BEHAVIORISMOBEHAVIORISMO

Definição Definição

EE

HistóriaHistória

Afirmação Central do Afirmação Central do BehaviorismoBehaviorismo

É possível uma ciência do É possível uma ciência do comportamentocomportamento

Há vários behaviorismos, com Há vários behaviorismos, com definições próprias de ciência e definições próprias de ciência e comportamento, mas todos comportamento, mas todos concordam com a possibilidade de concordam com a possibilidade de uma ciência do comportamento.uma ciência do comportamento.

Psicologia é ou não é Psicologia é ou não é ciência?ciência?

Alguns behavioristas dizem que a Psicologia é Alguns behavioristas dizem que a Psicologia é a ciência do comportamento.a ciência do comportamento.

Outros behavioristas dizem que a Psicologia é Outros behavioristas dizem que a Psicologia é ciência, mas não do comportamento.ciência, mas não do comportamento.

Outros behavioristas dizem que a Psicologia Outros behavioristas dizem que a Psicologia não é ciência e nem a ciência do não é ciência e nem a ciência do comportamento; que a ciência do comportamento; que a ciência do comportamento é a comportamento é a Análise do Análise do Comportamento, um ramo da Biologia.Comportamento, um ramo da Biologia.

Análise do Análise do ComportamentoComportamento

Parte da Biologia?Parte da Biologia? Independente da Biologia?Independente da Biologia? Parte da Psicologia?Parte da Psicologia? O mesmo que Psicologia?O mesmo que Psicologia? Independente da Psicologia?Independente da Psicologia?

Não há consenso, mas as práticas em Não há consenso, mas as práticas em organizações profissionais dão organizações profissionais dão identidade própria à área.identidade própria à área.

BehaviorismoBehaviorismo

Filosofia da ciência do Filosofia da ciência do comportamento ou Análise do comportamento ou Análise do Comportamento.Comportamento.

Oposição à visão tradicional e/ou de Oposição à visão tradicional e/ou de senso comum sobre o por que senso comum sobre o por que fazemos o que fazemos, e o que fazemos o que fazemos, e o que devemos ou não devemos fazer.devemos ou não devemos fazer.

Da Filosofia para a Da Filosofia para a CiênciaCiência

Todas as ciências tiveram origem na Todas as ciências tiveram origem na filosofia e se separaram dela.filosofia e se separaram dela.

Todas as ciências surgiram quando Todas as ciências surgiram quando as pessoas começaram a entender os as pessoas começaram a entender os fenômenos por meio da observação.fenômenos por meio da observação.

RaciocíniosRaciocínios

Em geral, a Em geral, a filosofiafilosofia conclui a partir conclui a partir de suposições (dedução): “Se isto de suposições (dedução): “Se isto fosse assim, então aquilo seria assim”.fosse assim, então aquilo seria assim”.

A A ciênciaciência segue direção oposta segue direção oposta (indução): “Isto foi observado; que (indução): “Isto foi observado; que verdade poderia levar a essa verdade poderia levar a essa observação, e a que outras observação, e a que outras observações isto levaria?”observações isto levaria?”

VerdadesVerdades

FilosofiaFilosofia: verdade é absoluta: se : verdade é absoluta: se premissas forem enunciadas premissas forem enunciadas explicitamente e se o raciocínio for explicitamente e se o raciocínio for correto, as conclusões seguem correto, as conclusões seguem necessariamente.necessariamente.

CiênciaCiência: verdade é provisória e relativa: : verdade é provisória e relativa: relativa à observação e susceptível de relativa à observação e susceptível de não ser confirmada por novas não ser confirmada por novas observações.observações.

SuposiçõesSuposições FilosofiaFilosofia: são idéias abstratas, muitas delas : são idéias abstratas, muitas delas

além do Universo natural: Deus, Livre-além do Universo natural: Deus, Livre-arbítrio, Verdade, Mente, Alma, Ideologia, arbítrio, Verdade, Mente, Alma, Ideologia, etc.etc.

CiênciaCiência: são idéias, sobre o mundo natural e : são idéias, sobre o mundo natural e sua possível forma de organização, usadas na sua possível forma de organização, usadas na construção de teorias.construção de teorias.

CuriosidadeCuriosidade: Newton era físico e teólogo e : Newton era físico e teólogo e separava muito bem as maneiras de supor em separava muito bem as maneiras de supor em cada atividade; como físico dizia “Não faço cada atividade; como físico dizia “Não faço hipóteses”.hipóteses”.

Você sabia que...Você sabia que...

Na Química, acreditava-se que a matéria Na Química, acreditava-se que a matéria variava suas propriedades por ter variava suas propriedades por ter “essências”?“essências”?

As “essências” eram suposições de As “essências” eram suposições de substâncias reais que se escondiam nas substâncias reais que se escondiam nas matérias. matérias.

A ciência química só nasceu quando a A ciência química só nasceu quando a matéria começou a ser observada.matéria começou a ser observada.

Você sabia que...Você sabia que...

Na Biologia, acreditava-se que Deus Na Biologia, acreditava-se que Deus havia dado algo às coisas vivas que havia dado algo às coisas vivas que não dera às demais; alguns não dera às demais; alguns chamavam essa coisa de alma e chamavam essa coisa de alma e outros de vis viva (força vital).outros de vis viva (força vital).

A ciência biológica só nasceu A ciência biológica só nasceu quando a matéria começou a ser quando a matéria começou a ser observada.observada.

Como foi o início, antes de Como foi o início, antes de Watson?Watson?

Filósofos: migração da alma ou Filósofos: migração da alma ou psychepsyche (espírito) para a (espírito) para a mentemente (um pouco menos (um pouco menos especulativo).especulativo).

A mente era estudada pela introspecção do A mente era estudada pela introspecção do que ocorre “nela”, como um palco ou arena.que ocorre “nela”, como um palco ou arena.

Os psicólogos Os psicólogos objetivistasobjetivistas e e comparatistascomparatistas não se contentaram com o não se contentaram com o problema central da introspecção: problema central da introspecção: vulnerabilidade à distorções pessoaisvulnerabilidade à distorções pessoais..

Psicologia ObjetivaPsicologia Objetiva Ramo da Psicologia que usava métodos Ramo da Psicologia que usava métodos

estritamente objetivos de medição.estritamente objetivos de medição.

1.1. DondersDonders (1818-1889): pioneiro no estudo (1818-1889): pioneiro no estudo experimental de laboratório em Psicologia com experimental de laboratório em Psicologia com seres humanos (“tempo de reação ao estímulo”).seres humanos (“tempo de reação ao estímulo”).

2.2. FechnerFechner (1801-1887): “Escala de intensidade (1801-1887): “Escala de intensidade subjetiva da sensação”subjetiva da sensação”

3.3. EbbinghausEbbinghaus (1850-1909): “Medida de tempo de (1850-1909): “Medida de tempo de aprendizagem e memória”aprendizagem e memória”

4.4. PavlovPavlov (1849-1936): “Medida de reflexos (1849-1936): “Medida de reflexos condicionados”.condicionados”.

Psicologia ComparativaPsicologia Comparativa Comportamentos compartilhados entre as espécies.Comportamentos compartilhados entre as espécies.

Influência da noção de Influência da noção de continuidade entre as espéciescontinuidade entre as espécies: espécies : espécies compartilham histórias evolutivas – idéia do ancestral comum.compartilham histórias evolutivas – idéia do ancestral comum.

Darwin foi o pioneiro da Psicologia Comparativa com o livro Darwin foi o pioneiro da Psicologia Comparativa com o livro “A expressão “A expressão das emoções nos homens e nos animais”.das emoções nos homens e nos animais”.

Geração do Geração do antropomorfismoantropomorfismo: “humanização dos animais”.: “humanização dos animais”.

Os primeiros psicólogos comparativos começaram a pesquisar as Os primeiros psicólogos comparativos começaram a pesquisar as hipóteses vagas do antropomorfismo e substituí-las pela hipótese de que hipóteses vagas do antropomorfismo e substituí-las pela hipótese de que os animais teriam “estados mentais”: “Ratos têm os animais teriam “estados mentais”: “Ratos têm confiançaconfiança ao vencer um ao vencer um labirinto”.labirinto”.

O problema: se uma pessoa pode introspeccionar confiança e isto ser O problema: se uma pessoa pode introspeccionar confiança e isto ser duvidoso, como confiar que um rato está confiante?duvidoso, como confiar que um rato está confiante?

Surge Watson.Surge Watson.

A Primeira Versão do A Primeira Versão do BehaviorismoBehaviorismo

Influenciado pela:Influenciado pela:

1.1. Psicologia Psicologia ObjetivaObjetiva (influência (influência direta)direta)

2.2. Psicologia Psicologia ComparativaComparativa (influência (influência indireta, pela oposição ao indireta, pela oposição ao antropomorfismoantropomorfismo; e direta, pela ; e direta, pela adoção do adoção do evolucionismoevolucionismo))

Ponto Central da Psicologia Ponto Central da Psicologia Objetiva em WatsonObjetiva em Watson

Método: “A introspecção é falha”.Método: “A introspecção é falha”.

““Se a ciência se ergue em métodos Se a ciência se ergue em métodos melhores, por que a Psicologia não melhores, por que a Psicologia não corrige sua falha?”corrige sua falha?”

Ponto Central da Psicologia Ponto Central da Psicologia Comparativa em WatsonComparativa em Watson

Analogia da consciência nos animais.Analogia da consciência nos animais.

Resquício da introspecção.Resquício da introspecção.

Inferência de um processo mental no Inferência de um processo mental no animal a partir do comportamento animal a partir do comportamento estudado.estudado.

““Depois de explicar o que o animal faz, por Depois de explicar o que o animal faz, por que deveríamos inferir processos mentais que deveríamos inferir processos mentais do nosso animal?”do nosso animal?”

O Manifesto de 1913O Manifesto de 1913 Tese defendida:Tese defendida:

Os psicólogos se embrenharam num esforço inútil Os psicólogos se embrenharam num esforço inútil ao definir a Psicologia como a ciência da ao definir a Psicologia como a ciência da consciência: métodos não confiáveis e consciência: métodos não confiáveis e especulações infundadas.especulações infundadas.

Não ao antropocentrismo e ao antropomorfismo: o Não ao antropocentrismo e ao antropomorfismo: o comportamento humano é apenas um objeto de comportamento humano é apenas um objeto de estudo da ciência do comportamento.estudo da ciência do comportamento.

Estudar o comportamento que pode ser Estudar o comportamento que pode ser objetivamente observado.objetivamente observado.

O Manifesto de 1913: O Manifesto de 1913: problemasproblemas

O que será considerado como O que será considerado como comportamento?comportamento?

O que é objetivo?O que é objetivo?

Como garantir que algo está sendo Como garantir que algo está sendo objetivamente observado se a objetivamente observado se a introspecção é falha?introspecção é falha?

Watson: problemasWatson: problemas

A observação consensual definiu o A observação consensual definiu o comportamento.comportamento.

O consensual limitava o O consensual limitava o comportamento ao que é comportamento ao que é externamente observável (afeta os externamente observável (afeta os sentido e pode ser contado e sentido e pode ser contado e medido).medido).

Um velho problema...Um velho problema...

AntesAntes: o comportamento é possível : o comportamento é possível quando o corpo é instigado pela alma.quando o corpo é instigado pela alma.

DepoisDepois: o comportamento é instigado : o comportamento é instigado pela mente como uma expressão pela mente como uma expressão mental.mental.

WatsonWatson: o comportamento tem uma : o comportamento tem uma natureza e a mente, uma outra. natureza e a mente, uma outra.

Os BehaviorismosOs Behaviorismos

Após Watson, alguns behavioristas Após Watson, alguns behavioristas buscaram melhorar a proposta buscaram melhorar a proposta inicial, rejeitando alguns dos inicial, rejeitando alguns dos argumentos do Manifesto de 1913.argumentos do Manifesto de 1913.

Edward C. Tolman (1886 - 1959) Edward C. Tolman (1886 - 1959) e o Behaviorismo Cognitivistae o Behaviorismo Cognitivista

•S=>O =>R (variáveis intervenientes)

•Mecanicista

•Observa fenômenos públicos

•Dualista

Clark Hull (1884 - 1952)Clark Hull (1884 - 1952) e o e o Behaviorismo MediacionalBehaviorismo Mediacional

S=>O =>R (variáveis fisiológicas)

Mecanicista

Observa fenômenos públicos

Monista

B. F. Skinner (1904-1990) e o B. F. Skinner (1904-1990) e o Behaviorismo RadicalBehaviorismo Radical

S: R => S

Selecionista

Considera os fenômenos públicos e privados

Monista

5 Críticas de Skinner a 5 Críticas de Skinner a WatsonWatson

1.1. Exagerou nas afirmações sobre o papel do Exagerou nas afirmações sobre o papel do meio em detrimento do papel da genética.meio em detrimento do papel da genética.

2.2. Explicou muita coisa sem ter as ferramentas Explicou muita coisa sem ter as ferramentas certas: era um behaviorista S-R.certas: era um behaviorista S-R.

3.3. Disse que os humanos não tem Disse que os humanos não tem características distintivas das outras características distintivas das outras espécies.espécies.

4.4. Foi dualista.Foi dualista.

5.5. Foi um behaviorista metodológico e negou Foi um behaviorista metodológico e negou estudo aos comportamentos encobertos.estudo aos comportamentos encobertos.

Edwin R. Guthrie (1886-1959) e Edwin R. Guthrie (1886-1959) e a a

Lei da ContigüidadeLei da ContigüidadeA teoria de Guthrie

Uma combinação de estímulos que acompanharam um movimento tende a ser seguida pelo movimento (Guthrie, 1952).

Toda aprendizagem está baseada em movimentos que são relações entre essas combinações de estímulos e respostas.

Movimentos se combinam formando atos.

Um comportamento aprendido é uma série de atos.

Leva tempo para que movimentos se tornem atos.

A aprendizagem é um incremento no repertório de atos de um organismo.

Alguns comportamentos envolvem repetição de movimentos e o que é aprendido são movimentos e não comportamentos.

Jacob Robert Kantor (1888-Jacob Robert Kantor (1888-1984) e o Interbehaviorismo1984) e o Interbehaviorismo

O Interbehaviorismo de Kantor se O Interbehaviorismo de Kantor se caracteriza por uma ênfase no caracteriza por uma ênfase no naturalismo, no pluralismo científico, nas naturalismo, no pluralismo científico, nas interações organismo-ambiente e em interações organismo-ambiente e em eventos integrados em campos e fatores eventos integrados em campos e fatores continuamente interrelacionados.continuamente interrelacionados.

No interbehaviorismo, o comportamento, também chamado de evento psicológico, é o objeto de estudo: específico, histórico, variável, modificável e integrado.

O Interbehaviorismo é compatível com o O Interbehaviorismo é compatível com o Behaviorismo Radical e juntos fornecem Behaviorismo Radical e juntos fornecem uma fundação sólida para uma Psicologia uma fundação sólida para uma Psicologia autenticamente comportamental.autenticamente comportamental.

Albert Bandura (1925-...) e Albert Bandura (1925-...) e a Aprendizagem Sociala Aprendizagem Social

Teoria cognitiva SocialTeoria cognitiva Social

Para Bandura, o indivíduo Para Bandura, o indivíduo é capaz de aprender é capaz de aprender também através de também através de reforço vicário (ou reforço vicário (ou aprendizagem vicariante), aprendizagem vicariante), ou seja, através da ou seja, através da observação do observação do comportamento dos comportamento dos outros e de suas outros e de suas conseqüências, com conseqüências, com contato indireto com o contato indireto com o reforço. Entre o estímulo reforço. Entre o estímulo e a resposta, há também o e a resposta, há também o espaço cognitivo de cada espaço cognitivo de cada indivíduo (S-O-R). indivíduo (S-O-R).

Howard Rachlin (1935-...) e o Howard Rachlin (1935-...) e o Behaviorismo MolarBehaviorismo Molar

Professor da Universidade de Professor da Universidade de Nova York, criador da Economia Nova York, criador da Economia ComportamentalComportamental

No No Behavior and Mind: The Behavior and Mind: The Roots of Modern Psychology Roots of Modern Psychology (1994), Rachlin aplica o (1994), Rachlin aplica o argumento do filósofo Ryle à argumento do filósofo Ryle à Psicologia: Psicologia: o mental sempre se expressa no comportamento: SENTIR É DEMONSTRAR. Se tudo o que eu sinto eu expresso, ficar discutindo o que é público ou privado é perda de tempo. Todos os eventos, mesmo que estes ocorram no privado, tornam-se públicos através dos comportamentos. Para Rachlin, eu não posso sentir sem que isso não seja demonstrado; se eu não demonstro, eu não sinto.

A atitude molar é holística e categorial, isto é, preocupa-se com o conhecimento do todo e tenta agrupar o aparentemente estanque e separado em classes (categorias) através de suas características comuns. Está mais ligado ao estabelecimento de relações.

Behaviorismo: HistóriaBehaviorismo: História

DenominaçãoDenominação AutorAutor ParadigmaParadigma Modelo CausalModelo CausalNoção de Noção de ComportameComportamentonto

Visão de Visão de homemhomem

MetodológicoMetodológico WatsonWatson S=>RS=>R MecMec Gland e MuscGland e Musc DualistaDualista

CognitivistaCognitivistaTolmanTolman

BanduraBanduraS=>O=>RS=>O=>R MecMec Fen PúblicosFen Públicos DualistaDualista

MediacionalMediacional HullHull S=>O=>RS=>O=>R MecMec Fen PúblicosFen Públicos MonistaMonista

RadicalRadical SkinnerSkinner S: R=> SS: R=> S SelecSelec Fen Pub e Fen Pub e PrivPriv MonistaMonista

InterbehavInterbehav KantorKantor S<==>RS<==>R SelecSelecFen Pub e Fen Pub e PrivPriv MonistaMonista

MolarMolar RachlinRachlinS: R=> SS: R=> S

SelecSelec DemonstraçãDemonstração o MonistaMonista