brasil de fato rj - 029
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1 | mundocidades | pág. 7
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 2013 | ano 11 | edição 29 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato
Resistência na produçãode alimentosCaravana percorreu Guaratiba, Vila Autódromo e Maciço da Pedra Branca
FLAMENGO arranca empate noprimeiro jogoEm Curitiba, time carioca empata em 1 x 1 comAtlético-PR na final da Copa do Brasil
DELCIO CARVALHOinspira novos sambistas Nova geração homenageia compositor que morreu na última semana
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cidades | pág. 5
“Quilombodos Palmares é luta pela liberdade”Na semana da Consciência Negra, Martinho da Vila visita quilombo
O prometido “progresso” do Porto do Açu, de Eike Batista, naufragou e os moradores de São João da Barra, no norte fluminense, ficaram a ver navios. Entre osmais afetados estão agricultores familiares e comerciantes locais. Denúncias apontam que impactos são anteriores à crise de megaempresário.
Porto do Açu: um mar de violações
entrevista | pág. 4
esporte | pág. 16 cultura | pág. 11
LLX/Divulgação
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Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 201302 | opinião
editorial | Rio de Janeiro
editorial | Brasil
• Ed
Para anunciar:
Redação Rio:[email protected]
VoCê SaBE que feriado foicomemorado nessa semana?acer tou se pensou em dia daConsciência Negra. Há quemdiga que não é necessário existiruma data para celebrar a Cons-ciência Negra, que todos somosiguais e que “no Brasil não háracismo”. Será?
Você está em um transportepúblico e lotado neste momen -to? olhe em sua volta. Qual é aorigem da maior parte das pes-soas ao seu redor? Negros ou“mestiços”, correto? E o queisso nos diz? Que negros têmmais consciência do caos dotrânsito e preferem transportepúblico? Será?
Segundo pesquisa do dieese,
entre os trabalhadores brasilei-ros desempregados, negros sãomaioria. Essa maioria não temos mesmos salários que brancose nem o mesmo acesso aos em-pregos considerados “nobres”.
Quando se analisa o perfil daspessoas que concluem o ensinosuperior, negros ficam abaixodos 5% na maior parte dos casos.
Um último dado: segundooutro órgão de pesquisa, o ipea,jovens negros têm quase quatrovezes mais chances de ser as-sassinados do que brancos.
isso tudo significa que, sevocê é negro e jovem, tem me-nos chances de concluir o en-sino superior e de ter acesso abons empregos e salários, além
de mais chances de ficar de-sempregado e de ser assassi-nado. Este não é realmente umpaís racista?
a boa notícia é que dessamaio ria da nossa população vemmuita coisa boa. E não é só a in-fluência na cultura, na música ouna comida. Vem do povo negro,com todo esse histórico de opres-são vivido na pele, muita lutapara transformar esse país.
É preciso resgatar a históriapara que as novas gerações sai-bam quanto de suor e sanguenossos antepassados negros jáderramaram. Negros são, comolembra o samba famoso na vozde dona ivone Lara, “a raiz daliberdade”.
Um plebiscito para refundaro sistema político
Raiz da liberdade
Editor-chefe: Nilton Viana • Editores: Aldo Gama, Marcelo Netto Rodrigues, Eduardo Sales de Lima • Repórteres: Marcio Zonta, Michelle Amaral, Patricia Benvenuti• Correspondentes nacionais: Maíra Gomes (Belo Horizonte – MG), Pedro Carrano (Curitiba – PR), Pedro Rafael Ferreira (Brasília – DF), Vivian Virissimo, Gilka Resende,Mariane Matos e Cláudia Santiago (Rio de Janeiro –RJ) • Correspondentes internacionais: Achille Lollo (Roma – Itália), Baby Siqueira Abrão (Oriente Médio), ClaudiaJardim (Caracas – Venezuela) • Fotógrafos: Pablo Vergara (Rio de Janeiro – RJ), Carlos Ruggi (Curitiba – PR), Douglas Mansur (São Paulo – SP), Flávio Cannalonga (inmemoriam), João R. Ripper (Rio de Janeiro – RJ), João Zinclar (in memoriam), Joka Madruga (Curitiba – PR), Leonardo Melgarejo (Porto Alegre – RS), Maurício Scerni(Rio de Janeiro – RJ) • Ilustrador: Latuff • Editor de Arte: Marcelo Araujo • Diagramação: Stefano Figalo • Revisão: Beatriz Calló • Jornalista responsável: NiltonViana – Mtb 28.466 • Administração: Valdinei Arthur Siqueira • Endereço: Al. Eduardo Prado, 676 – Campos Elíseos – CEP 01218-010 – Tel. (11) 2131-0800/Fax: (11) 3666-0753 – São Paulo/SP – [email protected] • Webmaster: marc@infofl uxo.com • Gráfica: Info Globo • Conselho Editorial: Alipio Freire, Al-tamiro Borges, Aurelio Fernandes, Bernadete Monteiro, Beto Almeida, Dora Martins, Frederico Santana Rick, Igor Fuser, José Antônio Moroni, Luiz Dallacosta, MarceloGoulart, Maria Luísa Mendonça, Mario Augusto Jakobskind, Neuri Rosseto, Paulo Roberto Fier, René Vicente dos Santos, Ricardo Gebrim, Rosane Bertotti, Sergio LuizMonteiro, Ulisses Kaniak, Vito Giannotti • Assinaturas: (11) 2131– 0800 ou [email protected]
(21) 4062 7105
No dia 15 de novembro de2013, oficialmente comemo-rado como o dia da Proclama-ção da República, foi lançado oPlebiscito Popular Por umaConstituinte Exclusiva e Sobe-rana do Sistema Político.
a plenária de movimentossociais, reunida dia 16 de no-vembro, representou mais umimportante passo para a cons-trução desse extraordinárioexercício de pedagogia de mas-sas. E contou com o apoio demais de 90 entidades e organi-zações políticas de todo o país.
os setores conservadores noBrasil sempre agiram de formaágil para impedir o acúmulo deforças e vitórias populares. o
que está em curso é um grandemovimento de reoxigenação dademocracia brasileira. o povo,particularmente a juventude,quer prestar contas com a re-democratização incompleta.
Uma profunda reforma po-lítica poderá corrigir as distor-ções que, no final dos anos de1980, foram decisivas para con-ter as forças populares na luta
contra a ditadura e barrar asmudanças. Nos anos de 1990,o avanço neoliberal, apoiadopela mídia, provocou um re-fluxo dos movimentos sociais.
Nos últimos dez anos, as po-líticas redistributivas e sociais,conquistadas por meio das lu-tas, recuperaram, relativamen -te, a capacidade de articulaçãodos setores populares e abriram
uma nova conjuntura. agora,mais uma vez e sob novo im-pulso, nos defrontamos com anecessidade de tais reformaspara avançar nas conquistaspopulares.
É na luta por suas reivindi-cações que o povo poderá seconscientizar sobre o papel doatual sistema político na con-tenção das conquistas que in-teressem à maioria.
o sistema eleitoral é mar-cado por uma profunda distor-ção da realidade brasileira. deacordo com dados oficiais, dos594 parlamentares eleitos em2010, 270 são empresários, 160compõem a bancada ruralista,73 são da bancada evangélica e
apenas 91 parlamentares sãoconsiderados representantesdos trabalhadores.
Se os trabalhadores sãomaio ria da população, por quenão são nos parlamentos? Com -pletar o processo de redemo-cratização passa por refundar osistema político e superar omodelo formal e restritivo dademocracia brasileira.
Significa aperfeiçoar o sis-tema representativo que atual-mente está refém do poder eco-nômico. Significa garantir me -canismos de participação po-pular nas decisões estratégicasde nossa sociedade, principal-mente aquelas relacionadascom a soberania nacional.
Se os trabalhadores são maioria da população, por que não sãonos parlamentos?_________________________________“
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 2013 opinião | 03
Latuff Juciano Martins Rodrigues
Irmã Fátima
Resistir para conquistar
O caos do trânsitodo RJ tem solução?
dURaNTE toda minha lutapara permanecer na Estradinha,sempre soube que o inimigo eramuito mais forte e nunca tivecerteza se iria ou não vencer.Mas isso não importava. o im-portante era resistir, mesmo quepra isso eu tivesse que morrer.
Por muito tempo caminheisozinha. Mas vencer um ini-migo tão forte, sozinha, seriaimpossível. Passei a “discipular”meus vizinhos a fazer o mesmoque eu: trancar os medos e in-seguranças em um baú e jogara chave fora. Nesse tempo, sem-pre encontrei amigos quando
a bandeira, que eu trazia emminhas mãos, insistia em des-cer. Eles erguiam meu braçopara o alto e não me deixavamesmorecer.
Ensinei e aprendi a lutar. Sa-bia que o que estava aconte-cendo era um grande erro porparte da Prefeitura. a Geo-Riode 2010 é a mesma que agora dizque a Estradinha não tem risco.
Enquanto estivermos firmes,unidos, seremos sempre umapedra no sapato daqueles queacreditam que tem todo o po-der. aprendemos a somar comoutras comunidades: Vila autó-
dromo, indiana, Pavão Pavãozi-nho, Babilônia, Jacaré e tantasoutras. Somos aliados contra aremoção, fazemos parte da ci-dade. Para nós remoção é sinô-nimo de covardia, e contra issovamos lutar sempre. o lema é:lutar sempre, desistir jamais.Não sei o que virá amanhã, massei que o que plantamos um diadará frutos.
Estradinha permanece naluta, sempre!
Irmã Fátimaé Vice-Presidenta da Associaçãode Moradores Tabajaras de Bo-
tafogo e evangélica.
Gladston Figueiredo
População em situação de rua:mais do que um mero termo
PESSoaS que vivem na ruacomumente são tratadas comdiscriminação e violência. É co-mum se referir a elas como“men digos”, algo que deveria es-tar superado. Trata-se de expres-são pejorativa que traz em si aessência do preconceito que elassofrem. destaco que o ter mo“população em situação de rua”- PSR, usado pelos que se dedi-cam ao tema, é mais adequadopara identificar os que moramnas ruas.
Por um lado, o termo PSR,além de dar uma ideia do que étransitório, se refere ao fato de
que a situação está ligada a umfenômeno que tem suas causasvinculadas a modelos econômi-cos. Essas estruturas que ex-cluem parte da população ur-bana dos bens e serviços pro -duzidos socialmente.
Por outro, as pesquisas já rea-lizadas com a PSR, dão conta deque apenas 15% dela sobreviveda “mendicância”. a maioria de-senvolve atividades para garantirseu sustento, os chamados “bi-cos”. Somente esse fato já desau-toriza, por completo, o uso da pa-lavra “mendigos” para se referirà totalidade da PSR.
Não se trata de eufemismo oudo mero emprego do politica-mente correto. Usar a expressão“população em situação de rua”em vez de “mendigos” é reco-nhecer a possibilidade de mu -dança de uma realidade de in-clusão perversa de parte dapopulação urbana. Romper como preconceito que nos perpassaculturalmente requer, necessa-riamente, pequenas mudançasno cotidiano.
Gladston Figueiredo é geógrafo e Secretário da
Pastoral Nacional do Povo da Rua
_____Errata: o título original do artigo do técnico cientista social Pedro Paulo Gonçalves publicado na edição 27 é "Pelos direitos da População em Situação de Rua".
É verdade que a mobilidade urbana nas cidades bra-sileiras nunca foi uma maravilha. Podemos dizer quenossas cidades vivem uma crise permanente. No en-tanto, nos últimos anos, temos experimentado uma si-tuação de caos, com uma espécie de generalização domal-estar urbano causado pelos graves problemas detransporte.
No Rio de Janeiro, a situação é ainda pior. Um estudorecente detectou que o trânsito carioca é o 3º pior entre169 cidades. a situação aqui é mais grave que a de SãoPaulo e melhor do que, apenas, a de Moscou, na Rússia,e de istambul, na Turquia. Segundo o Censo 2010, a mé-dia de tempo de deslocamento na região metropolitanado Rio é de 48,5 minutos, o mais alto entre todas as me-trópoles brasileiras.
o Rio chama atenção não só pelo seu desempenhonegativo. a cidade também se destaca pelo alto volumede investimentos em mobilidade urbana. a maioria de-les está relacionada à Copa do Mundo e aos Jogos olím-picos, sendo apresentada como solução para os proble-mas de transporte da cidade.
a questão, contudo, é saber: os tipos de modais detransporte implantados realmente atendem às deman-das da população? a cidade estaria experimentando, defato, uma revolução no sistema de mobilidade urbanaque alteraria para sempre sua história e a vida de seusmoradores, como anuncia o discurso oficial?
Em primeiro lugar, é preciso dizer que as estratégiasterritoriais de implantação dos grandes projetos de mo-bilidade estão fortemente concentradas na cidade doRio, principalmente na Barra da Tijuca. Ficam excluídosmunicípios da região metropolitana, o que demonstraum projeto sem capacidade integradora. Tais estratégiasparecem priorizar muito mais os interesses do mercadoimobiliário do que as reais necessidades de desloca-mento da população.
Em segundo lugar, apesar da aparente prioridade aotransporte coletivo, os rumos das políticas continuamprivilegiando os automóveis particulares. o exemplo estádado na implantação do BRT Transoeste: para cada pistaconstruída visando a circulação dos ônibus, cinco foramreservadas aos carros. Fica claro o incentivo ao transporteindividual em uma metrópole que viu o número de au-tomóveis aumentar em 73%, entre 2001 e 2012.
infelizmente, o cenário que se desenha para os pró-ximos anos é negativo, repetindo erros de 40 ou 50 anosatrás. Sobretudo, na região metropolitana do Rio de Ja-neiro, onde as soluções propostas parecem não passarde velhas notícias.
Juciano Martins Rodriguesé doutor em Urbanismo e pesquisador do
Observatório das Metrópoles (IPPUR/UFRJ)
Um estudo recente detectou que otrânsito carioca é o 3º pior entre 169 cidades._____________________________________“
04 | entrevista Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 2013
aos 75 anos, Martinho daVila ainda alimentava o sonhode conhecer o Quilombo dosPalmares. Mas não poderia serem uma data qualquer, o sam-bista tinha uma exigência: de-veria ser no dia da ConsciênciaNegra, 20 de novembro, umaho menagem ao líder negroZum bi dos Palmares.
Em conversa com o Brasilde Fato, por telefone, Martinhonão escondeu o nervosismode realizar seu desejo. “Estoubem ansioso”, contou. além deconhecer o território do maisaguerrido quilombo negro queresistiu por mais de um sé-culo, o músico também fez umshow em praça pública nomunicípio União dos Palma-res, em alagoas.
Brasil de Fato - Na semana daConsciência Negra, você visitao Quilombo dos Palmares.Como é realizar o sonho de irà terra de Zumbi?
Martinho da Vila - Estoubem ansioso. Há muito tempoplanejo ir e sempre quis estarno Quilombo dos Palmares no dia do Zumbi. Mas nuncaconsegui, sempre estive ocu-pado. Mas desta vez vou fa-zer um show em União dosPal mares para a Fundação Pal-mares. Vai ser legal.
Por séculos, os negros dos qui-lombos resistiram contra a es-cravidão. Como essa históriaserve de exemplo?
É uma história importantenão só para o pessoal da raçanegra como também para todosos brasileiros. É uma luta pelaliberdade. Palmares foi o maiorquilombo do Brasil, com pessoasde várias cores: índios, bran cos
e negros, que predominavam.Mulheres também estiveram nocomando, todos eram aceitos.
Martinho, qual é a maior lutado negro hoje?
É pela inclusão social. Nahistória da luta do movimentonegro, a primeira ação foi la-mentar. E naquela época, la-mentar publicamente já era umato de coragem. depois, passoupara uma fase de combate maisforte, feita pela turma do abdiasNascimento. aí, o terceiro pro-
cesso foi de luta pelo reconhe-cimento de que o Brasil era um
país muito racista. Sempre sedisse que aqui era um paraísointerracial, o que é uma mentira.Hoje, lutamos mesmo é por tra-balho porque ainda muitas em-presas não empregam negros.
Você sempre esteve engajadonas lutas da população negra.Na sua avaliação, o que me-lhorou nos últimos anos?
Eu sempre atuei pelo lado dacultura, pelo reconhecimento daimportância do negro na vidabrasileira. apareceram muitosavanços nesse sentido. Para seter ideia, foi só em 1982 que oprimeiro grupo de artistas afri-canos veio ao Brasil, os músicosdo Canto Livre de angola. antesdessa data nenhum even to afri-cano havia sido realizado no país.
Mesmo com conquistas, a de-sigualdade entre negros e nãonegros ainda é brutal. Qual éo principal avanço que preci-samos fazer?
São as cotas raciais. Mas nãosomente as cotas na universi-dade, precisamos de cotas emtodos os setores da vida brasi-leira. a começar pelos poderes:no Executivo, no Legislativo, noJudiciário. Tínhamos que teruma lei que determinasse que20% dos ministros nomeadospelo presidente da Repúblicafossem negros. acho que isso sófoi alcançado com o ex-presi-dente Lula. Governadores e pre-feitos também precisariam fa-zer isso. Se tirarmos retratos do
poder e da população, eles se-rão completamente diferentes.No Brasil, ministro e prefeitoainda tem cara branca.
Como avalia a política de cotasimplantada no país nos últi-mos dez anos?
Ela está avançando bastante,mas ainda está havendo umaguerra por parte de pessoas queestão mal informadas. São pes-soas que vivem num outrocampo e não têm uma visão ge-ral do Brasil. Essas pessoas quesão contra as cotas pensam queestá tudo normal, que é um ab-surdo. alguns são mesmo racis-tas, mas a maioria quando tomaconsciência muda de ideia.
Qual é a sua opinião sobre oracismo velado tão presentena sociedade brasileira?
diminuiu, mas ele ainda estáno mercado de trabalho. Porexemplo, num banco qualquer,naquelas funções mais simples,não há negros. antigamente,
quando se denunciava isso,os militantes do movimentoeram muito mal vistos. diziamque era coisa de gente comu-nista. Quando o negro era mui -to combatente, era visto comduplo preconceito: como co-munista e como negro. Mas es-tamos caminhando para mu-dar essa situação.
Você se considera um otimista?Claro. Todas as revoluções
foram feitas pelos otimistas.
MARTINHO DA VILA“Precisamos de cotas em todos os setores da vida brasileira”RESISTÊNCIA Músico se apresentou no Quilombo dos Palmares no Dia da Consciência Negra
Vivian Virissimodo Rio de Janeiro (RJ)
“Sempre atuei peloreconhecimento da importância do negro na vida brasileira_________________
“Maior luta do negro hoje é porinclusão social_________________
“No Brasil, ministro e prefeitoainda tem carabranca_________________
Divulgação
Martinho lembra que Quilombo dos Palmares é exemplo de luta pela liberdade
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 2013 cidades | 05
as mãos grossas deLuiz Manoel Peixoto, de60 anos, retratam umavida dedicada à agricul-tura. a família desse tra-balhador, conhecido co -mo Manoel Poeira, éape nas uma das 1500 ex-pulsas de suas proprieda-des em São João da Barra,no norte fluminense. Es-sas terras deram lugar aoPorto do açu, da empresaEBX, de Eike Batista. Re-centemente, as violaçõessociais e ambientais pro-vocadas pelo empreendi-mento voltaram a ser te -
ma na Comissão de direi-tos Humanos da assem-bleia Legislativa do Rio(alerj).
Especialistas, morado-res e movimentos sociaisreforçaram que os impac-tos negativos na regiãosão bem anteriores à crisefinanceira do megaem-presário. “Há pelo menosquatro anos assistimos aum filme de terror. aspessoas perderam tudo enão receberam um tos-tão”, relata Noêmia Maga -lhães, da associação dosProdutores Rurais e imó-veis de São João da Barra(asprin).
Para que a queda deEike não machuque ainda
mais a população, a enti-dade reivindica o cance-lamento das desapropria-ções e a interrupção ime -diata das ainda previstaspela Companhia de de-senvolvimento industrialdo Estado do Rio (Codin).
Segundo a asprim, oprocesso de retirada acon -teceu sem transparênciae em meio à violência po-licial. o depoimento deManoel Poeira ilustra a si-tuação: “Me agarrarampelo pescoço, me algema-ram e me levaram na mar -ra para a delegacia. des-truíram minha planta -ção. isso não é direito hu-mano, é uma forca”, contao agricultor.
o 5º distrito de SãoJoão da Barra, onde estálocalizado o Porto do açu,era responsável pela maiorparte da renda agrícolagerada na cidade, vindado plantio e do comércio decana, coco, abacaxi, quia -bo e ma xixe. Essa pro du -ção de alimentos, a maisforte entre os municípiosdo entorno também che -gava à capital.
Segundo Nívea Regi -na, do Movimento dosTra balhadores Rurais SemTerra (MST), essa tradi-ção na agricultura fami-liar é resultado da refor -ma agrária. “o que ocor reagora um retrocesso.
assenta men tos, como oZumbi dos Palmares, omaior do Nor te Flumi-nense, seguem ameaça-dos”, lamenta.
Nos últimos cinco anos,
de acordo com relatórioda associação dos Geó-grafos Brasileiros (aGB),houve uma redução de70% na produtividade daslavouras. Roberto Moraes,
do instituto Fede-ral Fluminense(iFF), destaca ain - da que os impac-tos negativos, so-fridos há muitona agricultura, ago- ra afetam peque-nos comerciantes.
o pesquisadorestima que essestenham a recebercréditos num to-tal de R$ 2 mi-lhões. “Empresaster ceirizadas pe -lo gru po EBX su-miram da região
sem pagar dívidas. Cen-tenas de caminhoneiros,que faziam o trans portenas obras, estão tendoseus veículos leiloados”,exemplifica. (GR)
Porto do Açu sacrifica agriculturafamiliar pelo “progresso”
Projeto industrial freiaforça agrícola na região
Restinga foi destruída
IMPACTO Empreendimento de Eike Batista desarticula economia local
MERCADO Venda de alimentos gerava renda e abastecia região e capital
Gilka Resendedo Rio de Janeiro (RJ)
do Rio de Janeiro (RJ)
LLX/Divulgação
Alto nível de sal no solo demonstra impacto ambiental
NATUREZA Licenças ambientais são questionadas
Paulo alentejano, que integra a aGB, lembraque um erro na construção do Porto do açu pro-vocou a salinização dos solos. “Fontes de águapara consumo foram afetadas. o nível de sal re-gistrado foi 820 vezes maior que o normal. Foi vi-sível uma camada branca no chão, ficando inviá-vel o cultivo de alimentos”, destacou o geógrafo.
“Houve ainda a destruição da maior área contí-nua remanescente de restinga preservada no Bra-sil”, denuncia. Com o colapso de Eike, fica no papelboa parte do empreendimento, que previa siderúr-gicas, cimenteiras e uma termelétrica. diante dasmudanças, alentejano defende a suspensão da va-lidade das “já questionáveis licenças ambientais”.
Visando cobrar responsabilidade do poder pú-blico, a Comissão de direitos Humanos da alerjencaminhou, há nove dias, ofícios pedindo reu-niões com o secretário estadual de desenvolvi-mento Econômico, Júlio Bueno, o secretário esta-dual de ambiente, Carlos Minc, e o pro curador-ge-ral do estado, Marfan Vieira Lima.
até o fechamento desta edição, nenhuma res-posta havia sido dada. "Hoje o Porto do açu é, tal-vez, o caso de maior concentração de violaçõesno Rio de Janeiro", garante Marcelo Freixo (Psol),que preside a Comissão. (GR)
Pablo Vergara
Comissão de Direitos Humanos da Alerj realizou audiência sobre o tema no dia 11 de novembro
o Sindicato dos Enge-nheiros no Estado do Riode Janeiro (SENGE-RJ)questiona o aumento natarifa dos clientes daLight, aprovado, no dia5/11/2013, pela agênciaNacional de Energia Elé-trica (aneel). o aumentorepresenta uma espan-tosa mudança em relaçãoà proposta inicial daaneel, que previa uma re-dução de 3,28% na contados consumidores resi-denciais atendidos pelaconcessionária.
Entretanto, os consumi-dores residenciais amar - gam um aumento de4,68%. os consumidoresde baixa tensão tiveramum reajuste de 6,20% e osde alta tensão foram osúnicos que alcançaramredução, 1,01%.
Chama atenção o fatode que o processo da ter-ceira revisão tarifária pe-riódica da concessionáriatenha ocorrido sem a rea-lização de nenhuma au-diência Pública presen-cial. inicialmente, a reu -nião foi marcada para odia 13/09/2013. Em se-guida foi alterada para o
dia 16/09/2013. Sendo,por fim, cancelada. Foirealizado apenas o inter-câmbio de documentosvia internet.
Cabe salientar que noestado do Rio de Janeiroapenas 54,5% da popula-ção tem acesso à internet,segundo dados do insti-tuto Brasileiro de Geogra-fia e Estatística (iBGE).Sendo assim, para que asociedade possa partici-par efetivamente das de-cisões que afetam direta-mente suas vidas, a rea -lização de audiências pre-senciais é fundamental.(Senge-RJ)
o Cais do Valongo, sí-tio arqueológico do Rio,poderá se tornar patrimô-nio mundial. Para isso,ainda é necessário o tom-bamento da área peloinstituto do PatrimônioHistórico e artístico Na-cional (iphan). Pelo local,no século 19, passaramcerca de 1 milhão de es-cravos africanos.
No dia da ConsciênciaNegra, o instituto Rio Pa-trimônio da Humanidade(iRPH), inaugurou umaplaca comemorativa nolocal com o objetivo deincentivar a candidaturado Cais do Valongo, loca-lizado na avenida Barãode Tefé, no bairro da Saú -de, zona portuária.
Para o presidente doinstituto Rio Patrimônio
da Humanidade, Washing -ton Fajardo, a importân-cia do Cais do Valongo serreconhecido como pa -
trimônio mundial remeteàs raízes e aos antepassa-dos negros.
"o Cais do Valongo é
um dos raros patrimôniosmateriais vinculados à es-cravidão de africanos e suadiáspora pelo mun do. o
passado deste lugar, espe -cialmente da cultura ne-gra, aparece com todo vi-gor”, disse Fajardo. (A. Brasil)
Cais do Valongo poderá serpatrimônio da humanidade
do Rio de Janeiro (RJ)
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 201306 | cidades
FATOS EM FOCO
Nova Rodoviáriaa Prefeitura do Rio es-tuda a construção deuma nova rodoviáriaem Vigário Geral, nazona norte. diante dadificuldade do terminalNovo Rio absorver ademanda da região me-tropolitana estão sendoanalisados possíveis lo-cais para a obra. até omomento, está sendoexaminada a utilizaçãodo espaço do dnit (de-partamento Nacionalde infraestrutura eTransporte), na ave-nida Brasil.
Morte de Recrutao aluno da Polícia Mili-tar Paulo aparecido dosSantos teve morte cere-bral após uma semanahospitalizado. o jovemfoi internado depois departicipar de um trei-namento para agentede UPP. outros alunosdo mesmo curso tive-ram atendimento mé-dico por insolação nomesmo dia da interna-ção de Paulo. Um in-quérito Policial Militarfoi aberto para investi-gar se houve excessos.
MatrículasAbertasa Rede municipal deensino do Rio abre ma-trículas para pré-es-cola, ensino funda-mental e EJa. asinscrições para o pró-ximo ano letivo só po-derão ser realizadaspela internet e vão atéo dia 17/12. Para aten-der a demanda, 66 uni-dades da rede munici-pal estão disponíveispara o acesso gratuito àinternet. Na ficha deinscrição os pais po-dem colocar até cincoescolas municipaisonde gostariam de ma-tricular seus filhos.
SENGE-RJ questiona aumentona tarifa da LightENERGIA A revisão ocorreu sem a realização de nenhuma audiência pública presencial
do Rio de Janeiro (RJ)
AFRICANOS Local é um dos raros patrimônios materiais vinculados à escravidão Tomas Silva/ABr
Pablo Vergara
No século 19, cerca de 1 milhão de escravos africanos passaram pelo Cais do Valongo
Consumidores tiveram reajuste de 6,20%
Na região de Pedra deGuaratiba, famílias depescadores sofrem asconsequências do pro-cesso de assoreamento daBaía de Sepetiba. Na Vilaautódromo, zona oeste,500 famílias estão amea-çadas de remoção, em umcenário de quase 65 milpessoas que estão sendoretiradas de suas casas noRio. o perigo da remoçãotambém ronda os agricul-tores do Maciço da PedraBranca, que cultivam ali-
mentos saudáveis.o que une estas comu-
nidades é a resistênciaaos problemas causadospelo modelo de desenvol-vimento atual. Mas, alémdisso, elas se assemelhampela luta na construçãode alternativas. os três lo-cais fizeram parte da rotada Caravana agroecoló-gica e Cultural do Rio deJaneiro, que termina nes -ta quinta-feira (21).
durante 3 dias, os par-ticipantes percorreram aregião metropolitana dia-logando com comunida-des afetadas por impactosambientais e visitando ex-periências agroecológicas.
Bernardete Monteza -no, da Rede de agricul-tura Urbana, explica o ob-jetivo da Caravana: “Que -
remos comunicar quenessa cidade existe agri-cultura.” Segundo ela, opróprio Plano diretor ex-
tinguiu as zonas rurais domunicípio. isso significaque a prefeitura não levaem conta os agricultores,que ficam sujeitos ao pa-gamento de impostos ur-banos, como o iPTU.
Leda Monteiro foi aprimeira agricultora visi-tada pela caravana. Elacultiva plantas medicinaisem Pedra de Guaratiba.Ca minhando por seuquin tal, ela aponta: “Eutenho amoxixilina, atro-veran, dipirona, tudo nomeu quintal. as pessoasnem tem dinheiro, masvão à farmácia comprarremédio. até mertiolatetem aqui.”
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 2013 cidades | 07
SINDICAL
Alan Tygel e Camila Nobrega
do Rio de Janeiro (RJ)
Abertura da Caravana no Píer de Pedra de Guaratiba
Rafael Daguerre
Caravana visita experiênciasde produção de alimentosPRODUÇÃO Atividade foi organizada pela Articulação Estadual de Agroecologia no Rio
o Píer de Pedra deGuaratiba foi palco daabertura do evento. Con-siderado curativo nos anos60, o local era frequen-tado por visitantes embusca de argilas medici-nais. Segundo oseias Ma-rinho, 82, “vinha gente deCopacabana passar esselodo no corpo. agora, olodo que você está vendoé outro: é veneno que saida CSa e das outras in-dústrias”.
o pescador ivo Siquei -ra Soares, morador de Se-petiba, afirmou que atual-mente é impossível ga -ran tir a renda familiar pormeio da pesca: “Quandoo pescador não consegue
nada no mar, ele vira peãode obra. É ótimo para asempresas, mas tirar umpescador do mar é comotirar um peixe da água”.
o segundo dia da Ca-ravana começou na Vilaautódromo. ameaçadasde remoção há 20 anos, as500 famílias viraram umsímbolo de resistência naluta por moradia no Riode Janeiro.
Em meio à pressãoexercida prefeitura pararemover os moradores,chama a atenção a diver-sidade de argumentos uti-lizados pelo poder pú-blico para justificar asremoções. Entre eles, omais contraditório é o queresponsabiliza a comuni-dade pela poluição aomeio-ambiente.
Nenhum dos condo-mínios de classe média daregião possuem trata-mento de esgoto, que vaidireto para os córregos dobairro. além disso, a atua-ção dos moradores da co-
munidade tem sidono sentido da pre-servação do meio-ambiente. É que con -ta Jane Nascimento,responsável por hor -ta comunitária re-cém-criada na Vilaautódromo: “a pre-feitura quer nos der-rubar de qualquerjeito, e a horta veiopara unificar os mo-radores”.
o agricultor Fran-cisco Caldeira tam-bém enfrenta amea-ça de remoção, porconta da implanta-
ção do Parque Estadual daPedra Branca, que tornoua terra onde a família delemora há mais de cemanos uma área de prote-ção integral, em Vargem
Grande. Ele e mais 300produtores rurais culti-vam alimentos sem agro-tóxicos.
“a gente já fazia agroe-cologia sem saber. Soucontra essa coisa de orgâ-nico, que é só para vendermais caro e na zona suldo Rio. agroecologia é pa -ra produzir alimento paraos pobres.”
a Caravana segue nes -ta quinta-feira em No vaiguaçu. Em maio de 2014o iii Encontro Nacionalde agroecologia irá juntaros resultados trazidos pe-las 9 caravanas que per-correram o país. o obje-tivo é implementar açõesque possam tirar do Brasilo título de maior consu-midor de agrotóxicos domundo. (AL/CN)
do Rio de Janeiro (RJ)
Oseias Marinho, 82, de Sepetiba
Rafael Daguerre
“Quando o pescador não conseguenada no mar, ele vira peão de obra”MEIO AMBIENTE Relato é de pescador de Sepetiba, um dos bairros que sofre os impactos da CSA
Greve na EBCcontinuaFuncionários da Em-presa Brasil de Comu-nicação (EBC) conti-nuam em greve. Nãohouve acordo na au-diência de conciliação,realizada no TribunalSuperior do Trabalho(TST) nesta quarta-feira (20). a categoriadenuncia casos de as-sédio moral e intransi-gência no processo denegociação. o impassepermanece porque aempresa não abre mãode descontar os diasparados. a paralisaçãocomeçou há duas se-manas.
Comunicaçãopúblicaa EBC chegou a pedir asuspensão imediata dagreve ou a manutençãode 80% do efetivo.Nesta terça-feira (19),grevistas lavaram a en-trada do prédio da em-presa na Lapa, simboli-zando a limpeza depráticas que manchama comunicação pública.Entre as demandas,está um aumento sala-rial real de 1,25% emdois anos e mais trans-parência na escolha doscargos de chefia.
Direitos paramães e paisNo Rio, a EBC empregacerca de 400 pessoas naTV Brasil, nas rádiosMEC aM e FM, na Na-cional e na agênciaBrasil. Na segunda-feira (18), entre outrasatividades, trabalhado-ras e trabalhadores po-saram sem camisa, “depeito aberto”, para umacampanha nas redessociais que pede a re-dução da jornada paramães em período deamamentação e a am-pliação da licença-pa-ternidade.
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 201308 | brasil
o ministro da Saúde,alexandre Padilha, divul-gou nesta terça-feira (19),o novo mapa da dengueno país. Ele participou dolançamento da campanhade mobilização contra adoença. o mapa mostraque 157 municípios dopaís estão em situação derisco e outras 525 em es-tado de alerta.
os dados são do Levan-tamento Rápido de Índicepara aedes aegypti. Naocasião, o ministro assi-nou a portaria que dobrao investimento previsto decombate à doença para2014, que passa a ser deR$ 1,2 bilhão.
de acordo com o Mi-nistério da Saúde, o re-forço na assistência básicaao paciente contaminadopelo inseto vem sendo
ampliado ano a ano e re-sultou na redução dos ca-sos graves da doença em61%, quando comparadoaos dados de 2010. Tam-
bém diminuíram em 10%os casos de mortes peladengue, mesmo com ocrescimento dos númerosde notificações.
Neste ano, foram regis-trados 1,4 milhão de casosprováveis de dengue nopaís em decorrência deuma circulação do subtipo4 do vírus, que respondeupor 60% das ocorrências.o levantamento foi feitonos meses de outubro eno início de novembro,servindo para identificaron de estão concentradosos focos de reprodução domos quito transmissor em1.315 cidades.
Segundo Padilha, os nú -meros ainda não são paracomemorar. “Queremos re-duzir cada vez mais a chan-
ce de óbito neste país. Essaé a principal ação do Mi-nistério da Saúde ago ra”.Ele ressaltou que, com oMais Médicos, as ações se - rão reforçadas, uma vezque os profissionais con -tra ta dos já enfrentaram adengue em seus países.
Três capitais estão emsituação de risco: Cuiabá,Rio Branco e Porto Velho.outras 11 apresentaramsi tuação de alerta: Boa Vis -ta, Manaus, Palmas, Salva-dor, Fortaleza, São Luís,aracaju, Cuiabá, Rio deJaneiro e Vitória. Sete ci-dades ainda não apresen-taram os resultados do le -vantamento. as outras ca-pitais tiveram níveis con-siderados satisfatórios.(Agência Brasil)
a 8ª Vara do Trabalhode São Paulo bloqueouR$ 1 milhão da empresaM5 indústria e Comér-cio Ltda, dona da M.of -ficer, para garantir osdireitos de trabalhadoresresgatados em con diçõesdegradantes. Segundo oMinistério Pú - bli co doTrabalho (MPT), fiscaisencontraram um casalde bolivianos produ-zindo peças da marcaem uma oficina clandes-tina no centro da capitalpaulista. a empresa de-verá providenciar a re -mo ção dos trabalhado-
res para um local queaten da às normas de saú -de e segurança.
de acordo com o MPT,a situação dos bolivianos
foi descoberta no últimodia 13. No local foram en -contrados tecidos, mo -
delagem, notas fiscais epedidos de serviços da
M5, além de peças fina-lizadas da marca M.offi-
cer. o casal relatou quetrabalhava há sete mesesna oficina, sem qualquertipo de registro.
o Ministério Públicodisse que entrou com aação para dar garantiasaos trabalhadores após aempresa ter se recusadoa firmar um termo deajuste de conduta. “a me-dida judicial se fez neces-sária, tendo em vista quea M.officer não se com-padeceu com a situaçãode absoluta vulnerabi-lidade dos seus empre-gados, dois bolivianosque produziam exclusi-vamente para a empresa”,ressaltou o procuradorTiago Cavalcanti.(Agência Brasil)
de Brasília (dF)
Justiça notifica M.Officer portrabalho degradanteDIREITOS TRABALHISTAS Casal de bolivianos trabalhava há sete meses para a empresa
SAÚDE Estado do Rio de Janeiro está em situação de alerta
Daniel Mellode São Paulo (SP)
Anali Dupre/Repórter Brasil
FATOS EM FOCO
Cresce número dediabéticosa pesquisa “Vigilânciade Fatores de Risco eProteção para doençasCrônicas por inquéritoTelefônico” (Vigitel)apontou um cresci-mento de 40% dos casosde diabetes no Brasil,entre 2006 e 2012. o es-tudo, divulgado pelo Mi-nistério da Saúde recen-temente, revela que oavanço da doença estárelacionado ao excessode peso, à falta de ativi-dade física, à má alimen-tação e ao envelheci-mento da população.
Mudança de hábitosa Vigitel aponta que osbrasileiros sofreramuma profunda mudançade hábitos nos últimosanos. Segundo a pes-quisa, 75% dos que têmdiabetes estão com opeso acima do ade-quado. Em 2012, o nú-mero de pessoas acimado peso superou metadeda população e chegou a51%. o estudo constata,ainda, que a doença émais comum em mulhe-res (8,1%) do que emhomens (6,5%).
Sobre a diabetesatinge cerca de 347 milhões de pessoas emtodo o mundo. a doen çacrônica é resultante dodesequilíbrio dos níveisde glicose no sangue. ostipos mais comuns são o1, quando o pâncreasnão consegue produzirinsulina suficiente, e o 2,quando a insulina pro-duzida pelo órgão nãoage adequadamente nascélulas. os principaissintomas da diabetessão: excesso de urina,sede e fome aumenta-das, perda de peso e vi-são turva.
Mapa da dengue mostra que 157 municípios estão em estado de risco
Oficina clandestina funcionava no centro da capital paulista
Padilha apresenta o último balanço sobre a dengue e a novacampanha de mobilização nacional
“Empresa deverálevar trabalhado-res para local que cumpra normas de saúdee segurança______________
Fabio Rodriguez/ABR
Movimentos lançam Plebiscito Popular por reforma política
Um grupo de trabalhocoordenado pelo depu-tado Cândido Vacarezza(PT-SP) foi criado para dis-cutir mudanças no siste -ma eleitoral, no início de ju -lho. Nessa época, as mobi -lizações de junho levarama presidenta dilma Rous-seff a propor a convocaçãode um plebiscito para a rea-lização de uma assembleiaConstituinte Exclusiva pa -ra a Reforma Política.
a maioria dos partidosdo Congresso, especial-mente o PMdB, se opôs à
proposta. o presidente daCâmara dos deputadosHenrique alves (PMdB-RN) criou um grupo comrepresentantes de 11 par-tidos para fazer uma pro-
posta da própria Casa ebloquear a Constituinte.
“Foi um movimentomarcado para retardar areforma política e evitarque o plebiscito ganhasse
corpo”, avalia o deputadofederal Henrique Fontana(PT-RS), que foi relator daComissão Especial da Re-forma Política e autor de umprojeto de lei com mudan-ças no sistema eleitoral.
o grupo entregou o tex -to com as propostas paraa reforma política ao pre-sidente da Câmara no dia5 de novembro. Entre asmudanças, constavam ofim do voto obrigatório eda reeleição para cargosdo Executivo. ainda háum caminho longo até aconcretização de algumareforma, porque terá quetramitar em comissões e
ser aprovado na Câmarae no Senado. Com isso, aprevisão é que entre emvigor em 2016.
Fontana critica o traba-lho do grupo criado pelopresidente da Câmara. “aspropostas incentivam adoação oculta, porque co-locam a cargo dos parti-dos direcionarem o di-nheiro de empresas”, dizFontana, que defende ofim do finan cia mento pri-vado de campanha elei -toral. Ele também criticao vo to nominal nas elei-ções de parlamentarespor reduzir a importânciados partidos. (GA)
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 2013 brasil | 09
Cassação do Mandatoa Câmara dos deputados discutirá aabertura de processode cassação do man-dato de José Genoinonesta quinta-feira (21).o Supremo TribunalFederal (STF) emitiuum ofício para a casado deputado federal.de acordo com o STF sua decisão é definitiva e Genoinoperderia o mandatoautomaticamente apartir da condenação.o secretário-geral daCâmara alegou que a sentença não está respaldada na Constituição.
Prisão Domiciliaradvogado de Genoinoentrou com pedidopara que o réu cumprasentença em prisãodomiciliar. o laudoemitido pelo iML,nesta quarta-feira (20),confirmou que seu es-tado de saúde é deli-cado e inspira cuida-dos. Em parecerenviado ao STF, a pro-curadora-geral da Re-pública em exercício,Ela Wiecko, avaliouque o estado de saúdede Genoino pode tor-nar inviável o cumpri-mento da pena.
“Mensalão”desrespeitando a sen-tença que previa penaem regime semiaberto,Genoino estava sendomantido em regime fe-chado. a Comissão dedireitos Humanos daoaB afirmou que aprisão em regime fe-chado além de ilegal,se caracterizava comoarbitrária. Na últimasemana, foi decretadaa prisão de 11 conde-nados no processo domensalão.
FATOS EM FOCO
oitenta e seis movi -men tos sociais lançaram,na última sexta-feira (15),o Plebiscito Popular poruma Constituinte Exclu-siva e Soberana do Siste -ma Político. a consulta te -rá uma única pergunta:Vo cê é a favor de umaCons tituinte Exclusiva eSoberana sobre o SistemaPolítico Brasileiro?". Pre-visto para acontecer entreos dias 1º e 7 de setem-bro de 2014, as entidadesque organizam a iniciativapretendem realizar diver-sas atividades até a datada votação.
“a maioria no parla-mento não tem interesseem mudar as regras que acolocou no poder. o Con-
gresso não quer Consti-tuinte nem uma reformapolítica de verdade”, criti-cou José antônio Moroni,da coordenação da Plata-forma dos MovimentosSo ciais pela Reforma Po-lítica, que articula desde2003 organizações da so-ciedade civil para elaborarpropostas de mudançasno sistema político. “ago -ra, cabe às forças popula-res se mobilizarem e faze-rem por conta própria umplebiscito popular”, afirmao dirigente do Movimentodos Trabalhadores RuraisSem Terra (MST).
Para ele, a proibição dofinanciamento privado decampanhas eleitorais é ofator determinante na dis-cussão. “o financiamentopúblico exclusivo demo-cratiza o poder”, afirma.Na avaliação de Moroni,
uma assembleia consti-tuinte exclusiva e soberanaé necessária para obtermudanças concretas nofuncionamento do sistema
eleitoral, que precisa de re-formas estruturais. “os ins-trumentos da democraciadireta foram incorporadaspelo sistema representa-
tivo, que se tornou o poderabsoluto. os instrumentosda democracia direta temque estar nas mãos da po-pulação”, conclui.
Guilherme Almeidade São Paulo (SP)
de São Paulo (SP)
DEMOCRACIA Votação vai ocorrer entre os dias 1º e 7 de setembro de 2014
Reforma eleitoral do Congresso não muda sistema políticoMANOBRA Congresso tenta retardar reforma política, diz deputado
Representantes de movimentos sociais se organizam para lutar por reforma política
Augusto Coelho/CUT
Se aprovada no Congresso, reforma só entra em vigor em 2016
Marcello Casal Jr/Abr
as agências humanitá-rias das Nações Unidas(oNU) estimaram nestasemana que cerca de 13milhões de pessoas foramafetadas nas Filipinas pe -lo Tufão Haiyan, que atin-giu o arquipélago em 8 denovembro.
informaram ainda queo desastre natural deixou4 milhões de filipinos de-sabrigados, dos quaisapenas 10% foram acolhi-dos em centros de aten-dimento.
“Mais de 392 mil pes-soas vivem nos 1.587 cen-tros que foram criados eque estão concentradosna zona de Visayas [cen-
tro do arquipélago]”, disseo porta-voz do gabinetedas Nações Unidas para aCoordenação de assun-tos Humanitários (ocha),Jens Laerke.
o tufão também pro-vocou danos graves emcerca de 1,1 milhão de ha-bitações, em que pelo me-nos a metade está total-mente destruída.
Segundo os dados doalto Comissariado dasNações Unidas para osRefugiados (acnur), agran de maioria dos des-locados é originária daárea de Tacloban, capitalda ilha de Leyte, uma dasmais afetadas, e muitosfugiram para a ilha deCebu, no grupo centraldo arquipélago, ou para a
capital, Manila.“Pouco depois do tufão,
muitas pessoas abando-naram a zona afetada pormar e ar, e os aviões quedistribuem ajuda huma-nitária desde Cebu paraTacloban regressam todosos dias com deslocados”,ressaltou o porta-voz doacnur, adrian Edwards.
o alto Comissariadocontinua enviando ajudahumanitária por via aéreapara as zonas mais afeta-das. Nos próximos diasdevem aterrizar no ae -roporto de Cebu noveaviões com 10 mil tendas,112 mil cobertores, 66 millonas de plástico, 9 millanternas e outros mate-riais que pretendem res-ponder às necessidades
de 100 mil pessoas.do número total de
pes soas afetadas pelo tu-fão, mais de 5 milhões sãocrianças, informou o Fun -do das Nações Unidas pa -ra a infância (Unicef).
as crianças enfrentam,
segundo a organização, orisco de má nutrição e sãovulneráveis não só a sur-tos de doenças – existemrelatos de diarréia aguda-,mas tam bém casos deviolações e a abusos.(Agência Lusa)
de Genebra (Suíça)
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 201310 | mundo
Barack obama atingiuo pior índice de aprova-ção desde que chegou àCasa Branca. Segundopesquisa divulgada nestaterça-feira (19) pela aBCNews, a popularidade dopresidente dos EstadosUnidos despencou nos úl-timos meses, período emque hou ve a paralisaçãodo go verno e o embateentre o mandatário e oPartido Republicano porconta do "obamacare",plano de saúde que é amarca da gestão obama.a mesma pesquisa mos-tra que, ho je, ele perderiaa eleição para o republi-
cano Mitt Romney, que oenfrentou em 2012.
agora, cerca de 55%da população desaprovaa administração obama.além disso, 63% são con-
trários à implantação donovo plano de saúde, afir -ma a pesquisa - feita emparceria com o Washing-ton Post.
Comparado ao mês de
outubro, a aprovação deobama caiu 6% em no-vembro. No total, sua po-pularidade caiu 13% des -de o início de suaadministração, em 2009.a pesquisa afirma queobama perdeu apoio emdiversos grupos econômi-cos e sociais, no entanto,a queda foi maior entrepobres, com baixo índicede instrução e os "menosinteressados em política",afirma o Post.
os contantes proble-mas técnicos com o web-site do governo para o sis-tema de saúde e a cruzadapolítica contra os republi-canos são apontados comos principais motivos daqueda da popularidade
de obama. Um dos dados mais no -
táveis da atual impopula-ridade do presidente éque, se a eleição fossehoje, ele perderia: Rom-ney, do Partido Republi-cano, venceria o pleitocom 49% dos votos, con-tra 45% de obama. a elei-ção terminou, no ano pas-sado, com o democrataconseguindo 51,01% dosvotos, contra 47,16% doadversário.
a pesquisa foi reali-zada durante os dias 14 e17 de novembro ao redordos Estados Unidos, en-trevistando cerca mil adul - tos. a margem de erro é de3,5% para mais e para me-nos. (Opera Mundi)
Popularidade de Obama despenca, aponta pesquisaDISPUTA Levantamento também mostra que Romney venceria se a eleição fosse hoje
FILIPINAS Deste número, mais de 5 milhões são crianças
Agora, cerca de 55% da população desaprova o governo Obama
de São Paulo (SP)
Pete Souza
Abastecimento de áreas mais afetadas é feito por aviões
Paolo Bayas
FATOS EM FOCO
Rússia libertaativista brasileira doGreenpeace o Tribunal de São Pe-tersburgo liberou, sobfiança, a ativista brasi-leira do Greenpeace,ana Paula alminhanaMaciel. Ela e outros in-tegrantes da organiza-ção foram detidos pelogoverno russo no dia19 de setembro, apósum protesto contra aexploração de petróleono Ártico.
Medidas para coibir especulaçãona Venezuelao presidente da Vene-zuela Nicolás Maduroaumentou a fiscaliza-ção para coibir a especulação finan-ceira. Nesta semana fo-ram bloqueadas 50 pá-ginas na internet queeram usadas para di-fundir a cotização dodólar no mercado pa-ralelo. além disso, co-meçaram as fiscaliza-ções de preços emlojas de eletrodomésti-cos em diversas cida-des do país.
El Salvadorestuda entrarna Aliança doPacíficoo vice-ministro deEconomia de El Salva-dor, Mario Roger Her-nandez, afirmou nestasemana que o paíscentro-americano teminteresse em integrar aaliança do Pacífico,bloco econômico for-mado por México, Co-lômbia, Chile e Peru.Embora El Salvador jáseja observador dogrupo, Hernández re-conhece que isso nãodeve ocorrer a curtoprazo.
ONU estima que 13 milhões foramafetados pelo Tufão Haiyan
Filho de pai saxofonista, del-cio Carvalho trazia no sangue odNa musical. Nasceu em Cam-pos dos Goytacazes, em marçode 1939, e cresceu ouvindo oscantores e cantoras da era áureado rádio.
Veio para o Rio de Janeiro de-pois de prestar o serviço militar,em 1956, para morar no Morrodo Querosene, na zona norte.Participou de programas de ca-louros e cantava em casas no-turnas do Rio. a canção "Pingode felicidade", de 1968, foi suaprimeira composição, logo gra-vada pela cantora Christine.
a composição era seu ofício.
Marco Pinheiro, um dos maisrecentes parceiros de Carvalho,lembra como foi a criação dochoro "ah! Quem me dera".
"Tinha passado para ele amelodia. Um dia ele apareceu
com um papel tipo de pão coma letra. Só que uma parte estavaem cima, a outra no parte detrás do papel, outra de cabeçapara baixo. Só depois que pas-
sou a limpo é que a gente pôdever como tinha ficado".
Em 1979, delcio gravou seuprimeiro álbum, "Canto de umpovo". o segundo, "afinal", sósaiu em 1996, seguido de "a Luae o Conhaque" (2000), "Pro -fissão Compositor" (2006) ea trilogia "inédito e Eterno"(2007). Em 2013 gravou seu úl-timo Cd "dois compassos", emparceria com o violonista Mar-celo Guima.
Suas músicas foram gravadaspor Maria Bethânia, Clara Nu-nes, dona ivone Lara, RobertoRibeiro, Elizeth Cardoso, Cae-tano Veloso, Nana Caymmi, GalCosta, Elza Soares, Martinho daVila, Beth Carvalho, alcione,entre outros.
Quando, nos anos de1970, delcio Carvalho es-creveu os versos de "der-radeira Melodia", em re-ferência ao falecimento deoutro sambista, não ima -ginava que seria, ele pró -prio, homenageado pormúsicos das mais diferen-tes gerações no momen -to de sua morte. a cançãode versos como "E o sam-bista assim tombou/Cau-sando tanta emo ção/Massua arte há de ficar depé/dentro do nos so cora-ção" é apenas uma dasqua se 300 que compôs
em sua carreira.o compositor morreu
na terça-feira (12), aos 74anos, de um câncer gás-trico diagnosticado hátrês anos. a música queele fez para o sambista Si-las de oliveira, morto em1972, foi uma das primei-ras de suas muitas parce-rias com dona ivone Lara.Com ela, delcio Carvalhotambém escreveu, entreoutras, "acreditar", "So-nho Meu" e "alvorecer".
o compositor MarcoPinheiro, parceiro de del -cio, afirma que ele estáentre os principais íconesdo samba, embora tam-bém compusesse outrosgêneros.
"Mesmo antes de suamorte, o delcio já inspi-rava os novos composito-res que desejavam e de-sejam fazer samba comqualidade. Suas composi-ções são daquelas que fi-cam para sempre", afirma.
Entre os sambistas danova geração, o composi-tor é uma referência. Umdesses admiradores, omúsico Chico alves, dogrupo Sambalangandã,diz que a obra de delcioserá imortalizada. "Temuma frase que ele sempredizia, depois de se apre-sentar e ser aplaudido,que sintetiza tudo isso:'Como vocês podem ver,não há truque", lembra.
Na quarta-feira (13), no barTrapiche Gamboa, na zo naportuária do Rio, o grupoSam balangandã dedicou todoum set de sua apresentação acanções d e delcio Carvalho,como "Nasci pra sonhar eCan tar" (com dona ivoneLara), "Convite" (com ivor Lan -cellotti), "Ven daval da vida"(com Noca da Portela). ogrupo repetiu a homenagemna roda de samba do Merca-do das Pulgas, no sábado (16),em Santa Teresa.
Em Vila isabel, as cançõesde delcio também serão lem-bradas. o violinista Marcelo
Moraes, do Movimento Cultu-ral Roda de Samba do Barão,que acontece às quartas-feiras,na Praça Barão de drumond,afirma que o compositor seráhomenageado durante o mêsde dezembro. isto porque, to-dos os anos, os sambas do úl-timo mês do ano são dedica-dos àqueles que morreramdurante o ano.
"delcio Carvalho foi umdos artistas que pavimentouo caminho que a músicabrasileira deveria seguir. ondese valorizava a postura artís-tica, e não apenas o reconhe-cimento e a fama. Era um gê-nio, nos melhores sentidosdesta palavra.", resume Mar-celo Moraes.
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 2013 cultura | 11
Nova geração de sambistas homenageia Delcio Carvalho
Rodas relembramextenso repertório
Sambista tinha a composição como ofício
REVERÊNCIA Conhecido por canções como "Sonho Meu", compositor morreu na última semana aos 74 anos
HOMENAGEM Sambalangandã e Roda deSamba do Barão reverenciam músico
Gabriel Araujodo Rio de Janeiro (RJ)
do Rio de Janeiro (RJ)do Rio de Janeiro (RJ)
PROFISSÃO COMPOSITOR Suas músicas foram gravadas por Martinhoda Vila, Beth Carvalho e Alcione, entre outros
Delcio sempre inspirou os novos compositores que desejavam fazer samba com qualidade
Divulgação
“Compositor está entre os principaisícones do samba______________
Com o objetivo de de-bater a cultura produzidadentro das favelas, a 2aedição da Festa Literáriadas Periferias (Flupp) se -rá promovida em VigárioGeral. a programação doevento se estende até opróximo domingo (24),no Centro Cultural WalySalomão. Em plena se-mana da Consciência Ne-gra, a festa questiona aausência do negro e dacultura negra na literaturaque é produzida no país.
a principal proposta dafesta é abrir espaço parao intercâmbio cultural en-tre moradores, autoresnovos e consagrados. Es -tá prevista a par ticipaçãode 26 autores brasileirose estrangeiros. além dis -so, três livros escritos por41 pessoas de comunida-des serão lançados du-rante o evento.
Em parceria com o gru -po afroreggae, o eventopresta uma homenagema Wally Salomão, grandeinfluência na ligação en-tre a periferia e a “cidadeformal”. Ressaltando a im-portância de seu legado
para a sociedade, uma ex-posição interativa vai re-contar momentos impor-tantes da vida e da obrado poeta baiano morto há10 anos.
Para fortalecer o diálo -go intercultural, tem entreseus convidados o escri-tor, o compositor e cantorJorge Mautner, que fala -rá sobre o Tropicalismo,além de destaques inter-nacionais, co mo o poetaegípcio Ta mim al Barg-houti, a rapper afegã Pa-radise Sorouri e a TramasUrbanas, coleção de no-vos autores das periferiasbrasileiras.
RIO PARADA FUNK
acontece neste final de semana o maior baile funk do mundo, o Rio ParadaFunk. o evento celebrará as mais de três décadas de história do gênero,passando pelo seu surgimento nos anos 1970, com os bailes blacks, até os diasatuais. Serão 12 palcos com mais de 100 atrações, entre MCs, dJs, dançarinos,equipes de som e VJs. Entrada gratuita. domingo (24), a partir das 10h. Praçada apoteose._______________________________________________
FANFARRÁDIOEntrará no ar o mais novo projeto de música deFanfarra. Trazendo a orquestra Fanfarra, ainiciativa promete circular em vários espaçospúblicos e casas noturnas da cidade. o localescolhido para a 1a edição sé a Pedra do Sal.Entrada gratuita. Sábado (23), às 18h. Largo João daBahiana, s/n – zona portuária.
BRASILIANAa 5ª edição da exposição “Brasiliana – mostra mundial defilatelia” traz uma programação recheada para este finalde semana. Participam do evento cerca de 70 países,trazendo mais de 750 coleções de selos. o evento contarátambém com atrações infanto-juvenis, como leitura delivros brasileiros. Entrada gratuita. armazém 4 – Cais doPorto. Mais informações: brasiliana2013.net.br.
ARTE COMAMORa “Glia, centro de cultura,aprendizagem esaúde” apresenta a exposição“Nikitikitikeru – artecom amor na cidadesorriso”. Emcomemoração aos440 anos da cidade deNiterói, a mostracontará com obras dediversos artistasplásticos, fotógrafos,escritores. Entradagratuita. Em cartazaté 18/12. desegunda à sexta-feira.Espaço Glia - Rua dr.Nilo Peçanha, 142,ingá – Niterói. _____________
RODA DE SAMBA DOSREBARBASNeste sábado (23) tem aquela Roda deSamba na Quadra do Bloco Cardosão.alto astral e repertório de primeira paraanimar o final de semana. Entradagratuita, às 16h. Rua Cardoso Júnior, 420– Laranjeiras.
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 201312 | cultura
AGENDA
Mariane Matosdo Rio de Janeiro (RJ)
Edição presta homenagem ao poeta baiano Wally Salomão
O maior baile funk do mundo terá mais de 100 atrações
Montagem mostra um futuro não tão distante
Maria Buzanovsky
Festa Literária em Vigário GeralLETRAS Na semana da Consciência Negra, Flupp questiona ausência do negro na literatura
Elisangela Leite
Local: Centro Cultural Waly Salomão Santo Antônio 2, Vigário Geral,zona norte
Preço: Grátis
Dia: Até domingo (24)
Horário: Das 11h às 21h
Programação:www.flupp.net.br
SERVIÇO
A HORA DO POÇO OU A BOCA DO CÉUPeça infanto-juvenil aborda os problemas causadospelo aquecimento global. a montagem retrata odrama dos habitantes da pequena aldeia do adeus,que diante da devastação da natureza e a escassez deágua buscam por sobrevivência. inteira R$10, meiaR$5. Em cartaz até 22/12. CCBB, Rua Primeiro deMarço, 66 – Centro. ________________________________
Divulgação
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 2013 variedades | 13
Áries(21/3 a 20/4)
Câncer(21/6 a 22/7)
Libra(23/9 a 22/10)
Capricórnio(22/12 a 20/1)
Touro(21/4 a 20/5)
Leão(23/7 a 22/8)
Escorpião(23/10 a 21/11)
Aquário(21/1 a 19/2)
Gêmeos(21/5 a 20/6)
Virgem(23/8 a 22/9)
Sagitário(22/11 a 21/12)
Peixes(20/2 a 20/3)
Sorte e expansividade. Estará otimista e confiantena vida e em seu potencial. Saúde favorecida.Porém, quem o vê de fora poderá traduzir a con-fiança em arrogância. Evite dar palpites demaisou recusar ajuda.
Animação e otimismo, principalmente na vidaafetiva. Estará focado e objetivo. É um bom mo-mento para inciar relações, pois há confiança eprudência. Apenas cuidado com sentimentos in-tensos ou imprevisíveis demais.
Seu lado equilibrado e sutil dará lugar para a in-tensidade, rebeldia e imprevisibilidade. Talvezterá sentimentos de posse e ciúme do outro. En-tenda que nada disso servirá para mantê-lo aoseu lado, pelo contrário.
Emoção e racionalidade estarão caminhandojuntas e harmoniosamente. Você se sentirá maisleve, aberto a se doar, a aprender e a sorrir. Alémdisso, estará comunicativo e sociável, apreoveitee faça bons contatos!
Probablilidade de entrar em relacionamentossubitamente, não avaliando o que é melhorpara você e a relação. Do mesmo jeito que co-meçou, pode terminar. Vá com calma, dê e ofe-reça espaço e tempo necessários.
Sentimentos em harmonia com a vontade pes-soal. Há facilidade em expressá-los e compreen-der os sentimentos alheios. Poderá ser um bomconselheiro. Grande capacidade criativa, teráideias originais e avançadas.
Faíscas e fogo no amor. Você estará com os senti-mentos turbulentos, volúveis e intensos. Poderáse envolver com muitas pessoas, só pelo desejode encontrar quem se adeque a toda essa cargaemocional do momento.
Sua expressão pessoal ganha destaque. Há po-pularidade positiva e empatia com as pessoas,até com desconhecidos. Porém, existirá intensi-dade e desejo de reformar as coisas existentes euma certa instablidade emocional.
Disposição para trabalhos que exijam concentra-ção, paciência, esforço e pensamento prático.Porém, sua mente pode estar confusa e fanta-siosa. Evite tomar decisões significativas ou queexijam atenção a detalhes.
Intensidade, originalidade, compreensão e prati-cidade são palavras-chave esta semana. Estarámais próximo emocionalmente das pessoas epoderá animar ambientes com suas ideias. Seupoder de atração também estará forte.
Na área profissional poderá haver conflitos e mu-danças de planos não favoráveis. Porém, estaráobjetivo, prático e planejando os seus passos eisso poderá amenizar as tendências negativas.Foco é a ordem do momento.
Poderá ter insights e boa intuição no ramo pro-fissional, mas deverá ter cuidado, pois há a ten-dência de tomar decisões precipitadas. O ladoemocional se encontra delicado, evite projetarsuas expectativas no outro.
HORÓSCOPO 22 a 28 de novembro de 2013 Keka Campos, astróloga | [email protected]
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 201314 | esporte
FATOS EM FOCO
Ramires: garoto propa-gandao jogador brasileiro Ramires, do Chelsea eda seleção brasileira, é aestrela de uma campa-nha publicitária doclube inglês para a cap-tação de novos sócios. ojogador aparece em pai-néis no estádio Stam-ford Bridge e em panfle-tos que são entregues àtorcida. o volante vemaproveitando as oportu-nidades dadas pelo téc-nico Luis Felipe Scolarinos últimos amistososda seleção. depois de fi-car fora do time brasi-leiro por um longo pe-ríodo, ele recuperou suamelhor forma. Por isso,já é tido como presençacerta no grupo brasileiroque vai disputar a Copado Mundo, em 2014, noBrasil, acirrando a brigapela titularidade nomeio de campo.
Doping emdebate naTerminou na últimasexta-feira (15) a Confe-rência de 2013 da agên-cia Nacional antidoping(Wada), em Johanes-burgo, na África do Sul.a associação interna-cional das Federaçõesde atletismo (iaaF) éuma das principais enti-dades do esporte olím-pico mundial a assinar oCódigo antidoping. Emrelação aos controles dedoping realizados, aiaaF lidera a quanti-dade desses procedi-mentos. No Brasil, aConfederação Brasileirade atletismo (CBat) é aentidade nacional quemais controles faz nopaís, depois do futebol.o representante do Bra-sil na Conferência daWada foi omaz Mat-tos de Paiva, responsá-vel pela Comissão Na-cional antidopagem.
Competição de acessoà Série a do voleibol sócontou com equipes mas-culinas nas duas ediçõesrealizadas até agora. Esteano o torneio femininoterá seis equipes, enquan -to o dos homens con tarácom oito times.
“Este é mais um im-portante passo para o vo-leibol. Teremos mais umacompetição de alto nívelno calendário, o que já ví-nhamos buscando desdea formação da SuperligaB. isso reforça a impor-
tância do evento”, afirmouo técnico da CBV, Renatod Ávila.
o regulamento e o ca-lendário serão definidosem plenária marcada
para o dia 21, da qual par-ticiparão todas as equi-
pes. Estão confirmadosna competição masculinaBento Vôlei, de Bento
Gonçalves (RS); VoleisulPaquetá Esporte, de NovoHamburgo (RS); Santo
andré, de Santo andré(SP); Velo Clube, de RioClaro (SP); olympico/Mart Minas/Uptime, deBelo Horizonte (MG); Es-cola do Corpo, de São Josédos Campos (SP); Sesi-SP,de São Paulo (SP); asasVôlei, de Brasília (dF).
No feminino, seis ti-mes brigarão pelo título:aVF/Santa Maria Vôlei,de Santa Maria (RS);aceu/Leme, de São Paulo(SP); São José dos Cam-pos (SP); Preve/Conci-lig/Semel, de Bauru (SP);Prefeitura Municipal deCascavel (PR); e aaBB-dF, de Brasília (dF).(Com informações da CBV)
ACESSO Pela primeira vez mulheres entram na disputa
Superliga B de vôlei terátimes femininos
CBV/Divulgação
Mulheres também na Superliga B
o Fórum Técnico dealto Rendimento da Con-federação Brasileira deatletismo (CBat) reuniu,no último fim de semana,em São Paulo (SP), 150trei nadores, representan -do 18 estados e o distritoFederal. Todos se enqua-draram no critério estabe -lecido pela organizaçãodo evento de ter participa -do de competições oficia -is nas diversas categoriasnos anos de 2012 e 2013.
dos 150 participantes,86 são de São Paulo e 64do Rio de Janeiro. os ou-tros profissionais pre-sentes são do Paraná (10),Mi nas Gerais (6), Mato
Grosso (4), Santa Cata-rina (4), Rio Gran de doSul (4), Mato Gros so doSul (3), Ceará (3), Bahia(2), Pernambuco (2), ama-zonas (2), Rio Gran de doNorte (2), Roraima (1),Pará (1), alagoas (1), Pa-raíba (1), Piauí (1) e dis-trito Federal (4).
a abertura da sessãoplenária coube ao presi-dente da CBat, José an-tônio Martins Fernandes,que fez uma saudaçãoaos presentes.
Na sequência, o secre-tário nacional de altoRendimento do Ministé-rio do Esporte, RicardoLeyser, fez uma explana-ção sobre o projeto olím-pico do ministério. Já an-tonio Carlos Gomes,
superintendente dealto Rendimento daCBat, detalhou a estru-tura e o funcionamentoda sua área. (BD)(Com informa-ções da CBAt)
Atletismo: Alto rendimentoreúne treinadores
do Rio de Janeiro (RJ)
Ricardo Valarini /Inovafoto/CBAt
Presidente da CBAt abriu o Fórum
DEBATE Em pauta, o futuro deste esporte
“Neste ano otorneio femininoterá seis equipes;masculino contarácom oito_______________
“Todos os treinadores presentes participaram de competiçõesoficiais em 2012 e 2013_____________
Bepe Damascodo Rio de Janeiro (RJ)
Com uma antecedên-cia de dois meses, o elen -co de futebol do Novaigua çu está se preparan -do para o Campeona toCarioca de 2014 des de odia 12 de novembro, datada apresentação dos jo-gadores. a estratégia doclube da Baixada Flumi-nense é sair na frente emtermos físicos e técnicos.
o grupo, formado por25 jogadores, conta comcinco reforços: o lateral-esquerdo amarildo, osvolantes Rodrigo Cesar ePaulo Henrique e os ata-cantes Zambi e Erick.ama rildo, Paulo Henri-que e Zambi já atuaram
pelo clube e retornaramdepois de passagens poranapolina (Go), Caxias(RS) e São João da Barra(RJ), respectivamente.
“Vamos apertar os pa-rafusos, isso se fez neces-sário porque a competi-ção será muito dura. Épreciso um comprometi-
mento maior do que 100%de todos. Não temos des-culpas porque vamos termais de dois meses de pre -paração”, diz o técnico Ed-son Souza.
o treinador ainda es-pera por mais contrata-ções: “Muitos desses jo-gadores já atuaram co -
mi go aqui. Temos apenasa chegada do Rodrigo Cé-sar de diferente. Estão che -gando jogadores que co-nhecem a casa, que co nhe -cem a filosofia de traba-lho e assim será com os queestão para chegar ainda.Faltam duas ou três peças.”(Com informações da Ferj)
os atletas da seleçãobrasileira de ciclismo depista, que estão na Suíçadesde setembro, seguemmos trando evolução. Elesvêm sendo elogiados pe-los integrantes do CentroMundial de Ciclismo. Noúl timo fim de semana,os brasileiros e as brasi-leiras dominaram o pó-dio da com petição “om-nium Genovis.”
a prova ainda contoucom a presença de atletasda itália, França, alema-nha, Espanha e Suíça. osvelocistas Flávio Cipria -no, diefferson Borges,
Kacio Freitas e david Ro-meo disputaram as pro-vas de Kerin e Flying Lape obtiveram resultadosinéditos para o Brasil, ocu -pando as quatro primei-ras colocações.
Na competição femi-nina, os resultados tam-bém foram positivos,com Wellyda vencendona Scratch e Hyriah che-gando em primeiro lugarna prova por pontos.Também Gabriela Yumivenceu a prova por elimi-nação. Na classificaçãogeral, só deu Brasil : Wel-lyda em primeiro, seguidapor Gabriela e Hiryah.(BD) (Com informaçõesdo COB)
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 2013 esporte | 15
opinião | Bruno Porpetta
Mudando de assuntodesculpe. Vamos falar
so bre algo que pode sertotalmente desinteres -san te. Não tem nada a vercom o futebol cario ca.Tem a ver com coragem.
Estão em menor nú-mero os torcedores doSão Paulo por aqui, me-nos ainda os da PontePreta. Mas o que se podefazer?
Com o regulamentoem uma mão e o laudosobre o estádio MoisésLucarelli na outra, o SãoPaulo foi à Conmebol ve-tar o Majestoso para a se-mifinal da Copa Sulame-ricana.
o motivo? Exatas 3.100pessoas!
Pede o regulamentodo torneio que o estádio,para poder abrigar jogosdecisivos, tenha 20 millugares. o Majestoso pos -sui os mesmos 16.900que já possuía contradeportivo Pasto (CoL) eVelez Sarsfield (aRG).
depois que o pedidofoi acatado, a direção tri-color alegou questões de
segurança para os torce-dores. inclusive os daPon te Preta.
Como são bonzinhos,né?
até nosso futuro en-quanto grande nação vi-rou um item na prateleirade bobagens que lhe ser-vem de argumento.
o São Paulo, que dames ma forma jogou umafinal de Libertadores em2005 contra o atlético-PRno Beira-Rio, em Portoale gre, mostra-se covarde.
os torcedores quecria riam tumulto emCam pinas, o fariam aténo Nepal.
Portanto, as razõesque levam o São Paulo afazer tal pedido viramuma só: ganhar o jogo fo -ra de campo.
a propósito, o atlé-tico-PR receberá o Fla-mengo pela final daCopa do Brasil no mo-desto durival de Brito,em Curitiba.
é autor do blogporpetta.blospot.com
AVANÇO Brasil obtém resultados inéditos
Ciclistas têm bons resultados na Suíça
do Rio de Janeiro (RJ)
Bepe DamascoRio de Janeiro (RJ)
brasileirão | 36ª rodada
Criciúma VitóriaSáb. |23/11|19h30 | H. Hulse
Vasco CruzeiroSáb. |23/11|19h30 | Maracanã
Atlético-MG GoiásSáb. |23/11|21h | Independencia
Atlético-PR NáuticoDom. |24/11|17h | Joinville
Flamento CorinthiansDom. |24/11|17h | Maracanã
Santos FluminenseDom. |24/11|17h | Prudentão
Ponte Preta GrêmioDom. |24/11|17h | M. Lucarelli
São Paulo BotafogoDom. |24/11|19h30 | Morumbi
Internacional CoritibaDom. |24/11|19h30 | Centenário
Bahia PortuguesaDom. |24/11|19h30 | Fonte Nova
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Time da Baixada aposta no Estadual
Ana Patrícia/Inovafoto
Bernardo Gleizer/NIFC
Brasileiros brilham na Suíça
Nova Iguaçu já se preparapara o Carioca 2014PLANEJAMENTO Clube aposta no treinamento antecipado
o Flamengo empatouo primeiro confronto con-tra o atlético-PR por 1 a 1e precisa apenas empatarsem gols em casa paraconquistar o título daCopa do Brasil.
o jogo começou muitotruncado, com as equipesevitando arriscar demais eabrir espaços para o con-tra-ataque do adversário.
aos 17, em desatençãoda marcação do Flamengoe falha do goleiro Felipe,retornando após lesão, o
atacante Marcelo acertouchute de fora da área eabriu o placar para o Fu-racão.
dez minutos depois,andré Santos saiu lesio-nado após pisar em umburaco no gramado, sendosubstituído por João Paulo.
aos 30, amaral acertalindo chute de fora da área,sem chances para o goleiroWéverton, empatando ojogo para o Flamengo.
No segundo tempo, oatlético-PR tomou a ini-ciativa das ações ofensi-vas, enquanto o Fla-mengo limitou-se a sairem contra-ataques.
o Furacão criou maischances e o Flamengoteve também boas opor-tunidades, mas a ponta-ria dos atacantes não per-
mitiu que o placar se al-terasse.
No Maracanã, o atlé-tico-PR precisa vencerpor qualquer placar para
ser campeão, ou empa-tar por dois gols ou mais.Novo empate em 1 a 1leva a decisão para ospênaltis.
Rio de Janeiro, de 21 a 27 de novembro de 201316 | esporte
COPA DO BRASIL O título será decidido no Maracanã. Para o Flamengo, basta não levar gol.
Com boas condiçõesde livrar-se do risco de re-baixamento no Campeo-nato Brasileiro, o Flumi-nense realiza eleiçõespara sua diretoria no triê-nio 2013-2016.
os resultados dentrode campo deram a dis-puta um clima mais tran-quilo, com o atual presi-dente Peter Siemsen ten- tando a reeleição contrao ex-jogador e ídolo datorcida deley.
Peter conta com o apoiode Celso Barros, presi-dente da patrocinadorado clube, enquanto deleyé apoiado por Júlio Bue -no, candidato derrotadonas eleições de 2010 eatual Secretário de de-senvolvimento Econômi -co do estado, além dogru po político democra-cia Tricolor, que rompeucom a atual gestão.
os temas mais polêmi-cos entre as chapas são adívida do clube, o Centrode Treinamento das cate-gorias de base em Xerém
e os esportes olímpicos.Segundo o clube, cerca
de 8 mil sócios estão ap-tos a votar. as eleiçõesocorrem na sede socialdo Fluminense, em La-ranjeiras, das 9 às 18hdeste sábado. (BP)
Mais aliviado, Fluminenseelege nova diretoria
da Redação
Foram conhecidas as32 seleções que, no dia 6de dezembro em Salva-dor, serão distribuídas emoito grupos, por sorteio,para a Copa do Mundoem 2014, no Brasil.
os cabeças-de-chaveestão definidos, segundo oranking da FiFa, e são Es-panha, alemanha, argen-tina, Colômbia, Bélgica,Uruguai, Suíça e Brasil.
as demais seleções clas -sificadas são:
américa do Sul – Chilee Equador;
Europa – Holanda, itá-lia, inglaterra, França,Portugal, Croácia, Grécia,Rússia e Bósnia-Herze-govina;
américa do Norte eCentral – Estados Unidos,Costa Rica, Honduras eMéxico;
África – Camarões, Ni-géria, Gana, argélia e Cos -ta do Marfim;
Ásia – irã, Coreia doSul, Japão e austrália (jogaas eliminatórias asiáticas).(BP)
Conheça as 32 seleções da Copa COPA DO MUNDO México e Uruguaigarantiram as duas últimas vagas
ELEIÇÕES No sábado (23) , os sócios do tricolor escolhem entre Peter Siemsen ou Deley
da Redação
Título está nas mãos de Felipe• A PONTE PRETAsaiu na frente do SãoPaulo pela semifinalda Copa Sulameri-cana. Venceu por 3 a 1de virada, em plenoMorumbi. Leonardo,Uendel e antônio Car-los (contra) marcarampara a Macaca. Gansomarcou o único golsão-paulino.
• O ZAGUEIRO dedé,ídolo do Vasco e hojeno Cruzeiro, preferenão jogar contra o ex-clube, mas deixa a de-cisão nas mãos dotreinador Marcelo oli-veira. os clubes se en-frentam sábado, às19:30h, no Maracanã.
• O ATACANTE Mar-lone foi hostilizadopor alguns torcedoresdurante o treino doVasco, em São Januá-rio. No entanto, foiaplaudido e teve seunome gritado porcerca de 200 vascaínosque também estavamnas arquibancadas.
• SEEDORF e Elias foram poupados dotreino no Botafogo,mas enfrentam o SãoPaulo, domingo, noMorumbi. o zagueiroBolívar está suspensoe será substituído pordankler. Marcelo Mat-tos, voltando de sus-pensão, entra no lugarde Renato.
• URUGUAI e Méxicoconfirmaram suasclassificações para aCopa do Mundo, nojogo de volta da re-pescagem. o Uruguai,no estádio Centená-rio, só empatou em 0a 0 com a Jordânia,mas garantiu-se comos 5 a 0 do jogo de ida.Na Nova Zelândia, oMéxico venceu o timeda casa por 4 a 2 (9 a 3no placar agregado).
TOQUES CURTOS
Fla Imagem
Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)
Mais de 64 mil ingressos já foram vendidos para a decisão no Maracanã
Durival de Brito | Curitiba | 20/11 | 21h50
FICHA TÉCNICA
Atlético-PRFlamengo
1 X 1
“Cerca de 8 mil sócios estão aptos a votar_______________