Rádio Muda Livre foi alvo de uma operação da Polícia Federal na noite do dia 15

para o dia 16 de dezembro. Levaram o transmissor. Mensagem enviada há meses por Thomaz Honma Ishida, fiscal da Anatel, a Felipe Tojeiro, da Advocacia Geral da União, que vazou

Reitor caminha sobre as águas na inauguração. Logo depois, obra é interditada

Antonio Scarpinetti Wagner Nabarro

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O s Campeonatos Interanos de 2012, que tiveram iní-cio em 17 de abril, com a categoria masculina, final-

mente tiveram fim no dia 22 de no-vembro. Foram três jogos que reuni-ram estudantes dos dois cursos nas quadras da FEF: na categoria mascu-lina, a equipe Cisco (09 noturno) foi bicampeã, vencendo os bixos 012 do curso noturno por 9x2. Na final femi-nina, o time Pahoehoe (010 diurno) venceu as Absolutamente Distintas (011 diurno) por 2x1. Em clima de festa, houve também o duelo dos “melhores do campeonato”: Chapa na caveira (09 diurno) e Renegados do diabo (08 diurno) empataram em

Caso o mundo não acabe No último mês, foi eleita a gestão para o próximo ano à frente da Atlé-tica. O presidente será Henry Shigue-ru Tanaka (Azteca); a vice-presidente. Nádia Borges; na tesouraria estarão Igor de Camargo e Rafaela Santeiro; na divulgação, Thiago Zanini e João Ponte; os responsáveis pelo produ-tos serão Jéssica Cecim e Tales de Almeida. Cezar Barros (Fralda), será o diretor de esportes. À frente do futsal feminino estarão Nádia Borges e Luiza Mendes; do vôlei, Lays Men-gal; do basquete, também Azteca; do futsal masculino, o artilheiro Feli-pe Facci; do futebol de campo, Gui-lherme Menna e Cezar Barros; e, dos esportes individuais, Daniel Alencar.

3x3, sendo que a turma 09 levou a melhor na prorrogação. As artilheiras são Nádia Bor-ges (Absolutamente Distintas), com 7 gols, e Daniele Zangrossi (Pahoehoe), com 6. Na artilharia masculina está Felipe Facci Inguaggi-ato (012 D) com 15 gols, e os vice-artilheiros são Marcel Bueno (Cisco) e Daniel Bagagli (PA FC), com 12 gols cada. Depois, houve ainda confra-ternização, mantendo o espírito es-portivo, na sede das entidades, com música e cerveja. O CACT parabeniza a organização da Atlética, que reali-zou um campeonato divertido e que conseguiu integrar os dois cursos!

Finalmente, as finais dos Interanos

A nova edição do Boletim Campineiro de Geografia (v. 2, n. 2), publicada pela AGB-Campinas, traz a conferên-

cia realizada em ocasião do dia do geógrafo, em maio, por María Laura Silveira, e o texto da aula magna da professora Catia Antonia da Silva, ocorrida em março. Os dois eventos tiveram participação do CACT. Tam-bém podem ser destacadas as entre-vistas com Neil Smith, já falecido, e Jamie Peck, realizada por estudantes do IG. Os professores Vicente e Cas-tillo também contribuíram com arti-gos, disponíveis em agbcampi-nas.com.br/bcg.

Nova edição do BCG Curso da Cetesb

O curso gratuito Proteção das águas subterrâneas no

estado de São Paulo foi realizado na EB nos dias

26 e 27/nov. Organizado com apoio do CACT, foi oferecido por Amélia João Fernandes, do Instituto Geoló-gico, e Mara Magalhães Gaeta Le-mos, da Cetesb. A parceria firmada entre CACT e Cetesb vai garantir, durante os próximos anos, cursos temáticos envolvendo práticas e atu-ações profissionais. O próximo curso, sobre EIA/RIMAs, acontecerá no iní-cio do próximo semestre.

A té o fim do mês — e do ano —, devem estar dispo-níveis online os anais da VII e VIII Semana de Geografi-

a, com os resumos expandidos dos trabalhos apresentados nos Espaços de Diálogo Geográfico. São quase uma centena de trabalhos de boa qualidade discutidos nas duas edi-ções do evento. Além de diversas pesquisas realizadas do IG, a partici-pação de colegas de outras universi-dades tem sido cada vez maior, o que atesta também a qualidade do evento organizado no IG.

Anais das Semanas

Momentos das finais: Cisco e bixos 012 posam após a partida; atletas da Pahoehoe, da Geologia 011, comemoram no fim da partida

Fátima Juliana Marsula Fátima Juliana Marsula

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Os estudantes posam em Copacabana ao lado da estátua de Drummond, poeta que foi também professor de Geografia e se filiou à AGB em 1942

A Unicamp no EREGEO-SE

E ntre 15 e 18 de novembro, feriado prolongado, aconte-ceu na Faculdade de Educa-ção da Baixada Fluminense

(FEBF-UERJ), em Duque de Caxias, o XV Encontro Regional dos Estudan-tes de Geografia do Sudeste, que teve o tema “Periferias: território (re)produzido mediante conflitos socioambientais”.

Com as novas possibilidades de locação de ônibus permitidas pe-lo esquema de repasse financeiro inaugurado neste ano, o CACT orga-nizou uma caravana como havia sido feito para o ENG. Foi contratado um microônibus da Exclusiva para 22 estudantes: 8 da turma 2010; 3 da turma 2011; Ismane, intercambista haitiano; uma colega da UFScar-Sorocaba e outra da PUC-Campinas; e 8 alunos ingressantes.

As emoções, contudo, não esperaram a chegada ao evento para aflorarem. Por volta das seis da ma-nhã do feriado, na Via Dutra, à altura de Barra Mansa (RJ), um acidente de trânsito pegou de surpresa os estu-dantes, que dormiam. Segundo o motorista, uma carreta — que fugiu do local — fechou o ônibus e não foi possível evitar a colisão. O microôni-bus foi destruído e oito estudantes, com ferimentos leves, foram levados para o hospital para inspeção médi-ca. A viagem atrasou cerca de três

Duque de Caxias – mais de uma hora entre ônibus intermunicipais, trens metropolitanos e metrô. No domingo, o grupo retor-nou um pouco aflitos com a possibili-dade de um novo acidente, mas não houve problema algum. Além das festas e passeios, ficou do evento a certeza de que o movimento dos estudantes de Geografia da Unicamp também é capaz de comparecer em peso nos encontros que acontecem Brasil afora, com especial atenção ao entusiasmo daqueles que estão co-meçando o curso. Em 2013 haverá mais, desta vez na UFScar de Soroca-ba. Já é bom ir se preparando!

horas. Após os trâmites necessários para registrar o acidente, 4 pessoas, chateadas com o ocorrido, decidiram voltar a Campinas.

Apesar do susto, dá pra dizer que o grupo ficou ainda mais coeso e animado. Apesar de o lado acadêmi-ca dos encontros de estudantes dei-xar um pouco a desejar, isto é com-pensado por ótimas atividades cultu-rais e trabalhos de campo. Também foi uma oportunidade de o grupo de estudantes de Geografia da Uni-camp, em sua maioria calouros, co-nhecer a cidade do Rio de Janeiro, desde o Centro histórico até as prai-as da Zona Sul. Vale mencionar a dis-tância destas para o alojamento, em

E o cartel?

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L ia Osorio, quando participou da Semana de Geografia da Unicamp em 2008, comentou que as companhias de ônibus

— segundo ela, um negócio de duplo propósito, legal e ilegal — são um meio eficiente para viabilizar a lava-gem de dinheiro. Desde 2009, a Ex-clusiva (ou Recpaz) domina os con-tratos de licitação de transporte fre-tado da Unicamp, incluindo todos os trabalhos de campo do IG. O escân-dalo estourou em outubro de 2011, quando o Gaeco e a Polícia Civil pren-deu donos de empresas de ônibus devido às suspeitas de fraudes no processo licitatório e ameaças pesso-ais aos concorrentes. A Poppi havia feito a denúncia há anos à PRDU, que nada fez. No fim do último mês de novembro, o assunto voltou ao noticiário e está sendo investigado pelo CADE.

Apesar da aparente gravidade, o acidente não teve consequências sérias

Fernanda Peixoto

Lincoln Med

eiros

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2 8 de novembro de 1995. Ventos entre 140 e 180 km/h atingiram o Ginásio da Unicamp. Em poucos minu-

tos, a cobertura metálica de 200 to-neladas foi retorcida e dobrada. A correção do vestibular 1996 começa-ria ali no dia seguinte, porém, não houve feridos. A cobertura atual foi construída em parceria com a iniciati-va privada.

6 | CACT informa | n. 9, nov/dez ’12

S egunda-feira, 3 de dezembro. Dia de avaliação da pós-graduação pela CAPES. Al-guns docentes convocaram

seus grupos de pesquisa para ocupar os laboratórios, que, como sabemos, passam a maior parte do tempo fe-chados. Na manhã daquele dia, fo-ram percebidas em alguns deles po-ças d’água misteriosas, cuja origem

Por água abaixo

Relembrando o tornado de 1995

não foi identificada no momento. Mas nem bem os avaliadores, Denise Elias, da UECE, e Leonardo José Cor-deiro Santos, da UFPR, deixaram o IG novo ao lado do professor Lindon, uma das caixas d’água transbordou e a água começou a vazar com força pelo teto. O forro do corredor do último andar, em frente à impresso-ra, cedeu. Alguns laboratórios foram

alagados e o vazamento demorou a ser contido. Estudantes que estavam no edifício filmaram e ajudaram, com rodos, a evitar que a água invadisse outros laboratórios. No Facebook, a notícia rapidamente se espalhou. As faxineiras da Centro fizeram mutirão até à noite para secar todo o prédio. A boia responsável pelo vazamento foi trocada na semana seguinte.

Wellington Marchesin

Desastre com brises completa dois anos

C erca de três milhões de re-ais. É o orçamento dos bri-ses necessários para a facha-da do novo prédio, quase o

dobro dos recursos destinados à construção da nova biblioteca (1,6 milhão). Isto explica porque ainda

não foi feita sua substituição, passa-dos dois anos desde que uma tem-pestade os derrubou. O temporal do fim da tarde de 13 de dezembro de 2010 teve ventos de 68 km/h, como registrou o Cepagri, embora a extensão dos es-

tragos permitisse afirmar que atingi-ram velocidades maiores em outros bairros da cidade, como o Bonfim. Na Unicamp, além de danificar os brises do IG, os ventos também der-rubaram árvores na Casa do Lago, Correios, IA e bandejão.

Gustavo Teram

atsu

Waldem

ar Padovani

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Eleições do DCE

CACT informa | n. 9, nov/dez ’12| 7

Pesquisa do IG é premiada no Congresso de Iniciação Científica

M elissa Steda, colega do quarto ano do curso, foi agraciada com o prêmio de mérito científico no

Congresso de Iniciação Científica realizado anualmente na Unicamp. Sua pesquisa — Universalização da internet de banda larga no Brasil: aná-lise da situação atual e o Plano Nacio-nal de Banda Larga do Governo Fede-ral, orientada pelo professor Ricardo Castillo e com financiamento da FA-PESP — investigou os principais a-gentes na difusão da banda larga no território brasileiro: o Estado, os pe-quenos provedores e as grandes em-presas do setor de telecomunica-ções, além de analisar a abrangência territorial e o alcance social da rede de internet de banda larga no Brasil. Considerou-se, para esta análise, que a ampliação do acesso à informação e a conectividade, por meio das re-des telemáticas, são elementos de inclusão social e redução das desi-gualdades sociais, econômicas e geo-gráficas. O projeto também deu ori-gem à monografia de conclusão de curso Políticas do Estado e políticas das empresas: um estudo sobre a in-ternet de banda larga no Brasil, que será publicada online em breve.

E m pleito disputado, a chapa Viramundo, ligada ao PSOL, foi eleita para a próxima ges-tão do DCE com quase 52%

dos votos válidos. O resultado indica a continuidade do grupo político que está há anos na representação estu-dantil da Unicamp. A chapa Pra Fazer Diferente — Oposição teve pouco mais de 44% dos votos válidos e ven-ceu em metade das urnas e também no campus de Barão Geraldo. Foram os votos da FCA que decidiram a elei-ção. No IG, a chapa Viramundo teve mais que o dobro de votos que a chapa Pra Fazer Diferente. Também foram realizadas as eleições na Moradia, e os dois gru-pos políticos novamente indicaram suas chapas. Melhor para a oposição — a chapa Movimenta Moras venceu a Sempre Presente no conselho deli-berativo por 133 a 62 votos, com 9 nulos.

Reprodução/Facebook Chapa Pra Fazer Diferente

Acesso à banda larga em 2008 e o plano nacional de banda larga: presente e futuro na difusão da internet de alta velocidade no território brasileiro

A pesquisa constatou que a implantação de macrossiste-mas técnicos para a integra-ção eletrônica do território podem significar, ao mesmo tempo, a redução das desi-guldades sociais, geográficas e econômicas e a integração competitiva aos espaços da globalização

Fonte: Senado (2011)

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8 | CACT informa | n. 9, nov/dez ’12

CACT informa — Boletim informativo dos estudantes de Geografia da Unicamp editado pelo CACT, de periodicidade mensal, publicado na primeira quinzena de cada mês. Diagramação, edição e textos: Gustavo Teramatsu, Valderson Salomão. Contribuíram Filippo Cecilio, Henry Tanaka, Melissa Steda, Maico Machado.

A quela foto descreve um momento no qual estáva-mos arrumando o espaço do nosso Centro Acadêmi-

co. Não vou descrever aqui o fato, o momento. Farei mesmo um depoi-mento, em primeira pessoa. Serão mais impressões, sentimentos. Não lembro de muita coisa. Passaram-se dez anos, talvez onze, doze? Sabíamos que era um dia dife-rente. Eu, Luisinho e Z tínhamos aca-bado de chegar. Era o ano 2000 (então faz doze anos que aquele mo-mento aconteceu). Estávamos dando seguimento a um início, uma intro-dução, que se tinha se iniciado em 1998, com a primeira turma. Pablo, Virna, Lise, Ricardo – presentes na foto – eram da primeira turma. Um entreato: acredito que o fato da Unicamp estar distante dos nossos lugares de origem (?), das nossas cidades primordiais (risadas), empresta-nos uma autonomia e uma vontade, uma intensidade. Em Cam-pinas, a maior parte de nós não era da cidade, estávamos distantes de alguns referenciais importan-tes que balizavam nossos respecti-vos cotidianos. Na Unicamp tínha-mos que criar novos cotidianos, no-vos referenciais, com uma autonomi-a outra, que não julgo prudente hie-rarquizar. Uma autonomia outra. Então estávamos ali. A-cho que era um sábado, pois durante a semana não seria possível fazer aquela arrumação. Afinal aquele pré-dio era o nosso prédio de aulas. Está-vamos bastante motivados. Eu, e acho que até certo ponto posso falar pelos outros, sentia que estava parti-cipando de algo. Sempre gostei de participar da construção de coisas, de realizar projetos. Ali estava parti-cipando da construção de um centro acadêmico, de um curso e de um coletivo político. Lembrem-se nosso curso estava no início. Tudo era no-vo, e não somente para mim e meus colegas que tínhamos entrado na-quele ano. O sentimento empreen-dedor tomava conta de parte signifi-cativa dos alunos e professores do curso. Verdade que não tomava con-ta de todos, nem sei se da maior par-te, mas com certeza de parte visível, parte barulhenta. A vida nossa de cada dia corria em torno da universi-

dade. Quando voltávamos para casa no final do dia, voltávamos para a Moradia Universitária, ou para uma república, ou uma pensão. Comía-mos na universidade. Nosso lazer, pelo menos durante a semana, era na universidade, ou nas repúblicas. Para mim, que vinha de Salvador, essa imersão no ambiente universitá-rio foi quase total. Então estávamos falando, a todo momento, dos pro-blemas do nosso curso, das possíveis soluções, do futuro. O grupo, políti-co, de amigos, que se constituía, sem notar, notando, se reunia muito, em qualquer lugar. Conversávamos no Suj inho (apel ido carinho-so que tínhamos dado ao restauran-te próximo ao IG), no bandejão, nas festas, nas praças da universidade. Fofocávamos muito. Geógrafo é mui-to fofoqueiro. Todos nos sentíamos parte do projeto, que se realizava no coti-diano de todos nós. Era um projeto em ação. Constantemente alimenta-do, constantemente inspirado. Eu pessoalmente tive várias fontes de inspiração, professores entre elas. Posso dizer que a professora Maria Adélia [de Souza] era um “norte” im-portante para a maior parte de nós. Ela era a direção. Todos ou eram contra, ou a favor. Não conheci na época aluno, ou professor, que fosse indiferente a professora Maria Adé-lia. Eu aprendi a fazer política ao longo da minha graduação, no ambi-ente da universidade, com uma con-tribuição significativa do ambiente no Instituto de Geociências. Acredi-to que vários de meus colegas tam-bém. Algo curioso: nunca fiz parte oficialmente do centro acadêmico, e assim como eu vários outros. Entre-

tanto, todos nos sentíamos, efetiva-mente, parte do CACT. Nos momen-tos mais interessantes da minha vi-vência política, no IG, quando o cole-tivo político estava suficientemente constituído e amadurecido, tinha-se criado uma massa crítica, era comum os comunicados da direção do insti-tuto para o centro acadêmico irem para as mãos de qualquer aluno do curso de Geografia. Sabia-se que o comunicado chegaria ao CACT, no caso aquele coletivo de estudantes engajados, bastante maior que o conjunto de alunos oficialmente elei-tos. Outro ponto interessante: qualquer coisa que fizéssemos no instituto com um caráter mais coleti-vo – uma festa, um evento acadêmi-co – assinávamos CACT, mes-mo que a diretoria oficialmente elei-ta não estivesse diretamente envol-vida. De fato, o CACT-entidade era um instrumento de representação, constituído para fazer encaminha-mentos legais do interesse do coleti-vo, mas o CACT-cotidiano éramos todos nós alunos de geografia do Instituto de Geociências. Nunca tinha visto um fenômeno como esse acon-tecer antes e creio que somente foi possível em virtude da apropriação profunda que fizemos da universida-de e da disciplina – Geografia – reali-zado por conta de um cotidiano – da maior parte de nós – imerso na vida acadêmica. É isso. Ainda existem outras coisas possíveis de serem comenta-das: o jornal que fizemos, o panela-ço... Se quiserem, poderei comentar sobre estas outras coisas, em outro momento.

Abraços e boa sorte a todos vocês, Shanti

Divulgação

“Geógrafo é muito fofoqueiro” Shanti Marengo, professor da UFBA formado em nosso curso em 2005, comenta

a reportagem de capa do CACT informa 7, de setembro