boletim adunifesp nº06 (agosto de 2010)

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A proposta do governo de reestru- turação da carreira dos docentes das federais, pelo menos por en- quanto, não irá para o Congresso. Foi o que garantiu o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em encontro no dia 08 de julho com o Andes-SN. Preocupado com o con- teúdo das mudanças e com a falta de diálogo do executivo, o Sindica- to Nacional solicitou a aber- tura dos debates. Na reunião seguinte sobre o assunto, no dia 21 de julho, o governo já apresentou uma nova minu- ta do projeto que deverá ser discutida nos próximos me- ses e poderá ir ao Congresso ainda em 2010. Desde o ano passado, o go- verno tenta emplacar pro- postas de reestruturação e uma nova regulamentação para o regime de dedicação exclusiva (DE), mas a resistência tem sido grande. A re- estruturação da carreira é bandeira histórica do Andes, porém, baseada na valorização do trabalho docente, com progressão dissociada de uma avaliação produtivista e a partir do princípio da indissociabilidade en- tre ensino, pesquisa e extensão. Segundo o projeto, os docentes se divi- diriam em duas cate- gorias, a dos titulares e a dos professores do magistério superior, que ainda seriam subdivididos em cinco classes (auxiliar, assistente, adjunto, associado e sênior). Após aprovados em concurso, os novos professores ingressariam como au- xiliar I, independente da titulação. Portanto, todos teriam que percor- rer os 20 níveis – 4 de cada uma das cinco classes – para alcançar o topo da carreira. Os atuais docentes se- riam transferidos para o novo regi- me e quem não quisesse teria que permanecer em uma carreira em extinção. “O governo economizaria bastante a partir das novas contra- tações, já que um professor com doutorado entraria na base da car- reira”, avalia a presidente da Aduni- fesp, Maria José Fernandes. Do ponto de vista salarial, apenas a classe sênior conquistaria um au- mento considerável. Seriam neces- sários 30 anos de trabalho para al- cançar a classe sênior 4 e, em apenas 4 ou 5 anos, os primeiros docentes começariam a chegar nesta etapa. A estrutura de remuneração também ganharia novas gratificações e não contemplaria os docentes aposen- tados com os mesmos benefícios, ferindo, mais uma vez, o princípio da isonomia na carreira. No caso das mudanças na dedicação exclusiva, o projeto propõe uma fle- xibilização, pressionado por cobran- ças de órgãos como o Tribunal de Contas da União, que têm de- tectado o não cumprimento do regime por vários docentes. “A regulamentação atual já é boa. O governo deveria fazer cum- prir a lei e oferecer melhores salários, ao invés disso, legaliza distorções e descaracteriza a DE”, afirma Alberto Franke, do Andes, que reconhece os pro- blemas atuais, mas considera o regime fundamental para a univer- sidade pública. As entidades temem que esta rees- truturação faça com que as institui- ções percam capacidade para re- crutar docentes e especialistas, que optariam por empregos mais ren- táveis na iniciativa privada. Além disso, criticam possíveis critérios produtivistas para a progressão na carreira e seu impacto mercadoló- gico na educação, ciência e tecno- logia do país. Em caso de prospe- rar estas propostas, Franke avalia que seria “o fim das públicas como conhecemos”, com a universidade sendo transformada basicamente em prestadora de serviços. Reestruturação ameaça a carreira docente Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo Seção Sindical do Andes-SN Boletim Adunifesp # 6 [8.ago.2010] www.adunifesp.org.br Homenagem ao professor Vilmon de Freitas, na p. 4 Governo e entidades discutem carreira docente

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Boletim Adunifesp-SSind nº06, gestão 2009-2011, publicado em 08 de agosto de 2010. Jornalista responsável: Rodrigo Valente; Projeto gráfico e diagramação: D. Nikolaídis.

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Page 1: Boletim Adunifesp nº06 (agosto de 2010)

A proposta do governo de reestru-turação da carreira dos docentes das federais, pelo menos por en-quanto, não irá para o Congresso. Foi o que garantiu o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em encontro no dia 08 de julho com o Andes-SN. Preocupado com o con-teúdo das mudanças e com a falta de diálogo do executivo, o Sindica-to Nacional solicitou a aber-tura dos debates. Na reunião seguinte sobre o assunto, no dia 21 de julho, o governo já apresentou uma nova minu-ta do projeto que deverá ser discutida nos próximos me-ses e poderá ir ao Congresso ainda em 2010.

Desde o ano passado, o go-verno tenta emplacar pro-postas de reestruturação e uma nova regulamentação para o regime de dedicação exclusiva (DE), mas a resistência tem sido grande. A re-estruturação da carreira é bandeira histórica do Andes, porém, baseada na valorização do trabalho docente, com progressão dissociada de uma avaliação produtivista e a partir do princípio da indissociabilidade en-tre ensino, pesquisa e extensão.

Segundo o projeto, os docentes se divi-diriam em duas cate-gorias, a dos titulares e a dos professores do magistério superior,

que ainda seriam subdivididos em cinco classes (auxiliar, assistente, adjunto, associado e sênior). Após aprovados em concurso, os novos professores ingressariam como au-xiliar I, independente da titulação. Portanto, todos teriam que percor-rer os 20 níveis – 4 de cada uma das cinco classes – para alcançar o topo da carreira. Os atuais docentes se-

riam transferidos para o novo regi-me e quem não quisesse teria que permanecer em uma carreira em extinção. “O governo economizaria bastante a partir das novas contra-tações, já que um professor com doutorado entraria na base da car-reira”, avalia a presidente da Aduni-fesp, Maria José Fernandes.

Do ponto de vista salarial, apenas a classe sênior conquistaria um au-mento considerável. Seriam neces-sários 30 anos de trabalho para al-cançar a classe sênior 4 e, em apenas 4 ou 5 anos, os primeiros docentes começariam a chegar nesta etapa. A estrutura de remuneração também

ganharia novas gratificações e não contemplaria os docentes aposen-tados com os mesmos benefícios, ferindo, mais uma vez, o princípio da isonomia na carreira.

No caso das mudanças na dedicação exclusiva, o projeto propõe uma fle-xibilização, pressionado por cobran-ças de órgãos como o Tribunal de

Contas da União, que têm de-tectado o não cumprimento do regime por vários docentes. “A regulamentação atual já é boa. O governo deveria fazer cum-prir a lei e oferecer melhores salários, ao invés disso, legaliza distorções e descaracteriza a DE”, afirma Alberto Franke, do Andes, que reconhece os pro-blemas atuais, mas considera o

regime fundamental para a univer-sidade pública.

As entidades temem que esta rees-truturação faça com que as institui-ções percam capacidade para re-crutar docentes e especialistas, que optariam por empregos mais ren-táveis na iniciativa privada. Além disso, criticam possíveis critérios produtivistas para a progressão na carreira e seu impacto mercadoló-gico na educação, ciência e tecno-logia do país. Em caso de prospe-rar estas propostas, Franke avalia que seria “o fim das públicas como conhecemos”, com a universidade sendo transformada basicamente em prestadora de serviços.

Reestruturação ameaça a carreira docente

Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo Seção Sindical do Andes-SN

Boletim Adunifesp# 6 [8.ago.2010] www.adunifesp.org.br

Homenagem ao professor Vilmon de Freitas, na p. 4

Governo e entidades discutem carreira docente

Page 2: Boletim Adunifesp nº06 (agosto de 2010)

Adunifesp SSind. - Associação dos Docentes da Universidade Federal de São PauloGestão 2009-2011: Maria José da Silva Fernandes (presidente), Soraya Smaili (vice-presidente), João Fernando Marcolan (secretário-geral), Francisco Lacaz (1º secretário), Zelita Caldeira Guedes (tesoureira geral), Raquel de Aguiar Furuie (1ª tesoureira), Eliana Rodrigues (imprensa e comunicação), Alice Teixeira Ferreira (relações sindicais, jurídicas e defesa profissional), Ieda Verreschi (política universitária) e Maria das Graças Barreto da Silva (política sociocultural). Virginia Junqueira (campus baixada santista), Vera Silveira (campus diadema), Carlos Alberto Bello e Silva (campus guarulhos)

Rua Napoleão de Barros, 841. São Paulo - SP. CEP 04024-002. Telefone/fax: (11) 5549-2501 e (11) 5572-1776E-mail: [email protected] Página na internet: www.adunifesp.org.br

Boletim AdunifespJornalista responsável: Rodrigo Valente (MTB 39616)Projeto gráfico e diagramação: D. Nikolaídis

Avanços em Santos

Expediente

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oria

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Duas notícias do campus da Baixada Santista forta-lecem o caráter público e democrático da Unifesp. A primeira é o abandono do projeto de um Instituto do Mar autônomo em relação à nossa universida-de. A preocupação era de que o órgão funcionasse sem prestar satisfação, inclusive captando recursos e vendendo serviços à iniciativa privada sem nenhum controle. A segunda é a desistência da desapropria-ção do terreno onde seria construído o prédio do campus, fato que acarretaria no despejo de mais de cem famílias. Após o descumprimento da promessa da prefeitura de Santos em realocar essas pessoas, a administração universitária desistiu do espaço.

Por enquanto, o projeto do Instituto do Mar vai continuar ligado à Reitoria, mas quando estiver em funcionamento, seus cursos e produção científica estarão integrados regularmente ao campus da Bai-xada Santista. O idealizador do projeto e seu coorde-nador inicial, o professor Samuel Goihman, acabou afastado. Os pesados interesses vinculados ao órgão – como o pré-sal e o Porto de Santos – fortaleciam uma visão privatizante de suas atividades.

Em relação ao novo prédio, foi mais que correta a decisão de não despejar as famílias. Mesmo com a urgência de construir um local adequado para a Unifesp, não se pode simplesmente desalojar tantas pessoas. Neste sentido, prevaleceu o bom senso e o reitor Walter Albertoni cumpriu seu compromisso de não pedir a desapropriação do local enquanto não houvesse 100% de acordo com as famílias. A participação da Adunifesp nos episódios foi signi-ficativa e consideramos o desfecho uma vitória de toda a comunidade.

Andes realiza 55º Conad

Entre os dias 24 e 27 de junho, o Andes-SN realizou seu 55º Conselho Nacional (Conad) na Universi-dade Estadual do Ceará. O encontro foi antecedido por um seminário que discutiu a carreira docente, ameaçada por uma proposta de reestruturação au-toritária, e aprovou a Carta de Fortaleza, documen-to que atualiza o plano de lutas da entidade. Esti-veram reunidos 42 delegados e 100 observadores de 49 Seções Sindicais e da Diretoria do Sindicato Nacional, empossada durante a abertura do evento. O próximo Conad acontecerá em junho de 2011 em Maringá, no Paraná. A cobertura completa e as re-soluções aprovadas podem ser acessadas na página www.andes.org.br.

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Finalmente foi concluída a reforma do Estatuto. O novo documento já foi aprovado pelo Ministério da Educa-ção e se encontra na página www.unifesp.br. Agora, a reitoria deve encaminhar em setembro a eleição de um novo Conselho Universitário (Consu), seguindo a com-posição do Estatuto aprovado, e, a partir daí, debater o novo Regimento Geral. O processo eleitoral deve reno-var também todos os conselhos centrais da Instituição.

Já os novos Conselhos de Campi, Congregações e Diretores Acadêmicos devem ser eleitos apenas em fevereiro ou março do ano que vem. No mês passa-do, seguindo uma resolução aprovada pelo Consu, os campi elegeram Conselhos Provisórios. Segundo o rei-tor Walter Albertoni afirmou à Adunifesp, a estrutura provisória seria uma forma de já colocar em funcio-namento instâncias mais democráticas. Atualmente, o poder nos campi é bastante concentrado nos diretores, que por sua vez são indicados pela Reitoria.

A proposta inicial da Reitoria era aprovar o Regimen-to Geral ainda com o Consu antigo e chamar novas eleições apenas em 2011. O Conselho de Entidades protestou alegando que o atual órgão não teria legiti-midade para continuar o processo e conseguiu, após

algumas reuniões, reverter o quadro. Este debate é fundamental, pois o Regimento regulamentará a apli-cação do Estatuto.

Em maio e junho, o Conselho de Entidades organizou debates sobre o novo Estatuto em Santos, São Paulo, Guarulhos e Diadema. Com uma presença significa-tiva de docentes, principalmente nos novos campi, as discussões contaram com a participação do vice-reitor e presidente da Comissão da Reforma do Estatuto, professor Ricardo Smith, e com representantes das ca-tegorias da Unifesp.

Durante os debates, muitas críticas foram feitas à refor-ma aprovada e dirigidas ao vice-reitor. A principal foi de método, já que o Consu não levou em consideração boa parte das deliberações da comunidade universitária nos fóruns e mesmo da Comissão da Reforma do Esta-tuto, nomeada pelo próprio órgão. André Cardoso, da Associação dos Pós-Graduandos, avalia que o processo “enfraqueceu os mecanismos de consulta à comunida-de, já que no final o Consu não foi sensível às propostas debatidas em vários fóruns nos campi”. “A reforma do Estatuto acabou sendo votada pela Congregação da Es-cola Paulista de Medicina”, ironizou outro estudante.

Novo Estatuto entra em vigorNovo Estatuto entra em vigor

Como informado no último boletim, a nova Assesso-ria Jurídica é responsável por todas as ações de inte-resse coletivo dos docentes. Dentre estas ações estão as referentes à revisão geral anual de remuneração, que pleiteia indenização pela ausência de reajuste salarial, principalmente no final dos anos 1990 e 2000.

Há já um posicionamento do Supremo Tribunal Fe-deral, a instância máxima de decisão do Poder Judici-ário, contrária à procedência destas ações. Assim, foi recomendada pela Assessoria Jurídica a desistência dos processos, o que pode implicar em pagamento de verbas sucumbenciais, mas evita o ônus de custas re-

A criação de um seguro de saúde para os professores e funcionários da Unifesp, proposta antiga e reivin-dicação histórica da comunidade, parece finalmente estar se concretizando. Uma das seis empresas que de-monstraram interesse deve ser escolhida para prestar o serviço em pregão eletrônico. O plano deve beneficiar

cursais e correções monetárias futuras. Para tanto, o docente será contactado para assinar e enviar por es-crito para a Associação uma Autorização de Desistên-cia, de acordo com o andamento do processo no qual figura como autor.

As ações individuais, contratadas com a assessoria anti-ga, permanecem com ela. Se houver dúvida, o docente pode consultar, na sede da entidade, a listagem das ações e os respectivos responsáveis. Mais uma vez lembramos que os plantões da Assessoria Jurídica acontecem todas as primeiras terças-feiras do mês, das 9 às 13 horas, na Adunifesp. É necessário agendar a consulta.

Assessoria Jurídica recomenda desistência de ações por falta de reajuste

servidores ativos e inativos e abranger casal e filhos. Haverá planos com três tipos de preços, de uma cober-tura mais simples a uma mais completa, e os valores devem ficar abaixo dos de mercado, variando de acor-do com a faixa etária e salarial. A Instituição deve di-vulgar a conclusão do processo nos próximos meses.

Plano de saúde da Unifesp pode finalmente sair do papel

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ória

Homenagem ao professor Vilmon de FreitasHomenagem ao professor Vilmon de Freitas

À frente da Adunifesp no biênio 2007-2009, quando já enfrentava o câncer, o professor encarou um dos mo-mentos mais difíceis para a entidade e mais dramáticos para a universidade. Foi neste período que a Unifesp viveu uma de suas maiores crises, com o surgimento na imprensa de diversas denúncias de irregularidades na administração universitária, e que culminou com a renúncia do reitor em 2008. À época a gestão pre-sidida por Vilmon, apesar das muitas dificuldades, enfrentou de forma íntegra e combativa a crise, mas também com ponderação e responsabilidade.

A presidente da Adunifesp, Maria José Fernandes, relembra com saudades a convivência na diretoria da entidade. “Foram seis anos de intenso convívio em que tive o privilégio de ter ao lado uma pessoa comprometida com a ética, a democracia, o bem co-letivo, tudo tratado com muita seriedade e uma pita-da de bom humor”, afirma. “Ele nunca tinha palavras negativas sobre quem quer que fosse, acho que essas eram as qualidades que eu mais apreciava”, elogia.

Nos últimos anos, o Professor João Aléssio, do Depar-tamento de Cirurgia, foi um dos médicos que acom-panhou o tratamento de Vilmon. Ele lembra que seu paciente sempre lidou com a doença de forma íntima. “Ele nunca buscou nenhum tipo de complacência por causa da doença. Não desistiu e continuou tocando a vida. Considero admirável a forma com que lidou com a questão”, afirma Aléssio, que também destaca a mar-cante relação médico-paciente entre os dois. “Como éramos colegas da Associação, de Conselho Univer-sitário, às vezes o Vilmon saía de uma cirurgia e logo estava conversando das pautas da Escola”, recorda.

Com esta matéria, a Adunifesp gostaria de prestar uma pequena homenagem ao querido professor Vil-mon de Freitas. Solidarizamo-nos com a família e os amigos neste momento difícil, principalmente com sua esposa Marisa.

Prof. Vilmon com a esposa Marisa

Após uma longa batalha contra o câncer, faleceu no dia 22 de junho o professor Vilmon de Freitas, ex-presidente (2007-2009) e tesoureiro-geral (2003-2007) da Adunifesp. Original de Passos, no sul de Minas Gerais, Vilmon mudou-se para São Paulo ainda na adolescência para continuar os estudos. Graduou-se na Escola Paulista de Medicina, fez a residência em ginecologia no Hospital do Servidor Público Estadual e pós-graduação (mestrado e dou-torado) nesta mesma especialidade, retornando à Escola Paulista. Aprovado em concurso, tornou-se docente do Departamento de Ginecologia.

Em um depoimento emocionado, a médica Marisa Pa-triarca, esposa de Vilmon, recorda um pouco das ale-grias do marido. “Torcedor do Santos, ele jogava futebol muito bem e na juventude chegou até a profissionalizar-se. Acabou deixando o esporte para cultivar a paixão pela Medicina”. Ela destaca também seu gosto enorme pela música e, sobretudo, pelo violão, instrumento que tocava. “Foi uma enorme perda para a universidade pelo seu senso ético e profissional. Como marido foi um grande amigo e companheiro”, relembra.

Amigo de Vilmon havia 35 anos, o professor Geral-do Rodrigues de Lima, titular do Departamento de Ginecologia, foi seu orientador na residência e na pós. “Desde então nutrimos uma grande amizade. É um orgulho ter sido seu professor, colega de docên-cia e amigo. Foi uma perda muito sentida”, afirma. O professor destaca o trabalho de Vilmon na área da Reprodução Humana, na qual, “junto com ou-tros colegas, desenvolveu importantes contribuições para a ginecologia brasileira”.