bioÉtica

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DEFINIÇÃO.................130 PRINCIPIOS...............131 Relatório Belmont......................... 131 Principio da autonomia................ 131 Principio da beneficência............. 131 Principio da não-maleficiência....132 Principio do respeito..................... 132 Princípio da justiça....................... 132 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) 132 COMITES DE ÉTICAS........133 Comitê de ética em pesquisa (CEP)133 Comissão nacional de ética em pesquisa (CONEP) 133 BIOÉTICA E PESQUISA.......133 Resolução 196/96.......................... 134 Lei Arouca 11.794.......................... 134 Lei 11794/2008.............................. 134 VIDA HUMANA COMO VALOR BIOÉTICO 134 Declaração universal dos direitos humanos 135 Artigos..............135 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS 137 Artigos............................................ 138 PROJETO DE PESQUISA.......138 ASPÉCTOS ÉTICOS E METODOLÓGICOS 138 Identificação.................................. 138 Título.............................................. 138 Autores........................................... 139 LOCAL DE ORIGEM E DE REALIZAÇÃO 139 Introdução..................................... 139 Objetivos........................................ 139 Método........................................... 139 Cronograma.................................. 139 Orçamento..................................... 139 Referências.................................... 139 VISÃO RELIGIOSA DA MORTE. .139 ÉTICA E EUTANÁSIA........140 Eutanásia....................................... 140 Classificação da eutanásia 140 Distanásia...................................... 140 Ortotanásia................................... 140 ACONTECIMENTOS ENVOLVENDO ASPÉCTOS ÉTICOS 140 PROJETO MANHATTAN...........140 Julgamento de Nuremberg..........141 CÓDIGO DE NUREMBERG.........141 1

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resumo das aulas de bioéticos do curso de farmácia.

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biotica

DEFINIO130PRINCIPIOS131Relatrio Belmont131Principio da autonomia131Principio da beneficncia131Principio da no-maleficincia132Principio do respeito132Princpio da justia132TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)132COMITES DE TICAS133Comit de tica em pesquisa (CEP)133Comisso nacional de tica em pesquisa (CONEP)133BIOTICA E PESQUISA133Resoluo 196/96134Lei Arouca 11.794134Lei 11794/2008134VIDA HUMANA COMO VALOR BIOTICO134Declarao universal dos direitos humanos135Artigos135DECLARAO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS137Artigos138PROJETO DE PESQUISA138ASPCTOS TICOS E METODOLGICOS138Identificao138Ttulo138Autores139LOCAL DE ORIGEM E DE REALIZAO139Introduo139Objetivos139Mtodo139Cronograma139Oramento139Referncias139VISO RELIGIOSA DA MORTE139TICA E EUTANSIA140Eutansia140Classificao da eutansia140Distansia140Ortotansia140ACONTECIMENTOS ENVOLVENDO ASPCTOS TICOS140Projeto Manhattan140Julgamento de Nuremberg141Cdigo de Nuremberg141Declarao de Genebra141Declarao de Helsing141Projeto Apollo141Projeto genoma humano141DESLIZES TICOS NA PESQUISA141Caso de Tukegee141Caso hospital de Willowbrook142Caso Jewish Chronic Diase Hospital do Brooklin142

biotica2012 1 SEMESTRE

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DEFINIO uma rea do conhecimento interdisciplinar, cuja finalidade compreender e resolver questes ticas relacionadas aos avanos tecnolgicos da biologia e da medicina e questes que de alguma forma influenciam as nossas vidas. Termo criado em 1971, pelo oncologista norte americano Van Rensselaer Potter, sua maior preocupao era buscar uma sada para o desequilbrio causado pelo homem na natureza.

Figura 1: Van Rensselaer Potter (1911-2001) Bioqumico norte americano foi professor de oncologia no laboratrio Mcardle para pesquisa do cncer por 50 anos.

Ento a biotica chegou como a cincia, que visa minimizar os conflitos e controversas morais, pelas prticas no mbito das cincias da sade e do ponto de vistas de alguns sistemas de valores. Tais conflitos surgem das interaes humanas em sociedades a princpio seculares. Para entendermos melhor a biotica precisamos conhecer a tica que uma palavra de origem grega Ethos que significa morada do homem na terra, casa, costumes tradicionais, busca do senso comum e conhecimento religioso. Os romanos traduziram o Ethos para o latim Mores que significa costume.

PRINCIPIOS Relatrio BelmontApresenta os princpios bsicos que podem ajudar na soluo dos problemas ticos surgidos na pesquisa com seres humanos. Os princpios elencados so: O principio do respeito s pessoas; O principio da beneficncia; O princpio da justia;Beauchamp e Children tentam apresentar uma teoria de princpios bsicos da moral alicerada no: Principio da no-maleficincia; Principio da beneficncia; Principio da beneficncia; Principio da justia.

Principio da autonomiaAutonomia um termo derivado do Grego (prprio) e nomos (lei, regra, norma). Significa auto-governo, da pessoa de forma decises que afetem sua vida sade, da pessoa de forma decises que afetem sua vida, sua sade integridade fsica psquica, suas relaes sociais. refere-se capacidade de o ser humano decidir o que bom., ou o que seu bem-estar. o respeito vontade, aos valores morais dos indivduos e sua intimidade. As pessoas tm o direito de decidir sobre as questes relacionadas ao seu corpo e sua vida, em indivduos intelectualmente deficientes, e no caso de menores de 18 anos, este princpio deve ser exercido pela famlia ou pelo responsvel legal.Para que exista uma autonomia preciso, a existncia de alternativa ou opo desejada, a ao ou que seja possvel que o agente as crie, pois s existe apenas um nico caminho a ser seguido, no h propriamente o exerccio da autonomia. Quando no h liberdade de pensamento, nem opes, quando se tem apenas uma alternativa de escolha, ou ainda quando no exista liberdade de agir conforme a alternativa ou opo desejada, a ao empreendida no pode ser julgada autnoma.Respeitar a autonomia reconhecer que ao individuo cabe possuir certos pontos de vistas e que ele quem deve deliberar e tomar decises segundo seu prprio plano de vida e ao, embasado em crenas, aspiraes e valores prprio, mesmo quando divirjam daqueles dominantes na sociedade ou daqueles aceitos pelos profissionais de sade.O respeito pela autonomia da pessoa conjuga-se com o principio da dignidade da natureza humana, aceitando que o ser humano um fim em si mesmo, no somente um meio de satisfao de interesse de terceiros, comerciais, industriais, ou dos prprios profissionais e servios de sade.O ser humano no nasce autnomo, torna-se autnomo e para isto contribuem variveis estruturais biolgicas, psquicas e socioculturais.Nas situaes de autonomia reduzidas cabe a terceiros, familiares ou mesmo aos profissionais de sade decidir pela pessoa no-autonoma.Deve se salientar que autonomia do paciente, no sendo um direito moral absoluto poder vir a se confrontar com a do profissional de sade. Este pode, por razes ticas se opor aos desejos do paciente de realizar certos procedimentos, tais como tcnicos de reproduo assistidas, eutansia ou aborto.

Principio da beneficnciaAssegura o bem estar das pessoas e evitando danos, e garante que sejam atendidas seus interesses. Busca-se a maximizao do beneficio e a minimizao dos agravos. A beneficncia, no seu significado filosfico moral, quer dizer fazer o bem. a beneficncia, uma manifestao da benevolncia. O moralista britnico Butter, diz que existe no homem, de forma prioritria, um principio natural de benevolncia ou da postura e realizao do bem dos outros e que, do mesmo modo, temos propenso a cuidar da nossa prpria vida, sade e bens particulares.A benevolncia tem as seguintes caractersticas: uma disposio emotiva que tenta fazer bem aos outros; uma qualidade boa do carter das pessoas, uma virtude; uma disposio para agir de forma correta;De forma geral todos os seres humanos normais possuem.O principio da benevolncia tenta, num primeiro momento, a promoo da sade e a preveno da doena e, em segundo lugar, para os bens e os males buscando a prevalncia dos primeiros.A beneficncia no seu sentido estrito deve ser entendida, conforme o relatrio Belmont, com uma dupla obrigao, primeiramente a de no causar danos e, em segundo lugar a de maximizar o nmero de possveis benefcios e minimizar os prejuzos. evidente que o mdico e demais profissionais de sade no podem exercer o principio da beneficncia de modo absoluto. A beneficncia tem tambm seus limites. O primeiro dos quais seria a dignidade individual intrnseca a todo o ser humano. difcil mostrar onde fica o limite entre beneficncia com obrigao ou dever e a beneficncia como ideal tico que deve animar a conscincia moral de qualquer profissional.O principio da beneficncia tem como regra na prtica mdica, odontolgica, psicolgica e da enfermagem, entre outras, o bem do paciente, o seu bem-estar e os seus interesses, de acordo com os critrios do bem fornecidos pela medicina, esses profissionais procuram o bem do paciente conforme o que a medicina, a odontologia, a enfermagem e a psicologia entendem que pode ser bom no caso ou situao apresentado.

Principio da no-maleficinciaAssegura que sejam minerados ou evitando danos fsicos aos sujeitos da pesquisa ou pacientes. universalmente consagrado atravs do aforismo hipocrtico primum non nocere. as origens desse principio remontam a tradio hipocrtica: cria o hbito de duas coisas, socorrer ou no causar danos. Nem sempre o principio da no-maleficincia entendido corretamente, pois a sua prioridade pode ser questionada.Os prprios pacientes seriam os primeiros a questionar a prioridade moral da beneficncia no sendo assim, os mdicos recusar-se-iam a intervir sempre que houvesse um risco ameaador grave.Convm observar que o principio no causar danos nem sempre tem sido interpretado da mesma forma, mudando de acordo co as circunstncias histricas e as instituies.

Principio do respeitoIncorpora duas convices ticas, primeiramente que os indivduos tenha, de fato, sua autonomia respeitada: significa que em casos de pesquisas envolvendo humanos, o respeito pela pessoa exige que entrem voluntariamente e com informaes adequadas. A segunda que pessoas com capacidades intelectuais reduzida sejam protegidas.

Princpio da justiaExige que os benefcios e os riscos da pesquisa sejam repartidos com igualdade entre os participantes da pesquisa, tratando os indivduos de acordo com suas necessidades.os gregos entendiam a justia como uma propriedade natural das coisas. Na cultura grega identificava-se uma superioridade do bem comum sobre o individual. a figura do mdico nessa sociedade apreseNtava-se tal qual a do soberano. Quando Aristteles e So Tomas do Aquino falavam da perfeio moral do rei, para quem os sditos deveriam demonstrar incondicional obedincia, se reconhece de imediato o mesmo modelo na relao mdico-paciente. O mdico, como orei e o sacerdote, representava o comum e, a perfeio moral. Nesse modelo de justia paciente eram destitudas de autonomia e recebia uma parcela de atendimento mdico proporcional sua categoria.Somente na modernidade a justia deixou de ser concebida como condio natural para transformar-se em deciso moral.no final do sc. 17. John Locke descreveu como direito primrios de todo ser humano o direito vida, sade, integridade fsica, liberdade e propriedade.Para Lucke, a verdadeira justia erigia-se num contratoo social que obrigatoriamente emanava do exerccio da liberdade individual do estado a plena liberdade do contrato substitua o velho ajuste natural.TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)Estabelecido pelo cdigo de Nuremberg, regulamentado pela Declarao de Helsinque e adotada pela Associao Mdica Mundial em 1964. A pessoa tem o direito de consentir ou recusar propostas ou recusar propostas de carter preventivo, diagnstico ou teraputico que afetam ou venha a afetar sua integridade fsico-psquica ou social. Na esfera jurdica, a primeira deciso que tratou da questo parece ter sido o caso States veros Bakes & Staplenton, julgado em 1767 na Inglaterra: dois mdicos foram considerados culpados por no terem obtidos a consentimento do paciente quando a realizao da cirurgia de membro inferior que resultou em amputao.O processo Schloendorff versus Socit of New York Hospital, do inicio sc. 20. Refere-se um senhora que, em 1908, dirigindo-se ao New York Hospital com queixas abdominais, foi encaminhada por mdico que diagnosticou a existncia de tumor benigno instalado no tero, para o qual indicou ser necessrio a realizao de procedimentos cirrgicos. A paciente submeteu-se cirurgia, tendo seu tero tirando. Mas pouco tempo depois a realizao do ato acusa o mdio e o hospital perante os tribunais alegando ter sido enganada e operada sem que houvesse dado seu consentimento. Ocaso chegou corte suprema do estado de New York, que sentenciou favoravelmente a queixosa. No Brasil no recolhimento do consentimento da pessoa tipificado como ilcito penal apenas quando for ocasionado por uma conduta dolosa, de acordo com o art. 146, 3 do cdigo penal. No Brasil a resoluo 196/96 regulamenta os critrios bioticos na pesquisa envolvendo seres humanos. Essa resoluo foi criada pelo Conselho Nacional de Sade (CNS), que criou o Comit de tica em Pesquisa (CEP) e a Comisso Nacional de tica em Pesquisa (CONEP). A TCLE um documento que consiste na aprovao do sujeito da pesquisa, livre de fraude, suborno ou intimidao, aps explicao completa sobre a natureza da pesquisa, e seus riscos. O indivduo tem total liberdade para se retirar a qualquer momento da pesquisa, sem qualquer prejuzo a sua pessoa. O TCLE deve estar redigido em linguagem acessvel, incluir justificativa, deve ser elaborado pelo pesquisador responsvel, e ser aprovado pelo CEP. O consentimento prev a autorizao relativa aos no capazes de assinar o documento, como em pesquisas envolvendo crianas e adolescentes portadores de doenas mentais ou em comunidades culturalmente diferentes como a indgena, o consentimento deve ser individual e comunitrio atravs de seus lideres.COMITES DE TICAComit de tica em pesquisa (CEP) Criado para defender os interesses, integridade e dignidade dos sujeitos da pesquisa, contribuindo para o desenvolvimento da pesquisa dentro de padres ticos. Ele dever ser composto de 7 membros sendo profissionais da rea da sade das cincias exatas, sociais e humanas e um membro da sociedade representando os usurios das instituio. Esses membros no podero ser remunerados por essa atividade.O desenho e o desenvolvimento de cada procedimento experimental envolvendo de cada procedimento experimental envolvendo o ser humano devem ser claramente formulados em um protocolo de pesquisa, o qual dever ser submetido, considerao, discusso e orientao de um comit especialmente designado, independente do investigador e, do patrocinador.Estes comits desempenham um papel central no permitindo que nem pesquisares nem patrocinadores sejam que os nicos a julgar, se seus projetos esto de acordo com as orientaes aceitas. Dessa forma, seu objetivo proteger as pessoas, sujeitos das pesquisas de possveis danos, preservando seus direitos e assegurando sociedade que a pesquisa vem sendo feita de forma eticamente correta.

Comisso nacional de tica em pesquisa (CONEP)O CONEP foi criado pela resoluo CNA n 196/96 para desenvolver a regulamentao sobre proteo dos sujeitos da pesquisa e para constituir um nvel de recursos disponveis qualquer dos envolvidos em pesquisas com seres humanos tem a atribuio de apreciar os projetos de pesquisa de rea temticas especiais, enviados pelo CEP. composta por 13 membros titulares e seus suplentes, sendo 5 personalidades destacadas no campo da tica. Na pesquisa e na sade e 8 personalidades da rea da sade com destacada atuao nos campos teolgicos, pelo menos um tem que ser da rea da gesto da sade. A CONEP cabe o exame dos aspectos ticos da pesquisa envolvendo seres humanos.

BIOTICA E PESQUISA Experincias com seres humanos trouxeram vrios benefcios para a humanidade, mas tambm so fontes de preocupao as pessoas que esto atentas preservao dos interesses do bem humano. Atualmente cresceu muito os estudos biomdicos, notcias de estudos que tiveram sucesso e alegao de abuso se multiplicaram. Pesquisas mal sucedida deram origem a vrios escndalos pblicos que indignaram a comunidade cientfica e a opinio pblica do mundo inteiro. A biotica passou a ser usada para regulamentar a realizao dessas pesquisas de forma digna para os sujeitos e tambm para os pesquisadores.Assim toda ao na pesquisa deve ser justificada pela tica, embasada pela moral e respaldada pelas leis.

Resoluo 196/96Criou normas para o controle tico de pesquisa envolvendo seres humanos. A 196/96 so resolues constitudas por instncias regionais CEP e uma instncia federativa o CONEP rgo nacional de controle de pesquisa envolvendo seres humanos. Esta resoluo tambm orienta sobre os aspectos ticos que devem ser observados nos protocolos de pesquisa e determina que toda pesquisa que envolve seres humanos independente da rea do conhecimento deve ser apreciada por um CEP. De acordo com a resoluo 196/96, o projeto de pesquisa deve gerar conhecimento, trazendo algo inovador, tanto em seus propsitos, quanto em seus mtodos de desenvolvimento. Esse conhecimento deve ter relevncia cientfica, agregando valores ao conhecimento cientfico. O procedimento deve ser reprodutvel em qualquer lugar do planeta. dever dos pesquisadores respeitar os sujeitos das pesquisas nos seus anseios, desejos e dvidas, bem como na sua histria de vida, nos seus valores crenas, no realizando qualquer ato que lhe cause constrangimentos estranheza. Respeitar as vontades dos sujeitos da pesquisa um dos itens bsicos para a sua realizao. O sujeito da pesquisa deve receber todas as informaes a respeito dos riscos e benefcios do seu desenvolvimento e estar ciente e apto para decidir-se voluntariamente, em participar da pesquisa apesar dos riscos.

Lei Arouca 11.794 Lei 11.794, de 8 de outubro de 2008, o Conselho Nacional de Controle de Experimentao Animal (Concea), vinculado ao Ministrio da Cincia e Tecnologia, passou a regular e normatizar os procedimentos de experimentao animal no pas. Basicamente, o pesquisador deve obedecer a trs critrios bsicos:O primeiro em relao ao nmero mximo de animais a ser utilizado na pesquisa. No permitido utilizar mais animais que o necessrio. Se, por exemplo, 10 camundongos satisfazem uma pesquisa, no permitido dobrar ou triplicar este nmero sem uma justificativa. Do mesmo modo, um nmero muito reduzido de animais pode determinar a inconsistncia dos resultados e, assim, invalidar a pesquisa, o que significa ter que refazer o experimento e fazer uso de outros animais. O tipo de pesquisa e a variabilidade prevista para os dados geralmente requerem um bom planejamento estatstico. O segundo critrio em relao ao bem-estar animal. Todo animal que utilizado numa pesquisa deve ser submetido a determinados cuidados. Ele no pode sofrer, tem que ser convenientemente anestesiado, no caso de uma cirurgia, assim como receber cuidados pr e ps-operatrios, com relao a analgsicos e antibiticos, por exemplo. Alm disso, deve receber alimentao adequada, viver em um ambiente com temperatura controlada e sem barulho ou outros fatores de estresse. Tudo isso diz respeito ao bem-estar do animal, ele tem que ser tratado de maneira a no sofrer danos ou estresse que venham a prejudicar as observaes e causar sofrimento.O terceiro critrio diz respeito substituio da experimentao em animais por mtodos alternativos com respostas e repetibilidade confiveis, com vistas sua aplicao na sade humana e animal.

Lei 11794/2008 Dispe sobre as regras de tratamento de animais em atividades de pesquisa cientfica em todo o Brasil. A utilizao de animais restrita ao estabelecimento de ensino superior, estabelecimento de educao profissional de nvel mdio e tcnico da rea biomdica.

VIDA HUMANA COMO VALOR BIOTICOEntre os valores inerentes condio humana est a vida. Por necessidade material, psquica, espiritual, todo ser humano depende de outros para viver, para desenvolver sua vida e para sobreviver. A tica de um povo ou de um grupo social um conjunto de costumes consagrados, informado por valores.no final da idade mdia, no sc., 13, aparece, Santo Tomas de Aquino, ter importncia para a recuperao do reconhecimento da dignidade essencial da pessoa humana.Santo Tomas de Aquino retomou Aristteles, sob muitos aspectos e procurou fixar conceitos universais. e procurou fixar conceitos universais, tomando a vontade de deus como fundamentos dos direitos humanos, santo Tomas condena as violncias e discriminao dizendo que o ser humano tem direitos naturais que devem ser respeitados. Chegando a afirmar o direito de rebelio dos que forem submetidos a condies indignas.No campo das ideias surgem grandes filsofos polticos, que reafirmam a existncia dos direitos fundamentais da pessoa humana, sobretudo os direitos a liberdade e igualdade, mas dando como fundamentos desses direitos a prpria natureza humana, descoberta e dirigida pela razo.Isso favoreceu a ecloso de movimentos revolucionrios que, associado a burguesia e a plebe, ambos interessados na destruio dos seculares privilgios, levaram a derrocada do antigo regime e abriram caminho para a ascenso poltica da burguesia. Os pontos culminantes dessa fase revolucionria foram a independncia das colnias inglesas da Amrica do norte, em 1776, e a revoluo francesa, que obteve a vitoria em 1789.Em 1789 foi publicada a declarao dos direitos do homem e do cidado, onde se afirmava no art. 1, que todos os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos, mas, ao mesmo tempo, admitia a distines sociais, as quais, conforme a declarao deveriam ter fundamentos na utilidade comum.Sob o pretexto de garantir o direito a liberdade e esquecendo a igualdade, foram criadas novas formas polticas que passaram a caracterizar o estado liberal, burgus: o mnimo possvel de interferncia nas atividades econmicas e sociais, superao dos objetivos do capitalismo, com plena liberdade contratual, garantia da propriedade como direito absoluto, sem responsabilidade social, e ocupao dos cargos e das funes pblicas mais relevantes apenas por pessoas do sexo masculino e com independncia econmica.Essa produo de injustia teve como consequncia a perda da paz, com duas guerras mundiais no sc. 20, chegando-se a extremos, de violncia contra a vida e a dignidade da pessoa humana. h pessoas que colocam suas ambies pessoais, acima dos valores humanos, sem perceber que desse modo eliminam qualquer barreira tica e semeam a violncia, criando insegurana para si prprio e para seu patrimnio.So contra os direitos humanos os que, em nome do progresso cientifico e de um futura e incerto beneficio da humanidade, ou alegando atitude piedosa em defesa da dignidade humana, pregam ou aceitam com facilidade a inexistncia de limites ticos para as experincias cientificas ou uso dos conhecimentos mdicos para apressar a morte de uma pessoa.

Declarao universal dos direitos humanos Foi adotada pela Organizao das Naes Unidas em 10 de dezembro de 1948.As ideias e valores dos direitos humanos so traadas atravs da histria antiga e das crenas religiosas e culturais ao redor do mundo. Filsofos europeus da poca do Iluminismo desenvolveram teorias da lei natural que influenciaram a adoo de documentos como a Declarao de Direitos de 1689 da Inglaterra, a Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado de 1789 da Frana e a Carta de Direitos de 1791 dos Estados Unidos.Durante a Segunda Guerra Mundial, os aliados adotaram as Quatro Liberdades: liberdade da palavra e da livre expresso, liberdade de religio, liberdade pornecessidades e liberdade de viver livre do medo. A Carta das Naes Unidas reafirmou a f nos direitos humanos, na dignidade e nos valores humanos das pessoas e convocou a todos seus estados-membros a promover respeito universal e observncia dos direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distino de raa, sexo, lngua ou religio.

Artigos Art. 1: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. So dotadas de razo e conscincia e devem agir em relao umas s outras com esprito de fraternidade. Art. 2: Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declarao, sem distino de qualquer espcie, seja de raa, cor, sexo, lngua, religio, opinio poltica ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condio. Art. 3: Toda pessoa tem direito vida, liberdade e segurana pessoal. Art. 4: Ningum ser mantido em escravido ou servido, a escravido e o trfico de escravos sero proibidos em todas as suas formas. Art. 5: Ningum ser submetido tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. Art. 6: Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei. Art. 7: Todos so iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distino, a igual proteo da lei. Todos tm direito a igual proteo contra qualquer discriminao que viole a presente Declarao e contra qualquer incitamento a tal discriminao. Art. 8: Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remdio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituio ou pela lei. Art. 9: Ningum ser arbitrariamente preso, detido ou exilado. Art. 10: Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audincia justa e pblica por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusao criminal contra ele. Art. 11: 1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente at que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento pblico no qual lhe tenham sido assegurada todas as garantias necessrias sua defesa. 2. Ningum poder ser culpado por qualquer ao ou omisso que, no momento, no constituam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco ser imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prtica, era aplicvel ao ato delituoso. Art. 12: Ningum ser sujeito a interferncias na sua vida privada, na sua famlia, no seu lar ou na sua correspondncia, nem a ataques sua honra e reputao. Toda pessoa tem direito proteo da lei contra tais interferncias ou ataques.

Art. 13: 1. Toda pessoa tem direito liberdade de locomoo e residncia dentro das fronteiras de cada Estado. 2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer pas, inclusive o prprio, e a este regressar.Art. 14: 1. Toda pessoa, vtima de perseguio, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros pases. 2. Este direito no pode ser invocado em caso de perseguio legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrrios aos propsitos e princpios das Naes Unidas.Art. 15: 1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 2. Ningum ser arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.Art. 16: 1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrio de raa, nacionalidade ou religio, tm o direito de contrair matrimnio e fundar uma famlia. Gozam de iguais direitos em relao ao casamento, sua durao e sua dissoluo. 2. O casamento no ser vlido seno com o livre e pleno consentimento dos nubentes.Art. 17: 1. Toda pessoa tem direito propriedade, s ou em sociedade com outros. 2. Ningum ser arbitrariamente privado de sua propriedade. Art. 18: Toda pessoa tem direito liberdade de pensamento, conscincia e religio; este direito inclui a liberdade de mudar de religio ou crena e a liberdade de manifestar essa religio ou crena, pelo ensino, pela prtica, pelo culto e pela observncia, isolada ou coletivamente, em pblico ou em particular. Art. 19: Toda pessoa tem direito liberdade de opinio e expresso; este direito inclui a liberdade de, sem interferncia, ter opinies e de procurar, receber e transmitir informaes e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.Art. 20: 1. Toda pessoa tem direito liberdade de reunio e associao pacficas. 2. Ningum pode ser obrigado a fazer parte de uma associao.Art. 21: 1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu pas, diretamente ou por intermdio de representantes livremente escolhidos. 2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao servio pblico do seu pas. 3. A vontade do povo ser a base da autoridade do governo; esta vontade ser expressa em eleies peridicas e legtimas, por sufrgio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto. Art. 22: Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito segurana social e realizao, pelo esforo nacional, pela cooperao internacional e de acordo com a organizao e recursos de cada Estado, dos direitos econmicos, sociais e culturais indispensveis sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.Art. 23: 1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, livre escolha de emprego, a condies justas e favorveis de trabalho e proteo contra o desemprego. 2. Toda pessoa, sem qualquer distino, tem direito a igual remunerao por igual trabalho. 3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remunerao justa e satisfatria, que lhe assegure, assim como sua famlia, uma existncia compatvel com a dignidade humana, e a que se acrescentar se necessrio, outros meios de proteo social. 4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteo de seus interesses. Art. 24: Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive alimentao razovel das horas de trabalho e frias peridicas remuneradas. Art. 25: 1. Toda pessoa tem direito a um padro de vida capaz de assegurar a si e a sua famlia sade e bem estar, inclusive alimentao, vesturio, habitao, cuidados mdicos e os servios sociais indispensveis, e direito segurana em caso de desemprego, doena, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistncia fora de seu controle. 2. A maternidade e a infncia tm direito a cuidados e assistncia especiais. Todas as crianas nascidas dentro ou fora do matrimnio gozaro da mesma proteo social. Art. 26: 1. Toda pessoa tem direito instruo. A instruo ser gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instruo elementar ser obrigatria. A instruo tcnico-profissional ser acessvel a todos, bem como a instruo superior, esta baseada no mrito. 2. A instruo ser orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instruo promover a compreenso, a tolerncia e a amizade entre todas as naes e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvar as atividades das Naes Unidas em prol da manuteno da paz. 3. Os pais tm prioridade de direito n escolha do gnero de instruo que ser ministrada a seus filhos.Art. 27: 1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo cientfico e de seus benefcios. 2. Toda pessoa tem direito proteo dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produo cientfica, literria ou artstica da qual seja autor. Art. 28: Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declarao possam ser plenamente realizados.

DECLARAO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAISA Declarao Universal dos Direitos dos Animais foi proclamada pela UNESCO em sesso realizada em Bruxelas - Blgica, em 27 de Janeiro de 1978. A Declarao Universal dos Direitos Animais uma proposta para diploma legal internacional, levado por ativistas da causa pela defesa dos direitos animais UNESCO em 15 de Outubro de 1978, em Paris e que visa criar parmetros jurdicos para os pases membros da Organizao das Naes Unidas, sobre os direitos animais.

Artigos Art. 1: Todos os animais nascem iguais perante a vida e tm os mesmos direitos existncia. Art. 2: Todo o animal tem o direito a ser respeitado. O homem, como espcie animal, no pode exterminar os outros animais ou explor-los violando esse direito; tem o dever de pr os seus conhecimentos ao servio dos animais. Todo o animal tem o direito ateno, aos cuidados e proteo do homem.Art. 3: Nenhum animal ser submetido nem a maus tratos nem a atos cruis. Se for necessrio matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a no provocar-lhe angstia. Art. 4: Todo o animal pertencente a uma espcie selvagem tem o direito de viver livre no seu prprio ambiente natural, terrestre, areo ou aqutico e tem o direito de se reproduzir. Toda a privao de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, contrria a este direito.Art. 5: Todo o animal pertencente a uma espcie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condies de vida e de liberdade que so prprias da sua espcie. Toda a modificao deste ritmo ou destas condies que forem impostas pelo homem com fins mercantis contrria a este direito.Art. 6: Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma durao de vida conforme a sua longevidade natural. O abandono de um animal um ato cruel e degradante. Art. 7: Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitao razovel de durao e de intensidade de trabalho, a uma alimentao reparadora e ao repouso. Art. 8: A experimentao animal que implique sofrimento fsico ou psicolgico incompatvel com os direitos do animal, quer se trate de uma experincia mdica, cientfica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentao. As tcnicas de substituio devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

Art. 9: Quando o animal criado para alimentao, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor. Art. 10: Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem. As exibies de animais e os espetculos que utilizem animais so incompatveis com a dignidade do animal. Art. 11: Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade um biocdio, isto um crime contra a vida. Art. 12: Todo o ato que implique a morte de um grande nmero de animais selvagens um genocdio, isto , um crime contra a espcie. A poluio e a destruio do ambiente natural conduzem ao genocdio. Art. 13: O animal morto deve de ser tratado com respeito. As cenas de violncia de que os animais so vtimas devem de ser proibidas no cinema e na televiso, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal. Art. 14: Os organismos de proteo e de salvaguarda dos animais devem estar apresentados a nvel governamental. Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.

PROJETO DE PESQUISAASPCTOS TICOS E METODOLGICOS Todos os projetos de pesquisa apresentam os seguintes elementos:

Identificao um bloco de informaes de identificao composto pelo ttulo, autores e local de origem e de realizao.

Ttulo Deve ser claro, de fcil compreenso inicial de sua finalidade. a primeira forma de contato do leitor com o projeto, um elemento importante em sua elaborao.

Autores Os que preenchem os critrios de autoria que devem ser citados no projeto. um procedimento tico baseado na fidelidade que deve existir entre os membros do grupo que realiza a pesquisa em conjunto. Tendo clara indicao de quem o pesquisador responsvel pelo projeto todos os autores devem ter qualificao acadmica e cientifica compatvel com sua participao no projeto.

LOCAL DE ORIGEM E DE REALIZAO Permite caracterizar a instituio, servio, unidade, setor ou curso que avalia o projeto, que o credencia para ser realizado. O responsvel pelo local de realizao deve ser consultado previamente ao encaminhamento do projeto para a analise por um CEP.

Introduo Situa o projeto no contexto do tema escolhido, deve permitir um nivelamento dos conhecimentos, possibilitando a compreenso do que vai ser apresentado ao longo do projeto. Contem um breve histrico sobre o tema a ser abordado.

Objetivos Caracteriza de forma reduzida a finalidade do projeto. De acordo com a magnitude do projeto. Nem todo projeto necessita de detalhar os objetivos. Muitas vezes basta apenas caracterizar um nico objetivo simples. Os objetivos devem ser redigidos utilizando verbos operacionais no infinitivo, como forma de caracterizar diretamente as aes que so propostas pelo projeto.

Mtodo Deve apresentar o tipo de delineamento que ser utilizado, podem apresentar fatores em estudos e os desfechos previstos. A caracterizao da populao a serem estudadas, quando for o caso, as tcnicas de amostragem e os critrios de seleo, incluso e excluso utilizadas, deve constar de forma explicita.

Cronograma Todo projeto de pesquisa tem um prazo para ser realizado. O cronograma expressa a compatibilidade das atividades propostas com o tempo previsto para a realizao do projeto como um todo. Este pode ser subdividido em grandes etapas, tais como: planejamento, execuo e divulgao.

Oramento Relaciona os recursos financeiros a serem utilizados ao longo de todo o projeto. Os itens bsicos, habitualmente descritos, so: material permanente, material de consumo, servios de terceiros e recursos humanos, incluindo neste ltimos as bolsas eventuais de remunerao.

Referncias A adequada citao de material bibliogrfico utilizado um pressuposto tico da produo cientfica. As referncias permitem ao leitor do projeto verificar as fontes de informaes usadas na elaborao do projeto, permitindo recuperar e confrontar dados. Um cuidado especial deve ser tomado com relao a fontes eletrnicas, especialmente as provenientes da internet. Todas elas devem ser referidas com a data da consulta e impressas para a documentao, pois so feitas muitas modificaes neste tipo de meio.

VISO RELIGIOSA DA MORTEO homem o nico ser sobre a terra que tem conscincia sobre seu inevitvel fim. Somos os nicos, a saber, que nossa passagem nessa terra temporria. O avano cientifico encontrou uma sada para o dilema da tica e a eutansia. Essa sada o fato de podermos medicamentar a morte. Passamos a determinar que nossos doentes devem morrer nos hospitais e no mais em casa, como era feito antes do sc. 19 onde era por vontade de Deus que as pessoas morreriam. Agora a morte algo tcnico, no qual o mdico decreta quando interromper todo e qualquer tratamento. Dessa forma nem a famlia e nem o indivduo so senhores de sua prpria morte. Tal poder foi retirado em nome da cincia.

TICA E EUTANSIA A partir do juramento de Hipcrates, o pilar de sustentao da profisso mdica at hoje, a administrao de drogas letais ao paciente terminal ou a omisso de determinados recursos disponveis, tem motivado intenso debate na sociedade. O debate tornou-se acirrado no final do sc. 19 com a ocorrncia de vrias disputas entre advogados e cientistas sociais, principalmente na imprensa inglesa e americana. No passado procuravam-se explicaes para a morte no meio sobrenatural. Hoje recorremos medicina para tratar das questes relativas a esse assunto.

Eutansia Significa sistema que procura dar morte sem sofrimento, a um doente incurvel. proibido em vrios pases, inclusive no Brasil, onde a prtica considerada homicdio. As pessoas que julgam a eutansia um mal necessrio tm como principal argumento poupar o paciente terminal irreversvel de seu sofrimento e avaliar a angstia de seus familiares. Outro aspecto importante dessa discusso o custo financeiro, tanto social como pessoal, causado pelo prolongamento de uma impossibilidade de continuar. O custo social est na superlotao de leitos nos hospitais e nos gastos pblicos com remdios e tratamentos desses pacientes. Por outro lado, se essa prtica fosse autorizada, poderia ter revolta por parte das religies, que so contra. Com o avano da tecnologia mdica, nas ultimas dcadas, torna-se mais complexa essa discusso. Os aparelhos eletrnicos so capazes de garantir, longa sobrevida vegetativa aos doentes e permitem que os sinais vitais sejam mantidos artificialmente, mesmo em pacientes terminais, por muito tempo.

Classificao da eutansiaEssa classificao depende do critrio considerado, podendo ser classificados de vrias formas:1. Classificao quanto ao tipo de ao: Eutansia ativa: o ato deliberado de provocara morte sem sofrimento do paciente, por fins misericordiosos; Eutansia passiva: a morte do paciente ocorre dentro de um quadro terminal, ou porque no se inicia uma ao mdica; Eutansia de duplo efeito: a morte acelerada como uma consequncia indireta das aes mdicas que so executadas visando ao alvio do sofrimento de um paciente terminal.2. Classificao quanto ao consentimento do paciente: Eutansia voluntria: a morte provocada atendendo a vontade do paciente. Eutansia involuntria: a morte provocada contra a vontade do paciente. Eutansia no-voluntria: quando a morte provocada sem que o paciente se manifesta-se contra ou a favor.

Distansia a agonia prolongada, com sofrimento fsico e mental do indivduo lcido. Esse termo foi proposto por Morache, em 1904. Apesar dos problemas clnicos relacionados ao atendimento do paciente, o mdico deve focalizar seus esforos no alvio do sofrimento, para evitar ao mximo os desconfortos do paciente em estado terminal. A dor apenas um de seus componentes, entretanto, o impacto que a dor tem na vida do paciente vria deste um desconforto at a exausto, que a prpria das doenas que levam a morte direta ou indiretamente. S tem acesso livre escolha de maneira adequada aquela pessoa que tiver pleno conhecimento dos fatos mdicos ligados sua doena. Para tanto, o acesso verdade essencial. Contudo, o direito verdade cria a obrigao de os mdicos sempre dizerem a verdade aos pacientes. O mdico prudente avaliar cada caso, tentando pesar os prs e os contras.

Ortotansia Esse termo tem sido usado como sinnimo de morte natural (do grego Orthos=normal e Thanatos=morte) na qual age por omisso. O prolongamento da vida desses indivduos, seja por meio de teraputica ou de aparelhos, nada mais representar do que uma batalha intil e perdida contra a morte, esta sim salvadora e redentora. Para estes, se postula a morte piedosa, assistida, dando fim aos seus males, pois, como afirma Snegal, filsofo grego, por nica razo, a vida no um mal, pois ningum obrigado a viver.ACONTECIMENTOS ENVOLVENDO ASPCTOS TICOS

Projeto Manhattan Projeto desenvolvido pelo EUA, Canad e Reino Unido, durante a segunda guerra mundial, para desenvolver armas nucleares. Foi dirigido pelo general Leslie R, Grooves e a pesquisa foram dirigidas pelo fsico J. Robert Oppenheimer. O projeto trabalhava na concepo, produo e detonao de trs bombas nucleares em 1945: A primeira bomba Trinity foi detonada em 16/07/1945 no Novo Mxico. A segunda Little Boy foi detonada em 06/08/1945 sobre a cidade de Hiroshima. A terceira Fat Man detonou em 09/08/1945 na cidade de Nagasaki.

Figura 2: (a) Leslie R, Grooves (1896-1970) Membro do exercido americano observou a construo do Pentgono. Aposentou-se em 1948; (b) J. Robert Oppenheimer (1904-1967) Fsico norte americano, de famlia judia, seus ltimos de vida fazia reflexes sobre problemas da relao da cincia e a sociedade. Morreu de cncer na garganta.

Julgamento de NurembergFoi o julgamentos dos principais criminosos de guerra da segunda guerra mundial, o julgamento foi de 20 de novembro de 1945 at 1 de outubro de 1946, na cidade alem de Nuremberg.

Figura 3: julgamento de Nuremberg.

Cdigo de NurembergConjunto de princpios ticos que regem a pesquisa com seres humanos, sendo considerado como uma das consequncias do processo de guerra de Nuremberg. Esse cdigo possui dez princpios bsicos e determina as normas de consentimento informado e da legalidade de coero, regulamenta a experimentao cientifica, e defende a beneficncia como um dos fatores justificveis sobre os participantes dos experimentos.Declarao de Genebra Aprovada pela assembleia geral das associaes mdicas mundiais na cidade de Genebra em 1948 sofrendo alteraes nos anos seguintes, a declarao foi concebida como uma reviso atualizada dos preceitos morais do Juramento de Hipcrates e tem sido utilizado em vrios pases.

Declarao de Helsing Conjunto de princpios que regem pesquisas com seres humanos, foi regida pela associao mdica mundial em 1964. Ela um importante documento da histria da tica em pesquisa, e surge como o primeiro esforo significativo da comunidade mdica para regulamentar a investigao em si.

Projeto Apollo Conjunto de misses espaciais controladas pela NASA entre 1961 a 1972, com objetivo de colocar o homem na lua. O projeto culminou com o pouso da Apollo 11 no solo lunar em 20/07/1969. O objetivo de explorar a lua foi abandonado em 1972 por motivo de pouco interesse popular e os altos custos.

Figura 4: A chegada do homem Lua foi uma das conseqncias do Programa Apollo

Projeto genoma humano Consistia em um esforo internacional para o mapeamento do genoma humano e a identificao de todos os nucleotdeos que o compe. Centenas de laboratrios de todo o mundo se uniram tarefa de sequenciar, um a um, os genes que codificam as protenas do corpo humano e tambm aquelas sequncias de DNA que no so genes. Projeto iniciado em 1990, com prazo de 15 anos. Envolvia mais de 5000 cientistas, de 250 laboratrios diferentes. Em 14 de abril de 2003, foi anunciado a concluso com sucesso do projeto, com a sequnciao de 99,99% do genoma humano.

DESLIZES TICOS NA PESQUISA

Caso de Tukegee O estudo de sfilis no tratada, ensaio clnico levado acabo pelo servio de sade dos EUA, entre 1932 a 1972, no qual 400 negros sifilticos pobres e analfabetos, e mais 200 indivduos saudveis para comparao foram usados como cobaias na observao do progresso natural da sfilis sem medicamentos. Quando o estudo chegou ao fim, apenas 74 dos pacientes que participaram estavam vivos, 35 tinham morrido de sfilis, 100 morreram de complicaes relacionadas com a doena, 40 das esposas dos pacientes foram infectadas, e 19 das suas crianas nasceram com sfilis congnita.

Figura 5: Caso de Tukegee.

Caso hospital de WillowbrookCom o objetivo de desenvolver uma vacina para a hepatite B, no perodo de 1956 a 1970, infectaram, com o vrus da Hepatite B cerca de 700 a 800 crianas com deficincia mental. Os pesquisadores pediram e receberam permisso dos pais das crianas internadas com o argumento de que mais cedo ou mais tarde todas elas contrairiam a doena. Essa pesquisa possibilitou o desenvolvimento da vacina.

Figura 6: Caso hospital de Willowbrook.

Caso Jewish Chronic Diase Hospital do Brooklin Com o propsito de aprender mais sobre a relao do sistema imunitrio com o cncer, em 1964, pesquisadores injetaram clulas hepticas cancergenas em 22 pacientes idosos. Estes eram informados que iriam receber algumas clulas atravs de injees mas o termo cancergena foi completamente omitida.

Figura 7: Caso Jewish Chronic Diase Hospital do Brooklin.