boletim adunifesp nº04 (março de 2010)

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O projeto de desmembramento do Campus da Baixada Santista da Unifesp, apresentado no ano pas- sado pelo senador Aloizio Merca- dante, além de mobilizar a comu- nidade contrariamente à proposta, retomou o debate sobre a expansão da universidade e a criação do cha- mado Instituto de Ciências do Mar e do Meio Ambiente (ICMMA). Ligado à universidade, este órgão, ainda como um embrião, já gera muita polêmica. Com o intuito de debater o tema, a Adunifesp organi- zou no final de 2009 uma mesa com o reitor Walter Albertoni, o diretor do Campus, Nildo Batista, e o coordenador do ICMMA, professor Samuel Goih- man. A mediação ficou por conta da presidente da Associação, Maria José Fernandes. Em sua exposição, o professor Nildo Batista falou sobre o atual momento do campus e sua relação com o ICMMA. Segundo o diretor, o instituto cumpriria uma impor- tante integração com as deman- das da região. O ponto fraco ainda seria a falta de infraestrutura do campus. Mesmo assim, o professor se mostrou otimista. “Temos ini- ciativas sociais de grande relação com o município e um grande po- tencial para pesquisa e extensão”, afirmou. Já Samuel Goihman explicou a estrutura do ICMMA. Além de cursos de engenharia portuária, ambiental, da pesca e oceanogra- fia, o projeto prevê a construção de um grande centro de pesquisas que contemple as demandas eco- nômicas e sociais da região, em particular a exploração do petró- leo do pré-sal e o desenvolvimento da indústria naval e do Porto de tionou. Eles também criticaram as condições precárias do campus da baixada, particularmente a falta de política de permanência estudan- til e de infraestrutura adequada. “Apesar de todos os graves proble- mas, o Instituto do Mar está sendo enfiado ‘goela abaixo’ da comuni- dade. Quando vamos discutir o fato de petróleo e porto serem mais rentáveis que políticas de saúde?”, indagou outra aluna. Samuel Goihman rebateu as críticas ao instituto, dizendo que o projeto já foi discutido: “Apenas foi interrompido, então ago- ra precisa ser retomado”. Ele afirmou que o órgão não irá funcionar parale- lamente à universidade, o que também foi negado categoricamente pelo rei- tor Albertoni. “Não faremos ne- nhuma improvisação”, afirmou, sobre a continuidade da expansão da universidade. A presidente da Adunifesp, Maria José Fernandes, alertou para o fato de que o futuro do ICMMA depende da reforma do Estatuto da universidade, que de- liberará sobre como se dará a au- tonomia de cada campus e a for- mação das unidades acadêmicas. “O instituto não é um órgão que esteja fora da Unifesp. Ele deve obedecer às suas instâncias e aos interesses da universidade públi- ca”, disse. Instituto do Mar gera polêmica em Santos Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo Seção Sindical do Andes-SN Boletim Adunifesp # 4 [10.mar.2010] www.adunifesp.org.br Debate reuniu principais envolvidos no tema Santos. O órgão teria autonomia para captar recursos privados e de empresas como a Petrobras, e não apenas das instituições públicas de fomento à pesquisa. O ICMMA deve funcionar em um prédio ce- dido pelo governo de São Paulo. Durante o debate, um grupo de estudantes criticou duramente o ICMMA. Uma estudante denun- ciou a lógica do instituto de traba- lhar apenas para os grandes inte- resses econômicos. “Como fica a população da região? E o tripé en- sino, pesquisa e extensão?”, ques-

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Boletim Adunifesp-SSind nº04, gestão 2009-2011, publicado em 10 de março de 2010. Jornalista responsável: Rodrigo Valente; Projeto gráfico e diagramação: D. Nikolaídis.

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Page 1: Boletim Adunifesp nº04 (março de 2010)

O projeto de desmembramento do Campus da Baixada Santista da Unifesp, apresentado no ano pas-sado pelo senador Aloizio Merca-dante, além de mobilizar a comu-nidade contrariamente à proposta, retomou o debate sobre a expansão da universidade e a criação do cha-mado Instituto de Ciências do Mar e do Meio Ambiente (ICMMA). Ligado à universidade, este órgão, ainda como um embrião, já gera muita polêmica. Com o intuito de debater o tema, a Adunifesp organi-zou no final de 2009 uma mesa com o reitor Walter Albertoni, o diretor do Campus, Nildo Batista, e o coordenador do ICMMA, professor Samuel Goih-man. A mediação ficou por conta da presidente da Associação, Maria José Fernandes.

Em sua exposição, o professor Nildo Batista falou sobre o atual momento do campus e sua relação com o ICMMA. Segundo o diretor, o instituto cumpriria uma impor-tante integração com as deman-das da região. O ponto fraco ainda seria a falta de infraestrutura do campus. Mesmo assim, o professor se mostrou otimista. “Temos ini-ciativas sociais de grande relação com o município e um grande po-tencial para pesquisa e extensão”, afirmou.

Já Samuel Goihman explicou a estrutura do ICMMA. Além de cursos de engenharia portuária, ambiental, da pesca e oceanogra-fia, o projeto prevê a construção de um grande centro de pesquisas que contemple as demandas eco-nômicas e sociais da região, em particular a exploração do petró-leo do pré-sal e o desenvolvimento da indústria naval e do Porto de

tionou. Eles também criticaram as condições precárias do campus da baixada, particularmente a falta de política de permanência estudan-til e de infraestrutura adequada. “Apesar de todos os graves proble-mas, o Instituto do Mar está sendo enfiado ‘goela abaixo’ da comuni-dade. Quando vamos discutir o fato de petróleo e porto serem mais rentáveis que políticas de saúde?”,

indagou outra aluna.

Samuel Goihman rebateu as críticas ao instituto, dizendo que o projeto já foi discutido: “Apenas foi interrompido, então ago-ra precisa ser retomado”. Ele afirmou que o órgão não irá funcionar parale-lamente à universidade, o que também foi negado categoricamente pelo rei-

tor Albertoni. “Não faremos ne-nhuma improvisação”, afirmou, sobre a continuidade da expansão da universidade. A presidente da Adunifesp, Maria José Fernandes, alertou para o fato de que o futuro do ICMMA depende da reforma do Estatuto da universidade, que de-liberará sobre como se dará a au-tonomia de cada campus e a for-mação das unidades acadêmicas. “O instituto não é um órgão que esteja fora da Unifesp. Ele deve obedecer às suas instâncias e aos interesses da universidade públi-ca”, disse.

Instituto do Mar gera polêmica em Santos

Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Paulo Seção Sindical do Andes-SN

Boletim Adunifesp# 4 [10.mar.2010] www.adunifesp.org.br

Debate reuniu principais envolvidos no tema

Santos. O órgão teria autonomia para captar recursos privados e de empresas como a Petrobras, e não apenas das instituições públicas de fomento à pesquisa. O ICMMA deve funcionar em um prédio ce-dido pelo governo de São Paulo.

Durante o debate, um grupo de estudantes criticou duramente o ICMMA. Uma estudante denun-ciou a lógica do instituto de traba-lhar apenas para os grandes inte-resses econômicos. “Como fica a população da região? E o tripé en-sino, pesquisa e extensão?”, ques-

Page 2: Boletim Adunifesp nº04 (março de 2010)

Adunifesp SSind. - Associação dos Docentes da Universidade Federal de São PauloGestão 2009-2011: Maria José da Silva Fernandes (presidente), Soraya Smaili (vice-presidente), João Fernando Marcolan (secretário-geral), Francisco Lacaz (1º secretário), Zelita Caldeira Guedes (tesoureira geral), Raquel de Aguiar Furuie (1ª tesoureira), Eliana Rodrigues (imprensa e comunicação), Alice Teixeira Ferreira (relações sindicais, jurídicas e defesa profissional), Ieda Verreschi (política universitária) e Maria das Graças Barreto da Silva (política sociocultural). Virginia Junqueira (campus baixada santista), Vera Silveira (campus diadema), Carlos Alberto Bello e Silva (campus guarulhos)

Rua Napoleão de Barros, 841. São Paulo - SP. CEP 04024-002. Telefone/fax: (11) 5549-2501 e (11) 5572-1776E-mail: [email protected] Página na internet: www.adunifesp.org.br

Boletim AdunifespJornalista responsável: Rodrigo Valente (MTB 39616)Projeto gráfico e diagramação: D. Nikolaídis

Violência e Segurança

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Nos últimos anos, a violência tornou-se um proble-ma cada vez mais grave na Unifesp. Acontecimentos internos e externos têm assustado a comunidade uni-versitária e causado muitos prejuízos para a institui-ção. Particularmente o Campus da Vila Clementino vem sofrendo com roubos e furtos, além de casos de agressões entre estudantes e atos de vandalismo.

A Reitoria e uma Comissão de Segurança elaboraram uma série de medidas para resolver alguns dos proble-mas mais graves. Há um plano de implantação de câ-meras, restrição da circulação de pessoas sem crachá, ampliação do número de guardas e a possibilidade – em discussão – da federalização das calçadas da região do Campus de São Paulo. Até catracas estão sendo cogita-das, medida criticada por boa parte da comunidade.

Mesmo com tais iniciativas, o assunto tem gerado po-lêmica. Em primeiro lugar, pelo fato de a universidade não ser uma “ilha” e ter o dever de dialogar permanen-temente com a população. Só criando um sentimento de pertencimento na comunidade interna e externa à universidade, resolveremos de forma satisfatória os problemas de violência e falta de segurança. Não é se fechando e se distanciando da sociedade que a Unifesp será um exemplo de universidade pública.

É fundamental também acabar com certo sentimento de impunidade reinante na universidade, o que tem feito com que casos de agressão e vandalismo con-tinuem acontecendo. Tais fatos sequer foram men-cionados pela Comissão de Segurança. A invasão e depredação dos Centros Acadêmicos de Medicina e Biomedicina e do DCE, neste sentido, precisam de solução e punição exemplar, única forma de evitar que episódios similares voltem a acontecer.

Rede Unifesp divulga atividades pagas, mas restringe gratuitas

Em janeiro, a Adunifesp contestou, em ofício à Reitoria, a divulgação de cursos pagos na Rede Unifesp. O documento afirma que, enquanto tais cursos podem ser divulgados na rede, muitas ati-vidades gratuitas de ensino e pesquisa não o são. “Desde 2008 sofremos limitações severas ou mes-mo impedimentos na divulgação de debates, semi-nários, palestras e até de cursos de pós-graduação strictu sensu”, argumenta o ofício.

A Associação propõe também que os critérios de divulgação sejam revistos, priorizando as ativi-dades gratuitas, desde que submetidas aos fóruns deliberativos da universidade, enquanto os cursos pagos devem ser divulgados com receitas próprias e sem utilizar a estrutura de comunicação da ins-tituição. A Adunifesp espera sensibilidade da Rei-toria para o assunto.

Comunicação da universidade gera controvérsia

Page 3: Boletim Adunifesp nº04 (março de 2010)

A intensificação do trabalho docente nas federais, o impacto das Organizações Sociais no Sistema de Saúde e a aplicabilidade de Foresight Estratégico nas univer-

sidades públicas foram os temas debatidos no Ciclo de Palestras organizado pela Adunifesp no final de 2009. Publicamos aqui um pequeno relato de cada mesa.

Ciclo de Palestras marca final de anoCiclo de Palestras marca final de ano

Trabalho intensificado nas federais

Ministrando palestra sobre o “Trabalho Intensificado nas Federais”, João dos Reis, autor de obra de mesmo nome e professor da UFSCar, debateu o impacto da hegemonia do “tempo do mercado” nas universidades públicas. O expositor alertou para as consequências dramáticas dessa política. “Todas as pesquisas sobre saúde do trabalho apontam para um aumento das do-enças e problemas psicológicos graves entre os profes-sores”, afirmou.

João dos Reis classificou a aplicação deste novo mode-lo como uma política articulada do Estado brasileiro nas últimas décadas. Ao mesmo tempo que os gover-

nos diminuem o financiamento, transferem respon-sabilidades para gestores e docentes: “A queda do fi-nanciamento das IFES foi de cerca de 30% nos últimos vinte anos”.

A pós-graduação seria a “ponta-de-lança” desta nova lógica, por meio de bolsas de produtividade, escassez de financiamento estatal e direcionamento privado. Essa nova política obrigou os docentes a recomporem a sua estrutura de trabalho. “O intelectual da universidade passa a ser o professor profissional, o que atinge direta-mente a subjetividade do trabalho acadêmico”, criticou João dos Reis. “É a ciência com hora marcada”.

Foresight Estratégico

Já Esper Abrão Cavalheiro, professor da Unifesp e membro do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos do Ministério de Ciência e Tecnologia, palestrou sobre seu trabalho de elaboração de um foresight estratégico na Faculdade de Medicina da USP. “Pensamos o que a USP vai querer ser daqui a 15 anos? E as formas de se chegar lá”, afirmou. O foresight é a construção de uma visão de futuro a partir da integração das atividades da instituição em sistema. “Delimitamos que o futuro está na elaboração de políticas em saúde. Eles querem sair da faculdade e ir para a sociedade”, resumiu.

Um ‘gargalo’ importante identificado seria a falta de diálogo entre pesquisadores e instituição, o que traria problemas de infraestrutura e funcionamento. “Não há um retorno, uma via de mão-dupla, da produção acadêmica. A maioria das publicações é feita em uma revista interna, acaba não atravessando os muros da instituição”, afirmou. Analisando tais problemas, foi construído um plano de desenvolvimento. “Através do estudo e do planejamento formulamos as medidas para alcançar nossos objetivos”, afirmou. A conclusão de Cavalheiro é que não só o foresight é aplicável às universidades públicas, como representaria um grande avanço acadêmico e científico. “A diretoria da FMUSP decidiu fazer esse trabalho e acho que nós aqui na Uni-fesp devemos fazer o mesmo”, concluiu.

OSs e inserção privada no SUS

Maria Luiza Levi, economista e doutora pela Medici-na Preventiva da USP, apresentou seu trabalho sobre o impacto das Organizações Sociais (OSs) no Sistema de Único de Saúde (SUS) em São Paulo. A palestrante cri-ticou o sistema brasileiro por pretender ser universal, mas contar com financiamento insuficiente. “O gasto per capita em saúde no Brasil é de mil reais por ano. Já em países desenvolvidos, é de dois a três mil dólares anuais”, comparou.

Atualmente, os estabelecimentos privados e filan-trópicos respondem pela maior parte da provisão de serviços do SUS. “O modelo das OSs é a opção por aprofundar ainda mais esse quadro”, afirmou. Entre 2002 e 2007, o repasse para as organizações sociais cresceu 100%, tornando-se o terceiro maior gasto em Saúde no Estado, mais de 20 bilhões. Além disso, des-de 1998, todos os novos hospitais já foram implanta-dos sob esse modelo.

Maria Luiza Levi concluiu afirmando ser fundamental um aprimoramento das OSs, principalmente porque até 2007 houve uma grande variação nos valores mé-dios dos serviços cobrados por cada uma. “Não é uma terceirização grosseira como o antigo sistema munici-pal do PAS, inclusive porque se preocupa com a quali-dade”, defendeu em contrapartida.

Page 4: Boletim Adunifesp nº04 (março de 2010)

Entidades estudantis sofrem vandalismoEntidades estudantis sofrem vandalismo

Dois Centros Acadêmicos da Unifesp sofreram ata-ques inaceitáveis no final de 2009. As entidades dos estudantes de Medicina e Biomedicina foram vanda-lizadas durante a madrugada de 29 de novembro em um episódio ainda não esclarecido. Suas sedes foram invadidas, pichadas, e até fezes foram encontradas no auditório do CA de Medicina. Além disso, alguns ob-jetos também foram roubados.

O Conselho de Entidades repudiou os ataques e exigiu providências da administração da Unifesp. “Esperamos

29o c

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es-s

nAndes aprova defesa das cotasAndes aprova defesa das cotasA Universidade Federal do Pará recebeu, entre 26 de janeiro e 1º de fevereiro, o 29º Congresso do Sindi-cato dos Docentes do Ensino Superior (Andes-SN). Mais de 300 delegados participaram dos debates e deliberaram as resoluções que irão nortear o próxi-mo ano da entidade, além de mais uma vez reafir-marem os princípios históricos de defesa da univer-sidade pública e gratuita e do movimento sindical combativo e independente.

como política afirmativa transitória e acompanha-da de uma política de financiamento e permanência estudantil adequada. A entidade irá aprofundar no próximo ano o modelo que irá defender e já prepara uma edição especial da Revista Universidade e Socie-dade sobre o assunto.

O Congresso também foi marcado pela abertura do processo eleitoral da entidade, que ocorre em maio. Duas chapas se inscreveram, mas apenas uma, a “Andes Autônoma e Democrática”, conseguiu apre-sentar a documentação necessária para homologar a inscrição. A candidata a presidente é a professora Marina Barbosa, da UFF. Já a Chapa “Andes Para os Professores”, presidida pelo professor Flávio Borges Botelho Filho, da UnB, não conseguiu completar os 83 membros espalhados por todas as regiões do Brasil. Duas representantes da Unifesp concorrem na Chapa inscrita como diretoras da Regional São Paulo. As professoras Soraya Smaili e Clélia Rejane Antonio. A cobertura completa do 29º Congresso está no site www.andes.org.br.

que tamanha violência não fique impune e que a Reito-ria e os órgãos responsáveis tomem as providências ne-cessárias para que tais atos injustificáveis não voltem a acontecer em nossa universidade”, cobrou a carta assi-nada pela Adunifesp e as demais entidades representa-tivas das categorias no final de 2009. Lamentavelmente, na madrugada da quinta-feira, 4 de março, o Diretório Central dos Estudantes também foi vítima de invasão e vandalismo. Fato gravíssimo, já que demonstra clara-mente que, três meses depois dos primeiros ataques, as medidas necessárias ainda não foram tomadas.

Marina Barbosa e representantes da chapa inscrita

Prof. Ciro Correa coordena mesa de abertura

Os delegados aprovaram um plano de lutas centrado na valorização do trabalho docente, contra todas as formas de precarização; na defesa incessante da edu-cação pública; na manutenção do registro do Andes e contra toda a forma de divisão do movimento docente; e na reorganização do movimento social, através da construção de uma nova central, classista, sindical e popular.

A maior polêmica do encontro foi quanto ao posi-cionamento sobre o sistema de cotas para a educação superior pública. Os delegados aprovaram o apoio do Andes, porém defendendo um modelo de cotas

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