boa vista, 5 de abril de 2018 ano xxi - ediÇÃo 6183diario.tjrr.jus.br/dpj/dpj-20180405.pdf · 6ª...

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Boa Vista, 5 de abril de 2018 ANO XXI - EDIÇÃO 6183 Disponibilizado às 20:00 de 04/04/2018

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  • Boa Vista, 5 de abril de 2018 ANO XXI - EDIÇÃO 6183Disponibilizado às 20:00 de 04/04/2018

  • Boa Vista, 5 de abril de 2018 Diário da Justiça Eletrônico ANO XXI - EDIÇÃO 6183 02/77

    http://www.milldesk.com/flex/milldesk/csc/tjrr/

  • SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO

    Expediente de 04/04/2018

    PUBLICAÇÃO DE ATO ORDINATÓRIO RECURSO ORDINÁRIO NO AGRAVO INTERNO N.º 0000.16.001591-3 RECORRENTE: WELDER TIAGO SANTOS FEITOSA E OUTROS ADVOGADOS: CHARDSON DE SOUZA MORAES (OAB/RR 828) RECORRIDA: PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RORAIMA PROCURADORA DO ESTADO: CHRISTIANE MAFRA MORATELLI (OAB/RR 495) FINALIDADE: Intimação da parte recorrida para apresentar contrarrazões no prazo legal. RECURSO ESPECIAL NA APELAÇÃO CÍVEL N.º 0010.13.703154-7 RECORRENTE: BV FINANCEIRA S/A - CFI ADVOGADOS: FERNANDO LUZ PEREIRA (OAB/RR 458-A) e EDNEY MARTINS GUILHERME (OAB/RR 514-A) RECORRIDO: JOEL DA SILVA MESQUITA PIMENTEL ADVOGADA: RAFAELA GOMES DE LEMOS (OAB/RR 859) FINALIDADE: Intimação da parte recorrida para apresentar contrarrazões no prazo legal. RECURSO ESPECIAL NA APELAÇÃO CIVIL N.º 0010.13.725420-6 RECORRENTE: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTO S/A ADVOGADA: ROSÂNGELA DA ROSA CORREA (OAB/SP 205.961) RECORRIDA: ELIETE DA SILVA SOUZA ADVOGADOS: WARNER VELASQUE RIBEIRO (OAB/RR 288) E OUTROS FINALIDADE: Intimação da parte recorrida para apresentar contrarrazões no prazo legal. MANDADO DE SEGURANÇA N.º 0000 17 002814-6 IMPETRANTE: MAURO PACHECO DA SILVA ADVOGADO: PAULO LUIS DE MOURA HOLANDA (OAB/RR 481) IMPETRADO: COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE RORAIMA RELATOR: DESEMBARGADOR JEFFERSON FERNANDES DA SILVA FINALIDADE: Intimação das partes para apresentarem memoriais ou requerer ao relator a inclusão do feito na pauta de julgamento presencial, caso pretenda fazer sustentação oral, com antecedência mínima de 2 (dois) dias, nos termos do art. 110 e incisos do RITJRR.

    SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO, BOA VISTA-RR, 04 DE ABRIL DE 2018.

    RONALDO BARROSO NOGUEIRA Diretor de Secretaria

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    Boa Vista, 5 de abril de 2018 Diário da Justiça Eletrônico ANO XXI - EDIÇÃO 6183 03/77

  • SECRETARIA DAS CÂMARAS REUNIDAS Expediente de 04/04/2018 PUBLICAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO O Senhor Desembargador Presidente da Câmara Criminal, do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima, torna público para ciência dos interessados que, na Sessão Ordinária do dia 10 de abril do ano de dois mil e dezoito, às 09:00 horas e/ou na sessão subsequente, será julgado o processo a seguir: APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0047.15.000400-1 - RORAINÓPOLIS/RR APELANTE: MAURO ANDRADE ADVOGADO: DEUSDEDITH FERREIRA ARAÚJO – OAB/RR Nº 550 APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DE RORAIMA RELATOR: JUIZ CONVOCADO LUIZ FERNANDO MALLET REVISOR: JUIZ CONVOCADO EUCLYDES CALIL FILHO PUBLICAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO ELETRÔNICO O Senhor Desembargador Presidente da Câmara Cível, do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima, torna público para ciência dos interessados que, na Sessão Ordinária Virtual do período de 16 à 20 de abril do ano de dois mil e dezoito, serão julgados os processos a seguir: AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0000.17.000924-5 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DE RORAIMA 1º AGRAVADO: O ESTADO DE RORAIMA PROCURADOR DO ESTADO: MÁRIO JOSÉ RODRIGUES DE MOURA – OAB/RR Nº 224-B 2º AGRAVADO: CARLOS ALBERTO ARAÚJO DE SOUZA 3ª AGRAVADA: SELMA MARIA DE SOUZA E SILVA MULINARI ADVOGADOS: DANILO SILVA EVELIM COELHO E OUTROS – OAB/RR Nº 769-N 4º AGRAVADO: CARLOS ALBERTO MARINHO DIAS ADVOGADO: RICARDO HERCULANO BULHÕES DE MATTOS FILHO – OAB/RR Nº 313-A 5º AGRAVADO: JULES RIMET DE SOUZA CRUZ SOARES ADVOGADO: JOÃO ROBERTO DO ROSÁRIO – OAB/RR Nº 808-N 6ª AGRAVADA: MAIONARA RIBEIRO DA SILVA ADVOGADA: SARAH KETHELEN LIMA DA SILVA – OAB/RR Nº 1614-N 7ª AGRAVADA: DISTRIBUIDORA JÁ COMÉRCIO & SERVIÇOS EIRELI – ME 8º AGRAVADO: JONATA ARAÚJO DE AGUIAR RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS EMBARGOS DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0000.16.001762-0 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: STELA MARIS TRANSPORTES E LOGISTICA LTDA ADVOGADOS: IVONEI DARCI STULP E OUTROS – OAB/RR Nº 412-A EMBARGADO: BANCO BRADESCO S/A ADVOGADO: MAURO PAULO GALERA MARI – OAB/RR Nº 424-A RELATORA: DESA. ELAINE BIANCHI EMBARGOS DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0000.17.001652-1 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: JOAQUIM PINTO SOUTO MAIOR NETO ADVOGADO: JOÃO FÉLIX DE SANTANA NETO – OAB/RR Nº 091-B EMBARGADO: JOÃO PEREIRA ALVES ADVOGADO: JAEDER NATAL RIBEIRO – OAB/RR Nº 223 RELATOR: JUIZ CONVOCADO LUIZ FERNANDO MALLET AGRAVO INTERNO Nº 0000.17.002717-1 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: BANCO DO BRASIL S/A ADVOGADO: SÉRVIO TÚLIO DE BARCELOS – OAB/RR Nº 479-A AGRAVADO: JOÃO CARLOS DE SOUZA ADVOGADO: PAULO MATEUS SOUZA DA SILVA – OAB/RR Nº 951-N

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  • RELATOR: DES. JEFFERSON FERNANDES EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO Nº 0000.15.000619-5 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: SEGURADORA LIDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A ADVOGADO: ÁLVARO LUIZ DA COSTA FERNANDES – OAB/RR Nº 393-A EMBARGADA: MARIA DA GUIA GOMES COSTA ADVOGADO: MARCUS PAIXÃO COSTA DE OLIVEIRA – OAB/RR Nº 285-A RELATORA: DESA. ELAINE BIANCHI AGRAVO INTERNO Nº 0000.17.002954-0 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: BENTO CRESCÊNCIO DE SOUSA DEFENSORA PÚBLICA: PAULA REGINA PINHEIRO CASTRO LIMA AGRAVADO: BANCO DA AMAZÔNIA S/A ADVOGADO: SIVIRINO PAULI – OAB/RR Nº 101-B RELATOR: DES. ALMIRO PADILHA EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.12.700749-9 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: UNIMED BOA VISTA COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO ADVOGADA: HAYLLA WANESSA BARROS DE OLIVEIRA – OAB/RR Nº 750-N EMBARGADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DE RORAIMA RELATOR: JUIZ CONVOCADO LUIZ FERNANDO MALLET EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.12.714541-4 - BOA VISTA/RR EMBARGANTES: MOACIR REGINATTO E OUTROS ADVOGADOS: ROGIANY NASCIMENTO MARTINS E OUTROS – OAB/RR Nº 356-A EMBARGADA: SORAYA SOUZA DA SILVA ADVOGADO: ALLAN KARDEC LOPES MENDONÇA FILHO – OAB/RR Nº 468 RELATOR: DES. ALMIRO PADILHA EMBARGOS DE DECLRAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.15.833068-7 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: UNIMED SEGURO SAÚDE S/A ADVOGADO: MÁRCIO ALEXANDRE MALFATTI – OAB/RR Nº 452-A EMBARGADOS: DAVI COELHO COSTA DE OLIVEIRA E OUTROS ADVOGADA: TATIANA RODRIGUES DANTAS – OAB/RR Nº 1138-N RELATOR: JUIZ CONVOCADO LUIZ FERNANDO MALLET REMESSA NECESSÁRIA Nº 0020.16.800316-6 - CARACARAÍ/RR AUTOR: QUEIMSON GONÇALVES QUIRINO ADVOGADOS: PAULO SÉRGIO DE SOUZA E OUTROS – OAB/RR Nº 317-B RÉU: O MUNICÍPIO DE CARACARAÍ PROCURADORA DO MUNICÍPIO: SUZETE DE CARVALHO OLIVEIRA – OAB/RR Nº 1058-N RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS APELAÇÃO CÍVEL Nº 0005.13.700342-1 - ALTO ALEGRE/RR APELANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO DE RORAIMA 1º APELADO: O MUNICÍPIO DE ALTO ALEGRE PROCURADORA DO MUNICÍPIO: ILANA RHÊNIA LEITE SAMPAIO – OAB/RR Nº 970-N 2º APELADO: VIRU OSCAR FRIEDRICH ADVOGADO: OSMAR FERREIRA DE SOUZA SILVA – OAB/RR Nº 231-B RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.17.809696-1 - BOA VISTA/RR APELANTE: CAROL SYLKE GARCIA DIAZ ADVOGADOS: JOSÉ VILSEMAR DA SILVA E OUTROS – OAB/RR Nº 134-B APELADO: O MUNICÍPIO DE BOA VISTA PROCURADOR DO MUNICÍPIO: GUTEMBERG DANTAS LICARIÃO – OAB/RR Nº 187-N RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS

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  • EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.03.073995-6 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DE RORAIMA - SINTER ADVOGADOS: JOSINALDO BARBOZA BEZERRA E OUTROS – OAB/RR Nº 483-N EMBARGADO: MÁRIO SOUZA DA ROCHA ADVOGADOS: LUCAS DOS PRAZERES FONSECA E OUTROS – OAB/DF Nº 30588-A RELATOR: JUIZ CONVOCADO LUIZ FERNANDO MALLET EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.14.820183-2 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: GEAP - FUNDAÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL ADVOGADOS: EDUARDO DA SILVA CAVALCANTE E OUTROS – OAB/DF Nº 24923-N EMBARGADO: JOÃO PEDRO DA SILVA GONÇALVES ADVOGADO: MARCUS PAIXÃO COSTA DE OLIVEIRA – OAB/RR Nº 285-A RELATOR: DES. JEFFERSON FERNANDES EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.12.711803-1 - BOA VISTA/RR EMBARGANTES: RUBENS DE OLIVEIRA ANDRADE E OUTROS ADVOGADO: DEUSDEDITH FERREIRA ARAÚJO – OAB/RR Nº 550-N EMBARGADO: JOSÉ PEREIRA DA SILVA ADVOGADA: LILIANE RAQUEL DE MELO CERVEIRA – OAB/RR Nº 639-N RELATOR: DES. JEFFERSON FERNANDES EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.11.706836-0 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: CHRISTIANE ETELVINA ALMEIDA ADVOGADO: RÁRISON TATAÍRA DA SILVA – OAB/RR Nº 263-N EMBARGADO: BANCO VOLKSWAGEN S/A ADVOGADO: CELSO MARCON – OAB/RR Nº 303-A RELATOR: JUIZ CONVOCADO LUIZ FERNANDO MALLET EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.15.813253-9 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: BANCO BRADESCO CARTÕES S/A ADVOGADO: ANDRÉ NIETO MOYA – OAB/SP Nº 235738-N EMBARGADA: LACERDA E OLIVEIRA EMPREENDIMENTO SERV COM LTDA – ME RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.14.817479-9 - BOA VISTA/RR APELANTE: SILVANIA SOUZA DIAS ADVOGADO: VALDENOR ALVES GOMES – OAB/RR Nº 618 APELADA: SUL AMÉRICA SEGUROS DE PESSOAS E PREVIDÊNCIA S/A ADVOGADO: FÁBIO RIVELLI – OAB/SP Nº 297608 RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.15.816053-0 - BOA VISTA/RR APELANTE: PACOTI SERVIÇOS E TURISMO LTDA - EPP ADVOGADO: ARTHUR LUIZ DE MELLO CARVALHO – OAB/RR Nº 1109-N APELADA: AYMORÉ CRÉDITOS FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS S/A ADVOGADO: MARCO ANDRÉ HONDA FLORES – OAB/MS Nº 6171-N RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.15.822942-6 - BOA VISTA/RR APELANTE: INEIDE LIYOKO NAKAO YAMASHITA ADVOGADA: MAISA MARISA DE MELO PEIXOTO – OAB/RR Nº 1364-N APELADO: ARNULF BANTEL ADVOGADA: GEÓRGIDA FABIANA MOREIRA DE ALENCAR COSTA – OAB/RR Nº 287-B RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS PUBLICAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

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  • O Senhor Desembargador Presidente da Câmara Cível, do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima, torna público para ciência dos interessados que, na Sessão Ordinária do dia 19 de abril do ano de dois mil e dezoito, às 09:00 horas e/ou na sessão subsequente, serão julgados os processos a seguir: APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.16.816607-1 - BOA VISTA/RR APELANTE: O ESTADO DE RORAIMA PROCURADOR DO ESTADO: MARCUS GIL BARBOSA DIAS APELADA: TECON TECNOLOGIA EM CONSTRUÇÕES LTDA ADVOGADA: LAÍS RAMOS CHRUSCIAK – OAB/RR Nº 1057-N RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS VOTO-VISTA: DES. CRISTÓVÃO SUTER EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000.17.001488-0 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A ADVOGADA: ROSANGELA DA ROSA CORRÊA – OAB/RR Nº 416-A EMBARGADO: KLERISTON SILVA MAURICIO RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS AGRAVO INTERNO Nº 0000.18.000013-5 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: NEURAN COSTA BEZERRA RODRIGUES ADVOGADO: WARNER VELASQUE RIBEIRO – OAB/RR Nº 288-A AGRAVADO: BANCO BFB ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A ADVOGADO: CELSO MARCON – OAB/RR Nº 303-A RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS PUBLICAÇÃO DE DECISÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.16.817920-7 - BOA VISTA/RR EMBARGANTE: SEGURADORA LIDER DOS CONSÓRCIOS DO SEGURO DPVAT S/A ADVOGADO: ÁLVARO LUIZ DA COSTA FERNANDES – OAB/RR Nº 393-A EMBARGADA: WANE LÚCIA DE JESUS VASCONCELOS ADVOGADO: WALDECIR SOUZA CALDAS JÚNIOR – OAB/RR Nº 957-N RELATOR: DES. MOZARILDO CAVALCANTI DECISÃO Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que conheceu do recurso de apelação, mas negou-lhe provimento. A embargante afirma que a decisão foi omissa ao quanto à determinação do valor da condenação, não tendo nem mesmo suscitado a aplicação correta da tabela. Por isso, pede que seja sanado o vício. O CPC/15 dispõe que: Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. (...) § 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente. Diante disso, passo a decidir monocraticamente. A decisão foi publicada no dia 07/11/2017, tendo o prazo para a interposição dos embargos de declaração iniciado no dia 08/11/2017 (quarta-feira) e terminado no dia 14/11/2017 (quinta-feira). Foram opostos embargos de declaração no dia 17/11/2017, isto é, após o decurso do prazo de cinco dias úteis (certidão de fl. 35), sendo, portanto, considerados intempestivos em decisão de fl. 41, com publicação no dia 07/02/2018. No dia 19/02/2018, foram opostos novos embargos de declaração. Desta forma, não resta dúvida quanto à intempestividade destes embargos de declaração e o evidente caráter protelatório do recurso. Nesse sentido é o entendimento jurisprudencial pátrio: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO

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  • MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIO. MULTA. EMBARGOS REJEITADOS. I ? Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil. II ? Busca-se tão somente a rediscussão da matéria e os embargos de declaração, por sua vez, não constituem meio processual adequado para a reforma do decisum , não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III ? Embargos manifestamente protelatórios. Condenação à multa de 1% do valor atualizado da causa (art. 538, parágrafo único, do CPC). IV Embargos de declaração rejeitados. (STF - ARE: 742052 DF, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI (Presidente), Data de Julgamento: 06/11/2014, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-234 DIVULG 27-11-2014 PUBLIC 28-11-2014) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC NÃO CONFIGURADA. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA DE MÉRITO. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS PROTELATÓRIOS. MULTA. ART. 538, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. 1. Os Embargos Declaratórios não constituem instrumento adequado para a rediscussão do que já foi decidido. 2. Embargos de Declaração rejeitados, com aplicação de multa. (STJ - EDcl nos EDcl no AgRg na Rcl: 6378 RS 2011/0154904-6, Relator: Ministra ELIANA CALMON, Data de Julgamento: 09/10/2013, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 21/10/2013) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CÍVEL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO. QUESTÃO AMPLAMENTE DECIDIDA NO ACÓRDÃO EMBARGADO. NÍTIDO CONDÃO DE REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. MERO INCONFORMISMO DA PARTE EMBARGANTE. EMBARGOS MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIOS. DEVER DE PROBIDADE E LEALDADE PROCESSUAL DESRESPEITADOS. INTELIGÊNCIA DO ART. 1.026, §2º, DO NCPC. EMBARGOS PARCIALMENTE CONHECIDOS E, NA PARTE CONHECIDA, REJEITADOS COM APLICAÇÃO DE MULTA. 1. A alegação de que o acórdão embargado foi omisso quanto ao pedido de redução do valor da condenação em R$ 20.000,00 (vinte mil reais), pois exorbitante, e que o acórdão embargado deixou de observar a liberdade de expressão e manifestação do livre pensamento, previstos nos arts. 5º, incisos IV e IX e XIV, e 220, §10, da Constituição Federal., foi explicitamente debatida no acórdão embargado. 2. Embargos que devem ser rejeitados com aplicação de multa no valor de 1% sobre o valor da causa, nos ditames do art. 1.026, §2º, do NCPC, em face do nítido caráter protelatório. 3. Embargos parcialmente conhecidos e, na parte conhecida, rejeitados com aplicação de multa. (TJRR - EDecAC 0010.13.805115-5, Rel. Des. JEFFERSON FERNANDES DA SILVA, Câmara Cível, julg.: 02/02/2017, DJe 07/02/2017, p. 13) Face ao exposto, com fundamento no artigo 1.024, §2º, do CPC, deixo de conhecer o presente recurso e, diante do caráter manifestamente protelatório do recurso, condeno o embargante ao pagamento de multa correspondente a 2% do valor atualizado da causa, nos termos do art. 1.026, § 2º, do NCPC. Boa Vista, 26 de março de 2018. Des. Mozarildo Monteiro Cavalcanti Relator AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0000.17.002604-1 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: O MUNICÍPIO DE BOA VISTA PROCURADORA DO MUNICÍPIO: MARCELA MEDEIROS QUEIROZ FRANCO SANTOS AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DE RORAIMA RELATOR: DES. JEFFERSON FERNANDES DECISÃO Trata-se de Agravo de Instrumento interposto em face de decisão proferida pelo douto Juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Boa Vista – RR, na Ação Civil Pública de n.º 0817661-20.2017.8.23.0010, a qual deferiu o pedido de tutela de urgência, determinando que o Município de Boa Vista suspenda a realização de obras, construções, alterações e modificações na Praça Daicy Figueiredo Pereira, sob pena de multa diária no valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) por descumprimento. Aduziu a parte Agravante, em síntese, que a decisão vergastada merece reforma, haja vista não ter trazido os fundamentos e motivação necessária para o deferimento da tutela provisória, vez que não ficou demonstrada a probabilidade do direito invocado pelo Ministério Público, descumprindo assim o mandamento constitucional de que todas as decisões serão motivadas, e, dificultando o exercício da defesa. Alegou que, a área em questão não é patrimônio histórico ou paisagístico, uma vez que inexiste qualquer bem histórico tombado no local, bem como inexiste desafetação do bem, sendo que, em verdade, a suposta praça foi construída em 2006.

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  • Afirmou que, a suposta praça não deixará de existir, mas apenas uma parte da mesma, mantendo-se o seu nome e a homenagem realizada em 2006 à Sra. Daicy Figueiredo Pereira, o que demonstra a inexistência de qualquer dano histórico, patrimonial e paisagístico. Sustentou também que inexiste qualquer dano ao meio ambiente, visto que o Agravante fará a compensação ambiental da área, com o plantio das árvores que forem retiradas do entorno, bem como alega que não haverá comprometimento da fauna e da flora do local. Defendeu que, não se deve permitir que o Agravado utilize de qualquer dano ambiental para inviabilizar a vida na sociedade, visto que, no caso em comento, será construído um centro comercial que melhorará as condições da população, assim como evitar o abandono do local. Por fim, argumenta que o estudo de impacto de vizinhança não é obrigatório, tendo em vista que a Lei Municipal n.º 926/06, em seu artigo 39, diz que o Estudo de Impacto de Vizinhança pode ser substituído pelo Estudo de Impacto Ambiental. Ao final, pugnou pela concessão do efeito suspensivo ao presente agravo, e no mérito, seja dado provimento ao recurso para reformar a decisão agravada. Ás fls. 219/220-v, foi indeferido o pedido de atribuição do efeito suspensivo do agravo. Ás folhas 224/229 consta manifestação do Ministério público, com posterior conclusão dos autos a este gabinete. É o sucinto relato. DECIDO. É cediço que compete ao Relator o exame dos pressupostos de admissibilidade recursal. Pois bem. No caso presente, verifico que houve reforma da decisão anteriormente proferida pelo Juízo a quo no bojo do feito originário, o que acarreta a perda do objeto do recurso, em face da ausência de interesse recursal, senão vejamos. É o que dispõe o artigo 1.018, §1º, do NCPC, ao estabelecer que se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. É pacífico que o interesse em recorrer constitui requisito de admissibilidade dos recursos, devendo estar presente para que se viabilize o exame da matéria impugnada pelo Tribunal, como bem destaca Nelson Nery Júnior: Da mesma forma com que se exige o interesse processual para que a ação seja julgada pelo mérito, há necessidade de estar presente o interesse recursal para que o recurso possa ser examinado em seus fundamentos. Assim, poder-se-ia dizer que incide no procedimento recursal o binômio necessidade + utilidade como integrantes do interesse em recorrer. (in Teoria geral dos recursos. 6. ed. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2004, p. 315). (Sem grifos no original). Nesse sentido, trago à colação jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça: RECLAMAÇÃO VOLTADA CONTRA A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA DE MÉRITO. JULGAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL. SUPERVENIENTE PERDA DE OBJETO. FALTA DE INTERESSE RECURSAL. LEVANTAMENTO DE VULTOSA QUANTIA. TUTELA ANTECIPADA EM DESFAVOR DA FAZENDA PÚBLICA. PRECEDENTES: RESP. N.º 875.104/RJ E RESP. N.º 875.155/RJ. (...) 2. O interesse em recorrer é instituto ontologicamente semelhante ao interesse de agir como condição da ação, e é mensurado à luz do benefício prático que o recurso pode proporcionar ao recorrente. Amaral Santos, in Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, 4.ª ed., v. IV, n.º 697, verbis: O que justifica o recurso é o prejuízo, ou gravame, que a parte sofreu com a sentença. (...) 6. Agravo regimental desprovido. (STJ, AgRg na Rcl 1884 / RJ, Relator Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, Julgamento 26.08.2009, Publicação/Fonte DJe 14.09.2009). (Sem grifos no original). MANDADO DE SEGURANÇA. PRECATÓRIO. SEQÜESTRO. LEVANTAMENTO. PERDA DO OBJETO. EXTINÇÃO DO PROCESSO. ART. 267, VI, DO CPC. (...) 2. ‘A perda do objeto da demanda acarreta a ausência de interesse processual, condição da ação cuja falta leva à extinção do processo (CPC, art. 267, VI) (RMS n. 19.568/SP relator Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, Primeira Turma, DJ de 25.5.2006)’. 2. Recurso Ordinário Improvido. (STJ, RMS 21728 / SP, Relator Ministro João Otávio De Noronha, Segunda Turma, Julgamento 05.09.2006, Publicação/Fonte DJ 13.10.2006 p. 294). (Sem grifos no original). De fato, ao analisar os autos de origem (autos n.º 0817661-20.2017.8.23.0010), denota-se que o Juízo a quo reformou a decisão anteriormente proferida, conforme EP nº 116, ficando prejudicado o presente recurso de agravo. Neste sentido, é a orientação dos Tribunais pátrios: AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXIBIÇÃO DE EXTRATOS BANCÁRIOS. APLICAÇÃO DE MULTA COMINATÓRIA. JUÍZO DE RETRATAÇÃO. DECISÃO REFORMADA. SUPERVENIENTE FALTA DE INTERESSE RECURSAL. PERDA DO OBJETO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 529 DO CPC. RECURSO PREJUDICADO. A retratação do juízo, reformando integralmente a decisão agravada, importa na ausência superveniente de interesse recursal, a impor a extinção do presente procedimento, diante da perda do seu objeto. Tal situação dá azo à aplicação do disposto no artigo 529 do CPC, que determina que "se o juiz

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  • comunicar que reformou inteiramente e decisão, o relator considerará prejudicado o recurso". (TJ-SC - AI: 234413 SC 2010.023441-3, Relator: Gilberto Gomes de Oliveira, Data de Julgamento: 15/10/2010, Câmara Especial Regional de Chapecó, Data de Publicação: Agravo de Instrumento n. , de Quilombo). (Sem grifos no original). AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. RETRATAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA. PERDA DO OBJETO DO RECURSO. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL SUPERVENIENTE. JULGADO PREJUDICADO O RECURSO. (Agravo de Instrumento Nº 70050361492, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luís Augusto Coelho Braga, Julgado em 31/08/2012). (TJ-RS - AI: 70050361492 RS , Relator: Luís Augusto Coelho Braga, Data de Julgamento: 31/08/2012, Sexta Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 13/09/2012). (Sem grifos no original). Dessa forma, vislumbro patente a perda do objeto do presente agravo de instrumento, haja vista a superveniência de retratação da decisão proferida pelo Juízo a quo. Ante o exposto, julgo prejudicado o presente recurso. Com as baixas necessárias, arquivem-se os autos. Publique-se. Intime-se. Boa Vista (RR), em 27 de março de 2018. Jefferson Fernandes da Silva Desembargador Relator AGRAVO INTERNO Nº 0000.17.002783-3 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: BANCO DO BRASIL S/A ADVOGADOS: RAFAEL SGANZERLA DURAND E OUTROS – OAB/SP Nº 211648 AGRAVADO: DURVAL DE OLIVEIRA MOURA FILHO ADVOGADOS: RIMATLA QUEIROZ E OUTROS – OAB/RR Nº 194 RELATOR: DES. MOZARILDO CAVALCANTI DECISÃO Trata-se de agravo interno interposto contra decisão monocrática que negou provimento ao recurso de agravo de instrumento nº 0000.17.002649-6. O agravante argumenta que a decisão é desprovida de fundamentação, uma vez que não acolheu as teses suscitadas. Pede o conhecimento e o provimento do recurso para reformar a decisão proferida para que seja recebido o agravo de instrumento. O princípio da dialeticidade estabelece que a peça do recurso interposto decline não somente a razão da sua insatisfação, mas, também, os fundamentos de fato e de direito do seu inconformismo, para que o recorrido possa exercer seu direito de se defender. É, portanto, um ônus atribuído ao recorrente para que evidencie os motivos para a reforma da decisão recorrida. Neste caso específico, verifico que o agravante não se contrapôs aos fundamentos da decisão proferida no agravo de instrumento, tendo inclusive abordado fatos inexistentes, como o não conhecimento do agravo de instrumento nº 0000.17.002649-6, sendo que o supracitado agravo foi conhecido e desprovido no mérito monocráticamente. O art. 1.021, §1º e §4º, do CPC, estabelece o seguinte: "Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. §1º. Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada." Por seu turno, o artigo 932, inciso III, do CPC, estabelece: "Art. 932. Incumbe ao relator: (...) III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;" Desta forma, cabia ao recorrente impugnar de forma específica os fundamentos da decisão, observando o princípio da dialeticidade. Não procedendo desta forma, falta regularidade formal ao recurso, que consequentemente não poderá ultrapassar o juízo de admissibilidade. Neste sentido:

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  • DIREITO PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO INTERNO - PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE - RAZÕES RECURSAIS DISSOCIADAS DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO - AUSÊNCIA DE REGULARIDADE FORMAL - NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO - PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA - APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NO ARTIGO 1.021, §4.º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. - "Em respeito ao princípio da dialeticidade, os recursos devem ser fundamentados. É necessária a impugnação específica dos fundamentos da decisão recorrida." (STJ, AgRg no REsp 859903/RS, Rel. Ministro Francisco Falcão, Primeira Turma, julgado em 21/09/2006, DJ 16/10/2006) - O recorrente deve declinar os motivos pelos quais afirma incorreta a decisão recorrida e quais as razões para que seja ela reformada, de modo a permitir que o órgão revisional tenha ciência dos fundamentos invocados para ser proferido novo julgamento. - Quando manifestamente inadmissível ou infundado o agravo, o Tribunal condenará o agravante a pagar ao agravado multa entre um a dez por cento do valor corrigido da causa, nos termos do artigo 1.021, §4.º, do Código de Processo Civil. (TJMG - Agravo 1.0342.14.002226-6/003, Relator(a): Des.(a) Márcio Idalmo Santos Miranda , 9ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 27/04/2016, publicação da súmula em 24/05/2016) AGRAVO INTERNO - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO ORDINÁRIA - AGENTE PENITENCIÁRIO - ADICIONAL DE LOCAL DE TRABALHO - RAZÕES DISSOCIADAS DA FUNDAMENTAÇÃO DA SENTENÇA - AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Quando as razões recursais se mostram dissociadas dos fundamentos da decisão hostilizada, o não conhecimento do recurso se impõe, por absoluta violação do princípio da dialeticidade. 2. Recurso não provido. (TJMG - Agravo 1.0024.14.051257-5/002, Relator(a): Des.(a) Raimundo Messias Júnior , 2ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 10/05/2016, publicação da súmula em 17/05/2016) Face ao exposto, com fundamento no art. 1.021, §4º, do CPC, não conheço do recurso de agravo interno. Publique-se e intime-se. Boa Vista, 26 de março de 2018. Des. Mozarildo Monteiro Cavalcanti Relator APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0010.11.003717-2 - BOA VISTA/RR 1º APELANTE / 4º APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DE RORAIMA 1ª APELADA: RUTH MARIA BARROSO BRÍGLIA ADVOGADO: IGOR TAJRA REIS – OAB/RR Nº 690 2º APELANTE / 2º APELADO: ORLEILSON DE ALMEIDA DEFENSOR PÚBLICO: JAIME BRASIL FILHO 3º APELANTE / 3º APELADO: JACIEL DE JESUS MINEIRO SILVA DEFENSOR PÚBLICO: JAIME BRASIL FILHO RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS DECISÃO Trata-se de restauração dos autos da apelação em epígrafe, na qual funcionei como relatora, que foram extraviados conforme informação da Secretaria das Câmaras Reunidas constante à fl. 02. Declarados desaparecidos os autos e determinada a sua restauração (fl. 50), foram juntados todos os documentos encontrados nas unidades jurisdicionais e na pesquisa processual eletrônica. Foram cientificados do processo à Defensoria Pública, o advogado de uma das partes e o Ministério Público. Pois bem, embora não se tenha conseguido juntar todos os documentos da ação, denota-se que o feito já fora julgado por esta instância em 02.12.2014, conforme se observa do acórdão publicado no DJe n.º 5408. Assim, nos termos do art. 547 do CPP, declaro restaurados os autos da Apelação Criminal n.º 0010.11.003717-2, determinando a intimação dos patronos das partes e do Ministério Público de Roraima, para ciência desta decisão e do acórdão de fls. 48/49. P.R.I. Após, arquivem-se. Boa Vista (RR), 27 de março de 2019. Desa. Tânia Vasconcelos Relatora

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  • APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0010.07.166805-6 - BOA VISTA/RR 1º APELANTE: JHONNY SANTOS GUIMARÃES DEFENSOR PÚBLICO: WILSON ROI LEITE DA SILVA 2º APELANTE: FRANCISCO IDALÉCIO PEREIRA DA SILVA DEFENSOR PÚBLICO: WILSON ROI LEITE DA SILVA 3º APELANTE: HELDSON DA SILVEIRA MACHADO ADVOGADO: JAQUES SONNTAG – OAB/RR Nº 291-A APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DE RORAIMA RELATOR: JUIZ CONVOCADO LUIZ FERNANDO MALLET DECISÃO Trata-se requerimento formulado por Heldson da Silveira Machado, alegando a ocorrência de nulidades na sessão de julgamento da apelação criminal e postulando a devolução de prazo recursal. Diz o advogado de defesa que na pauta de julgamento do recurso de Apelação 0010.07.166805-6, em que o requerente figurava como um dos apelantes, o seu sobrenome foi grafado erroneamente como "Jacques", e não como "Jaques", de maneira que oi sistema de leitura de expedientes oficiais teria deixado de indicar a existência de intimação para a sessão. Alega ainda que o acórdão seria nulo porque o sobrenome do apelante Heldson estaria identificado como "Silva", e não "Silveira", o que também causaria "problemas seríssimos" à defesa. Por fim, pede que seja reaberto o prazo para embargos de declaração, posto que fora aberto prazo comum e quando compareceu à Secretaria deste Tribunal para ter cargos dos autos, a Defensoria Pública, que assiste outros corréus, estava com carga do processo. Às fls. 542/546, o Ministério Público em 2º grau opina pelo indeferimento do requerimento. É o relatório. Passo a decidir. Desde logo, afasto a postulação de reconhecimento de nulidades por erros materiais no nome do advogado e do apelante. Em relação ao nome do apelante, a pauta para julgamento indica expressamente sua inscrição na OAB/RR ao lado de seu nome (fl. 532), o que torna seu nome identificável na consulta dos expedientes oficiais. Em relação ao sobrenome do apelante, grafado "Silva" e não "Silveira", é imperioso que se mostre eventual prejuízo que isso teria causado. Sem comprovação de prejuízo, não se pode falar em nulidade. Nesse sentido: No campo do reconhecimento de nulidade, pela grafia do nome do apelante, a pretensão não se consolida, caracterizando-se mero erro material, que não tem o condão de acarretar o vício indicado, devendo, pois, ser afastado o pedido de nulidade. (TJGO - RSE 61767419928090090 - 1ª Câmara Criminal - Des. Avelirdes Almeida Pinheiro de Lemos - DJ 22/06/2016) A simples existência de erro material no dispositivo da sentença, onde constou erroneamente um dos sobrenomes do réu, não configura qualquer nulidade, pois ausente qualquer prejuízo à parte. (TJRS - ACR 70074265471 - Relator Des. Victor Luiz Barcellos Lima - DJ 10.10.2017) Erro material quanto ao nome do réu. Oportuna e regular correção De outra parte, verifico que o prazo comum para os defensores dos apelantes, e a retirada em carga por um deles (o defensor público) obstaculizou o direito de recorrer, ou mais propriamente de opor embargos, por parte do ora recorrente. Isto posto, defiro parcialmente o requerimento, apenas para que seja intimado advogado do ora recorrente do acórdão às fls. 528 da Turma Criminal, devolvendo-lhe o prazo para oferecimento de embargos de declaração. Boa Vista, 02 de abril de 2018. Juiz Convocado LUIZ FERNANDO MALLET Relator AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0000.17.002850-0 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: JEANNIFFER DE LEMOS CRUZ ADVOGADO: GIL VIANNA SIMÕES BATISTA – OAB/RR Nº 410 AGRAVADO: O ESTADO DE RORAIMA PROCURADOR DO ESTADO: FERNANDO MARCO RODRIGUES DE LIMA – OAB/RR Nº 277-P RELATOR: DES. JEFFERSON FERNANDES

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  • DECISÃO Trata-se de Agravo de Instrumento interposto em face de decisão proferida pelo douto Juízo da 1ª Vara Fazenda Pública da Comarca de Boa Vista/RR, nos autos da ação ordinária nº 0818095-09.2017.823.0010, que indeferiu pedido liminar, para suspender os efeitos do Decreto 2205-P, de 12 de novembro de 2013, promovendo a reserva de vaga e reclassificação da Autora ora Agravante na última colocação entre os candidatos aprovados para o cargo de Médico Especialista em Anestesiologia – 40h – Município de Boa Vista. Em suas razões recursais, a parte Agravante aduziu, em síntese, que prestou concurso público, concorrendo à vaga de médico especialista em anestesiologista-40h, conforme Edital nº 001 de 08/07/2013, tendo sido aprovada em 7º lugar. Segue afirmando que sua nomeação ocorreu mediante a publicação do Decreto nº 1862-P, de 19 de setembro de 2013, publicado no Diário Oficial do Estado nº 2120, de 19 de setembro de 2013. Sustenta que a investidura no cargo não se concluiu, pois a Agravante ainda estava cursando a residência médica, não satisfazendo, à época, os requisitos do edital que regia o certame, razão pela qual sua nomeação foi tornada sem efeito, por meio do Decreto nº 2205-P, publicado no DOE nº 2157, de 2013. Argumenta que, em 25 de março de 2016, a Agravante finalizou a residência médica em anestesiologia do HGR, tendo-lhe sido conferido o título de especialista em anestesiologista exigido pelo concurso. Conclui que o concurso teve validade até 24/08/2017, tendo a agravante ajuizado a ação anteriormente, mas 13 vagas não foram preenchidas para o cargo de médico especialista em anestesiologista e, atualmente, a recorrente preenche os requisitos inerentes à nomeação e posse. Assevera, em arremate, que é ilícito o ato que impediu a reclassificação da candidata, por ofensa aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, de modo que o deferimento da tutela de urgência pleiteada e, ao final, a procedência da ação trarão somente benefícios às partes, inexistindo, inclusive, prejuízo a outro candidato, afinal, das 18 vagas ofertadas foram preenchidas apenas 5. Requereu, liminarmente, a antecipação da tutela recursal, e, no mérito, a reforma da decisão agravada. Às fls. 126/127-v, foi indeferido o pedido de distribuição do efeito suspensivo do agravo. consta manifestação do Estado, com posterior conclusão dos autos a este gabinete. Eis o breve relato. Decido De acordo com o artigo 932, do CPC, compete ao Relator, dentre outras atividades, exercer as atribuições estabelecidas no Regimento Interno do Tribunal, estando tais atribuições previstas no artigo 90, do RI, desta Corte. Vejamos: "Art. 90 - São atribuições do relator nos feitos cíveis: IV – não conhecer, negar ou dar provimento a recurso, nos termos dos art. 932, incisos III a V, do Código de Processo Civil;" Com efeito, o interesse em recorrer constitui requisito de admissibilidade dos recursos, devendo estar presente para que se viabilize o exame da matéria impugnada pelo Tribunal, como bem destaca Nelson Nery Júnior: Da mesma forma com que se exige o interesse processual para que a ação seja julgada pelo mérito, há necessidade de estar presente o interesse recursal para que o recurso possa ser examinado em seus fundamentos. Assim, poder-se-ia dizer que incide no procedimento recursal o binômio necessidade + utilidade como integrantes do interesse em recorrer. (in Teoria geral dos recursos. 6. ed. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2004, p. 315). (Sem grifos no original). Nesse sentido, trago à colação jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: RECLAMAÇÃO VOLTADA CONTRA A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA DE MÉRITO. JULGAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL. SUPERVENIENTE PERDA DE OBJETO. FALTA DE INTERESSE RECURSAL. LEVANTAMENTO DE VULTOSA QUANTIA. TUTELA ANTECIPADA EM DESFAVOR DA FAZENDA PÚBLICA. PRECEDENTES: RESP. N.º 875.104/RJ E RESP. N.º 875.155/RJ. (...) 2. O interesse em recorrer é instituto ontologicamente semelhante ao interesse de agir como condição da ação, e é mensurado à luz do benefício prático que o recurso pode proporcionar ao recorrente. Amaral Santos, in Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, 4.ª ed., v. IV, n.º 697, verbis: O que justifica o recurso é o prejuízo, ou gravame, que a parte sofreu com a sentença. (...) 6. Agravo regimental desprovido. (STJ, AgRg na Rcl 1884 / RJ, Relator Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, Julgamento 26.08.2009, Publicação/Fonte DJe 14.09.2009). (Sem grifos no original). Da análise do caso em comento, constato que foi proferida sentença com resolução do mérito, julgando parcialmente procedente a pretensão da autora, nos autos de origem n.º 0804128-91.2017.8.23.0010, conforme EP. 66, em 25/10/2017 o que gerou, por conseguinte, a perda superveniente do objeto do presente recurso.

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  • Nesse sentido, é a orientação do Colendo Superior Tribunal de Justiça: (...) 1. Com a prolação de sentença nos autos do processo principal, perde o objeto, restando prejudicado, o recurso especial interposto de acórdão proferido em agravo de instrumento contra decisão liminar. (STJ, EDcl no AgRg no REsp 1186146/MS, Relator Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, Julgamento 14.06.2011, DJe 27.06.2011). (Sem grifos no original). Com efeito, vislumbro patente a perda do objeto do presente agravo de instrumento, haja vista a superveniência de sentença proferida pelo Juízo a quo, uma vez que restou absorvido o conteúdo da decisão interlocutória agravada, em face da qual se recorreu por instrumento. Diante do exposto, com fundamento no artigo 90, inciso IV, do RITJRR, julgo prejudicado o presente recurso, em face da perda superveniente do seu objeto. Com as baixas necessárias, arquive-se. Publique-se e cumpra-se. Boa Vista (RR), em 26 de março de 2018. Jefferson Fernandes da Silva Desembargador Relator AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0000.17.002970-6 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: BANCO DO BRASIL S/A ADVOGADOS: SÉRVIO TÉLIO DE BARCELOS E OUTROS – OAB/RR Nº 479-A AGRAVADA: KÁTIA MARIA DE FIGUEIREDO BACELAR ADVOGADOS: RÁRISON TATAÍRA DA SILVA E OUTROS – OAB/RR Nº 263 RELATOR: DES. CRISTÓVÃO SUTER I - Trata-se de Agravo de Instrumento com pedido de efeito suspensivo, apresentado pelo Banco do Brasil S/A, contra decisão proferida pela 2.ª Vara Cível, que rejeitou impugnação ao cumprimento individual de sentença proferida em ação coletiva. Pugna o apelante, inicialmente, pelo reconhecimento da ilegitimidade ativa da agravada para execução individual de sentença coletiva e do fenômeno da prescrição. No mérito, sustenta que referido decisum não traduziria o melhor direito, porquanto o título que aparelha a execução seria inexigível, existindo verdadeiro excesso na execução, pretendendo a revisão da decisão singular, inclusive liminarmente. Ausentes os requisitos legais, restou indeferida a medida liminar (fls. 215). Não houve apresentação de contrarrazões. É o breve relato. Passo a decidir. II - Não se justifica o reclame. Constata-se que o decisum proferido encontra-se em consonância com a jurisprudência deste colegiado e dos Tribunais Superiores, autorizando o julgamento monocrático do recurso pelo Relator, nos termos do art. 932, inciso VIII, do CPC, combinado com o art. 90, inciso V, do Regimento Interno deste Tribunal. Da análise dos autos virtuais, verifica-se que o cumprimento de sentença possui como lastro a Ação Civil Pública n.º 1998.01.1.016798-9, que tramitou perante a 12.ª Vara Cível de Brasília e condenou o Banco do Brasil, ora agravante, ao pagamento das diferenças de correção monetária decorrentes do Plano Verão a todos os poupadores que mantinham conta-poupança na instituição em janeiro de 1989. O Supremo Tribunal Federal já enfrentou a matéria, firmando a compreensão de que "a legitimidade para a execução individual de sentença proferida em ação civil pública, independentemente de autorização específica do exequente ou deliberação assemblear, advém do próprio dispositivo da sentença que julgou a ação civil coletiva 1998.01.1.016798-9, alcançando todos os poupadores indiscriminadamente, ainda que não associados ao IDEC, sendo tal capítulo decisório, por força da coisa julgada, indiscutível na fase de cumprimento de sentença. É o que se dessume do acórdão no REsp 1.391.198/RS, julgado pelo Superior Tribunal de Justiça sob a sistemática dos recursos repetitivos." (STF, RE 961699 AgR, Segunda Turma, Relator: Min. Teori Zavascki - p.: 15/12/2016). Portanto, considerando o decidido pelo Supremo Tribunal Federal no referido RE 961699, e pelo Superior Tribunal de Justiça no REsp nº 1.391.198/RS, não se cogita da ilegitimidade ativa da agravada. Confira-se: "AGRAVO INTERNO - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA COLETIVA - AÇÃO CIVIL PÚBLICA N.º 1998.01.1.016798-9 - LEGITIMIDADE ATIVA PARA EXECUÇÃO INDIVIDUAL RECONHECIDA - SUSPENSÃO PROCESSUAL DETERMINADA NA ORIGEM - REVISÃO - (...) 1. Nos termos do entendimento do Supremo Tribunal federal, "a legitimidade para a execução individual de sentença proferida

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  • em ação civil pública, independentemente de autorização específica do exequente ou deliberação assemblear, advém do próprio dispositivo da sentença que julgou a ação civil coletiva 1998.01.1.016798-9, alcançando todos os poupadores indiscriminadamente, ainda que não associados ao IDEC, sendo tal capítulo decisório, por força da coisa julgada, indiscutível na fase de cumprimento de sentença. É o que se dessume do acórdão no REsp 1.391.198/RS, julgado pelo Superior Tribunal de Justiça sob a sistemática dos recursos repetitivos". (STF, RE 961699 AgR, Segunda Turma, Relator: Min. Teori Zavascki - p.: 15/12/2016. 2. O STJ firmou a compreensão de que a suspensão determinada no Resp 1.438.263-SP não abrange recurso "...que se refere à ação civil pública promovida pelo IDEC contra o Banco do Brasil (ACP n.1998.01.1.016798-9, que tramitou na 12ª Vara Cível do Distrito Federal)." (STJ, AgInt no AREsp 978.014/SP, Quarta Turma, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão - p.: 28/03/2017)." (TJRR, AgInt 0000.17.000605-0, Primeira Turma Cível, Relator: Des. Cristóvão Suter - p.: 23/08/2017) Outrossim, não merece guarida a assertiva de prescrição. O Superior Tribunal de Justiça, em julgamento do REsp n.º 1.273.643/PR, sob a sistemática dos recursos repetitivos, definiu o entendimento de que, "no âmbito do Direito Privado, é de cinco anos o prazo prescricional para ajuizamento da execução individual em pedido de cumprimento de sentença proferida em Ação Civil Pública." No caso alçado a debate, considerando que a sentença lançada na Ação Civil Pública transitou em julgado em 27/10/2009, observando-se o prazo quinquenal, a prescrição ocorreria no dia 27/10/2014, concluindo-se que a agravante ingressou tempestivamente com a sua pretensão, mais precisamente em 16/10/2014. No meritum causae, melhor sorte não acompanha o agravante. Não se justifica a afirmação de inexigibilidade do título executivo por suposta iliquidez, porquanto a regra do art. 509, § 2.º, do CPC, estabelece não ser obrigatória a prévia liquidação de sentença quando o pedido de cumprimento depender somente de cálculo aritmético. Nessa direção o entendimento deste Tribunal: "AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - SUSPENSÃO DO PROCESSO - DESCABIMENTO - LEGITIMIDADE ATIVA CONFIGURADA - LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA - DESNECESSIDADE - MEROS CÁLCULOS ARITMÉTICOS - EXPURGOS INFLACIONÁRIOS COM EFEITOS QUE EXTRAPOLAM LIMITES TERRITORIAIS - JUROS DE MORA - CITAÇÃO NA AÇÃO DE CONHECIMENTO - DECISÃO MANTIDA - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO" (TJRR, AgInst 0000.16.002003-8, Segunda Turma Cível, Rel. Des. Mozarildo Cavalcanti - p .: 02/08/2017) Igualmente, não logrou êxito o agravante em demonstrar o alegado excesso de execução, notadamente quando se verifica que o decisum combatido observou a jurisprudência consolidada acerca da matéria: "DIREITO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PLANO VERÃO. EXECUÇÃO. INCLUSÃO DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOS SUBSEQUENTES. CABIMENTO. CORREÇÃO MONETÁRIA PLENA. 1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: "Na execução de sentença que reconhece o direito de poupadores aos expurgos inflacionários decorrentes do Plano Verão (janeiro de 1989), incidem os expurgos inflacionários posteriores a título de correção monetária plena do débito judicial, que terá como base de cálculo o saldo existente ao tempo do referido plano econômico, e não os valores de eventuais depósitos da época de cada plano subsequente". 2. Recurso especial não provido." (STJ, REsp 1314478/RS, Segunda Seção, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão - p.: 09/06/2015) "DIREITO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. PLANO VERÃO (JANEIRO DE 1989). EXECUÇÃO INDIVIDUAL. INCLUSÃO DE JUROS REMUNERATÓRIOS E DE EXPURGOS SUBSEQUENTES. OMISSÃO DO TÍTULO. 1. Na execução individual de sentença proferida em ação civil pública que reconhece o direito de poupadores aos expurgos inflacionários decorrentes do Plano Verão (janeiro de 1989): 1.1. Descabe a inclusão de juros remuneratórios nos cálculos de liquidação se inexistir condenação expressa, sem prejuízo de, quando cabível, o interessado ajuizar ação individual de conhecimento; 1.2. Incidem os expurgos inflacionários posteriores a título de correção monetária plena do débito judicial, que terá como base de cálculo o saldo existente ao tempo do referido plano econômico, e não os valores de eventuais depósitos da época de cada plano subsequente. 2. Recurso especial parcialmente provido." (STJ, REsp 1392245/DF, Segunda Seção, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão - p.: 07/05/2015) "AGRAVO DE INSTRUMENTO - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - CADERNETA DE POUPANÇA - AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº. 1998.01.1.016798-9 - PRELIMINARES - ILEGITIMIDADE ATIVA, INCOMPETÊNCIA E SUSPENSÃO DO PROCESSO - AFASTADAS - MÉRITO - INSTAURAÇÃO PRÉVIA DE PROCEDIMENTO LIQUIDATÓRIO - DESNECESSÁRIO - MEROS CÁLCULOS ARITMÉTICOS - EQUÍVOCO NO ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA - INOCORRÊNCIA - UTILIZAÇÃO DO MESMO VALOR FIXADO PELO STJ - INCLUSÃO DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOS SUBSEQUENTES - CABÍVEL - CORREÇÃO PLENA -

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  • TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA - A PARTIR DA CITAÇÃO NA AÇÃO DE CONHECIMENTO - REPETITIVO DE CONTROVÉRSIA NO STJ SOB O TEMA 685 - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - CABÍVEIS - ART.85, §1º., CPC - DECISÃO MANTIDA - RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO." (TJRR, AgInst 0000.17.001778-4, Segunda Turma Cível, Rel. Des. Almiro Padilha - p.: 29/09/2017) III - Posto isto, afastadas as preliminares, no mérito, autorizado pelo art. 932, inciso VIII, do CPC, combinado com o art. 90, inciso V, do Regimento Interno deste Tribunal, nego provimento ao recurso. Boa Vista, 27/03/18 Desembargador Cristóvão Suter APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.15.837075-8 - BOA VISTA/RR APELANTE: FRANCISCO DAS CHAGAS CARNEIRO ADVOGADA: FERNANDA BARREIRA DE FARIAS FORNOS – OAB/SP Nº 198088 APELADOS: JUHED ABUCHAIN E OUTROS ADVOGADO: CLOVIS MELO DE ARAÚJO – OAB/RR Nº 647-N RELATOR: DES. ALMIRO PADILHA DECISÃO Trata-se de Apelação Cível interposta por FRANCISCO DAS CHAGAS CARNEIRO em face da Sentença proferida pelo Juiz da 3ª. Vara Cível de Boa Vista que julgou procedente a Ação de Imissão de Posse nº. 0837075-72.2015.8.23.0010, para imitir na posse os Autores, reconhecidos como legítimos proprietários dos Lotes 165 e 180, e improcedente o pedido de danos morais (EP. 45). Tal recurso foi conhecido e desprovido (fls. 14-16). Nos autos do Agravo de Instrumento nº. 9000385-46.2018.8.23.0000, o ora Apelante/Agravante suscitou uma nulidade do respectivo julgamento, em face da sua não intimação a partir do lançamento do relatório. Ocasião em que determinei o retorno dos presentes autos a este TJRR, para apreciação do alegado (fls. 20-v e 21). É o relato. Decido. A presente análise cinge-se a saber se o Advogado WELINGTON SENA DE OLIVEIRA - OAB/RR 272-B recebeu as intimações expedidas pelo Cartório referente aos atos processuais proferidos durante o processamento desta Apelação Cível. Da análise detida dos autos, entendo que realmente houve um equívoco na parte final do Relatório de fl. 11, porque constou a determinação de que as intimações saíssem em nome de advogada estranha ao apelo. Trata-se de evidente erro material que conduz à nulidade dos atos processuais realizados a partir desse momento, conforme art. 272, §.2º., CPC, in verbis: "Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial. (...) § 2o Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados". Este Tribunal possui entendimento consolidado sobre a necessária anulação de atos processuais, quando evidenciados problemas da mesma natureza. Vejamos: "AGRAVO DE INSTRUMENTO. COBRANÇA COMPLEMENTAR DE SEGURO DPVAT. OMISSÃO. ACORDO FIRMADO COM O EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ PROCESSUAL. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE DO ATO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. VALIDADE DOS EFEITOS. NULIDADE DA INTIMAÇÃO DA SENTENÇA. ERRO ATESTADO PELOS SERVIDORES PÚBLICOS DO TRIBUNAL. VEDAÇÃO VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIO. RECURSO PROVIDO. PROCESSO ANULADO A PARTIR DA INTIMAÇÃO DA CONTESTAÇÃO. (TJRR - AgInst 0000.15.000451-3, Rel. Des. ELAINE BIANCHI, 1ª Turma Cível, julg.: 18/12/2017, DJe 18/01/2018, p. 05)". *** "AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT - IRREGULARIDADE DE INTIMAÇÃO NO SISTEMA PROJUDI - CONVÊNIO FIRMADO ENTRE ESTE TRIBUNAL E A AGRAVANTE - NULIDADE CONFIGURADA - RESTITUIÇÃO PRAZO RECURSAL - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (TJRR - AgInst 0000.15.000464-6, Rel. Des. MOZARILDO CAVALCANTI, 2ª Turma Cível, julg.: 25/08/2017, DJe 30/08/2017, p. 11)".

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  • *** "AGRAVO DE INSTRUMENTO - DECISÃO QUE INDEFERIU PEDIDO DE REABERTURA DE PRAZO RECURSAL - AUSÊNCIA DE EXPEDIÇÃO DE INTIMAÇÃO AO PROCURADOR DA PARTE - COMPROVAÇÃO POR MEIO DE DECLARAÇÃO FIRMADA POR SERVIDORES DO TJRR - PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE - NULIDADE QUE DEVE SER RECONHECIDA - OBSERVÂNCIA AOS POSTULADOS DA BOA FÉ E SEGURANÇA JURÍDICA - NÃO PRECLUSÃO DA MATÉRIA - AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO. 1. Consta dos autos declaração firmada pelos servidores do Eg. TJRR informando o problema na expedição de intimações ao procurador da Seguradora. 2. Assim, por força dos princípios da segurança jurídica e da boa-fé, considerando a existência de convênio celebrado entre a Seguradora e esta Corte de Justiça, visando agilizar as intimações eletrônicas do seu procurador, mister reconhecer a invalidade das intimações e a nulidade dos atos posteriores à apresentação da contestação no processo eletrônico de origem. 3.Não se pode falar em preclusão da matéria, nem em trânsito em julgado da sentença, visto que a parte não foi devidamente intimada nos autos do processo. 4. Agravo conhecido e provido, para decretar a nulidade dos atos processuais posteriores à sentença. (TJRR - AgInst 0000.15.002447-9, Rel. Juiz(a) Conv. JEFFERSON FERNANDES DA SILVA, Câmara Única, julg.: 15/12/2015, DJe 03/02/2016, p. 32)". Com efeito, considerando que as intimações ocorridas neste apelo, a partir do relatório, foram expedidas de forma indevida, a declaração de nulidade dos atos processuais a contar de tal momento é medida que se impõe, diante do evidente prejuízo suportado pelo Apelante. Por essas razões, de ofício, declaro nulos os atos processuais praticados no presente recurso, a partir do relatório de fl. 11. Publique-se e intimem-se. Após, volte-me concluso. Boa Vista, 27 de março de 2018. Des. Almiro Padilha Relator AGRAVO INTERNO Nº 0000.18.000009-3 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: INA RERE CHAVES BARROS ADVOGADO: MAMEDE ABRÃO NETTO – OAB/RR Nº 223-A AGRAVADO: IGOR B. FARIAS ADVOGADO: VILMAR LANA – OAB/RR Nº 590 RELATOR: JUIZ CONVOCADO LUIZ FERNANDO MALLET DECISÃO Trata-se de agravo interno no qual a agravante se insurge quanto à decisão proferida nos autos da Apelação Cível nº 0010.16.832459-7, a qual não a conheceu em razão da deserção. Nas razões do presente agravo, afirma que juntou o preparo do recurso às fls. 16 dos autos da apelação, razão pela qual pleiteia a reconsideração da decisão agravada. É o breve relatório. Decido. Compulsando os autos da apelação, verifico que, de fato, consta a juntada posterior do preparo recursal (fls. 16). Dessa forma, reconsidero a decisão que negou conhecimento ao apelo, em razão da deserção, tornando-a sem efeito. Junte-se a cópia da presente decisão e da respectiva certidão de trânsito, nos autos da apelação. Após, arquive-se o presente agravo interno e tornem os autos da apelação conclusos. Expedientes necessários. P.I. Boa Vista, 27 de março de 2018. Juiz Convocado Luiz Fernando Mallet AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0000.17.002365-9 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: O ESTADO DE RORAIMA PROCURADOR DO ESTADO: MARCUS GIL BARBOSA DIAS

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  • AGRAVADA: KUMER E CIA LTDA ADVOGADO: JEAN PIERRE MICHETTI – OAB/RR Nº 315 RELATOR: DES. JEFFERSON FERNANDES DECISÃO Trata-se de Agravo de Instrumento interposto em face de decisão proferida pelo douto Juízo da 1ª Vara Fazenda Pública da Comarca de Boa Vista/RR, nos autos do mandado de segurança nº 0823114-93.2017.823.0010, que deferiu pedido liminar, determinando a suspensão do ato declaratório SEFAZ/DEPAR/DIEF Nº 117/2017, restabelecendo a ativação da inscrição estadual da parte Impetrante até o julgamento definitivo do writ. Em suas razões recursais, a parte Agravante aduziu, em síntese, que o magistrado a quo deferiu pedido liminar sem ouvir o Estado, violando o artigo 9º, do atual CPC. Sustenta que a liminar foi deferida com base em documentação juntada pela agravada que afirmou a existência de afronta ao contraditório sem juntar a notificação prévia com a inicial. Assevera, ainda, que a liminar foi deferida com base em informações inverídicas fornecidas pela agravada, não subsistindo a argumentação acerca da ausência de notificação prévia. Conclui que a manutenção da empresa devedora contumaz em funcionamento no mercado afeta a livre concorrência e prejudica o funcionamento do mercado como um todo. Requereu a atribuição de efeito suspensivo ao presente recurso, e, no mérito, a reforma da decisão agravada. Às fls. 56/57-v, foi indeferido o pedido de atribuição do efeito suspensivo do agravo, consta manifestação do Ministério público, com posterior conclusão dos autos a este gabinete. Eis o breve relato. Decido De acordo com o artigo 932, do CPC, compete ao Relator, dentre outras atividades, exercer as atribuições estabelecidas no Regimento Interno do Tribunal, estando tais atribuições previstas no artigo 90, do RI, desta Corte. Vejamos: "Art. 90 - São atribuições do relator nos feitos cíveis: IV – não conhecer, negar ou dar provimento a recurso, nos termos dos art. 932, incisos III a V, do Código de Processo Civil;" Com efeito, o interesse em recorrer constitui requisito de admissibilidade dos recursos, devendo estar presente para que se viabilize o exame da matéria impugnada pelo Tribunal, como bem destaca Nelson Nery Júnior: Da mesma forma com que se exige o interesse processual para que a ação seja julgada pelo mérito, há necessidade de estar presente o interesse recursal para que o recurso possa ser examinado em seus fundamentos. Assim, poder-se-ia dizer que incide no procedimento recursal o binômio necessidade + utilidade como integrantes do interesse em recorrer. (in Teoria geral dos recursos. 6. ed. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2004, p. 315). (Sem grifos no original). Nesse sentido, trago à colação jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: RECLAMAÇÃO VOLTADA CONTRA A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA DE MÉRITO. JULGAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL. SUPERVENIENTE PERDA DE OBJETO. FALTA DE INTERESSE RECURSAL. LEVANTAMENTO DE VULTOSA QUANTIA. TUTELA ANTECIPADA EM DESFAVOR DA FAZENDA PÚBLICA. PRECEDENTES: RESP. N.º 875.104/RJ E RESP. N.º 875.155/RJ. (...) 2. O interesse em recorrer é instituto ontologicamente semelhante ao interesse de agir como condição da ação, e é mensurado à luz do benefício prático que o recurso pode proporcionar ao recorrente. Amaral Santos, in Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, 4.ª ed., v. IV, n.º 697, verbis: O que justifica o recurso é o prejuízo, ou gravame, que a parte sofreu com a sentença. (...) 6. Agravo regimental desprovido. (STJ, AgRg na Rcl 1884 / RJ, Relator Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, Julgamento 26.08.2009, Publicação/Fonte DJe 14.09.2009). (Sem grifos no original). Da análise do caso em comento, constato que foi proferida sentença de concessão definitiva da segurança, nos autos de origem n.º 0823114-93.2017.8.23.0010, conforme EP. 28, em 13/11/2017 o que gerou, por conseguinte, a perda superveniente do objeto do presente recurso. Nesse sentido, é a orientação do Colendo Superior Tribunal de Justiça: (...) 1. Com a prolação de sentença nos autos do processo principal, perde o objeto, restando prejudicado, o recurso especial interposto de acórdão proferido em agravo de instrumento contra decisão liminar. (STJ, EDcl no AgRg no REsp 1186146/MS, Relator Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, Julgamento 14.06.2011, DJe 27.06.2011). (Sem grifos no original).

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  • Com efeito, vislumbro patente a perda do objeto do presente agravo de instrumento, haja vista a superveniência de sentença proferida pelo Juízo a quo, uma vez que restou absorvido o conteúdo da decisão interlocutória agravada, em face da qual se recorreu por instrumento. Diante do exposto, com fundamento no artigo 90, inciso IV, do RITJRR, julgo prejudicado o presente recurso, em face da perda superveniente do seu objeto. Com as baixas necessárias, arquive-se. Publique-se e cumpra-se. Boa Vista (RR), em 26 de março de 2018. Jefferson Fernandes da Silva Desembargador Relator HABEAS CORPUS Nº 0000.17.002858-3 – ALTO ALEGRE/RR IMPETRANTE: DEFENSORIA PÚBLICA DE RORAIMA PACIENTE: ANTÔNIO BRAGA DE OLIVEIRA AUT. COATORA: JUÍZO DE DIREITO DA COMARCA DE ALTO ALEGRE RELATOR: JUIZ CONVOCADO LUIZ FERNANDO MALLET DECISÃO Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Antônio Braga de Oliveira, preso em flagrante no dia 10/07/2016, convertida a prisão em preventiva por ocasião da Audiência de Custódia, em 11/07/2016, pela suposta prática de homicídio qualificado, nos termos do art. 121, §2º, II e IV do CP. Alega o impetrante, em síntese, que a decisão combatida não está apoiada em dados concretos, encontrando-se desprovida de fundamentação idônea, bem como ausentes os requisitos do art. 312 do CPP. Sustenta, também, que há excesso de prazo na prisão preventiva, tendo em vista que o paciente encontra-se preso há mais de 01 (um) ano e 03 (três) meses sem que a instrução processual tenha chegado ao fim, estando os autos, atualmente, aguardando a realização de perícia e juntada do respectivo laudo. Requer o deferimento da medida liminar, revogando-se a prisão preventiva com ou sem a aplicação das medidas cautelares, ou, alternativamente, busca o relaxamento da prisão do paciente por constrangimento ilegal decorrente do alegado excesso de prazo e, no mérito, pugna pela concessão definitiva da ordem. A Liminar indeferida às fls. 36/36v. Em parecer de fls. 44/50, a douta Procuradoria de Justiça opina pelo conhecimento do writ e, no mérito, pela denegação da ordem. É o relatório. DECIDO. Não há dúvida de que o writ não deve ser conhecido. Como bem reconheceu o diligente Procurador de Justiça Dr. Alessandro Tramujas, há idêntico habeas corpus impetrado em favor do mesmo paciente e pelos mesmos fatos, tramitando via PROJUDI, cuja relatoria coube ao Juiz Convocado Euclydes Calil (9000022-59.2018.8.23.000), que, inclusive, foi julgado na última Sessão da Câmara Criminal, denegada a ordem (ep 19), ainda pendente de publicação a ementa e o acórdão. Assim, verificada a identidade de parte, pedido e causa de pedir, como aqui ocorre, resta configurada a litispendência, sendo imperioso não se conhecer do segundo remédio heroico impetrado, ou seja, este aqui. Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça decidiu: "HABEAS CORPUS. LITISPENDÊNCIA. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO. Trata-se habeas corpus preventivo impetrado em favor de José Carlos Ferreira da Silva, resumindo-se o pedido à expedição de salvo-conduto que lhe assegure não sofrer constrangimentos decorrentes de ordens de prisão decretada nos autos da execução fiscal n. 855.559-5/9-00 em curso perante a Comarca de Cananéia/SP. 2. Verifica-se que nos autos do Habeas Corpus n. 130.396, a mim distribuído em 10.3.2009, o impetrante insurge-se contra a mesma decisão que decretou a prisão civil do paciente nos autos do referido executivo fiscal, apresentando, na sua exordial, os mesmos fatos, fundamentos jurídicos e pedido de revogação do decreto prisional. Assim, constata-se a repetição do writ, restando configurada a manifesta litispendência decorrente da anterior impetração, a ensejar a extinção do presente feito sem julgamento do mérito. 3. Habeas corpus extinto sem julgamento de mérito." (STJ, HC nº 132297-SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, in DJe 19/08/2009). (Grifei). Cumpre registrar que, em sede de habeas corpus, a litispendência se caracteriza pela pessoa do paciente e pela causa de pedir, não importando a pessoa do impetrante.

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  • Ademais, verifico que este feito é mera repetição do Habeas Corpus n° 9000022-59.2018.8.23.000, impetrado anteriormente, possuindo as mesmas partes e objeto deste remédio constitucional, sem apresentação de fato novo ou alegações jurídicas diversas daquelas apresentas no primeiro writ. Posto isso, não conheço do presente feito, declarando-o extinto sem resolução de mérito, nos termos do art. 184 do RITJRR. Dê-se ciência a d. Procuradoria de Justiça. Publique-se. Registre-se. Intime-se. Boa Vista, 22 de março de 2018. Juiz Convocado Luiz Fernando Mallet - Relator APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.13.703820-3 - BOA VISTA/RR APELANTE: ELTON OLIVEIRA ARAÚJO ADVOGADO: GIOBERTO DE MATOS JÚNIOR – OAB/RR Nº 787-N APELADO: BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A ADVOGADA: ROSÃNGELA DA ROSA CORREA – OAB/RR Nº 416-N RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS DECISÃO Trata-se de Apelação Cível interposta por Elton Oliveira Araújo em face da sentença proferida pelo Juízo da 5.ª Vara Cível que julgou procedente o pedido formulado na Ação de Busca e Apreensão n.º 0703820-86.2013.8.23.0010, atribuindo ao Banco o domínio e a posse plena do bem descrito na inicial. Com as razões e contrarrazões recursais, vieram-me os autos. É o sucinto relato. DECIDO. Em sede de admissibilidade, observou-se que o apelante solicitou a gratuidade da justiça no momento da interposição do recurso. Todavia, ante a inexistência de documentos que demonstrassem a alegada hipossuficiência, a parte fora intimada para, em 10 (dez) dias, comprovar tal estado (fl. 07). Decorrido o prazo supracitado (fl. 09), o presente Juízo intimou novamente o apelante para que, em 5 (cinco) dias, recolhesse o preparo recursal, sob pena de deserção (fl. 10). Ocorre que, mais uma vez, o apelante deixou o prazo transcorrer in albis e não se desincumbiu do encargo, ensejando o indeferimento do pedido de justiça gratuita e o não conhecimento do recurso por ausência de preparo, com base no art. 1.007 do CPC/2015. Isso posto, na forma do art. 932, III do CPC/2015 c/c ao art. 90, IV do RITJRR, NÃO CONHEÇO do apelo. Publique-se e intimem-se. Boa Vista (RR), 19 de março de 2018. Desª. Tânia Vasconcelos Relatora APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.12.713818-7 - BOA VISTA/RR APELANTE: VILSON DE ALMEIDA ADVOGADO: RAFAEL DE ALMEIDA PIMENTA PEREIRA – OAB/RR Nº 317-A APELADO: CAMARGO SOARES EMPREENDIMENTOS LTDA RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS DECISÃO Trata-se de apelação interposta por Vilson de Almeida em face da sentença proferida pelo Juízo da 4ª Vara Cível da comarca de Boa Vista/RR que, julgando procedente a ação de usucapião nº 0713818-15.2012.8.23.0010, declarou o domínio do autor sobre o bem móvel e condenou a parte contrária ao pagamento dos honorários advocatícios no importe de 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa. Irresignado, sustenta o apelante que os honorários fixados na sentença recorrida são irrisórios, motivo pelo qual pugna pela sua majoração, nos termos dos §§ § 2º e 8.º do art. 85 do CPC. Sem contrarrazões. É o breve relato. DECIDO, na forma autorizada pelo art. 90, VI, do RITJRR. Presentes os pressupostos processuais, conheço do recurso.

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  • No mérito, o apelo merece provimento. Dispõe o §2º, do art. 85, do CPC/15: "Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. (…) §2º. Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos: I - o grau de zelo do profissional; II - o lugar de prestação do serviço; III - a natureza e a importância da causa; IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço." Entretanto, nas causas de baixo valor, assim como nos casos dos honorários possuírem irrisório ou inestimável proveito econômico, prevê o §8º do mesmo dispositivo acima mencionado, que o juiz fixará montante por apreciação equitativa, atendendo aos parâmetros do supracitado parágrafo 2º. Na hipótese em questão, verifica-se que o percentual da condenação realmente traduz um valor irrisório à título de honorários advocatícios, haja vista que 20% (vinte por cento) de R$ 2.000,00 (dois mil reais), valor atribuído à causa, representará a quantia de R$ 400,00 (quatrocentos reais). Assim, considerando o baixo valor da causa, deve ser aplicado ao caso o § 8.º do art. 85 do CPC, observando-se o zelo processual do patrono do apelante e o tempo por ele despendido e a natureza da lide. Nesse sentido, esta Corte tem se manifestado reiteradamente, Vejamos: "APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FIXAÇÃO COM BASE NO VALOR DA CAUSA. VALOR ÍNFIMO. MAJORAÇÃO. CABIMENTO. ART. 85, 8º, DO CPC. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO." (TJRR - AC 0010.13.716466-0, Rel. Des. MOZARILDO CAVALCANTI, 2ª Turma Cível, julg.: 28/07/2017, DJe 02/08/2017, p. 29) "APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE OBRIGAÇÃO ALIMENTAR - JULGADA PROCEDENTE - HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS FIXADOS EM R$ 300,00 (TREZENTOS REAIS) - IRRESIGNAÇÃO APENAS QUANTO AO RESPECTIVO VALOR - RECURSO INTERPOSTO PELO ADVOGADO DO AUTOR - POSSIBILIDADE - DIREITO AUTÔNOMO - ACRÉSCIMO DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS - DEVIDO - ART. 85, §2º., DO CPC - RECONHECIDO O PERCENTUAL DE 10% (DEZ POR CENTO) SOBRE O VALOR ATUALIZADO DA CAUSA - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. É plenamente possível a interposição de recurso pelo advogado patrono da parte quando versar sobre discussão de direito autônomo seu, in casu, a majoração dos honorários sucumbenciais. 2. De acordo com o art. 85, §2º. do CPC, nas hipóteses em que não houver condenação em valor, proveito econômico obtido ou não sendo possível mensurá-lo, os honorários ao advogado devem ser fixados no percentual de no mínimo dez e no máximo vinte por cento sobre o valor atualizado da causa, situação que se amolda ao presente caso. 3. Recurso conhecido e provido." (TJRR - AC 0010.15.833698-1, Rel. Des. ALMIRO PADILHA, Câmara Cível, julg.: 05/05/2017, DJe 19/05/2017, p. 15) "APELAÇÃO CÍVEL - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - MAJORAÇÃO - NECESSIDADE - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO 1. "A jurisprudência desta Corte é unânime no sentido de que, nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou em que for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação equitativa do juiz, que levará em conta o grau de zelo profissional, o lugar da prestação do serviço, a natureza da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço." (STJ, AgRg no AREsp 719.264/MG, Terceira Turma, Rel. Ministro Moura Ribeiro - p.: 21/11/2016). 2. Inobservada tal regra, revelando-se como irrisório o valor fixado monocraticamente, impõe-se a reforma da sentença, majorando-se a verba honorária." (TJRR - AC 0010.08.912513-1, Rel. Juiz(a) Conv. LUIZ FERNANDO MALLET, 2ª Turma Cível, julg.: 07/12/2017, DJe 15/12/2017, p. 21) Desse modo, embora o trâmite processual não tenha lhe demandado elevado esforço técnico, uma vez que houve a decretação da revelia e o consequente anúncio de julgamento antecipado da lide, não se pode olvidar que o causídico agiu com zelo processual e dispôs de tempo para acompanhar o processo, cabendo a alteração dos honorários advocatícios. Isso posto, dou provimento ao apelo, com fulcro no art. 90, VI, do RITJRR, para majorar os honorários advocatícios sucumbenciais para R$ 800,00 (oitocentos reais). Publique-se. Intimem-se.

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  • Boa Vista (RR), 19 de março de 2018. Desa. Tânia Vasconcelos Relatora APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.15.807634-8 - BOA VISTA/RR APELANTE: MASSA FALIDA DO BANCO CRUZEIRO DO SUL S/A ADVOGADO: NELSON WILLIANS FRATONI RODRIGUES – OAB/SP Nº 128341 APELADO: ELTON BRUNNO NASCIMENTO LIMA ADVOGADO: GIOBERTO DE MATOS JÚNIOR – OAB/RR Nº 787-N RELATORA: DESA. TÂNIA VASCONCELOS DECISÃO Cuida-se de apelação cível interposta pela Massa Falida do Banco Cruzeiro do Sul S/A em face da sentença proferida pelo Juízo da 2.ª Vara Cível de Boa Vista-RR, que julgou parcialmente procedente o pedido autoral. Com as razões e contrarrazões recursais, vieram-me os autos. É o sucinto relato. DECIDO. Em sede de admissibilidade, observou-se que a apelante solicitou a gratuidade da justiça no momento da interposição do recurso. Ocorre que, ante a ausência de documentos que demonstrem a alegada hipossuficiência, a parte fora intimada para, em 5 (cinco) dias, comprovar tal estado ou recolher o preparo recursal, sob pena de deserção (fl. 06). Por seguinte, eis que o prazo supracitado decorreu sem qualquer manifestação da apelante (fl. 08). Assim, resta prejudicado o conhecimento do recurso por ausência de preparo. É o que se depreende do §2º, do art. 1.007, do CPC/2015: Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção. (...) § 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias. No mesmo sentido, a jurisprudência dominante se posiciona: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA REQUERIDO EM SEDE DE RECURSO. DETERMINAÇÃO DE COMPROVAÇÃO DA HIPOSSUFICIÊNCIA. SITUAÇÃO QUE NÃO FOI OBJETO DE RECURSO PRÓPRIO. AUSÊNCIA DE PROVA DA HIPOSSUFICIÊNCIA ALEGADA. PRECLUSÃO DA MATÉRIA. AGRAVO INTERNO CONHECIDO, MAS DESPROVIDO. (TJRR - AgInt 0000.17.000933-6, Rel. Des. JEFFERSON FERNANDES DA SILVA, 2ª Turma Cível, julg.: 13/03/2018, DJe 16/03/2018, p. 19) ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. MASSA FALIDA. PESSOA JURÍDICA. DECLARAÇÃO. HIPOSSUFICIÊNCIA. PROVA. 1. Embora o art. 99, parágrafo 3º, do NCPC/2015 preconize a presunção de veracidade da alegação de insuficiência deduzida pela parte, a Constituição Federal e o art. 99, parágrafo 2º, do NCPC/2015, impõem realização de prova da hipossuficiência econômica para que a parte goze desse benefício. Sem essa prova, o benefício fica indeferido. 2. O fato de ter sido decretada falência da agravante não faz presumir pela insolvência da mesma. Havendo necessidade de se provar a hipossuficiência aventada, o que não ocorreu no caso. Recurso não provido. (TJ-SP 20102520420188260000 SP 2010252-04.2018.8.26.0000, Relator: Melo Colombi, Data de Julgamento: 01/03/2018, 14ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 01/03/2018. Grifos nossos.) AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. PESSOA JURÍDICA EM REGIME DE LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL. HIPOSSUFICIÊNCIA NÃO COMPROVADA. REVISÃO. SÚMULA 7/STJ. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. A jurisprudência desta eg. Corte entende que é possível a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita à pessoa jurídica somente quando comprovada a precariedade de sua situação financeira, não havendo falar em presunção de miserabilidade. 2. A concessão do benefício da assistência judiciária à pessoa jurídica em regime de liquidação extrajudicial ou de falência depende de demonstração de sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.

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  • 3. Na espécie, foi consignado que, a despeito de se encontrar em regime de liquidação extrajudicial, o recorrente é empresa de grande porte que não logrou êxito em demonstrar, concretamente, situação de hipossuficiência para o fim de concessão do benefício da assistência judiciária. 4. Neste contexto, a modificação de tal entendimento lançado no v. acórdão recorrido, como ora perseguida, demandaria a análise do acervo fático-probatório dos autos, o que é vedado pela Súmula 7 do STJ. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. (AgRg no AREsp n. 576.348/RJ, Relator Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 24/3/2015, DJe 23/4/2015. Grifos nossos.) Face ao exposto, nos termos do art. 932, inciso III, do CPC, NÃO CONHEÇO do apelo. P.R.I. Boa vista, 19 de março de 2018. Desª. Tânia Vasconcelos Relator EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0010.13.701111-9 - BOA VISTA/RR EMBARGANTES: ANNE CAROLINE MARINHO BRITO DE OLIVEIRA E OUTROS ADVOGADO: MAMEDE ABRÃO NETTO – OAB/RR Nº 223-A EMBARGADA: UNIMED DE BOA VISTA - COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO ADVOGADOS: GUTEMBERG DANTAS LICARIÃO E OUTROS – OAB/RR Nº 187-B RELATOR: DES. CRISTÓVÃO SUTER I - Trata-se de embargos declaratórios, apresentados por Anne Caroline Marinho Brito de Oliveira, contra decisão monocrática que julgou deserto seu recurso de apelo. Aduz a embargante a necessidade de atribuição de efeito modificativo ao julgado, porquanto teria supostamente olvidado de requerimento de justiça gratuita. É o breve relato. II - Passo a decidir. Razões não acompanham a embargante. Nos termos da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, "o art. 1.022 do CPC/2015 é peremptório ao prescrever as hipóteses de cabimento dos Embargos de Declaração; trata-se, pois, de recurso de fundamentação vinculada, restrito a situações em que patente a incidência do julgado em obscuridade, contradição, omissão ou erro material", de modo que "não havendo a presença de quaisquer dos vícios elencados no art. 1.022 do CPC/2015, a discordância da parte quanto ao conteúdo da decisão não autoriza o pedido de declaração, que tem pressupostos específicos, que não podem ser ampliados". No caso alçado a debate, a análise da insurgência recursal revela tão somente a discordância com o conteúdo do julgado, com nítido propósito infringente, olvidando a embargante da indicação de vícios do decisum, circunstância que torna impossível o sucesso do reclame, inclusive para fins de prequestionamento. Confira-se: "EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA APELAÇÃO CÍVEL - AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU ERRO - PRETENSÃO DE INFRINGIR O JULGADO - IMPOSSIBILIDADE - RECURSO DESPROVIDO. 1. Encontra-se pacificado pelo Pretório Excelso, em seu Tema n.º 339, com repercussão geral, que "o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas." 2. Olvidando a embargante da necessidade de demonstração de vícios no julgado, não se cogita dos declaratórios, sequer para fins de prequestionamento." (TJRR, EDecAC 0010.13.712717-0, 1ª Turma Cível, Relator: Des. Cristóvão Suter - p.: 20/03/2018) "EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO INTERNO - INEXISTÊNCIA DE VÍCIOS NO JULGADO - PRETENSÃO À REDISCUSSÃO DA MATÉRIA - IMPOSSIBILIDADE - RECURSO DESPROVIDO. 1. "Não há erro, obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado, o que afasta a presença dos pressupostos de embargabilidade, conforme o art. 1.022 do CPC/2015" (STF, RE 545184 AgR-ED, Primeira Turma, Relator: Min. Roberto Barroso - p.: 14/11/2017). 2. Olvidando o embargante da demonstração de vícios no julgado, não se cogita dos declaratórios, sequer para fins de prequestionamento." (TJRR, EDecAgInt 0000.17.002506-8, 1ª Turma Cível, Relator: Des. Cristóvão Suter - p.: 06/03/2018) III - Posto isto, rejeito os declaratórios. Boa Vista, 22 de março de 2018.

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  • Desembargador Cristóvão Suter AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0000.17.001833-7 - BOA VISTA/RR AGRAVANTE: H. D. ADVOGADA: PAULA CRISTIANE ARALDI – OAB/RR Nº 289-A AGRAVADA: L. E. O. C. ADVOGADO: FABIANO VASCONCELOS BRAZ – OAB/RR Nº 1286 RELATOR: DES. JEFFERSON FERNANDES DECISÃO Trata-se de Agravo de Instrumento em face da Decisão Interlocutória proferida pelo douto juízo da 1ª Vara de Pública da Comarca de Boa Vista (RR), nos autos da Ação de Investigação de Paternidade c/c Alimentos nº 0804128-91.2017.8.23.0010, que fixou, a título de alimentos provisórios, o importe de um salário-mínimo em favor da agravada. Em suas razões recursais aduziu a parte agravante, em síntese, que não reúne condições de arcar com o referido pensionamento, uma vez que aufere baixos rendimentos mensais, pugnando ao final pela redução do montante mensal para R$ 500,00 (quinhentos reais). Em razão da ausência do pedido de tutela provisória ou efeito suspensivo, determinei a intimação da parte agravada, bem como a oitiva da douta Procuradoria de Justiça, conforme despacho de fls. 39. Às fls. 43/44-v, consta manifestação da Procuradoria de Justiça, com posterior conclusão dos autos a este gabinete. Eis o breve relato. Decido De acordo com o artigo 932, do CPC, compete ao Relator, dentre outras atividades, exercer as atribuições estabelecidas no Regimento Interno do Tribunal, estando tais atribuições previstas no artigo 90, do RI, desta Corte. Vejamos: "Art. 90 - São atribuições do relator nos feitos cíveis: IV – não conhecer, negar ou dar provimento a recurso, nos termos dos art. 932, incisos III a V, do Código de Processo Civil;" Com efeito, o interesse em recorrer constitui requisito de admissibilidade dos recursos, devendo estar presente para que se viabilize o exame da matéria impugnada pelo Tribunal, como bem destaca Nelson Nery Júnior: Da mesma forma com que se exige o interesse processual para que a ação seja julgada pelo mérito, há necessidade de estar presente o interesse recursal para que o recurso possa ser examinado em seus fundamentos. Assim, poder-se-ia dizer que incide no procedimento recursal o binômio necessidade + utilidade como integrantes do interesse em recorrer. (in Teoria geral dos recursos. 6. ed. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2004, p. 315). (Sem grifos no original). Nesse sentido, trago à colação jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: RECLAMAÇÃO VOLTADA CONTRA A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA DE MÉRITO. JULGAMENTO DA AÇÃO PRINCIPAL. SUPERVENIENTE PERDA DE OBJETO. FALTA DE INTERESSE RECURSAL. LEVANTAMENTO DE VULTOSA QUANTIA. TUTELA ANTECIPADA EM DESFAVOR DA FAZENDA PÚBLICA. PRECEDENTES: RESP. N.º 875.104/RJ E RESP. N.º 875.155/RJ. (...) 2. O interesse em recorrer é instituto ontologicamente semelhante ao interesse de agir como condição da ação, e é mensurado à luz do benefício prático que o recurso pode proporcionar ao recorrente. Amaral Santos, in Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, 4.ª ed., v. IV, n.º 697, verbis: O que justifica o recurso é o prejuízo, ou gravame, que a parte sofreu com a sentença. (...) 6. Agravo regimental desprovido. (STJ, AgRg na Rcl 1884 / RJ, Relator Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, Julgamento 26.08.2009, Publicação/Fonte DJe 14.09.2009). (Sem grifos no original). Da análise do caso em comento, constato que foi proferida sentença com resolução do mérito, julgando parcialmente procedente a pretensão da autora, nos autos de origem n.º 0804128-91.2017.8.23.0010, conforme EP. 66, em 25/10/2017 o que gerou, por conseguinte, a perda superveniente do objeto do presente recurso. Nesse sentido, é a orientação do Colendo Superior Tribunal de Justiça: (...) 1. Com a prolação de sentença nos autos do processo principal, perde o objeto, restando prejudicado, o recurso especial interposto de acórdão proferido em agravo de instrumento contra decisão liminar. (STJ, EDcl no AgRg no REsp 1186146/MS, Relator Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, Julgamento 14.06.2011, DJe 27.06.2011). (Sem grifos no original).

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  • Com efeito, vislumbro patente a perda do objeto do presente agravo de instrumento, haja vista a superveniência de sentença proferida pelo Juízo a quo, uma vez que restou absorvido o conteúdo da decisão interlocutória agravada, em face da qual se recorreu por instrumento. Diante do exposto