boletim nacional 18

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A candidatura de Geraldo Alckmin representa a direita tra- dicional, uma parte importante dos grandes industriais, ban- queiros e donos de terras do País. Quem viveu o governo de FHC recorda-se do arrocho nos salários e do desemprego, e pode imaginar o que seria um possível governo Alckmin. PSDB e PFL vão tentar fazer uma campanha “anti-corrupção”, apos- tando na falta de memória do povo. Querem que se esqueça a corrupção generalizada no governo FHC, como a compra de votos dos deputados para aprovar a reeleição e a gigan- tesca roubalheira na venda das estatais. LULA GOVERNA PARA OS BANQUEIROS, NÃO PARA OS TRABALHADORES Alckmin é da direita, mas Lula também não defende os inte- resses dos trabalhadores. Muitos reconhecem que existe corrupção e que a vida não está boa, mas pensam que é melhor votar em Lula, “alguém que veio de baixo”, “de esquerda”, “para evitar a volta da direita”. Isso é um erro.Lula já foi trabalhador. Mas seu governo faz as vontades dos banqueiros. É como al- guém que fura todas as greves, sempre do lado dos patrões. UNIR A ESQUERDA CLASSISTA E SOCIALISTA EM UMA FRENTE Os banqueiros estão nos roubando, com os juros mais altos do mundo. Com Lula, eles tiveram lucros fabulosos, re- cordes ainda maiores que com FHC. É por este motivo que Bush, aliado dos banqueiros, apóia Lula. Por isso, nas eleições de 2004, os banqueiros doaram mais dinheiro ao PT que ao PSDB. Os problemas reais dos trabalhadores, como o desempre- go, os baixos salários e a paralisia da reforma agrária não fo- ram solucionados pelo governo Lula, porque esse não é um governo nosso, mas dos banqueiros. NEM LULA, NEM ALCKMIN! Os grandes patrões, os banqueiros, os donos de indústrias e de terras estão apoiando ou a candidatura de Lula ou a de Alckmin, porque ambas defendem seus interesses, a mesma política econô- mica pró-imperialista. Praticam a mesma corrupção. Os escândalos de 2005 mostraram como o governo Lula é tão corrupto como o de FHC. Não é por acaso que o PSDB e o PT participam do acordão para que as investigações terminem em pizza. É necessário que os trabalhadores rompam com o PT, para construir uma alternativa de esquerda, dos trabalhadores e socialista, em oposição ao governo. A candidatura Heloísa Helena pode ser uma referência para isto, caso se disponha a representar mais do que o P-SOL e expressar as lideranças das greves, das lutas populares e estudantis, através de uma frente de esquerda. Essa frente deve ser dos trabalhadores, classista, dei- xando de lado partidos burgueses. Como o PDT, que tem latifundiários repressores de sem-terras, pelegos como Paulinho, da Força Sindical, e participa de governos de di- reita, como em São Paulo, com Serra. Para construir a frente, será necessário unir o P-SOL, o PSTU e o PCB. É preciso chamar movimentos como a Consulta Popular e o MST para que rompam com o governo, e se somem a nós. Essa frente terá de ter um programa contra o governo, para romper com o pagamento da dívida, contra o capitalismo e o imperialismo, e que aponte para o socialismo. É preciso uma alternativa dos trabalhadores para romper com a dívida e o imperialismo O APOIO DOS BANQUEIROS NAS ELEIÇÕES DE 2004 E O LUCRO DOS BANCOS NO ANO SEGUINTE R$ 7,9 milhões R$ 4,1 milhões AO PT AO PSDB R$ 28,6 bilhões* (* recorde histórico, 36% maior que 2004) BOLETIM NACIONAL Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado www.pstu.org.br 18 Edição MARÇO 2006

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Boletim Nacional 18

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Page 1: Boletim Nacional 18

A candidatura de Geraldo Alckmin representa a direita tra-

dicional, uma parte importante dos grandes industriais, ban-queiros e donos de terras do País. Quem viveu o governo deFHC recorda-se do arrocho nos salários e do desemprego, e

pode imaginar o que seria um possível governo Alckmin. PSDBe PFL vão tentar fazer uma campanha “anti-corrupção”, apos-tando na falta de memória do povo. Querem que se esqueça

a corrupção generalizada no governo FHC, como a comprade votos dos deputados para aprovar a reeleição e a gigan-tesca roubalheira na venda das estatais.

LULA GOVERNA PARA OS BANQUEIROS,NÃO PARA OS TRABALHADORES

Alckmin é da direita, mas Lula também não defende os inte-resses dos trabalhadores. Muitos reconhecem que existecorrupção e que a vida não está boa, mas pensam que é melhorvotar em Lula, “alguém que veio de baixo”, “de esquerda”, “para

evitar a volta da direita”. Isso é um erro.Lula já foi trabalhador.Mas seu governo faz as vontades dos banqueiros. É como al-guém que fura todas as greves, sempre do lado dos patrões.

UNIR A ESQUERDA

CLASSISTA E SOCIALISTAEM UMA FRENTE

Os banqueiros estão nos roubando, com os juros mais

altos do mundo. Com Lula, eles tiveram lucros fabulosos, re-cordes ainda maiores que com FHC.

É por este motivo que Bush, aliado dos banqueiros, apóia

Lula. Por isso, nas eleições de 2004, os banqueiros doarammais dinheiro ao PT que ao PSDB.

Os problemas reais dos trabalhadores, como o desempre-

go, os baixos salários e a paralisia da reforma agrária não fo-ram solucionados pelo governo Lula, porque esse não é umgoverno nosso, mas dos banqueiros.

NEM LULA, NEM ALCKMIN!

Os grandes patrões, os banqueiros, os donos de indústrias e de

terras estão apoiando ou a candidatura de Lula ou a de Alckmin,porque ambas defendem seus interesses, a mesma política econô-mica pró-imperialista. Praticam a mesma corrupção. Os escândalosde 2005 mostraram como o governo Lula é tão corrupto como ode FHC. Não é por acaso que o PSDB e o PT participam do acordãopara que as investigações terminem em pizza.

É necessário que os trabalhadores rompam com o PT, paraconstruir uma alternativa de esquerda, dos trabalhadores esocialista, em oposição ao governo. A candidatura HeloísaHelena pode ser uma referência para isto, caso se disponhaa representar mais do que o P-SOL e expressar as liderançasdas greves, das lutas populares e estudantis, através de umafrente de esquerda.

Essa frente deve ser dos trabalhadores, classista, dei-xando de lado partidos burgueses. Como o PDT, que tem

latifundiários repressores de sem-terras, pelegos comoPaulinho, da Força Sindical, e participa de governos de di-

reita, como em São Paulo, com Serra.Para construir a frente, será necessário unir o P-SOL, o PSTU

e o PCB. É preciso chamar movimentos como a Consulta Populare o MST para que rompam com o governo, e se somem a nós. Essa

frente terá de ter um programa contra o governo, para romper como pagamento da dívida, contra o capitalismo e o imperialismo, e queaponte para o socialismo.

É preciso uma alternativa dos trabalhadorespara romper com a dívida e o imperialismo

O APOIO DOS BANQUEIROSNAS ELEIÇÕES DE 2004

E O LUCRO DOS BANCOSNO ANO SEGUINTE

R$ 7,9 milhões R$ 4,1 milhões

AO PT AO PSDB

R$ 28,6 bilhões*

(* recorde histórico, 36% maior que 2004)

BOLETIM NACIONALPartido Socialista dos Trabalhadores Unificado

www.pstu.org.br18Edi

ção

MARÇO 2006�

Page 2: Boletim Nacional 18

A CUT virou uma agência do governo, uma entidadechapa branca. Luis Marinho, ex-presidente da cen-tral, hoje é ministro do Trabalho. Muitos dirigentes

sindicais “se arrumaram” em cargos com salários altíssimos.A CUT hoje não defende os interesses dos trabalhadores esim os dos patrões, traindo todas as greves, como as dosbancários e do funcionalismo público federal.

A UNE seguiu o mesmo caminho, tornando-se um depar-tamento do Ministério da Educação. Apóia a reforma Uni-versitária, que está privatizando as universidades públicas edesviando dinheiro público para as escolas privadas.

Tanto a CUT como a UNE apoiaram a corrupção no go-verno Lula, porque seus dirigentes também foram beneficia-dos com o dinheiro público.

Todos os trabalhadores sabem que é mais difícil lutar, seestamos isolados em uma categoria ou em uma cidade. Énecessário unir as forças dos que lutam em uma nova orga-nização nacional. Por este motivo se formou a Conlutas,que já encaminhou as principais mobilizações nacionais em

UNIR OSQUE LUTAMNO CONAT

2004 e 2005 contra o governo.A Conlutas é uma coordenação de movimentos,

que busca integrar as entidades sindicais, estudantis epopulares dispostas a lutar, independentemente de par-tidos e de governos.

A Conlutas convocou o Congresso Nacional dos Tra-balhadores (Conat) para 5, 6 e 7 de maio em Sumaré (SP),

com o objetivo de fundar uma nova organização nacio-nal, discutir seu projeto e seus estatutos.

Neste momento, 256 diretorias de sindicatos e oposi-ções sindicais estão convocando o congresso, assim como32 entidades do movimento popular. A cada dia, cresce onúmero de entidades que vão participar do Conat. O movi-mento estudantil que está rompendo com a UNE e está reu-nido na Conlute (Coordenação Nacional de Luta dos Estu-dantes) também está convocando o Conat.

Chamamos os setores de esquerda que continuam naCUT a romperem com esta central chapa branca e se soma-rem na construção da Conlutas. Da mesma forma, chama-mos os setores que já romperam com a CUT e Força Sindicala se integrarem na Conlutas.

A construção de uma entidade nacional, alternativa àCUT, que tenha força e implantação nacional é um desafioenorme. Exige uma postura unitária de todos aqueles que sedisponham a lutar pelos interesses dos trabalhadores e nãoaceitam as imposições burocráticas do governo.

Você, que quer se somar à preparação do CongressoNacional dos trabalhadores, contate algum membro daConlutas, ou acesse a página www.conlutas.org.br.

Congresso Nacional dos Trabalhadoresserá de 5 a 7 de maio, em Sumaré (SP)

.

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