botanica economica 2010 - paulo schwirkowski

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Botânica Econômica 2010 Brinco-de-mulata - Heisteria silvianii Schwacke Olacaceae E-BOOK GRATUITO E DE LIVRE DISTRIBUIÇÃO Paulo Schwirkowski - 2010

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Botânica Econômica

2010

Brinco-de-mulata - Heisteria silvianii Schwacke Olacaceae

E-BOOK GRATUITO E DE LIVRE DISTRIBUIÇÃO

Paulo Schwirkowski - 2010

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GLOSSÁRIO 1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................................3 2 AVISO LEGAL........................................................................................................................................................5 3 PLANTAS MEDICINAIS E SEUS USOS....................................................................................................................6 4 ALIMENTOS SILVESTRES......................................................................................................................................19 5 OUTROS USOS.....................................................................................................................................................28 6 BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................................................33

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1. INTRODUÇÃO

Este livro é o resultado de uma compilação de dados em uma extensa bibliografia, a qual está incluída no final do texto. Aqui estão informações etnobotânicas sobre dezenas de plantas nativas ou exóticas facilmente encontráveis nos jardins ou áreas de mata nativa.

Além de propriedades medicinais destas plantas, estão incluídas informações sobre outros usos possíveis, como alimentícios ou econômicos.

Apesar de praticamente todas as espécies de plantas possuírem algum uso econômico comum ou potencial, neste livro estão relatadas apenas os usos mais práticos ou mais comuns, de forma a facilitar o leitor a praticar algo daqui descrito no seu dia a dia. Fórmulas complexas de preparo ou uso das plantas foram propositalmente deixadas de lado, e o leitor que quiser aprofundar-se no interessante assunto da botânica econômica ou etnobotânica encontrará ao final da obra a bibliografia utilizada no presente trabalho, onde estão descritas inúmeras funções ou aplicações destas e de outras espécies vegetais.

A respeito das plantas medicinais, também foram filtradas muitas informações, algumas devido à dificuldade do preparo das substâncias com efeito medicinal e outras pela toxicidade de algumas partes da plantas. Na seção sobre as plantas alimentícias, são citadas algumas dezenas plantas, isto é apenas uma pequena sombra do real poder alimentício das plantas silvestres. Kinupp (2007, p. 45) cita autores cujas listagens de plantas com poder alimentício chegam a 30.000 espécies, o que dá uma real idéia do potencial ainda inexplorado da vegetação que cobre nosso planeta. Ainda segundo Kinupp (2007, p. 45) “ 90% do alimento mundial vêm de apenas 20 espécies, as mesmas descobertas por nossos antepassados do Neolítico, de diversas regiões onde a agricultura teve início e que foram incorporadas por quase todas as culturas existentes.” Na seção referida como outros usos, consta uma pequena lista com usos diversos pouco conhecidos sobre algumas plantas, como por exemplo fibras ou outros materiais que possam vir a ser úteis ao leitor. Entre as obras com importantes conhecimentos etnobotânicos ou com listagens de plantas alimentícias existentes, recomendo estas: BERG, E. V. Botânica Econômica. UFLA – Universidade Federal de Lavras. Lavras, MG. 2005. 59p. DI STASI, L. C.; HIRUMA-LIMA, C. A. Plantas Medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. Editora UNESP. 2. ed. São Paulo, 2002. 592P. il. HOEHNE, F. C. Frutas indígenas. São Paulo. Secretaria da agricultura, indústria e comércio, 1946. 96 p. KINUPP, V. F. Plantas Alimentícias Não-Convencionais da Região Metropolitana de Porto Alegre. Tese de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. 590p. il. SHANLEY, P.; MEDINA, G. Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica. Ilustrado por Silvia Cordeiro, Antônio Valente, Bee Gunn, Miguel Imbiriba, Fábio Strympl. Belém: CIFOR, Imazon, 2005. 300 p. STURTEVANT, E. L. Edible Plants of The World. Edited by U. P. HEDRICK. The Southwest School of Botanical Medicine. 775p.

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Esta obra foi disponibilizada no ano de 2010, uma nova versão do livro, revisada e ampliada, será disponibilizada em meados de 2011.

Maiores informações e imagens da maioria das plantas aqui mencionadas, assim como os links

para download de grande parte da bibliografia podem ser encontradas no meu site: http://sites.google.com/site/florasbs/home Paulo Schwirkowski São Bento do Sul – Santa Catarina - Brasil [email protected]

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2. AVISO LEGAL

Este livro tem finalidade apenas didática e informativa, e de forma alguma propõe-se a substituir a medicina convencional ou os seus profissionais. Caso você necessite de tratamento ou de algum medicamento, o autor recomenda ENFATICAMENTE que você procure um profissional da Saúde, e NUNCA pratique a auto-medicação.

Prezado leitor, caso você não possua conhecimentos suficientes sobre as plantas aqui citadas, não utilize as informações deste livro. Muitas espécies possuem caracteres morfológicos muito semelhantes, no entanto, as propriedades medicinais ou alimentícias podem ser completamente diferentes. Os nomes populares das espécies aqui citadas podem referir-se à plantas completamente diferentes em outras regiões do Brasil, portanto, conhecer alguma planta apenas pelo nome popular, não é garantia de que trata-se da mesma espécie. Sobre os usos alimentícios, os dados encontrados nesta obra não pretendem, de forma alguma, incentivar a substituição da alimentação comum do seu dia-a-dia. O autor reitera que apesar de já ter experimentado dezenas de propriedades das espécies aqui citadas, esta obra não pretende substituir nem a medicina convencional, nem a alimentação já implantada na sociedade moderna. O autor não se responsabiliza por possíveis usos errôneos das propriedades das plantas aqui citadas. Lembre-se: o conhecimento é como uma faca: pode ser utilizada para cortar um pão, ou para matar alguém. O que quer que aconteça, a culpa não será da faca, mas sim daquele que a tinha em suas mãos.

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3. PLANTAS MEDICINAIS E SEUS USOS ABCESSOS

Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Compressas: ferver um raminho de alecrim em meio litro de água. Quando o líquido estiver reduzido à metade retirar do fogo e, depois de morno, filtrá-lo. Ensopar pedaços de tela ou gaze, várias vezes dobradas, fazendo compressas sobre os abcessos, que se resolvem rapidamente e sem dores. Arruda (Ruta graveolens – L. - Rutaceae): Cataplasma: aplicar um punhado de folhas de arruda sobre o abcesso, cobrindo-se com uma gaze. Uva-do-mato (Cissus verticillata (L.) Nicolson & C. E. Jarvis): Aplicar as folhas aquecidas no local.

ÁCIDO ÚRICO

Chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schlecht.) Mitcheli. - Alismataceae): É ótimo remédio contra moléstias da pele, inclusive para combater o excesso de ácido úrico.

AFTA

Abacateiro (Persea americana Mill. - Lauraceae): Mastigar folhas tenras de abacateiro. Amoreira-preta (Morus nigra L. - Moraceae): Bochechar com suco de amora-preta, quente, adoçado com mel. Picão-preto (Bidens pilosa L. - Asteraceae): Folhas mastigadas.

ALCOOLISMO

Espinheira-santa (Maytenus muelleri Schwacke - Celastraceae): Indicada para corrigir os viciados em álcool, 1 litro da infusão por dia 3 semanas seguidas.

AMIGDALITE

Abacateiro (Persea americana Mill. - Lauraceae): Gargarejo com o chá das folhas do abacateiro. Combinar com chá de tanchagem para maximizar o efeito. Amoreira-preta (Morus nigra L. - Moraceae): Suco de amora-preta, quente, adoçado com mel; tomar aos goles. Pode-se também preparar um xarope deste suco, bastando cozê-lo até engrossar um pouco. Fazer gargarejos com o xarope, ou tomá-lo às colheradas, deixando descer suavemente pela garganta. Limão (Citrus x limon (L.) Burm. f. - Rutaceae): Gargarejar várias vezes ao dia com água morna, suco de limão e um pouco de sal.

Picão-branco (Galinsoga parvifolia Cav. – Asteraceae): Fazer gargarejos com o chá da planta. ANALGÉSICO

Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi - Anacardiaceae): O macerado das folhas em aguardente é analgésico.

ANEMIA

Abacaxi (Ananas spp. - Bromeliaceae): A acidez do abacaxi favorece, na digestão, a absorção de ferro. O anêmico pode, no intervalo das refeições, usar um pouco de suco de abacaxi diluído em água e adoçado com melado de cana. Ameixeira (Prunus spp., Eriobothrya japonica (Thunb.) Lindl., Ximenia spp. - Rosaceae): A ameixa seca é rica em ferro (3,50mg por l00g) e portanto convêm à dieta contra a anemia ferropriva (causada por carência de ferro).

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Banana (Musa paradisíaca L. - Musaceae): A banana não é relativamente, muito rica em ferro, mas tendo em vista sua boa aceitação, que facilita um consumo liberal, 3 a 5 unidades podem contribuir aproximadamente com 20 a 30% da quantidade de ferro requerida para um dia. Uva (Vitis vinifera L. - Vitaceae): Tomar frequentemente suco de uva natural e concentrado.

ARTERIOSCLEROSE

Ameixeira (Prunus spp., Eriobothrya japonica (Thunb.) Lindl., Ximenia spp. - Rosaceae): Incluir copiosamente a ameixa fresca na alimentação ajuda a prevenir e a amenizar o processo.

ASMA

Mamoeiro (Carica papaya L. - Caricaceae): Algumas gotas do látex em água fervida servem contra a asma e diabetes.

BEXIGA (Infecções e inflamações) Milho (Zea mays L. - Poaceae): Chá dos estigmas secos(cabelo do milho). BEXIGA (Vontade freqüente de urinar) Amor-perfeito (Viola tricolor L. - Violaceae): Infusão da planta. BOCA

Batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam. - Convolvulaceae): O cozimento das folhas serve para banhos emolientes, para gargarejos nas inflamações e tumores da boca e da garganta.

Rosa (Rosa spp. - Rosaceae): Gargarejo do chá das flores. BRONQUITE

Agrião (Nasturtium officinale R. Br. - Brassicaceae): Infusão a frio: colocar em uma xícara de água uma colherada de folhas e flores frescas de agrião, deixando-as assim por toda a noite. Filtrar, esmagando o agrião com uma colherinha, para fazer sair todo o líquido. Beber a infusão pela manhã, em jejum. Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Fumaça de alecrim: colocar um punhado de folhas secas de alecrim sobre uma chapa de ferro quente (não em brasa), aspirando a fumaça que se desprende. Ameixeira (Prunus spp., Eriobothrya japonica (Thunb.) Lindl., Ximenia spp. - Rosaceae): Deve-se usar abundantemente a ameixa fresca e ameixa cozida. Misturar mel e própolis ao caldo do cozimento da ameixa e tomar uma colher de sopa de hora em hora.

CÂIBRAS

Erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides L. - Chenopodiaceae): Folhas amassadas, aplicadas no local.

CALMANTE

Alface (Lactuca sativa L. – Brassicaceae): O extrato das folhas é um poderoso calmante. CALOS

Alho (Allium sativum L. - Amaryllidaceae): Ungüento: misturar a polpa de alho esmagada sobre o calo, cobrindo-o com um pedaço de linho. Este remédio é muito eficaz para extirpar definitivamente os calos. Se necessário, repetir a operação.

Calêndula (Calendula officinalis L. - Asteraceae): Suco das folhas.

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Figueira (Ficus carica L. - Moraceae): Aplicar localmente o suco leitoso das folhas e ramos da figueira. Mamoeiro (Carica papaya L. - Caricaceae): Aplicar no local o leite do mamão, de preferência o leite das folhas.

Tomateiro (Solanum lycopersicum Mill. - Solanaceae): Aplicar tomate no local. CALVÍCIE

Amoreira-preta (Morus nigra L. - Moraceae): Massagear o couro cabeludo com o infuso(chá) das folhas da amoreira.

CANSAÇO

Abacateiro (Persea americana Mill. - Lauraceae): Afirma-se que a folha do abacateiro contém propriedades revitalizantes. Usar esporadicamente o chá juntamente com limão e mel.

CASPA

Figueira (Ficus carica L. - Moraceae): Macerar figo seco juntamente com sal e limão. Massagear o couro cabeludo com este preparado.

CATARRO

Amoreira-preta (Morus nigra L. - Moraceae): Para as secreções catarrais das vias respiratórias altas recomenda-se o gargarejo com o chá morno das folhas da amoreira.

CHAGAS

Amor-perfeito-bravo (Viola tricolor L. - Violaceae): Cataplasma: para favorecer a cicatrização, fazer compressas com flores e folhas de amor-perfeito-bravo secas e esmagadas, misturadas com leite frio. Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi - Anacardiaceae): O macerado das folhas em aguardente combate coceiras. Bardana (Arctium lappa L. Asteraceae): Cataplasma: aplicar sobre o local afetado uma cataplasma feito com uma folha fresca de bardana esmagada, depois de lavada e enxuta.

COCEIRA E MICOSES

Jasmim-do-brejo (Hedychium coronarium Koehne – Zingiberaceae): Utilizar externamente o chá das folhas.

CÓLICAS Couve (Brassica oleracea var. acephala DC. - Brassicaceae): Ingestão das sementes. CONJUNTIVITE

Arruda (Ruta graveolens – L. - Rutaceae): 100g da planta fresca em ½ litro de água. Lavar os olhos com esta infusão.

CONSTIPAÇÃO INTESTINAL (Prisão de ventre)

Ameixeira (Prunus spp., Eriobothrya japonica (Thunb.) Lindl., Ximenia spp. - Rosaceae): Tomar a ¨água de ameixas¨: deixar de molho, durante a noite, algumas ameixas e de manhã tomar água e comer as ameixas.

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CONTUSÕES, INCHAÇOS, PELE (irritações, rubores) Alface (Lactuca sativa L. - Brassicaceae): Cataplasma: ferver algumas folhas de alface em pouca água, por cinco minutos. Deixar amornar e untar as folhas com azeite de oliva, estendendo-as sobre uma gaze. Aplicar sobre a região atingida, para evitar inflamações. Erva-de-colégio(Elephantopus mollis Kunth. – Asteraceae):Aplicar as folhas amassadas no local. Erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides L. - Chenopodiaceae): Contusão: Aplicar as folhas amassadas sobre o machucado. Fumária (Fumaria officinalis L. – Papaveraceae): Ótimo remédio para todas as afecções de pele. Utilizar a infusão externamente.

CORDAS VOCAIS (Afecções)

Amoreira-preta (Morus nigra – L. - Moraceae): Suco de amora preta, quente, adoçado com mel. Tomar vagarosamente.

DEPURATIVO

Agrião (Nasturtium officinale R. Br. - Brassicaceae): Infusão a frio: colocar em uma xícara de água uma colherada de folhas e flores frescas de agrião, deixando-as assim por toda a noite. Filtrar, esmagando o agrião com uma colherinha, para fazer sair todo o líquido. Beber a infusão pela manhã, em jejum.

DERMATOSES

Chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schlecht.) Mitcheli. Alismataceae) Emplastro: rizoma macerado e aplicado topicamente sobre hérnia, dermatoses e furúnculos.

DESCONGESTIONANTE Alecrim (Rosmarinus officinalis L. – Lamiaceae): Inalação do vapor da infusão das folhas. DIABETES

Mamoeiro (Carica papaya L. - Caricaceae): Algumas gotas do látex em água fervida servem contra a asma e diabetes. Picão-preto (Bidens pilosa L. - Asteraceae): Infusão da planta (Chá).

DIARRÉIA Bananeira (Musa spp. - Musaceae): Do tronco extrai-se uma seiva, antiofídica e antidisentérica.

Beldroega (Portulaca oleracea L. – Portulacaceae): Suco das folhas. Goiaba: (Psidium guajava L. - Myrtaceae): Tomar o chá das folhas tenras da goiabeira. DIARRÉIA CRÔNICA Morango (Fragaria vesca L. - Moraceae): Tomar o chá das folhas. DIURÉTICO

Agrião (Nasturtium officinale R. Br. - Brassicaceae): Infusão a frio: colocar em uma xícara de água uma colherada de folhas e flores frescas, deixando-as assim por toda a noite. Filtrar, esmagando o agrião com uma colherinha, para fazer sair todo o líquido. Beber a infusão pela manhã, em jejum. Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Vinho de alecrim: macerar, em um litro de vinho tinto, 30g de folhas frescas de alecrim, por 24 horas. Filtrar o líquido e consumir três colheres ao dia, depois das refeições.

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DOENÇAS DAS VIAS RESPIRATÓRIAS Caqui (Diospyros kaki L. - Ebenaceae): Recomenda-se cozinhar a polpa do caqui com água em um pouco de mel. Mexer bem e tomar meia xícara deste líquido xaroposo, morno, várias vezes ao dia.

DOR DE CABEÇA / ENXAQUECA

Abacateiro (Persea americana Mill. – Lauraceae): Aplicar as folhas quentes do abacateiro sobre a cabeça, como uma compressa. Usar, para isso, somente as folhas secas do abacate, pois as verdes prejudicam o coração, provocando palpitações. Alecrim: (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Chá das folhas. Limeira (Citrus x aurantifolia (Chrisim.) Swing. - Rutaceae): Aplicar à têmpora cataplasmas de folhas de limeira maceradas. Língua-de-vaca (Chaptalia nutans L. - Asteraceae) Cataplasma: as folhas são colocadas sobre a testa (cefalagia e insônia). Mentrasto: (Ageratum conyzoides L. - Asteraceae): Infusão das extremidades floridas.

DOR DE DENTES

Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi – Anacardiaceae): Mascar cascas ou brotos novos. Balsamina (Impatiens balsamina L. - Balsaminaceae): O suco da planta, dizem ser especial remédio para dores de dentes. Elixir-paregórico (Piper calosum Ruiz e Pav. – Piperaceae): Fruto. Fumo-bravo (Solanum mauritianum Scop. – Solanaceae): Infusão das folhas e raízes. Guiné (Petiveria alliacea L. - Phytolaccaceae): Palito da raiz mastigado alivia a dor de dentes. Milho (Zea mays L. - Poaceae): O cozimento feito com os cabelos do milho, cura as dores de dentes. Picão-preto: (Bidens pilosa L. - Asteraceae): Infusão das folhas. Tanchagem (Plantago major L., Plantago australis Lam. - Plantaginaceae): Sumo das folhas sobre o dente dolorido.

DOR DE OUVIDO Aboboreira (Cucurbita spp. - Cucurbitaceae): Usar, externamente, suco das flores. DOR NAS COSTAS Quebra-pedra (Phyllanthus tenellus Rosb. - Euphorbiaceae): Chá da planta. DOR NO VENTRE

Losna (Artemisia absinthium L. - Asteraceae): Cataplasma de losna: aplicar a folha quente sobre locais doloridos do ventre.

DORES MUSCULARES

Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Infusão das folhas. Tintura: Colocar 50 gramas de folhas em 1 litro de álcool e deixar em maceração por 10 dias em local escuro. Usar em dores musculares, reumáticas, contusões e para esquentar os pés. Também serve para combater caspa e queda de cabelo.

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DORES REUMÁTICAS Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Infusão das folhas. Tintura: Colocar 50 gramas de folhas em 1 litro de álcool e deixar em maceração por 10 dias em local escuro. Usar em dores musculares, reumáticas, contusões e para esquentar os pés. Também serve para combater caspa e queda de cabelo.

ENJÔOS Limão (Citrus x limon (L.) Burm. f. - Rutaceae): Basta cheirar limão. ESTÔMAGO

Abóbora (Cucurbita spp. - Cucurbitaceae): As sementes (pode-se prepará-las fritas) ajudam no bom funcionamento do intestino. Esmagadas com leite em jejum são excelentes para combater lombrigas e solitárias. O suco retirado das flores é bom pra o estômago. Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Infusão das folhas. Coentro (Coriandrum sativum L. - Apiaceae): Indigestão: Mascar folhas ou sementes de coentro. Macela: (Achyrocline satureioides [Lam.] DC. - Asteraceae): Chá das flores.

FADIGA FÍSICA OU MENTAL Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Infusão das folhas. FEBRE:

Limeira (Citrus x aurantifolia (Chrisim.) Swing. - Rutaceae): Misturar o suco de lima com água e tomar sem açúcar.

Morango (Fragaria vesca L. - Moraceae): Tomar suco de morango. FERIDAS

Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Pó: as folhas secas podem ser pulverizadas e utilizadas como cicatrizante. Amor-perfeito-bravo (Viola tricolor L. - Violaceae): Cataplasma: para favorecer a cicatrização, fazer compressas com flores e folhas de amor-perfeito-bravo secas e esmagadas, misturadas com leite frio. Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi - Anacardiaceae): O macerado das folhas em aguardente é cicatrizante. Arruda (Ruta graveolens – L. - Rutaceae): O sumo da arruda, embebido em algodão, e posto em cima das feridas, auxilia na cicatrização.

Bananeira (Musa spp. - Musaceae): A Seiva do caule é cicatrizante. Dente-de-leão (Taraxacum officinale – Weber - Asteraceae): O látex é ótimo cicatrizante.

Embaúba (Cecropia glaziovii Snethlage - Moraceae): Pingar 5 gotas do látex em feridas, verrugas e úlceras gangrenosas. Erva-de-colégio (Elephantopus mollis Kunth. - Asteraceae): Cataplasma de folhas frescas, como cicatrizante.

Ipês (Tabebuia spp. - Bignoniaceae): Seiva ou casca são cicatrizantes. Malva-comum (Malva parviflora L. - Caprifoliaceae): É desinfetante quando posto sobre feridas e úlceras. Mamoeiro (Carica papaya L. - Caricaceae): Aplicar no local o leite do mamão, de preferência o leite das folhas.

Picão-preto (Bidens pilosa L. – Asteraceae): Suco fresco das folhas. Rabo-de-raposa (Erigeron bonariensis L. – Asteraceae): Colocar no ferimento o pó preparado a partir da planta seca.

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Tanchagem (Plantago major L., Plantago australis Lam. - Plantaginaceae): Cataplasma: colocar as folhas frescas amassadas sobre feridas, para favorecer a cicatrização.

FÍGADO (afecções)

Carqueja (Baccharis crispa Spreng. - Asteraceae): Infusão dos ramos. Pariparova (Piper gaudichaudianum Kunth. – Piperaceae): Mastigar as raízes.

FRATURA

Confrei (Symphytum officinalis L. - Boraginaceae): Macerado da planta aplicado no local entre dois panos. Erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides L. - Chenopodiaceae): Folhas amassadas, com sal, para desinchar.

FRIEIRA

Cabaceiro-amargoso (Lagenaria siceraria (Molina) Standl. – Cucurbitaceae): Aplicar as folhas aquecidas no local.

FURÚNCULOS

Cabaceiro-amargoso (Lagenaria siceraria (Molina) Standl. – Cucurbitaceae): Aplicar as folhas aquecidas no local. Canela-guaicá (Ocotea puberula (Rich.) Nees. – Lauraceae): Aplicas um macerado das cascas no local.

Chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schlecht.) Mitcheli. - Alismataceae) Emplastro: rizoma macerado e aplicado topicamente sobre hérnias, dermatoses e furúnculos. Confrei (Symphytum officinalis L. - Boraginaceae): Macerado da planta aplicado no local entre dois panos. Uva-do-mato (Cissus verticillata (L.) Nicolson & C. E. Jarvis) Aplicar as folhas amassadas no local.

GARGANTA

Batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam. - Convolvulaceae): O cozimento das folhas serve para banhos emolientes, e para gargarejos nas inflamações e tumores da boca e da garganta. Eucalipto (Eucalyptos globulus Labill. - Myrtaceae): Contra dores de garganta: Folhas penduradas em volta do pescoço para curar resfriados e dores de garganta.

Rosa-vermelha (Rosa spp. - Rosaceae): Gargarejo do chá das flores. GENGIVAS

Agrião (Nasturtium officinale R. Br. - Brassicaceae): Mastigar algumas folhas de agrião por dia, para aliviar a salivação e reforçar as gengivas.

Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi - Anacardiaceae): Mascar folhas frescas. Peixinho (Stachys lanata L. - Lamiaceae): Neutraliza o sangramento das gengivas. GRIPE Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Inalação da infusão das folhas.

Eucalipto (Eucalyptus globulus Labill. - Myrtaceae): Fazer um colar com as folhas e usar ao redor do pescoço. Limão (Citrus x limon (L.) Burm. f. - Rutaceae): O chá de limão com alho serve contra a gripe.

HEMORRAGIA Goiaba: (Psidium guajava L. - Myrtaceae): Chá das folhas tenras da goiabeira. Elixir-paregórico (Piper calosum Ruiz e Pav. – Piperaceae): Chá das folhas.

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HEMORRÓIDAS

O melhor do melhor para hemorróidas é aplicar gelo no local, duas vezes ao dia, de manhã e à noite.

HÉRNIAS

Barba de velho (Tillandsia usneoides L. - Bromeliaceae): Serve para curar as hérnias das virilhas, aplicando-o sobre a ruptura.

Chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schlecht.) Mitcheli. - Alismataceae) Emplastro: rizoma macerado e aplicado topicamente sobre hérnias, dermatoses e furúnculos.

INFLAMAÇÕES

Abóbora (Cucurbita spp. - Cucurbitaceae): Flores, para combater erisipela e qualquer inflamação. Picão-preto (Bidens pilosa L. - Asteraceae): As folhas esmagadas são empregadas em emplastros para aliviar inflamações, abcessos e furúnculos. Tanchagem (Plantago major L., Plantago australis Lam. - Plantaginaceae): É o melhor remédio contra qualquer inflamação.

INCHAÇOS

Confrei (Symphytum officinalis L. - Boraginaceae): Macerado da planta aplicado no local entre dois panos.

INDIGESTÃO Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Infusão das folhas. Macela (Achyrocline satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae): Infusão das folhas e flores. INSETICIDA

Batata-inglesa (Solanum tuberosum L. - Solanaceae): Se quiser afastar lesmas das suas plantas, coloque rodelas de batatas ou um recipiente pequeno com cerveja. Cavalinha (Equissetum arvensis L. - Equisetaceae): Colocar de molho uma mão cheia de plantas inteiras cortadas em pedaços durante 4ou 5 horas. Depois ferver durante 10 a 15 minutos, deixar arrefecer e pulverizar plantas. Erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides L. - Chenopodiaceae): Folhas e flores. Hortelã (Mentha spp. - Lamiaceae): As moscas deixarão as plantas em paz se plantarmos alguns galhinhos de hortelã nos vasos. Elas não suportam o cheiro.

INSÔNIA

Alface (Lactuca sativa L. - Brassicaceae): Decocção: ferver meia alface em um quarto de litro de água, por cinco minutos. Depois de morno, filtrar o líquido, adoçando um pouco. Beber meia hora antes de deitar. Alho (Allium sativum L. - Amaryllidaceae): infusão: esmagar um dente de alho em uma xícara de leite quente. Deixar em infusão por dez minutos e beber.

INTESTINOS

Alface (Lactuca sativa L. - Brassicaceae): Decocção: cozinhar 60g de alface em meio litro de água. Filtrar o líquido, quando morno. Tomar três cálices ao dia, como laxativo brando. Arruda (Ruta graveolens – L. - Rutaceae): Intestinos (espasmos) infusão: em uma xícara de água fria, colocar uma colher de folhas de arruda, deixando repousar por todo o dia. Filtrar, adoçar com mel e beber.

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Abóbora (Cucurbita spp. - Cucurbitaceae): As sementes da Abóbora (pode-se prepará-las fritas) ajudam no bom funcionamento do intestino. Esmagadas com leite em jejum são excelentes para combater lombrigas e solitárias. O suco retirado das flores é bom pra o estômago. Uva (Vitis vinifera L. - Vitaceae): As folhas da parreira são indicadas para se fazer chás que refrescam os intestinos, relaxam os nervos e tonificam o coração.

LAXANTE Couve (Brassica oleracea var. acephala DC. - Brassicaceae): Cozimento das folhas.

Tanchagem (Plantago major L., Plantago australis Lam. - Plantaginaceae): Infusão das sementes de tanchagem: adicionar 1 colher das de sopa de sementes em 1 copo de água fervente. Deixar 1 noite em maceração e tomar no dia seguinte em jejum, como laxante suave.

MENSTRUAÇÕES DIFÍCEIS OU DOLOROSAS

Arruda (Ruta graveolens – L. - Rutaceae): Infusão: deixar em infusão, por 10 minutos, uma pitada de folhas de arruda em uma xícara de água quente. Beber em seguida.

NEVRALGIA

Abacateiro (Persea americana Mill. - Lauraceae): O caroço ralado e preparado em álcool serve para fricções contra o reumatismo e nevralgias. Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi - Anacardiaceae): A resina exsudada pelas cascas serve para aliviar nevralgias.

OLHOS

Arruda (Ruta graveolens – L. - Rutaceae): Decocção para lavagens: ferver, em meio litro de água, 100g de folhas de arruda, por alguns minutos. Depois de 15 minutos, filtrar o líquido e empregá-lo para fazer lavagens e compressas. Esta decocção reforça as vistas e alivia o cansaço e a irritação dos olhos. Bananeira (Musa spp. - Musaceae): As flores da bananeira infundidas em água, e postas ao sereno da noite, é banho salutar para as moléstias dos olhos. Beldroega (Portulaca oleracea – L. - Portulacaceae): O suco da beldroega serve para curar a inflamação dos olhos. Maçã (Pyrus malus L. - Rosaceae): Lavar os olhos duas vezes ao dia com algodão embebido em suco de maçã ácida. Pode-se fazer cataplasmas com maçãs maduras raladas.

PARALISIA

Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Piladas as folhas, com um ou mais dentes de alho, e infundido tudo em azeite doce, em um vaso de louça vidrada, passado pelo fogo, é excelente remédio para curar a paralisia, friccionando as partes lesadas.

PARASITICIDA Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): O óleo de alecrim é parasiticida. PELE (avermelhamento devido ao vento ou sol)

Agrião (Nasturtium officinale R. Br. - Brassicaceae): Preparar uma loção, misturando 50 g de suco de agrião e 10 g e essência de amêndoas amargas.

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PELE (dermatoses, eczema, erupções cutâneas) Amoreira-preta (Morus nigra L. - Moraceae): Cataplasma: colocar um punhado de folhas frescas de amoreira, depois de lavadas e enxugadas, em um recipiente com uma ou duas colheres de água, aquecendo-o até o líquido evaporar. Estender as folhas sobre uma gaze, esmagá-las um pouco, fazendo sair todo o líquido, e aplicá-las quentes (não ferventes) sobre a região afetada. Quando a compressa esfriar, renová-la mais duas vezes.

Chapéu-de-couro (Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schlecht.) Mitcheli. - Alismataceae) É ótimo remédio contra moléstias da pele, inclusive para combater o excesso de ácido úrico. Fumária (Fumaria officinalis L. – Papaveraceae): Ótimo remédio para todas as afecções de pele. Utilizar a infusão externamente.

PELE (Limpar a pele do rosto) Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Infusão das folhas.

Pepino (Cucumis sativus L. – Cucurbitaceae): Aplicar no local o suco ou rodelas de pepino fresco.

PELE (ressecamento, rachaduras) Babosa (Aloe arborescens Mill. E Aloe vera (L.) Burm. - Liliaceae): Seiva das folhas.

Pepino (Cucumis sativus L. – Cucurbitaceae): Aplicar no local o suco ou rodelas de pepino fresco.

PICADAS DE COBRAS Bananeira (Musa spp. - Musaceae) Do tronco extrai-se uma seiva, antiofídica e antidisentérica. Carambola (Averrhoa carambola L. - Oxalidaceae): Embora não substitua os antídotos convencionais, a aplicação externa das folhas bem amassadas de carambola ajuda a evitar complicações, segundo conceito popular.

Palmito-juçara (Euterpe edulis Mart. - Arecaceae): Suco do tronco, aplicado externamente. PICADAS DE INSETOS

Alho (Allium sativum L. - Amaryllidaceae): Fazer uma pasta com o alho e por em cima de calos, verrugas e picadas de insetos. Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi - Anacardiaceae): O macerado das folhas em aguardente é analgésico. Beldroega (Portulaca oleracea L. – Portulacaceae): Suco das folhas. Calêndula (Calendula officinalis L. - Asteraceae): Suco das folhas amassadas. Confrei (Symphytum officinalis L. - Boraginaceae): Macerado da planta aplicado no local entre dois panos. Manjerona (Origanum majorana L. – Lamiaceae): Esfregar as folhas no local. Mata-pasto (Sida rhombifolia L. – Malvaceae): Suco das folhas amassadas. Menta (Mentha spp. – Lamiaceae): Esfregar as folhas no local da picada. Mentrasto (Ageratum conyzoides L. - Asteraceae): Suco das folhas amassadas. Picão-preto (Bidens pilosa L. - Asteraceae): Folhas frescas amassadas e aplicadas topicamente. Tanchagem (Plantago spp. – Plantaginaceae): Folhas amassadas aplicadas no local acabam com a coceira imediatamente.

PIOLHOS Losna (Artemisia absinthium L. - Asteraceae): É insetífuga, especialmente contra piolhos.

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POLUÇÕES NOTURNAS Amor-perfeito (Viola tricolor L. - Violaceae): Infusão. Manjerona (Origanum majorana L. - Lamiaceae): Infusão. QUEIMADURAS

Abóbora (Cucurbita spp. - Cucurbitaceae): Cataplasma: colher um punhado de folhas, lavá-las e enxugá-las, esmagando-as para extrair o suco. Aplicar sobre o local afetado. Cataplasma frio: usar a polpa fresca da abóbora. Batata-inglesa (Solanum tuberosum L. -Solanaceae): Compressas: 1) ralar uma bataba-inglesa crua e colocar como compressa sobre a queimadura, renovando a aplicação duas ou três vezes por dia. 2) em uma panela, colocar uma colherada de fécula de batata-inglesa, adicionando água aos poucos, até formar uma pasta mole. Ferver por alguns instantes, em fogo moderado, e colocar a papinha sobre um tecido dobrado muitas vezes. Quando estiver completamente fria, aplicar essa compressa sobre a queimadura, renovando-a outras vezes ao dia.

Babosa (Aloe arborescens Mill. E Aloe vera (L.) Burm. - Liliaceae): Seiva das folhas. Beldroega (Portulaca oleracea L. – Portulacaceae): Suco das folhas.

Manjerona (Origanum majorana L. – Lamiaceae): Esfregar as folhas no local. Cipó-chumbo (Cassytha filiformis L. - Lauraceae): Aplicar no local a planta amassada. Pariparoba (Piper umbellatum L. Miq. – Piperaceae): Aplicar no local as folhas amassadas. Picão-preto (Bidens pilosa L. – Asteraceae): Suco fresco das folhas. Tanchagem (Plantago major L., Plantago australis Lam. - Plantaginaceae): Folhas amassadas aplicadas no local. *Queimadura pelo látex cáustico de Mata-olho(Pachystroma longifolium (Nees) I. M. Johnst. – Euphorbiaceae) Aplicar no local o látex do Cincho(Sorocea bonplandii (Baill.) W. C. Burger, Lanjow & Wess. Boer – Moraceae).

RESFRIADOS

Ameixeira-amarela (Eriobothrya japonica (Thunb.) Lindl. - Rosaceae): Infusão: assar algumas ameixas secas, sem caroços, até ficarem duras como madeira. Colocá-las em um pilão, reduzindo-as a pó fino. Verter uma pitada desse pó em uma xícara de água quente, adoçada com uma colherinha de mel. Beber o líquido em seguida, bem quente, sem filtrá-lo. Eucalipto (Eucalyptus globulus Labill. - Myrtaceae): Fazer um colar com as folhas e usar ao redor do pescoço. Limão (Citrus x limon (L.) Burm. f. - Rutaceae): O chá de limão com alho serve contra a gripe.

REUMATISMO

Abacateiro (Persea americana Mill. - Lauraceae): O caroço ralado e preparado em álcool serve para fricções contra o reumatismo e nevralgias. Alho (Allium sativum L. - Amaryllidaceae): Cataplasma: espremer bem alguns dentes de alho e estender a polpa sobre um pano de lã quente, aplicando o cataplasma sobre a região atingida pelas dores reumáticas Losna (Artemisia absinthium L. - Asteraceae): Massagem: friccionar as folhas de losna sobre as partes afetadas (anti-reumático).

ROUQUIDÃO

Ameixeira-amarela (Eriobothrya japonica (Thunb.) Lindl. - Rosaceae): Infusão: assar algumas ameixas secas, sem caroços, até ficarem duras como madeira. Colocá-las em um pilão, reduzindo-as a pó fino. Verter uma pitada desse pó em uma xícara de água quente, adoçada com uma colherinha de mel. Beber o líquido em seguida, bem quente, sem filtrá-lo.

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SARNA

Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Pomada: Para dez partes de gordura vegetal, usar uma para parte de tintura de alecrim com chapéu de couro e arruda.

SISTEMA NERVOSO Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Infusão das folhas.

Uva (Vitis vinifera L. - Vitaceae): As folhas da parreira são indicadas para se fazer chás que refrescam os intestinos, relaxam os nervos e tonificam o coração.

SOLUÇO

Limão (Citrus x limon (L.) Burm. f. - Rutaceae): Deglutir o conteúdo de uma colher de sopa de suco de limão.

TOSSE CATARRAL

Abacaxi (Ananas spp. - Bromeliaceae): Aquecer uma xícara de água, adicionando, em seguida, duas colheres de suco de abacaxi e uma colher de mel. Beber muito quente, antes de deitar-se. Ameixeira-amarela (Eriobothrya japonica (Thunb.) Lindl. - Rosaceae): Infusão: assar algumas ameixas secas, sem caroços, até ficarem duras como madeira. Colocá-las em um pilão, reduzindo-as a pó fino. Verter uma pitada desse pó em uma xícara de água quente, adoçada com uma colherinha de mel. Beber o líquido em seguida, bem quente, sem filtrá-lo.

TUMORES:

Alface-d'água (Pistia stratiotes L. - Araceae): Cataplasma: folhas contusas sobre tumores (externamente). Batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam. - Convolvulaceae): Compressa de Batata-doce cozida. Bananeira (Musa spp. - Musaceae): A fruta é emoliente e maturativa dos tumores.

ÚLCERAS

Amor-perfeito-bravo (Viola tricolor L. - Violaceae): Cataplasma: para favorecer a cicatrização, fazer compressas com flores e folhas de amor-perfeito-bravo secas e esmagadas, misturadas com leite frio. Bardana (Arctium lappa L. - Asteraceae): Cataplasma: aplicar sobre o local afetado uma cataplasma feito com uma folha fresca de bardana esmagada. Picão-preto (Bidens pilosa L. – Asteraceae): Suco fresco das folhas.

VARIZES

Erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides L. - Chenopodiaceae): Folhas amassadas, com sal, para desinchar.

VERMÍFUGO PARA CÃES E GATOS

Losna (Artemisia absinthium L. - Asteraceae): Triturar um punhado de flores e folhas de losna. Adicionar à ração do animal 1 colher das de chá para gatos ou 2 colheres das de chá para cães de porte médio.

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VERMES INTESTINAIS Alho (Allium sativum L. - Amaryllidaceae): Decocção: ferver, em leite quente açucarado, alguns dentes de alho, previamente esmagados, por um minuto. Tomar duas ou três colheres por dia. - Clíster: colocar em infusão 15g de alho em uma quantidade suficiente de água quente. Utilizar quando o líquido estiver pronto. Ameixeira-amarela (Eriobothrya japonica (Thunb.) Lindl.): Cataplasma: esmiuçar um bom punhado de folhas secas de ameixeira, misturá-las com algumas colherinhas de fuligem e empastar sobre o baixo-ventre, essa mistura serve para eliminar os vermes das crianças. Arruda (Ruta graveolens – L. - Rutaceae): Infusão para clíster: colocar uma colherada de folhas de arruda em um litro de água fervente, deixando amornar. Empregar para um clíster. - Infusão de óleo para fricções: deixar em maceração, por um ou dois dias, 100g de folhas de arruda em 300g de azeite. Passar, então, por uma peneira, apertando bem as folhas. Este óleo deve ser utilizado em freqüentes fricções sobre o abdômen. Losna: (Artemisia absinthium L. - Asteraceae): Infusão das folhas.

VERRUGAS

Alho (Allium sativum L. - Amaryllidaceae): Fazer uma pasta com o alho e por em cima de calos, verrugas e picadas de insetos.

Calêndula (Calendula officinalis L. - Asteraceae): Aplicar o suco das folhas. Embaúba (Cecropia glaziovii Snethlage - Moraceae): Aplicar 5 gotas do látex no local.

Girassol (Helianthus annuus L. - Asteraceae): Aplicar o sumo das folhas e flores no local. Mamoeiro (Carica papaya L. – Caricaceae): Aplicar no local o leite do mamão, de preferência o leite das folhas.

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4. ALIMENTOS SILVESTRES **TODO ALIMENTO QUE CONTÉM AMIDO DEVE SER COZIDO, POIS CRU É INDIGESTO. “Plantas alimentícias sensu lato são aquelas que possuem uma ou mais partes (e ou derivados destas) que podem ser utilizados na alimentação humana, tais como: raízes tuberosas, tubérculos, bulbos, rizomas, cormos, ramos tenros, folhas, brotos, flores, frutos e sementes ou ainda látex, resina e goma, ou que são usadas para obtenção de óleos e gorduras comestíveis. Inclui-se neste conceito também as especiarias, substâncias condimentares e aromáticas, assim como plantas que são utilizadas como substitutas do sal, como edulcorantes, amaciantes de carnes, corantes alimentares e no fabrico de bebidas, tonificantes e infusões.” (KINUPP, 2007, p. 43) ÁGUA / BEBIDAS Azedinha (Oxalis corymbosa DC. – Oxalidaceae): Suco das flores.

Bambu (Várias espécies): A água encontrada dentro dos colmos (quando encontrada limpa) pode ser utilizada sem perigo. Cana-do-brejo (Costus spicatus Jack. Sw - Costaceae): O suco dos rizomas é levemente ácido e mucilaginoso, podendo ser utilizado como refresco. Dente-de-leão (Taraxacum officinale – Weber - Asteraceae): As raízes, torradas e moídas, dão origem a um produto sucedâneo do café, conhecido como "café de chicória", de ótimo sabor. Embaúba (Cecropia pachistachya Trécul – Moraceae) Da raiz extrai-se água. Macela (Achyrocline satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae): As flores, maceradas em água fria, fornecem um refresco muito apreciado.

Palmeiras (Várias espécies) A seiva de muitas palmeiras é potável e nutritiva. Uva-do-mato (Cissus verticillata (L.) Nicolson & C. E. Jarvis – Vitaceae): Os caules fornecem água potável.

CONDIMENTO Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae): Folhas. Anis (Ocimum basilicum L. - Lamiaceae): Folhas ou sementes. Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi - Anacardiaceae): Frutos. Alfavaca-do-mato: (Ocimum carnosum (Spreng.) Link & Otto – Lamiaceae): Folhas. Calêndula: (Calendula officinalis L. - Asteraceae): Folhas.

Casca-de-anta (Drymis brasiliensis Miers. – Winteraceae): As folhas podem ser utilizadas como condimento para carnes. A casca após seca pode ser moída e o pó utilizado como sucedâneo da pimenta-do-reino.

Catinga-de-mulata (Tanacetum vulgare L. - Asteraceae): Condimento para omeletes e sopas. Erva-cidreira (Melissa officinalis L. – Lamiaceae): Folhas. Hortelãs e Mentas (Mentha spp. – Lamiaceae): Folhas.

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BULBOS / CORMOS / RAÍZES / RIZOMAS / TUBÉRCULOS

Amendoim (Arachis hypogaea L. - Fabaceae): Apesar de raro, pode-se encontrá-lo em estado silvestre. Batata-doce: (Ipomoea batatas (L.) Lam. - Convolvulaceae): Os tubérculos são consumidos cozidos, assados ou fritos. Cará-de-caboblo (Bomarea edulis (Tussac) Herb. – Alstroemeriaceae): Possui raízes tuberosas comestíveis, que podem ser colhidas após a “maturação” (amarelecimento e secagem) da parte aérea. Quando cozidas, as batatas devem ser cozidas com casca, do mesmo modo que a bata-inglesa. Podem ser consumidas também fritas, ensopadas, em purê, bolos ou pães. Há citações de que estas raízes tuberosas reduzidas a cinzas fornecem um sal alimentício. Bibi-do-brejo (Cypella coelestis (Lehm.) Diels. – Iridaceae): Os bulbos são comestíveis após o preparo adequado. Cebolinha-de-perdiz (Nothoscordum gracile (Aiton) Stearn – Alliaceae): Os bulbos são comestíveis, e podem ser utilizados da mesma forma que a cebola, cozidos ou como condimento. Dente-de-leão (Taraxacum officinale – Weber - Asteraceae): Raízes e folhas novas podem ser consumidas cruas como estimulante da digestão. As raízes, torradas e moídas, dão origem a um produto sucedâneo do café, conhecido como "café de chicória". Inhame-branco (Colocasia esculenta (L.) Schott - Araceae): Os tubérculos e as folhas, cozidas, podem ser utilizadas como alimento. Jasmin-do-brejo (Hedychium coronarium – Koehne - Zingiberaceae): Extrai-se fécula do rizoma, que é chamada de "splitzbier". Tabôa (Typha angustifolia L. - Typhaceae): Os rizomas cozidos são comestíveis, encerrando proteínas (com teor semelhante aos grãos de milho) e cerca de 45% de amido. O amido, previamente processado, dá origem a um polvilho comestível. O rizoma é utilizado, na Austrália, para o preparo de bolos doces muito apreciados. Pode ser feita farinha do rizoma encontrado sob a camada externa esponjosa. Taioba (Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott. – Araceae): Os tubérculos, assim como as folhas, após cozidos são comestíveis e saborosos. Tiririca (Cyperus spp. - Cyperaceae): Os rizomas são comestíveis, fornecendo grande quantidade de energia, e a base branca e macia dos caules também é comestível, assemelhando-se ao palmito. Tiririca-amarela (Hypoxis decumbens L. - Hypoxidaceae): Os tubérculos são comestíveis, tanto cozidos, assados ou em outras formas de preparo. Unha-de-gato (Dolichandra unguis-cati (L.) L. G. L. Lohmann – Bignoniaceae): Nas raízes desta espécie desenvolvem-se túberas ovóides, de 3-4 cm de diâmetro, que são comestíveis após serem cozidas ou assadas. Yacon (Polymnia sonchifolia Poep. Endl. – Asteraceae): Os tubérculos tem sabor de pêra e melão, sendo consumidos no oriente de forma in natura, ou na forma de pó ou Chips.

FLORES COMESTÍVEIS

Bananeira (Musa spp. - Musaceae): Os botões das flores são comestíveis, assim como as extremidades tenras, em fase de crescimento, da ponta de cima do tronco.

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Citros (Citrus spp. – Rutaceae): Todas os Citrus possuem botões florais e flores comestíveis, como o limão, a laranja, a tangerina e a lima.

Capuchinha (Tropaeolum sp. - Tropaeolaceae): O Botão floral pode ser consumido cru. Caraguatá (Bromelia balansae Mez - Bromeliaceae): As flores podem ser consumidas. Dente-de-leão (Taraxacum officinale – Weber - Asteraceae): As flores fritas constituem um ótimo manjar, e as sementes também são comestíveis. Guanxuma-de-espinho (Sida spinosa L. – Malvaceae) Guanxuma-relógio (Sida rhombifolia L. – Malvaceae)

Ipês (Tabebuia spp. - Bignoniaceae): As flores são comestíveis. Madressilva(Lonicera japonica Thunb. Ex Murray - Caprifoliaceae): O cálice da flor possui muito néctar e é comestível. Mamoeiro (Carica papaya L. - Caricaceae): Planta silvestre e cultivada. Pode-se comer as folhas novas, as flores e as hastes. Mas deve-se cozinhar cuidadosamente essas partes, em várias águas, como se costuma fazer com todas as plantas comestíveis com sumo leitoso. O seu conteúdo de vitamina A é muito elevado. Trapoeraba (Tradescantia fluminensis Vell. e Tripogandra diuretica (Mart.) Handlos – Commelinaceae): Estas espécies possuem as flores comestíveis, sendo consumidas cristalizadas ou confeitadas.

FOLHAS E/OU TALOS COMESTÍVEIS

Agrião-do-brejo (Heteranthera reniformis Ruiz & Pav. – Pontederiaceae): As folhas são comestíveis, devendo ser preparadas como hortaliça. Almeirão-de-roseta (Hypochaeris radicata L. - Asteraceae): As folhas podem ser consumidas refogadas. Assa-peixe (Boehmeria caudata Sw. - Urticaceae): As folhas podem ser utilizadas no preparo de sucos, refogados, sopas, omeletes e recheios diversos. Quando preparadas à milanesa tomam o sabor de peixe. Assa-peixe(Vernonanthura phosphorica (Vell.) H.Rob. Less - Asteraceae): As folhas são comestíveis, podendo ser preparadas à milanesa. Bambu (Várias espécies): Os brotos novos do bambu são comestíveis e aparecem em grande quantidade durante e imediatamente após as chuvas. Estes brotos crescem com grande rapidez, alguns crescem tanto quanto 40 centímetros por dia. Mas, como acontece com outras plantas silvestres, as propriedades comestíveis dos brotos de bambu variam. Todas as espécies de bambu devem ser fervidas a fim de se lhes remover o gosto amargoso; e talvez seja mesmo necessária uma nova fervura em segunda água. Algumas espécies têm de ser enterradas na lama durante uns três ou quatro dias, a fim de remover o gosto amargo. Os brotos de bambu podem ser consumidos salgados, crus ou fervidos, ou comidos como picles; o seu valor alimentício equivale ao dos aspargos.

CUIDADO! Os brotos de bambu são envolvidos por bainhas protetoras, as quais são resistentes em menor ou menor grau, cobertas de pêlos trigueiros ou vermelhos. Se comidos, esses pêlos causam muita irritação à garganta. Remova essas bainhas exteriores antes de comer os brotos de bambu.

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Batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam. – Convolvulaceae): As folhas são comestíveis como verdura. Begônia (Begonia cucullata Willd. – Begoniaceae): Os ramos, folhas e flores jovens podem ser consumidos in natura ou em forma de saladas ou cozidos, mas por possuírem ácido oxálico, o consumo deve ser moderado. Bela-emília (Emilia fosbergii Nicolson – Asteraceae): As folhas podem ser consumidas em saladas. Beldroega: (Portulaca oleracea – L. - Portulacaceae): As folhas, caule e ramos podem ser utilizados como alimento, em saladas e ensopados, devido a sua boa palatabilidade e constituição nutritiva. Caeté-banana (Heliconia velloziana (L.) Emygidio – Heliconiaceae): A base branca(tenra) do caule, é comestível in natura ou em cozidos e conservas. Calêndula: (Calendula officinalis L. - Asteraceae): Os capítulos da planta são utilizados para perfumar sopas e guisados. Cana-de-açúcar (Saccharum officinarum L. - Poaceae): Localizável em todo o País, é ótima fonte de alimento. Capiçova (Erechtites valerianaefolius DC. – Asteraceae): As folhas são comestíveis como hortaliça. Caraguatá (Bromelia balansae Mez - Bromeliaceae): A base da flor nova pode ser consumida. Caruru (Amaranthus lividus L. - Amaranthaceae): As folhas e talos podem ser consumidos cozidos ou assados. Casca-de-anta (Drimys brasiliensis Miers. – Winteraceae): As folhas podem ser utilizadas como condimento. Cavalinha (Equisetum arvensis L. - Equisetaceae): Os brotos novos que emergem do rizoma podem ser consumidos como aspargos. Cebolinha-de-perdiz (Nothoscordum gracile (Aiton) Stearn – Alliaceae): As folhas podem ser utilizadas como condimento, da mesma forma que a cebolinha – Allium fistulosum L. Chuchuzeiro (Sechium edule SW. – Cucurbitaceae): Além dos frutos, os brotos também são comestíveis, podendo ser consumidos como hortaliça. Cordão-de-sapo (Drymaria cordata (L.) Willd. ex Schult. – Caryophillaceae): As folhas jovens podem ser consumidas em saladas. Dente-de-leão (Taraxacum officinale – Weber - Asteraceae): Raízes e folhas novas podem ser consumidas cruas em saladas ou como hortaliça* (*sopas, refogados), e servem como estimulante da digestão. Folhas: saladas, refogados. Flores: geléias. Erva-de-santa-luzia (Commelina erecta L. – Commelinaceae): Tanto as folhas jovens e ramos tenros, como as raízes carnosas são comestíveis, podendo ser consumidos cozidos ou transformados em pães, bolos, bolinhos fritos, suflês ou saladas. Erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides L. - Chenopodiaceae): Na Colômbia as folhas são usadas como condimento. As espigas são comestíveis, sendo usadas como temperos em guisados e sopas. Erva-de-vidro (Peperomia rotundifolia (L.) Kunth. – Piperaceae): As folhas são comestíveis, possuindo odor e sabor semelhante à cânfora. Erva-moura (Solanum americanum Mill. - Solanaceae): As folhas são preparadas cozidas ou fritas com ovos.

Girassol (Helianthus annuus L. - Asteraceae): As folhas são comestíveis. Gravatá-do-banhado (Eryngium horridum Malme – Apiaceae): Os escapos jovens e as bases das folhas novas são utilizados como hortaliça ou no preparo de conservas. Hortelã-branca (Mentha rotundifolia L. - Lamiaceae): As folhas podem ser incluídas na salada. Inhame-branco (Colocasia esculenta (L.) Schott - Araceae): Os tubérculos e as folhas, cozidas, podem ser utilizadas como alimento.

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Jalapa (Mirabilis jalapa L. – Nyctaginaceae): As folhas novas, quando cozidas, são comestíveis. Limão (Citrus x limon (L.) Burm. f – Rutaceae): As folhas jovens são comestíveis e muito saborosas.

Língua-de-vaca (Rumex obtusifolius L. - Polygonaceae): Folhas cozidas ou cruas. Malva-comum (Malva parviflora L. - Malvaceae): Na Grécia é consumida como hortaliça.

Mamoeiro (Carica papaya L. - Caricaceae): Planta silvestre e cultivada. Pode-se comer as folhas novas, as flores e as hastes. Mas coza cuidadosamente essas partes, em várias águas, como se costuma fazer com todas as plantas comestíveis com sumo leitoso. O seu conteúdo de vitamina A é muito elevado. Mentruz (Coronopus didymus (L.) Sm. - Brassicaceae): Pode ser consumida em omeletes, saladas ou refogados. Mil-folhas (Achillea millefoium L. - Asteraceae): As folhas bem novas e tenras podem ser usadas em saladas. Pariparoba (Piper umbellatum L. Miq. – Piperaceae): As folhas podem ser consumidas como hortaliça. Pé-de-cavalo (Centella asiatica (L.) Urb. - Apiaceae): As folhas são comestíveis como hortaliça.

Peixinho (Stachys lanata L. - Lamiaceae): As folhas são utilizadas na alimentação, à milanesa. Picão-branco (Bidens alba (L.) DC. – Asteraceae): As folhas e talos são comestíveis.

Picão-branco (Galinsoga parviflora Cav. – Asteraceae): As folhas e ramos jovens são tenros e com aroma agradável, podendo ser consumidos em saladas cruas ou cozidas, ou também em sopas, misturadas a farofas ou utilizadas em bolinhos fritos, sucos de limão, tomate ou outras frutas. Picão-preto (Bidens pilosa L. - Asteraceae): As folhas e talos podem ser utilizados como hortaliça, em ensopados ou saladas. Pinheiro (Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze – Araucariaceae): Os brotos novos são comestíveis, sendo conhecido popularmente como mata-fome. Roseta (Soliva pterosperma (Juss.) Less. – Asteraceae): As folhas são comestíveis, podendo ser consumidas na forma de saladas. Samambaia-doce (Pecluma pectinatiformis (Lindm.) M. G. Price – Polypodiaceae): As partes aéreas desta espécie eram e ainda são utilizadas em algumas regiões como adoçante. Os folíolos também são mascados ou misturados à erva-mate, no preparo do Chimarrão. Tanto os rizomas quanto as folhas ou frondes (pinas) possuem sabor fortemente adocicado e levemente amargo. Serralha (Sonchus oleraceus L. - Asteraceae): Os talos e folhas macios podem ser consumidos como hortaliça, em refogados e saladas. Os talos podem ser consumidos como aspargos. Serralha-de-espinho (Sonchus asper (L.) Hill – Asteraceae): As folhas, após retirados os espinhos, são comestíveis. Tabôa (Typha angustifolia L. - Typhaceae): Os brotos novos podem ser ingeridos crus ou cozidos, sendo conhecidos como aspargo dos cossacos. A parte interna e macia dos brotos substitui o palmito. Taioba (Xanthosoma sagittifolium (L.) Schott. – Araceae): Os tubérculos, assim como as folhas, após cozidos são comestíveis e saborosos. Tanchagem (Plantago major L., Plantago australis Lam. - Plantaginaceae): As folhas podem ser usadas em saladas e sopas, ou em bolinhas, refogados, fritas ou em molhos. Tinge-ovos (Phytolacca thyrsiflora Fenzl. ex Schmidt - Phytolaccaceae): As folhas e os brotos jovens, após submetidas ao cozimento, são comestíveis. Os ramos novos podem ser consumidos cozidos como aspargos(As sementes são tóxicas). Tiririca (Cyperus spp. - Cyperaceae): A base do caule arrancado, de cor branca, é comestível e lembra o palmito.

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Trapoeraba (Tradescantia fluminensis Vell. e Tripogandra diuretica (Mart.) Handlos – Commelinaceae): Ambas as espécies possuem os talos, folhas e flores comestíveis, sendo comumente preparados cozidos ou refogados. Urtiga-vermelha (Urera baccifera (L.) Sand. – Urticaceae): As folhas, após passadas em água quente pra retirar a urticância, podem ser utilizadas como verdura.

FRUTOS

Há no Brasil, uma variedade imensa de frutos silvestres ou cultivados comestíveis. Portanto, todo fruto doce ou agridoce, pode ser comido. O AMARGO NÃO!

Todo fruto com sementes que se assemelha às do araçá e da goiaba, podem ser comidos, assim como os semelhantes às jabuticabas (Myrtaceae), e as Pixiricas (Melastomataceae) com polpa suculenta. PALMEIRAS Várias espécies. Os coquinhos de todas as palmeiras do Novo Mundo são comestíveis, embora muitos tenham a consistência da madeira e são, por isso, desagradáveis ao paladar. Nenhuma espécie de coquinho é venenosa. Pode-se comer a polpa ou a castanha presente no interior da semente. Os cocos caídos ao chão germinam no mesmo ponto onde caíram. Nestes, tanto o leite quanto à carne (a polpa) são consumidos, mas a cavidade é cheia por uma massa esponjosa, chamada o pão. Coma esse pão no estado cru ou tostado dentro de ume cuia de coco, sobre as chamas. O seu gosto é agradável e é muito nutritivo. Os brotos do coco podem ser comidos como se fossem aipo. Praticamente todas as espécies de palmeiras fornecem, também, palmitos comestíveis.

Butiá-da-serra (Butia eriospatha (Mart. Ex Drude) Becc - Arecaceae): Palmeira de frutos drupáceos comestíveis, com castanha saborosa, com o qual se pode fazer bebida vinosa. Jerivá (Syagrus romanzoffianum (Cham.) Glassman - Arecaceae): Os frutos são muito doces e pegajosos, porém ricos em fibras. Os brotos jovens são consumidos cozidos. Palmito-juçara (Euterpe edulis Mart. – Arecaceae): É usado principalmente para retirada do palmito. Tucum (Bactris setosa Mart. - Arecaceae): Os frutos, de cor negra quando maduros, possuem polpa e amêndoa comestíveis.

Abacateiro (Persea americana Mill. - Lauraceae): Planta silvestre. O abacate pode substituir a carne, porque contém gordura e o mesmo valor nutritivo. Abacaxi: (Ananas spp. - Bromeliaceae): Planta cultivada, mas há espécies silvestres. O suco de abacaxi, que se obtém espremendo-se a polpa do fruto, é um diurético brando, um vermífugo eficiente, calmante da tosse e expectorante. Pode também ser empregado como vulnerário, pois ataca os tecidos decompostos, destruindo-os e deixando as chagas completamente limpas. Graças a este seu efeito, é receitado, ainda, contra as aftas e todas as afecções da mucosa. Abóbora (Cucurbita spp. - Cucurbitaceae): As sementes (pode-se prepará-las fritas) ajudam no bom funcionamento do intestino.

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Ameixeira-amarela (Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl. - Rosaceae): Planta cultivada já naturalizada, sendo comumente encontrada em matas secundárias, possui fruto amarelo delicioso.

Amoras (Rubus spp. - Rosaceae): Plantas silvestres, todas possuem frutos comestíveis. Anona e araticum (Annona spp. e Rollinia spp. - Annonaceae): Plantas silvestres.

Araçá (Psidium spp. – Myrtaceae): Os frutos são adstringentes, mas muito saborosos. Araticum-de-porco (Rollinia mucosa): Planta silvestre. Os frutos apresentam polpa branca e doce, que deve ser separada das sementes. Amoreira-preta (Morus nigra L. - Moraceae): Planta cultivada. Os frutos podem ser consumidos verdes ou maduros. Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi – Anacardiaceae): Os frutos maduros possuem um leve sabor de pimenta, sendo usados como tempero ou como mata-fome no campo. Banana-do-brejo (Monstera deliciosa Liebm. - Araceae): Planta cultivada. As partes internas das bagas da espiga são comestíveis e o gosto lembra o abacaxi. Bananeira (Musa spp. - Musaceae): Nenhuma espécie de banana silvestre é venenosa. A flor ou coração (parte arroxeada) substitui o palmito. A casca da banana é também alimento, servindo de ingrediente de farofas. Brinco-de-mulata (Heisteria silvianii Schwacke – Olacaceae) Os frutos são comestíveis. Brinco-de-princesa (Fuchsia regia (Vell.) Munz – Onagraceae): Os frutos, que parecem-se com figos alongados, de cor roxo-escura, são comestíveis e muito saborosos. Caapeba (Piper aduncum L. – Piperaceae): Frutos maduros. Caapeba (Piper umbellatum L. – Piperaceae): Frutos maduros. Cabaceiro-amargoso (Lagenaria siceraria (Molina) Standl. – Cucurbitaceae): Os frutos novos são suculentos e comestíveis. Cacto-costela (Cryptocereus anthonianus Alexander – Cactaceae): Apesar de não ser encontrada em estado silvestre, esta cactácea é muito comum como planta ornamental, e a polpa de seus frutos é saborosa. Cacto-de-natal (Schlumbergera sp. – Cactaceae): Os frutos, bagas alongadas, geralmente róseas, possuem polpa comestível. Cacto-macarrão (Rhipsalis sp. – Cactaceae): Epífita muito comum na Mata Atlântica, seus frutos, pequenas bagas brancas ou vináceas, são comestíveis. Camapú (Physalis spp. – Solanaceae): Os frutos são comestíveis. Cambuí (Myrceugenia ovata (Hooker et Arnold) var. regnelliana (Berg) Landrum - Myrtaceae): Os frutos, apesar de um pouco ácidos, são comestíveis. Canela-seiva (Styrax leprosus Hook. & Arn. – Styracaceae): Os frutos são pequenos, porém comestíveis e de sabor adocicado. Caquizeiro (Diospyros kaki L. - Ebenaceae): Planta cultivada. Os frutos dão ótimo alimento e a madeira é muito resistente. Caraguatá (Bromelia balansae Mez - Bromeliaceae): Apesar dos frutos serem extremamente ácidos, ficam saborosos se consumidos assados ou cozidos, pois assim perdem sua acidez.

Carambola (Averrhoa carambola L. - Oxalidaceae): Planta cultivada. Cerejeira-do-mato (Eugenia involucrata DC. – Myrtaceae): Frutos. Congonha (Symplocos uniflora (Pohl.) Benth. – Symplocaceae): A polpa dos frutos é doce e comestível. Embaúba (Cecropia spp. - Moraceae): Os frutos, parecidos com figos, porém mais compridos, são comestíveis. Erva-de-anta (Psychotria nuda (Cham. & Schlecht) Wawra – Rubiaceae): Os frutos são crocantes e saborosos, mas o consumo deve ser controlado, pois possuem alcalóides. Erva-moura (Solanum americanum Mill. - Solanaceae): Planta silvestre. Os frutos maduros são comestíveis (Verdes são tóxicos), podendo servir de matéria prima para geléias.

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Figueira (Ficus carica L. - Moraceae): Planta cultivada. Fruta-de-sabiá (Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz. – Solanaceae): Os frutos são saborosos.

Goiabeira (Psidium guajava L. - Myrtaceae): Planta cultivada. Guambê (Philodendron bipinnatifidum Schott. - Araceae): Planta silvestre. Pode-se comer as partes internas das bagas das espigas. Guamirim (Myrcia multiflora (Lamarck) A. P. de Candolle - Myrtaceae): Os frutos, apesar de pequenos, são saborosos e comestíveis. Guabiroba (Campomanesia spp. – Myrtaceae): Frutos. Ingá (Inga spp. – Fabaceae): A grande maioria dos ingás fornecem frutos com polpa doce e comestível. Jacatirão (Miconia cinerascens Miq. – Melastomataceae): Frutos.

Laranja (Citrus sp. - Rutaceae) Mamoeiro (Carica papaya L. - Caricaceae): Planta silvestre e cultivada. Pode-se comer as folhas novas, as flores e as hastes. Mas coza cuidadosamente essas partes, em várias águas, como se costuma fazer com todas as plantas comestíveis com sumo leitoso. O seu conteúdo de vitamina A é muito elevado. Maracujá (Passiflora spp. - Passifloraceae): Praticamente todos os maracujás encontrados na mata são comestíveis, apesar de alguns possuírem um sabor muitíssimo amargo. Morango-silvestre (Duchesnea indica (Andrews) Focke - Rosaceae): Os frutos, apesar de insípidos, são comestíveis. Pinheiro (Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze - Araucariaceae): Os pinhões podem ser consumidos assados ou cozidos. Pinheiro-bravo (Podocarpus lambertii Klotzsch ex Endl. – Podocarpaceae): A parte carnosa dos frutos, (as sementes não!) cujo nome correto é pseudofruto, são comestíveis Pitanga-vermelha (Eugenia uniflora L. - Myrtaceae): Planta silvestre e cultivada. Os frutos, quando maduros, são doces e saborosos. Pixirica (Leandra spp., Miconia spp. Clidemia spp. - Melastomataceae): Plantas silvestres. Frutos muito comuns na Mata Atlântica, e, apesar dos frutos serem pequenos, são muito saborosos. Há dezenas de espécies facilmente encontráveis na mata. Todas que possuem os frutos carnosos, possuem polpa comestível. Romã (Punica granatum L. - Lythraceae): Planta cultivada. As sementes são comestíveis e medicinais.

Tarumã-grande (Citharexylum solanaceum Cham. – Verbenaceae): Os frutos são comestíveis. Tinge-ovos (Phytolacca thyrsiflora Fenzl ex J.A. Schmidt – Phytolaccaceae): A polpa dos frutos é comestível, as sementes são tóxicas. Tomate-cereja (Solanum lycopersicum var. – Solanaceae): Planta cultivada que fugiu das lavouras e é comumente encontrada em capoeiras e beira de estradas. Os frutos são quase idênticos ao tomate, porem menores e mais saborosos. Urtiga vermelha (Urera baccifera (L.) Sand. – Urticaceae): Os frutos, de cor branca, são comestíveis. Uva-do-mato (Cissus verticillata (L.) Nicolson & C. E. Jarvis – Vitaceae): Os frutos podem ser consumidos in natura ou utilizados para o fabrico de geléias ou licores. Uva-japão (Hovenia dulcis Thumb. - Rhamnaceae): Os frutos são tão doces que chegam a ser enjoativos.

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SEMENTES

Anis (Ocimum basilicum L. - Lamiaceae): As sementes são comestíveis e nutritivas, podendo ser utilizadas em mistura de pães e bolos. Capins: Os capins silvestres possuem, em geral, grande abundância de sementes, as quais poderão ser comidas depois de fervidas ou assadas. Friccione os grãos, a fim de separar a palha dos mesmos. Nenhuma das espécies de gramíneas é venenosa. Se a polpa, a semente, o grão da noz (o miolo - a parte comestível) não apresentar pêlos duros, espinhosos, e estiver, ainda, macia, você poderá, pela fervura, preparar um caldo desse alimento. Para apanhar as sementes das gramíneas, estenda um pano no chão e bata nas espigas com uma vara (a isto chama-se: debulhar, ou joeirar). Muitas espécies de grão rebentam como pipocas, quando aquecidos. Procure obter este resultado, aquecendo os grãos em uma vasilha fechada .

Dente-de-leão (Taraxacum officinale – Weber - Asteraceae): As sementes são comestíveis. Lágrima-de-nossa-senhora (Coix lacryma-jobi – L. - Poaceae): Das sementes produz-se uma farinha de alto valor nutritivo, sendo própria para a alimentação de convalescentes e para a panificação.

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5. OUTROS USOS

AFIADOR DE FACAS

Anona e araticum (Annona spp. e Rollinia spp. – Annonaceae): A raiz é esponjosa, e pode ser usada como afiador de facas e navalhas.

ALVEJANTE DE ROUPAS

Mamoeiro (Carica papaya L. - Caricaceae): As folhas são empregados pelas lavadeiras, para alvejar a roupa.

AMACIANTE DE CARNES Mamoeiro (Carica papaya L. - Caricaceae): As folhas do mamoeiro possuem a singular virtude de deixar a carne envolvida nelas tenra e macia.

ASSADEIRA Caeté (Heliconia spp. - Heliconiaceae ): Folhas. COLA Canjerana: (Cabralea canjerana (Vell.) Mart. - Meliaceae): seiva dos frutos. Leiteiro: (Sapium glandulosum (Vel.) Pax – Euphorbiaceae): Leite do caule e folhas. CUIA / VASILHAME

Cabaceiro-amargoso (Lagenaria siceraria (Molina) Standl. – Cucurbitaceae): Fruto maduro e seco. Caeté (Heliconia spp. - Heliconiaceae): Folha enrolada em forma de copo.

Palmeiras (Várias espécies): Capa do cacho novo fechado e decepado. CURTIMENTO DE COURO Capororoca (Myrsine umbellata Mart. ex DC. – Myrsinaceae): As cascas são ricas em tanino.

Embaúba (Cecropia glaziovii Snethlage - Moraceae): A casca pode ser utilizada para curtir o couro.

FIBRAS Bananeira (Musa spp. – Musaceae): O tronco e as hastes das folhas fornecem boas fibras.

Caraguatá (Bromelia spp. - Bromeliaceae): As folhas desfiadas dão ótimas fibras, que são usadas para fazer fios e cordas.

Cipós (Várias espécies) Embira-branca (Daphnopsis fasciculata (Meisn.) Nevling – Thymelaeaceae): As fibras retiradas da casca são extremamente resistentes. Guambê (Philodendron bipinnatifidum Schott. – Araceae): Os cipós desta espécie fornecem excelentes fibras.

Jasmin-do-brejo (Hedychium coronarium – Koehne - Zingiberaceae): Fibras do caule. Jerivá (Syagrus romanzoffianum (Cham.) Glassman – Arecaceae): Fibras nas folhas e talos. Uvarana (Cordyline spectabilis Kunth & Bouché - Laxmanniaceae ): As folhas, após murchas na fumaça, tornam-se muito resistentes, podendo ser utilizadas como corda.

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Ramí-branco (Boehmeria nivea (L.) Gaud. - Urticaceae) As fibras desta planta são extremamente resistentes e são separadas quimicamente, sendo utilizadas para fabricação de roupas de baixo, estofamento, barbante e papel. Urtiga-vermelha (Urera baccifera (L.) Sand. – Urticaceae): As fibras do caule e ramos são muito resistentes, podendo ser utilizadas em cordoaria.

FOGO

Calêndula (Calendula officinalis L. - Asteraceae): As folhas lançadas na brasa, ardem como nitro. Mamona (Ricinus communis L. - Euphorbiaceae): O óleo das sementes dá excelente óleo combustível. Tabôa (Typha angustifolia L. - Typhaceae): A espiga seca queima muito bem. O pólen é inflamável e sucedâneo do licopódio em pirotecnia.

FORMIGAS

Café (Coffea arabica L. - Rubiaceae): Para manter as formigas que comem plantas, afastadas. Misture borra de café em água e molhe uma estopa, coloque-a em volta do tronco da árvore, e molhe novamente, a cada 3 dias. As formigas não suportam cheiro de café e vão deixar sua planta em paz, pode colocar no jardim também. Leiteiro (Sapium glandulosum (Vel.) Pax – Euphorbiaceae): O leite segregado pelo tronco e folhas serve para visgo contra formigas subirem nas coisas, como cama suspensa etc.

Cinzas espalhadas nas bases evitam que elas subam. GRAXA

Mimo-de-vênus (Hibiscus rosa-sinensis L. - Malvaceae): Utilizada como graxa vegetal de sapatos, por conferir lustro ao couro.

ISOLANTE TÉRMICO

Peixinho (Stachys lanata L. - Lamiaceae): As folhas desidratadas atuam como excelente isolante térmico.

LINHA DE PESCA

Palmeiras: As fibras das folhas, desfiadas e enroladas, especialmente as fibras de Tucum (Bactris setosa Mart.) são extremamente resistentes.

LIXA

Embaúba (Cecropia spp. - Moraceae): Folhas secas. MADEIRA RESISTENTE Araçá (Psidium spp. – Myrtaceae) Caquizeiro (Diospyros kaki L. - Ebenaceae) Cerejeira-do-mato (Eugenia involucrata DC. – Myrtaceae)

Goiabeira (Psidium guajava L. - Myrtaceae): A madeira é excelente para cabos de ferramentas. Guamirim (Myrcia multiflora (Lamarck) A. P. de Candolle - Myrtaceae) Ipês (Tecoma spp. - Bignoniaceae): Madeira resistente para arcos e bodoques. Verga mas não quebra.

Ipê-roxo (Tabebuia spp. - Bignoniaceae)

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Pau-de-cutia (Esenbeckia grandiflora Mart. – Rutaceae): Possui madeira branca de boa qualidade, sendo usada para bengalas, arcos, e outros usos que exijam resistência e flexibilidade.

Pessegueiro-bravo (Prunus myrtifolia Urb. – Rosaceae) MANCHAS EM ROUPAS

Alface-d'água (Pistia stratiotes L. - Araceae): As plantas, deixadas alguns dias dentro de um balde com água para liberarem o princípio acre, são utilizadas para retirar nódoas de roupa, óleo e graxas de produtos diversos. Carambola (Averrhoa carambola L. - Oxalidaceae): O suco ácido dos frutos tira manchas de tinta e de ferrugem em tecidos, assim como limpa metal.

NAVALHA Capa-cachorro (Scleria melaleuca Rchb. ex Schltdl. & Cham): As folhas e caules são muito afiados.

OUTROS USOS Assa-peixe (Vernonanthura phosphorica (Vell.) H.Rob. - Asteraceae): A casca da raiz quando extraída na escuridão, é fosforescente. Mamona (Ricinus communis L. - Euphorbiaceae): O óleo das sementes dá excelente óleo para lubrificação. Mentrasto (Ageratum conyzoides L. - Asteraceae): O óleo da planta protege grãos armazenados contra a ação de fungos. Mimo-de-vênus (Hibiscus rosa-sinensis L. - Malvaceae): As flores são utilizadas como graxa vegetal de sapatos, por conferir lustro ao couro.

PAPEL DE EMBRULHO Bananeira (Musa spp. - Musaceae): Folhas de bananeiras, pois conservam bem os alimentos. PENTE

Pente-de-macaco (Amphilophium crucigerum (L.) L. G. Lohmann - Bignoniaceae): Os frutos são como escovas que servem para pentear.

PIOLHOS (em galinhas)

Losna (Artemisia absinthium L. - Asteraceae): Quando plantada em galinheiros, repele os piolhos das galinhas.

POLIMENTO DE METAIS E OBJETOS DE MADEIRA

Carambola (Averrhoa carambola L. - Oxalidaceae): O suco ácido dos frutos tira manchas de tinta e de ferrugem em tecidos, assim como limpa metais. Cavalinha (Equisetum arvensis L. – Equisetaceae): Devido ao alto teor de sílica das células, é usado como abrasivo de madeira, vasos de cobre e metais em geral.

PRATO Palmeiras: Espata aberta do cacho das palmeiras. Bananeira: (Musa spp. - Musaceae): Folha. REPELENTE DE RATOS Arruda (Ruta graveolens – L. - Rutaceae) Artemísia-romana (Tanacetum parthenium (L.) Sch. Bip. - Asteraceae)

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REPELENTES: As espécies aqui listadas são repelentes de pragas como moscas, pulgas, formigas, pulgões, traças e borboletas. podem ser queimadas para afastar os insetos, ou espalhados no chão.

Alecrim (Rosmarinus officinalis L. - Lamiaceae) Amor-perfeito-bravo (Viola tricolor L. - Violaceae) Arruda (Ruta graveolens – L. - Rutaceae) Artemísia (Artemisia vulgaris L. - Asteraceae) Artemísia-romana (Tanacetum parthenium (L.) Sch. Bip. - Asteraceae) Caapeba (Piper aduncum – L. – Piperaceae)

Cabaceiro-amargoso (Lagenaria siceraria (Molina) Standl. – Cucurbitaceae): Quando está verde, o fruto cortado ao meio atrai insetos como o tajujá, também controla besouros "patriota". Capim-limão (Cymbopogon citratus (DC.) Stapf.)

Catinga-de-mulata (Tanacetum vulgare L. - Asteraceae) Cavalinha (Equisetum arvensis L. - Equisetaceae) Cidrão (Lippia alba (Mill.) N. E. Br. - Verbenaceae) Erva-cidreira (Melissa officinalis L. - Lamiaceae)

Erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides L. - Chenopodiaceae) Eucalipto (Eucalyptus globulus Labill. - Myrtaceae) Guiné (Petiveria alliacea L. - Phytolaccaceae): Raízes. Laranja (Citrus x sinensis (L.) Osbeck. - Rutaceae) Limão (Citrus x limon (L.) Burm. f. - Rutaceae) Losna (Artemisia absinthium L. - Asteraceae) Macela (Achyrocline satureioides [Lam.] DC. - Asteraceae) Manjerona (Origanum majorana L. - Lamiaceae) Rosas (Rosa spp. - Rosaceae) Sabugueiro (Sambucus australis Cham. & Schltdl. - Adoxaceae) Salsa (Petroselinum crispum (Mill.) Nym. - Apiaceae) Tangerina (Citrus reticulata L. - Rutaceae) ROLHAS

Anona e araticum (Annona spp. e Rollinia spp. – Annonaceae): As raízes são esponjosas e muito leves.

SUBSTRATO ANTICHOQUE

Barba-de-velho (Tillandsia usneoides L. - Bromeliaceae): Pode ser utilizada como substrato antichoque para embalagens de produtos frágeis ou quebráveis.

TANINO: Reconhece-se o tanino se a casca fica vermelha ao ser cortada ou logo após retirada, como em:

Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius Raddi - Anacardiaceae): Cascas. Goiabeira (Psidium guajava L. - Myrtaceae): Cascas Ingás (Inga spp. - Fabaceae) **** Em vez de tirar a casca do tronco, o que prejudica ou mata a árvore, deve-se tirá-la de galhos. Mas um punhado de açúcar também funciona bem para estancar sangria.

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CORANTES PARA TINGIMENTO DE TECIDOS E LÃ Confrei (Symphytum officinalis L. – Boraginaceae): Fornece matéria corante vermelha.

Congonha (Symplocos uniflora (Pohl.) Benth. – Symplocaceae): As raízes e folhas fornecem corante vermelho. Fumária (Fumaria officinalis L. – Papaveraceae) Macela (Achyrocline satureioides (Lam.) DC. – Asteraceae) Tinge-ovos (Phytolacca thyrsiflora Fenzl ex J.A. Schmidt – Phytolaccaceae)

TOCHA Tabôa (Typha angustifolia L. - Typhaceae): Espiga seca. TRAVESSEIROS, COLCHÕES E ALMOFADAS

Barba-de-velho (Tillandsia usneoides L. - Bromeliaceae): pode ser usada como enchimento de travesseiros, colchões e almofadas. Erva-lanceta (Solidago chilensis Meyen - Asteraceae): as folhas e flores podem ser usadas como enchimento para travesseiros. Macela (Achyrocline satureioides [Lam.] DC. - Asteraceae): As flores são utilizadas para o enchimento de travesseiros e almofadas.

VASSOURA

Vassoura (Baccharis sp.): A grande maioria das espécies deste gênero são utilizadas popularmente como vassouras.

VISGO Para evitar que as formigas subam nas coisas (cama suspensa etc.):

Leiteiro (Sapium glandulosum (Vel.) Pax – Euphorbiaceae): Leite segregado pelo caule ou folhas, ou cinzas de fogueira espalhadas nas bases.

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