apostila de botanica

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Projeto Universidade para Todos Secretaria da Educação do Estado da Bahia BIOLOGIA MÓDULO I 1 BOTÂNICA As plantas são organismos eucariontes, fotossintetizantes (autótrofos), multicelulares e com diferenciação de tecidos. O ramo da biologia que estuda as plantas é a Botânica. A história da evolução das plantas na conquista do ambiente terrestre tem com ancestral as algas verdes (clorofíceas). Por mais de 500 milhões de anos as algas ficaram limitadas a água, devido ao processo de reprodução ser dependente dela. Para ganhar o ambiente terrestre muitas estruturas foram providenciada para evitar a dessecação e a exposição a radiação ultravioleta, tais como a presença de celulose e a presença de clorofila a como pigmento fotossintetizante, clorofila b e carotenóides como pigmentos acessórios. Ao ocuparem o meio terrestre, os vegetais sofreram muitas adaptações morfológicas necessárias à sua sobrevivência, a saber: Cutícula, relativamente impermeável, nas superfícies externas para evitar a perda excessiva de água; Presença de estômatos, que são células epidérmicas modificadas, responsáveis por manter as trocas gasosas (CO 2 ; H 2 O e O 2 ) entre o interior da planta e o ambiente. Domínio da fase diplóide sobre a haplóide, dependente de água. Estrutura de suporte, os tecidos vasculares (xilema e floema), que permitiriam o crescimento vertical das plantas no ambiente terrestre, resultando hoje nas árvores. Presença de sementes. Este fato foi responsável pela adaptação da prole ao ambiente terrestre, uma vez que seu embrião fica dentro de um meio desidratado rico em alimento e envolvido por um revestimento protetor, ficando inativo até que as condições do meio sejam favoráveis a germinação. No final do século XIX, as plantas foram divididas em dois grandes grupos: criptógamas e fanerógamas. O termo Criptógamas (do grego kryptos = escondido e gamos = gametas) significa “órgãos reprodutivos escondidos”. Já o termo fanerógamo (do grego phaneros = visível e gamos = gametas) significa “órgãos reprodutivos evidentes”. As plantas Fanerógamas são também conhecidas como Espermatófitas (do grego sperma = sementes e phyton = planta) que significa plantas com sementes, que são divididas em dois grupos: Gimnospermas, plantas de sementes nuas e desprovidas de frutos e Angiospermas que são plantas que as sementes estão contidas (protegidas) dentro dos frutos. As plantas são também classificadas conforme a presença de vasos condutores de seiva, sendo denominadas de avasculares, isto é, sem vasos condutores, como é o caso das briófitas e as vasculares, que apresentam os vasos condutores. AS PLANTAS E OS CICLOS DE VIDA O ciclo de vida das plantas inicia com o esporófito diplóide que sofre meiose para produzir esporos haplóides (fique atento que não são gametas!). A meiose ocorreu anteriormente nas estruturas denominadas de esporângios, onde as células mãe-de-esporos (diplóide) após sofrem sucessivas divisões produziram cada uma quatro esporos haplóides. Os esporos dividem-se por mitose, produzindo um gametófito, haplóide multicelular. Nessa fase conhecida como gametofítica são produzidos gametas haplóides por mitose que fundem-se formando o zigoto e posteriormente o embrião (diplóide). Este transforma-se em esporófito haplóide, produzindo o esporângio, também haplóide por meiose, voltando ao início do ciclo (figura1). Figura 1 - Ciclo de vida das plantas com alternância de gerações (haplóide e diplóide). Apesar das plantas apresentarem um ciclo haplodiplobionte, a geração haplóide é responsável pela maior parte do ciclo de vida em musgos, ao contrário do que

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Apostila de botanica

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  • Projeto Universidade para Todos

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    1

    BOTNICAAs plantas so organismos eucariontes, fotossintetizantes

    (auttrofos), multicelulares e com diferenciao de tecidos. O

    ramo da biologia que estuda as plantas a Botnica.

    A histria da evoluo das plantas na conquista do

    ambiente terrestre tem com ancestral as algas verdes

    (clorofceas). Por mais de 500 milhes de anos as algas

    ficaram limitadas a gua, devido ao processo de reproduo ser dependente dela. Para ganhar o ambiente terrestre muitas

    estruturas foram providenciada para evitar a dessecao e

    a exposio a radiao ultravioleta, tais como a presena

    de celulose e a presena de clorofila a como pigmento fotossintetizante, clorofila b e carotenides como pigmentos acessrios. Ao ocuparem o meio terrestre, os vegetais

    sofreram muitas adaptaes morfolgicas necessrias sua sobrevivncia, a saber:

    Cutcula, relativamente impermevel, nas superfcies externas para evitar a perda excessiva de gua;

    Presena de estmatos, que so clulas epidrmicas

    modificadas, responsveis por manter as trocas gasosas (CO2; H2O e O2) entre o interior da planta e o ambiente.

    Domnio da fase diplide sobre a haplide, dependente

    de gua.Estrutura de suporte, os tecidos vasculares (xilema e

    floema), que permitiriam o crescimento vertical das plantas no ambiente terrestre, resultando hoje nas rvores.

    Presena de sementes. Este fato foi responsvel pela adaptao da prole ao ambiente terrestre, uma vez que seu

    embrio fica dentro de um meio desidratado rico em alimento e envolvido por um revestimento protetor, ficando inativo at que as condies do meio sejam favorveis a germinao.

    No final do sculo XIX, as plantas foram divididas em dois grandes grupos: criptgamas e fanergamas. O termo

    Criptgamas (do grego kryptos = escondido e gamos =

    gametas) significa rgos reprodutivos escondidos. J o termo fanergamo (do grego phaneros = visvel e gamos

    = gametas) significa rgos reprodutivos evidentes. As plantas Fanergamas so tambm conhecidas como

    Espermatfitas (do grego sperma = sementes e phyton = planta) que significa plantas com sementes, que so divididas em dois grupos: Gimnospermas, plantas de sementes nuas e

    desprovidas de frutos e Angiospermas que so plantas que

    as sementes esto contidas (protegidas) dentro dos frutos.

    As plantas so tambm classificadas conforme a presena de vasos condutores de seiva, sendo denominadas de

    avasculares, isto , sem vasos condutores, como o caso

    das brifitas e as vasculares, que apresentam os vasos condutores.

    AS PLANTAS E OS CICLOS DE VIDA

    O ciclo de vida das plantas inicia com o esporfito diplide que sofre meiose para produzir esporos haplides

    (fique atento que no so gametas!). A meiose ocorreu anteriormente nas estruturas denominadas de esporngios,

    onde as clulas me-de-esporos (diplide) aps sofrem

    sucessivas divises produziram cada uma quatro esporos

    haplides. Os esporos dividem-se por mitose, produzindo

    um gametfito, haplide multicelular. Nessa fase conhecida como gametoftica so produzidos gametas haplides por

    mitose que fundem-se formando o zigoto e posteriormente

    o embrio (diplide). Este transforma-se em esporfito haplide, produzindo o esporngio, tambm haplide por

    meiose, voltando ao incio do ciclo (figura1).

    Figura 1 - Ciclo de vida das plantas com alternncia de geraes

    (haplide e diplide).

    Apesar das plantas apresentarem um ciclo

    haplodiplobionte, a gerao haplide responsvel pela maior parte do ciclo de vida em musgos, ao contrrio do que

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    ocorre com as gimnospermas e angiospermas. Nos musgos,

    hepticas e samambaias, o gametfito o que se v a olho nu, sendo responsvel pela fotossntese. Na maioria das plantas vasculares os gametfitos so muito menores que o esporfito. Em plantas com sementes, os gametfitos so dependentes dos esporfitos, ou seja, quando observamos uma gimnosperma ou angiosperma o que vemos um

    esporfito, responsvel pela nutrio ( fotossntese e absoro de gua e nutrientes) do gametfito.

    BRIFITAS

    Existem cerca de 24.700 brifitas, sendo o grupo composto por organismos bem simples. No possui vasos

    condutores, o que limita o seu porte, que bastante pequeno

    e no ultrapassa 7cm de altura. Os gametfitos so mais evidentes que os esporfitos e em algumas vezes apresentam a cor acastanhada ou cor de palha na maturidade (detalhe da

    figura 2). Esses organismos so encontrados em meio aqutico

    doce e terrestre mido, sendo abundantes nas regies

    tropicais e temperadas. Assim como as algas, o corpo das

    brifitas um talo, mas com duas diferenas bsicas:Nas brifitas os talos apresentam tecidos simples e

    organizados, mas com a ausncia do tecido condutor;Suas clulas apresentam muitos cloroplastos, enquanto

    que nas algas geralmente existe um por clula.

    As brifitas so classificadas em trs divises: 1) as hepticas (diviso Hepatophyta); 2) antceros (diviso Anthocerotophyta) e musgos (diviso Bryophyta) no entanto todas so vulgarmente chamadas de brifitas.

    Estes vegetais no possuem razes, caule e folhas

    verdadeiras, mas apresentam estruturas morfologicamente

    semelhantes raiz (rizides) que consiste de vrias clulas que absorvem a gua por osmose, as folhas (filides) que apesar aparncia superficial verde e a lmina achatada esses filides tm pouco em comum com as folhas verdadeiras, pois no apresentam feixe vascular ou estmatos, sendo

    formadas por clulas haplides. Por fim, temos o caule denominado de caulide (detalhe figura 2). A reproduo das brifitas apresenta alterao de geraes. Na fase inicial: sexuada GAMETOFTICA- ocorre formao dos gametas. Esta fase permanente ou duradora, que sucedida por uma

    fase assexuada ESPOROFTICA- ocorre a formao de esporos. Esta a fase transitria.

    Ciclo reprodutivo das brifitas

    O ciclo reprodutivo das brifitas inicia com duas brifitas adultas que apresentam a capacidade de produzir gametas, por isso so chamadas de gametfitos. Existe um gametfito masculino e outro feminino. No pice do gametfito masculino encontra-se o anterdio, uma estrutura responsvel por formar os gametas masculinos, denominados de anterozides. No momento que o anterdio est maduro ele se rompe e libera os anterozides (haplides), que so

    biflagelados e se deslocam em meio aquoso na direo do gameta feminino, a oosfera.

    No pice do gametfito feminino encontra-se uma estrutura responsvel pela formao dos gametas feminino, que o arquegnio. Esse arquegnio produz uma substncia

    qumica que atrai os anterozides para a oosfera (que

    haplide). Esse processo denominado de Quimiotactismo

    positivo. Quando ocorre a fuso do anterozide com a oosfera,

    formar uma clula ovo ou ZIGOTO (2n), que dividi-se por mitose e desenvolve-se o ESPORFITO que apresenta em seu pice uma cpsula, que por meiose formar os esporos. Quando o esporngio est maduro, rompe o oprculo e libera os esporos, que caindo no solo mido germina, formando

    filamento verde, o PROTONEMA, que se desenvolve dando origem a um novo gametfito (Figura. 2).

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    Ciclo reprodutivo das pteridfitas

    O ciclo reprodutivo das pteridfitas comea com um adulto que apresenta raiz, caule (rizoma) e folha. Essa

    pteridfita adulta produz esporos por meiose em uma estrutura chamada de esporngio. Quando os esporngios

    sofrem a ruptura liberam os esporos que caem no solo mido

    e germinam. Cada esporo germinado d origem a uma lmina verde em forma de folha, que o PROTALO. O protalo ir formar gametas, portanto, denominado de gametfito. Na fase inferior do protalo encontra-se o anterdio, que a

    estrutura responsvel pela formao do gameta masculino, o anterozide. Na regio mais acima do anterdio encontra-

    se o arquegnio, que a estrutura responsvel por formar o gameta feminino, a oosfera. Quando ocorre a fuso do

    anterozide com a oosfera forma o zigoto (2n), que originar o esporfito, que desenvolve retirando os nutrientes do solo. Com isso, a medida que o esporfito se desenvolve o protalo regride progressivamente e desaparece ficando apenas um novo esporfito adulto (figura 3).

    Observe no ciclo de vida que tanto o gametfito quanto o esporfito so fotossinttica ativa e podem viver de forma independente. A gua necessria a fertilizao, pois os gametas so liberados na parte inferior do gametfito e nadam no solo mido para os gametfitos vizinhos.

    Figura 2. Ciclo reprodutivo das brifitas, no detalhe o musgo do gnero Polytrichum (As folhas pertencem ao gametfito. As hastes marrom-amarelada e a

    cpsula juntos formam o esporfito, enquanto apenas a cpsula o esporngio). Raven e Johnson (livro Biology,2002).

    V = comprimento x altura x largura

    PTERIDFITAS

    As pteridfitas foram s primeiras plantas vasculares, sendo a maioria representada pelas samambaias, com cerca

    de 12.000 espcies vivas. O registro fssil indica que elas se originaram durante o perodo Devoniano, cerca de 350 milhes de anos atrs e tornou-se abundante e variada no perodo Carbonfero at o presente momento. Segundo

    Raven, no seu livro de Biologia Vegetal, h cerca de 11.000 espcies de samambaias atuais, sendo o mais diverso grupo

    depois das angiospermas. Isso ocorre devido presena de tecidos de sustentao que permitiu que elas se mantivessem

    eretas e possibilitou o aparecimento de espcies com porte

    arbustivo. A existncia de vasos (xilema e floema) possibilitou tambm o transporte mais eficiente de gua e sais minerais at as folhas, e de seiva elaborada das folhas para as demais

    partes da planta.

    Nas samambaias, o esporfito apresenta um caule horizontal, denominado de rizomas, cujas razes emergem

    aos lados. As folhas geralmente se desenvolvem na ponta

    dos rizomas, sendo enroladas quando jovens. A maioria das

    samambaias so homosporadas, ou seja, produzem distintos

    esporngios, geralmente aglomerados e denominados de

    soros, encontrados normalmente na face adaxial das folhas.

    Os soros muitas vezes durante o seu desenvolvimento so

    protegidos por uma pelcula transparente, que a princpio

    pode ser confundido com um infeco na planta.

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    Figura 3. Ciclo de vida da pteridfita, tendo com modelo a samambaia.

    GIMNOSPERMAS

    A conquista definitiva do ambiente terrestre pelas plantas ocorreu quando elementos que permitiram a independncia

    da gua para a reproduo, isso devido ao surgimento dos gros de plen, dos vulos e das sementes.

    As primeiras traquefitas (plantas dotadas sistemas vas-culares, com tecidos condutores especializados: xilema e flo-ema, que asseguram a circulao interna de gua, nutrientes e produtos do metabolismo fotossinttico) que apresentaram

    essa condio foram as Gimnospermas. H quatro divises das Gimnospermas com representantes atuais: Cycadophyta (cicadceas), Ginkgophyta, (ginkgo) Coniferophyta (confe-

    ras) e Gentophyta (gentfitas). O nome Gimnosperma signifi-ca semente nua. Essa uma das principais caractersticas das plantas pertencentes a essas quatro divises.

    A mais conhecida das gimnospermas so os pinheiros

    do gnero Pinus que esto amplamente distribudos pela

    Amrica do Norte, sia e todo o hemisfrio Sul. Segundo

    Raven (2007) h cerca de 90 espcies de Pinus entre as conferas atuais que apresentam um arranjo foliar nico, cuja

    forma muito semelhante agulhas. Esse formato das folhas de Pinus assim como de outras conferas so adaptaes

    para crescer em condies de estresse hdrico, devido ao

    solo congelado na maior parte do ano. As folhas e outras

    partes do esporfito tm canais em que em torno das clulas

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    Gnetophyta eles diferem entre si pelas suas caractersticas, como supracitada. No entanto, esses gneros apresentam

    muitas caracterstica semelhantes as angiospermas, tais

    como: similaridades dos estrbilos com as inflorescncias das angiospermas, presena de elementos de vaso anlogos aos do xilema e ausncia de arquegnio em Gnetum e

    Welwitschia. Embora as semelhanas com angiospermas, estudos recentes, afirmam que nesses grupos as caractersticas derivaram de maneira independente ao longo

    do processo evolutivo.

    Figura 4. Encephalartos transvenosus, uma Cycadophyta africana

    (A); Welwitschia mirabilis, uma espcie dos trs gneros da Gnetophyta (B);

    Ginkgo biloba, o nico exemplar vivo que representa o filo Ginkgophyta (C).

    Imagens retiradas do livro Biologia Vegetal, Raven (2007).

    CICLO REPRODUTIVO DAS GIMNOSPERMAS

    Nas Gimnospermas, os elementos relacionados reproduo sexuada (gros de plen e vulos) encontram-se

    em estruturas denominadas de estrbilos. H os estrbilos femininos que abrigam os vulos e os estrbilos masculinos

    onde desenvolvem os gros de plen. Os esporos femininos

    so denominados de megsporos e os masculinos

    de micrsporos. O ciclo reprodutivo da maioria das

    gimnospermas leva apenas um ano, exceto pelas espcies

    do gnero Pinus. Assim, para a maioria das espcies de

    conferas as sementes so produzidas na mesma estao

    em que os vulos so fecundados, sendo que o tempo entre

    a polinizao e a fecundao varia entre trs dias a trs ou

    quatro semanas, em vez de 15 meses aproximadamente, como visto no ciclo da figura 5.

    O ciclo reprodutivo das Gimnospermas comea com uma planta adulta, denominada de ESPORFITO (2n). Nela encontra-se o estrbilo masculino (microstrbilos) e o

    estrbilo feminino (megastrbilos). Os microstrbilos so

    geralmente pequenos com 1 a 2 cm de comprimento e so conhecidos popularmente como pinho.Nele observam-

    se os microsporfilos, que uma estrutura espiralada , onde so produzidos os microsporngios ou clulas-me

    so secretadas resinas que impedem a perda de gua, ataque de insetos e fungos.

    No Brasil, as Matas de Araucrias, comuns nas regies mais frias do Brasil, como Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, apresentam uma das mais valiosas espcies da famlia Araucariaceae, pois at recentemente eram

    conhecidos apenas dois gneros sobreviventes da famlia

    Agathis e Araucaria, sendo a exemplar brasileira conhecida como de pinheiro-do-paran (Araucaria angustifolia). Nos Estados Unidos a espcie de confera que chama ateno

    pela altura, recebendo o ttulo de espcie vegetal mais

    alta do planeta, com 115 metros de altura a Sequoia sempervirens.Outros filos importantes de gimnospermas so as Cycadophyta, Ginkgophyta e Gnetophyta.

    As Cycadophyta so plantas semelhantes a palmeiras, encontradas nas regies tropicais e subtropicais, apresentam

    um crescimento lento devido ao crescimento secundrio a partir do cmbio vascular. As cicadfitas atuais esto representadas por 11 gneros e 140 espcies. Essas gimnopermas,normalmente, abrigam cianobcterias e desempenham um papel importante na fixao de nitrognio nos locais de ocorrncia, como por exemplo jardins ( Figura

    4a). No filo Ginkgophyta o nico membro vivo a espcie Ginkgo biloba (Figura 4c). O Ginkgo uma rvore diica, isto , que apresenta as estruturas de reproduo masculina e

    feminina em indivduos separados, com crescimento lento

    atingindo a altura de aproximadamente 30 metros ou mais; suas folhas apresentam uma colorao dourada antes da

    senescncia, que ocorre no outono. Segundo o Raven (2007)

    provvel que no haja nenhuma populao natural de Ginko em nenhuma parte do mundo, sendo introduzida em parques

    e jardins, principalmente por ser uma espcie resistente

    poluio area. Por fim, temos o filo Gnetophyta que compreende trs gneros: Gnetum, Ephedra e Welwitschia. O gnero Gnetum apresenta cerca de 30 espcies encontradas nos trpicos midos, sendo representado por rvores e trepadeiras com folhas grandes e coriceas. Cerca de 35 espcies do gnero Ephedra so constitudas por arbustos

    com folhas pequenas e escamiformes, habitando regies

    ridas e semi-ridas do mundo. O ltimo gnero, Welwitschia apresenta as espcies mais estranhas, pois ficam enterradas nos solos arenosos, deixando apenas exposta na superfcie

    um disco macio e lenhoso de onde parte duas folhas com

    forma de fita que se prolonga pelo cho com o passar dos anos (Figura 4b).

    Apesar da relao existente entre os gneros do filo

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    de micrsporos. Na primavera os microsporcitos sofrem

    meiose e cada microsporcitos se desenvolve num gro de

    plen alado, constitudo de quatro clulas, sendo duas clulas

    protalares, uma clula geradora e uma clula do tubo. Esse

    gro de plen corresponde ao gametfito masculino, que ser liberado e dissipado pelo vento.

    Os megastrbilos dos pinheiros so muito maiores quando

    comparado ao masculino e popularmente so conhecidos

    como pinha. No megastrbilo tem-se a escama ovulfera cada uma portando dois vulos na sua parte superior e uma escama bracteal estril, que fica localizada na poro inferior. Cada vulo consiste em um megasporngio rodeado

    por um tegumento macio com uma abertura, a micrpila.

    Cada Megasporngio contm um s megasporcito ou clula-me de megsporo, que sofre meiose, dando origem a quatro megsporo. Contudo, somente um desses megsporo funcional; e os outros trs mais prximos da micrpila logo degeneram. O megsporo funcional se divide por sucessivas mitoses originando o megagametfito, onde se diferenciam os arquegnios, geralmente em nmero de

    dois ou trs por vulo. Com a formao do tubo polnico h uma diviso mittica da clula generativa, que ir originar a

    clula estril e a clula espermatognica. E, seguida, pouco

    antes de o tubo polnico atingir o gametfito feminino, a clula espermatgena dividi-se por mitose e origina as duas clulas

    espermticas, completando assim o amadurecimento do gametfito masculino.

    Com a polinizao, o tubo polnico atinge a oosfera e

    suas membranas fundem-se. Uma das clulas espermticas degenera, e o ncleo da outra se funde ao ncleo da

    oosfera. Normalmente so fecundadas as oosferas de

    todos os arquegnios presentes no megagametfito e dois ou trs zigotos comea, a se desenvolver. Na maioria das

    vezes, ocorre apenas de um embrio conseguir completar

    o desenvolvimento, nutrido pelas clulas do gametfito feminino ao seu redor.

    O tegumento do vulo consiste de trs camadas

    celulares, uma das quais endurece e origina a casca da

    semente. Quando esta semente amadurece, o embrio em

    seu interior j apresenta primrdios de raiz, caule e oito folhas embrionrias, denominadas de cotildones. Nesse estgio, a semente desprende-se do estrbilo feminino e cai no solo,

    onde germinar.

    Figura 5- Ciclo de vida das gimnospermas, tendo com modelo o pinheiro (gnero Pinus)

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    ANGIOSPERMAS

    Com a maior diversidade de espcies e maior distribuio

    na vegetao mundial, as Angiospermas (do grego angion

    = vaso, e sperma = semente) so caracterizadas pela

    presena de flores e frutos. Ao longo da histria evolutiva, as Angiospermas so um grupo de plantas com sementes

    que apresentam caractersticas peculiares: flores, frutos e caracterstica no seu ciclo de vida que so prprias do

    grupo. Acredita-se que as Angiospermas atuais so todas

    descendentes de um ancestral comum, possivelmente um

    antigo integrante das Gimnospermas. H duas grandes, as Monocotiledneas, com cerca de 90.000 espcies e as Eudicotiledneas, com pelo menos 200.000 espcies. As

    monocotiledneas incluem plantas como gramas, lrios, ris,

    orqudeas e palmeiras. Enquanto, as eudicotiledneas so

    mais diversificadas e incluem aproximadamente todas as rvores e arbustos que conhecemos, exceto pelas conferas estudas acima.

    Assim como as Pteridfitas e Gimnospermas, as Angiospermas tambm possuem o esporfito como fase duradoura, a planta em si. Os gametfitos reduzidos, assim como nas Gimnospermas, tambm se desenvolvem sobre o esporfito, s que agora em estruturas reprodutivas especializadas as flores. As flores exibem uma diversidade de formas, tamanhos, texturas. H ainda as que esto agrupadas de diversas formas, formando verdadeiros buqus

    naturais, sendo denominados de inflorescncias. O eixo da inflorescncia, que a conecta com o caule denominado de pednculo, enquanto que os eixos das flores individuais de uma inflorescncia conhecido como pedicelo..

    A flor uma estrutura especializada muitas possuem folhas frteis produtoras de esporngios e folhas estries, que no produzem esporos. Uma flor completa apresenta quatro conjuntos de folhas especializadas, cada um deles

    constituindo um verticilo. Os verticilos florais so:

    Verticilos externos ou protetores Verticilos Internos ou

    reprodutores

    Clice - formado por spalas.

    Androceu - formado por estames.

    Corola - formada de ptalas.

    Gineceu - formado pela fuso de folhas carpelares.

    O androceu (do grego andros, homem, e oikos,

    casa) o conjunto e folhas frteis formadoras do gro de

    plen. Ele formado por unidades denominadas de estames.

    Cada estame consta de duas partes: Filete um filamento longo que fixa na base da flor; Antera uma dilatao na ponta do filete e onde so produzidos os gros de plen. O gineceu formado pela fuso de folhas modificadas, chamadas carpelos ou folhas carpelares. Essa estrutura

    que melhor define a flor. Ele apresenta uma poro basal dilatada, que corresponde ao ovrio (no interior do qual est os vulos) e uma poro alongada chamada de estilete une

    o ovrio ao estigma, poro apical do gineceu.

    Figura 6. Diagrama floral de uma angiosperma.

    A diversidade de formas das flores permitiu mecanismos diversificados de polinizao. Provavelmente o grande sucesso das Angiospermas est ligado co-evoluo entre as flores e os polinizadores. Enquanto, nas Gimnospermas a polinizao ocorre apenas pelo vento, nas Angiospermas,

    alm da polinizao pelo vento (anemofilia) ou pela gua (hidrofilia), tem-se a polinizao feita pelos animais como insetos (entomofilia), aves principalmente os beija-flores (ornitofilia) e morcegos (quiropterofilia). H tambm muitas espcies hermafroditas, que possibilita a autofecundao.

    Contudo, h tambm muitas espcies vegetais que desenvolveram mecanismo dificultam a autofecundao, como a formao de gros de plen e oosferas em pocas

    distintas, isso possibilita a fecundao cruzada, ou seja,

    entre flores diferentes, e normalmente, as plantas polinizadas por animais apresentam ptalas.

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    Quando ocorre a fecundao, o gro de plen prende-

    se ao estigma da flor. O estigma produz substncia viscosa que facilitam a aderncia do gro de plen. Quando o gro

    de plen umedecido pelo estigma comea a germinar formando o tubo polnico, que penetra no estilete em direo

    ao ovrio, onde est o vulo. O ncleo da clula vegetativa, do gro de plen, degenera e a clula geradora sofre diviso

    mittica, dando origem a dois ncleos espermticos. Estes

    so os gametas masculinos, e o tubo polnico o gametfito masculino maduro.

    Quando o tubo polnico atinge o vulo, um dos ncleos

    espermticos une-se oosfera, dando origem ao zigoto diplide e outro se funde com os dois ncleos polares, dando

    origem a um ncleo triplide (3n). Essa uma caracterstica exclusiva das Angiospermas, a dupla fecundao. O zigoto

    (2n) d origem ao embrio, que dar origem a outro indivduo diplide ( esporfito) e o ncleo triplide dar origem ao endosperma ou albmen, que a reserva nutritiva do

    embrio.O desenvolvimento do embrio, do endosperma e

    demais partes do vulo forma a semente.

    Ciclo reprodutivo DAS ANGIOSPERMAS

    Nas anteras esto os esporngios, onde haver a formao de esporos por meiose. Cada esporo composto

    por clula haplide e envolto por revestimento rgido, inicia

    a formao do gametfito. Formam-se duas clulas: a vegetativa e a geradora. O conjunto formado por essas

    clulas protegidas pelo revestimento externo rgido o gro

    de plen, e este abriga o gametfito masculino imaturo. Nos carpelos, cada esporngio protegido por

    um tecido de revestimento chamado tegumento e o conjunto

    esporngio mais tegumento chamado de vulo. No

    esporngio feminino h formao por meiose de apenas um esporo haplide funcional, que se divide, dando origem ao

    gametfito feminino. Este formado por oito clulas, sendo que uma delas a oosfera e outras duas chamadas de ncleos

    polares.

    Figura 7- Ciclo de vida das angiospermas

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    MORFOLOGIA VEGETAL

    Assim como ns, as plantas tambm possuem rgos

    - raiz, caule, folha, flor, fruto e semente- e o ramo da botnica responsvel por estudar cada rgo, bem como suas particularidades a morfologia vegetal. Esses rgos

    so formados durante a germinao da semente devido diviso das clulas meristemticas apicais da raiz e do caule (figura 8). Observar a planta por dentro, ou seja, analisar a forma e funo anatmica de cada tecido entendendo como

    esses rgos so constitudos algo mais complexo, e que

    foge ao escopo dessa apostila. No entanto, necessrio compreender, mesmo que de forma sucinta, como uma

    semente pode torna-se uma frondosa rvore. O crescimento efetivado pela combinao de diviso

    e expanso celular, sendo os meristemas apicais da raiz

    e do caule responsveis por essa diviso. As clulas do meristema que se mantm em contnua diviso so

    chamadas de iniciais. As clulas iniciais se dividem de tal

    forma, que uma das clulas irms permanece no meristema

    como inicial, enquanto a outra se torna uma nova clula do

    corpo ou derivada. Essas clulas derivadas, por sua vez

    vo dividir-se prximo aos meristemas antes de ocorre a

    diferenciao, processo pelo qual as clulas que antes eram

    idnticas tornam-se diferentes, formando assim os tecidos.

    Essa organizao dos processos de diviso

    responsvel pelo crescimento contnuo das plantas, que de certa forma imprescindvel para a interao planta-

    ambiente, favorecendo o crescimento de ramos foliares

    em direo luz, o alongamento das razes na busca a gua e nutrientes,formao das flores como atrativo para a polinizao e produo de frutos e sementes para a

    disperso. Dessa forma, para entendermos a diversidade

    e as particularidades da morfologia desses rgos vamos

    estud-los separadamente.

    Figura 8. Estrutura geral de uma planta, mostrando a raiz e o caule em

    desenvolvimento primrio. Note que todas as partes da raiz e do caule so derivados da

    diviso celular do meristema apical da raiz e do caule. Adaptado de Simpson Michael ( livro

    Plant Sytemtics, 2006).

    GERMINAO DA SEMENTE: do embrio a planta

    adulta

    A formao do embrio essencialmente a mesma

    para todas as angiospermas, comeando o processo com

    sucessivas divises do zigoto no interior do saco embrionrio do vulo ( ver ciclo de vida das angiospermas).. Em todos os

    estdios de formao, o embrio recebe um fluxo contnuo de nutrientes da planta-me aos tecidos do vulo, isso permite

    um acmulo de reservas nutricionais no endosperma,

    formando os cotildones. Nas extremidades opostas do

    eixo do embrio esto o meristema apical do caule e da raiz,

    responsvel pelas divises celulares e o crescimento do embrio.

    O sistema caulinar embrionrio pode ser dividido em duas partes, sendo uma constituda pelo eixo caulinar

    denominado de epictilo, com uma ou mais folhas e o

    meristema apical acima (epi-) dos cotildones.E a outra

    com o eixo caulinar abaixo (hypo-) dos cotildones sendo

    conhecido como hipoctilo ( Figura 9). Na extremidade inferior do hipoctilo pode ocorrer uma raiz embrionria ou radcula, com caractersticas tpicas de raiz. A forma como o

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    sistema caulinar emerge na semente durante a germinao varia com a espcie, sendo conhecidos dois tipos de germinao: a

    epgea, na qual os cotildones so elevados acima do solo (Fig. 9a), e a hipgea na qual os cotildones permanecem abaixo do solo (Fig. (9b). No caso o milho o coleptilo empurrado at a superfcie do solo, onde aparece as primeiras folhas.

    No decorre da germinao as reservas nutricionais so digeridas e os produtos realocados para o desenvolvimento e

    estabelecimento da nova planta, que agora apresenta seus rgos definidos: raiz, caule e folhas(rgos vegetativos) flor, frutos e novas sementes ( rgos reprodutivos).

    Figura 9. A- Germinao da semente de feijo (Phaseolus vulgaris) do tipo epgea.B- Germinao da semente de milho (Zea mays) do tipo hipgea. Adaptado

    de Raven, Biologia Vegetal (2007).

    Raiz

    As razes, normalmente, tm como funo a fixao e absoro de sais minerais. So rgos subterrneos,

    aclorofilados, com ramificaes, e originados na radcula do embrio. No possuem gemas e, portanto no possuem

    ns e entrens. Algumas so capazes de armazenar reservas

    nutritivas (cenoura, nabo, beterraba, rabanete, mandioca,

    batata-doce etc.). H dois tipos de sistemas radiculares: sistema axial (ou pivotante), com uma raiz principal, comum a muitas plantas eudicotiledneas (cenoura, alface); e sistema fasciculado, que no possui raiz principal, formando um emaranhado de razes, comum nas monocotiledneas

    (cebolinha e milho). Na estrutura tpica da raiz podem-se

    reconhecidas as seguintes regies quando se olha do pice para a base:

    Zona meristemtica fica protegida por uma camada de clulas, a coifa, que protege a parte mais sensvel da raiz

    onde se do as divises celulares.

    Zona de alongamento ou distenso, onde as clulas

    recm-divididas aumentam de tamanho e empurram a ponta

    da raiz solo adentro.

    Zona de maturao, onde os tecidos da raiz se

    diferenciam e onde se localizam os plos absorventes.

    Zona de ramificaes. A regio entre a raiz e o caule a

    zona de transio, o colo.

    As razes de muitas plantas eudicotiledneas apresentam

    especializaes que as permite classific-las em diferentes tipos: (figura 9)

    Razes-escoras (ou raiz suporte) so razes que se desenvolvem a partir de certas regies do caule, e tem

    como funo aumentar a sustentao da planta em solos

    pouco firmes. Ex: milho Razes respiratrias (ou pneumatforos) so razes pro-jetadas para fora do solo e so adaptadas a realizao

    de trocas gasosas em ambiente pouco oxigenado, como

    os dos manguezais. Ex: espcies do gnero Avicennia (mangue-siriba ou mangue-preto).

    Razes areas crescem expostas ao ar e apresentam um revestimento chamado de velame, que uma epider-

    me multiestratificada capaz de absorver a umidade do ar. Ex: orqudeas.

    Razes sugadoras apresenta uma estrutura denomina-da de haustrio, responsvel fixao e extrao de ali-mentos (seiva elaborada) da planta hospedeira. Ex: cip-

    -chumbo (Cuscuta sp.). Razes tabulares- atingem grande desenvolvimento e apresentam o aspecto de tbuas perpendiculares ao solo, dando a planta maior estabilidade.

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    Figura 9. A- Raiz pivotante. B- Razes adventcias. C- raiz suporte. D- Razes sugadoras, com os haustrios. E- Raiz tuberosa da espcie Raphanus sativus.

    F- Raiz tabular da espcie Ficus rubiginosa. G. H- Razes respiratrias, tambm denominadas de pneumatforos da espcie Avicena germinans, tpica de mangue.

    Adaptado de Simpson Michael ( livro Plant Sytemtics, 2006)

    Caule

    O caule reconhecido como a parte area do vegetal

    e que sustenta as folhas, flores e frutos. Tem as funes de transportar, sustentao, armazenamento de reservas

    nutritivas e de reproduo vegetativa (assexuada). Os caules

    so constitudos por uma regio apical ou meristemtica, responsvel pelo seu desenvolvimento, a regio dos ns, onde se desenvolvem as folhas lateralmente, e a regio entre

    os ns, sem folhas, denominadas entrens.

    Assim como as razes, os caules tambm podem ser

    classificados em trs tipos bsicos: subterrneos, areos ou aquticos. Os representantes mais conhecidos dos caules areos so: troncos, estipes, colmos e hastes. H ainda os caules volveis, que so relativamente finos e longos, sendo denominados de volveis trepadores e rastejantes. Os caules

    subterrneos so responsveis pelo armazenamento de reservas nutritivas para a planta, especialmente amido, sendo

    muito utilizado pelo homem na alimentao, por exemplo: os

    rizomas, que crescem geralmente horizontal ao solo, emitindo

    brotos areos foliares e florferos, assim como razes, como no caso das bananeiras; os tubrculos que caracterizam-se por ser um caule que armazena grande quantidade de reserva

    nutritiva como o amido, tendo com principal exemplo a

    batata-inglesa; e por fim os bulbos que so formados por um eixo cnico que constitui o prato (caule), dotado de gema e

    rodeado por catafilos,que so folhas reduzidas como exemplo de bulbo temos o alho, onde os dentes so denominados de bulbilho, e a cebola, sendo a parte comestvel folhas

    modificadas, denominadas de catafilos suculentos.

    Existem outras adaptaes dos caules, como as gavinhas,

    que se enrolam ajudando a prender plantas trepadeiras, por

    exemplo, chuchu e maracuj; os claddios, que so caules verdes desprovidos de folhas, suculentos e que armazenam

    gua, um exemplo comum so os cactos e os espinhos que so formaes pontiagudas originadas a partir do caule, por

    exemplo, os espinhos a laranjeira.

    Folha

    A folha geralmente um rgo laminar formado por

    tecido clorofilado, normalmente com uma nervura principal e nervuras secundrias, que so os locais com feixes de xilema e floema, por onde ocorrem as trocas gasosas com o meio (fotossntese, respirao, transpirao). A folha o rgo que

    apresenta a maior diversidade de formas, sendo isto um

    reflexo das adaptaes aos diferentes tipos de ambiente em elas vivem. Na folha podem-se identificar trs partes bsicas:

    Limbo a poro laminar da folhaPecolo uma haste cilndrica que prende o limbo ao

    caule.

    Bainha uma dilatao do pecolo que insere no ramo.Algumas folhas apresentam, na base do pecolo, um par

    de projees filamentosas ou laminares, denominadas de estpulas.

    Os diferentes tipos de limbo e de estrutura foliares permite

    diferenciar as folhas das monocotiledneas, que apresentam

    um limo no-dividido, sendo por isso denominado de

    folhas simples. Enquanto, algumas dicotiledneas basais

    e eudicotiledneas podem ser simples ou compostas. Nas

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    folhas compostas, o limbo dividido em fololos; estes se renem para formar um pecolo comum, que liga a folha ao

    n caulinar.

    As variaes na estrutura das folhas so influenciadas principalmente pelo habitat, podendo at mesmo ser

    caracterizada de acordo como o meio na qual est inserida. As plantas que requerem ambientes que no seja nem seco,

    nem muito mido so conhecidas como mesfitas. Enquanto, as que requerem um grande suprimento de gua ou crescem parcial ou completamente submersas so denominadas

    de hidrfitas, e por fim, h as plantas que sobrevivem em habitats ridos e semi-ridos so caracterizadas como xerfitas. Apesar das diferenas nas formas em combinao com os tipos ecolgicos, as folhas so especializadas como

    rgo fotossinttico.

    Alm de ser um dos principais rgos responsvel pela fotossntese em muitas plantas, as folhas adaptaram

    a outras funes, como defesa contra herbvoros, fixao em superfcies, atrao de polinizadores e nutrio. Nos

    cactos, as folhas foram transformadas em espinhos para

    diminuir a superfcie de contato e evitar a perda de gua, e em algumas trepadeiras as folhas ou partes delas so

    transformadas em gavinhas, que permite a fixao da planta no suporte. As folhas tambm podem desempenhar o

    papel de razes na absoro de nutrientes, como o caso

    de algumas bromlias, em que as folhas absorvem gua e minerais, e algumas plantas carnvoras, onde as folhas ou

    parte delas so transformadas em armadilhas para capturar

    insetos que so animais capturados so digeridos por clulas

    especializadas das folhas. Existem tambm as brcteas, que so folhas modificadas, geralmente coloridas, encontradas nas bases do receptculo floral, exercendo o papel de atrao para polinizadores.

    Figura 10. A- Gavinha da espcie Lathyrus vestitus. B- Folhas modificadas em espinhos endurecidos de um cacto. C- Brcteas do gnero Bougainvillea. D- Folhas

    insetvoras da espcie Dionaea muscipula.

    FISIOLOGIA VEGETAL: entendendo como as plantas

    funcionam

    Respirao e Fotossntese: faces de uma mesma

    moeda

    No tpico acima foi apresentado a diversidade de

    formas das folhas. Mas, agora vamos entrar no mundo celular e conhecer os orgnulos envolvidos na fotossntese

    (cloroplasto, mitocndrias) e as etapas bioqumicas desse

    processo que movimenta a vida no planeta Terra

    A fotossntese (cloroplastos) e a respirao

    (mitocndrias) so duas atividades metablicas distintas,

    mas muito relacionadas. Enquanto na fotossntese a energia

    luminosa transformada em energia qumica, havendo,

    portanto a produo de energia na forma de ATP, na respirao

    h um consumo da energia qumica armazenada para o

    desempenho de outras funes metablicas. Na fotossntese,

    o gs carbnico (CO2) ligado gua, formando os acares e absorvendo energia luminosa do sol. Assim, o acar

    formado uma forma de armazenar energia qumica. Na

    respirao, essa energia qumica utilizada na sua oxidao,

    consumindo oxignio e regenerando gs carbnico e gua um ciclo energtico do qual ns fazemos parte, chamado

    ciclo do carbono.

    FOTOSSNTESE

    o processo de converso da energia luminosa em

    energia qumica, ele consiste basicamente na produo de

    substncias orgnicas (carboidratos) a partir de dixido de

    carbono (CO2), gua (H2O) e energia luminosa.

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    Veja a equao:

    12 H20 + 6 CO2 C6H12O6 + 6 H20 +6 O2

    As plantas verdes no so os nicos organismos

    capacitados a realizar fotossntese. Organismos procariontes

    e eucariontes unicelulares e coloniais so tambm capazes de

    fixar carbono pela via fotossinttica. Vrias algas tais como as diatomceas (Chrysophyta), algas verdes (Chlrophyta), algas marrons (Chryptophyta), euglenas (Euglenophyta) podem realizar a fotossntese. Mais da metade da produo anual global de carbono da biosfera terrestre devida a

    estes microorganismos fotossintetizantes. Alm disto, outros

    microorganismos procariontes tais como as cianobactrias

    e vrias famlias de bactrias, tais como as bactrias sulfurosas purpreas, podem tambm realizar a fotossntese.

    As cianobactrias so encontradas praticamente em todos

    os ambientes aquticos principalmente na regio tropical. Elas so talvez os organismos mais auto-suficientes que se conhece, pois alm de fixar o CO2 so tambm capazes de fixar o nitrognio atmosfrico. Microcystis aeruginosa um importante representante deste grupo, que ocorre em muito

    lagos rico em nutrientes na regio tropical

    A fotossntese ocorre em todos os organismos que

    possuem clorofila. A clorofila um pigmento verde que absorve luz com maior eficincia nos comprimentos de onda correspondentes ao azul e ao vermelho, utilizando-os para a

    fotossntese. Os comprimentos de onda correspondente a luz

    verde, praticamente no so utilizados, sendo refletidos. Vale ressaltar que a clorofila verde exatamente porque reflete essa cor.

    Existem vrios tipos de clorofila, sendo que as principais so:

    Clorofila a ocorre em todos os organismos fotossintetizantes, com exceo das bactrias

    fotossintetizantes, pois estas possuem o pigmento

    bacterioclorofila, que absorve comprimentos de onda correspondentes ao infravermelho;

    Clorofila b ocorre em todas as plantas terrestres e nas algas verdes;

    Clorofila c ocorre nas algas pardas e nas diatomceas;Clorofila d - ocorre nas algas vermelhas.Alm das clorofilas, existem outros pigmentos envolvidos

    na absoro de luz durante a fotossntese. Entre estes esto

    os carotenos, as xantofilas e as ficobilinas.Para entender como esses pigmentos absorvem a luz vinda do sol

    necessrio entender o que vem a ser Luz.

    Luz: conceitos bsicos

    A luz corresponde a uma pequena frao do espectro

    eletromagntico que conseguimos observar, pois isso

    corresponde ao comprimento de onda do espectro que

    sensibiliza os nossos pigmentos visuais. Como toda onda

    eletromagntica, a luz tem um comportamento duplo, hora

    assumindo propriedades ondulatrias, hora assumindo a

    propriedade de partculas. As unidades ou pacotes de energia

    da luz so denominados de ftons. A energia do fton

    inversamente proporcional ao comprimento de onda. Assim

    ftons com energia elevada possuem comprimentos de onda

    muito curtos, tais como os presentes nos raios UV-B, que

    so extremantes prejudiciais aos seres vivos, pois atingem

    molculas orgnicas das clulas, e arrancam eltrons de

    sua estrutura. Enquanto, os ftons de comprimento de onda

    mais longos, na faixa do infravermelho, tm um baixo nvel

    energtico, assim podem excitar as eltrons entre os orbitais

    eletrnicos das molculas promovendo reaes qumicas

    ( reaes fotoqumicas) e conseqentemente reaes

    bioqumicas.

    Fotofosforilao e produo de ATPO processo de fotossntese pode ser dividido em trs

    etapas:

    A etapa fotoqumica, dependente da energia luminosa

    para a produo de NADPH e ATP na cadeia transportadora de eltrons; etapa difusiva responsvel pela entrada de CO2 nas folhas atravs dos estmatos; e bioqumica que responsvel pela fixao de CO2 pelas ao de enzimas coma a rubisco e a utilizao do ATP e NADPH na formao dos carboidratos (sacarose).

    A fotofosforilao o processo que envolve a produo

    de ATP utilizando a energia proveniente da luz. Na fase

    clara ou fotoqumica caracterizada pela absoro de luz

    pelas clorofilas, fotlise da gua e sntese de adenosina trifosfato (ATP). Esta etapa ocorre nas partes clorofiladas dos cloroplastos que so as lamelas e os grana.

    Fotlise da guaSob a ao da luz, a gua decomposta liberando oxignio

    (O2) e hidrognio (H+). O oxignio liberado para o meio

    ambiente como um subproduto da fotossntese e o hidrognio

    captado por uma substncia aceptora de prtons, o NADP

    (nicotinamida-adenina-dinucleotdeo- fosfato). Forma-se,

    assim, o NADP reduzido, representado pela sigla NADPH2. Esta sntese chamada de fotofosforilao acclica.

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    Na sequncia de pigmentos ( carotenides, clorofila b e clorofila a) a energia transferida, sendo que a clorofila em seu estado de menor energia, absorve os ftons e faz uma

    transio para o estado mais energtico ou excitado(figura 11). A distribuio dos eltrons na molcula excitada de certa forma diferente da distribuio da molcula no seu

    estado base, pois quando excitada a clorofila extremamente instvel e rapidamente libera parte da sua energia para o meio na forma de calor e a outra parte transfere para o centro de

    reao (PSII ou PSI). Os dois fotossistemas esto ligados a cadeia transportadora de eltrons, onde as reaes de

    qumicas de oxidao e reduo levam ao armazenamento de

    energia na forma de ATP e NADPH (Figura 12).

    Absoro de luz e sntese de ATP

    A captao de luz pelas plantas ocorre devido a presena

    de uma famlia de protenas denominadas de LHCI e LHCII, que funcionam como verdadeiras antenas na captao e

    transferncia dessa energia aos centros de reaes, formados

    por clorofila especiais denominadas de P680 e P700, ou fotossitema II (PSII) e fotossistemaI (PSI) respectivamente. O fotossistema I absorve preferencialmente a luz na faixa do vermelho com comprimento de onda de 680 nm. Enquanto o fotossistema II absorve a luz na faixa do vermelho-distante com o comprimento de onda de 780nm.

    Figura 11- Canalizao da excitao do sistema de antena em direo ao centro de reao.Fonte:Taiz e Zeiger (livro Fisiologia Vegetal,2004)

    Os ftons que saram do complexo antena excitam os

    centros de reao (P680 para o PSII e o P700 para o PSI) e ejetam eltrons. O eltron passa, ento por uma srie

    de carreadores, e eventualmente, reduz o P700 ( para os

    eltrons vindos do PSII) ou NADP+ (para os eltrons vindos do PSI). Assim, todos os processos qumicos que perfazem as reaes luminosas da fotossntese so realizados por 4

    principais complexos proticos: fotossistema II, o complexo citocromo b6f , fotossistema I e ATPsintase (Figura 12).Esses complexos esto inseridos na membrana dos tilacides para

    funcionar da seguinte forma:

    O fotossistema II oxida a gua a O2 no lume do tilacide e durante esse processo libera tambm prtons (H+ ).

    O citocromo b6f atua com um ponto de triagem, ejetando

    os prtons para o lume e transferindo os eltrons para a

    plastocianina e posteriormente para a PSIO fotossistema I (PSI) reduz o NADP+ a NADPH no

    estroma pela ao da ferrodoxina (Fd) e da flavoprotena ferredoxina-NADP redutuase (FNR).

    A sntese de ATP ocorre pela passagem de prtons (H+) atravs da membrana do tilacides. Os prtons se deslocam

    do estroma para dentro do tilacide, onde se acumulam. Com

    o excesso de H+ no interior dos tilacides h uma difuso para o estroma. Essa sada feita por um motor molecular que o complexo ATP-sintetase, que girar como a passagem

    dos ons H+, levando a produo de ATP.

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    Figura 12- Transferncia e eltrons e prtons na membrana o tilacide feita por quatro complexos proticos. A gua oxidada e os prtons (H+) so liberados

    no lume pelo PSII. O PSI reduz o NADP+ a NADPH no estroma, por meio da ferredoxina (Fd) e da flavoprotena ferredoxina-NADPredutase (FNR).Os prtons so

    tambm transportados para o lume pelo complexo citocromo b6f e contribuem para o gradiente eletroqumico.Tais prtons necessitam, ento difundir-se at a enzima

    ATPsintase, onde sua difuso atravs do gradiente de potencial eletroqumico ser utilizada para sintetizar ATP no estroma.A plastoquinona reduzida(PQH2) e a

    plastocianina transferem eltrons para o citocromo b6f e para o PSI, respectivamente. As linhas tracejadas representam a transferncia de eltrons e a linha contnua

    representam o movimento de prtons. Fonte: Taiz e Zeiger (Livro Fisiologia Vegetal, 2004)

    Ciclo das pentoses: ciclo de Calvin-Benson

    A etapa bioqumica da fotossntese constituda pelas

    reaes enzimticas de fixao de CO2 e sntese de acares (representados pela sacarose). Essa etapa movida pelo ATP

    e pelo poder redutor gerados durante o processo fotoqumico,

    na cadeia transportadora de eltrons, estudada acima.

    O ciclo de Calvin-Benson pode ser dividido em trs fases:

    a carboxilativa, a redutiva e a regenerativa.

    1. Fase carboxilativa Compreende a reao catalisada pela enzima Ribulose-1,5-bisfosfato, conhecida como ru-bisco. Cada molcula de CO2 fixada pela rubisco d ori-gem a duas molculas de 3-fosfoglicerato (3PGA). Cada molcula de 3-fosfoglicerato corresponde a uma volta no ciclo de Calvin!

    2. Fase redutiva O 3PGA convertido a gliceraldedo-3--fosfato (3 PGald) atravs de duas reaes que utilizam o ATP e o NADPH produzidos na etapa fotoqumica da fotossntese. O 3 PGald o primeiro carboidrato gerado no ciclo.

    3. Fase regenerativa ocorre a partir da formao do gliceraldedo-3-fosfato (3 PGald). Esse monossacrdeo reversivelmente convertido em Diidroxiacetona-fosfato

    (DHAP) atravs da enzima triose-fosfato isomerase. Os dois acares fosfato, contendo trs carbonos, so deno-

    minados trioses-fosfato (triose-P). Uma srie de reaes

    enzimticas interconvertem acares-fosfato de trs, quatro, cinco seis e sete tomos de carbono, e regeneram a molcula receptora primria de CO2, a ribulose-1,5--bisfosfato.

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    Figura 13- Ciclo de Calvin operando nas trs fases: (1) carboxilao, em que o CO2 covalentemente ligado a um esqueleto de carbono, (2) reduo, onde o

    carboidrato formado com gasto de ATP e dos equivalentes redutores na forma de NADPH, e (3) regenerao, etapa na qual o aceptor de CO2 ribulose-1,5-bisfosfato

    reconstitudo. Fonte: Taiz e Zeiger (livro de Fisiologia Vegetal, 2004).

    HORMNIOS VEGETAIS

    Os hormnios vegetais so substncias orgnicas, que

    atuam no crescimento e no desenvolvimento das plantas.

    Entende-se por crescimento o aumento em volume do vegetal

    decorrente das diversas multiplicaes celulares, enquanto

    o desenvolvimento implica aquisio de novas estruturas

    que capacitam o vegetal a desempenhar um conjunto de

    atividades que lhe proporcione a sobrevivncia e perpetuao.

    Os principais fitormnios so as Auxinas, Giberilinas, Citocininas, cido Abscsico e Etileno. Eles apresentam efeitos diversos, dependendo do local onde

    atuam, do estgio de desenvolvimento do rgo e de sua concentrao.

    AuxinasA principal auxina o cido indolactico (AIA). Ele

    produzido por clulas meristemticas a partir do aminocido Triptfano nos seguintes locais:

    Gema apical do caule e da raiz;Folhas jovens;Frutos;Semente em desenvolvimento.

    O AIA sintetizado principalmente na gema apical do caule e transportado de modo polar para a raiz, onde

    promover o alongamento celular e conseqentemente o crescimento celular.

    A ao da AIA em rgos vegetais

    De um modo geral a auxina promove o crescimento

    por alongamento, sobretudo por aumentar a capacidade

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    de extenso da parede celular, este crescimento da raiz e

    do caule depende da concentrao do hormnio, pois uma

    concentrao muito elevada inibe o crescimento celular e,

    portanto, o crescimento dos rgos.

    Raiz e caule

    As razes so geralmente muito mais sensvel ao da AIA do que os caules. Isso significa que a concentrao de AIA exigida pelas razes inferior que a concentrao de AIA exigida pelos caules. Por isso, concentraes timas para

    as razes, no provocam o crescimento dos caules, por falta

    de AIA. Em contrapartida, concentrao tima de AIA para o caule inibe fortemente o crescimento das razes.

    Dominncia apical

    O AIA produzido pelo broto apical inibe o desenvolvimento dos brotos laterais; porm quando retirado o broto apical(poda), cessa a inibio e os brotos laterais

    despertam e comeam a crescer formando ramos, folhas ou flores.

    Folhas

    O AIA controla a permanncia da folha no caule ou sua queda (absciso) de um modo geral quando a concentrao

    de AIA for maior que no caule, a folha permanece unida ao caule . Quando a concentrao de AIA na folha ficar menor do que no caule, a folha se destaca e cai.

    Frutos

    Neste caso, como ocorre com a folha, o AIA controla a permanncia ou queda dos frutos (absciso). As auxinas

    quando aplicadas artificialmente nos frutos e folhas evitam sua queda.

    Estacas

    So caules cortados dos vegetais os quais plantados so

    capazes de originar novas plantas. Quando se aplica auxina

    na base de estacas, obtemos um enraizamento muito mais

    rpido.

    Flores

    A aplicao artificial de auxinas em flores no fecundadas capaz de provocar a partenocarpia isto , o

    desenvolvimento do ovrio e conseqentemente obteno de frutos desprovidos de sementes.

    GIBERELINAS

    As giberelinas induzem um marcante alongamento de

    entrens em alguns tipos de plantas, como em espcies

    ans ou em rosetas e gramneas. Outros efeitos fisiolgicos da giberelinas incluem alteraes no desenvolvimento e na

    sexualidade da flor e na promoo do estabelecimento e crescimento do fruto e da germinao de sementes.

    As giberilinas, juntamente com a auxina, estimulam o

    crescimento de frutos partenocrpicos e com a citocinina estimula a germinao da semente.

    CITOCININAS

    As citocininas so sintetizadas:

    Em razes; Nos embries em desenvolvimento;Em Folhas jovens.

    As citocininas participam na regulao de muitos

    processos do vegetal, incluindo a diviso celular, a morfognese da parte area e das razes, a maturao do

    cloroplasto, o alongamento celular e a senescncia.

    CIDO ABSCSICO

    cido abscsico sintetizado em quase todas as clulas

    que possuem plastdios e transportado tanto pelo xilema

    quanto pelo floema. considerado um fitormnio inibidor, do crescimento e

    do desenvolvimento, induzindo:

    A dormncia de gemas e de sementes;A absciso de folhas, flores e frutos;A senescncia de folhas, flores e frutos;O fechamento dos estmatos.

    Etileno

    O etileno formado em muitos rgos dos vegetais

    superiores. Tecidos senescentes e frutos em amadurecimento

    produzem mais etileno que tecidos jovens ou maduros. O

    precursor do etileno in vivo o aminocido metionina.O etileno regula o amadurecimento de frutos e outros

    processos associados com senescncia de flores e folhas, abscisso de flores, frutos, desenvolvimento de plos radiculares e o crescimento de plntulas.

    Prticas agrcolas decorrentes dos conhecimentos sobre a ao do etileno.

    Pulverizao do fitormnio durante a colheita;Desfolhante;

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    Indutor de florao;Conservao de frutos para longas viagens: vegetais

    mantidos em ambientes frios e ricos em CO2 tm o seu

    processo de maturao retardado; tais condies inibem a produo do fitormnio.

    REFERNCIAS

    AMABIS, Jos Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues; MIZUGUCHI, Yoshito. Biologia. So Paulo: Moderna, 2001. v. 2

    CECCANTINI, Gregrio; MENDONA, Fabola Bovo. Biologia: Botnica. Mdulo 6 acesso 05/10/2010.

    ILVA JUNIOR, Cesar da; SASSON, Sezar. Biologia. So Paulo: Saraiva. 1995. v. 2.

    RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray Franklin; CURTIS, Helena. Biologia vegetal. 2a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1976. 724p.

    RAVEN, P. H.; JOHNSON, G. Biology. 6ed. McGraw Hill: Nova Iorque, 2002.

    SANTOS, Dborah Yara Alves Cursino; CECCANTINI, Gregrio. PROPOSTAS PARA O ENSINO DE BOTNICA: manual do curso para atualizao de professores do ensino

    fundamental e mdio. Universidade de So Paulo, Fundo de

    Cultura e Exteno: Instituto de Biocincias da Universidade de So Paulo, Departamento de Botnica, 47p.: il. (Projeto de Cultura e Extenso), 2004.

    SIMPSON, Michael, G. Plant Systematics. Library of Congress Cataloging-in-Publication Data. Printed in

    Canada,2006. 603 p.TAIZ , Lincoln; ZEIGER, Eduardo. Fisiologia Vegetal. 3ed.

    Porto Alegre:Artmed, 2004, 719p.UZUNIAN, Armnio; BIRNER, Ernesto. Biologia 2. 2a. ed.

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    Rodrigues. Botnica- organografia: quadros sinticos ilustrados e fanergamos. 3ed. Viosa, MG: Universidade Federal de Viosa, Imprensa Univ.. 1998. 114p.

    QUESTES DOS VESTIBULARES SOBRE BOTNICA

    01. (UESC-2009)

    Pretendendo observar a sequncia gradativa do crescimento das plantas, dirigimos nossa ateno sobre

    a planta no momento exato em que ela se desenvolve

    da semente. Nessa poca, podemos reconhecer fcil e nitidamente as partes que lhe pertencem. No vamos

    considerar agora os invlucros que ela deixa na terra. Em

    muitos casos, assim que a raiz se firma na terra, a planta leva luz os primeiros rgos superiores, j existentes anteriormente, sob o invlucro das sementes (GOETHE, 1996, p. 11-12)

    A partir de anlises, com base nas informaes includas no texto e nas ilustraes, pode-se inferir:

    01) As ilustraes referem-se a processos que estabelecem a fase gametoftica no ciclo biolgico da planta.

    02) A ocorrncia da fotossntese desde o incio da germi-

    nao garante a disponibilidade da biomassa exigida no

    desencadeamento do processo.

    03) Estratgias coevolutivas, principalmente interaes entre insetos e plantas, contriburam para a maior expanso e

    diversificao das gimnospermas no grupo das faner-gamas

    04) As ilustraes que representam sequenciadamente o

    processo sugerem a preservao dos cotildones como

    componente permanente da futura planta.

    05) Os movimentos de tropismos evoluram em funo da

    vocao autotrfica e condio sedentria das plantas

    02.(UESC-2009) Esses primeiros rgos so conhecidos pelo nome de cotildones chamados tambm

    de gros, pevides ou folhas de sementes, indicando com

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    esses nomes diferentes formas. Muitas vezes esses rgos tm aparncia disforme, como se estivessem cheios de uma

    matria grosseira e bastante distendidos, tanto na espessura

    como na largura. Seus recipientes so pouco visveis e no

    podem ser distinguidos da substncia geral. Em muitas

    plantas, eles se aproximam da forma das folhas. luz da Biologia atual, a interpretao do texto, escrito com base em

    conhecimentos do sculo XVIII, exige a compreenso de que:01) As reservas nutritivas em sementes de plantas monoco-

    tiledneas esto localizadas caracteristicamente em um

    nico e bem desenvolvido cotildone.

    02) As formaes cotiledonares so estruturas anexas, de-

    rivadas da flor, no sendo produto do desenvolvimento preliminar do zigoto.

    03) A matria grosseira que est includa nos cotildones habitualmente uma reserva celulsica que pode ser utiliza-

    da na construo das estruturas de sustentao da planta.

    04) A desidratao da semente, preservando a reserva org-

    nica da decomposio bacteriana, condiciona a sua ger-

    minao, que dependente de gua, a um ambiente pro-pcio ao desenvolvimento do embrio e da jovem planta.

    05) Os cotildones, no processo de evoluo das plantas, se

    estabeleceram com diversas funes entre as quais a fun-

    o ecolgica de proporcionar alimento para o homem.

    03. (UESB -2010) As clulas vegetais realizam processos

    bioqumicos para obteno de energia essenciais para sua

    sobrevivncia e seu desenvolvimento. De acordo com os

    conhecimentos acerca desses processos bioqumicos,

    correto afirmar:01) A passagem de eltrons atravs da cadeia transporta-

    dora, o acmulo de prtons no interior do tilacoide e o

    conseqente direcionamento de prtons atravs da ATP-

    -sintase possibilitam a formao de ATP no processo de

    fotossntese.

    02) A respirao celular caracteriza-se pela combinao de

    molculas de oxignio e gua para produo de glicose.03) O gs carbnico liberado pelas plantas, ao realizarem fo-

    tossntese, aproveitado em uma das etapas do Ciclo de

    Krebs, no processo de respirao.

    04) As reaes de luz da fotossntese caracterizam-se pela

    produo de ATP e NADH acoplados oxidao de H2O a CO2 .

    05) O ciclo das pentoses responsvel pela produo de glicdios a partir de CO2 e H2O, durante o processo de respirao celular em vegetais.

    04. (UESB -2010) O surgimento da fotossntese aerbica

    considerado um marco na histria de vida na Terra e isso se

    deve, principalmente, a:

    01) Esse processo metablico ter possibilitado s primeiras clulas, eucariticas, a obteno de alimento e energia di-

    retamente do ambiente em que se encontravam.

    02) Possibilidade de converso de molculas orgnicas pr-

    -formadas a molculas de ATP, as quais seriam utilizadas

    como fonte de energia para outras reaes metablicas.

    03) Possibilidade de realizao de reaes de gliclise ana-erbica que apresentam rendimento energtico superior

    em relao s reaes metablicas at ento existentes.04) Liberao de dixido de carbono responsvel pelo aque-

    cimento gradual da superfcie terrestre, o que possibilitou

    a biodiversidade hoje existente.

    05) Alterao progressiva da atmosfera terrestre devido liberao do gs oxignio pela ao dos organismos fo-tossintetizantes.

    05. (UEFS-2009) A restrio das brifitas a ambientes midos tambm esta ligada ao fato de elas dependerem

    da gua para a reproduo sexuada, pois seus gametas masculinos, chamados anterozides, so flagelados, deslocando-se apenas em meio liquido. Ao atingir o gameta

    feminino, chamado oosfera, forma ao zigoto, que e imvel. (LOPES, 2008. p. 444).

    Em relao a adaptao dos grupos vegetais ao

    ambiente terrestre ao longo de sua historia evolutiva, pode-se

    considerar:

    a) As brifitas, apesar da presena de algumas limitaes, desenvolveram densas florestas no ambiente terrestre an-teriormente ao advento do grupo das pteridfitas.

    b) A soluo desenvolvida pelas pteridfitas para resolver as limitaes, em relao a reproduo sexuada, consistiu

    no desenvolvimento de estruturas especificas para a fe-cundao, como, por exemplo, os estrbilos.

    c) A etapa do ciclo de vida das brifitas que apresenta a pro-duo de gametas e considerada transitria devido as li-

    mitaes reprodutivas presentes nesse grupo vegetal.

    d) O zigoto formado no grupo das fanergamas este sempre

    acompanhado de uma estrutura de proteo e disperso

    do embrio denominada de fruto.

    e) A ausncia de vasos condutores nas brifitas tambm e considerada como um dos fatores limitantes na adapta-

    o ao ambiente terrestre devido a pouca eficincia desse

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    grupo na captao e transporte de gua em solos onde o lenol fretico e mais profundo.

    06. (UFBA- 2007) Com base nas relaes entre plantas

    e animais insetos, aves e mamferos. Justifique a grande expanso das plantas com flores em relao aos demais grupos vegetais.

    07. (UESB -2010) Dados parciais do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlntica revelam que a Mata Atlntica perdeu 20857 hectares de sua cobertura vegetal, durante os anos de 2008 a 2010, o que equivale metade da rea do municpio de Curitiba (PR). Esses dados foram divulgados em 27 de maio pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) durante evento em comemorao ao dia nacional deste bioma. (MATA ATLNTICA..., 2010). Analise as alternativas a seguir, relacionadas perda da cobertura vegetal da Mata Atlntica e os consequentes danos ambientais ocasionados, identificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).

    ( ) A Mata Atlntica remanescente sofreu um intenso proces-so de fragmentao que acarreta a reduo da composi-

    o da flora e fauna desse bioma.( ) A ocupao urbana, apesar de prejudicial ao meio am-

    biente, teve pequena influncia sobre a reduo da cober-tura vegetal que compe a Mata Atlntica.

    ( ) A formao de fragmentos florestais leva recuperao desse bioma, uma vez que influencia a ocorrncia de pro-cessos naturais, tais como sequestro de carbono.

    ( ) A reduo das reas florestais compromete a reproduo de espcies vegetais e animais, devido a mudanas que

    ocorrem na interao entre esses organismos.

    A alternativa que indica a sequncia correta, de cima para

    baixo, a

    01) F V V F 02) V V F F

    03) F V F V04) V F F V

    05) V F V F

    08. (UESC- 2007) Anlise da estrutura e fisiologia da folha evidencia aspectos que contribuem para a sua eficincia fotossinttica, entre os quais se pode reconhecer:

    01) A folha, realizando a transpirao, proporciona a ascen-so da seiva mineral, diminuindo a perda de gua pela planta.

    02) A elevada permeabilidade do revestimento epidrmico,

    controlando o intercmbio de gases no processo.

    03) A localizao predominante dos estmatos na superfcie superior da epiderme foliar, permitindo maior captao de

    energia e proporcionando maior eficincia na fotossntese.04) A utilizao, na construo da biomassa, de toda a ener-

    gia incidente na folha.

    05) A organizao do tecido clorofiliano adaptado a condi-es variveis de luminosidade, estabelecendo, na folha, uma ampla superfcie relativa.

    09. (UEFS-2010) O modo como ocorreu a evoluo

    dos processos sexuados e dos ciclos de vida nas plantas

    foi de fundamental importncia para a conquista do ambiente

    terrestre. Pode-se considerar como um desses fatores

    evolutivos na formao do grupo vegetal:

    a) A alternncia de geraes entre uma fase sexuada e uma

    outra fase assexuada, ao longo do ciclo de vida.

    b) A presena, a partir das pteridfitas, de uma fase esporo-ftica mais desenvolvida e nutricionalmente independente

    da fase gametoftica.

    c) O advento das flores, frutos e sementes nos indivduos do grupo das fanergamas.

    d) A presena de vasos condutores que condicionou uma

    melhor adaptao das brifitas aos ambientes com menor disponibilidade de gua.

    10. (UESB -2010) At pouco tempo atrs, geologicamente falando, os humanos eram caadores-

    coletores. Deslocavam-se em busca de alimento, efetuando

    longas migraes e enfrentando perodos de escassez. Era

    certamente penoso, mas sustentvel. H cerca de 10 000 anos, porm, inventamos a agricultura e, com isso, nos

    sedentarizamos. Passamos a produzir mais comida do que

    o estritamente necessrio e, com esse novo poder, criamos imprios. (GUIMARES, 2010).

    A aplicao dos pesticidas nas lavouras contribui para a

    produo de alimentos em larga escala, porm tem produzido

    muitos danos ao meio ambiente e aos organismos que os

    consomem e manipulam. Com relao aos pesticidas pode-

    se afirmar:01) A degradao lenta no meio ambiente e o acmulo pro-

    gressivo de pesticidas organoclorados, como o DDT, ao

    longo da cadeia alimentar, torna-os extremamente nocivos

    aos organismos vivos.

    02) A utilizao de luvas, mscaras e outros equipamentos

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    de proteo individual no so capazes de proteger os

    agricultores durante a aplicao de pesticidas na planta-

    o, devido sua grande toxicidade.03) Os pesticidas tendem a se acumular em maiores quan-

    tidades nos nveis trficos mais inferiores das cadeias alimentares.

    04) A manipulao e o consumo de pesticidas ocasionam a

    morte rpida de seres humanos, no podendo nem mes-mo serem diagnosticados danos sade decorrentes de intoxicao.

    05) O uso de pesticidas reduz o tamanho de frutas e legumes,

    torna-os sem brilho e com pequenas manchas, devido produo de danos em menor escala s clulas vegetais.

    11. (UESC-2007) As plantaes verdes so uma alternativa para a crise energtica na sociedade, por que:

    01) So virtualmente ilimitadas, podendo substituir sem comprometimento ecolgico, extensas reas silvestres.

    02) So procedimentos com estratgias tecnolgicas que

    garantem autonomia do processo em relaes a fatores

    ambientais.

    03) So estratgias capazes, em si mesma, de manter o su-primento de oxignio necessrio vida.

    04) Produzem biomassa utilizvel como combustvel, man-tendo o balano entre o CO2 liberado na queima e o ab-

    sorvido na plantao.

    05) Necessitam de reas distantes dos centros urbanos como forma de proteo contra agresses ambientais

    12. (UESC- 2010) A rea de Proteo Ambiental da

    Lagoa Encantada, criada pelo Decreto Estadual N. 2.217, de 14/07/93,est localizada no Municpio de Ilhus. So 11.800 hectares compostos de Mata Atlntica associada ao cultivo de cacau, alm de manguezais, restingas, pastagens,

    vilarejos, condomnios de praia e cachoeiras. A proteo da

    rea foi proposta pela Prefeitura de Ilhus, para ampliar e assegurar a vocao turstica da cidade, permitindo que o

    visitante possua mais uma alternativa de lazer. A rica fauna

    aqutica representada principalmente por peixes, como robalos e carapebas, serve de sustento s comunidades ribeirinhas, aliada ao turismo que vem sendo uma nova opo

    de renda no local.

    Os principais conflitos observados na APA so a falta de saneamento bsico, sem instalaes de esgotamento sanitrio, e as poucas fossas spticas que existem so mal construdas e encontram-se saturadas pelo nvel do lenol

    fretico. Existem, ainda, casos graves de casas que despejam

    seus dejetos no rio e ainda utilizam essa mesma gua para banho. Observa-se tambm uma ocupao desordenada

    do solo por conta dos pequenos aglomerados de casas

    simples dos pescadores e trabalhadores rurais. (Relatrio de

    Aspectos Scio-ambientais. PDITS Lit. Sul. Prodetur NE II. BNB).

    Com base no texto e nos critrios de utilizao racional

    dos recursos do ambiente, a ao que deve ser considerada

    como a mais correta a ser adotada para a preservao da

    APA da Lagoa Encantada seria:

    01) Restringir o impacto causado pela ocupao humana de-sordenada atravs da implementao de um plano diretor

    com diagnstico, zoneamento e plano de ao e metas

    para a regio.

    02) Limitar as formas de explorao turstica da regio, j que os danos normalmente causados pelo turismo so

    irremediveis para a natureza.03) Transferir a rica fauna aqutica presente na lagoa Encan-

    tada para regies onde a proteo vida animal seja mais rigorosa.

    04) Proibir a utilizao da rea para obteno de alimento pela comunidade nativa ribeirinha, que dever encontrar novas formas de subsistncia.

    05) Promover intensamente o avano da ocupao imobi-

    liria com o incentivo na construo de grandes hotis, shopping centers e industrias relacionadas ao turismo.

    13. (UFBA- 2009)

    A figura faz aluso importncia do reino vegetal para o Planeta. A radicalidade dessa importncia revela-se em um

    processo bioenergtico que sustenta a vida em suas diversas

    manifestaes.

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    Em relao a esse processo,

    explique de que modo a energia luminosa se converte em energia qumica e destaque a importncia desse proces-

    so para as relaes trficas; comente, numa perspectiva evolutiva e ecolgica (evo--eco), o advento da utilizao da

    gua como doadora de eltrons nesse processo.

    14. (UESC- 2007)

    Essa capacidade de armazenar energia recebida do Sol faz das plantas uma fonte energtica virtualmente inesgotvel. Surge da a idia de plantaes verdes, ou seja, cultura de espcies vegetais que possam servir direta ou indiretamente

    como fonte de energia.(CARVALHO, Cincia Hoje, 2006, p. 32).

    Pela capacidade de armazenar energia recebida do

    Sol, as plantas se constituem fonte energtica virtualmente

    inesgotvel que impulsiona a vida, mantendo a dinmica da Biosfera traduzida em

    01) Conservao da mesma quantidade de biomassa a cada nvel de consumidor.

    02) Estruturao do ecossistema na transferncia de biomas-

    sa atravs de relaes alimentares.

    03) Organizao das cadeias alimentares com nmero ilimi-tado de nveis trficos.

    04) Reciclagem de energia pela atividade de decompositores

    em todos os nveis trficos.05) Paralelismo na realizao dos ciclos biogeoqumico fluxo

    energtico.

    15. (UEFS-2010) A figura esquematiza a relao entre duas espcies de planta do gnero Mimulus com o beija-flor e a abelha mamangaba.

    A partir da anlise da ilustrao, apresente duas caractersticas decisivas na evoluo de cada um dos grupos

    representados e o significado biolgico da relao planta/animal em destaque.

    16 (UESB- 2010)

    O grfico em evidncia apresenta o efeito da luminosidade sobre as taxas de fotossntese e respirao em vegetais. Com

    base no conhecimento acerca da influncia da luminosidade sobre esses processos bioqumicos em clulas vegetais e na

    anlise do grfico, correto afirmar:

    01) O ponto de saturao luminosa equivale ao momento em que a quantidade de O2 produzido na fotossntese se igua-

    la quantidade de CO2 produzido na respirao.02) O ponto de saturao luminosa equivale ao momento em

    que a quantidade de CO2 consumido na fotossntese se

    iguala quantidade de O2 consumido na respirao.03) O ponto de compensao luminosa varivel nas distin-

    tas espcies de vegetais e representa o momento em que

    as taxas de fotossntese e respirao se igualam.

    04) Espcies vegetais que apresentam valores altos de ponto

    de compensao luminosa, normalmente, vivem em lo-

    cais de baixa incidncia de luminosidade.

    05) Espcies vegetais que apresentam baixos ndices de

    compensao luminosa necessitam estar expostas a in-

    tensidades altas de luminosidade que lhes permitam rea-

    lizar a fotossntese.

    GABARITO

    1. 02 9. B2. 02 10. 013. 01 11. 044. 05 12. 015. E 13. Questo discursiva6. Questo discursiva 14. 037. 04 15. Questo discursiva8. 05 17. 01

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    CACAPTULO 1: CARGA E FORA ELTRICA

    1. CARGA ELTRICA

    A matria composta por tomos e estes so

    constitudos por prtons, nutrons e eltrons. Os prtons

    e eltrons possuem uma propriedade chamada de carga

    eltrica. A carga eltrica a propriedade fsica responsvel

    pelos fenmenos eltricos.

    Onde: Q, q, q1, q2, qn = Carga eltrica (Coulomb -

    C)

    Ao longo desse mdulo voc ser apresentado a

    expresses matemticas com variveis. Sempre que surgir

    uma varivel nova, ela ser apresentada a voc seguida de

    uma legenda indicando o que ela significa e, entre parnteses,

    a sua unidade no Sistema Internacional de Unidades (S.I.).

    A carga eltrica de 1,0 C obtida com 6,25 . 1018

    prtons. H dois tipos de cargas eltricas: positivas e

    negativas. Os prtons possuem a mesma quantidade de

    carga eltrica que os eltrons, porm, eles tm carga eltrica

    positiva e os eltrons, negativa. Quando se aproximam dois

    corpos com cargas eltricas, surgem foras que podem ser

    de repulso (cargas de mesmo sinal) ou atrao (cargas de

    sinais opostos).Q do prton = + 1,6 10-19C

    Q do do eltron = - 1,6 10-19C

    O valor 1,6 . 10-19 C chamado de carga elementar e.

    Portanto o prton possui carga eltrica+e enquanto o eltron, carga eltrica-e.

    Onde: e = carga elementar

    2. CONDUTORES E ISOLANTES

    Para que um material seja condutor de eletricidade ele

    precisa ter portadores de carga eltrica (eltrons ou ons)

    livres para se movimentar. No caso dos metais, os tomos

    possuem alguns eltrons que no esto fortemente ligados

    aos ncleos. Eles so chamados de eltrons livres e so

    os responsveis pela condutividade eltrica nesses materiais.

    Em lquidos e gases condutores, a condutividade pode ser

    causada pela presena de ons positivos ou negativos (ver

    tabela 1.1). Nos isolantes, os eltrons esto firmemente

    ligados a seus ncleos (ou a suas estruturas moleculares),

    dificultando a conduo de eletricidade. Os isolantes tambm

    so chamados de dieltricos.

    MaterialPortadores de carga eltrica

    Exemplo

    Metais Eltrons livresCobre, ferro, alum-nio, etc.

    Solues inicas

    ons positivos ou negativos

    Soluo de bateria, gua com sal, etc.

    Gases ioniza-dos

    Eltrons, ons po-sitivos e negativos

    Superfcie do Sol, ionosfera da Terra, o gs das lmpadas fluorescentes, neon.

    Tabela 1.1: Principais condutores eltricos e seus portadores de cargas eltricas.

    3. ELETRIZAO

    Normalmente, os objetos nossa volta possuem o

    mesmo nmero de prtons e eltrons e no apresentam

    propriedades eltricas (esto neutros). As propriedades

    eltricas se manifestam quando um corpo perde ou ganha

    eltrons. Um corpo fica eletrizado com carga negativa quando

    ganha eltrons e eletrizado com carga positiva quando perde

    eltrons.A carga total de um corpo sempre ser um mltiplo

    inteiro da carga elementar:

    Q = n e

    Onde: n = nmero de prtons em excesso (n positivo) ou

    nmero de eltrons em excesso (n negativo)

    3. Eletrizao por atrito

    Ao atritar corpos de diferentes materiais, permite-se que

    alguns eltrons sejam transferidos de um material para outro.

    Assim, os corpos adquirem cargas de mesmo mdulo (valor

    numrico) e sinais opostos (um positivo e o outro negativo).

    Condies para que ocorra a eletrizao por atrito:

    Os corpos devem ser de materiais diferentes. Um deles deve ser isolante.

    A srie a seguir apresenta uma ordem em que o material

    ganha eltrons se for atritado com outro sua esquerda e

    perde eltrons quando atritado com outro sua direita (srie

    triboeltrica):

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    2

    Perde eltrons Ganha eltrons

    (positivo) vidro - l - seda - algodo - mbar - enxofre - metais (negativo)

    4. Eletrizao por Contato

    Ocorre por meio do contato de um corpo eletrizado com um

    corpo neutro ou entre dois corpos j eletrizados.

    Se os dois corpos so condutores, a carga eltrica se distribuir uniformemente pela superfcie de ambos.

    Se um dos corpos for isolante, a carga no se distribuir por sua superfcie, mantendo-se na regio de contato.

    Aps o contato, os corpos adquirem cargas de mesmo sinal (a no ser quando o contato ocorre entre dois

    corpos de cargas de mesmo mdulo e sinais contrrios,

    neste caso os corpos ficam neutros aps o contato).

    Qualquer condutor eletrizado fica neutro quando entra em contato com o solo. Chamamos esta ligao de fio terra

    ou aterramento.

    A figura 1.1 apresenta o smbolo do aterramento.

    Figura 1.1: Smbolo do fio terra.

    5. Eletrizao por induo:

    Neste tipo de eletrizao no h contato entre os

    corpos. Um corpo eletrizado (indutor) aproximado de um

    corpo neutro (induzido). Esta aproximao provocar um

    movimento de cargas negativas no induzido.

    Figura 1.2: Sequncia de aproximao indutor negativo e induzido.Fonte: http://www.rc.unesp.br/showdefisica/99_Explor_Eletrizacao/paginas%20htmls/Eletriza%C3%A7%C3%A3o%20por%20indu%C3%A7%C3%A3o.htm

    Uma fora de atrao surgir entre o indutor e o induzido.

    Para eletrizar o induzido, devemos aterr-lo, mantendo o in-

    dutor ainda prximo. Em seguida, desliga-se o aterramento e

    afasta-se o indutor. O induzido estar eletrizado.

    Figura 1.3: Sequncia de aterramento do induzido e consequente eletrizaoFonte: http://www.rc.unesp.br/showdefisica/99_Explor_Eletrizacao/paginas%20htmls/Eletriza%C3%A7%C3%A3o%20por%20

    indu%C3%A7%C3%A3o.htm

    Observaes:

    O indutor poder ser condutor ou isolante; O induzido dever ser condutor para poder ser eletrizado; Caso o induzido seja isolante, a separao das cargas s acontece no nvel de suas molculas. Isto , ele no

    eletrizvel e passar a ter polos (negativo e positivo)

    durante o tempo em que o indutor estiver prximo a ele

    e sendo tambm atrado pelo indutor. o que acontece

    quando esfregamos uma caneta no cabelo (eletrizao

    por atrito) e a usamos para atrair pequenos pedaos de

    papel (induo).

    6. LEI DE COULOMB

    A Lei de Coulomb usada para determinar o mdulo

    da fora eltrica F (grandeza vetorial) que atua entre duas

    cargas eltricas Q e q pontuais (que ocupam um ponto)

    separadas por uma distncia d. Se as duas cargas tiverem

    o mesmo sinal, ento a fora ser repulsiva. Caso os sinais

    sejam opostos, ser atrativa.

    Para simplificar as equaes, ser usada a letra da

    varivel (F) sem a indicao vetorial (F ) quando se tratar de

    mdulo de uma grandeza vetorial. O mdulo da fora eltrica

    dado por:

    Onde: F= fora eltrica (Newton - N); d = distncia entre

    as cargas (metro - m); k = constante da Lei de Coulomb

    (N.m2/C2). No vcuo, k0 = 9,0 . 109N.m2/C2.

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    CAOnde: E = campo eltrico (newton/Coulomb - N/C ou volt/metro - V/m)

    2. CAMPO ELTRICO GERADO POR UMA CARGA PONTUAL

    Sabendo que para duas cargas pontuais Q e q separadas

    por uma distncia d o mdulo da fora eltrica F dado por:

    Logo, o mdulo do campo eltrico que a carga Q gera

    no local onde foi colocada uma carga de prova q pode ser

    dado por:

    2

    2

    d

    Qk

    q

    d

    Qqk

    E

    Note que, segundo essa expresso, o campo eltrico

    no depende do valor da carga de prova q. Essa expresso

    til, portanto, para calcular o campo eltrico em um ponto

    qualquer a uma distncia d de uma carga qualquer Q, como

    mostra a figura abaixo:

    Figura 2.2: Campos eltricos E gerados por uma carga Q em um ponto.

    O clculo do campo eltrico em um ponto a uma d que

    est sob a influncia de vrias cargas eltricas realizado a

    partir da soma vetorial dos campos eltricos de todas as

    cargas.

    3. LINHAS DE CAMPO OU LINHAS DE FORA

    Linhas de campo ou linhas de fora so linhas que

    representam a distribuio do campo eltrico no espao.

    Algumas caractersticas das linhas de campo so:

    O vetor campo eltrico E tangente s linhas de campo e tem o mesmo sentido que elas.

    Figura1.4: Fora eltrica da carga Q sobre cargas q.

    CAPTULO 2: CAMPO E POTENCIAL ELTRICO

    1. CAMPO ELTRICO

    a regio do espao onde uma carga eltrica Q tem

    influncia. Isto , nessa regio, uma fora eltrica F pode

    surgir em uma carga eltrica q (chamada carga de prova) se

    ela for colocada l. Toda carga eltrica cria em torno de si um

    campo eltrico .

    Figura2.1: Campos eltricos E gerados por cargas Q

    O sentido do campo eltrico de uma carga Q depende do seu

    sinal.

    Se Q for positivo, ento o campo sai da carga Se Q for negativo, o campo entra na carga

    A fora eltrica em uma carga de prova tem:

    a mesma direo e sentido do campo caso a carga seja positiva

    a mesma direo e sentido contrrio caso a carga seja negativa

    O campo eltrico sobre uma carga q sofrendo a ao

    de uma fora eltrica F pode ser dado por:

    E =F

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    O mdulo (ou intensidade) do campo eltrico proporcional ao nmero de linhas de campo distribudas

    numa determinada rea.

    As linhas de campo saem das cargas positivas e entram

    nas cargas negativas.

    Figura2.3: Configuraes espaciais das linhas de campo gerados

    por uma ou duas cargas eltricas.

    4. CAMPO ELTRICO UNIFORME

    Um campo eltrico uniforme quando seus vetores tm

    o mesmo mdulo, direo e sentido em qualquer posio

    do espao onde o campo eltrico exista. O campo eltrico

    uniforme representado por linhas paralelas. Placas paralelas

    eletrizadas com cargas eltricas de sinais contrrios geram

    um campo eltrico uniforme em seu interior.

    Figura 2.4.: Placas paralelas eletrizadas gerando campo eltrico

    uniforme.

    5. ENERGIA POTENCIAL ELTRICA RELATIVA A DUAS CARGAS PUNTIFORMES

    Suponha um sistema composto por duas cargas eltricas

    puntiformes, separadas por uma distncia d. Sabe-se que

    existe uma energia associada a esse sistema por que a fora

    eltrica pode provocar o deslocamento dessas cargas. Essa

    energia, chamada de energia potencial eltrica, pode ser dada

    por:Ep =

    Onde: Ep = Energia potencial eltrica (joule - J)

    Figura 2.5: A energia potencial eltrica (ou energia eltrica) a energia associada a um conjunto de cargas eltricas e distncia que as separa.

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    CAEm um sistema constitudo por vrias cargas. O potencial eltrico num ponto p qualquer dado pela soma escalar dos

    potenciais eltricos de todas as cargas.

    8. DIFERENA DE POTENCIAL ELTRICO (DDP OU TENSO)

    Se uma carga eltrica se desloca de um ponto A para

    um ponto B na presena de um campo eltrico, uma fora

    eltrica realizar trabalho sobre essa carga (aumentando

    ou diminuindo sua quantidade de energia eltrica). Assim,

    afirma-se que h uma diferena de potencial eltrico (ddp)

    entre A e B que corresponde quantidade de energia que cada

    unidade de carga ganha ou perde devido ao deslocamento.

    Figura 2.7: A ddp entre os pontos A e B corresponde ao trabalho da fora

    eltrica para cada unidade de carga levada do ponto A ao ponto B.

    V =AB TABq

    ou

    V =ABAB

    Onde: VAB = ddp (volt - V); TAB = trabalho da fora

    eltrica (joule - J), dAB= distncia entre A e B prxima da

    carga (metro m).

    A ddp entre os pontos A e B tambm pode ser dada por:

    VAB = VA - VBOnde: VA = potencial em A (V); VB = Potencial em B (V)

    9. SUPERFCIES EQUIPOTENCIAIS

    Superfcies equipotenciais so superfcies onde o potencial

    eltrico constante. Assim, a ddp entre dois pontos de uma

    mesma superfcie equipotencial nula. Todo ponto situado

    mesma distncia R de uma carga eltrica, por exemplo, tem

    o mesmo potencial. Alm disso, as linhas de campo eltrico

    sem preso normais (formam 90) com as superfcies

    equipotenciais.

    6. POTENCIAL ELTRICO

    Uma carga eltrica qualquer produz uma influncia

    no espao a sua volta chamada de campo eltrico. Nessa

    regio, uma partcula carregada ficar sujeita a uma fora

    eltrica que poder realizar um trabalho sobre ela. Portanto,

    essa partcula, sob a influncia do campo eltrico, possuir

    uma energia potencial eltrica (que igual ao trabalho que

    a fora eltrica pode realizar para lev-la ou traz-la de bem

    longe). Essa energia potencial armazenada sobre a carga

    eltrica que se encontra no campo eltrico proporcional

    quantidade de carga que ela tem. Assim, se outra partcula

    com o dobro de carga for colocada no mesmo ponto, ela

    armazenar o dobro de energia eltrica do que a primeira.

    Dizemos ento que neste ponto h um potencial eltrico

    dado pela quantidade de energia eltrica adquirida para

    cada unidade de carga posicionada sobre ele:

    V = Ep

    Onde: V