iob - icms/ipi - rondônia - nº04/2016 -4ª sem janeiro

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Base de cálculo - Inclusão do valor do frete a ICMS - Apuração de ICMS - EFD (ICMS/IPI) - Bloco E a ICMS - Controle de crédito do ICMS do Ativo Permanente (Ciap) ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 04/2016 Rondônia / a Federal IPI Avarias, deterioração e outros danos em produtos tributados 01 / a Estadual Base de cálculo reduzida nas operações interestaduais com insumos agropecuários 05 / a IOB Setorial Estadual Farmacêutico - ICMS - Crédito presumido para distribuidor nas aqui- sições interestaduais 10 / a IOB Comenta Federal Sped - EFD - IPI - Apuração 11 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Bens de produção - Revenda de insumos por estabelecimento equi- parado a industrial - Tratamento tributário 12 Bens de produção - Tributação 12 ICMS/RO Crédito presumido - Produtos farmacêuticos - Aquisição interestadual 12 Documentos fiscais - AIDF - Não utilização - Providências 12 Documentos fiscais - Impressão - Nova sistemática 13

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IOB ICMS-IPI, Rondonia,04-2016,4a Sem Janeiro

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico

Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Base de cálculo - Inclusão do valor do frete

a ICMS - Apuração de ICMS - EFD (ICMS/IPI) - Bloco E

a ICMS - Controle de crédito do ICMS do Ativo Permanente (Ciap)

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 04/2016

Rondônia

/a Federal

IPIAvarias, deterioração e outros danos em produtos tributados . . . . . . 01

/a EstadualBase de cálculo reduzida nas operações interestaduais com insumos agropecuários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB Setorial

EstadualFarmacêutico - ICMS - Crédito presumido para distribuidor nas aqui-sições interestaduais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

/a IOB Comenta

FederalSped - EFD - IPI - Apuração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

/a IOB Perguntas e Respostas

IPIBens de produção - Revenda de insumos por estabelecimento equi-parado a industrial - Tratamento tributário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12Bens de produção - Tributação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

ICMS/ROCrédito presumido - Produtos farmacêuticos - Aquisição interestadual . . 12Documentos fiscais - AIDF - Não utilização - Providências . . . . . . . . 12Documentos fiscais - Impressão - Nova sistemática . . . . . . . . . . . . . 13

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© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : avarias, deterioração e outros danos em produtos tributados. -- 12. ed. -- São Paulo : IOB SAGE, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2638-3

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

15-11202 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

04-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 RO

a Federal

IPI

Avarias, deterioração e outros danos em produtos tributados SUMÁRIO 1. Introdução 2. Ocorrências verificadas no próprio estabelecimento

industrial 3. Ocorrências verificadas após a saída do

estabelecimento industrial (produtos em trânsito) 4. Perdas ocorridas na importação

1. INTRODUÇÃO

Neste texto examinaremos os aspectos relacio-nados a avarias, deterioração, inutilização ou furto de produtos, verificados no estabelecimento industrial, após a sua respectiva saída, assim como os constatados nas operações de importação.

2. OCORRÊNCIAS VERIFICADAS NO PRÓPRIO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL

Na hipótese de ocorrência verificada dentro do estabelecimento industrial, portanto, antes da saída do produto, deverão ser adotados os proce-dimentos descritos nos subitens seguintes.

2.1 Estorno de crédito

O estabelecimento industrial deverá anular, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do IPI relativo a matérias-primas, produtos intermediários, material de embalagem e quaisquer outros produtos que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma sorte.

(Regulamento do IPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 254, IV)

2.2 Apuração do valor a estornar

O valor do imposto a ser estornado na escrita fis-cal do contribuinte deverá corresponder exatamente àquele lançado por ocasião da respectiva entrada.

Entretanto, havendo mais de uma aquisição de produtos, e não sendo possível determinar aquela a que corresponde o estorno, este será calculado com base no preço médio das aquisições.

(RIPI/2010, art. 254, § 1º)

2.3 Escrituração fiscal

O valor apurado a título de estorno, na forma do subitem anterior, deve ser

escriturado diretamente no livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, no item “010 - Estorno de créditos”, anotando-se resumi-damente o fato que deu origem ao estorno.

(RIPI/2010, art. 477)

2.3.1 EFD

Os contribuintes do IPI devem observar as disposições contidas no Ajuste Sinief nº 2/2009, rela-tivamente à Escrituração Fiscal Digital (EFD), além de outros atos que disciplinam a matéria, tais como o Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que dispõe sobre as especificações técnicas para a geração de arquivos da EFD, o Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e os arts. 453 a 455 do RIPI/2010.

O lançamento do estorno de crédito será feito me-diante o preenchimento do registro E520 - Apuração do IPI, item 05 - VL _OD _IPI - IPI - Valor de “Outros Débitos” do IPI (inclusive estornos de créditos), con-forme reprodução do quadro a seguir:

O valor do imposto

a ser estornado na escrita fiscal do contribuinte

deverá corresponder exatamente àquele

lançado por ocasião da respectiva entrada

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

04-02 RO Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 - Boletim IOB

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

05 VL_OD_IPIValor de “Outros Débitos” do IPI (inclusive estornos de créditos)

N - 02 O

Além do registro E520, deverá ser preenchido também o registro E530 para a descrição do valor lançado a título de estorno, conforme reprodução do quadro a seguir.

REGISTRO E530: AJUSTES DA APURAÇÃO DO IPI

Este registro deve ser apresentado para discrimi-nar os ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” do registro E520.

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec Obrig

01 REG Texto fixo contendo “E530” C 004 - O

02 IND_AJ

Indicador do tipo de ajus-te:0 - Ajuste a débito;1 - Ajuste a crédito.

C 001* - O

03 VL_AJ Valor do ajuste N - 02 O

04 COD_AJCódigo do ajuste da apu-ração, conforme a tabela indicada no item 4.5.4

C 003* O

05 IND_DOC

Indicador da origem do documento vinculado ao ajuste:0 - Processo judicial;1 - Processo administra-tivo;2 - PER/DCOMP;9 - Outros.

C 001* - OC

06 NUM_DOC

Número do documento/processo/declaração ao qual o ajuste está vincu-lado, se houver

C - - OC

07 DESCR_AJDescrição detalhada do ajuste, com citação dos documentos fiscais

C - - O

Observações:

Nível hierárquico - 4

Ocorrência - 1: N por período

Campo 01 (REG) - Valor válido: [E530]

Campo 02 (IND-AJ) - Valores válidos: [0,1]

Campo 03 (VL_AJ) - Preenchimento: informar o valor dos ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” que não constam dos documentos fiscais, exceto no caso de transferência de crédito do IPI, conforme o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.300/2012.

Campo 04 (COD_AJ) - Validação: o valor informado no campo deve existir na Tabela de Ajustes da Apuração IPI, publicada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) (Instrução Normativa RFB nº 932/2009, atualizada pela Instrução Normativa RFB nº 1.009/2010).

Código Descrição Natureza (*) Detalhamento

001 Estorno de dé-bito C Valor do débito do IPI estor-

nado

002 Crédito recebi-do por transfe-rência

C

Valor do crédito do IPI rece-bido por transferência, de outro(s) estabelecimento(s) da mesma empresa

010

Crédito Pre-sumido de IPI - Ressarci-mento do PIS/Pasep e da Cofins - Lei nº 9.363/1996

C

Valor do crédito presumido de IPI decorrente do ressar-cimento do PIS/Pasep e da Cofins nas operações de ex-portação de produtos indus-trializados (Lei nº 9.363/1996, art. 1º)

011

Crédito Pre-sumido de IPI - Ressarci-mento do PIS/Pasep e da Cofins - Lei nº 10.276/2001

C

Valor do crédito presumido de IPI decorrente do res-sarcimento do PIS/Pasep e da Cofins nas operações de exportação de produ-tos industrializados (Lei nº 10.276/2001, art. 1º)

012

Crédito Presu-mido de IPI - Regiões incen-tivadas - Lei nº 9.826/1999

C

Valor do crédito presumido relativo ao IPI incidente nas saídas, do estabelecimen-to industrial, dos produtos classificados nas posições 8702 a 8704 da TIPI (Lei nº 9.826/1999, art. 1º)

013

Crédito Presu-mido de IPI - Frete - Medida Provisória nº 2.158/2001

C

Valor do crédito presumido de IPI relativamente à parce-la do frete cobrado pela pres-tação do serviço de transpor-te dos produtos classificados nos códigos 8433.53.00, 8433.59.1, 8701.10.00, 8701.30.00, 8701.90.00, 8702.10.00 Ex 01, 8702.90.90 Ex 01, 8703, 8704.2, 8704.3 e 87.06.00.20, da TIPI (Medida Provisória nº 2.158/2001, art. 56)

019Crédito Presu-mido do IPI - Outros

C Outros valores de crédito presumido do IPI

098

Créditos de-correntes de medida judi-cial

C Valores de crédito do IPI de-correntes de medida judicial

099 Outros crédi-tos D Valor de outros créditos do

IPI

101 Estorno de crédito D Valor do crédito do IPI estor-

nado

102 Transferência de crédito D Valor do crédito do IPI estor-

nado

103

Ressarcimen-to/compensa-ção de crédi-tos do IPI

D Valor do crédito do IPI, solici-tado junto à RFB/MF

199 Outros débitos D Valor de outros débitos do IPI

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

04-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 RO

(*) Natureza: “C” - Crédito; “D” - Débito

Campo 05 (IND_DOC) - Valores válidos: [0, 1, 2, 9]

Campo 07 (DESCR_AJ) - Preenchimento: informar a descrição resumida do ajuste, incluindo, se for o caso, o período a que se refere o ajuste, especialmente quando se tratar de períodos de apuração anteriores.

(RIPI/2010, arts. 453 a 455; Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18, registros E520 e E530)

3. OCORRÊNCIAS VERIFICADAS APÓS A SAÍDA DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL (PRODUTOS EM TRÂNSITO)

3.1 Aspectos pertinentes ao remetente

Esses aspectos foram examinados em diversas oportunidades pela Coordenação do Sistema de Tributação (CST), segundo a qual as avarias de produtos (deterioração, extravio, perda e eventos do gênero), verificadas após a saída do estabelecimento industrial, não extinguem o crédito tributário já cons-tituído, isto é, o débito do IPI lançado no documento fiscal que acobertou a respectiva saída. A esse res-peito, vejamos o que dizem as ementas dos Pareceres Normativos CST nºs 6/2013 e 209/1971 (examinar, ainda, o Parecer Normativo CST nº 95/1977, reprodu-zido no subitem 3.3):

Parecer Normativo RFB nº 6, de 08.08.2013 - DOU 1 de 13.08.2013

Assunto: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZA-DOS - IPI.

EXTRAVIO DE PRODUTOS POSTERIOMENTE À SAÍDA DO ESTABELECIMENTO. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA.

Ementa: O extravio de produtos posteriormente à saída de fábrica, ainda que tal saída seja a título de transferência, não afasta a ocorrência do fato gerador do imposto.

Dispositivos Legais: Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional, arts. 131, § 1º, 139, 156, 170 e 175.

Relatório

Cuida-se da atualização do Parecer Normativo CST nº 25, de 1970. Referido Parecer está parcialmente em vigor, contendo disposições já revogadas que se basearam em entendimento administrativo superado por legislação superveniente. O presente Parecer Normativo abordará somente os trechos do Parecer Normativo CST nº 25, de 1970, que ainda estão em vigor.

2. No caso em questão, discute-se a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no caso de extravio de produtos posteriormente à saída da fábrica.

Fundamentos

3. A saída de produto de estabelecimento industrial é fato gerador do IPI, cuja ocorrência faz surgir a obrigação tri-butária, consoante o disposto no § 1º do art. 131 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, Código Tributário Nacional (CTN). Por sua vez, o crédito tributário decorre da obrigação tributária e tem a mesma natureza desta (art. 139 do CTN).

4. O crédito tributário somente se extingue ou é excluído por uma das modalidades previstas no referido Código (arts. 156, 170 e 175 do CTN).

5. Isto posto, temos que na hipótese de produtos saídos da fábrica que se extraviaram (incêndio ou explosão) antes de chegar ao destino, ainda que a saída se dê a título de trans-ferência, não se afasta a ocorrência do fato gerador do IPI, nem o nascimento da respectiva obrigação tributária e do crédito tributário dela decorrente. Seria necessária previ-são legal expressa afastando a incidência do imposto.

Conclusão

6. Diante do exposto, conclui-se que a saída de produto tributado de estabelecimento industrial é fato gerador do IPI. Ocorrido este, nasce a obrigação tributária e desta decorre o crédito tributário.

O crédito tributário somente se modifica ou se extingue por uma das modalidades expressamente previstas no Código Tributário Nacional. Nesse contexto, por falta de previsão legal, o extravio de produtos posteriormente à saída da fábrica, ainda que a título de transferência, não afasta a ocorrência do fato gerador do imposto nem da respectiva obrigação tributária e do crédito tributário dela decorrente.

7. Fica revogado o Parecer Normativo CST nº 25, de 1970.

À consideração do Coordenador-Substituto do GT-IPI.

RUI DIOGO LOUSA BORBA

Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)

Portaria RFB nº 712, de 06 de junho de 2013

De acordo. À consideração do Coordenador-Geral da Cosit.

MARCOS VINICIOS C. L. TAPAJÓS

AFRFB - Coordenador-Substituto do GT-IPI

Portaria RFB nº 712, de 06 de junho de 2013

De acordo. Encaminhe-se ao Subsecretário de Tributação e Contencioso (Sutri), com proposta de encaminhamento ao Secretário da Receita Federal do Brasil, para aprovação.

CLAUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

AFRFB - Coordenadora-Geral da Cosit

Substituta

De acordo. Encaminhe-se ao Secretário da Receita Federal do Brasil, para aprovação.

Page 6: IOB - ICMS/IPI - Rondônia - nº04/2016 -4ª Sem Janeiro

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

04-04 RO Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 - Boletim IOB

SANDRO DE VARGAS SERPA

Subsecretário de Tributação e Contencioso (Sutri)

As modalidades de extinção do crédito tributário estão previstas no art. 156, I a X, da Lei nº 5.172/1966, que aprovou o Código Tributário Nacional (CTN).

Dentre as modalidades de extinção, citamos: o pagamento, o pagamento antecipado e a homologa-ção do lançamento (como ocorre em relação ao IPI), a prescrição e a decadência, a remissão etc.

Parecer Normativo CST nº 209/71

Furto de produtos tributados, em poder do ambulante: não há extinção do crédito tributário, uma vez que já ocorreu o fato gerador do imposto, pela saída dos produtos do esta-belecimento industrial.

O contribuinte não pode, portanto, creditar-se do imposto relativo aos produtos furtados, devendo estornar esse cré-dito, caso o tenha escriturado.

3.2 Aspectos pertinentes ao destinatário

O destinatário, ao receber produtos que tenham sido objeto de avarias (deterioração, inutilização e eventos do gênero), deverá atentar, em síntese, para os seguintes aspectos (examinar, também, os itens 3 a 5 do Parecer Normativo CST nº 95/1977, transcrito no subitem 3.3):

a) é vedada a emissão de nota fiscal de “devolu-ção ficta” (simbólica) do produto avariado ou de quantidade, peso ou volume relativo às fal-tas verificadas (art. 412 do RIPI/2010);

b) o direito ao crédito do imposto está condicio-nado ao efetivo recebimento do produto, ine-xistindo esse direito nos casos de produtos avariados que, em virtude dos danos sofridos, não mais possam ser utilizados pelo estabele-cimento na industrialização de produtos nem estejam sujeitos à nova incidência do imposto na saída desse estabelecimento.

(RIPI/2010, art. 412)

3.3 Parecer Normativo CST nº 95/1977

Reproduzimos, a seguir, a íntegra do Parecer Normativo CST nº 95/1977, que examinou detalha-damente os aspectos relativos ao crédito do IPI nas hipóteses de faltas ou avarias de produtos em trânsito (entre os estabelecimentos remetente e destinatário):

Parecer Normativo CST nº 95/77

Imposto sobre produtos industrializados

4.18.00.00 - Crédito do Imposto

Crédito do imposto nos casos de faltas ou avarias de pro-dutos em trânsito entre os estabelecimentos remetente e destinatário.

Indaga-se quanto ao direito ao crédito do imposto por parte tanto do estabelecimento remetente como do destinatário, verificada qualquer das hipóteses seguintes:

a) faltas (perda total do produto, ou redução de sua quan-tidade, peso ou volume) decorrentes de evaporação, vaza-mentos, desaparecimentos ou extravios, sinistros ou furtos, e ocorrências semelhantes;

b) avarias (deterioração, inutilização etc.) resultantes, prin-cipalmente, de acidentes ou de demora no trânsito.

2 - O crédito por parte do remetente, em situações seme-lhantes, ou seja, quando não tenha ocorrido a devolução ou o retorno dos produtos ao seu estabelecimento, já foi analisado no PN nº 209/71. O entendimento então espo-sado, contrário ao crédito pleiteado, deve ser generalizado, pois acontecimentos tais como: perda total, redução de quantidade, peso ou volume do produto, ou sua avaria, são irrelevantes para alterar a obrigação tributária decorrente de fato gerador ocorrido por ocasião da saída da merca-doria do estabelecimento remetente, não cabendo, assim, a este creditar-se do imposto correspondente às faltas ou avarias verificadas posteriormente àquela saída.

3 - Esclareça-se, por oportuno, que o destinatário das mer-cadorias não poderá emitir nota fiscal de “devolução ficta” (simbólica) do produto avariado ou da quantidade, peso ou volume relativo às faltas verificadas, tendo em vista o disposto no art. 123 do RIPI/72, que proíbe a emissão de nota fiscal que não corresponda a uma efetiva saída de mercadoria, e atendendo ao fato de que a hipótese em exame não se encontra relacionada, no Regulamento, entre as exceções a esse comando.

4 - O direito ao crédito do imposto por parte do estabe-lecimento destinatário, nas diversas situações expostas no item 1 deste parecer, está condicionado ao efetivo recebimento do produto e, ainda, a que este seja utilizado como matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem na industrialização de produtos tributados, ou seja objeto de nova saída tributada, tendo em vista as disposições do art. 32 do RIPI aprovado pelo Decreto nº 70.162, de 18 de fevereiro de 1972.

5 - Os lançamentos nos livros Registro de Entradas - modelo 1 - e Registro de Controle da Produção e do Estoque - modelo 2 - deverão ser feitos com base na quantidade, peso ou volume que corresponder aos produtos realmente entrados no estabelecimento, não existindo o direito ao crédito do imposto nos casos de recebimento de produtos avariados que, em virtude dos danos sofridos, não mais possam ser utilizados pelo estabelecimento destinatário na industrialização de produtos tributados nem estejam sujeitos à nova incidência do imposto na saída desse esta-belecimento. Quando as faltas ou avarias acima referidas só forem constatadas após competentes registros, estes poderão ser corrigidos mediante lançamento de estorno, sempre com as necessárias anotações na coluna de observações.

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

04-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 RO

4. PERDAS OCORRIDAS NA IMPORTAÇÃO

4.1 Verificadas antes do desembaraço aduaneiro

Caso seja constatada a falta de produtos importa-dos antes de ocorrido o desembaraço aduaneiro, não será devido o IPI em relação aos produtos extraviados, visto que o fato gerador desse tributo (nas importa-ções) ocorre no momento do respectivo desembaraço aduaneiro. A esse respeito, vejamos o que diz o Ato Declaratório (Normativo) CST nº 1/1978:

Ato Declaratório (Normativo) CST nº 01/78

Imposto sobre Produtos Industrializados

4.08.06.00 - Inocorrência do fato gerador

Artigo 6º, inciso I, do RIPI.

O Coordenador do Sistema de Tributação, no uso das atri-buições que lhe confere o item II da Instrução Normativa do Secretário da Receita Federal nº 034, de 18 de setembro de 1974, e tendo em vista o Parecer CST/SIPE nº 222, de 25 de janeiro de 1978,

Declara, em caráter normativo, às Superintendências Regionais da Receita Federal e demais interessados que, não incide o Imposto sobre Produtos Industrializados, pela não-configuração do fato gerador previsto no art. 6º, inciso I, do RIPI/72, na hipótese de extravio de mercadorias importadas ocorrido antes do respectivo desembaraço aduaneiro.

4.2 Verificadas após o desembaraço aduaneiro

As avarias poderão, ainda, ser constatadas tanto no transporte (da repartição alfandegária até o esta-belecimento importador) como após a entrada dos produtos no estabelecimento (avarias nos estoques).

Relativamente à primeira hipótese (avarias ocorridas no transporte), como o documento fiscal

(nota fiscal relativa à entrada) deve refletir as quan-tidades e os valores dos produtos desembaraçados (documento este que dará ensejo à escrituração dos livros fiscais Registro de Entradas e Registro de Controle da Produção e do Estoque), cumpre ao contribuinte estornar o crédito - lançado por ocasião da escrituração do Registro de Entradas - quanto aos produtos que tenham sido avariados e se tornado imprestáveis (os quais não mais serão objeto de saída tributada). Idêntico procedimento deve ser observado em relação à segunda hipótese, isto é, quando forem verificadas avarias nos estoques de produtos impor-tados.

Sobre o assunto, os itens 1 a 3 do Parecer Normativo CST nº 349/1971 esclarecem:

1) O inciso II do art. 30 do RIPI (Decreto nº 61.514/67) faculta ao importador creditar-se pelo imposto pago no desembaraço aduaneiro.

2) Nos casos de perda constatada posteriormente, qual-quer que seja o motivo (deterioração do produto, obsole-tismo, extravio etc.), será anulado o crédito, pelo sistema de estorno na escrita fiscal do imposto, conforme reitera-dos pronunciamentos desta Coordenação, ressaltando-se, por oportuno, os Pareceres CST nºs 112/71 e 180/71, que focalizam a questão.

3) No que se refere à diferença no estoque, far-se-á o acerto nos livros ou fichas de controle quantitativo, desde que a perda esteja devidamente comprovada por documento hábil, observando-se o fato na coluna correspondente do livro ou ficha próprios.

Relativamente aos demais aspectos pertinentes à apuração e à escrituração fiscal do valor a estornar, examinar as orientações de que tratam os subitens 2.2 e 2.3.

N

Base de cálculo reduzida nas operações interestaduais com insumos agropecuários SUMÁRIO 1. Introdução 2. Produtos com base de cálculo reduzida em 60% 3. Produtos com redução da base de cálculo em 30% 4. Manutenção dos créditos 5. Prazo de vigência do benefício fiscal 6. Modelo de documento fiscal 7. Escrituração - Principais reflexos na EFD 8. Penalidades

1. INTRODUÇÃO

A redução da base de cálculo do ICMS será concedida ou revogada nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo Distrito Federal, de acordo com a disciplina estabelecida na Lei Complementar nº 24/1975 e no art. 155, XII, “g”, da Constituição Federal.

Com o objetivo de incrementar a atividade agrícola através da concessão de incentivos fiscais no âmbito da legislação do ICMS, o Estado de Rondônia parti-

a Estadual

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Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

04-06 RO Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 - Boletim IOB

cipa do Convênio ICMS nº 100/1997, que disciplina a redução da base de cálculo do imposto nas opera-ções interestaduais com insumos agropecuários.

2. PRODUTOS COM BASE DE CÁLCULO REDUZIDA EM 60%

Fica reduzida em 60% a base de cálculo do ICMS nas operações interestaduais com as seguintes mer-cadorias:

a) inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas, parasiticidas, germicidas, acaricidas, nema-ticidas, raticidas, desfolhantes, dessecantes, espalhantes, adesivos, estimuladores e inibi-dores de crescimento (reguladores), vacinas, soros e medicamentos produzidos para uso na agricultura e na pecuária, inclusive, inocu-lantes, vedada a sua aplicação em destinação diversa;

b) ácido nítrico e ácido sulfúrico, ácido fosfórico, fosfato natural bruto e enxofre, saídos dos es-tabelecimentos extratores, fabricantes ou im-portadores para:

b.1) estabelecimento onde sejam industria-lizados adubos simples ou compostos, fertilizantes e fosfato bi-cálcio destinado à alimentação animal;

b.2) estabelecimento produtor agropecuário;

b.3) quaisquer estabelecimentos com fins ex-clusivos de armazenagem;

b.4) outro estabelecimento da mesma empre-sa onde se tiver processado a industriali-zação;

Nota

O benefício estende-se às saídas promovidas, entre si, pelos estabele-cimentos referidos nas letras “b.1” a “b.4” e também às saídas, a título de re-torno, real ou simbólico, da mercadoria remetida para fins de armazenagem, conforme Convênio ICMS nº 100/1997.

c) rações para animais, concentrados, suplemen-tos, aditivos, premix ou núcleo, fabricados pe-las respectivas indústrias, devidamente regis-tradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, desde que com o respectivo número do registro indicado no documento fis-cal, e com o rótulo ou etiqueta identificando o produto, destinados exclusivamente ao uso na pecuária, assim entendidos como:

c.1) ração animal - qualquer mistura de ingre-dientes capazes de suprir as necessida-des nutritivas para manutenção, desen-volvimento e produtividade dos animais a que se destinam;

c.2) concentrado - a mistura de ingredientes que, adicionada a um ou mais elementos em proporção adequada e devidamente especificada pelo seu fabricante, consti-tua uma ração animal;

c.3) suplemento - o ingrediente ou a mistura de ingredientes capaz de suprir a ração ou concentrado, em vitaminas, aminoáci-dos ou minerais, permitida a inclusão de aditivos;

c.4) aditivo - substâncias e misturas de subs-tâncias ou micro-organismos adiciona-dos intencionalmente aos alimentos para os animais que tenham ou não valor nutri-tivo e que afetem ou melhorem as carac-terísticas dos alimentos ou dos produtos destinados à alimentação dos animais;

c.5) premix ou núcleo - a mistura de aditivos para produtos destinados à alimentação animal ou mistura de um ou mais destes aditivos com matérias-primas usadas como excipientes que não se destinam à alimentação direta dos animais;

d) calcário e gesso destinados ao uso exclusivo na agricultura, como corretivo ou recuperador do solo;

e) semente genética, semente básica, semen-te certificada de 1ª geração - C1, semente certificada de 2ª geração - C2, semente não certificada de 1ª geração - S1 e semente não certificada de 2ª geração - S2, destinadas à semeadura, desde que produzidas sob con-trole de entidades certificadoras ou fiscaliza-doras, bem como as importadas, atendidas as disposições da Lei federal nº 10.711/2003, regulamentada pelo Decreto nº 5.153/2004, e as exigências estabelecidas pelos órgãos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abaste-cimento ou por outros órgãos e entidades da administração federal nos Estados que manti-verem convênio com aquele Ministério;

f) alho em pó, sorgo, milheto, sal mineralizado, farinhas de peixe, de ostra, de carne, de osso, de pena, de sangue e de víscera, calcário cal-cítico, caroço de algodão, farelos e tortas de algodão, de babaçu, de cacau, de amendoim, de linhaça, de mamona, de milho e de trigo, fa-relos de arroz, de girassol, de glúten de milho, de gérmen de milho desengordurado, de qui-rera de milho, de casca e de semente de uva e de polpa cítrica, silagens de forrageiras e de produtos vegetais, feno, óleos de aves, e ou-

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04-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 RO

tros resíduos industriais, destinados à alimen-tação animal ou ao emprego na fabricação de ração para animal;

g) esterco animal;h) mudas de plantas;i) embriões, sêmen congelado ou resfriado, ovos

férteis, aves de um dia, girinos e alevinos, ex-ceto sêmen congelado ou resfriado de bovinos e aves ornamentais;

j) enzimas preparadas para a decomposição de matéria orgânica animal classificada no códi-go da NBM/SH 3507.90.4;

k) gipsita britada para uso na agropecuária ou na fabricação de sal mineralizado;

l) casca de coco triturada para uso na agricultu-ra;

m) vermiculita para ser utilizada como condicio-nador e ativador de solo;

n) extrato pirolenhoso decantado, piro alho, silí-cio líquido piro alho e bio bire plus, para uso na agropecuária;

o) óleo, extrato seco e torta de Nim (Azadirachta indica A. Juss);

p) condicionadores de solo e substratos para plantas, desde que os produtos estejam re-gistrados no órgão competente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e que o número do registro seja indicado no do-cumento fiscal;

q) torta de filtro e bagaço de cana, cascas e serragem de pínus e eucalipto, turfa, torta de oleaginosas, resíduo da indústria de celulose (dregs e grits), ossos de bovino auto clavado, borra de carnaúba, cinzas, resíduos agroin-dustriais orgânicos, destinados para uso ex-clusivo como matéria-prima na fabricação de insumos para a agricultura.

(RICMS-RO/1998, Anexo II, Tabela II, item 6)

3. PRODUTOS COM REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO EM 30%

Fica reduzida em 30% a base de cálculo do ICMS na saída interestadual, desde que o estabelecimento vendedor deduza do preço da mercadoria o valor cor-respondente ao imposto dispensado, descrevendo, em nota fiscal, a respectiva redução dos seguintes produtos:

a) farelos e tortas de soja e de canola, cascas e farelos de cascas de soja e de canola, sojas desativadas e seus farelos, quando destina-

dos à alimentação de animais ou ao emprego na fabricação de ração para animais;

b) milho, quando destinados a produtor, coope-rativa de produtores, indústria de ração para animais ou a órgão oficial de fomento e desen-volvimento agropecuário vinculado ao Estado ou Distrito Federal;

c) amônia, ureia, sulfato de amônio, nitrato de amônio, nitrocálcio, mono-amônio fosfato (MAP), di-amônio fosfato (DAP), cloreto de po-tássio, adubos simples e compostos, fertilizan-tes e DL metionina e seus análogos, produzi-dos para uso na agricultura e na pecuária, ve-dada a sua aplicação em destinação diversa;

d) aveia e farelo de aveia, destinados à alimen-tação animal ou ao emprego na fabricação de ração para animais.

(RICMS-RO/1998, Anexo II, Tabela II, item 7)

4. MANUTENÇÃO DOS CRÉDITOS

Não se exigirá a anulação de crédito relativo à aquisição dos produtos constantes dos tópicos 2 e 3 anteriores, cuja saída seja realizada com a redução da base de cálculo.

(RICMS-RO/1998, Anexo II, Tabela II, item 6, nota 7, e item 7, nota 1)

5. PRAZO DE VIGÊNCIA DO BENEFÍCIO FISCAL

O benefício fiscal de redução de base de cálculo do ICMS, nas operações interestaduais com insumos agropecuários, de que tratam o Convênio ICMS nº 100/1997 e o RICMS-RO/1998 será aplicado até 30.04.2017.

Vale ressaltar que o referido incentivo fiscal tem sido periodicamente prorrogado pelo Governo do Estado de Rondônia.

(RICMS-RO/1998, Anexo II, Tabela II, itens 6 e 7)

6. MODELO DE DOCUMENTO FISCAL

A título ilustrativo, exemplificaremos a emissão de um documento fiscal em operação interestadual com base no tópico 2, letra “j”, cujos dados constantes no documento fiscal são fictícios.

Observamos que, na operação interestadual, o contribuinte deve preencher o documento fiscal, observando a legislação local do remetente da mer-cadoria.

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04-08 RO Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 - Boletim IOB

MODELO DE DOCUMENTO FISCAL

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04-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 RO

7. ESCRITURAÇÃO - PRINCIPAIS REFLEXOS NA EFD

Ao contribuinte que estiver obrigado à apresen-tação da Escrituração Fiscal Digital (EFD), para o lançamento fiscal da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) apresentada no tópico 6, a título exemplificativo, apre-sentamos, a seguir, o preenchimento dos principais registros/campos.

Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 e posteriores alterações, bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI).

7.1 Registro C100

Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada no tópico 6, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

REGISTRO C100

Registro C100Nº Campo Valor Obrigatoriedade1 REG C100 O2 IND_OPER 1 O3 IND_EMIT 0 O4 COD_PART *Código interno declarante O5 COD_MOD 55 O6 COD_SIT 00 O7 SER 1 OC8 NUM_DOC 1 O

9 CHV_NFE 11151277904516523708550010000000011900900306 O

10 DT_DOC 181220XX O11 DT_E_S 181220XX OC12 VL_DOC 1.000,00 O13 IND_PGTO 2 O14 VL_DESC OC15 VL_ABAT_NT OC16 VL_MERC 1.000,00 OC17 IND_FRT 9 O18 VL_FRT OC19 VL_SEG OC20 VL_OUT_DA OC21 VL_BC_ICMS 400,00 OC22 VL_ICMS 48,00 OC23 VL_BC_ICMS_ST OC24 VL_ICMS_ST OC25 VL_IPI OC26 VL_PIS OC27 VL_COFINS OC28 VL_PIS_ST OC29 VL_COFINS_ST OC

A representação do arquivo TXT do registro C100 será:

TXT DO REGISTRO C100

|C100|1|0|* Código interno declarante|55|00|1|1|11151277904516523708550010000000011900900306|181220XX|181220XX|1000,00|2|||1000,00|9||| |400,00|48,00|||| | | | |

Nota

Considerando que os valores referentes ao Programa de Integração Social (PIS) e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) dependem do tipo de apuração adotado pelo contribuinte, optamos, preventivamente, por não apresentá-los nesta matéria.

7.2 Registro C110

Este registro destina-se ao lançamento da infor-mação apresentada no campo “Informações Comple-mentares” na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

REGISTRO C110

Registro C110

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C110 O2 COD_INF *Código interno declarante O

3 TXT_COMPL

Base de cálculo reduzida - RI-CMS-RO - Decreto nº 8.321/1998, Anexo II, Tabela II, item 6

OC

A representação do arquivo TXT do registro C110 será:

TXT DO REGISTRO C110

|C110|*Código interno declarante|Base de cálculo reduzida - RICMS-RO - Decreto nº 8.321/1998, Anexo II, Tabela II, item 6|

7.3 Registro C190

O registro analítico de documento fiscal tem por objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por Código de Situação Tributária (CST), Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) e alíquota de ICMS. Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte preenchimento:

REGISTRO C190

Registro C190

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C190 O2 CST_ICMS 020 O

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ICMS - IPI e Outros

04-10 RO Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 - Boletim IOB

Registro C190

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

3 CFOP 6101 O4 ALIQ_ICMS 12 OC5 VL_OPR 1.000,00 O6 VL_BC_ICMS 400,00 O7 VL_ICMS 48,00 O

8 VL_BC_ICMS_ST 0,00 O

9 VL_ICMS_ST 0,00 O10 VL_RED_BC 0,00 O11 VL_IPI 0,00 O

12 COD_OBS *Código interno decla-rante OC

A representação do arquivo TXT do registro C190 será:

TXT DO REGISTRO C190

|C190|020|6101|12|1000,00|400,00|48,00|0,00| 0,00|0,00|0,00|*Código interno declarante|

8. PENALIDADES

O descumprimento de obrigações tributárias, principal ou acessórias, instituídas pela legislação do ICMS sujeita o infrator às penalidades relacionadas no art. 77 da Lei nº 688/1996.

Entretanto, é importante, ainda, que o contribuinte conheça as regras gerais para aplicação das penali-dades abordadas nos arts. 75 e 76 da referida Lei e a possibilidade dele se excluir da responsabilidade por infrações por meio da denúncia espontânea da infra-ção, antes de qualquer procedimento fiscal, desde que seja pago o tributo devido, com seu valor atualizado monetariamente e com os acréscimos moratórios.

Sobre o assunto, consulte também o procedi-mento que aborda as hipóteses de infrações e as respectivas penalidades.

(Lei nº 688/1996, arts. 75 a 77)

N

ESTADUAL

Farmacêutico - ICMS - Crédito presumido para distribuidor nas aquisições interestaduais

No setor farmacêutico, os custos operacionais constituem de 2% a 5% do custo de vendas de uma distribuidora. Como a tônica empresarial em retorno dos investimentos roga que os custos devem ser per-manentemente minimizados, a redução dos custos de distribuição tem sido extremamente enfatizada como um importante ponto na comercialização.

Portanto, além da preocupação em atender bem e eficazmente o cliente, o distribuidor tem o grande desafio de se preocupar continuamente com a melhora na utilização dos recursos para maior otimi-zação dos custos, o que representa quase sempre o repasse de maiores descontos aos produtos vendidos aos varejistas.

No que diz respeito à área tributária, foi publicado o Decreto nº 20.341/2015, para introduzir importante

alteração no RICMS-RO/1998, a qual beneficia os dis-tribuidores de produtos farmacêuticos estabelecidos no Estado.

O percentual de crédito presumido nas operações com produtos farmacêuticos, que é de 7% sobre o valor do ICMS efetivamente recolhido por substituição tributária, será de 30% quando o contribuinte for dis-tribuidor, localizado no Estado de Rondônia, e adquirir as mercadorias diretamente de estabelecimentos fabricantes industriais, localizados em outros Estados, excluídas as transferências entre estabelecimentos da mesma empresa.

As demais condições previstas no Regulamento deverão ser respeitadas, em especial a que deter-mina que o distribuidor esteja cadastrado no Estado de Rondônia como distribuidor de produtos farma-cêuticos ou tenha entre suas atividades cadastradas a distribuição ou o comércio por atacado de produtos farmacêuticos.

(RICMS-RO/1998, Anexo IV, Tabela I, item 22; http://www.sindiatacadista.com.br/)

N

a IOB Setorial

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

04-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 RO

FEDERAL

Sped - EFD - IPI - Apuração

Os contribuintes obrigados à Escrituração Fiscal Digital (EFD) devem observar as disposições contidas no Ajuste Sinief nº 2/2009, além de outros atos que disciplinam a matéria, tais como o Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que dispõe sobre as especificações técni-cas para a geração de arquivos da EFD, e os arts. 453 a 455 do Regulamento do IPI (RIPI).

A EFD é composta de blocos, com seus registros e res-pectivos campos, dos quais destacamos o registro E500, que deve ser apresentado pelos estabelecimentos indus-triais ou eles equiparados, conforme dispõe o RIPI/2010, para identificação do(s) período(s) de apuração.

O(s) período(s) informado(s) deve(m) abranger todo o período previsto no registro 0000.

Registro E510 Consolidação dos valores do IPIRegistro E520 ApuraçãoRegistro E530 Ajustes de apuração do IPI

Registro E510

O registro E510 deve ser preenchido com os valores consolidados do IPI, de acordo com o período informado no registro E500, tomando-se por base as informações prestadas no registro C170, ou na hipótese de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) de emissão própria, no registro C100.

A consolidação se concretiza pela sumarização dos valores contábil, da base de cálculo e do imposto relativo a todas as operações, conforme a combinação de Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) e Código da Situação Tributária do IPI (CST_IPI).

O campo “CST_IPI” deve ser preenchido somente se o declarante for contribuinte do IPI. A tabela con-tendo os códigos de situação tributária de IPI consta da Instrução Normativa RFB nº 932/2009, atualizada pela Instrução Normativa RFB nº 1.009/2010.

Registro E520

O registro E520 deverá ser preenchido para demons-tração da apuração do IPI do período. Suponhamos que determinada indústria tenha apurado saldo credor

no período anterior no valor de R$ 3.000,00 e débito na competência atual no valor de R$15.000,00.

Com relação aos créditos, R$ 5.000,00 resultante da aquisição de insumos e embalagens para industria-lização e R$ 300,00 de créditos originados da aquisição de insumos de comerciante atacadista não industrial.

Dessa forma, na competência informada, será gerado um saldo devedor de R$ 6.700,00 (15.000,00 - 3.000,00 - 5.000,00 - 300,00).

Registro E530

Assim como ocorre com os registros E111 e E220, o registro E530 destina-se a informar os ajustes neces-sários na apuração, no caso em questão “Ajustes da Apuração do IPI”.

Assim, este registro deve ser apresentado para discriminar os ajustes lançados nos campos “Outros Débitos” e “Outros Créditos” do registro E520. Exemplo: aproveitamento de crédito do IPI por aquisição de insumos de comercial atacadista não industrial, na forma do art. 227 do RIPI/2010.

Exemplo:

Admitindo-se que uma indústria tenha adquirido insumos no valor de R$ 6.000,00 de empresa comer-cial atacadista não industrial e que o produto esteja sujeito à alíquota de 10%. Por não ser contribuinte do IPI a empresa comercial atacadista não destacará este tributo no documento fiscal.

Conforme o RIPI/2010, a indústria poderá aprovei-tar 50% do IPI da operação se acaso fosse normal-mente tributada, ou seja:

R$ 6.000,00 x 10% = R$ 600,00

50% do valor = R$ 300,00 a ser informado no campo 6 do registro E520: “Outros Créditos de IPI”.

A nota fiscal de entrada dos insumos será lançada sem aproveitamento do crédito que deverá ser objeto de lançamento direto na apuração e, por conseguinte, justificada no registro E530.

(RIPI/2010, arts. 227 e 453 a 455; Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008)

N

a IOB Comenta

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ICMS - IPI e Outros

04-12 RO Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 - Boletim IOB

IPI

Bens de produção - Revenda de insumos por estabelecimento equiparado a industrial - Tratamento

tributário

1) Os estabelecimentos equiparados a industrial por opção que derem saída de matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem (bens de pro-dução) adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos que não sejam industriais ou reven-dedores, deverão tributar a operação?

Não. Os estabelecimentos equiparados a indus-trial por opção que derem saída de matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem (bens de produção) adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos que não sejam industriais ou revendedores, darão saída do produto mediante emissão de nota fiscal, sem destaque do IPI.

Dessa forma, caberá a anulação (estorno) do crédito na escrita fiscal.

Havendo mais de uma aquisição de produtos e não sendo possível determinar aquela a que corres-ponde o estorno do imposto, este será calculado com base no preço médio das aquisições, devendo ocorrer ou se verificar o fato determinante da anulação.

(RIPI/2010, arts. 11, I, 14, I, “a”, 254, II, “a”, §§ 1º e 5º)

Bens de produção - Tributação

2) Qual é a alíquota a ser aplicada na venda tribu-tada de bens de produção?

Na venda tributada de bens de produção, defi-nidos no art. 610 do Regulamento do IPI (RIPI), o contribuinte deve aplicar a alíquota correspondente ao produto objeto da operação, fixada na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), de acordo com a sua classificação fiscal na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

(RIPI/2010, arts. 189 e 610; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

ICMS/RO

Crédito presumido - Produtos farmacêuticos - Aquisição interestadual

3) Foi alterado o percentual de crédito presumido para o distribuidor de produtos farmacêuticos?

Sim. Desde 08.12.2015, data da publicação no DOE RO do Decreto nº 20.341/2015, para o distribui-dor de produtos farmacêuticos localizado no Estado de Rondônia, foi alterado de 7% para 30% o per-centual de crédito presumido sobre o valor do ICMS efetivamente recolhido por substituição tributária nas operações de aquisição interestadual, diretamente de estabelecimentos fabricantes industriais. Estão excluídas do benefício as transferências entre estabe-lecimentos da mesma empresa.

O contribuinte deverá estar cadastrado no Estado de Rondônia como distribuidor de produtos farma-cêuticos ou ter entre suas atividades cadastradas a distribuição ou comércio por atacado de produtos farmacêuticos.

(RICMS-RO/1998, Anexo IV, Tabela I, item 22)

Documentos fiscais - AIDF - Não utilização - Providências

4) Quais providências o contribuinte do ICMS deve tomar nos casos de não utilização da Autorização de Impressão de Documentos Fiscais (AIDF)?

Desde 1º.01.2016, se, no prazo de 3 meses após a autorização para a impressão de documentos fis-cais, os mesmos não forem impressos, a AIDF deve ser cancelada junto à repartição fiscal de jurisdição do contribuinte, mediante devolução de todas as vias, das quais conste declaração do estabelecimento gráfico impressor esclarecendo o motivo da não impressão e comprovação do cancelamento do QR Code correspondente.

(RICMS-RO/1998, art. 798, § 8º)

a IOB Perguntas e Respostas

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04-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2016 - Fascículo 04 RO

Documentos fiscais - Impressão - Nova sistemática

5) A impressão de documentos fiscais por estabe-lecimentos gráficos tem nova sistemática a contar de 2016?

Sim. Desde 1º.01.2016, os documentos fiscais impressos por estabelecimentos gráficos devem obedecer as novas regras trazidas pela Instrução Normativa GAB/CRE nº 22/2015 e pelo art. 798 do

RICMS-RO/1998. Uma das alterações importantes é a obrigatoriedade de impressão do código de barras bidimensional, QR Code, gerado conforme estabele-cido no manual de geração constante no Anexo Único da mencionada Instrução Normativa.

(RICMS-RO/1998, art. 798, § 11; Instrução Normativa GAB/CRE nº 22/2015)