boletim adunifesp #04 - gestão 2015/17 (abril de 2016)

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Boletim Adunifesp Boletim Adunifesp #04 (Gestão 2015/17) 08 de abril de 2016 São PauloSP www.adunifesp.org.br Adunifesp SSind f f 1 1 8 8 / / A A B B R R A A s s s s e e m m b b l l e e i i a a G G e e r r a a l l d d o o s s D D o o c c e e n n t t e e s s d d a a U U n n i i f f e e s s p p L L o o c c a a l l : : Anf.A (Rua Botucatu, 740 subsolo campus São Paulo) H H o o r r á á r r i i o o : : 1 1 1 1 h h 3 3 0 0 . . P P a a u u t t a a : : C C o o n n j j u u n n t t u u r r a a N N a a c c i i o o n n a a l l e e U U n n i i v v e e r r s s i i d d a a d d e e : : C C r r i i s s e e p p o o l l í í t t i i c c a a e e C C o o l l e e t t i i v v o o d d a a U U n n i i f f e e s s p p e e m m D D e e f f e e s s a a d d a a D D e e m m o o c c r r a a c c i i a a e e d d a a U U n n i i v v e e r r s s i i d d a a d d e e P P ú ú b b l l i i c c a a ; ; P P L L P P 2 2 5 5 7 7 / / 2 2 0 0 1 1 6 6 . . Novo Marco Legal da Ciência, Tecnologia e inovação: mercantilização da pesquisa acadêmica Discriminação entre Professores Titulares da Unifesp: a valorização ilegítima da livredocência Projeto de Lei Complementar nº 257/2016: mais um ataque direto aos serviços essenciais e aos servidores públicos Nota sobre o andamento da votação da paridade na Unifesp Pág. 04 Pág. 06 Pág. 05 Pág. 08 O PL 2177/2011, que cria o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, marco legal sancionado, nos termos da Lei 13.243/2016 pela Presidência da República no dia 11 de janeiro de 2016 foi anunciado como “uma reforma profunda na legislação que regula a relação entre entes públicos e privados, com transparência e segurança jurídica (...) O PLP 257/2016 tramita em regime de urgência constitucional na Câmara dos Deputados, caso em que se terá apenas 5 sessões para apreciação e aprovação em Plenário. O projeto prevê alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal que aprofundam as restrições em relação aos servidores da União, dos estados, do DF e municípios, e impõe uma série de exigências fiscais como condição para adesão (...) A luta política dos docentes da universidade federais em 2012 conquistou importantes avanços sobre seu plano de carreira, a partir da mobilização da categoria houve mudanças na legislação que orienta a promoção e progressão na carreira docente – Lei nº 12.772 e Portaria nº 982/13 (...) Nota sobre a formação do Coletivo de Mobilização em defesa da Democracia e da Universidade Pública Pág. 08

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Boletim Adunifesp #04 (gestão 2015/17) - publicado em 08 de abril de 2016. Jornalista responsável: Rafael Freitas Projeto gráfico e diagramação: Rafael Freitas

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Boletim AdunifespBoletim Adunifesp #04 (Gestão 2015/17) ­ 08 de abril de 2016 ­ São Paulo­SP

www.adunifesp.org.br Adunifesp SSindff

1188//AABBRR AAsssseemmbblleeiiaa GGeerraallddooss DDoocceenntteess ddaa

UUnniiffeessppLLooccaall:: Anf.A (RuaBotucatu, 740 ­subsolo ­ campusSão Paulo)HHoorráárriioo:: 1111hh3300..

PPaauuttaa::CCoonnjjuunnttuurraa NNaacciioonnaall ee UUnniivveerrssiiddaaddee::­­ CCrriissee ppoollííttiiccaa ee CCoolleettiivvoo ddaa UUnniiffeessppeemm DDeeffeessaa ddaa DDeemmooccrraacciiaa ee ddaaUUnniivveerrssiiddaaddee PPúúbblliiccaa;;­­ PPLLPP 225577//22001166..

Novo Marco Legal da Ciência,Tecnologia e inovação:

mercantilização da pesquisaacadêmica

Discriminação entre ProfessoresTitulares da Unifesp: a valorização

ilegítima da livre­docência

Projeto de Lei Complementar nº257/2016: mais um ataque direto aosserviços essenciais e aos servidores

públicos

Nota sobre o andamento da votaçãoda paridade na Unifesp

Pág.04 Pág.06

Pág.05

Pág.08

O PL 2177/2011, que cria o Código Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação,

marco legal sancionado, nos termos da Lei 13.243/2016 pela Presidência da

República no dia 11 de janeiro de 2016 foi anunciado como “uma reforma

profunda na legislação que regula a relação entre entes públicos e privados, com

transparência e segurança jurídica (...)

O PLP 257/2016 tramita em regime de urgência constitucional na Câmara dos

Deputados, caso em que se terá apenas 5 sessões para apreciação e aprovação em

Plenário. O projeto prevê alterações na Lei de Responsabilidade Fiscal que

aprofundam as restrições em relação aos servidores da União, dos estados, do DF e

municípios, e impõe uma série de exigências fiscais como condição para adesão (...)

A luta política dos docentes da universidade federais em 2012 conquistou

importantes avanços sobre seu plano de carreira, a partir da mobilização da

categoria houve mudanças na legislação que orienta a promoção e progressão na

carreira docente – Lei nº 12.772 e Portaria nº 982/13 (...)

Nota sobre a formação do Coletivo deMobilização em defesa da Democracia

e da Universidade PúblicaPág.08

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Editorial da Diretoria

A crise política e econômica e adefesa da Universidade Pública

s tempos turbulentos que tomam conta docenário político do país não deixaram deincidir na nossa Universidade. Mais de

200 docentes da Unifesp assinaram manifestoscontra as ameaças à democracia e o golpismo queestão sendo promovidos por setores do Judiciário,da Mídia e do Parlamento. Fóruns locais foramformados em alguns Campi para promover eparticipar de debates e manifestações. No dia 4/4 foilançado o Coletivo de Mobilização emDefesa da Democracia e da UniversidadePública com a participação de membrosdas três categorias e com o apoio doConselho de Entidades (Adunifesp, APG eSintunifesp).

A denominação do Coletivo acimanão vem à toa. Pensamos que a defesada Universidade Pública é indissociável dadefesa da Democracia. O clima perigoso eautoritário de repressão aos movimentossociais que tem crescido no país é umaameaça séria que paira sobre nossosdireitos e conquistas. São os estudantesda PUC­SP reprimidos por protestarcontra o impeachment, entidades sindicais sendoapedrejadas ou invadidas pela PM, ameaça deprisão contra ativistas como Guilherme Boulos, emsuma, uma clima repressivo que vem crescendo eque denota que não se trata, para certas camadasda sociedade, apenas de tirar Dilma de seu cargo,mas sim de por em questão o direito de livre­organização e mobilização dos movimentos sociais.A judicialização da política e o clima de neo­macartismo que se insinua no país não deixará aUniversidade Pública ilesa. É neste clima perniciosoque ganham força na sociedade propostas como a

de “proibir o debate político­ideológico” em sala deaula, como se fosse possível um conhecimento“neutro” e “técnico”, descolado das influênciassociais. O Ministéria Público Federal, junto àProcuradoria de Goiás chegou emitir recomendaçãoà Universidade Federal de Goiás "para proibição deatos políticos­partidários relacionados aoimpeachment", classificando como "atos ilícitos evedados pelo ordenamento jurídico pátrio".

E não se trata apenas dajudicialização da política mas sim dajudicialização da própria economia. Oargumento “fiscalista” das “pedaladas”em prol do impeachment não é apenashipócrita posto que ele é imputável atodos os presidentes da históriarepublicana. Trata­se, sobretudo, desacralizar de forma permanente e emqualquer circunstância uma lógicasupostamente “técnica” e “neutra” masque na prática torna o ajuste fiscal e asgarantias dos credores da dívida públicaacima dos serviços públicos e dosgastos sociais. Não é a toa que os

economistas ligados aos setores pró­impeachmentdefendem com unhas e dentes o fim da estabilidadeno serviço público e a cobrança de mensalidade nasUniversidades Federais.

Ao mesmo tempo, a nossa posição contrária aoimpeachment, não implica em nenhuma defesa daspolíticas recentes do governo Dilma para o ensinosuperior. Muito ao contrário. Afinal, é a mesmalógica “fiscalista” que tem prevalecido no tratamentodas Federais: cortes de verbas, precarização dainfraestrutura e das condições de trabalho,crescimento das tendências privatistas (cujo último

O

"Pensamos que adefesa da

Universidade Públicaé indissociável da

defesa daDemocracia. O climaperigoso e autoritário

de repressão aosmovimentos sociaisque tem crescido nopaís é uma ameaça

séria que paira sobrenossos direitos e

conquistas."

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capítulo é o novo Marco de Ciência e Tecnologia –ver matéria neste boletim), salários defasadosperante a inflação. Desde o ano passado, asUniversidades e o serviço público sido “variável deajuste” das contas públicas, diga­se de passagem deum ajuste não se completa em meio à criseeconômica e a decorrente queda brutal daarrecadação.

Não bastasse isso, o governo através doministro Nélson Barbosa coloca em regime deurgência para votação no Congresso o PLP257/2016 que significa uma ameaça gravíssimacontra o serviço público e seus trabalhadores nastrês esferas (para mais detalhes ler matéria nesteboletim). O referido Projeto de Lei estipula que casoo governo tenha dificuldades para limitar a proporçãode seus gastos em relação ao PIB, automaticamente

seriam efetuados cortes nas despesas comatividades públicas. Tais medidas implicariam, entreoutras coisas, na suspensão de contratações, naproibição de aumentos reais e mesmo nominais desalário (ou seja, arrocho diante da inflação), cortesem benefícios e despesas de custeio e até mesmoum programa de demissão voluntária de servidores.Não podemos aceitar tal lógica que demoniza esacrifica servidores e suas atividades em nome do“fiscalismo” enquanto o país gastou ano passadoquase R$ 400 bi em juros, enquanto temos umaestrutura tributária das mais regressivas que nãotaxa devidamente rendas altas e riqueza.

Neste cenário de ameaças à democracia etambém à Universidade Pública, convidamos osdocentes a participarem das atividades queocorrerão nos próximos dias do mês de abril:

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Assembleia Geral dos Docentes da UnifespLocal: Anf.A (Rua Botucatu, 740 ­ subsolo ­ campus São Paulo)Horário: 11h30

Ato unificado contra o PL257/16Local: campus São PauloHorário: a confirmar

15Ato­Debate em Defesa da Democracia e daUniversidade Pública (Coletivo de Mobilização)Local: Auditório Marcos Lindemberg, campus São PauloHorário: 19h

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29 Debate sobre carreira docente (Prof. AmauriFragoso, UFCG/ANDES­SN)Horário: a confirmarLocal: campus Baixada Santista

Debate sobre carreira docente (Prof. AmauriFragoso, UFCG/ANDES­SN)Horário:12h Horário: 17hLocal: Anf. A, campus SP Local: campus Osasco

25 Debate Crise e Educação (Profª. Eblin Farange­UFF/candidata à presidência do ANDES­SN)Horário:19hLocal: Anf. Flávio da Fonseca (R. Botucatu, 862 ­ campus São Paulo)

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Novo Marco Legal da Ciência,Tecnologia e inovação: mercantilização

da pesquisa acadêmica

PL 2177/2011, que cria o CódigoNacional de Ciência, Tecnologia e

Inovação, marco legal sancionado, nostermos da Lei 13.243/2016 pela Presidênciada República no dia 11 de janeiro de 2016 foianunciado como “uma reforma profunda nalegislação que regula a relação entre entespúblicos e privados, com transparência esegurança jurídica, além de reduzir aburocracia e dar mais celeridade aoprocesso de pesquisa científica e tecnologia.(…) resultado da cooperação entrecomunidade científica, governo e setorempresarial”.

Sabemos quão complicada ou interessada éa “cooperação” do setor empresarial. Doconteúdo do novo marco legal, nosinteressam as contradições que alusivas aosrumos que seriam tomados pela pesquisacientífica no Brasil, ditados não mais poragências governamentais e em nome de umprojeto nacional, mas com poder notável devocalização para as empresas privadas. Aguisa de exemplo, docentes deuniversidades públicas contratados emregime de dedicação exclusiva (DE) aoensino, pesquisa e extensão, não seriammais, na prática, de DE, ficando franqueadaa possibilidade de exercerem atividades

O remuneradas de pesquisa em empresas,bem como a utilização das instalações,laboratórios, equipamentos e insumos dasuniversidades públicas para pesquisas deinteresse das empresas. O docente, emregime de DE, segundo o novo marco, ficaautorizado a exercer até 8 horas deatividades semanais fora da universidade(concessão que passou de 120 para 416horas anuais).

E a propriedade intelectual da pesquisa feitapor docente de universidade pública, emregime de DE, na universidade pública,passa a pertencer às empresas, que deterãoa propriedade intelectual sobre os resultadosdas pesquisas. Com as universidadespúblicas cada vez mais penalizadas pelaescolha da política econômica, tendo seusorçamentos reduzidos a cada oportunidade,o mercado aparece com suas soluçõesinteressadas. Não nos enganemos, seusatores participaram ativamente junto aogoverno da barganha que criou e ampliou acrise nas universidades por conta dasopções econômicas, para então ofereceremsuas soluções de “cooperação”, commotivação exclusiva em garantir mais umespaço de valorização de capital as custasda mercadoria da vez: as pesquisas.

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Discriminação entre Professores Titularesda Unifesp: a valorização ilegítima da livre­

docêncialuta política dos docentes da universidade federais em2012 conquistou importantes avanços sobre seu plano de

carreira, a partir da mobilização da categoria houve mudanças nalegislação que orienta a promoção e progressão na carreira docente– Lei nº 12.772 e Portaria nº 982/13 –, com destaque à garantia devagas para todos os docentes que atendam os critérios acadêmicossuficientes para seguir ao próximo nível na carreira, ou seja, não hálimite de vagas ou necessidade de concurso para promoção eprogressão. As conquistas também alcançaram a garantiaconstitucional da autonomia universitária para estabelecer osparâmetros de avaliação no processo de promoção e progressão,são as próprias universidades em seu regimento interno que criamtais critérios.

A partir dessa conquista da categoria emamplitude nacional, no contexto local daUnifesp em 2014 foi necessária novamobilização da categoria para discutir eaprovar um regimento interno queconsolidasse as conquistas nacionaisgarantindo condições de promoção eprogressão que não criassem novosimpedimentos aos docente para seguirpelos níveis de carreira.

No que diz respeito especificamente aoregimento interno sobre a promoção paraclasse “E” – professor titular – a livredocência foi excluída como pré­requisito eincorporada dentro da pontuação da produção científica. Nessesentido, mais um obstáculo à promoção da carreira docente foiderrubado pela mobilização política.

Entretanto, no cotidiano da Unifesp, ainda há uma discriminaçãoentre os professores titulares que foram promovidos pelos novoscritérios de carreira, sem exigência de livre­docência, e aqueles queparticiparam de concurso com livre­docência, em que há umainsustentável valorização deste último em detrimento do primeiro.Pela manutenção de um status e suposto privilégio dos livredocentes, a Unifesp é a única universidade federal que mantém alivre docência como critério de avaliação no processo de promoção

A na carreira docente, mesmo que não sejamais um critério excludente nos termos doregimento. E desta maneira perpetua­se otratamento desigual entre os docentes livre­docentes e docentes sem tal titulação mesmoque ambos estejam no mesmo nível decarreira, até mesmo que ambos sejamprofessores titulares.

Essa ilegal e ilegítima valorização da livre­docência na Unifesp tem criado gravessituações de constrangimento no campus São

Paulo: docentes em completaadequação aos critérios acadêmicospara promoção de nível de carreira sãodiscriminados nos processos deavaliação por não possuírem a livredocência e por vezes, são reprovados.Ainda sim, aqueles que conseguempassar pelo processo e alcançar o nívelde Professor Titular sem a livre­docência são assediadoscotidianamente.

A Adunifesp reforça a importância dorespeito institucional à legislaçãoconquistada a nível nacional quegarante vagas a todos os docentescumpram os requisitos para avanço no

plano de carreira e também a conquistainterna de excluir a livre­docência como pré­requisito para promoção. A Adunifesp rechaçaqualquer situação em que docentes foramassediados ou discriminados por nãopossuírem livre­docência.

"Pela manutenção de um

status e suposto privilégio

dos livre docentes, a

Unifesp é a única

universidade federal que

mantém a livre docência

como critério de

avaliação no processo de

promoção na carreira

docente, mesmo que não

seja mais um critério

excludente nos termos do

regimento."

Projeto de Lei Complementar nº 257/2016:mais um ataque direto aos serviçosessenciais e aos servidores públicos

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Direitos básicos dos servidores públicos (federais, estaduais e municipais) estão ameaçados. Suspensão dos concursospúblicos, congelamento de salários, não pagamento de progressões e outras vantagens (como gratificações), destruição da

previdência social e revisão dos Regimes Jurídicos dos Servidores estão entre as medidas nefastas a serem implementadas.Tudo isso, associado ao aumento dos cortes no orçamento das políticas sociais para o pagamento da dívida pública. Tais

medidas são explicitadas no PLP 257/2016, proposto pelo governo federal.

PLP 257/2016 tramita em regime de urgênciaconstitucional na Câmara dos Deputados,caso em que se terá apenas 5 sessões para

apreciação e aprovação em Plenário. O projeto prevêalterações na Lei de Responsabilidade Fiscal queaprofundam as restrições em relação aos servidores daUnião, dos estados, do DF e municípios, e impõe umasérie de exigências fiscais como condição para adesãoao plano de auxílio aos estados e ao Distrito Federal.Ou seja um ataque frontal a todos osservidores públicos, inclusive os federais,como é o caso dos docentes e técnicosda Unifesp. Seguimos analisando asdistintas restrições entre servidoresestaduais, municipais e federais.

Observando a princípio ascontrapartidas diretas aos serviços anível estadual e municiapl, segundoAntonio Augusto de Queiroz, em artigopublicado pela Adusp, para ter direito aorefinanciamento da dívida com oacréscimo de até 240 meses ao prazototal, que poderá chegar a 360 meses, eredução de 40% no valor das prestações por 24 meses,o projeto exige, como contrapartida, que os entesfederativos, no prazo de 180 dias da assinatura dostermos aditivos contratuais, sancionem e publiquem leisdeterminando a adoção, durante os 24 mesessubsequentes, das seguintes medidas: 1) o corte de10% das despesas mensais com cargos de livreprovimento, 2) a não concessão de aumento deremuneração dos servidores a qualquer título, 3) asuspensão de contratação de pessoal,

exceto reposição de pessoal nas áreas deeducação, saúde e segurança e reposições decargos de chefia e direção que não acarretemaumento de despesa, e 4) a vedação de ediçãode novas leis ou a criação de programas queconcedam ou ampliem incentivos ou benefíciosde natureza tributária ou financeira.

Em nome da responsabilidade da gestãofiscal, determina, ainda, que os entes aprovem

normas contendo, no mínimo, osseguintes dispositivos: 1) ainstituição do regime de previdênciacomplementar, caso ainda nãotenha publicado outra lei com omesmo efeito; 2) a elevação dascontribuições previdenciárias dosservidores e patronal ao regimepróprio de previdência social (sendoa elevação para pelo menos 14%,no caso dos servidores); 3) areforma do regime jurídico dosservidores ativos, inativos, civis emilitares para limitar os benefícios,

progressões e vantagens ao que é estabelecidopara os servidores da União; 4) a definição deum limite máximo para acréscimo da despesaorçamentária não financeira a 80% docrescimento nominal da receita corrente líquidado exercício anterior; 5) a instituição demonitoramento fiscal contínuo das contas doente, de modo a propor medidas necessáriaspara a manutenção do equilíbrio fiscal; e 6) ainstituição de critérios para avaliação periódica

O

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dos programas e projetos do ente.Ainda em relação às exigências aos estados e ao

Distrito Federal como condição para a renegociação, oprojeto impõe, como contrapartida à amortização, emcaráter provisório, dos contratos de refinanciamentocelebrados, que sejam entregues à União bens, direitose participações acionárias em sociedades empresariais,controladas por estados e pelo Distrito Federal, os quaisdeverão ser alienados (privatizados/vendidos) pelaUnião em até 24 meses, podendo esse prazo serprorrogado por mais 12 meses. Ou seja, a União setornará um novo motor de privatizações de empresasestatais dos Estados nas áreas de saneamento,transportes, gás, tecnologia da informação, portuárias,

de energia, de abastecimento, etc.Segundo o jornalista político, o projeto

também vincula o crescimento das despesas dastrês esferas de governo a um percentual do PIB edefine limite do gasto, com mecanismoautomático de ajuste da despesa para fins decumprimento da meta de superávit, em até trêsestágios sequenciais, sucessivamente, de acordocom a magnitude do excesso de gastos dosentes envolvidos em verificações trimestrais ouquando da elaboração do Projeto de Lei deDiretrizes Orçamentárias.

Esses estágios atingem todos osservidores, não mais restritos aos estaduais emunicipais, inclusive os federais:

AAççõõeess ddoo 11ºº eessttáággiioo1) vedação da criação de cargos, empregos e funções ou alteração da estrutura de carreiras, que impliquemaumento de despesa; 2) suspensão da admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas areposição decorrente de aposentadoria ou falecimento, aquelas que não impliquem em aumento de gastos eas temporárias para atender ao interesse público; 3) vedação de concessão de aumentos de remuneração deservidores acima do índice de Preços ao Consumidor Ampliado ­ IPCA; 4) não concessão de aumento realpara as despesas de custeio, exceto despesa obrigatória, e discricionárias em geral; e 5) redução em pelomenos dez por cento das despesas com cargos de livre provimento.

AAççõõeess ddoo 22ºº eessttáággiioo1) vedação de aumentos nominais de remuneração dos servidores públicos, ressalvado o disposto no inciso Xdo art. 37 da Constituição Federal (revisão geral anual); 2) vedação da ampliação de despesa com subsídio ousubvenção em relação ao valor empenhado no ano anterior, exceto se a ampliação for decorrente deoperações já contratadas; 3) não concessão de aumento nominal para as despesas de custeio, excetodespesas obrigatórias, e discricionárias em geral; e 4) nova redução de pelo menos dez por cento dasdespesas com cargos de livre provimento.

AAççõõeess ddoo 33ºº eessttáággiioo1) suspensão da política de aumento real do salário mínimo, cujo reajuste ficaria limitado à reposição dainflação; 2) redução em até 30% dos gastos com servidores públicos decorrentes de parcelas indenizatórias evantagens de natureza transitória; e 3) implementação de programas de desligamento voluntário e licençaincentivada de servidores e empregados, que representem redução de despesa.

Por esses ataques diretos aos serviços essenciaise aos servidores públicos a Adunifesp­SSind é contra oPL257/16 reforçando, junto ao ANDES­SN e outrasentidades como a Adusp, a necessidade de nosporsicionarmos em mais esse embate político contraataques aos direitos dos trabalhadores do serviçopúblico. A Adunifesp­SSind para somar esforços aossetores organizados da sociedade que se mobilizam

contra a medida pautará a discussão do PL napróxima Assembleia Geral dos Docentes daUnifesp, que será realizada no dia 18/04 às11h30 no Anf.A (Rua Botucatu, 740 ­ subsolo ­campus São Paulo).

Nota sobre o andamento da votação da paridade na Unifesppauta da paridade reduzida à consultapara eleição de reitor ainda não foi votadano CONSU, após indicação ainda em

2015 que a votação seria prorrogada para 2016, areunião extraordinária do dia 23/03 teve discussãomas não votação, a reunião no dia 30/03 nãoreuniu quórum suficiente para encaminhar a pautae tão pouco a reunião do dia 04/04.

Apesar da pauta que está tramitando noCONSU desde o final de 2015 ser ainda umaparidade reduzida à consulta para reitor, asentidades representantes das categorias quecompõem a comunidade acadêmica reunidas sobConselho de Entidades, entende que é importante

A a participação da comunidade universitária nessadiscussão e votação, por se tratar de um passonecessário, ainda que insuficiente, rumo aparidade plena na Unifesp. E nesse sentido,reafirma sua posição pela paridade plena, emconcordância com as deliberações do I Congressoda Unifesp que, soberanamente e em plenáriaparitária, aprovou a paridade na consulta parareitor, cargos de direção e para a composição decomissões e colegiados superiores da Unifesp.

Nota sobre a formação do Coletivo de Mobilização emDefesa da Democracia e da Universidade Pública

esta segunda­feira, dia 04 de abril de 2016,foi realizada a primeira reunião do Coletivo

de Mobilização em Defesa da Democracia e daUniversidade Pública com participantes das trêscategorias da comunidade acadêmica da Unifesp –docentes, TAEs e alunos.

Diante da crise política do país, das recentesarbitrariedades cometidas pelo Poder Judiciáriojudicializando, de maneira seletiva e abusiva, osprocessos políticos, prejudicando e ameaçando aspráticas democráticas nacionais, setores da Unifespestão se mobilizando em defesa da democracia,contra qualquer forma de golpismo. Manifestos têmsido lançados, assim como fóruns locais demobilização e atividades envolvendo as trêscategorias da Universidade. A iniciativa da formaçãodo coletivo propõe a ampliação e unidade de taisesforços e reforça a importância de multiplicarespaços de resistência.

Nesta primeira reunião decidiu­se formação deum Coletivo de Mobilização em Defesa daDemocracia e da Universidade Pública aberto a todacomunidade acadêmica da Unifesp, contando com oapoio e participação das entidades – Adunifesp,

APG e Sintunifesp. Foi debatido qual o seu caráter eseu escopo de ação, a partir de análises daconjuntura política nacional. Em todas as falas eparticipações foi ressaltada a urgência de uniresforços às frentes de resistência ao movimentogolpista e os diretos desdobramentos para o futuro dauniversidade pública.

Como encaminhamentos iniciais ficou decidido entreos membros e representantes das entidadespresentes: 1) A nomeação do grupo de “Coletivode Mobilização em Defesa da Democracia e daUniversidade Pública”; 2) Imediata criação de umarede social de comunicação independente dasentidades apoiadoras para divulgar ações eampliar sua formação; 3) Declaração de apoio eparticipação na “Assembleia Popular em Defesada Democracia e contra o golpe!”, ato chamadopela Frente Brasil Popular no dia 09 de abril noVale do Anhangabaú em São Paul; 4) Realizaçãode um Ato­Debate na Unifesp já na semanapróxima, dia 15/04, às 19h no Auditório MarcosLindemberg, no campus São Paulo.

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8

Expediente

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18Assembleia Geral dosDocentes da Unifesp

Horário: 11h30Local: Anf. A, campus SP

25

AAdduunniiffeessppSSSSiinndd.. –– AAssssoocciiaaççããoo ddooss DDoocceenntteess ddaa UUnniivveerrssiiddaaddee FFeeddeerraall ddee SSããoo PPaauulloo ––GGeessttããoo 22001155//22001177::

RRooddrriiggoo MMeeddiinnaa ZZaaggnnii –– PPrreessiiddeennttee;; CCaarrllooss AAbbeerrttoo BBeelllloo ee SSiillvvaa –– VViiccee­­pprreessiiddeennttee;; DDaanniieell FFeellddmmaannnn –– SSeeccrreettáárriiooGGeerraall;; VViirrggíínniiaa JJuunnqquueeiirraa –– TTeessoouurreeiirraa GGeerraall;; MMaarriiaa GGrraacciieellaa GGoonnzzáálleezz PPéérreezz ddee MMoorreellll –– DDiirreettoorraa ddee RReellaaççõõeessSSiinnddiiccaaiiss,, JJuurrííddiiccaass ee DDeeffeessaa PPrrooffiissssiioonnaall;; RReennaattaa CCrriissttiinnaa GGoonnççaallvveess ddooss SSaannttooss –– DDiirreettoorraa ddee PPoollííttiiccaa SSóócciiooCCuullttuurraall;;CCllááuuddiiaa MMaarriiaa FFrraannççaa MMaazzzzeeii NNoogguueeiirraa –– DDiirreettoorraa CCaammppuuss BBaaiixxaaddaa SSaannttiissttaa;; AAllbbeerrttoo HHaannddffaass –– DDiirreettoorr CCaammppuussOOssaassccoo..

EEnnddeerreeççoo:: RRuuaa NNaappoolleeããoo ddee BBaarrrrooss,, nnoo 884411,, VViillaa CClleemmeennttiinnoo,, SSããoo PPaauullooSSPP CCEEPP 0044002244000022

PPáággiinnaa:: wwwwww..aadduunniiffeesspp..oorrgg..bbrr FFaacceebbooookk:: AAdduunniiffeesspp SSSSiinndd

BBoolleettiimm AAdduunniiffeesspp::JJoorrnnaalliissttaa rreessppoonnssáávveell// PPrroojjeettoo ggrrááffiiccoo // DDiiaaggrraammaaççããoo:: RRaaffaaeell FFrreeiittaass

28

15Ato­Debate em Defesa da

Democracia e daUniversidade Pública

(Coletivo de Mobilização)Local: Auditório Marcos

Lindemberg, campus SãoPaulo

Horário: 19h

Debate Crise e Educação(Profª. Eblin Farange

­UFF/candidata à presidênciado ANDES­SN)

Horário:19hLocal: Anf. Flávio da Fonseca(R. Botucatu, 862 ­ campus

São Paulo)

Debate sobre carreiradocente (Prof.Amauri

Fragoso, UFCG/ANDES­SN)Horário:12h

Local: Anf. A, campus SP

Horário: 17hLocal: campus Osasco

29Debate sobre carreiradocente (Prof. Amauri

Fragoso,UFCG/ANDES­SN)Horário: a confirmar

Local: campus BaixadaSantista

14Ato unificado

contra o PL257/16Local: campus SP

Horário: aconfirmar