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BOTNICAAs plantas so organismos eucariontes, fotossintetizantes
(auttrofos), multicelulares e com diferenciao de tecidos. O
ramo da biologia que estuda as plantas a Botnica.
A histria da evoluo das plantas na conquista do
ambiente terrestre tem com ancestral as algas verdes
(clorofceas). Por mais de 500 milhes de anos as algas
ficaram limitadas a gua, devido ao processo de reproduo ser dependente dela. Para ganhar o ambiente terrestre muitas
estruturas foram providenciada para evitar a dessecao e
a exposio a radiao ultravioleta, tais como a presena
de celulose e a presena de clorofila a como pigmento fotossintetizante, clorofila b e carotenides como pigmentos acessrios. Ao ocuparem o meio terrestre, os vegetais
sofreram muitas adaptaes morfolgicas necessrias sua sobrevivncia, a saber:
Cutcula, relativamente impermevel, nas superfcies externas para evitar a perda excessiva de gua;
Presena de estmatos, que so clulas epidrmicas
modificadas, responsveis por manter as trocas gasosas (CO2; H2O e O2) entre o interior da planta e o ambiente.
Domnio da fase diplide sobre a haplide, dependente
de gua.Estrutura de suporte, os tecidos vasculares (xilema e
floema), que permitiriam o crescimento vertical das plantas no ambiente terrestre, resultando hoje nas rvores.
Presena de sementes. Este fato foi responsvel pela adaptao da prole ao ambiente terrestre, uma vez que seu
embrio fica dentro de um meio desidratado rico em alimento e envolvido por um revestimento protetor, ficando inativo at que as condies do meio sejam favorveis a germinao.
No final do sculo XIX, as plantas foram divididas em dois grandes grupos: criptgamas e fanergamas. O termo
Criptgamas (do grego kryptos = escondido e gamos =
gametas) significa rgos reprodutivos escondidos. J o termo fanergamo (do grego phaneros = visvel e gamos
= gametas) significa rgos reprodutivos evidentes. As plantas Fanergamas so tambm conhecidas como
Espermatfitas (do grego sperma = sementes e phyton = planta) que significa plantas com sementes, que so divididas em dois grupos: Gimnospermas, plantas de sementes nuas e
desprovidas de frutos e Angiospermas que so plantas que
as sementes esto contidas (protegidas) dentro dos frutos.
As plantas so tambm classificadas conforme a presena de vasos condutores de seiva, sendo denominadas de
avasculares, isto , sem vasos condutores, como o caso
das brifitas e as vasculares, que apresentam os vasos condutores.
AS PLANTAS E OS CICLOS DE VIDA
O ciclo de vida das plantas inicia com o esporfito diplide que sofre meiose para produzir esporos haplides
(fique atento que no so gametas!). A meiose ocorreu anteriormente nas estruturas denominadas de esporngios,
onde as clulas me-de-esporos (diplide) aps sofrem
sucessivas divises produziram cada uma quatro esporos
haplides. Os esporos dividem-se por mitose, produzindo
um gametfito, haplide multicelular. Nessa fase conhecida como gametoftica so produzidos gametas haplides por
mitose que fundem-se formando o zigoto e posteriormente
o embrio (diplide). Este transforma-se em esporfito haplide, produzindo o esporngio, tambm haplide por
meiose, voltando ao incio do ciclo (figura1).
Figura 1 - Ciclo de vida das plantas com alternncia de geraes
(haplide e diplide).
Apesar das plantas apresentarem um ciclo
haplodiplobionte, a gerao haplide responsvel pela maior parte do ciclo de vida em musgos, ao contrrio do que
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ocorre com as gimnospermas e angiospermas. Nos musgos,
hepticas e samambaias, o gametfito o que se v a olho nu, sendo responsvel pela fotossntese. Na maioria das plantas vasculares os gametfitos so muito menores que o esporfito. Em plantas com sementes, os gametfitos so dependentes dos esporfitos, ou seja, quando observamos uma gimnosperma ou angiosperma o que vemos um
esporfito, responsvel pela nutrio ( fotossntese e absoro de gua e nutrientes) do gametfito.
BRIFITAS
Existem cerca de 24.700 brifitas, sendo o grupo composto por organismos bem simples. No possui vasos
condutores, o que limita o seu porte, que bastante pequeno
e no ultrapassa 7cm de altura. Os gametfitos so mais evidentes que os esporfitos e em algumas vezes apresentam a cor acastanhada ou cor de palha na maturidade (detalhe da
figura 2). Esses organismos so encontrados em meio aqutico
doce e terrestre mido, sendo abundantes nas regies
tropicais e temperadas. Assim como as algas, o corpo das
brifitas um talo, mas com duas diferenas bsicas:Nas brifitas os talos apresentam tecidos simples e
organizados, mas com a ausncia do tecido condutor;Suas clulas apresentam muitos cloroplastos, enquanto
que nas algas geralmente existe um por clula.
As brifitas so classificadas em trs divises: 1) as hepticas (diviso Hepatophyta); 2) antceros (diviso Anthocerotophyta) e musgos (diviso Bryophyta) no entanto todas so vulgarmente chamadas de brifitas.
Estes vegetais no possuem razes, caule e folhas
verdadeiras, mas apresentam estruturas morfologicamente
semelhantes raiz (rizides) que consiste de vrias clulas que absorvem a gua por osmose, as folhas (filides) que apesar aparncia superficial verde e a lmina achatada esses filides tm pouco em comum com as folhas verdadeiras, pois no apresentam feixe vascular ou estmatos, sendo
formadas por clulas haplides. Por fim, temos o caule denominado de caulide (detalhe figura 2). A reproduo das brifitas apresenta alterao de geraes. Na fase inicial: sexuada GAMETOFTICA- ocorre formao dos gametas. Esta fase permanente ou duradora, que sucedida por uma
fase assexuada ESPOROFTICA- ocorre a formao de esporos. Esta a fase transitria.
Ciclo reprodutivo das brifitas
O ciclo reprodutivo das brifitas inicia com duas brifitas adultas que apresentam a capacidade de produzir gametas, por isso so chamadas de gametfitos. Existe um gametfito masculino e outro feminino. No pice do gametfito masculino encontra-se o anterdio, uma estrutura responsvel por formar os gametas masculinos, denominados de anterozides. No momento que o anterdio est maduro ele se rompe e libera os anterozides (haplides), que so
biflagelados e se deslocam em meio aquoso na direo do gameta feminino, a oosfera.
No pice do gametfito feminino encontra-se uma estrutura responsvel pela formao dos gametas feminino, que o arquegnio. Esse arquegnio produz uma substncia
qumica que atrai os anterozides para a oosfera (que
haplide). Esse processo denominado de Quimiotactismo
positivo. Quando ocorre a fuso do anterozide com a oosfera,
formar uma clula ovo ou ZIGOTO (2n), que dividi-se por mitose e desenvolve-se o ESPORFITO que apresenta em seu pice uma cpsula, que por meiose formar os esporos. Quando o esporngio est maduro, rompe o oprculo e libera os esporos, que caindo no solo mido germina, formando
filamento verde, o PROTONEMA, que se desenvolve dando origem a um novo gametfito (Figura. 2).
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Ciclo reprodutivo das pteridfitas
O ciclo reprodutivo das pteridfitas comea com um adulto que apresenta raiz, caule (rizoma) e folha. Essa
pteridfita adulta produz esporos por meiose em uma estrutura chamada de esporngio. Quando os esporngios
sofrem a ruptura liberam os esporos que caem no solo mido
e germinam. Cada esporo germinado d origem a uma lmina verde em forma de folha, que o PROTALO. O protalo ir formar gametas, portanto, denominado de gametfito. Na fase inferior do protalo encontra-se o anterdio, que a
estrutura responsvel pela formao do gameta masculino, o anterozide. Na regio mais acima do anterdio encontra-
se o arquegnio, que a estrutura responsvel por formar o gameta feminino, a oosfera. Quando ocorre a fuso do
anterozide com a oosfera forma o zigoto (2n), que originar o esporfito, que desenvolve retirando os nutrientes do solo. Com isso, a medida que o esporfito se desenvolve o protalo regride progressivamente e desaparece ficando apenas um novo esporfito adulto (figura 3).
Observe no ciclo de vida que tanto o gametfito quanto o esporfito so fotossinttica ativa e podem viver de forma independente. A gua necessria a fertilizao, pois os gametas so liberados na parte inferior do gametfito e nadam no solo mido para os gametfitos vizinhos.
Figura 2. Ciclo reprodutivo das brifitas, no detalhe o musgo do gnero Polytrichum (As folhas pertencem ao gametfito. As hastes marrom-amarelada e a
cpsula juntos formam o esporfito, enquanto apenas a cpsula o esporngio). Raven e Johnson (livro Biology,2002).
V = comprimento x altura x largura
PTERIDFITAS
As pteridfitas foram s primeiras plantas vasculares, sendo a maioria representada pelas samambaias, com cerca
de 12.000 espcies vivas. O registro fssil indica que elas se originaram durante o perodo Devoniano, cerca de 350 milhes de anos atrs e tornou-se abundante e variada no perodo Carbonfero at o presente momento. Segundo
Raven, no seu livro de Biologia Vegetal, h cerca de 11.000 espcies de samambaias atuais, sendo o mais diverso grupo
depois das angiospermas. Isso ocorre devido presena de tecidos de sustentao que permitiu que elas se mantivessem
eretas e possibilitou o aparecimento de espcies com porte
arbustivo. A existncia de vasos (xilema e floema) possibilitou tambm o transporte mais eficiente de gua e sais minerais at as folhas, e de seiva elaborada das folhas para as demais
partes da planta.
Nas samambaias, o esporfito apresenta um caule horizontal, denominado de rizomas, cujas razes emergem
aos lados. As folhas geralmente se desenvolvem na ponta
dos rizomas, sendo enroladas quando jovens. A maioria das
samambaias so homosporadas, ou seja, produzem distintos
esporngios, geralmente aglomerados e denominados de
soros, encontrados normalmente na face adaxial das folhas.
Os soros muitas vezes durante o seu desenvolvimento so
protegidos por uma pelcula transparente, que a princpio
pode ser confundido com um infeco na planta.
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Figura 3. Ciclo de vida da pteridfita, tendo com modelo a samambaia.
GIMNOSPERMAS
A conquista definitiva do ambiente terrestre pelas plantas ocorreu quando elementos que permitiram a independncia
da gua para a reproduo, isso devido ao surgimento dos gros de plen, dos vulos e das sementes.
As primeiras traquefitas (plantas dotadas sistemas vas-culares, com tecidos condutores especializados: xilema e flo-ema, que asseguram a circulao interna de gua, nutrientes e produtos do metabolismo fotossinttico) que apresentaram
essa condio foram as Gimnospermas. H quatro divises das Gimnospermas com representantes atuais: Cycadophyta (cicadceas), Ginkgophyta, (ginkgo) Coniferophyta (confe-
ras) e Gentophyta (gentfitas). O nome Gimnosperma signifi-ca semente nua. Essa uma das principais caractersticas das plantas pertencentes a essas quatro divises.
A mais conhecida das gimnospermas so os pinheiros
do gnero Pinus que esto amplamente distribudos pela
Amrica do Norte, sia e todo o hemisfrio Sul. Segundo
Raven (2007) h cerca de 90 espcies de Pinus entre as conferas atuais que apresentam um arranjo foliar nico, cuja
forma muito semelhante agulhas. Esse formato das folhas de Pinus assim como de outras conferas so adaptaes
para crescer em condies de estresse hdrico, devido ao
solo congelado na maior parte do ano. As folhas e outras
partes do esporfito tm canais em que em torno das clulas
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Gnetophyta eles diferem entre si pelas suas caractersticas, como supracitada. No entanto, esses gneros apresentam
muitas caracterstica semelhantes as angiospermas, tais
como: similaridades dos estrbilos com as inflorescncias das angiospermas, presena de elementos de vaso anlogos aos do xilema e ausncia de arquegnio em Gnetum e
Welwitschia. Embora as semelhanas com angiospermas, estudos recentes, afirmam que nesses grupos as caractersticas derivaram de maneira independente ao longo
do processo evolutivo.
Figura 4. Encephalartos transvenosus, uma Cycadophyta africana
(A); Welwitschia mirabilis, uma espcie dos trs gneros da Gnetophyta (B);
Ginkgo biloba, o nico exemplar vivo que representa o filo Ginkgophyta (C).
Imagens retiradas do livro Biologia Vegetal, Raven (2007).
CICLO REPRODUTIVO DAS GIMNOSPERMAS
Nas Gimnospermas, os elementos relacionados reproduo sexuada (gros de plen e vulos) encontram-se
em estruturas denominadas de estrbilos. H os estrbilos femininos que abrigam os vulos e os estrbilos masculinos
onde desenvolvem os gros de plen. Os esporos femininos
so denominados de megsporos e os masculinos
de micrsporos. O ciclo reprodutivo da maioria das
gimnospermas leva apenas um ano, exceto pelas espcies
do gnero Pinus. Assim, para a maioria das espcies de
conferas as sementes so produzidas na mesma estao
em que os vulos so fecundados, sendo que o tempo entre
a polinizao e a fecundao varia entre trs dias a trs ou
quatro semanas, em vez de 15 meses aproximadamente, como visto no ciclo da figura 5.
O ciclo reprodutivo das Gimnospermas comea com uma planta adulta, denominada de ESPORFITO (2n). Nela encontra-se o estrbilo masculino (microstrbilos) e o
estrbilo feminino (megastrbilos). Os microstrbilos so
geralmente pequenos com 1 a 2 cm de comprimento e so conhecidos popularmente como pinho.Nele observam-
se os microsporfilos, que uma estrutura espiralada , onde so produzidos os microsporngios ou clulas-me
so secretadas resinas que impedem a perda de gua, ataque de insetos e fungos.
No Brasil, as Matas de Araucrias, comuns nas regies mais frias do Brasil, como Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, apresentam uma das mais valiosas espcies da famlia Araucariaceae, pois at recentemente eram
conhecidos apenas dois gneros sobreviventes da famlia
Agathis e Araucaria, sendo a exemplar brasileira conhecida como de pinheiro-do-paran (Araucaria angustifolia). Nos Estados Unidos a espcie de confera que chama ateno
pela altura, recebendo o ttulo de espcie vegetal mais
alta do planeta, com 115 metros de altura a Sequoia sempervirens.Outros filos importantes de gimnospermas so as Cycadophyta, Ginkgophyta e Gnetophyta.
As Cycadophyta so plantas semelhantes a palmeiras, encontradas nas regies tropicais e subtropicais, apresentam
um crescimento lento devido ao crescimento secundrio a partir do cmbio vascular. As cicadfitas atuais esto representadas por 11 gneros e 140 espcies. Essas gimnopermas,normalmente, abrigam cianobcterias e desempenham um papel importante na fixao de nitrognio nos locais de ocorrncia, como por exemplo jardins ( Figura
4a). No filo Ginkgophyta o nico membro vivo a espcie Ginkgo biloba (Figura 4c). O Ginkgo uma rvore diica, isto , que apresenta as estruturas de reproduo masculina e
feminina em indivduos separados, com crescimento lento
atingindo a altura de aproximadamente 30 metros ou mais; suas folhas apresentam uma colorao dourada antes da
senescncia, que ocorre no outono. Segundo o Raven (2007)
provvel que no haja nenhuma populao natural de Ginko em nenhuma parte do mundo, sendo introduzida em parques
e jardins, principalmente por ser uma espcie resistente
poluio area. Por fim, temos o filo Gnetophyta que compreende trs gneros: Gnetum, Ephedra e Welwitschia. O gnero Gnetum apresenta cerca de 30 espcies encontradas nos trpicos midos, sendo representado por rvores e trepadeiras com folhas grandes e coriceas. Cerca de 35 espcies do gnero Ephedra so constitudas por arbustos
com folhas pequenas e escamiformes, habitando regies
ridas e semi-ridas do mundo. O ltimo gnero, Welwitschia apresenta as espcies mais estranhas, pois ficam enterradas nos solos arenosos, deixando apenas exposta na superfcie
um disco macio e lenhoso de onde parte duas folhas com
forma de fita que se prolonga pelo cho com o passar dos anos (Figura 4b).
Apesar da relao existente entre os gneros do filo
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de micrsporos. Na primavera os microsporcitos sofrem
meiose e cada microsporcitos se desenvolve num gro de
plen alado, constitudo de quatro clulas, sendo duas clulas
protalares, uma clula geradora e uma clula do tubo. Esse
gro de plen corresponde ao gametfito masculino, que ser liberado e dissipado pelo vento.
Os megastrbilos dos pinheiros so muito maiores quando
comparado ao masculino e popularmente so conhecidos
como pinha. No megastrbilo tem-se a escama ovulfera cada uma portando dois vulos na sua parte superior e uma escama bracteal estril, que fica localizada na poro inferior. Cada vulo consiste em um megasporngio rodeado
por um tegumento macio com uma abertura, a micrpila.
Cada Megasporngio contm um s megasporcito ou clula-me de megsporo, que sofre meiose, dando origem a quatro megsporo. Contudo, somente um desses megsporo funcional; e os outros trs mais prximos da micrpila logo degeneram. O megsporo funcional se divide por sucessivas mitoses originando o megagametfito, onde se diferenciam os arquegnios, geralmente em nmero de
dois ou trs por vulo. Com a formao do tubo polnico h uma diviso mittica da clula generativa, que ir originar a
clula estril e a clula espermatognica. E, seguida, pouco
antes de o tubo polnico atingir o gametfito feminino, a clula espermatgena dividi-se por mitose e origina as duas clulas
espermticas, completando assim o amadurecimento do gametfito masculino.
Com a polinizao, o tubo polnico atinge a oosfera e
suas membranas fundem-se. Uma das clulas espermticas degenera, e o ncleo da outra se funde ao ncleo da
oosfera. Normalmente so fecundadas as oosferas de
todos os arquegnios presentes no megagametfito e dois ou trs zigotos comea, a se desenvolver. Na maioria das
vezes, ocorre apenas de um embrio conseguir completar
o desenvolvimento, nutrido pelas clulas do gametfito feminino ao seu redor.
O tegumento do vulo consiste de trs camadas
celulares, uma das quais endurece e origina a casca da
semente. Quando esta semente amadurece, o embrio em
seu interior j apresenta primrdios de raiz, caule e oito folhas embrionrias, denominadas de cotildones. Nesse estgio, a semente desprende-se do estrbilo feminino e cai no solo,
onde germinar.
Figura 5- Ciclo de vida das gimnospermas, tendo com modelo o pinheiro (gnero Pinus)
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ANGIOSPERMAS
Com a maior diversidade de espcies e maior distribuio
na vegetao mundial, as Angiospermas (do grego angion
= vaso, e sperma = semente) so caracterizadas pela
presena de flores e frutos. Ao longo da histria evolutiva, as Angiospermas so um grupo de plantas com sementes
que apresentam caractersticas peculiares: flores, frutos e caracterstica no seu ciclo de vida que so prprias do
grupo. Acredita-se que as Angiospermas atuais so todas
descendentes de um ancestral comum, possivelmente um
antigo integrante das Gimnospermas. H duas grandes, as Monocotiledneas, com cerca de 90.000 espcies e as Eudicotiledneas, com pelo menos 200.000 espcies. As
monocotiledneas incluem plantas como gramas, lrios, ris,
orqudeas e palmeiras. Enquanto, as eudicotiledneas so
mais diversificadas e incluem aproximadamente todas as rvores e arbustos que conhecemos, exceto pelas conferas estudas acima.
Assim como as Pteridfitas e Gimnospermas, as Angiospermas tambm possuem o esporfito como fase duradoura, a planta em si. Os gametfitos reduzidos, assim como nas Gimnospermas, tambm se desenvolvem sobre o esporfito, s que agora em estruturas reprodutivas especializadas as flores. As flores exibem uma diversidade de formas, tamanhos, texturas. H ainda as que esto agrupadas de diversas formas, formando verdadeiros buqus
naturais, sendo denominados de inflorescncias. O eixo da inflorescncia, que a conecta com o caule denominado de pednculo, enquanto que os eixos das flores individuais de uma inflorescncia conhecido como pedicelo..
A flor uma estrutura especializada muitas possuem folhas frteis produtoras de esporngios e folhas estries, que no produzem esporos. Uma flor completa apresenta quatro conjuntos de folhas especializadas, cada um deles
constituindo um verticilo. Os verticilos florais so:
Verticilos externos ou protetores Verticilos Internos ou
reprodutores
Clice - formado por spalas.
Androceu - formado por estames.
Corola - formada de ptalas.
Gineceu - formado pela fuso de folhas carpelares.
O androceu (do grego andros, homem, e oikos,
casa) o conjunto e folhas frteis formadoras do gro de
plen. Ele formado por unidades denominadas de estames.
Cada estame consta de duas partes: Filete um filamento longo que fixa na base da flor; Antera uma dilatao na ponta do filete e onde so produzidos os gros de plen. O gineceu formado pela fuso de folhas modificadas, chamadas carpelos ou folhas carpelares. Essa estrutura
que melhor define a flor. Ele apresenta uma poro basal dilatada, que corresponde ao ovrio (no interior do qual est os vulos) e uma poro alongada chamada de estilete une
o ovrio ao estigma, poro apical do gineceu.
Figura 6. Diagrama floral de uma angiosperma.
A diversidade de formas das flores permitiu mecanismos diversificados de polinizao. Provavelmente o grande sucesso das Angiospermas est ligado co-evoluo entre as flores e os polinizadores. Enquanto, nas Gimnospermas a polinizao ocorre apenas pelo vento, nas Angiospermas,
alm da polinizao pelo vento (anemofilia) ou pela gua (hidrofilia), tem-se a polinizao feita pelos animais como insetos (entomofilia), aves principalmente os beija-flores (ornitofilia) e morcegos (quiropterofilia). H tambm muitas espcies hermafroditas, que possibilita a autofecundao.
Contudo, h tambm muitas espcies vegetais que desenvolveram mecanismo dificultam a autofecundao, como a formao de gros de plen e oosferas em pocas
distintas, isso possibilita a fecundao cruzada, ou seja,
entre flores diferentes, e normalmente, as plantas polinizadas por animais apresentam ptalas.
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Quando ocorre a fecundao, o gro de plen prende-
se ao estigma da flor. O estigma produz substncia viscosa que facilitam a aderncia do gro de plen. Quando o gro
de plen umedecido pelo estigma comea a germinar formando o tubo polnico, que penetra no estilete em direo
ao ovrio, onde est o vulo. O ncleo da clula vegetativa, do gro de plen, degenera e a clula geradora sofre diviso
mittica, dando origem a dois ncleos espermticos. Estes
so os gametas masculinos, e o tubo polnico o gametfito masculino maduro.
Quando o tubo polnico atinge o vulo, um dos ncleos
espermticos une-se oosfera, dando origem ao zigoto diplide e outro se funde com os dois ncleos polares, dando
origem a um ncleo triplide (3n). Essa uma caracterstica exclusiva das Angiospermas, a dupla fecundao. O zigoto
(2n) d origem ao embrio, que dar origem a outro indivduo diplide ( esporfito) e o ncleo triplide dar origem ao endosperma ou albmen, que a reserva nutritiva do
embrio.O desenvolvimento do embrio, do endosperma e
demais partes do vulo forma a semente.
Ciclo reprodutivo DAS ANGIOSPERMAS
Nas anteras esto os esporngios, onde haver a formao de esporos por meiose. Cada esporo composto
por clula haplide e envolto por revestimento rgido, inicia
a formao do gametfito. Formam-se duas clulas: a vegetativa e a geradora. O conjunto formado por essas
clulas protegidas pelo revestimento externo rgido o gro
de plen, e este abriga o gametfito masculino imaturo. Nos carpelos, cada esporngio protegido por
um tecido de revestimento chamado tegumento e o conjunto
esporngio mais tegumento chamado de vulo. No
esporngio feminino h formao por meiose de apenas um esporo haplide funcional, que se divide, dando origem ao
gametfito feminino. Este formado por oito clulas, sendo que uma delas a oosfera e outras duas chamadas de ncleos
polares.
Figura 7- Ciclo de vida das angiospermas
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MORFOLOGIA VEGETAL
Assim como ns, as plantas tambm possuem rgos
- raiz, caule, folha, flor, fruto e semente- e o ramo da botnica responsvel por estudar cada rgo, bem como suas particularidades a morfologia vegetal. Esses rgos
so formados durante a germinao da semente devido diviso das clulas meristemticas apicais da raiz e do caule (figura 8). Observar a planta por dentro, ou seja, analisar a forma e funo anatmica de cada tecido entendendo como
esses rgos so constitudos algo mais complexo, e que
foge ao escopo dessa apostila. No entanto, necessrio compreender, mesmo que de forma sucinta, como uma
semente pode torna-se uma frondosa rvore. O crescimento efetivado pela combinao de diviso
e expanso celular, sendo os meristemas apicais da raiz
e do caule responsveis por essa diviso. As clulas do meristema que se mantm em contnua diviso so
chamadas de iniciais. As clulas iniciais se dividem de tal
forma, que uma das clulas irms permanece no meristema
como inicial, enquanto a outra se torna uma nova clula do
corpo ou derivada. Essas clulas derivadas, por sua vez
vo dividir-se prximo aos meristemas antes de ocorre a
diferenciao, processo pelo qual as clulas que antes eram
idnticas tornam-se diferentes, formando assim os tecidos.
Essa organizao dos processos de diviso
responsvel pelo crescimento contnuo das plantas, que de certa forma imprescindvel para a interao planta-
ambiente, favorecendo o crescimento de ramos foliares
em direo luz, o alongamento das razes na busca a gua e nutrientes,formao das flores como atrativo para a polinizao e produo de frutos e sementes para a
disperso. Dessa forma, para entendermos a diversidade
e as particularidades da morfologia desses rgos vamos
estud-los separadamente.
Figura 8. Estrutura geral de uma planta, mostrando a raiz e o caule em
desenvolvimento primrio. Note que todas as partes da raiz e do caule so derivados da
diviso celular do meristema apical da raiz e do caule. Adaptado de Simpson Michael ( livro
Plant Sytemtics, 2006).
GERMINAO DA SEMENTE: do embrio a planta
adulta
A formao do embrio essencialmente a mesma
para todas as angiospermas, comeando o processo com
sucessivas divises do zigoto no interior do saco embrionrio do vulo ( ver ciclo de vida das angiospermas).. Em todos os
estdios de formao, o embrio recebe um fluxo contnuo de nutrientes da planta-me aos tecidos do vulo, isso permite
um acmulo de reservas nutricionais no endosperma,
formando os cotildones. Nas extremidades opostas do
eixo do embrio esto o meristema apical do caule e da raiz,
responsvel pelas divises celulares e o crescimento do embrio.
O sistema caulinar embrionrio pode ser dividido em duas partes, sendo uma constituda pelo eixo caulinar
denominado de epictilo, com uma ou mais folhas e o
meristema apical acima (epi-) dos cotildones.E a outra
com o eixo caulinar abaixo (hypo-) dos cotildones sendo
conhecido como hipoctilo ( Figura 9). Na extremidade inferior do hipoctilo pode ocorrer uma raiz embrionria ou radcula, com caractersticas tpicas de raiz. A forma como o
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sistema caulinar emerge na semente durante a germinao varia com a espcie, sendo conhecidos dois tipos de germinao: a
epgea, na qual os cotildones so elevados acima do solo (Fig. 9a), e a hipgea na qual os cotildones permanecem abaixo do solo (Fig. (9b). No caso o milho o coleptilo empurrado at a superfcie do solo, onde aparece as primeiras folhas.
No decorre da germinao as reservas nutricionais so digeridas e os produtos realocados para o desenvolvimento e
estabelecimento da nova planta, que agora apresenta seus rgos definidos: raiz, caule e folhas(rgos vegetativos) flor, frutos e novas sementes ( rgos reprodutivos).
Figura 9. A- Germinao da semente de feijo (Phaseolus vulgaris) do tipo epgea.B- Germinao da semente de milho (Zea mays) do tipo hipgea. Adaptado
de Raven, Biologia Vegetal (2007).
Raiz
As razes, normalmente, tm como funo a fixao e absoro de sais minerais. So rgos subterrneos,
aclorofilados, com ramificaes, e originados na radcula do embrio. No possuem gemas e, portanto no possuem
ns e entrens. Algumas so capazes de armazenar reservas
nutritivas (cenoura, nabo, beterraba, rabanete, mandioca,
batata-doce etc.). H dois tipos de sistemas radiculares: sistema axial (ou pivotante), com uma raiz principal, comum a muitas plantas eudicotiledneas (cenoura, alface); e sistema fasciculado, que no possui raiz principal, formando um emaranhado de razes, comum nas monocotiledneas
(cebolinha e milho). Na estrutura tpica da raiz podem-se
reconhecidas as seguintes regies quando se olha do pice para a base:
Zona meristemtica fica protegida por uma camada de clulas, a coifa, que protege a parte mais sensvel da raiz
onde se do as divises celulares.
Zona de alongamento ou distenso, onde as clulas
recm-divididas aumentam de tamanho e empurram a ponta
da raiz solo adentro.
Zona de maturao, onde os tecidos da raiz se
diferenciam e onde se localizam os plos absorventes.
Zona de ramificaes. A regio entre a raiz e o caule a
zona de transio, o colo.
As razes de muitas plantas eudicotiledneas apresentam
especializaes que as permite classific-las em diferentes tipos: (figura 9)
Razes-escoras (ou raiz suporte) so razes que se desenvolvem a partir de certas regies do caule, e tem
como funo aumentar a sustentao da planta em solos
pouco firmes. Ex: milho Razes respiratrias (ou pneumatforos) so razes pro-jetadas para fora do solo e so adaptadas a realizao
de trocas gasosas em ambiente pouco oxigenado, como
os dos manguezais. Ex: espcies do gnero Avicennia (mangue-siriba ou mangue-preto).
Razes areas crescem expostas ao ar e apresentam um revestimento chamado de velame, que uma epider-
me multiestratificada capaz de absorver a umidade do ar. Ex: orqudeas.
Razes sugadoras apresenta uma estrutura denomina-da de haustrio, responsvel fixao e extrao de ali-mentos (seiva elaborada) da planta hospedeira. Ex: cip-
-chumbo (Cuscuta sp.). Razes tabulares- atingem grande desenvolvimento e apresentam o aspecto de tbuas perpendiculares ao solo, dando a planta maior estabilidade.
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Figura 9. A- Raiz pivotante. B- Razes adventcias. C- raiz suporte. D- Razes sugadoras, com os haustrios. E- Raiz tuberosa da espcie Raphanus sativus.
F- Raiz tabular da espcie Ficus rubiginosa. G. H- Razes respiratrias, tambm denominadas de pneumatforos da espcie Avicena germinans, tpica de mangue.
Adaptado de Simpson Michael ( livro Plant Sytemtics, 2006)
Caule
O caule reconhecido como a parte area do vegetal
e que sustenta as folhas, flores e frutos. Tem as funes de transportar, sustentao, armazenamento de reservas
nutritivas e de reproduo vegetativa (assexuada). Os caules
so constitudos por uma regio apical ou meristemtica, responsvel pelo seu desenvolvimento, a regio dos ns, onde se desenvolvem as folhas lateralmente, e a regio entre
os ns, sem folhas, denominadas entrens.
Assim como as razes, os caules tambm podem ser
classificados em trs tipos bsicos: subterrneos, areos ou aquticos. Os representantes mais conhecidos dos caules areos so: troncos, estipes, colmos e hastes. H ainda os caules volveis, que so relativamente finos e longos, sendo denominados de volveis trepadores e rastejantes. Os caules
subterrneos so responsveis pelo armazenamento de reservas nutritivas para a planta, especialmente amido, sendo
muito utilizado pelo homem na alimentao, por exemplo: os
rizomas, que crescem geralmente horizontal ao solo, emitindo
brotos areos foliares e florferos, assim como razes, como no caso das bananeiras; os tubrculos que caracterizam-se por ser um caule que armazena grande quantidade de reserva
nutritiva como o amido, tendo com principal exemplo a
batata-inglesa; e por fim os bulbos que so formados por um eixo cnico que constitui o prato (caule), dotado de gema e
rodeado por catafilos,que so folhas reduzidas como exemplo de bulbo temos o alho, onde os dentes so denominados de bulbilho, e a cebola, sendo a parte comestvel folhas
modificadas, denominadas de catafilos suculentos.
Existem outras adaptaes dos caules, como as gavinhas,
que se enrolam ajudando a prender plantas trepadeiras, por
exemplo, chuchu e maracuj; os claddios, que so caules verdes desprovidos de folhas, suculentos e que armazenam
gua, um exemplo comum so os cactos e os espinhos que so formaes pontiagudas originadas a partir do caule, por
exemplo, os espinhos a laranjeira.
Folha
A folha geralmente um rgo laminar formado por
tecido clorofilado, normalmente com uma nervura principal e nervuras secundrias, que so os locais com feixes de xilema e floema, por onde ocorrem as trocas gasosas com o meio (fotossntese, respirao, transpirao). A folha o rgo que
apresenta a maior diversidade de formas, sendo isto um
reflexo das adaptaes aos diferentes tipos de ambiente em elas vivem. Na folha podem-se identificar trs partes bsicas:
Limbo a poro laminar da folhaPecolo uma haste cilndrica que prende o limbo ao
caule.
Bainha uma dilatao do pecolo que insere no ramo.Algumas folhas apresentam, na base do pecolo, um par
de projees filamentosas ou laminares, denominadas de estpulas.
Os diferentes tipos de limbo e de estrutura foliares permite
diferenciar as folhas das monocotiledneas, que apresentam
um limo no-dividido, sendo por isso denominado de
folhas simples. Enquanto, algumas dicotiledneas basais
e eudicotiledneas podem ser simples ou compostas. Nas
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folhas compostas, o limbo dividido em fololos; estes se renem para formar um pecolo comum, que liga a folha ao
n caulinar.
As variaes na estrutura das folhas so influenciadas principalmente pelo habitat, podendo at mesmo ser
caracterizada de acordo como o meio na qual est inserida. As plantas que requerem ambientes que no seja nem seco,
nem muito mido so conhecidas como mesfitas. Enquanto, as que requerem um grande suprimento de gua ou crescem parcial ou completamente submersas so denominadas
de hidrfitas, e por fim, h as plantas que sobrevivem em habitats ridos e semi-ridos so caracterizadas como xerfitas. Apesar das diferenas nas formas em combinao com os tipos ecolgicos, as folhas so especializadas como
rgo fotossinttico.
Alm de ser um dos principais rgos responsvel pela fotossntese em muitas plantas, as folhas adaptaram
a outras funes, como defesa contra herbvoros, fixao em superfcies, atrao de polinizadores e nutrio. Nos
cactos, as folhas foram transformadas em espinhos para
diminuir a superfcie de contato e evitar a perda de gua, e em algumas trepadeiras as folhas ou partes delas so
transformadas em gavinhas, que permite a fixao da planta no suporte. As folhas tambm podem desempenhar o
papel de razes na absoro de nutrientes, como o caso
de algumas bromlias, em que as folhas absorvem gua e minerais, e algumas plantas carnvoras, onde as folhas ou
parte delas so transformadas em armadilhas para capturar
insetos que so animais capturados so digeridos por clulas
especializadas das folhas. Existem tambm as brcteas, que so folhas modificadas, geralmente coloridas, encontradas nas bases do receptculo floral, exercendo o papel de atrao para polinizadores.
Figura 10. A- Gavinha da espcie Lathyrus vestitus. B- Folhas modificadas em espinhos endurecidos de um cacto. C- Brcteas do gnero Bougainvillea. D- Folhas
insetvoras da espcie Dionaea muscipula.
FISIOLOGIA VEGETAL: entendendo como as plantas
funcionam
Respirao e Fotossntese: faces de uma mesma
moeda
No tpico acima foi apresentado a diversidade de
formas das folhas. Mas, agora vamos entrar no mundo celular e conhecer os orgnulos envolvidos na fotossntese
(cloroplasto, mitocndrias) e as etapas bioqumicas desse
processo que movimenta a vida no planeta Terra
A fotossntese (cloroplastos) e a respirao
(mitocndrias) so duas atividades metablicas distintas,
mas muito relacionadas. Enquanto na fotossntese a energia
luminosa transformada em energia qumica, havendo,
portanto a produo de energia na forma de ATP, na respirao
h um consumo da energia qumica armazenada para o
desempenho de outras funes metablicas. Na fotossntese,
o gs carbnico (CO2) ligado gua, formando os acares e absorvendo energia luminosa do sol. Assim, o acar
formado uma forma de armazenar energia qumica. Na
respirao, essa energia qumica utilizada na sua oxidao,
consumindo oxignio e regenerando gs carbnico e gua um ciclo energtico do qual ns fazemos parte, chamado
ciclo do carbono.
FOTOSSNTESE
o processo de converso da energia luminosa em
energia qumica, ele consiste basicamente na produo de
substncias orgnicas (carboidratos) a partir de dixido de
carbono (CO2), gua (H2O) e energia luminosa.
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Veja a equao:
12 H20 + 6 CO2 C6H12O6 + 6 H20 +6 O2
As plantas verdes no so os nicos organismos
capacitados a realizar fotossntese. Organismos procariontes
e eucariontes unicelulares e coloniais so tambm capazes de
fixar carbono pela via fotossinttica. Vrias algas tais como as diatomceas (Chrysophyta), algas verdes (Chlrophyta), algas marrons (Chryptophyta), euglenas (Euglenophyta) podem realizar a fotossntese. Mais da metade da produo anual global de carbono da biosfera terrestre devida a
estes microorganismos fotossintetizantes. Alm disto, outros
microorganismos procariontes tais como as cianobactrias
e vrias famlias de bactrias, tais como as bactrias sulfurosas purpreas, podem tambm realizar a fotossntese.
As cianobactrias so encontradas praticamente em todos
os ambientes aquticos principalmente na regio tropical. Elas so talvez os organismos mais auto-suficientes que se conhece, pois alm de fixar o CO2 so tambm capazes de fixar o nitrognio atmosfrico. Microcystis aeruginosa um importante representante deste grupo, que ocorre em muito
lagos rico em nutrientes na regio tropical
A fotossntese ocorre em todos os organismos que
possuem clorofila. A clorofila um pigmento verde que absorve luz com maior eficincia nos comprimentos de onda correspondentes ao azul e ao vermelho, utilizando-os para a
fotossntese. Os comprimentos de onda correspondente a luz
verde, praticamente no so utilizados, sendo refletidos. Vale ressaltar que a clorofila verde exatamente porque reflete essa cor.
Existem vrios tipos de clorofila, sendo que as principais so:
Clorofila a ocorre em todos os organismos fotossintetizantes, com exceo das bactrias
fotossintetizantes, pois estas possuem o pigmento
bacterioclorofila, que absorve comprimentos de onda correspondentes ao infravermelho;
Clorofila b ocorre em todas as plantas terrestres e nas algas verdes;
Clorofila c ocorre nas algas pardas e nas diatomceas;Clorofila d - ocorre nas algas vermelhas.Alm das clorofilas, existem outros pigmentos envolvidos
na absoro de luz durante a fotossntese. Entre estes esto
os carotenos, as xantofilas e as ficobilinas.Para entender como esses pigmentos absorvem a luz vinda do sol
necessrio entender o que vem a ser Luz.
Luz: conceitos bsicos
A luz corresponde a uma pequena frao do espectro
eletromagntico que conseguimos observar, pois isso
corresponde ao comprimento de onda do espectro que
sensibiliza os nossos pigmentos visuais. Como toda onda
eletromagntica, a luz tem um comportamento duplo, hora
assumindo propriedades ondulatrias, hora assumindo a
propriedade de partculas. As unidades ou pacotes de energia
da luz so denominados de ftons. A energia do fton
inversamente proporcional ao comprimento de onda. Assim
ftons com energia elevada possuem comprimentos de onda
muito curtos, tais como os presentes nos raios UV-B, que
so extremantes prejudiciais aos seres vivos, pois atingem
molculas orgnicas das clulas, e arrancam eltrons de
sua estrutura. Enquanto, os ftons de comprimento de onda
mais longos, na faixa do infravermelho, tm um baixo nvel
energtico, assim podem excitar as eltrons entre os orbitais
eletrnicos das molculas promovendo reaes qumicas
( reaes fotoqumicas) e conseqentemente reaes
bioqumicas.
Fotofosforilao e produo de ATPO processo de fotossntese pode ser dividido em trs
etapas:
A etapa fotoqumica, dependente da energia luminosa
para a produo de NADPH e ATP na cadeia transportadora de eltrons; etapa difusiva responsvel pela entrada de CO2 nas folhas atravs dos estmatos; e bioqumica que responsvel pela fixao de CO2 pelas ao de enzimas coma a rubisco e a utilizao do ATP e NADPH na formao dos carboidratos (sacarose).
A fotofosforilao o processo que envolve a produo
de ATP utilizando a energia proveniente da luz. Na fase
clara ou fotoqumica caracterizada pela absoro de luz
pelas clorofilas, fotlise da gua e sntese de adenosina trifosfato (ATP). Esta etapa ocorre nas partes clorofiladas dos cloroplastos que so as lamelas e os grana.
Fotlise da guaSob a ao da luz, a gua decomposta liberando oxignio
(O2) e hidrognio (H+). O oxignio liberado para o meio
ambiente como um subproduto da fotossntese e o hidrognio
captado por uma substncia aceptora de prtons, o NADP
(nicotinamida-adenina-dinucleotdeo- fosfato). Forma-se,
assim, o NADP reduzido, representado pela sigla NADPH2. Esta sntese chamada de fotofosforilao acclica.
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Na sequncia de pigmentos ( carotenides, clorofila b e clorofila a) a energia transferida, sendo que a clorofila em seu estado de menor energia, absorve os ftons e faz uma
transio para o estado mais energtico ou excitado(figura 11). A distribuio dos eltrons na molcula excitada de certa forma diferente da distribuio da molcula no seu
estado base, pois quando excitada a clorofila extremamente instvel e rapidamente libera parte da sua energia para o meio na forma de calor e a outra parte transfere para o centro de
reao (PSII ou PSI). Os dois fotossistemas esto ligados a cadeia transportadora de eltrons, onde as reaes de
qumicas de oxidao e reduo levam ao armazenamento de
energia na forma de ATP e NADPH (Figura 12).
Absoro de luz e sntese de ATP
A captao de luz pelas plantas ocorre devido a presena
de uma famlia de protenas denominadas de LHCI e LHCII, que funcionam como verdadeiras antenas na captao e
transferncia dessa energia aos centros de reaes, formados
por clorofila especiais denominadas de P680 e P700, ou fotossitema II (PSII) e fotossistemaI (PSI) respectivamente. O fotossistema I absorve preferencialmente a luz na faixa do vermelho com comprimento de onda de 680 nm. Enquanto o fotossistema II absorve a luz na faixa do vermelho-distante com o comprimento de onda de 780nm.
Figura 11- Canalizao da excitao do sistema de antena em direo ao centro de reao.Fonte:Taiz e Zeiger (livro Fisiologia Vegetal,2004)
Os ftons que saram do complexo antena excitam os
centros de reao (P680 para o PSII e o P700 para o PSI) e ejetam eltrons. O eltron passa, ento por uma srie
de carreadores, e eventualmente, reduz o P700 ( para os
eltrons vindos do PSII) ou NADP+ (para os eltrons vindos do PSI). Assim, todos os processos qumicos que perfazem as reaes luminosas da fotossntese so realizados por 4
principais complexos proticos: fotossistema II, o complexo citocromo b6f , fotossistema I e ATPsintase (Figura 12).Esses complexos esto inseridos na membrana dos tilacides para
funcionar da seguinte forma:
O fotossistema II oxida a gua a O2 no lume do tilacide e durante esse processo libera tambm prtons (H+ ).
O citocromo b6f atua com um ponto de triagem, ejetando
os prtons para o lume e transferindo os eltrons para a
plastocianina e posteriormente para a PSIO fotossistema I (PSI) reduz o NADP+ a NADPH no
estroma pela ao da ferrodoxina (Fd) e da flavoprotena ferredoxina-NADP redutuase (FNR).
A sntese de ATP ocorre pela passagem de prtons (H+) atravs da membrana do tilacides. Os prtons se deslocam
do estroma para dentro do tilacide, onde se acumulam. Com
o excesso de H+ no interior dos tilacides h uma difuso para o estroma. Essa sada feita por um motor molecular que o complexo ATP-sintetase, que girar como a passagem
dos ons H+, levando a produo de ATP.
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Figura 12- Transferncia e eltrons e prtons na membrana o tilacide feita por quatro complexos proticos. A gua oxidada e os prtons (H+) so liberados
no lume pelo PSII. O PSI reduz o NADP+ a NADPH no estroma, por meio da ferredoxina (Fd) e da flavoprotena ferredoxina-NADPredutase (FNR).Os prtons so
tambm transportados para o lume pelo complexo citocromo b6f e contribuem para o gradiente eletroqumico.Tais prtons necessitam, ento difundir-se at a enzima
ATPsintase, onde sua difuso atravs do gradiente de potencial eletroqumico ser utilizada para sintetizar ATP no estroma.A plastoquinona reduzida(PQH2) e a
plastocianina transferem eltrons para o citocromo b6f e para o PSI, respectivamente. As linhas tracejadas representam a transferncia de eltrons e a linha contnua
representam o movimento de prtons. Fonte: Taiz e Zeiger (Livro Fisiologia Vegetal, 2004)
Ciclo das pentoses: ciclo de Calvin-Benson
A etapa bioqumica da fotossntese constituda pelas
reaes enzimticas de fixao de CO2 e sntese de acares (representados pela sacarose). Essa etapa movida pelo ATP
e pelo poder redutor gerados durante o processo fotoqumico,
na cadeia transportadora de eltrons, estudada acima.
O ciclo de Calvin-Benson pode ser dividido em trs fases:
a carboxilativa, a redutiva e a regenerativa.
1. Fase carboxilativa Compreende a reao catalisada pela enzima Ribulose-1,5-bisfosfato, conhecida como ru-bisco. Cada molcula de CO2 fixada pela rubisco d ori-gem a duas molculas de 3-fosfoglicerato (3PGA). Cada molcula de 3-fosfoglicerato corresponde a uma volta no ciclo de Calvin!
2. Fase redutiva O 3PGA convertido a gliceraldedo-3--fosfato (3 PGald) atravs de duas reaes que utilizam o ATP e o NADPH produzidos na etapa fotoqumica da fotossntese. O 3 PGald o primeiro carboidrato gerado no ciclo.
3. Fase regenerativa ocorre a partir da formao do gliceraldedo-3-fosfato (3 PGald). Esse monossacrdeo reversivelmente convertido em Diidroxiacetona-fosfato
(DHAP) atravs da enzima triose-fosfato isomerase. Os dois acares fosfato, contendo trs carbonos, so deno-
minados trioses-fosfato (triose-P). Uma srie de reaes
enzimticas interconvertem acares-fosfato de trs, quatro, cinco seis e sete tomos de carbono, e regeneram a molcula receptora primria de CO2, a ribulose-1,5--bisfosfato.
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Figura 13- Ciclo de Calvin operando nas trs fases: (1) carboxilao, em que o CO2 covalentemente ligado a um esqueleto de carbono, (2) reduo, onde o
carboidrato formado com gasto de ATP e dos equivalentes redutores na forma de NADPH, e (3) regenerao, etapa na qual o aceptor de CO2 ribulose-1,5-bisfosfato
reconstitudo. Fonte: Taiz e Zeiger (livro de Fisiologia Vegetal, 2004).
HORMNIOS VEGETAIS
Os hormnios vegetais so substncias orgnicas, que
atuam no crescimento e no desenvolvimento das plantas.
Entende-se por crescimento o aumento em volume do vegetal
decorrente das diversas multiplicaes celulares, enquanto
o desenvolvimento implica aquisio de novas estruturas
que capacitam o vegetal a desempenhar um conjunto de
atividades que lhe proporcione a sobrevivncia e perpetuao.
Os principais fitormnios so as Auxinas, Giberilinas, Citocininas, cido Abscsico e Etileno. Eles apresentam efeitos diversos, dependendo do local onde
atuam, do estgio de desenvolvimento do rgo e de sua concentrao.
AuxinasA principal auxina o cido indolactico (AIA). Ele
produzido por clulas meristemticas a partir do aminocido Triptfano nos seguintes locais:
Gema apical do caule e da raiz;Folhas jovens;Frutos;Semente em desenvolvimento.
O AIA sintetizado principalmente na gema apical do caule e transportado de modo polar para a raiz, onde
promover o alongamento celular e conseqentemente o crescimento celular.
A ao da AIA em rgos vegetais
De um modo geral a auxina promove o crescimento
por alongamento, sobretudo por aumentar a capacidade
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de extenso da parede celular, este crescimento da raiz e
do caule depende da concentrao do hormnio, pois uma
concentrao muito elevada inibe o crescimento celular e,
portanto, o crescimento dos rgos.
Raiz e caule
As razes so geralmente muito mais sensvel ao da AIA do que os caules. Isso significa que a concentrao de AIA exigida pelas razes inferior que a concentrao de AIA exigida pelos caules. Por isso, concentraes timas para
as razes, no provocam o crescimento dos caules, por falta
de AIA. Em contrapartida, concentrao tima de AIA para o caule inibe fortemente o crescimento das razes.
Dominncia apical
O AIA produzido pelo broto apical inibe o desenvolvimento dos brotos laterais; porm quando retirado o broto apical(poda), cessa a inibio e os brotos laterais
despertam e comeam a crescer formando ramos, folhas ou flores.
Folhas
O AIA controla a permanncia da folha no caule ou sua queda (absciso) de um modo geral quando a concentrao
de AIA for maior que no caule, a folha permanece unida ao caule . Quando a concentrao de AIA na folha ficar menor do que no caule, a folha se destaca e cai.
Frutos
Neste caso, como ocorre com a folha, o AIA controla a permanncia ou queda dos frutos (absciso). As auxinas
quando aplicadas artificialmente nos frutos e folhas evitam sua queda.
Estacas
So caules cortados dos vegetais os quais plantados so
capazes de originar novas plantas. Quando se aplica auxina
na base de estacas, obtemos um enraizamento muito mais
rpido.
Flores
A aplicao artificial de auxinas em flores no fecundadas capaz de provocar a partenocarpia isto , o
desenvolvimento do ovrio e conseqentemente obteno de frutos desprovidos de sementes.
GIBERELINAS
As giberelinas induzem um marcante alongamento de
entrens em alguns tipos de plantas, como em espcies
ans ou em rosetas e gramneas. Outros efeitos fisiolgicos da giberelinas incluem alteraes no desenvolvimento e na
sexualidade da flor e na promoo do estabelecimento e crescimento do fruto e da germinao de sementes.
As giberilinas, juntamente com a auxina, estimulam o
crescimento de frutos partenocrpicos e com a citocinina estimula a germinao da semente.
CITOCININAS
As citocininas so sintetizadas:
Em razes; Nos embries em desenvolvimento;Em Folhas jovens.
As citocininas participam na regulao de muitos
processos do vegetal, incluindo a diviso celular, a morfognese da parte area e das razes, a maturao do
cloroplasto, o alongamento celular e a senescncia.
CIDO ABSCSICO
cido abscsico sintetizado em quase todas as clulas
que possuem plastdios e transportado tanto pelo xilema
quanto pelo floema. considerado um fitormnio inibidor, do crescimento e
do desenvolvimento, induzindo:
A dormncia de gemas e de sementes;A absciso de folhas, flores e frutos;A senescncia de folhas, flores e frutos;O fechamento dos estmatos.
Etileno
O etileno formado em muitos rgos dos vegetais
superiores. Tecidos senescentes e frutos em amadurecimento
produzem mais etileno que tecidos jovens ou maduros. O
precursor do etileno in vivo o aminocido metionina.O etileno regula o amadurecimento de frutos e outros
processos associados com senescncia de flores e folhas, abscisso de flores, frutos, desenvolvimento de plos radiculares e o crescimento de plntulas.
Prticas agrcolas decorrentes dos conhecimentos sobre a ao do etileno.
Pulverizao do fitormnio durante a colheita;Desfolhante;
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Indutor de florao;Conservao de frutos para longas viagens: vegetais
mantidos em ambientes frios e ricos em CO2 tm o seu
processo de maturao retardado; tais condies inibem a produo do fitormnio.
REFERNCIAS
AMABIS, Jos Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues; MIZUGUCHI, Yoshito. Biologia. So Paulo: Moderna, 2001. v. 2
CECCANTINI, Gregrio; MENDONA, Fabola Bovo. Biologia: Botnica. Mdulo 6 acesso 05/10/2010.
ILVA JUNIOR, Cesar da; SASSON, Sezar. Biologia. So Paulo: Saraiva. 1995. v. 2.
RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray Franklin; CURTIS, Helena. Biologia vegetal. 2a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1976. 724p.
RAVEN, P. H.; JOHNSON, G. Biology. 6ed. McGraw Hill: Nova Iorque, 2002.
SANTOS, Dborah Yara Alves Cursino; CECCANTINI, Gregrio. PROPOSTAS PARA O ENSINO DE BOTNICA: manual do curso para atualizao de professores do ensino
fundamental e mdio. Universidade de So Paulo, Fundo de
Cultura e Exteno: Instituto de Biocincias da Universidade de So Paulo, Departamento de Botnica, 47p.: il. (Projeto de Cultura e Extenso), 2004.
SIMPSON, Michael, G. Plant Systematics. Library of Congress Cataloging-in-Publication Data. Printed in
Canada,2006. 603 p.TAIZ , Lincoln; ZEIGER, Eduardo. Fisiologia Vegetal. 3ed.
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So Paulo: Harbra, 2002. VIDAL, Waldomiro, Nunes; VIDAL, Maria Rosaria
Rodrigues. Botnica- organografia: quadros sinticos ilustrados e fanergamos. 3ed. Viosa, MG: Universidade Federal de Viosa, Imprensa Univ.. 1998. 114p.
QUESTES DOS VESTIBULARES SOBRE BOTNICA
01. (UESC-2009)
Pretendendo observar a sequncia gradativa do crescimento das plantas, dirigimos nossa ateno sobre
a planta no momento exato em que ela se desenvolve
da semente. Nessa poca, podemos reconhecer fcil e nitidamente as partes que lhe pertencem. No vamos
considerar agora os invlucros que ela deixa na terra. Em
muitos casos, assim que a raiz se firma na terra, a planta leva luz os primeiros rgos superiores, j existentes anteriormente, sob o invlucro das sementes (GOETHE, 1996, p. 11-12)
A partir de anlises, com base nas informaes includas no texto e nas ilustraes, pode-se inferir:
01) As ilustraes referem-se a processos que estabelecem a fase gametoftica no ciclo biolgico da planta.
02) A ocorrncia da fotossntese desde o incio da germi-
nao garante a disponibilidade da biomassa exigida no
desencadeamento do processo.
03) Estratgias coevolutivas, principalmente interaes entre insetos e plantas, contriburam para a maior expanso e
diversificao das gimnospermas no grupo das faner-gamas
04) As ilustraes que representam sequenciadamente o
processo sugerem a preservao dos cotildones como
componente permanente da futura planta.
05) Os movimentos de tropismos evoluram em funo da
vocao autotrfica e condio sedentria das plantas
02.(UESC-2009) Esses primeiros rgos so conhecidos pelo nome de cotildones chamados tambm
de gros, pevides ou folhas de sementes, indicando com
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esses nomes diferentes formas. Muitas vezes esses rgos tm aparncia disforme, como se estivessem cheios de uma
matria grosseira e bastante distendidos, tanto na espessura
como na largura. Seus recipientes so pouco visveis e no
podem ser distinguidos da substncia geral. Em muitas
plantas, eles se aproximam da forma das folhas. luz da Biologia atual, a interpretao do texto, escrito com base em
conhecimentos do sculo XVIII, exige a compreenso de que:01) As reservas nutritivas em sementes de plantas monoco-
tiledneas esto localizadas caracteristicamente em um
nico e bem desenvolvido cotildone.
02) As formaes cotiledonares so estruturas anexas, de-
rivadas da flor, no sendo produto do desenvolvimento preliminar do zigoto.
03) A matria grosseira que est includa nos cotildones habitualmente uma reserva celulsica que pode ser utiliza-
da na construo das estruturas de sustentao da planta.
04) A desidratao da semente, preservando a reserva org-
nica da decomposio bacteriana, condiciona a sua ger-
minao, que dependente de gua, a um ambiente pro-pcio ao desenvolvimento do embrio e da jovem planta.
05) Os cotildones, no processo de evoluo das plantas, se
estabeleceram com diversas funes entre as quais a fun-
o ecolgica de proporcionar alimento para o homem.
03. (UESB -2010) As clulas vegetais realizam processos
bioqumicos para obteno de energia essenciais para sua
sobrevivncia e seu desenvolvimento. De acordo com os
conhecimentos acerca desses processos bioqumicos,
correto afirmar:01) A passagem de eltrons atravs da cadeia transporta-
dora, o acmulo de prtons no interior do tilacoide e o
conseqente direcionamento de prtons atravs da ATP-
-sintase possibilitam a formao de ATP no processo de
fotossntese.
02) A respirao celular caracteriza-se pela combinao de
molculas de oxignio e gua para produo de glicose.03) O gs carbnico liberado pelas plantas, ao realizarem fo-
tossntese, aproveitado em uma das etapas do Ciclo de
Krebs, no processo de respirao.
04) As reaes de luz da fotossntese caracterizam-se pela
produo de ATP e NADH acoplados oxidao de H2O a CO2 .
05) O ciclo das pentoses responsvel pela produo de glicdios a partir de CO2 e H2O, durante o processo de respirao celular em vegetais.
04. (UESB -2010) O surgimento da fotossntese aerbica
considerado um marco na histria de vida na Terra e isso se
deve, principalmente, a:
01) Esse processo metablico ter possibilitado s primeiras clulas, eucariticas, a obteno de alimento e energia di-
retamente do ambiente em que se encontravam.
02) Possibilidade de converso de molculas orgnicas pr-
-formadas a molculas de ATP, as quais seriam utilizadas
como fonte de energia para outras reaes metablicas.
03) Possibilidade de realizao de reaes de gliclise ana-erbica que apresentam rendimento energtico superior
em relao s reaes metablicas at ento existentes.04) Liberao de dixido de carbono responsvel pelo aque-
cimento gradual da superfcie terrestre, o que possibilitou
a biodiversidade hoje existente.
05) Alterao progressiva da atmosfera terrestre devido liberao do gs oxignio pela ao dos organismos fo-tossintetizantes.
05. (UEFS-2009) A restrio das brifitas a ambientes midos tambm esta ligada ao fato de elas dependerem
da gua para a reproduo sexuada, pois seus gametas masculinos, chamados anterozides, so flagelados, deslocando-se apenas em meio liquido. Ao atingir o gameta
feminino, chamado oosfera, forma ao zigoto, que e imvel. (LOPES, 2008. p. 444).
Em relao a adaptao dos grupos vegetais ao
ambiente terrestre ao longo de sua historia evolutiva, pode-se
considerar:
a) As brifitas, apesar da presena de algumas limitaes, desenvolveram densas florestas no ambiente terrestre an-teriormente ao advento do grupo das pteridfitas.
b) A soluo desenvolvida pelas pteridfitas para resolver as limitaes, em relao a reproduo sexuada, consistiu
no desenvolvimento de estruturas especificas para a fe-cundao, como, por exemplo, os estrbilos.
c) A etapa do ciclo de vida das brifitas que apresenta a pro-duo de gametas e considerada transitria devido as li-
mitaes reprodutivas presentes nesse grupo vegetal.
d) O zigoto formado no grupo das fanergamas este sempre
acompanhado de uma estrutura de proteo e disperso
do embrio denominada de fruto.
e) A ausncia de vasos condutores nas brifitas tambm e considerada como um dos fatores limitantes na adapta-
o ao ambiente terrestre devido a pouca eficincia desse
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grupo na captao e transporte de gua em solos onde o lenol fretico e mais profundo.
06. (UFBA- 2007) Com base nas relaes entre plantas
e animais insetos, aves e mamferos. Justifique a grande expanso das plantas com flores em relao aos demais grupos vegetais.
07. (UESB -2010) Dados parciais do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlntica revelam que a Mata Atlntica perdeu 20857 hectares de sua cobertura vegetal, durante os anos de 2008 a 2010, o que equivale metade da rea do municpio de Curitiba (PR). Esses dados foram divulgados em 27 de maio pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) durante evento em comemorao ao dia nacional deste bioma. (MATA ATLNTICA..., 2010). Analise as alternativas a seguir, relacionadas perda da cobertura vegetal da Mata Atlntica e os consequentes danos ambientais ocasionados, identificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) A Mata Atlntica remanescente sofreu um intenso proces-so de fragmentao que acarreta a reduo da composi-
o da flora e fauna desse bioma.( ) A ocupao urbana, apesar de prejudicial ao meio am-
biente, teve pequena influncia sobre a reduo da cober-tura vegetal que compe a Mata Atlntica.
( ) A formao de fragmentos florestais leva recuperao desse bioma, uma vez que influencia a ocorrncia de pro-cessos naturais, tais como sequestro de carbono.
( ) A reduo das reas florestais compromete a reproduo de espcies vegetais e animais, devido a mudanas que
ocorrem na interao entre esses organismos.
A alternativa que indica a sequncia correta, de cima para
baixo, a
01) F V V F 02) V V F F
03) F V F V04) V F F V
05) V F V F
08. (UESC- 2007) Anlise da estrutura e fisiologia da folha evidencia aspectos que contribuem para a sua eficincia fotossinttica, entre os quais se pode reconhecer:
01) A folha, realizando a transpirao, proporciona a ascen-so da seiva mineral, diminuindo a perda de gua pela planta.
02) A elevada permeabilidade do revestimento epidrmico,
controlando o intercmbio de gases no processo.
03) A localizao predominante dos estmatos na superfcie superior da epiderme foliar, permitindo maior captao de
energia e proporcionando maior eficincia na fotossntese.04) A utilizao, na construo da biomassa, de toda a ener-
gia incidente na folha.
05) A organizao do tecido clorofiliano adaptado a condi-es variveis de luminosidade, estabelecendo, na folha, uma ampla superfcie relativa.
09. (UEFS-2010) O modo como ocorreu a evoluo
dos processos sexuados e dos ciclos de vida nas plantas
foi de fundamental importncia para a conquista do ambiente
terrestre. Pode-se considerar como um desses fatores
evolutivos na formao do grupo vegetal:
a) A alternncia de geraes entre uma fase sexuada e uma
outra fase assexuada, ao longo do ciclo de vida.
b) A presena, a partir das pteridfitas, de uma fase esporo-ftica mais desenvolvida e nutricionalmente independente
da fase gametoftica.
c) O advento das flores, frutos e sementes nos indivduos do grupo das fanergamas.
d) A presena de vasos condutores que condicionou uma
melhor adaptao das brifitas aos ambientes com menor disponibilidade de gua.
10. (UESB -2010) At pouco tempo atrs, geologicamente falando, os humanos eram caadores-
coletores. Deslocavam-se em busca de alimento, efetuando
longas migraes e enfrentando perodos de escassez. Era
certamente penoso, mas sustentvel. H cerca de 10 000 anos, porm, inventamos a agricultura e, com isso, nos
sedentarizamos. Passamos a produzir mais comida do que
o estritamente necessrio e, com esse novo poder, criamos imprios. (GUIMARES, 2010).
A aplicao dos pesticidas nas lavouras contribui para a
produo de alimentos em larga escala, porm tem produzido
muitos danos ao meio ambiente e aos organismos que os
consomem e manipulam. Com relao aos pesticidas pode-
se afirmar:01) A degradao lenta no meio ambiente e o acmulo pro-
gressivo de pesticidas organoclorados, como o DDT, ao
longo da cadeia alimentar, torna-os extremamente nocivos
aos organismos vivos.
02) A utilizao de luvas, mscaras e outros equipamentos
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de proteo individual no so capazes de proteger os
agricultores durante a aplicao de pesticidas na planta-
o, devido sua grande toxicidade.03) Os pesticidas tendem a se acumular em maiores quan-
tidades nos nveis trficos mais inferiores das cadeias alimentares.
04) A manipulao e o consumo de pesticidas ocasionam a
morte rpida de seres humanos, no podendo nem mes-mo serem diagnosticados danos sade decorrentes de intoxicao.
05) O uso de pesticidas reduz o tamanho de frutas e legumes,
torna-os sem brilho e com pequenas manchas, devido produo de danos em menor escala s clulas vegetais.
11. (UESC-2007) As plantaes verdes so uma alternativa para a crise energtica na sociedade, por que:
01) So virtualmente ilimitadas, podendo substituir sem comprometimento ecolgico, extensas reas silvestres.
02) So procedimentos com estratgias tecnolgicas que
garantem autonomia do processo em relaes a fatores
ambientais.
03) So estratgias capazes, em si mesma, de manter o su-primento de oxignio necessrio vida.
04) Produzem biomassa utilizvel como combustvel, man-tendo o balano entre o CO2 liberado na queima e o ab-
sorvido na plantao.
05) Necessitam de reas distantes dos centros urbanos como forma de proteo contra agresses ambientais
12. (UESC- 2010) A rea de Proteo Ambiental da
Lagoa Encantada, criada pelo Decreto Estadual N. 2.217, de 14/07/93,est localizada no Municpio de Ilhus. So 11.800 hectares compostos de Mata Atlntica associada ao cultivo de cacau, alm de manguezais, restingas, pastagens,
vilarejos, condomnios de praia e cachoeiras. A proteo da
rea foi proposta pela Prefeitura de Ilhus, para ampliar e assegurar a vocao turstica da cidade, permitindo que o
visitante possua mais uma alternativa de lazer. A rica fauna
aqutica representada principalmente por peixes, como robalos e carapebas, serve de sustento s comunidades ribeirinhas, aliada ao turismo que vem sendo uma nova opo
de renda no local.
Os principais conflitos observados na APA so a falta de saneamento bsico, sem instalaes de esgotamento sanitrio, e as poucas fossas spticas que existem so mal construdas e encontram-se saturadas pelo nvel do lenol
fretico. Existem, ainda, casos graves de casas que despejam
seus dejetos no rio e ainda utilizam essa mesma gua para banho. Observa-se tambm uma ocupao desordenada
do solo por conta dos pequenos aglomerados de casas
simples dos pescadores e trabalhadores rurais. (Relatrio de
Aspectos Scio-ambientais. PDITS Lit. Sul. Prodetur NE II. BNB).
Com base no texto e nos critrios de utilizao racional
dos recursos do ambiente, a ao que deve ser considerada
como a mais correta a ser adotada para a preservao da
APA da Lagoa Encantada seria:
01) Restringir o impacto causado pela ocupao humana de-sordenada atravs da implementao de um plano diretor
com diagnstico, zoneamento e plano de ao e metas
para a regio.
02) Limitar as formas de explorao turstica da regio, j que os danos normalmente causados pelo turismo so
irremediveis para a natureza.03) Transferir a rica fauna aqutica presente na lagoa Encan-
tada para regies onde a proteo vida animal seja mais rigorosa.
04) Proibir a utilizao da rea para obteno de alimento pela comunidade nativa ribeirinha, que dever encontrar novas formas de subsistncia.
05) Promover intensamente o avano da ocupao imobi-
liria com o incentivo na construo de grandes hotis, shopping centers e industrias relacionadas ao turismo.
13. (UFBA- 2009)
A figura faz aluso importncia do reino vegetal para o Planeta. A radicalidade dessa importncia revela-se em um
processo bioenergtico que sustenta a vida em suas diversas
manifestaes.
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Em relao a esse processo,
explique de que modo a energia luminosa se converte em energia qumica e destaque a importncia desse proces-
so para as relaes trficas; comente, numa perspectiva evolutiva e ecolgica (evo--eco), o advento da utilizao da
gua como doadora de eltrons nesse processo.
14. (UESC- 2007)
Essa capacidade de armazenar energia recebida do Sol faz das plantas uma fonte energtica virtualmente inesgotvel. Surge da a idia de plantaes verdes, ou seja, cultura de espcies vegetais que possam servir direta ou indiretamente
como fonte de energia.(CARVALHO, Cincia Hoje, 2006, p. 32).
Pela capacidade de armazenar energia recebida do
Sol, as plantas se constituem fonte energtica virtualmente
inesgotvel que impulsiona a vida, mantendo a dinmica da Biosfera traduzida em
01) Conservao da mesma quantidade de biomassa a cada nvel de consumidor.
02) Estruturao do ecossistema na transferncia de biomas-
sa atravs de relaes alimentares.
03) Organizao das cadeias alimentares com nmero ilimi-tado de nveis trficos.
04) Reciclagem de energia pela atividade de decompositores
em todos os nveis trficos.05) Paralelismo na realizao dos ciclos biogeoqumico fluxo
energtico.
15. (UEFS-2010) A figura esquematiza a relao entre duas espcies de planta do gnero Mimulus com o beija-flor e a abelha mamangaba.
A partir da anlise da ilustrao, apresente duas caractersticas decisivas na evoluo de cada um dos grupos
representados e o significado biolgico da relao planta/animal em destaque.
16 (UESB- 2010)
O grfico em evidncia apresenta o efeito da luminosidade sobre as taxas de fotossntese e respirao em vegetais. Com
base no conhecimento acerca da influncia da luminosidade sobre esses processos bioqumicos em clulas vegetais e na
anlise do grfico, correto afirmar:
01) O ponto de saturao luminosa equivale ao momento em que a quantidade de O2 produzido na fotossntese se igua-
la quantidade de CO2 produzido na respirao.02) O ponto de saturao luminosa equivale ao momento em
que a quantidade de CO2 consumido na fotossntese se
iguala quantidade de O2 consumido na respirao.03) O ponto de compensao luminosa varivel nas distin-
tas espcies de vegetais e representa o momento em que
as taxas de fotossntese e respirao se igualam.
04) Espcies vegetais que apresentam valores altos de ponto
de compensao luminosa, normalmente, vivem em lo-
cais de baixa incidncia de luminosidade.
05) Espcies vegetais que apresentam baixos ndices de
compensao luminosa necessitam estar expostas a in-
tensidades altas de luminosidade que lhes permitam rea-
lizar a fotossntese.
GABARITO
1. 02 9. B2. 02 10. 013. 01 11. 044. 05 12. 015. E 13. Questo discursiva6. Questo discursiva 14. 037. 04 15. Questo discursiva8. 05 17. 01
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FSI
CACAPTULO 1: CARGA E FORA ELTRICA
1. CARGA ELTRICA
A matria composta por tomos e estes so
constitudos por prtons, nutrons e eltrons. Os prtons
e eltrons possuem uma propriedade chamada de carga
eltrica. A carga eltrica a propriedade fsica responsvel
pelos fenmenos eltricos.
Onde: Q, q, q1, q2, qn = Carga eltrica (Coulomb -
C)
Ao longo desse mdulo voc ser apresentado a
expresses matemticas com variveis. Sempre que surgir
uma varivel nova, ela ser apresentada a voc seguida de
uma legenda indicando o que ela significa e, entre parnteses,
a sua unidade no Sistema Internacional de Unidades (S.I.).
A carga eltrica de 1,0 C obtida com 6,25 . 1018
prtons. H dois tipos de cargas eltricas: positivas e
negativas. Os prtons possuem a mesma quantidade de
carga eltrica que os eltrons, porm, eles tm carga eltrica
positiva e os eltrons, negativa. Quando se aproximam dois
corpos com cargas eltricas, surgem foras que podem ser
de repulso (cargas de mesmo sinal) ou atrao (cargas de
sinais opostos).Q do prton = + 1,6 10-19C
Q do do eltron = - 1,6 10-19C
O valor 1,6 . 10-19 C chamado de carga elementar e.
Portanto o prton possui carga eltrica+e enquanto o eltron, carga eltrica-e.
Onde: e = carga elementar
2. CONDUTORES E ISOLANTES
Para que um material seja condutor de eletricidade ele
precisa ter portadores de carga eltrica (eltrons ou ons)
livres para se movimentar. No caso dos metais, os tomos
possuem alguns eltrons que no esto fortemente ligados
aos ncleos. Eles so chamados de eltrons livres e so
os responsveis pela condutividade eltrica nesses materiais.
Em lquidos e gases condutores, a condutividade pode ser
causada pela presena de ons positivos ou negativos (ver
tabela 1.1). Nos isolantes, os eltrons esto firmemente
ligados a seus ncleos (ou a suas estruturas moleculares),
dificultando a conduo de eletricidade. Os isolantes tambm
so chamados de dieltricos.
MaterialPortadores de carga eltrica
Exemplo
Metais Eltrons livresCobre, ferro, alum-nio, etc.
Solues inicas
ons positivos ou negativos
Soluo de bateria, gua com sal, etc.
Gases ioniza-dos
Eltrons, ons po-sitivos e negativos
Superfcie do Sol, ionosfera da Terra, o gs das lmpadas fluorescentes, neon.
Tabela 1.1: Principais condutores eltricos e seus portadores de cargas eltricas.
3. ELETRIZAO
Normalmente, os objetos nossa volta possuem o
mesmo nmero de prtons e eltrons e no apresentam
propriedades eltricas (esto neutros). As propriedades
eltricas se manifestam quando um corpo perde ou ganha
eltrons. Um corpo fica eletrizado com carga negativa quando
ganha eltrons e eletrizado com carga positiva quando perde
eltrons.A carga total de um corpo sempre ser um mltiplo
inteiro da carga elementar:
Q = n e
Onde: n = nmero de prtons em excesso (n positivo) ou
nmero de eltrons em excesso (n negativo)
3. Eletrizao por atrito
Ao atritar corpos de diferentes materiais, permite-se que
alguns eltrons sejam transferidos de um material para outro.
Assim, os corpos adquirem cargas de mesmo mdulo (valor
numrico) e sinais opostos (um positivo e o outro negativo).
Condies para que ocorra a eletrizao por atrito:
Os corpos devem ser de materiais diferentes. Um deles deve ser isolante.
A srie a seguir apresenta uma ordem em que o material
ganha eltrons se for atritado com outro sua esquerda e
perde eltrons quando atritado com outro sua direita (srie
triboeltrica):
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Perde eltrons Ganha eltrons
(positivo) vidro - l - seda - algodo - mbar - enxofre - metais (negativo)
4. Eletrizao por Contato
Ocorre por meio do contato de um corpo eletrizado com um
corpo neutro ou entre dois corpos j eletrizados.
Se os dois corpos so condutores, a carga eltrica se distribuir uniformemente pela superfcie de ambos.
Se um dos corpos for isolante, a carga no se distribuir por sua superfcie, mantendo-se na regio de contato.
Aps o contato, os corpos adquirem cargas de mesmo sinal (a no ser quando o contato ocorre entre dois
corpos de cargas de mesmo mdulo e sinais contrrios,
neste caso os corpos ficam neutros aps o contato).
Qualquer condutor eletrizado fica neutro quando entra em contato com o solo. Chamamos esta ligao de fio terra
ou aterramento.
A figura 1.1 apresenta o smbolo do aterramento.
Figura 1.1: Smbolo do fio terra.
5. Eletrizao por induo:
Neste tipo de eletrizao no h contato entre os
corpos. Um corpo eletrizado (indutor) aproximado de um
corpo neutro (induzido). Esta aproximao provocar um
movimento de cargas negativas no induzido.
Figura 1.2: Sequncia de aproximao indutor negativo e induzido.Fonte: http://www.rc.unesp.br/showdefisica/99_Explor_Eletrizacao/paginas%20htmls/Eletriza%C3%A7%C3%A3o%20por%20indu%C3%A7%C3%A3o.htm
Uma fora de atrao surgir entre o indutor e o induzido.
Para eletrizar o induzido, devemos aterr-lo, mantendo o in-
dutor ainda prximo. Em seguida, desliga-se o aterramento e
afasta-se o indutor. O induzido estar eletrizado.
Figura 1.3: Sequncia de aterramento do induzido e consequente eletrizaoFonte: http://www.rc.unesp.br/showdefisica/99_Explor_Eletrizacao/paginas%20htmls/Eletriza%C3%A7%C3%A3o%20por%20
indu%C3%A7%C3%A3o.htm
Observaes:
O indutor poder ser condutor ou isolante; O induzido dever ser condutor para poder ser eletrizado; Caso o induzido seja isolante, a separao das cargas s acontece no nvel de suas molculas. Isto , ele no
eletrizvel e passar a ter polos (negativo e positivo)
durante o tempo em que o indutor estiver prximo a ele
e sendo tambm atrado pelo indutor. o que acontece
quando esfregamos uma caneta no cabelo (eletrizao
por atrito) e a usamos para atrair pequenos pedaos de
papel (induo).
6. LEI DE COULOMB
A Lei de Coulomb usada para determinar o mdulo
da fora eltrica F (grandeza vetorial) que atua entre duas
cargas eltricas Q e q pontuais (que ocupam um ponto)
separadas por uma distncia d. Se as duas cargas tiverem
o mesmo sinal, ento a fora ser repulsiva. Caso os sinais
sejam opostos, ser atrativa.
Para simplificar as equaes, ser usada a letra da
varivel (F) sem a indicao vetorial (F ) quando se tratar de
mdulo de uma grandeza vetorial. O mdulo da fora eltrica
dado por:
Onde: F= fora eltrica (Newton - N); d = distncia entre
as cargas (metro - m); k = constante da Lei de Coulomb
(N.m2/C2). No vcuo, k0 = 9,0 . 109N.m2/C2.
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CAOnde: E = campo eltrico (newton/Coulomb - N/C ou volt/metro - V/m)
2. CAMPO ELTRICO GERADO POR UMA CARGA PONTUAL
Sabendo que para duas cargas pontuais Q e q separadas
por uma distncia d o mdulo da fora eltrica F dado por:
Logo, o mdulo do campo eltrico que a carga Q gera
no local onde foi colocada uma carga de prova q pode ser
dado por:
2
2
d
Qk
q
d
Qqk
E
Note que, segundo essa expresso, o campo eltrico
no depende do valor da carga de prova q. Essa expresso
til, portanto, para calcular o campo eltrico em um ponto
qualquer a uma distncia d de uma carga qualquer Q, como
mostra a figura abaixo:
Figura 2.2: Campos eltricos E gerados por uma carga Q em um ponto.
O clculo do campo eltrico em um ponto a uma d que
est sob a influncia de vrias cargas eltricas realizado a
partir da soma vetorial dos campos eltricos de todas as
cargas.
3. LINHAS DE CAMPO OU LINHAS DE FORA
Linhas de campo ou linhas de fora so linhas que
representam a distribuio do campo eltrico no espao.
Algumas caractersticas das linhas de campo so:
O vetor campo eltrico E tangente s linhas de campo e tem o mesmo sentido que elas.
Figura1.4: Fora eltrica da carga Q sobre cargas q.
CAPTULO 2: CAMPO E POTENCIAL ELTRICO
1. CAMPO ELTRICO
a regio do espao onde uma carga eltrica Q tem
influncia. Isto , nessa regio, uma fora eltrica F pode
surgir em uma carga eltrica q (chamada carga de prova) se
ela for colocada l. Toda carga eltrica cria em torno de si um
campo eltrico .
Figura2.1: Campos eltricos E gerados por cargas Q
O sentido do campo eltrico de uma carga Q depende do seu
sinal.
Se Q for positivo, ento o campo sai da carga Se Q for negativo, o campo entra na carga
A fora eltrica em uma carga de prova tem:
a mesma direo e sentido do campo caso a carga seja positiva
a mesma direo e sentido contrrio caso a carga seja negativa
O campo eltrico sobre uma carga q sofrendo a ao
de uma fora eltrica F pode ser dado por:
E =F
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O mdulo (ou intensidade) do campo eltrico proporcional ao nmero de linhas de campo distribudas
numa determinada rea.
As linhas de campo saem das cargas positivas e entram
nas cargas negativas.
Figura2.3: Configuraes espaciais das linhas de campo gerados
por uma ou duas cargas eltricas.
4. CAMPO ELTRICO UNIFORME
Um campo eltrico uniforme quando seus vetores tm
o mesmo mdulo, direo e sentido em qualquer posio
do espao onde o campo eltrico exista. O campo eltrico
uniforme representado por linhas paralelas. Placas paralelas
eletrizadas com cargas eltricas de sinais contrrios geram
um campo eltrico uniforme em seu interior.
Figura 2.4.: Placas paralelas eletrizadas gerando campo eltrico
uniforme.
5. ENERGIA POTENCIAL ELTRICA RELATIVA A DUAS CARGAS PUNTIFORMES
Suponha um sistema composto por duas cargas eltricas
puntiformes, separadas por uma distncia d. Sabe-se que
existe uma energia associada a esse sistema por que a fora
eltrica pode provocar o deslocamento dessas cargas. Essa
energia, chamada de energia potencial eltrica, pode ser dada
por:Ep =
Onde: Ep = Energia potencial eltrica (joule - J)
Figura 2.5: A energia potencial eltrica (ou energia eltrica) a energia associada a um conjunto de cargas eltricas e distncia que as separa.
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CAEm um sistema constitudo por vrias cargas. O potencial eltrico num ponto p qualquer dado pela soma escalar dos
potenciais eltricos de todas as cargas.
8. DIFERENA DE POTENCIAL ELTRICO (DDP OU TENSO)
Se uma carga eltrica se desloca de um ponto A para
um ponto B na presena de um campo eltrico, uma fora
eltrica realizar trabalho sobre essa carga (aumentando
ou diminuindo sua quantidade de energia eltrica). Assim,
afirma-se que h uma diferena de potencial eltrico (ddp)
entre A e B que corresponde quantidade de energia que cada
unidade de carga ganha ou perde devido ao deslocamento.
Figura 2.7: A ddp entre os pontos A e B corresponde ao trabalho da fora
eltrica para cada unidade de carga levada do ponto A ao ponto B.
V =AB TABq
ou
V =ABAB
Onde: VAB = ddp (volt - V); TAB = trabalho da fora
eltrica (joule - J), dAB= distncia entre A e B prxima da
carga (metro m).
A ddp entre os pontos A e B tambm pode ser dada por:
VAB = VA - VBOnde: VA = potencial em A (V); VB = Potencial em B (V)
9. SUPERFCIES EQUIPOTENCIAIS
Superfcies equipotenciais so superfcies onde o potencial
eltrico constante. Assim, a ddp entre dois pontos de uma
mesma superfcie equipotencial nula. Todo ponto situado
mesma distncia R de uma carga eltrica, por exemplo, tem
o mesmo potencial. Alm disso, as linhas de campo eltrico
sem preso normais (formam 90) com as superfcies
equipotenciais.
6. POTENCIAL ELTRICO
Uma carga eltrica qualquer produz uma influncia
no espao a sua volta chamada de campo eltrico. Nessa
regio, uma partcula carregada ficar sujeita a uma fora
eltrica que poder realizar um trabalho sobre ela. Portanto,
essa partcula, sob a influncia do campo eltrico, possuir
uma energia potencial eltrica (que igual ao trabalho que
a fora eltrica pode realizar para lev-la ou traz-la de bem
longe). Essa energia potencial armazenada sobre a carga
eltrica que se encontra no campo eltrico proporcional
quantidade de carga que ela tem. Assim, se outra partcula
com o dobro de carga for colocada no mesmo ponto, ela
armazenar o dobro de energia eltrica do que a primeira.
Dizemos ento que neste ponto h um potencial eltrico
dado pela quantidade de energia eltrica adquirida para
cada unidade de carga posicionada sobre ele:
V = Ep
Onde: V