brasil de fato rj - web 112

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Cidades | pág.7 Mulheres jovens são as principais vítimas de assédio sexual 120 milhões de mulheres no mundo foram violentadas ou estupradas até os 20 anos Divulgação Lula Marques/ Agência PT 13 a 16 de agosto de 2015 • distribuição gratuita Ano 3 | edição 112 Divulgação Leão Etíope agita o Méier” Construído por moradores da região, projeto semanalmente promove o agito cultural no bairro Cultura | pág. 10 João Nogueira figura entre os compositores pesos-pesados da escola de samba Tradição Marina Andrade Cultura | pág.11 Da Portela, surge um condor em Campinho Ação foi coordenada pelo Movimento dos Traba- lhadores Sem Teto (MTST), que pede a construção de moradias populares. Ocupado por 350 famílias, o terreno pertence à Prefeitura de Niterói e foi desa- propriado em 2011 com o objetivo de construir um terminal rodoviário. Cidades | pág. 5 Opinião | pág.12 Entre 2005 e 2014, 8.466 foram mortos por ação de Policiais Militares Receba a versão digital do Brasil de Fato RJ Playboy: famoso de uma estatística macabra MARGARIDAS Mais de 70 mil mulheres estiveram reunidas na última quarta- feira (12) em Brasília durante a Marcha das Margaridas, considerada a maior manifestação pelos direitos das mulheres no mundo. Entre as reivindicações estão o fim da violência contra a mulher e o combate ao uso de agrotóxicos. Geral | pág. 3 Famílias ocupam terreno em Niterói Universidade no Alemão só depende da Prefeitura Fla vence clássico e perde Cirino “Esse ano vou fazer aniversário no palco” Para enfrentar corrupção, Dilma propõe 5 medidas Teatro do Oprimido no CCBB Universidade no Alemão só depende da Prefeitura Fla vence clássico e perde Cirino “Esse ano vou fazer aniversário no palco” Para enfrentar corrupção, Dilma propõe 5 medidas Teatro do Oprimido no CCBB

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Page 1: Brasil de Fato RJ - web 112

Cidades | pág.7

Mulheres jovenssão as principais

vítimas de assédio sexual

120 milhões de mulheresno mundo foram

violentadas ou estupradasaté os 20 anos

Divulgação

Lula Marques/ Agência PT

13 a 16 de agosto de 2015 • distribuição gratuita

Ano 3 | edição 112

DivulgaçãoLeão Etíope

agita o Méier”Construído por moradores daregião, projeto semanalmentepromove o agito cultural no bairro

Cultura | pág. 10

João Nogueira figura entre os compositores pesos-pesadosda escola de samba Tradição

Marina And

rade

Cultura | pág.11

Da Portela, surge umcondor em Campinho

Ação foi coordenada pelo Movimento dos Traba-lhadores Sem Teto (MTST), que pede a construçãode moradias populares. Ocupado por 350 famílias, oterreno pertence à Prefeitura de Niterói e foi desa-propriado em 2011 com o objetivo de construir umterminal rodoviário. Cidades | pág. 5

Opinião | pág.12

Entre 2005 e 2014, 8.466foram mortos por ação dePoliciais Militares

Receba a versão digitaldo Brasil de Fato RJ

Playboy: famosode uma estatísticamacabra

MARGARIDAS Mais de 70 mil mulheres estiveram reunidas na última quarta-feira (12) em Brasília durante a Marcha das Margaridas, considerada a maiormanifestação pelos direitos das mulheres no mundo. Entre as reivindicaçõesestão o fim da violência contra a mulher e o combate ao uso de agrotóxicos.

Geral | pág. 3 Famíliasocupam terreno em Niterói

Universidade no Alem

ão

só depende da Prefei

tura

Pablo Vergara

22 a 28 de janeiro de 2015 • distribuição gratuita

entrevista | pág. 11

1 | mundoEsporte | pág. 16

especial | págs. 8 e 9

Fla vence clássico

e perde Cirino

Ano 2 | edição 82

cultura | pág.11

Gilv

an S

ouza

Reforço rubronegro saiu de

campo carregado na maca

Div

ulg

ação

“Esse ano vou fazer

aniversário no palco”

Sambista fala sobre carnaval, racismo

e seu novo trabalho

Arquivo

Brasil | pág. 7

Propostas dependem

de aprovação de leis no

Congresso Nacional

Para enfrentar

corrupção, Dilma

propõe 5 medidas

Escola técnica, graduação e pósgraduação totalmente de graça

e sem precisar se deslocar para outro bairro da cidade. Uma das

principais demandas da juventude do Alemão já poderia ter virado

realidade se a Prefeitura tivesse doado um terreno para a cons

trução do campus do IFRJ Instituto Federal do Rio de Janeiro. A

verba está disponível desde 2011 e corre o risco de ser devolvida

aos cofres do governo federal. Moradores já se mobilizam para

fazer uma manifestação no dia 31 de janeiro.

Augusto Boal tem trajetória

narrada em exposição no Rio

Teatro do

Oprimido no

CCBB

Universidade no Alemãosó depende da Prefeitura

Pablo Vergara

22 a 28 de janeiro de 2015 • distribuição gratuita

entrevista | pág. 11

1 | mundoEsporte | pág. 16

especial | págs. 8 e 9

Fla vence clássico e perde Cirino

Ano 2 | edição 82

cultura | pág.11

Gilv

an S

ouza

Reforço rubronegro saiu de campo carregado na maca

Div

ulg

ação

“Esse ano vou fazeraniversário no palco”Sambista fala sobre carnaval, racismo e seu novo trabalho

Arquivo

Brasil | pág. 7

Propostas dependemde aprovação de leis noCongresso Nacional

Para enfrentar corrupção, Dilmapropõe 5 medidas

Escola técnica, graduação e pósgraduação totalmente de graçae sem precisar se deslocar para outro bairro da cidade. Uma dasprincipais demandas da juventude do Alemão já poderia ter viradorealidade se a Prefeitura tivesse doado um terreno para a cons

trução do campus do IFRJ Instituto Federal do Rio de Janeiro. Averba está disponível desde 2011 e corre o risco de ser devolvidaaos cofres do governo federal. Moradores já se mobilizam parafazer uma manifestação no dia 31 de janeiro.

Augusto Boal tem trajetória narrada em exposição no Rio

Teatro do Oprimido no CCBB

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A política vai às ruas O Brasil está vivendo hoje

uma situação bastante com-plexa, que tem levantado os ânimos de muita gente. A disputa política que ocorreu nas eleições do ano passado parece não ter terminado. Continua acontecendo, só que agora nas ruas.

A próxima semana será movimentada por grandes manifestações. Por um lado, dia 16, a direita marchará para pedir o impeachment da presidenta, ainda que não haja nenhuma acusa-ção contra ela. Também são esperadas nesse dia as famosas faixas pedindo “in-tervenção militar”, “volta di-tadura”, entre outras.

Por outro lado, no dia 20, os movimentos populares, organizações de esquerda e setores progressistas da população também irão às ruas se posicionar contra qualquer golpe ou ameaça à democracia, mas também para criticar os rumos do governo Dilma.

A presidenta foi eleita em um processo legal e demo-crático, em que a população foi às urnas e a escolheu por maioria. Defender qualquer tipo de golpe, impeachment, etc, significa defender o fim da democracia que o povo brasileiro conquistou com muita luta. Uma coisa é não concordar com o que o go-

Vamos para as ruas respeitar a democracia, mas exigir do governo, com mobilizações de rua, uma mudança nas prioridades

verno tem feito. Outra é, por conta disso, querer acabar com a democracia no Brasil.

CONTRA AJUSTE FISCAL

É por isso que uma das pautas mais importantes dos movimentos do dia 20 é ser contra a política econômica do governo. A presidenta foi eleita prometendo várias coi-sas importantes: não retirar nenhum direito dos trabalha-dores, continuar investindo em políticas sociais, distri-buição de renda, valorização do emprego etc. Porém, vem fazendo o contrário.

O primeiro semestre do governo foi um desastre eco-nomicamente. Aprovou as

a política daqueles que tanto criticou, com a justificativa de sair da crise econômica pela qual estamos passando.

FUTURO MELHORSemana que vem será movi-mentada. Irão para as ruas os que querem voltar para o passado, para a época do neoliberalismo ou até da ditadura. Mas também irão para as ruas aqueles que querem um futuro melhor. Isso significa respeitar a nossa democracia, mas exi-gir do governo, com mobili-zações de rua, uma mudan-ça nas prioridades, para que os ricos paguem a conta da crise que estamos vivendo, e não os trabalhadores.

EDITORIAL

Quinta-feira, 13 de agosto Rio de Janeiro, Brasil

º C | F20Ensolarado

PREVISÃO DO TEMPO

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e em nosso estado.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andra-de, Mario Augusto Jakobskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam) EDITORA: Vivian Virissimo (MTb 13.344) REPÓRTERES:André Vieira, Bruno Porpetta, Fania Rodrigues e Pedro Rafael VilelaREVISÃO: Sheila JacobCOLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Juliana BragaStefano Figalo TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

terceirizações e os ajustes fiscais, que vão retirar inves-timento em vários setores públicos importantes, como educação, saúde e outros. E pior, esse dinheiro está sendo investido nos setores privados, bancos, etc. Está, assim, fazendo exatamente

2 | Opinião Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015

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ria de Mulheres Rurais da Contag, Alessandra Lunas, nos últimos meses o con-servadorismo em diversos setores da política tem di-ficultado o acesso das mulheres a uma série de direitos, como o direito à educação, partici-pação igualitária na política e ocu-pação de cargos nas esferas_de-

Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos

Div

ulga

ção

Saúde realiza dois grandes atos

Os servidores dos hos-pitais_federais Cardoso Fontes, da Lagoa e de Ipanema, dos Servidores do Estado e dos institutos de Cardiologia e de Trau-mato-Ortopedia_(Into) estão em greve. No Insti-tuto de Cardiologia, pa-cientes que precisam me-dir índice de coagulação do sangue são atendidos normalmente. Na terça (11) houve ato em frente ao Hospital Universitário Antônio Pedro, em Ni-terói. Na quarta (12) o pro-testo aconteceu na Rua México, 128, no Centro.

SINDICALpor Claudia Santiago

FRASE DA SEMANA

Divulgação

Divulgação

Marcha das Margaridas reúne 70 mil mulheres por democracia

A Marcha das Margari-das é considerada a maior manifestação pelos direitos das mulheres no mundo. Realizada em Brasília (DF)na última terça-feira (11), a marcha contou com a par-ticipação de 27 federações e 11 entidades parceiras. En-tre os pontos principais da pauta estão o fim da violên-cia contra a mulher e o com-bate ao uso de agrotóxicos.

De acordo com a secretá-

O programa “Pânico na Band” está sendo denun-ciado por racismo. Uma co-missão da OAB questiona o programa que apresenta um ator branco pintado de negro interpretando um “africano imbeciliza-do”._Mandou super mal!

O médico cubano Juan Delgado, que foi vaiado ano passado, está traba-lhando com tribos indí-genas no interior do Ma-ranhão, onde há anos não chegavam médi-cos. Ele ainda reivindi-cou: “Faltam remédios e estrutura”.

mandoumal

mandoubem

Contra demissões, funcionários da General Motors iniciaram greve, por tempo indeterminado, em São Paulo. Segundo o sindicato, além de cobrar que a empresa abra negociações, os trabalhadores vão pressionar o governo federal para que tome medidas imediatas pela reversão das demissões.

Tâni

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rasil

disse o secretário de segurança José Mariano Beltrame. Dados da Anistia Internacional mostram que 8466 pessoas foram mortas a partir de ações policiais entre 2005 e 2014 no Rio de Janeiro.

Bancários em campanha salarial

Os bancários entregaram nesta semana, aos banquei-ros, as reivindicações da campanha 2015. Na mes-ma data, foram encami-nhadas as reivindicações específicas dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Os pontos centrais são rea-juste de 16%, valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho), defesa do em-prego, combate às metas abusivas e ao assédio mo-ral, maiores_vales-alimen-tação, melhores condições de trabalho e refeição e fim da terceirização.

“O traficante Playboy é apenas mais um”,

cisórias do país – além de colocar em risco direitos sociais já conquistados e a própria democracia. (RBA)

Geral | 3Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015

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Professores em greve da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fizeram no final de se-mana um piquenique na Quinta da Boa Vista, na zona norte, como parte da campanha #dialoga-Janine. Iniciada nesta semana, a campanha foi criada para que o minis-tro da Educação, Renato Janine, reúna-se com os trabalhadores e estudan-tes das instituições fede-rais de ensino superior.

Em greve há dois me-ses, os docentes da UFRJ

No local faltam professores, funcionários e as instalações estão com problemas

No ano do bicentenário do dramaturgo e precur-sor da comédia no teatro brasileiro, Martins Pena, a escola que leva o seu nome, no Rio de Janeiro, gratuita e uma das mais antigas da América Latina, enfrenta uma crise. No local onde se formaram Denise Fraga, Joana Fomm e, mais recen-temente, o dramaturgo-re-velação_Jô_Bilac,_faltam professores,_funcionários e as instalações estão com problemas de infraestru-tura, que ameaçam quem circula pelo local.

Técnico de iluminação da Martins Pena, Leopol-do Barbato diz que além da falta de professores para dar aulas de iluminação e figu-rino, trabalhar na Martins Pena é correr risco de morte.

“A parte estrutural do prédio está bem degradada, princi-palmente o casarão”, disse.

Para chamar a atenção, em maio a comunidade es-colar fez uma série de ma-nifestações. Na ocasião, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio anunciou a criação de um grupo de tra-balho, incluindo as secreta-rias estaduais de Educação e Cultura. No entanto, quase três meses depois, a própria escola não indicou repre-sentantes para o grupo, que não começou a trabalhar.

Quem acompanha a cena teatral no país lamenta a situa-ção. O premiado dramaturgo Jô Bilac, ex-aluno da Martins Pena, disse que a escola foi um divisor de águas em sua car-

Fernando Frazão /Agência Brasil

Antonio Cruz /Agência Brasil

Morte de “Playboy” deixa quase 6 mil sem aulas

Quase seis mil alunos ficaram sem aula na se-gunda-feira (10), no Rio de Janeiro, por conta da ocu-pação do Complexo da Pedreira, em Costa Bar-ros, zona norte da cidade, pelo Comando de Opera-ções Especiais da Polícia Militar. A segurança no local foi reforçada após a morte, no sábado (8), de Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, o traficante mais procurado da cidade.

De acordo com a Secre-taria Municipal de Edu-cação, nove escolas, três creches e cinco espaços de Desenvolvimento In-fantil (EDIs) ficaram sem atendimento na região de Costa Barros e entor-no._As_unidades aten-dem 5.759 alunos. (ABr)

também criaram uma página com a cronologia dos cortes feitos pelo go-verno na área da educa-ção. A página oferece ma-terial de pesquisa para que a população entenda os motivos da greve.

O ministro esteve no Rio na sexta-feira (7) para uma visita à Fundação Roberto Marinho e se re-cusou a dialogar com os grevistas. Segundo os pro-fessores, até o momento, os encontros foram com secretários do Ministério da Educação (MEC). (ABr)

Professores querem diálogo com o ministro da Educação(foto)

Funcionários e estudantes criticam falta de professores e de estruturaProfessores da UFRJ querem posicionamento do MEC

Escola de teatro Martins Pena enfrenta crise

reira. “Tinha o desejo muito grande pela escrita, descobri o teatro, mas não sabia onde poderia aprender dramatur-gia”, afirmou ele, que pôde desenvolver suas habilida-des na escola de teatro. (ABr)

Isabela Vieirada Agência Brasil

4 | Cidades Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015

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Debaixo do sol escaldan-te, Maria de Fátima de Souza,de 38 anos, constrói seu bar-raco na recente ocupação doMTST (Movimento dos Tra-balhadores Sem Teto), nobairro Largo da Batalha, emNiterói. Apesar do esforço fí-sico para fincar as estruturasde bambu, seu cansaço nãoé maior que a esperança deter uma vida melhor.

“Aqui estamos tendo aoportunidade de lutar pelanossa casa própria”, diz adona de casa e militante daocupação. Atualmente Maria

de Fátima mora no Morro deCantagalo, localizado na bai-xada litorânea de Niterói.Mãe de seis filhos, ela e suafamília vivem apenas da ren-da do esposo, que é ajudantede bombeiro hidráulico.“Amo minha comunidade,mas a vida lá é muito difícil.Essa economia com o aluguelpode melhorar a vida dosmeus filhos”, explica.

Maria de Fátima faz partedo grupo de mais de 350 fa-mílias que ocupam o terreno

de cerca de 100 mil metrosquadrados, na região de Pen-dotiba, considerada nobre.Os militantes do MTST ocu-param a área na sexta-feira(7). O terreno, que pertenceà Prefeitura de Niterói, foi de-sapropriado em 2011, com oobjetivo de construir um ter-

minal rodoviário, mas estavaabandonado há muitos anos.

HABITAÇÃO POPULARNo entanto, nenhum pro-

jeto para viabilizar o termi-nal foi apresentando. O MTSTpede que esse terreno sejadestinado à habitação po-

pular. “Tem muitas famílias,de comunidades pobres doentorno, algumas delas vi-vendo em área de risco,que necessitam de umamoradia”, afirma um doscoordenados do MTST, Gui-lherme Simões.

Aos poucos, o terreno queestava abandonado, cheiode mato e lixo, vai ganhandovida e barracos improvisadosde famílias pobres que rei-vindicam o direito à mora-dia. Porém, a batalha pro-mete ser longa, já que essaé uma das regiões mais va-lorizadas da cidade, e o mer-cado imobiliário está deolho. “Nosso maior conflitoé com a especulação imo-biliária. Tem muita gente emcarro importado que passaaqui na frente do acampa-mento e nos chama de vaga-bundos. Os ricos da área nãoaceitam nossa presença”, des-taca Guilherme.

Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015 Cidades | 5

Fania Rodriguesde Niterói (RJ)

Movimento dosTrabalhadores Sem Teto pede aconstrução demoradias populares

Segundo a política do mo-vimento pela moradia, nãopode haver casa sem gentee gente sem casa. É isso queos ocupantes do Largo daBatalha reivindicam. “Aban-donada como estava, essa

área não cumpria sua funçãosocial. Esse terreno não podecontinuar vazio enquantotem gente precisando de casadigna”, afirma Guilherme Si-mões, do MTST.

Foi isso que levou a donade casa Cleomar RodriguesMendes, de 42 anos, a se jun-tar à luta. “Lá em casa, somossete pessoas morando emum espaço muito pequeno.Moro com meus três filhos,meu pai de 74 anos e duasirmãs. E essa casa pertenceao pai dos meus filhos, nem

é nossa”, diz a militante. Ela sonha com o dia em

que vai morar em uma casamelhor e em um lugar commais facilidade. “Subir e des-

cer da comunidade com meupai doente é muito sofrido.Se alguém passa mal a noitenão tem como ir para o mé-dico, pois estamos no alto

da comunidade e é compli-cado sair. Se a gente conquis-tasse nossa casinha, aqui ascoisas seriam mais fáceis”, ga-rante a dona de casa. (FR)

de Niterói (RJ)

MTST: Terrenoabandonado nãoestava cumprindofunção social

Moradores de Niterói ocupamterreno abandonado

Moradia é um direito de todos

Moradores começam a organizar as regras de convivência do acampamento

_______________

Os militantes do MTST ocupa-ram a área nasexta-feira (7). O terreno perten-ce à Prefeitura de Niterói_______________

Terreno pertence à Prefeitura de Niterói e estava abandonado

Midia Ninja

Fania Rodrigues/ Brasil de Fato

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Argentina: candidato de Cristina vence eleições primárias

O candidato gover-nista, Daniel Scioli, ven-ceu as eleições prévias nacionais para definir quem pode suceder a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner. Dos 15 candidatos ao cargo, ele foi o mais votado, com 38% dos votos. Scioli vai enfrentar o empresário Maurício Macri, que fi-cou em segundo lugar, com 31% dos votos.

As eleições prévias na Argentina_são_nacio-nais, simultâneas e obri-gatórias, por isso são consideradas um retrato antecipado das eleições que vão ocorrer no dia 25 de outubro. (ABr)

EM FOCO

Dami Darras

Divulgação

Matsuyama

O mundo lembrou, na última semana, os 70 anos das explosões das bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki. O bombardeio foi feito em 1945 pelos EUA, durante a Segunda Guerra Mundial.

O presidente da Colôm-bia, Juan Manuel Santos, não exclui a hipótese de se encontrar, “caso seja ne-cessário”, com o líder das Forças Armadas Revolucio-nárias da Colômbia (Farc), Timoleón Jiménez “Timo-chenko”, dentro das nego-ciações de paz entre o go-verno e a guerrilha.

O chefe da equipe de ne-gociadores do governo co-lombiano, Humberto de la Calle, reuniu-se com “Timo-chenko” por duas ocasiões,

Colômbia: presidente pode se encontrar com líder das Farc

Líder das Farc poderá dialogar com presidente sobre acordo de paz

“com a minha autorização expressa”, afirmou o presi-dente colombiano em uma entrevista publicada sábado (8) pelo jornal Semana.

O irmão do presidente, En-rique Santos, negociador na fase preparatória do diálogo de paz, também se encon-trou “uma vez” com o líder das Farc. As negociações co-meçaram em novembro de 2012, em Cuba, com o obje-tivo de colocar um ponto fi-nal no mais longo conflito da América Latina. (ABr)

Divulgação/FARC

Mortalidade infantil cresce em Gaza

A taxa de mortalidade infantil na Faixa de Gaza subiu pela primeira vez em 50 anos, segundo a ONU. O bloqueio imposto, há nove anos, por Israel seria a prin-cipal causa do agravamen-to da situação na Palestina.

Em 2013, a taxa de bebês que morreram antes de com-pletar um ano subiu para 22 por mil habitantes. Desde 2008 esse número era de 20

mortes por ano. De acordo com a agência da ONU para os_refugiados_palestinos (UNRWA), em 1960 a mor-talidade de bebês era de 127 por mil. Mas, desde então, foi caindo a cada contagem, fei-ta de cinco em cinco anos. “A mortalidade infantil normal-mente não retrocede. Este aumento não tem preceden-te”, diz Akihiro Seita, diretor da UNRWA. (Agencia Lusa)

Bloqueio em território palestino causa pobreza e morte de crianças

6 | Mundo Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015

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As estatísticas estão aípara comprovar: as mulhe-res jovens são as principaisvítimas de assédio sexuai eestupro. De acordo com in-formações da Organizaçãodas Nações Unidas apro-ximadamente 120 milhõesde mulheres jovens no mun-do todo já foram vítimas deviolação ou estupro até os20 anos de idade.

Além disso, uma pesquisafeita no Brasil, pelo InstitutoAvon, em parceria com oData Popular, realizada emdezembro de 2014, mostraque cerca de 78% das mu-lheres já foram assediada emlocais públicos. Além disso,um terço das mulheres já foi

xingada ou impedida de usardeterminada roupa.

A violinista Fabiana Doria,de 32 anos, recentemente foiassediada na rua. “Estavapassando por uma rua, noCentro do Rio, em um diade semana comum, quandoum homem fez um gesto debeijo, com a boca. Não gostei

e respondi com um sinal obs-ceno com a mão, foi entãoqueele me pegou pelo pes-coço e apertou como se fosseme beijar à força. No susto,agarrei o braço dele e o der-rubei no chão. Não contente,ele tentou se levantar parame agredir novamente, masfoi contido por um homem

que passava”, relata a música. Fabiana disse que se sentiu

duplamente agredida. “Essehomem achou que estava nodireito de me assediar e,quando reagi, ele respondeucom outra agressão, aindapior. É como se nós mulherestivéssemos que aceitar quie-tas esse assédio na rua”, pro-testa a violinista.

ASSÉDIO NO TRANSPORTE

As jovens também são al-vos de abusadores em ôni-bus, trens e metrôs, assimcomo em bares, restaurantese casas noturnas. A pesquisada Campanha Cidades Se-guras para as Mulheres, de2014, aponta que 43% dasmulheres já sofreram algum

tipo de assédio sexual notransporte público. O levan-tamento foi realizado nasperiferias de Pernambuco,Rio de Janeiro, Rio Grandedo Norte e São Paulo. E 44%das meninas afirmam quehomens já as assediaram etocaram em seu corpo emuma “balada” ou festa, se-gunda o Data Popular.

Campanha de enfretamento à violênciacontra as mulheres

Para combater essas esta-tísticas assustadoras, a Casada Mulher Trabalhadora(CAMTRA) lançou esse mês

a campanha “Não me cale,nem me culpe. #merespei-taae”. Foram divulgados vá-rios vídeos, clipes musicaise peças de teatro que trazemo tema à tona. A ideia é cons-cientizar o público e esti-mular as denúncias dessetipo de agressão.

“As mulheres podem fazera denúncia em qualquer de-legacia, mas o ideal seria na

delegacia da mulher, pois háuma equipe melhor prepa-rada”, ressalta a coordenadorada campanha, Alyne Evelyn,do Núcleo de Mulheres Jo-vens da CAMTRA.

A ativista destaca ainda queé preciso falar do tema, paraque as próprias mulheres pos-sam identificar esse assédio,muitas vezes velado. “Muitasmulheres não denunciam por

vergonha, medo ou porquesimplesmente não sabem queforam vítimas de um crime”,afirma Alyne Evelyn.

As mulheres são tão coa-gidas na rua, dentro trans-porte, no trabalho e em ou-tros lugares públicos, quemuitas vezes nem percebemque estão sendo vítimas decrimes como o assédio e aviolência sexual. Por isso a

campanha “Não me cale,nem me culpe. #merespei-taae” quer chamar a atençãopara essa violência, muitasvezes ignorada e legitimadapela sociedade. Mais infor-mações podem ser obtidaspor e-mail ([email protected]), no site www.camtra.org.br e no canal no Youtube:CAMTRA Casa da MulherTrabalhadora.

do Rio de Janeiro (RJ)

Violência sexual e o assédio violam osdireitos e a liberdadedas mulheres

_______________

Pesquisa apontaque 43% das mu-lheres já sofreramassédio sexual no transporte público_______________

Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015 Cidades | 7

Mulheres sofrem com assédio sexual, principalmente na rua e no transporte

Midia Ninja

Fania Rodrguesdo Rio de Janeiro (RJ)

É grande o número de jovens que sofremagressões sexuais em lugares públicos

Mulheres jovens são as principais vítimas de assédio

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No dia 16, grupos comoo “Vem pra rua” e partidoscomo o PSDB chamam atocontra a corrupção e peloimpeachment. No dia 20,organizações de esquerdacriticam ajuste fiscal e pe-dem mais democracia. Con-fira as principais bandeirase quem está convocandoos dois atos.

A manifestação de 20 de

agosto está sendo convoca-da pela Frente Brasil Popu-lar, composta por organiza-ções como a Central Únicados Trabalhadores (CUT),Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem Terra(MST), União Nacional dosEstudantes (UNE), LevantePopular da Juventude, Mo-vimento de Atingidos porBarragens (MAB), além departidos como o PT, PCdoBe Consulta Popular. No dia20, atuam em dois temascentrais: respeito às eleiçõesde 2014 e contra os ajustesdo governo federal, comoos cortes no seguro-desem-prego e no FIES.

Os eventos do dia 16 sãoconvocados pelo Movimento

Brasil Livre (MBL), pela pá-gina Vem Pra Rua e Revolta-dos ON LINE. Alguns dospartidos da oposição ao go-verno federal também con-vocam ou apoiam a mani-festação: PSDB, DEM, Soli-dariedade e PPS.

Entre as organizações há,ainda, a divisão entre os quequerem a deposição da pre-sidenta Dilma Rousseff porvias democráticas e os quedefendem uma intervençãomilitar. Outros apostam naestratégia de desgastar o go-verno até 2018, levando à suaderrota eleitoral.

DIA 20 O QUE QUEREM:• Defesa dos direitos: con-

tra o ajuste fiscal que retiradireitos e a favor de me-lhores condições de vidapara o povo;• Mais democracia: a favorda reforma política, do res-peito às eleições de 2014 eregulamentação dos meiosde comunicação;• Soberania nacional: con-tra a entrega do petróleobrasileiro a empresas trans-nacionais;• Reformas estruturais: a fa-vor da reforma política, ur-bana, agrária, tributária eeducacional;• Integração latino-ameri-cana: a favor da integraçãodos países latino-americanos,através do Mercosul, CELACe Unasul.

16 DE AGOSTOO QUE QUEREM:• Invalidação das eleições2014: recontagem e investi-gação das eleições presiden-ciais de 2014;• Votação do impeachmentde Dilma Rousseff: foramprotocolados na Câmara dosDeputados 13 pedidos de im-peachment da presidenta;• Prisão do ex-presidenteLula: por suposto envolvi-mento em casos de corrup-ção investigados pela opera-ção Lava-Jato;• Mais CPIs: aprofundamen-to das Comissões Parlamen-tares de Inquérito (CPIs) eminstituições estatais e pú-blicas, como a Petrobras e oBNDES.

de Belo Horizonte (MG)

Duas manifestaçõesestão sendoconvocadas neste mês de agosto.Entenda as diferenças

Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015 Brasil | 9

O presidente do Senado,Renan Calheiros (PMDB),apresentou ao governo a cha-mada Agenda Brasil na se-gunda-feira (11). A propostacontém uma série de medi-das que teriam como objetivoenfrentar a crise política eeconômica e garantir gover-nabilidade. A presidenta Dil-ma Rousseff disse que irá es-tudá-la e a classificou como“positiva” para o país.

Entretanto, a maioria das27 propostas presentes na

Agenda Brasil, segundo osmovimentos populares ou-vidos pelo Brasil de Fato,representam um retrocessonos direitos trabalhistas,na questão ambiental e naárea da Saúde.

Benedito Barbosa, diri-gente da Central de Movi-mentos Populares (CMP),acredita que a Agenda Bra-sil vai colocar o governoDilma “de joelhos”. “A di-reita, na figura do RenanCalheiros, em troca do 'pac-to pela governabilidade',quer impor essa propostaneoliberal ao governo, iso-lando as pautas sociais”.

MINERAÇÃOA Agenda Brasil também

faz referência à revisão dalegislação à respeito da mi-neração, objetivando a atra-ção de investimentos. ParaMaria Júlia Andrade, do Mo-vimento pela Soberania Po-

pular frente à Mineração, to-das as discussões prévias so-bre o assunto e a participaçãopopular estão sendo “trato-radas” nesse momento.

SAÚDEEm relação à saúde, o SUS

é o principal alvo da Agenda.Calheiros propõe "cobrança

diferenciada, por faixa de ren-da”, alterando o acesso e ocusteio dos serviços. A presi-denta do Cebes, Ana MariaCosta, criará uma porta paraos ricos e uma para os pobres.“Essa proposta deixa claro dequal lado estão os seus pro-ponentes, que não é o dos in-teresses públicos e coletivos”

TERCEIRIZAÇÃOFrederico Melo, assessor

do Dieese alerta para o pon-to referente à regulamenta-ção das terceirizações: “Sobo pretexto de regulamentaras relações de emprego ter-ceirizadas, acaba abrindo apossibilidade de terceiriza-ção irrestrita”.

MEIO AMBIENTEEm relação ao meio am-

biente, a Agenda propõe pon-tos como estimular o turismoe a realização de megaeven-tos, a simplificação de licen-ciamento para construção deequipamentos e infraestru-tura turística em cidades his-tóricas. Também prevê esta-belecer processo aceleradopara o licenciamento am-biental para obras estrutu-rantes do PAC e a revisão dosmarcos jurídicos que regulamáreas indígenas.

O que está em jogo no Brasil?

José Coutinho Jr. e Walace de Oliveira

de São Paulo (SP) eBelo Horizonte (MG)

Proposta de Calheiros vai “contradireitos conquistadosna Constituição”,alertam movimentos

Dilma estuda propostas da “Agenda Brasil” apresentadas por Calheiros

Agenda Brasil será “desastrosa para o país”

EBC Memória

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Escola tem sede em Campinho, bairro localiza-do entre Madu-reira e a região de Jacarepaguá

Em 1984, a Portela obteve seu último títu-lo no carnaval carioca, como campeã do desfile de domingo. Foi a única vez em que houve uma campeã para cada dia de desfile – a Mangueira foi a campeã de segun-da-feira, e supercampeã do carnaval. Aquele ano marcaria também uma importante cisão na his-tória da Azul e Branco de Osvaldo Cruz: revoltado com as atitudes do en-tão patrono da escola, o bicheiro Carlinhos Ma-racanã, Nésio Nascimen-to, filho do patrono his-tórico Natal da Portela, resolveu romper com a escola que imortalizou o nome de seu pai e fundar uma nova agremiação. Surgia assim a Tradição.

Sediada em Campinho (bairro localizado entre Madureira e a região de Jacarepaguá), tendo as mesmas cores da Portela e um condor coroado (em homenagem ao Império Serrano) como símbolo, a Tradição trouxe para sua ala de composito-res os pesos-pesados da música brasileira João Nogueira e Paulo César Pinheiro.

INOVAÇÃOE os dois foram os res-ponsáveis por uma inova-

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Ocupa CacildaO quê? Apaixonados por dança não podem perder o projeto “Ocupa Cacilda” com direito a espetáculos, bate-papos, cinema e residência artística. Onde? Teatro Cacilda Becker (Rua do Catete, 338)Quando? Até o dia 18/10, em diferentes dias e horários. Quanto? R$10

Festa do JapãoO quê? A Festa do Japão terá barraquinhas servindo pratos típicos, decoração especial, oficinas, artes marciais, dança, música e tambores japoneses.Onde? Parque das Crianças - Parque do FlamengoQuando? Sábado (15), às 17h, e domingo (16), às 10hQuanto? 0800

BR-TransO quê? Espetáculo criado a partir de fragmentos de vida reais, coletados através de conversas com travestis, transexuais e transformistas entre os estados do Ceará e Rio Grande do Sul.Quando? Até 6/9, de quarta a segunda, às 19h30Onde? Teatro III do CCBB (Rua Primeiro de Março, 66)Quanto? R$ 10

Samba de LeiO quê? A roda Samba de Lei volta ao Arco do Teles tocando clássicos de todos os tempos. É uma rapaziada jovem comandada por Thiago Torres.Onde? Arco do Teles - Praça XVQuando? Quinta-feira (13), às 19hQuanto? 0800

FuscasO quê? A mostra exibe oito Fuscas do autoclube VW Lord’s, fabricados antes dos anos 90, além de 100 miniaturas desse veículo.Quando? Até 15/8, das 10h às 22hOnde? Shopping Grande Rio (São João de Meriti)Quanto? 0800

AGENDA DA SEMANA NA CADÊNCIA | Diogo Vela

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ção Da Portela, surge um

condor em Campinho

ção. Ao serem convidados para comporem o samba-enredo da agremiação, João e PC Pinheiro dis-seram que já tinham um pronto que homenageava o Xingu e o cacique Raoni. Invertendo a lógica usual, nascia ali o enredo a par-tir do samba já composto.

SÉRIE BEmbalada por sambas da célebre parceria, a Tra-dição teve uma ascensão meteórica para a elite do carnaval carioca. Foi su-bindo de grupo a cada ano. Mas ao chegar à elite não conseguiu lá se man-ter, e foi virando uma es-cola iôiô como muitas que existem, sem o charme original. Foi a mesma épo-ca em que João Nogueira e Paulo César Pinheiro deixaram de compor os sambas da escola. Mas a Tradição, hoje na série B do carnaval carioca, des-filando na Intendente Ma-galhães, ao menos deixou como legado belas com-posições da parceria.

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Arquivo

João Nogueira compôs sambas da Tradição

Corda BambaO quê? Bailarinos aliam técnicas das danças urbana e contemporânea em diálogo com elementos presentes nas linguagens do teatro e do circo.Onde? Teatro SESI Jacarepaguá (Av. Geremário Dantas, 940)Quando? Sábado (15), às 20hQuanto? R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

10 | Cultura Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015

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O Rio de Janeiro é conhe-cido como a capital culturaldo Brasil, mas um bairro queestá dando o que falar é oMéier, na zona norte. Lugarhistórico com quase 50 milhabitantes, há mais de umano o projeto “Leão Etíopedo Méier” tem levado sema-nalmente um conjunto deapresentações culturais paraos moradores da região. E omelhor: tudo de graça. Oponto de encontro está des-crito no nome do projeto.Entre as ruas Dias da Cruz eHemengarda fica um leão eé por ali perto que as ativi-dades rolam.

Cria do bairro, o DJ PedroRajão, de 29 anos, é um dosfundadores do movimento.Pesquisador da cultura afri-cana e afro-brasileira, ele

conta que o “Leão Etíope”surgiu da necessidade de apopulação do bairro não pre-

cisar se deslocar para outroslados para ter acesso à cul-tura. “Somos o grupo queocupa a Praça AgripinoGrieco [ao lado do leão]convidando músicos, gru-pos de circo, grafiteiros, fa-zemos também um cine-clube. Não temos uma datafixa, mas fazemos atividadestoda semana”, conta.

DIFICULDADESMas nem tudo são flores.

Sem nenhum apoio dos go-vernos, o projeto é totalmen-te mantido por voluntários.“As dificuldades são todas.Para conseguir fazer umevento como esse precisa-mos de uma liberação, deum ‘nada a opor’. Não temosnenhuma facilidade, o queacontece é que é convenientepara o poder público que agente execute esse trabalho”,

critica. Atualmente, são setepessoas que fazem funcionaro “Leão Etíope do Méier”.

Quem quer conhecer aatividade cultural, no pró-ximo domingo (16), a partirdas 18h, terá uma grande

oportunidade. Misturandoo ritmo africano do MC Pax,da República do Congo,com a música do brasileiroGabriel Marinho e partici-pação de Fernando Grilo,a cultura negra será cantadano Méier com o especial

“Do Congo ao Realengo”. Eainda terá a discotecagemdo Original Black SoundSystem e do DJ Chorão.

Falando ainda dessa mis-tura de África com zona nor-te, o nome do projeto fazmenção a um dos dois paísesdo continente africano queresistiu e que não foi coloni-zado: a Etiópia, nação quetraz o leão em sua bandeira.“Eu sempre passei pelo leãoque fica na rua Dias da Cruz[no Méier] e sempre vi umafalta de movimentação cul-tural naquela área e na zonanorte como um todo”, revelaRajão. Assim ele explica osurgimento do movimentoe a origem do nome do pro-jeto, que ressignificou o leãoe mudou a cara do bairro.

Um leão de cultura nobairro do Méier

E claro, a atividade estáaberta a todos. Para chegaraté o bairro, são duas for-mas principais. Indo detrem, basta descer na es-tação Méier. De lá, bastacaminhar um pouquinhoem direção à rua Dias daCruz. Para quem vai deônibus, listamos aqui al-

gumas linhas que paramem frente à praça do eventoou próximo da estação detrem: 691, 353, 346, 383,687, 696, 455, 456, 457, 238,239, 247, 249, 254, 277, 606,607, 636, 679, 685, 544.

André Vieira do Rio de Janeiro (RJ)

Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015 Cultura | 11

Há mais de um ano, projeto Leão Etíope do Méier movimenta bairro histórico

Projeto tem apresentado um conjunto de atividades gratuitas, todas as semanas, na Praça Agripino Grieco

Sabe chegar?Nós damos a dica!

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Projeto surgepara a populaçãodo bairro não precisar se deslo-car para teracesso à cultura______________

Marina Andrade

(Praça Agripino Grieco)

16 de agosto, às 18h - Especial "Do Congo a Realengo"

22 de agosto, às 17hLeoa Etíope do Méier (edição feminista)

29 de agosto, às 10h Méier + Visível (edição voltada àsquestões da populaçãoem situação de rua)

Agenda de agostodo Leão Etíope

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Galera, esse ano o RioParada Funk vai para suaquinta edição

O evento reúne, uma vezpor ano, diversas equipesde som em um só lugar, masesse ano tem novidade. Eunão vou dizer qual é agora,pois o evento será exata-mente daqui a um mês.

Ainda vou falar do Rio Pa-rada Funk mais pra frente.

Hoje eu quero falar doque antecede o evento, quena minha opinião é tão oumais importante do que oevento em si.

Quero convidar você, fun-keiro, para participar daConferência Funk, que estáacontecendo todas as quar-tas-feiras, no Museu de Artedo Rio (MAR).

Aqueles que foram nasduas primeiras certamentenão vão deixar de compa-recer nas próximas quar-tas, pois foram feitas commuita excelência.

Nesse espaço vamos de-bater o mercado do Funk,suas linguagens, a profis-sionalização de seus artistas,entre outras coisas.

O encontro é em formatode palestras e rodas de con-versa com produtores, do-nos de gravadoras e repre-sentantes de plataformas

digitais, além, é claro, demuitos artistas ligado aomovimento.

Quero agradecer aqui oempenho de todos os en-volvidos na produção daConferência Funk, e tam-bém a todos que aceita-ram o convite em partici-par de alguma forma parasua realização.

Um agradecimento es-pecial aos responsáveispelo MAR, que simples-mente abriram as portasdo museu para os funkeirosdiscutirem o futuro domaior movimento culturaldo Rio de Janeiro e quemsabe até do Brasil.

O MAR fica localizado naPraça Mauá nº5, estarei lácom certeza.

12 | Opinião

A fim de papo | Mc Leonardo

Orlando Zaccone

Playboy, nome “famoso” deuma estatística macabra

Alô funkeirada!

Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015

O anúncio da morte dotraficante mais procuradopela polícia do Rio de Ja-neiro, o Playboy, é mais umapeça no “museu de grandesnovidades” das políticas desegurança pública com der-ramamento de sangue emnosso estado. Naldo, Lulú,Bem-Te-Vi, Gangan, Mate-mático, todos “mortos emconfronto”, são apenas al-guns nomes “famosos” deuma estatística macabra. Se-gundo o relatório da AnistiaInternacional “Você matoumeu filho”, as polícias no Riomatam em média duas pes-soas por dia. Foram 8.466mortos a partir de ações po-liciais entre 2005 e 2014.Para além de alguns trafi-cantes conhecidos, sobrauma quantidade imensa depessoas executadas que nãotêm nome e nem fama.

Fala-se muito em “violên-cia policial”, mas pouco se falaque essas mortes são legitima-das por instrumentos jurídi-cos no interior do Estado deDireito. A decisão de arquiva-mento dos autos de resistên-

cia, nomenclatura utilizadapara diferenciar dos crimes dehomicídio as ações letais pro-duzidas por policiais em ser-viço, contempla esta violênciacomo uso legal da força.

Promotores e magistradosda Justiça Criminal partici-pam de uma política de ex-termínio ao decidirem quea identificação do inimigo,na figura do “traficante dedrogas”, em ações que ocor-rem no interior de favelas eguetos, é elemento suficientea contemplar a legalidade daação policial. Era traficante

ou pedreiro? Era traficanteou dançarino? Dependendoda resposta lá se vão algunspraças e soldados para a ca-deia ou para a promoção.

PODER POLÍTICO CORROMPIDO

Estamos diante de ummassacre sistêmico, homo-logado pelas autoridades ju-rídicas e aplaudido por se-tores da sociedade. O que agrande maioria dos policiaiscivis e militares não percebeé que essa política de exter-mínio só favorece ao poderpolítico corrompido. A vidade um policial acaba tendoo mesmo “desvalor” da vidade um traficante. Ou seja, vi-das que não valem nada. Vi-das indignas de serem vivi-das. Enquanto os indignosde farda e sem farda entre-gam suas vidas numa guerrasem fim, os negócios da se-gurança e a segurança dosnegócios prosperam na Ci-dade Maravilhosa.

Orlando Zaccone édelegado da Polícia Civil

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Segundo o relatório daAnistia Interna-cional “Vocêmatou meufilho”, as políciasno Rio matamem média duaspessoas por dia_______________

Conferência Funk acontece todas as quartas-feiras no MAR, na Praça Mauá

Midia Ninja

Latuff

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O encontro é em formato depalestras e rodasde conversa comprodutores, donosde gravadoras erepresentantes de plataformas digitais_______________

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Torta integral de atumBOA E BARATA

IngredientesMassa: 2 ovos2 xícaras de trigo integral1 xícara de leite1/2 xícara de óleo de girassol1 xícara de aveia fina1 colher de sopa de fermentosal a gostoRecheio:1 cebola picada1 tomate picado2 ovos cozidos picados2 latas de atum natural moído1 colher de cheiro-verdesal e pimenta a gosto

Tempo de preparo45min

Modo de preparoMassa: Coloque todos os ingredientes no liquidificador, menos o fermento, e bata tudo até ficar bem homogêneo. Depois acrescente o fermento e bata rapidamente só para misturá-lo à massa. Recheio: Misture todos os ingredientes numa tigela e mexa todos. Em uma forma média unte com azeite, coloque metade da massa e espalhe o recheio todo por ela. Depois acrescente o restante da massa e polvilhe, se quiser, orégano por cima para dar um gostinho especial. Leve ao forno médio por mais ou menos 40 a 45 minutos.

Rendimento12 porções

Divulgação

Fique tranquila, cara leitora! A laranja faz muito bem pra saúde sim. Além de fazer bem pra digestão, ajuda a prevenir a pressão alta, fortalece o sistema de defesa e ainda diminui o ris-co de câncer. Não é verdade que a laranja faz engordar. Uma_laran-ja média tem cerca_de_50 calorias,_en-quanto_uma

Todos os dias como laranja após o almoço e o jantar. Um médico me disse que faz muito bem comer a fruta todos os dias, principalmente o bagaço. Mas um pro-fissional de academia falou que não faz bem, porque é muito calórica. Qual é a verdade, ela engorda ou faz bem pra digestão? Posso comer sem medo?

Maria Cristina Coutinho da Silva, 48, secretária.

AMIGA DA SAÚDE

lata de refrigerante co-mum, por exemplo, tem 215 calorias. As frutas em geral fazem bem pra saúde e, se ingeridas em quantidade moderada, não aumentam o peso.

Pelo contrário, as frutas são ótimas aliadas nas dietas para perda de peso. Pode_comer_s em _ me do, mas não exa-gere, pois todo exagero_pode ser ruim.

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

Divulgação

Variedades | 13Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015

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Terá perfeita consciência de todas as situações. Melhorias globais acontecerão em sua vida.

As suas relações afetivas vão situar-se preferencialmente no campo social.

As suas ideias vão fluir em abundância, o que facilitará a sua vida nos momentos cruciais.

Esta semana todos os acontecimentos se sucederão a um ritmo mais rápido do que o habitual.

Problemas tendem a desaparecer ou a simplificar na conjuntura da semana.

A conjuntura permite bons progressos. Todas as suas ideias e projetos serão alvo de bom acolhimento.

Nenhum acontecimento por mais insignificante que pareça deixará o libriano indiferente.

Semana com bastante dificuldade, há indícios de instabilidade geral nas relações.

A semana não define uma conjuntura brilhante, mas traz meios de superação.

Terá de aliar reflexão a uma boa capacidade de intervenção na resolução de tarefas.

Aproveite as boas influências para tomar iniciativas e pôr os seus planos em prática.

Momento intenso e radioso. Esta semana conseguirá ter os melhores desempenhos.

14 | Variedades

Cheia 29/8

LUA DA SEMANANOVAMinguante

5/9

Nova Até 21/8

Crescente 22/8

FASES DA LUA

Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015

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Cristóvão não foi demitido do Flamengo. Mas convive com a eterna ameaça de demissão pela imprensa e parte da torcida

Toques curtos | Bruno Porpetta

Castigo a galopeDivulgação

Cristóvão falha, mas time ainda está sendo montado

Desperdício O primeiro-ministro

do Japão, Shinzo Abe, foi a público, diante do par-lamento, nesta segunda-feira (10) pedir descul-pas pelo desperdício de R$ 170 milhões por parte do governo japonês ao abandonar o projeto ini-cial de estádio olímpico para os Jogos de 2020, em Tóquio.

Em 17 de julho, o go-verno japonês resolveu abrir mão do projeto devido à enxurrada de críticas pelo alto cus-to do mesmo e decidiu reiniciar tudo do zero. Porém, alguns contratos já haviam sido assina-dos pelo poder público e seus custos deveriam ser quitados. Nesta brinca-deira, se perderam seis bilhões de ienes.

BINÓCULO

A demissão de treina-dores no Brasil é tão cor-riqueira que merece um “demissiômetro” no Lar-go da Carioca para con-tar quantos já caíram ao longo do ano.

Este último final de se-mana foi exemplar dos efeitos dessa “cultura”. O Inter foi atropelado pelo Grêmio após demitir, sem maiores explicações, o treinador Diego Aguirre.

Ao mesmo tempo, Ricar-do Gomes viu o Botafogo perder para o Santa Cruz. Uma derrota que lhe tirou a liderança da série B, posi-ção em que se encontrava o alvinegro quando demi-tiu, sem muitas explica-ções, Renê Simões.

Por outro lado, Cristóvão não foi demitido do Fla-mengo. Mas convive com a eterna ameaça de demis-são pela imprensa e parte da torcida. A sorte dele é que, pelo menos, a direção do clube está com ele.

O time que ataca cada vez mais a cada partida, ao mesmo tempo em que leva gols em lances de bola parada em jogos segui-dos, é passível de críticas. Nem perto da sacanagem orquestrada contra o trei-nador rubro-negro. Não à toa, ele pode dizer que é vítima de racismo.

Renê Simões perdeu o emprego após cair na Copa do Brasil para um time da primeira divisão. À frente, por exemplo, do Vasco, campeão carioca.

Era o líder da série B, coisa que no início do ano era im-provável dizer que aconte-ceria. Aliás, o Botafogo era, a princípio, o patinho feio, inclusive, do Carioca.

Diego Aguirre pecou por assumir_a_Libertadores como a sua competição, largando o Brasileiro. Mas foi vítima de uma covardia por parte da direção do In-ter, que o demitiu em bus-ca de um “fato novo”. Dito e feito, ganhou uma mão cheia de “fatos novos”, jus-tamente, do Grêmio.

Enfim, essa dança das cadeiras entre treinadores só serve a empresários, que ganham comissões a cada contrato. Para o futebol, não tem a menor serventia.

Considerado o Pelé do basquete, Michael Jordan foi sabatinado pelas crian-ças de seu projeto social, em Santa Bárbara, na Califórnia, durante o evento anual que conta com sua presença.

Ao ser perguntado sobre um possível duelo contra Le-Bron James, não teve dúvidas sobre quem sairia vencedor.

Jordan se garante contra LeBron James

Divulgação

Ex-jogador do Chicago Bulls falou em evento anual de basquete para crianças

“No meu melhor momento, ganharia dele. E ele diria o mesmo”, disse Jordan.

Porém, caso o duelo acon-tecesse agora, entre Stephen Curry e LeBron, o eterno ca-misa 23 dos Bulls escolheria o primeiro. “Porque sou um pouco maior que ele, pode-ria pará-lo. O LeBron é muito grande”, completou o astro.

Jordan ainda contou his-tórias sobre as “peladas” en-tre os jogadores do Dream Team que disputou as Olim-píadas de 1992, dizendo que seu time aniquilava a equi-pe de Magic Johnson. (BP)

Jordan cutucou LeBron James em seu evento de basquete anual

A agência de notícias Associated Press divulgou nesta segunda-feira (10) a notícia de que 13 dos 40 remadores estaduniden-

Treze doentes dos EUA causam divergênciaRemadores da equipe norte-americana voltaram do Brasil com problemas estomacais

ses que estiveram pre-sentes no Mundial Júnior da modalidade na Lagoa Rodrigo_de_Freitas_tive-ram problemas_estomacais após a competição.

Este foi o evento-teste para as competições de remo dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, o que fez com que o Comitê Organizador_se_manifes-tasse a respeito._Segundo

o CO-Rio, seis atletas dos EUA já estavam doentes antes da competição, além de três australianos e três britânicos, de acordo com exames prévios.

Segundo_a_Federação_Internacional_de_Remo (FISA), o número de doen-tes é normal, considerando uma competição com 500 atletas na disputa. (BP)

Divulgação

Esportes | 15Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015

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Em meio a boatos, Fla alivia apressão

O Flamengo recebeu oAtlético-PR no Maracanã,nesta quarta-feira (12),em meio a boatos de umpossível acerto entre umdos candidatos de oposi-ção no clube e o treinadorJorge Sampaoli.

O time da casa começouem cima do Furacão e logomarcou aos 11 minutos,com Wallace. O gol foi co-memorado com o treina-dor Cristóvão Borges, alvode críticas da imprensa etorcida.

Porém, o Flamengo so-freu mais um gol em jogadade bola parada alçada naárea. Hernani, de cabeça,empatou o jogo aos 24 mi-nutos da primeira etapa.

O time carioca não seabalou, voltando ao campode ataque logo após e con-seguindo novamente a van-tagem com gol de Sheik,aos 39, e outro de Alan Pa-trick, em linda cobrançade falta aos 44 minutos.

No retorno do intervalo,o Fla mantinha o controleda partida, mas repetiu adose e falhou na marca-ção de um escanteio. Maisum gol de cabeça do Atlé-tico-PR, de Kadu, aos 19minutos.

O estreante Kayke, queentrou no lugar do tambémestreante Ederson, teve umgol anulado aos 26. O Fla-mengo retomava o controleda partida, mas corria ris-cos no contra-ataque.

Sheik, que fez um parti-daço, ainda cavou a expul-são de Hernani, dando aoFlamengo a chance de man-ter o controle das ações, se-gurando o placar de 3 a 2até o final.

Com um a menos, Flunão resiste ao Inter

16 | Esporte Rio de Janeiro, 13 a 16 de agosto de 2015

Brasileirão 201518º RODADA

X

FLA CAP

CFC PAL

SAN VAS

GOI CHA

COR SPO

INT FLU

FIG SAO

PON AVA

CAM GRE

JEC CRU

3 X 2 Qua. 12/0819h30m

XQua. 12/08

19h30m

X Sáb. 25/07

21h

XQua. 12/08

21h

XQua. 12/08

21h

XQui. 13/08

22h

XQui. 13/0819h30m

XQui. 13/0819h30m

XQui. 13/08

21h

Qui. 13/0821h

2 1

0 0

4 3

1 0

0 2

1 0

Doriva terá apoio maciço da torcida para seu segundo estadual

Nelson Perez/ Fluminense FC

Martin Silva garante derrota magra

O Fluminense foi ao Bei-ra-Rio, em Porto Alegre, en-frentar o Internacional des-troçado pela goleada sofridano clássico regional contra oGrêmio. O tricolor tambémvinha de uma derrota, contrao Avaí, e buscava recuperaçãona parte de cima da tabela.

No primeiro tempo, o Fluteve boa movimentação e,

apesar da ausência de Fred,conseguia produzir ofensi-vamente. Ronaldinho distri-buiu bons passes e foi peri-goso na bola parada. O Interprocurava tomar a iniciativado jogo, mas pouco produzia.

Na etapa final, a expulsãode Marcos Júnior transformoua partida. O Flu se retraiu,dando espaço para o Intercrescer no jogo. Ronaldinhodeu lugar a Lucas Gomes,com mais velocidade para arecomposição da marcação.

O Inter, em cima do Flu, seperdia pela ansiedade em de-finir as jogadas. O tricolor re-sistiu bastante, mas aos 37 nãoteve jeito. Vitinho pegou rebotena entrada da área e bateu fir-

me, abrindo o marcador e de-finindo o placar.

ÁRBITROS EM PROTESTO

Os árbitros de todos ossete jogos da rodada nestaquarta-feira (12) fizeram umprotesto antes das partidas.

Deram um minuto de si-lêncio e se postaram nomeio do campo, com a pla-ca eletrônica indicando osnúmeros 0 e 5, referentesao 0,5% do direito de arenapara a arbitragem, vetadono Profut. A única exceçãofoi entre Inter e Flu, ondeos algarismos poderiamsoar provocativos. Foi usa-do o 671 da MP.

Inter faz 1 a 0 noFlu, com gol de Vitinho, e melhora ambiente após goleada no Gre-Nal

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Ronaldinho tentou organizar o Flu, mas a ausência de Fred prejudicou

O Vasco foi à Vila Bel-miro, em Santos (SP), en-frentar o Peixe e foi massa-crado no primeiro tempo,devendo ao goleiro MartinSilva o empate sem golsnos primeiros 45 minutos.

No segundo tempo, ocruzmaltino manteve a pos-tura defensiva, chamandoo Santos para o seu campo.Mas a resistência vascaínanão durou muito. Aos trêsminutos Victor Ferraz abriu

o placar para o alvinegroda Vila Belmiro em belís-sima cobrança de falta.

Apesar de equilibrar umpouco mais a posse debola, o Vasco não conse-guia agredir, dando chan-

ces para o Santos chegare ter um pênalti, que re-sultou na expulsão de Gui-ñazu. Ricardo Oliveira ba-teu, Martin Silva defendeu.Graças a ele, a derrota foimagra. (BP)