brasil de fato rj -171

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Ano 3 | edição 171 RIO DE JANEIRO 18 a 20 de abril de 2016 distribuição gratuita Presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, a sessão da Câmara dos Deputados aprovou, neste domingo (17), a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A batalha segue no Senado e nas ruas. | Págs. 3,4,5,7. CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVA GOLPE CONTRA DILMA J. Batistta / Câmara dos Deputados

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Page 1: Brasil de Fato RJ -171

Ano 3 | edição 171

RIO DE JANEIRO 18 a 20 de abril de 2016 distribuição gratuita

Presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, a sessão da Câmara dos Deputados aprovou, neste domingo (17), a abertura de processo de

impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A batalha segue no Senado e nas ruas. | Págs. 3,4,5,7.

CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVA

GOLPE CONTRA DILMAJ. Batistta / Câmara dos Deputados

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Em greve desde 2 de mar-ço, os professores da rede

estadual do Rio de Janeiro de-cidiram nesta quinta-feira (14) pela continuação da greve, em assembleia geral, no cen-tro da capital fluminense. Mi-lhares de pessoas participa-ram da votação na sede da Es-cola de Samba São Clemente. Nova assembleia foi marcada para terça-feira (19), às 10h, e um ato em frente à Assembleia Legislativa do Rio às 14h.

Segundo o coordenador do

Ivo Lima

EBC Memória

Professores estaduais decidem pela continuação da greve no Rio

Divulgação

Divulgação

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) disse que votava a favor do impeachment da presidente em nome dos militares de 64. Man-dou muito mal ao home-nagear os torturadores e assassinos da ditadura!

A atriz Glória Pires mandou muito bem ao se posicionar contra o impea-chment após dizer que leu muito sobre o assunto. A afirmação foi feita enquan-to dava entrevista sobre o filme Nise, em que a atriz é a protagonista.

Sindicato Estadual dos Pro-fissionais de Educação (Sepe) na capital, Armindo dos San-tos, a greve ganhou mais for-ça depois que o governador em exercício, Francisco Dor-nelles, anunciou que não pa-gará o salário dos aposentados que recebem mais de R$ 2 mil líquidos. O professor ressaltou que a adesão da categoria pas-sa de 70% e que a pauta de rei-vindicações inclui não apenas a questão econômica, como também a pedagógica. (ABr)

SINDICALpor Claudia Santiago

OLIMPÍADAS O Comitê Rio 2016 colocou à venda na última semana mais de 1 milhão de ingressos para os Jogos Olímpicos. A modalidade com mais entradas disponíveis é o futebol masculino. No total, os Jogos Olímpicos deste ano têm 7,4 milhões de ingressos.

FRASE DA SEMANA

Div

ulga

ção

disse o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). O projeto de terceirização vai colocar em risco todas as conquistas da CLT.

Só pautarei terceirização [após votação do impeachment]

mandouMAL

mandouBEM

FINANÇASPopulação quer saber

As contas do governo es-tadual não fecham. Não tem dinheiro para manter a estrutura funcionando e nem para pagar os salários dos servidores. É preciso explicar para a população o que aconteceu com as con-tas públicas. Onde foi gas-to o dinheiro? Por que o Es-tado do Rio de Janeiro fi-cou desse jeito? Servidores públicos de 30 sindicatos e duas associações estão em greve por tempo indeter-minado até que o governa-dor em exercício, Francisco Dornelles, apresente pro-postas para solucionar os atrasos nos pagamentos.

DIREITOSFuncionários do McDonald’s protestam

Funcionários que traba-lham na rede americana de fast food Mc Donald’s fi-zeram protestos na Aveni-da Paulista, exigindo respei-to aos direitos trabalhistas brasileiros. Os manifestan-tes denunciam acúmulo de função, falta de equipamen-tos de proteção individual, assédio moral e salários in-feriores ao mínimo. No Bra-sil, a campanha #SemDirei-tosNãoéLegal foi marcada para ocorrer em vários es-tados, integrando a ação em diversos países.

Divulgação

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 20162 | Geral

Page 3: Brasil de Fato RJ -171

Mais uma vez a elite bra-sileira deu um golpe no

povo. Desta vez o golpe foi so-fisticado, usou toga, colete à prova de balas e potentes câ-meras de TV. Seus soldados usavam terno e gravata. A cor-rupção foi novamente a me-lhor desculpa encontrada pe-los golpistas para ganhar o apoio da sociedade.

No entanto, a presidente não respondia por nenhum cri-me de corrupção, mas sim por “pedaladas fiscais”, que ocor-rem quando o Executivo Fe-deral pede empréstimo a ban-cos públicos para garantir re-cursos para programas sociais e, posteriormente, os paga.

Enquanto votam pelo im-peachment de Dilma, Eduar-do Cunha e sua gangue ficam impunes, mesmo sendo os maiores criminosos do país. Em nome do combate à cor-rupção, foram cometidos to-dos os crimes possíveis contra a Constituição e inclusive per-mitiu-se que corruptos derru-bassem uma presidente que não era nem sequer culpada.

GARANTIAS DEMOCRÁTICASDiante desse golpe está claro que não se trata mais apenas do governo Dilma, mas sim de defender as mínimas garan-tias democráticas conquista-das desde o fim da ditadura, como vem fazendo a Frente

Não podemos perder a energia e a força necessárias para mudar esse cenário e disputar os rumos da política e da economia do nosso país

desfecho da luta que estamos travando estará na ordem do dia a necessidade de mudan-ças profundas, pois a crise será de longo prazo e será impos-sível conquistarmos qualquer avanço com o esgotado siste-ma político que temos hoje.

OCUPAR AS RUASPor isso, de início é necessá-ria uma reforma profunda do sistema político, e uma Cons-tituinte Exclusiva que altere as regras do jogo político no Brasil. Uma ampla luta pela democratização dos meios de comunicação será tam-bém inadiável. Assim como

o controle do petróleo, a luta por uma Petrobrás 100% es-tatal, o amplo investimen-to na geração de empregos e a retomada da indústria na-cional. A ampliação nos pro-gramas de acesso à saúde e educação também deve es-tar na agenda.

É visível em todas as mani-festações que estão ocorrendo que o sonho de um novo Bra-sil pulsa e já não cabe nas ve-lhas roupas que usa. Esse novo Brasil não sairá de um gol-pe. Sairá do povo nas ruas, da união, da luta organizada. A história nos trouxe até aqui e é hora de assumir nosso papel.

Brasil Popular. Não podemos perder a energia e a força ne-cessárias para mudar esse ce-nário e disputar os rumos da política e da economia do nos-so país. Qualquer que seja o

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andrade, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam)

EDIÇÃO:Vivian Virissimo (MTb 13.344)

SUB-EDIÇÃO:Fania Rodrigues

REPORTAGEM:André Vieira, Bruno Porpetta, Mariana PItasse e Pedro Rafael Vilela

ESTAGIÁRIO: Victor Ohana

REVISÃO: Sheila Jacob

COLUNA SINDICAL: Claudia Santiago

ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani

DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade

DIAGRAMAÇÃO: Juliana Braga

TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares/mês

(21) 4062 [email protected]

EDITORIAL

Segunda-feira, 18 de abril de 2016, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F32Ensolarado

PREVISÃO DO TEMPO

Font

e: G

oogl

e

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Pernambuco. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

32° 24°

SEG

32° 24°

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33° 24°

QUA

Novo Brasil não sairá de um golpe

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 2016 Opinião l 3

Page 4: Brasil de Fato RJ -171

Fania Rodrigues Vivian Virissimo

do Rio de Janeiro (RJ)

Mídia Ninja

Um eventual governo Te-mer provocará o aumen-

to da luta de classes, das mo-bilizações, das greves e dos enfrentamentos. Esse é o ce-nário visualizado por João Pedro Stedile, da direção do Movimento dos Trabalhado-res Rurais Sem Terra (MST), caso o processo de cassação do mandato da presiden-te Dilma Rousseff seja apro-vado no Senado. O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou a abertura do pro-cesso de impeachment neste domingo (17). Agora o Sena-do dará a palavra final sobre a questão.

Se o impeachment for con-sumado no Senado, João Pe-dro Stedile descarta a possi-bilidade de Temer permane-cer como presidente da Re-pública até 2018. “É provável que o governo Temer tenha uma vida muito curta. Se ele assumir é possível que sejam organizadas mobilizações de todos contra ele, até dos co-xinhas. A principal pauta de-les é a corrupção e o PMDB é o partido mais corrup-to do país”, afirmou ao Bra-sil de Fato. Stedile ressalta que qualquer desfecho para o processo de impeachment trará o tema da reforma po-lítica para o centro das dis-cussões. Os movimentos po-pulares defendem a convo-cação de uma Assembleia Constituinte.

Stedile também alerta so-bre o risco de prejuízos aos trabalhadores tanto em políti-cas públicas, quanto em direi-

João Pedro Stedile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

“Até coxinhas farão ato contra Temer”, diz Stedile

tos trabalhistas. Diminuição de férias e de recursos para saúde e educação são descri-tos no programa Ponte para o Futuro que reúne as propos-tas do PMDB para governar o país. “Setores organizados da classe trabalhadora não vão aceitar a perda dos direitos pacificamente”, afirmou.

Brasil de Fato - O que po-demos esperar do governo Dilma, caso o impeachment seja derrotado no Senado?João Pedro Stedile - É possível que a direita invente outros mecanismos ou in-vista no processo que está no Tribunal Regional Eleito-ral (TRE). Esse segundo caso poderia resultar na cassação

da chapa Dilma/Temer e se-riam convocadas novas elei-ções gerais. Mas avalio que a direita e o poder econômi-co não estão dispostos a ar-riscar, porque eleições gerais devolveriam ao povo o direi-to de escolher.

Brasil de Fato - Qual é o pro-

jeto dos partidos de direita, como PSDB e PMDB?A direita tem o grande obje-tivo de afastar a presidenta para colocar em prática nova-mente o seu programa neoli-beral. A volta do neoliberalis-mo significaria a eliminação das conquistas sociais, a re-tirada de direitos trabalhistas e, principalmente, a diminui-ção dos recursos que hoje são destinados à saúde e à edu-cação. Esses recursos seriam aplicados em outras áreas com o objetivo de atender aos interesses das elites. Exa-tamente por isso eleições ge-rais seriam mais complicadas para a direita: os candidatos direitistas não têm coragem e nem argumentos para defen-

der publicamente o programa neoliberal.

Brasil de Fato - Se o governo vencer essa batalha, qual é o possível cenário?Esse governo Dilma, que acompanhamos até aqui, acabou. A partir de maio, mesmo derrotando os se-tores que querem o impea-chment no Senado, será um novo governo. Dilma até ten-tou no ano passado se recon-ciliar com a direita, colocan-do o PMDB em novos mi-nistérios e não deu certo. O Ministério da Fazenda sen-do comandado por Joaquim Levy e Nelson Barbosa é pro-va disso. Em um governo Dil-ma pós-impeachment a refor-mulação ministerial seria co-mandada pelo ex-presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva e nessa recomposição os mi-nistérios seriam ocupados por nomes notáveis da so-ciedade e não mais somente por alianças partidárias. Essa mudança forçaria o governo a resgatar o programa para o qual foi eleito.

Brasil de Fato – O quanto isso é possível e não apenas vontade dos movimentos populares? É possível na medida em que essa mudança é a única saída possível para o governo. Se não fizer isso, Dilma vai se isolar ainda mais e abrir bre-cha para a direita voltar com outros processos de impea-chment. Desde 2014, os mo-vimentos populares ado-tam somente pautas defen-sivas: contra o golpe e contra a privatização do pré-sal, por exemplo. A derrota do golpe

João Pedro Stedile explica porque um

possível governo Temer é ruim para o

trabalhador

O PMDB é o partido mais corrupto da história do Brasil. Então a corrupção aumentaria muito

Missão de Temer é aumentar a exploração aos trabalhadores para que os empresários tenham mais lucro

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 20164 | Entrevista

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possibilitaria que os movi-mentos avançassem na luta com novas propostas.

Brasil de Fato – Quais se-riam essas propostas?Quando esse processo de im-peachment acabar, os movi-mentos populares vão apre-sentar a “Carta do Povo Bra-sileiro”. Nossa intenção é justamente inverter a lógi-ca da famosa “Carta ao Povo Brasileiro”, publicada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), em 2002. Nessa car-ta vamos traçar um plano de emergência para, pelo me-nos, barrar o avanço da cri-se econômica. Entre as ini-ciativas, estará a propos-ta para que o governo prio-rize a construção de habita-ções populares. O governo contratou a construção de 70 mil casas esse ano. Isso não é nada. Precisamos chegar a um milhão de novas mora-dias. Essa é apenas uma das nossas ideias.

Brasil de Fato - Agora, o que acontece se o impeachment for aprovado no Senado? Se houver impeachment e assumirem Michel Temer (PMDB) e Eduardo Cunha (PMDB), será um caos do ponto de vista político. Porque todo aquele discurso de que precisa trocar o governo por-que o PT era corrupto não vai mais funcionar. Ora, o PMDB é o partido mais corrupto da história do Brasil. Então a cor-rupção aumentaria muito. No entanto, mais que isso, a mis-

são de Temer é aumentar a exploração aos trabalhadores para que os empresários te-nham mais lucro. Na cabeça deles, com o empresário ten-do mais lucro a economia vai crescer. Mas isso não aconte-ce na realidade.

Brasil de Fato – Como seria o eventual governo Temer?Vários projetos que prejudi-cam a classe trabalhadora es-tão para ser votados atual-mente no Congresso. Com uma vitória do impeachment esses projetos seriam rapida-mente aprovados. Outro dia, o jornal Valor Econômico pu-blicou uma matéria em que um empresário afirma que é um absurdo o trabalhador ter 30 dias de férias. Esse empre-sário defende que o Brasil de-veria fazer como a China, que só concede 13 dias de férias ao trabalhador, ou como nos Es-tados Unidos e Japão, em que as férias são acordadas em-presa por empresa. É isso que eles querem implantar no Bra-sil, acabando com os direitos previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Brasil de Fato - Que outras propostas de Temer signifi-cariam prejuízo aos traba-lhadores e trabalhadoras?Hoje a lei obriga o governo a aplicar 13% de toda a receita em saúde e 11% em educação. Eles querem tirar a obrigato-riedade desses percentuais, ou seja, aplicar apenas o que o go-verno quiser. Por que querem isso? Justamente porque que-rem privatizar a saúde e a edu-cação. Esse dinheiro será des-locado para outras áreas. Isso não é uma hipótese. São exa-tamente essas palavras que es-tão escritas no programa de governo do PMDB.

Brasil de Fato – Como a so-ciedade vai reagir a essas mudanças nas políticas pú-blicas?Sem dúvida vai aumentar a luta de classes, as mobiliza-ções, as greves e os enfrenta-

mentos. Porque os setores or-ganizados da classe trabalha-dora não vão aceitar a per-da dos direitos pacificamen-te. Então, é provável que o go-verno Temer tenha uma vida muito curta. Se ele assumir é bem provável que sejam orga-nizadas mobilizações de todos contra ele, até dos coxinhas. A principal pauta dos coxinhas é a corrupção e o PMDB é o partido mais corrupto do país. Seja qual for o resultado do im-peachment, o tema da reforma política vai voltar para a agen-da prioritária e os movimentos populares defendem a con-vocação de uma Assembleia Constituinte.

Brasil de Fato - Como ficaria o MST e a luta no campo?Para a luta de classes no cam-po, um eventual governo Te-mer seria o pior dos mun-dos. Não que o governo Te-mer tenha coragem de or-ganizar a repressão. Até por-que a repressão no campo e aos movimentos popula-res é feita pela Polícia Militar, que está sob a coordenação de governos estaduais. Mas, a consolidação de um gover-no de direita e golpista “libe-raria” as forças conservado-ras que atuam nos estados. Isso é a vontade deles, mas não necessariamente é o que vai acontecer. Isso vai depen-der dos movimentos popula-res se organizarem e não per-mitirem a repressão. Ou seja, independente dos cenários, vai ter luta.

Seja qual for o resultado do impeachment, a partir de maio o tema da reforma política vai voltar para a agenda prioritária

Setores organizados da classe trabalhadora não vão aceitar a perda dos direitos pacificamente

ENTENDA O RITO DO IMPEACHMENT

Reprodução: EBC

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 2016 Entrevista l 5

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André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Fotos: Alexandro Auler

Esta segunda-feira (18) é um dia importante para

os moradores da Ocupação Roseli Nunes, em Olaria, zona norte do Rio. Neste dia está marcada mais uma ordem de despejo contra seus morado-res. Na última sexta-feira (15) um grupo desses ocupantes protestaram em frente à sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no centro, para exi-gir que o judiciário tome uma medida que impeça o despe-jo das cerca de 50 famílias que moram nos imóveis.

Um deles é o músico Tuni-nho, de 75 anos, que há mais de 30 anos mora em um dos apartamentos. Ele lembra que após a morte da pessoa que se apresentava como o dono dos imóveis, os apartamentos es-tão abandonados desde o ano de 1986. Em vida profissional, Tuninho já tocou com artistas como Alcione, Nelson Gon-çalves e Caubi Peixoto. Hoje, o guitarrista afirma não ter al-ternativa para onde ir. “Minha preocupação é minha famí-lia. Nós não temos para onde ir e nem conseguiríamos pa-gar aluguel”, revelou o mú-sico destacando que ganha apenas um salário mínimo de aposentadoria.

RESISTÊNCIANão é a primeira vez que uma ação de despejo ameaça a tranquilidade dos morado-res da Ocupação Roseli Nu-

Ameaçada de remoção, comunidade em Olaria vai resistirPrimeiros ocupantes do conjunto habitacional chegaram há mais de 50 anos

nes. Em fevereiro deste ano a comunidade acordou cer-cada por policiais e segundo os ocupantes, a ação não foi realizada pois não foi apre-sentada a escritura do imóvel pela parte que pede o despe-jo das famílias. “É um absur-do que a gente sofra um pro-cesso e nem saiba quem está movendo esse processo con-tra a gente. Nós temos o di-reito de ficar aqui. Quem cui-dou desse lugar fomos nós”, contou Marcos Paulo, de 35 anos, que vive com sua famí-lia em um dos apartamentos

há mais de 16 anos.Ligada à Frente Internacio-

nalista dos Sem Teto (FIST), a ocupação vem resistindo des-de 2007 às tentativas de despe-jo, ano em que a polícia che-gou pela primeira vez para re-tirar os moradores. Josina Be-zerra, de 33 anos, denuncia o drama vivido ali. “Nunca mos-tram pra a gente a escritura. Não sabemos quem é o dono daqui. Nós precisamos de aju-da para ficar aqui. Somos pais e mães trabalhadores que não sabem o que vão fazer se o despejo ocorrer”, denunciou.

Ao lado de sua neta e de seu esposo, Maria Rita, aos 59 anos, promete resistir para conquistar de forma definiti-va sua casa e cobrou mais em-penho dos órgãos públicos para resolver a situação dos moradores. “Isso aqui tudo era abandonado antes. Nós vamos resistir até o fim. Seria

importante que a Defensoria Pública do Rio nos ajudasse de forma efetiva a lutar para conquistar nosso lugar”, desa-bafou a moradora.

BRIGA JUDICIALNa semana passada, os advo-gados da FIST entraram com um novo pedido para sus-pensão da ordem de despejo. “Entramos com um pedido de suspensão. A juíza respon-sável pelo caso respondeu ao pedido afirmando que vai jul-gar em até 15 dias. Impossí-vel esperar esse prazo, já que a desocupação está marcada para esta segunda (18)”, con-

tou, ao Brasil de Fato, André de Paula, advogado e coorde-nador da Frente Internacio-nalista dos Sem Teto.

OUTRO LADOSegundo o advogado das pes-soas que movem a ação con-tra os moradores da ocupa-ção, a briga judicial vem des-de 2001. “Não é verdade que o imóvel estava abandonado. O que ocorreu foi que os antigos inquilinos deixaram de pagar o aluguel e depois os imóveis foram ocupados. Dessa for-ma os proprietários ficaram impedidos de acessar os imó-veis. É uma reintegração que já deveria ter ocorrido antes”, afirma André Chateaubriand. Ele nega a possibilidade de existir algum acordo entre as partes do processo.

Segunda ação de despejo ameaça moradores da ocupação

Famílias lutam contra despejo em Olaria, zona norte

Tuninho mora há 30 anos no local

6 | Cidades

Ligada à Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST), a ocupação vem resistindo desde 2007 às tentativas de despejo

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Mariana Pitassedo Rio de Janeiro (RJ)

O coletivo de humor Por-ta dos Fundos deu o que

falar na internet nas últimas semanas com um vídeo que ironiza as investigações pro-movidas pela Operação Lava Jato. O vídeo bateu recordes no YouTube, somando quase seis milhões de visualizações e cerca de 500 mil “descurti-das”. A reação negativa veio das páginas e sites que fazem oposição ao PT e apoiam o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em poucas horas, o vídeo se tornou alvo de muitas críticas e os que não gostaram da piada pas-saram a pedir o boicote ao trabalho dos humoristas.

O boicote veio através de uma campanha que circu-lou pela internet pedindo para que os seguidores do canal no YouTube do Porta dos Fundos deixassem de acompanhar seus novos conteúdos porque dessa vez os atores “foram lon-ge demais”. Porém, a campa-nha não conseguiu o que pla-nejava. Segundo a postagem do humorista Gregório Duvi-vier no Facebook, nas primei-ras 48 horas, o Porta dos Fun-dos perdeu 38 mil seguidores no canal do YouTube, mas o jogo virou e o número de no-vos inscritos ultrapassou 40 mil. O canal tem hoje mais de 12 milhões de seguidores.

O vídeo que gerou polêmi-ca se chama “Delação” e ence-na um interrogatório da Polí-

cia Federal como parte de um acordo de delação premiada de um político que havia sido preso. Durante a conversa, o policial só se mostra interes-sado em supostas acusações contra a presidente Dilma e

Lula, ignorando esquemas de corrupção de outros políticos.

Para Antonio Tabet, um dos criadores do Porta dos Fundos, a reação foi injusta, já que o coletivo de humor tam-bém produziu vídeos ironi-

zando o PT e o governo. “Quem me conhece sabe qual é a minha posição em relação ao atual governo e corruptos em geral. Minha posição, aliás, é compartilha-da pela maioria dos meus co-legas. Acho que a Polícia Fe-deral faz um trabalho bastan-

te competente e, nem por isso, acho que Cunha, Temer, Feliciano e outros políticos são ‘menos piores’ que os que hoje gostaria de ver derruba-dos. Contudo, não abro mão da democracia e da liberda-de. Acredito que todos têm o direito de se expressar. Inclu-sive aqueles de quem discor-do e principalmente nos lo-cais onde trabalho”, declarou em sua página do Facebook.

Já Gregório Duviver agra-deceu aos opositores pela campanha de boicote por-que os efeitos se tornaram positivos. “Fico muito feliz que o Porta dos Fundos esteja na batalha. O vídeo foi mais citado do que Aécio Neves no período. Não posso reclamar dessa campanha, em um país em que a Polícia Militar faz o que quer com os pobres nas favelas, isso foi só uma campanha. Não nos atingiu diretamente, pelo contrário, o amor venceu”, afirmou o humorista durante o ato que aconteceu na Fundição Pro-gresso, na Lapa, na última se-gunda-feira (11) para o lan-çamento do Manifesto Cul-tura Pela Democracia.

Após a enorme repercus-são gerada pelo vídeo, que chegou a ser noticiada por jornais portugueses, o Porta dos Fundos lançou um novo vídeo chamado “Reunião de Emergência 3, a Delação 2”. Nele, os atores estão ironica-mente vestidos com camise-tas do PT e da CUT, simulan-do uma reunião interna do coletivo. Nas falas, eles ques-tionam o que farão agora que “foram desmascarados”. O ví-deo já acumula mais de três milhões de visualizações.

Porta dos Fundos é alvo de boicote por satirizar investigações da Operação Lava JatoRepercussão partiu de páginas e sites que fazem oposição ao PT e apoiam o impeachment da presidente Dilma Rousseff

Vídeo quebrou recordes somando milhões de visualizações

Coletivo foi alvo de apoiadores do impeachment de Dilma

Vídeo “Reunião de Emergência 1” faz duras críticas ao PT

Vídeo “Reunião de Emergência 3” responde aos ataques virtuais

Fico muito feliz que o Porta dos Fundos esteja na batalha. O vídeo foi mais citado do que Aécio Neves no períodoGregório Duvivier

Fotos: Divulgação

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 2016 Cidades l 7

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Canadá registra epidemia de suicídios em comunidade indígenaBruce Shisheesh, chefe da

comunidade indígena de Attawapiskat, localizada no extremo norte do Canadá, declarou estado de emergên-cia na região devido a uma epidemia de suicídios depois que 11 moradores tentaram se matar no dia 9 de abril.

Segundo o líder indígena, as duas mil pessoas que vi-vem na comunidade preci-sam de auxílio, pois não há estrutura para lidar com a si-tuação. “Estou pedindo a amigos e ao governo ajuda

Attawapiskat

Divulgação

Divulgação

DESCOBERTA O conserto de uma goteira no teto de uma casa na França permitiu a descoberta de um quadro que seria do pintor italiano Caravaggio (1571-1610). A obra estava esquecida no sótão de uma casa em Toulouse, no sul do país. Se confirmada a autoria, a obra poderá valer até R$ 470 milhões.

Líderes do Parlamento Europeu decidiram, na se-mana passada, em Estras-burgo, França, que será criada uma comissão para investigar os casos de cor-rupção envolvendo cida-dãos europeus, no esque-ma conhecido como Pa-nama Papers.

Há suspeita de que ci-dadãos, empresários, po-líticos e artistas tenham usado a empresa pana-menha, Mossack Fonse-ca, para fazer lavagem de dinheiro e enviar dinhei-ro para contas no exterior com o objetivo de sonegar impostos.

A decisão foi toma-da por unanimidade em reunião de líderes das bancadas políticas com o presidente do Parla-mento Europeu. O tema será votado entre os dias 9 e 12 de maio em Estras-burgo. (Abr)

Terremoto no Japão deixa centenas de feridos

PANAMA PAPERSParlamento Europeu quer criar comissão de inquérito

Um terremoto de 6,5 graus sacudiu, na semana passada, o sul do Japão, onde provocou o desabamento de vários pré-dios e deixou pelo menos três mortos e 200 feridos. Esse é o pior desastre do país, desde o terremoto de 2011 que provo-cou um tsunami devastador.

O epicentro foi próximo à ci-dade de Kumamoto. O che-

Aborígenes canadenses pedem assistência econômica e psicológica

Japoneses ainda estão desalojados depois de forte terremoto

para nossa comunidade”, dis-se o líder à imprensa.

EXCLUSÃO INDÍGENAPobreza e marginalização so-cial são algumas das princi-pais causas de suicídios nessa região do país. Cerca de 1,4 milhão de indígenas vivem no Canadá, o equivalente a 4% da população. Os níveis de pobreza nas comunidades são altos, e a expectativa de vida dos indígenas é mais bai-xa que a média canadense.

Somente em março, foram

fe de gabinete do governo ja-ponês, Yoshihide Suga, afir-mou que pelo menos 19 ca-sas desmoronaram e centenas de chamados relatando danos em edifícios e pessoas presas sob escombros foram registra-dos. “Por causa da escuridão da noite, a extensão dos danos ainda não está clara”, disse.

A usina nuclear de Sen-dai, que fica a cerca de 120 quilômetros ao sul do epi-centro e é a única atualmen-te operacional no país, infor-mou que a unidade continuou funcionando sem problemas.

registradas 28 tentativas de sui-cídio em Attawapiskat. Desde setembro, mais de 100 pessoas atentaram contra a própria vida e uma pessoa morreu.

O primeiro-ministro cana-dense, Justin Trudeau, afir-mou em seu twitter que o go-verno do país vai ajudar a co-munidade. “As notícias que chegam de Attawapiskat são desoladoras. Nós continua-remos trabalhando para me-lhorar as condições de vida de todos os povos indígenas”, escreveu. (OperaMundi)

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 2016 Mundo l 9

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AGENDA DA SEMANA

Corajosa e letrada, Joaquina luta esgrima, cavalga e sabe atirar

Que Joaquim José da Sil-va Xavier, o Tiradentes, era o mártir da Inconfidência Mineira e morreu enforca-do, toda aula de História já conta. Mas o que as pes-soas pouco conhecem é a trajetória da filha do revolu-cionário após a morte dele. Essa é a trama de “Liberda-de Liberdade”, nova novela das 23h da TV Globo.

Ao retratar um período histórico do país, a novela conta o resgate de Joaqui-na após a morte dos pais. A partir disso, a jovem, vi-vida pela atriz Andreia Horta, passa 20 anos em Portugal. Em 1808, Joa-quina volta a Vila Rica, em Minas Gerais, com o nome de Rosa, e se revolta ao en-contrar um cenário de vio-lência e miséria. Corajo-sa, ela se torna uma mu-lher à frente de seu tempo, com forte senso de justi-ça. Como uma verdadeira heroína, ela luta esgrima, sabe atirar e ainda cavalga.

Em Minas, Joaquina reen-contra velhos conhecidos e começa a descobrir mais sobre o passado do seu pai. A partir disso, ela passa a lu-tar pela independência.

Só pelas gravações da

SEMPRE VI NOVELA | Joaquim Vela

Filha de Tiradentes é heroína de nova novela

Divulgação

novela, já dá pra perceber que a trama aposta suas fi-chas em um formato pou-co explorado nos últimos produtos de teledramatur-gia: a aventura. Lutas de espada e cenas de tiro do-minam grande parte das cenas da novela. A cida-de cenográfica montada no Projac, no Rio, recriou

Vila Rica minuciosamen-te, retratando com realis-mo como viviam os brasi-leiros da época.

Além de Andreia Horta, estrelam também os atores Thiago Lacerda, como Ti-radentes, Letícia Sabatella, como dona Antônia (espo-sa de Tiradentes), além de Mateus Solano, Caio Blat, Lília Cabral, Zezé Polessa, Nathália Dill, Sheron Me-nezes e Maitê Proença. A novela é escrita por Mario Teixeira e a direção é de Vi-nicius Coimbra.

O quê: Feira comercializa legumes, frutas, verduras, grãos, mel, queijos, pães, doces, entre outros itens, todos produzidos sem agrotóxicos e vendidos de produtor para consumidor.Onde: Praça Edmundo Rego, s/n, Grajaú.Quando: Toda quinta, 7h.Quanto: 0800

O quê: Festa traz time de mulheres do cenário cultural, como Tássia Reis, Negabi e Minas de Fato, além de promover batalhas de MCs, com muito empoderamento e lacração.Onde: Lira de Ouro – Rua José Veríssimo, 72, Duque de Caxias.Quando: Quinta (21), 18h.Quanto: 0800

O quê: Espetáculo musical apresenta primeiro álbum solo do cantor Átila Bezerra, um disco repleto de toda a brasilidade de nossa música.Onde: Sesc São João de Meriti – Av. Automóvel Clube, 66, Centro de SJM.Quando: Sexta (22), 19h.Quanto: R$ 10 (R$ 5 meia)

O quê: Peça de teatro leva depoimentos reais de idosos gays e lésbicas, como uma resposta à falta de narrativas que retratem essas histórias.Onde: Arena Carioca Dicró – Parque Ary Barroso, Penha. Quando: Sábado (23), 20h. Domingo (24), 19h. Quanto: 0800

O quê: Festa do movimento de mulheres Me Avisa Quando Chegar manifesta, por meio da cultura, a luta contra os casos de estupro ocorridos na UFRRJ.Onde: CAUR, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – BR 465, km 7, Seropédica.Quando: Terça (19), 22h. Quanto: 0800

O quê: Uma das melhores rodas de samba da zona norte leva um repertório cheio de animação para o público que gosta de dançar no domingão e tomar aquela cerveja esperta. Onde: Rua Noêmia Nunes, 612, Olaria. Quando: Domingo (24), entrada até 20h.Quanto: 0800 até 20h

Pagode da Noêmia

Feira Orgânica do Grajaú

Festão das Mina

Átila Bezerra – O que me toca é meu também

Domínio do Escuro

Batalha da Lira: divas no comando

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Pamela Machado

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Larissa Isis

Andreia Horta vive filha de Tiradentes em novela que retrata o Brasil do século 19

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 201610 | Cultura

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Grupos Indígenas realizarão discussões e farão apresentações em feira no Parque Lage

Museu da Justiça do Tribunal da Justiça do Rio de Janeiro: Rua Dom Manuel, nº 29, Centro.

Biblioteca-Parque Estadual: Av. Pres. Vargas, 1261 – Centro.

Parque Lage: R. Jardim Botânico, 414 - Jardim Botânico.

Combate ao preconceito e reconhecimento de nos-

sas raízes étnicas e culturais. Essa é a proposta da Semana Cultural Indígena Rio 2016, que tem início nesta segun-da-feira (18) e se estenderá até domingo (24).

Organizada pela Associa-ção Indígena Aldeia Mara-canã (AIAM), em parceria com a Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro e o Museu da Justiça, a Semana Cultural Indígena vem com uma pro-gramação recheada de even-tos como palestras, sessões de filme, apresentações cul-turais e até feiras. Tudo para celebrar o Dia do Índio, co-memorado no dia 19 de abril.

A Semana inaugura com a Mostra Pajé Filmes de Cinema Indígena, no Museu da Justiça, no Centro do Rio. Haverá exi-bição de filmes indígenas na segunda, terça e quarta-feira (18, 19 e 20), sempre das 15h às 18h. No primeiro dia, o pú-blico poderá assistir também a uma palestra sobre o livro “O Rio antes do Rio”, com o autor da obra, Rafael Freitas da Silva.

Na terça-feira (19), a organi-zação realizará uma celebra-ção do Dia do Índio na Biblio-teca-Parque Estadual, tam-bém no Centro. A programa-ção do dia conta com exibição de filmes indígenas de 12h30 às 14h. Além disso, a partir

Dia do Índio será comemorado com semana culturalCineclubes, debates, apresentações culturais e feiras estão entre as atrações da programação

das 10h haverá espaços desti-nados a alunos de escolas que visitarão o evento, como ati-vidades culturais indígenas, contação de histórias, oficina de canto e dança, pintura cor-poral, entre outros.

PARQUE LAGEJá no sábado (23) e no domin-go (24), de 9h às 17h, os realiza-dores promoverão uma gran-de feira cultural indígena, no Parque Lage, no Jardim Botâ-nico. Visitantes poderão con-ferir exposições e até aprender a fazer pintura corporal. Além disso, especialmente no do-mingo, haverá comercializa-ção de artesanatos, apresen-tações culturais indígenas e atrações como o Grupo Pata-xó da Bahia, o Grupo multiét-nico Aldeia Maracanã, o Gru-po Fulni-ô de Pernambuco, o Grupo Kayapó do Pará e o Grupo Puri do Rio.

E não para por aí. Interessa-

dos também poderão assistir a contações de histórias e de-bates e falas de lideranças in-dígenas na Oca Huni Kuin. A organização realizará ainda mais uma Mostra de Cinema Indígena, no auditório do Pa-lacete da Escola de Artes Vi-suais (EAV), no próprio Par-que Lage, de 13h às 16h. Por fim, o escritor Rafael Freitas da Silva volta a dar a palestra baseada em seu livro, às 17h.Toda a programação é gratuita

Mostra de filmes exibirá obras em quatro dias da Semana

LOCAIS DOS EVENTOS

As tradições indígenas serão foco em Semana Cultural no RioVisitantes das feiras poderão fazer pinturas corporais

Grupos se apresentarão no domingo (24), último dia da programação

Fotos: Caru Ribeiro

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 2016 Cultura l 11

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12 | Opinião

OPINIÃO | Tico Santa Cruz

A resposta à pergunta do título é: o ódio. Enquanto al-guns líderes juntaram pes-soas por amor a uma causa, por sentimentos positivos a conceitos humanistas, ou-tros conseguiram unir pes-soas pelo ódio a raças, cre-dos, religiões, gêneros.

Gandhi, Martin Luther King, John Lennon são al-guns exemplos de seres hu-manos que lutaram pela ex-pansão de direitos. Hitler e Mussolini ao contrário. Os gênios do mal, responsáveis pelo nazismo e o fascismo, uniram pessoas pelo ódio.

Num momento em que o Brasil vem passando por uma crise política, social, econômica e também mo-ral, muitas máscaras são deixadas de lado. Se antes as pessoas tinham algu-ma vergonha de expor pu-blicamente seus precon-ceitos e seus sentimen-tos mais primitivos nas re-des sociais e nas rua, hoje se sentem completamente confortáveis para dissemi-nar essas atitudes.

SEMEADOR DO ÓDIONão digo com isso que Bolsonaro seja detentor de todos estes ódios a gays, negros, mulheres, nordes-tinos, índios, entre outros

Os dados de arrecadação do estado do Rio de Ja-

neiro para os dois primeiros meses de 2016 em relação ao mesmo período de 2015 mos-tram uma realidade surpreen-dente, pelo menos para quem compra a ideia de que vive-mos uma crise causada pela diminuição da arrecadação. A realidade é bem oposta.

Dados do Portal Transpa-rência, mantido pela Secre-taria Estadual de Fazenda do Rio de Janeiro, mostram que a arrecadação do estado au-mentou em quase R$ 1 bilhão no primeiro bimestre de 2016 em comparação ao mesmo período do ano passado.

ATRASOS Apesar de os salários do fun-cionalismo público continua-rem os mesmos de 2015, esse ano os pagamentos estão atra-sando mês a mês. Além disso, grande parte dos fornecedores continua a ver navios. A per-gunta que fica é: se a arrecada-ção aumentou, qual é a razão

O que os simpatizantes do Bolsonaro têm em comum?

grupos. Mas não tenho a menor dúvida de que ele agrega “odiadores” dos mais variados tipos ao seu entorno. Bolsonaro é uma espécie de Frankenstein do ódio.

Bolsonaro diz: me cha-mam de racista e homofó-bico porque não podem me chamar de corrupto. Ora, honestidade é o mínimo

que se espera de qualquer cidadão, político ou não. Contudo, discursar fazendo uso da energia ruim pode ter consequências ruins.

Olhe ao seu entorno e veja que tipo de sentimento te liga e te junta às pessoas. Fique atento sobre os laços que unem certas pessoas e pense em que tipo de lugar você quer viver. Você está se unindo as outras pessoas por amor ou por ódio?

Tico Santa Cruz é músico e ativista político

Hoje as pessoas se sentem completamente confortáveis para disseminar o ódio

A raiz da crise não é a falta de dinheiro, mas as prioridades de gastos do governo

Marcos A. Pedlowski

do caos no pagamento dos sa-lários dos servidores e traba-lhadores terceirizados dos ór-gãos estaduais?

A questão objetiva que se coloca é que a análise dos números sobre a arrecada-ção de impostos e a execu-ção orçamentária não ex-plica o que está acontecen-do nas finanças do estado

do Rio de Janeiro. Os núme-ros comprovam que a raiz da crise não é a falta de dinhei-ro, mas as prioridades de gas-tos do governo. Isso posto, há que se questionar para onde tem ido todo o dinheiro arre-cadado com impostos, já que não é com a folha salarial ou pagamento de fornecedores.

CADÊ O DINHEIRO?As respostas mais óbvias são o pagamento dos juros da monstruosa dívida pública acumulada pelo estado do Rio de Janeiro ao longo da última década e o custeio das obras supostamente vol-tadas para os Jogos Olímpi-cos de 2016.

Agora, a população do Rio de Janeiro só vai saber mes-mo para onde este dinhei-ro todo está indo se ocorrer uma rigorosa auditoria das finanças do governo Pezão/Dornelles.

Finalmente, há que se ter claro que, enquanto assis-timos o inexplicável desa-parecimento do dinheiro dos impostos, ocorre uma acelerada degradação dos serviços públicos. Simples, mas trágico.

Marcos Pedlowski é pesquisador e professor

da Universidade Estadual do Norte Fluminense em Campos dos Goytacazes

Não foi a arrecadação que diminuiu, foi a dívida que aumentou

Renan Brandão

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 2016

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Variedades l 13

Biscoito de queijoDiv

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Ingredientes

• 200g de polvilho azedo

• 7 colheres de sopa de purê de abóbora

• 4 colheres de sopa de azeite

• 3 colheres de sopa de água

• Sal a gosto

Modo de prepar

Misture todos os ingredientes, começando pelos ingredientes secos. Modele os biscoitos, unte uma assadeira e asse até que fiquem levemente dourados. O tempo de preparo demora 5 minutos, e o cozimento leva 20 minutos para terminar.

Tempo de preparo30 minutos

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Amiga da saúde, estou em dúvida se posso usar azeite na comida todos os dias, pois ele é oleoso e sempre ouço por aí que gorduras fazem mal à saúde.

Evaristo Lisboa, 48 anos, segurança.

Dúvidas? [email protected] Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf

Caro Evaristo, o azeite de oliva é extraído da

azeitona e, apesar de ser oleoso e bastante calóri-co, faz muito bem pra saú-de. Isso se deve ao fato de a gordura predominante no azeite ser monoinsaturada, que age no corpo varren-do o colesterol ruim dos va-sos sanguíneos, além de di-minuir os depósitos de gor-dura na região abdominal. Isso faz do azeite um exce-lente aliado na prevenção de doenças cardiovascu-lares. Ele tem ainda efeito antioxidante, contribui na prevenção da constipação

BOMBOU NA INTERNET AMIGA DA SAÚDE

consumi-lo diariamente. O ideal é cerca de duas colhe-res de sopa ao dia. Dê pre-ferência para os azeites ex-tra virgem, com menor teor de acidez.

intestinal, osteoporose e der-rame. Além disso, há estudos que mostram ação benéfica do azeite também na preven-ção do câncer. Com tanta coi-sa boa, não há problema em

“O BRASIL ESTÁ DIVIDIDO”

JURA?

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 2016 Variedades l 13

Receita

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14 | Variedades

Áries (21/3 a 20/4)Qualquer que seja a sua forma de atuar, ela irá refletir-se fortemente no seu cotidiano.

Touro (21/4 a 20/5)Os seus dias serão animados com um sorriso estampado no rosto e envoltos em carinho.

Gêmeos (21/5 a 20/6)Um fim de semana no campo ou até mesmo numa praia mais deserta fará você rejuvenescer.

Câncer (21/6 a 22/7)Se está de coração livre, um novo relacionamento poderá romper o deserto da sua vida sentimental.

Leão (23/7 a 22/8)Será com grande prazer que descobrirá que algumas das suas aplicações financeiras te ajudarão.

Virgem (23/8 a 22/9)O seu maior objetivo nestes dias será o de assegurar a estabilidade dos seus familiares.

Libra (23/9 a 22/10)No âmbito da sua atividade profissional, poderá festejar uma nova associação ou sociedade.

Escorpião (23/10 a 21/11)A calma e o equilíbrio na sua vida a dois lhe darão a força para viver os próximos dias.

Sagitário (22/11 a 21/12)Tome todas as precauções para não correr o risco de perda do seu posto de trabalho.

Capricórnio (22/12 a 20/1)Oportunidades surgidas do nada poderão afastá-lo de um futuro profissional enfadonho.

Aquário (21/1 a 19/2)Para uma boa evolução da sua relação afetiva, deverá agir com inteligência e ser cauteloso.

Peixes (20/2 a 20/3)Será necessário descansar um pouco para preservar a saúde. Repouse um pouco mais.

HORÓSCOPO FASES DA LUACheia 22/4

Minguante 30/4

Crescente 18/4

Nova 6/5

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 201614 | Variedades

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Alexandre Loureiro/Inovafoto

Bernardinho divulga pré-lista de convocadosTreinador chamou 18 nomes para a seleção brasileira de vôlei masculino

A Confederação Brasilei-ra de Futebol (CBF) enviou, semana passada, um ofício ao Barcelona solicitando a liberação de Neymar para as duas competições que a seleção terá durante os me-ses de julho e agosto des-te ano: a Copa América do Centenário e os Jogos Olím-

CBF faz pedido ao Barça por NeymarObjetivo da entidade é obter a liberação do atleta para os Jogos e a Copa América

picos do Rio 2016.O time catalão, até o mo-

mento, só está disposto a li-berá-lo em uma das compe-tições. De acordo com o re-gulamento da FIFA, o clube só é obrigado a ceder o joga-dor em períodos da chamada “data FIFA”, que envolve com-petições oficiais das confede-

rações continentais ou deter-minados amistosos.

Os Jogos Olímpicos não es-tão inclusos no calendário de “datas FIFA”. No entanto, um dos principais objetivos da CBF é a conquista da inédita medalha de ouro olímpica no futebol, ainda mais se tratan-do da disputa em casa. (BP)

Preocupações do COI

Certa vez, em uma entre-vista, o ex-jogador de futebol Paulo Roberto Falcão disse que o jogador morre duas vezes. Uma quando para de jogar e a outra quando parte dessa para melhor.

Isso serve também para outros esportes. Serve ainda mais quando se trata de um gênio. Desses que se tornam eternos em atividade e ain-da mais quando a deixam.

Este é o caso do jogador de basquete Kobe Bryant.

O Los Angeles Lakers pa-rece uma horda de ídolos. Por lá passaram caras his-tóricos da NBA, como Ka-reem Abdul-Jabbar, Wilt Chamberlain, Magic John-son e Shaquille O’Neil, de-safeto de Kobe.

Kobe Bryant é o último grande ídolo da franquia de Los Angeles. O primei-ro gênio do basquete de-pois da era Michael Jordan, o Pelé da bola laranja.

Cinco vezes campeão da NBA, o Black Mamba – como é conhecido – se tor-nou o maior pontuador da história dos Lakers. Para quem joga onde já jogaram todos aqueles citados ante-riormente, dentre outros, é um feito e tanto.

As últimas temporadas de Kobe foram especialmen-te difíceis. Convivendo com lesões, além de um enfra-

quecimento notório do time dos Lakers, os resultados da equipe e, em particular, de Bryant, foram sofríveis.

Nesta temporada, cada jogo foi uma despedida. Des-de que anunciou sua apo-sentadoria, em emocionante carta aberta, Kobe vem sen-do aplaudido de pé onde

Os torcedores, que amam basquete, sabem reconhecer e valorizar o tamanho do cara que está se despedindo diante dos seus olhos

A Comissão de Coorde-nação do Comitê Olím-pico Internacional (COI) se reuniu em um hotel na Barra da Tijuca. Na oca-sião, foram expostas as maiores preocupações da entidade com relação aos Jogos Olímpicos e Para-límpicos do Rio 2016.

A principal delas é o ve-lódromo. Isso porque as obras são as mais atrasa-das de todos os equipa-mentos olímpicos, com apenas 83% de conclusão. Até mesmo o evento-tes-te do ciclismo foi cancela-do. Outra preocupação é quanto ao Engenhão, que precisa passar por ajustes finais, como pintura. No entanto, não há acordo entre a prefeitura e a or-ganização dos Jogos sobre quem arcará com os cus-tos desses ajustes.

quer que jogue, com qual-quer resultado.

Os torcedores estaduni-denses, que amam basquete, sabem reconhecer e valorizar o cara que está se despedin-do. Do tamanho dos maiores da história do esporte.

A partir do momento em que Kobe Bryant deixou a quadra do Staples Center, ao final da partida contra o Utah Jazz, a última da tem-porada regular 2015/2016, sem nenhuma perspecti-va de playoffs, um capítulo importante da história do basquete se encerrou.

Keith Allison

Ricardo Cassiano/PCRJO treinador da seleção bra-sileira de vôlei masculi-

no divulgou a lista com 18 jo-gadores para os Jogos Olímpi-cos do Rio 2016. Até o início de agosto, às vésperas do iní-cio da competição, sobrarão apenas 12 nomes.

Foram chamados os levan-tadores Bruninho (Mode-na-ITA), Rapha (Taubaté) e William Arjona (Cruzeiro); os centrais Lucão (Modena-ITA),

A primeira morte de um ídolo

Isac (Cruzeiro), Eder (Cruzei-ro), Maurício Souza (Cam-pinas) e Sidão (Sesi-SP); os ponteiros Lucarelli (Taubaté), Murilo (Sesi-SP), Lipe (Tauba-té), Lucas Lóh (Campinas) e Douglas Souza (Sesi-SP).

Também estão na lista Walla-ce (Cruzeiro), Wallace Martins (Campinas) e Evandro (Sun-tory Sunbirds-JAP); e os líbe-ros Serginho (Sesi-SP) e Tiago Brendle (Campinas). (BP)

Time de Bernardinho começa a preparação no dia 18 de abril

Kobe Bryant marcou mais de 33 mil pontos em sua carreira na NBA

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 2016 Esportes l 15

TOQUES CURTOS | Bruno PorpettaBINÓCULO

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Fluminense e Vasco de-cidiram o título da Taça

Guanabara na Arena da Ama-zônia, em Manaus (AM). Ao tricolor, bastava o empate para levar o troféu. Para o Vas-co, só a vitória interessava.

O jogo foi prejudicado pelo forte calor que fazia na capi-tal do Amazonas. Além da tra-dicional temperatura alta e da umidade, a partida começou às 15h do horário local, por conta do fuso horário com re-lação à hora de Brasília (DF).

Apesar do calor, os times bus-caram o ataque. O Flu chegou a abrir o placar, após cobran-ça de escanteio e cabeçada do zagueiro Renato Chaves, mas o árbitro anulou o gol marcando falta em Martin Silva.

A melhor chance do Vasco no primeiro tempo foi em uma cobrança de falta feita por An-drezinho. Ele alçou a bola para dentro da área, Diego Cavalie-ri saiu mal e foi surpreendido

Vasco é campeão da Taça GuanabaraCruzmaltino faz 1 a 0 no Flu, em Manaus (AM), e leva troféu da Taça Guanabara para casa

Vascaínos comemoram o título da Taça GB, após 13 anos

pela trajetória da bola, que o encobriu. O goleiro conseguiu dar um leve toque na bola, que bateu na trave.

No segundo tempo, o Vas-co voltou melhor, marcando o Flu no campo de ataque. Por sua vez, o tricolor não conse-guia sair do campo de defesa, pois errava muitos passes.

Fred, que retornou ao time após o desentendimento com Levir Culpi, foi substi-tuído aos 17 minutos da eta-pa final. Depois disso, o Vas-co acabou chegando ao gol,

aos 21 minutos, com Riascos.Aos 26 minutos, Edson, do

Flu, e Marcelo Mattos, do Vas-co, se desentenderam dentro de campo. O juiz mandou os dois mais cedo para o chuveiro.

O Flu pressionou pelo em-pate e teve uma grande chan-ce aos 46 minutos, com Os-valdo, que saiu na cara do gol, mas Martin Silva fez grande defesa, garantindo o título da Taça Guanabara para o Vasco.

Nas semifinais do Carioca, o Vasco enfrenta o Flamengo e o Fluminense pega o Botafogo.

Boavista e Botafogo se enfrentaram em Baca-xá, na cidade de Saquare-ma (RJ). O time da casa tinha uma chance remo-ta de ir às semifinais, en-quanto o Botafogo podia ainda ser o segundo colo-cado na classificação.

O primeiro tempo foi

Botafogo vence Boavista e pega Flu nas semifinaismuito fraco. Apenas o golei-ro Jefferson, do Botafogo, tra-balhou em duas oportunida-des na parte final da primei-ra etapa, enquanto o goleiro Vinícius nada fez. O Botafo-go esbarrava na falta de pon-taria de seus atacantes.

Na segunda etapa, Ri-bamar saiu do banco de re-

servas e entrou bem em campo. Foi dele a jogada que terminou com a conclusão de Leandrinho, após rebo-te do goleiro do Boavista. Ele bateu fraco, mas a bola en-trou aos 29 minutos, definin-do a vitória e o terceiro lugar para o Fogão, que enfrentará o Flu nas semifinais. (BP)

Leandrinho definiu o placar de 1 a 0 contra o Boavista

Bangu e Flamengo se enfrentaram no estádio Moacyrzão, em Macaé (RJ), com objetivos dis-tintos. Enquanto o time da zona oeste carioca buscava a vaga na Sé-rie D do Campeonato Brasileiro, o rubro-ne-gro queria a classifica-ção para as semifinais do Carioca.

O Bangu precisava ven-cer a partida para garan-tir o seu objetivo. Já o Fla podia até empatar para garantir a vaga, mas de-penderia do jogo do Vol-ta Redonda, que não po-deria vencer. Uma vitória rubro-negra bastava para

Vitor Silva /Botafogo

Carlos Gregório Jr/Vasco

Flamengo/Divulgação

Fla faz 3 a 0 no Bangu e garante vaga

assegurar a classificação.No primeiro tempo, o Ban-

gu optou por se defender e segurar o ataque do Flamen-go, que encontrou dificulda-des para penetrar na linha defensiva alvirrubra. O pla-car só foi aberto aos 38 minu-tos, com Marcelo Cirino.

Na segunda etapa, quan-do o Bangu ameaçava mais o time rubro-negro, apare-ceu Guerrero. Após a falha da zaga adversária, a bola so-brou limpa para o peruano ampliar o placar para o Fla-mengo, aos 36 minutos. Ain-da houve tempo para Jorge aumentar a diferença para 3 a 0 aos 47, e garantir o quarto lugar na Taça GB. (BP)

Marcelo Cirino abriu o placar contra o Bangu, em Macaé

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

Rio de Janeiro, 18 a 20 de abril de 201616 | Esportes