o objeto de estudo do behaviorismo

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O Objeto de estudo do Behaviorismo4 Os principais objetos de estudo da teoriabehaviorista de Watsoneram os elementos do comportamento, ou seja, os movimentos musculares do corpo e as secrees musculares. Sendo uma cincia do comportamento, a psicologia tratava exclusivamente dos atos passveis de descrio objetiva, sem o emprego de terminologia subjetiva ou mentalista.

Apesar de a meta estabelecida reduzir todo o comportamento em unidades de estmulo-resposta (E-R), obehavioristabasicamente devia envidar esforos para compreender o comportamento do organismo na totalidade. Por exemplo: embora e resposta fosse apenas um espasmo do joelho, ela tambm poderia ser mais complexa.Watsonchamava essas respostas mais complexas de atos. Considerava atos de resposta inclusive os fatos de comer, escrever, danar ou construir uma casa. Em outras palavras, o ato envolve movimento do organismo no espao. Aparentemente,Watsonconcebia os atos de resposta em funo da realizao de alguma meta que afetasse o ambiente de algum indivduo, e no como uma simples conexo dos elementos musculares. Entretanto, os atos do comportamento, independentemente da sua complexidade, podiam ser reduzidos em respostas glandulares ou motoras inferiores.

As respostas podem ser explcitas ou implcitas. So explcitas notrias e diretamente observveis. As respostas implcitas so as que ocorrem dentro do organismo e eram observadas por meio de instrumentos.

No que tange aos mtodos e ao objetivo de estudo, obehaviorismo de Watsonfoi uma tentativa de construir uma cincia livre de noes e mtodos subjetivos, ou seja, uma cincia to objetiva quanto fsica. Ele desenvolveu a sua psicologia de acordo com a crena bsica de que todas as reas do comportamento devem ser consideradas em termos objetivos de estmulo-resposta.

A seguir analisaremos a forma de tratamento dispensada por Watson. A trs temas principais:

Os Instintos

Watsonalegou que os comportamentos aparentemente instintivos so, na verdade, respostas condicionadas socialmente. Ao adotar a viso de que a aprendizagem ou o condicionamento- seria a chave para a compreenso do desenvolvimento humano, tornou-se um ambientalista radical, indo ainda mais longe: no apenas negava os instintos como tambm se recusava a admitir no seu sistema qualquer tipo de talento, temperamento ou capacidade herdado. Concluiu, de forma simples e otimista, ser possvel treinar uma criana para se tornar o que se desejasse que ela fosse, pois no havia fatores genticos limitadores.As Emoes

ParaWatson, as emoes no passavam de simples respostas fisiolgicas a estmulos especficos. Um estmulo (como a ameaa de uma agresso fsica) produz mudanas fsicas internas, tais como o aumento do batimento cardaco, acompanhado das respostas explcitas apropriadas e adquirias. Essa explicao para as emoes nega a existncia de qualquer percepo consciente da emoo ou as sensaes dos rgos internos.

Cada emoo envolve um padro particular de mudanas fisiolgicas. EmboraWatsontenha observado que respostas emocionais tm envolvimento no movimento explcito, acreditava nas reaes internas como sendo predominantes. Assim, a emoo constitui uma forma de comportamento implcito no qual as reaes internas so expressas por manifestaes fsicas como o rubor das faces, a transpirao ou o aumento do batimento cardaco.

Os Processos do Pensamento

O sistemabehaviorista de Watsontentou reduzir o pensamento a comportamento motor implcito. Ele alegava ser o pensamento, como todos os demais aspectos do funcionamento humano, uma espcie de comportamento sensrio-motor. Partia do princpio de que o comportamento do pensamento envolvia movimentos ou reaes de fala implcitas. Desse modo, reduzia o pensamento para a fala subvocal que dependia dos mesmos hbitos musculares aprendidos para a expresso da fala explcita. medida que nos tornamos adultos, esses hbitos musculares tornam-se inaudveis e invisveis porque pais e professores nos reprimem para pararmos de conversar alto com ns mesmos. Assim, o pensamento se torna uma forma de conversao silenciosa.

Obehaviorismoexigia provas objetivas de movimentos implcitos da fala, portanto,Watsonrealizou tentativas experimentais para registrar os movimentos da lngua e da laringe (chamadas caixa de voz) durante o pensamento. Apesar da sua incapacidade de assegurar resultados mais confiveis, continuou convicto da existncia dos movimentos implcitos de fala. Insistia que a comprovao dependia apenas do desenvolvimento de equipamentos de laboratrio mais sofisticados.

Behaviorismo Metodolgico 1 2 3 4 5( 30 Votes ) O antigobehaviorismo metodolgicodistingue mundo objetivo de mundo subjetivo e a cincia deve lidar apenas com o mundo objetivo, ou seja, com o mundo fora do sujeito, sendo por isso obehaviorismo metodolgicotambm chamado de a psicologia do outro. Para o realismo dobehaviorismo metodolgicoem termos de estudo o comportamento real ocorre no mundo real e os nossos sentidos (auxiliados por instrumentos ou usados na observao direta) nos fornecem somente dados sensoriais sobre o comportamento real, e sendo assim, nunca o conhecemos diretamente, pois s o acessaremos indiretamente atravs de nossos sentidos. Assim obehaviorista metodolgicotenta descrever os eventos comportamentais em termos to mecnicos quanto possvel e o mais prximo possvel da fisiologia.

Consiste na teoria explicativa do comportamento publicamente observvel da Psicologia, a qual postula que esta deve ocupar-se do comportamento animal (humano e no humano) apenas quando for possvel uma observao pblica para obter uma mensurao, ao invs de ocupar-se dos estados mentais que possam gerar ou influenciar tais comportamentos. Assim obehaviorismometodolgico acredita na existncia da mente, mas a ignora em suas explicaes sobre o comportamento. Para obehaviorismo metodolgicoos estados mentais no se classificam como objetos de estudo emprico. Seus postulados foram formulados predominantemente pelo psiclogo americanoJohn Watson. Obehaviorista metodolgicono nega a existncia da mente, mas nega-lhe status cientfico ao afirmar que no podemos estud-la pela sua inacessibilidade.

John B. Watson, com a publicao do seu artigo intitulado "Psicologia: como osbehavioristasa vem", inaugura, em 1913, o termo que passa a denominar uma das mais expressivas tendncias tericas ainda vigentes: oBehaviorismo. O termo ingls "behavior" significa "comportamento", razo pela qual usamos, no Brasil,Behaviorismocomo tambm Comportamentalismo, Anlise Experimental do Comportamento, entre outros, para nos referirmos viso terica em pauta (FURTADO, op.cit.). Ao postular o comportamento como objeto de estudos da Psicologia,Watsonestabelece um objeto de estudos "observvel e mensurvel, cujos experimentos poderiam reproduzir diferentes condies e sujeitos (ibid. p.45).

As concepes deWatson, representam uma grande oposio introspeco, movimento que vigorava na poca, assim como rejeitavam tambm a analogia como mtodos. As proposies deWatson, portanto, trouxeram respostas essenciais aos objetivos que os psiclogos buscavam na poca e contriburam para o rompimento definitivo da psicologia com a sua tradio filosfica.

Obehaviorismometodolgicotoma como base o realismo. O realismo defende a idia de que h um mundo real, que ocorre no mundo real, sendo que a partir desse mundo real externo - objetivo - que constitumos o nosso mundo interno - subjetivo. Paradoxalmente, temos contato apenas com a nossa experincia interna que nos dada pelos nossos sentidos. Isso porque o mundo externo, objetivo, no nos accessvel diretamente. Assim, os nossos sentidos nos fornecem apenas dados sensoriais sobre aquele comportamento real que nunca conhecemos diretamente (BAUM, op.cit).

Comobehaviorista metodolgico, portanto, o interesse deWatsonconcentra-se na busca de uma psicologia livre de conceitos mentalistas e de mtodos subjetivos e que possa reunir condies de prever e de controlar. Para tanto, torna-se importante, em compasso com o realismo, estabelecer uma dicotomia entre o mundo objetivo-mundo subjetivo. cincia, constituda de mtodos prprios ao estudo do mundo objetivo, caberia lidar apenas com o mundo que est 'fora' do sujeito, o mundo que compartilhado, accessvel a outras pessoas e com o qual, por conseguinte, todos poderiam, potencialmente, concordar.

Entendendo que o homem possui um aparato orgnico que se ajusta ao ambiente em que vive por meio de equipamentos hereditrios e pela formao de hbitos,Watsondefende a idia de que o comportamento deve ser estudado como funo de certas variveis do meio, sob o argumento de que certos estmulos levam o organismo a dar determinadas respostas. Nessa linha de raciocnio, ele procura descrever os eventos comportamentais atribuindo-lhes um carter mecnico e o mais prximo possvel da fisiologia, uma vez que as razes que estariam subjacentes ao 'levar' o homem a desempenhar o comportamento deveriam ser tratadas isoladamente.

Obehaviorismo de Watsonfundamenta-se em uma das leis mais famosas dobehaviorismo metodolgicoque a dePavlov: o condicionamento clssico, ou o reflexo incondicionado que consiste, tomando as palavras de Furtado (op.cit.:47), "em respostas que so eliciadas (produzidas) por estmulos antecedentes do ambiente (ex. contrao das pupilas quando h luz forte sobre os olhos). Aprofundando e ampliando tais noes,Watsonchega ao conceito de "reflexo condicionado" que consiste em interaes estmulo-resposta (ambiente-sujeito) nas quais o organismo levado a responder a estmulos que antes no respondia. Isso se d em funo de um pareamento de estmulos, como por exemplo: imergir a mo na gua gelada e ouvir o som de uma campainha repetidas vezes. Depois de um certo tempo, a mudana de temperatura nas mos poder ser eliciada apenas pelo som da campainha, isto , sem a necessidade de imerso das mos (FURTADO, op.cit.). A formulao do behaviorismo de Watson representada pela relao S-R, onde S o estmulo do ambiente e R a resposta do organismo.

Teoria do Reforo de Skinner79

Skinner denominou reforos os eventos que tornam uma reao mais freqente, que aumentam a probabilidade de sua ocorrncia. Por exemplo, no experimento de Skinner, o reforo era o fornecimento de uma bolinha de comida logo aps o animal Ter pressionado a barra. Desenvolvida inicialmente pelo psiclogo norte-americano Burrhus Frederic Skinner (considerado como um dos pais da psicologia comportamental), aTeoria do Reforo, conclui que as aes com consequncias positivas sobre o indivduo fazemque as prticas tendem a ser repetidas no futuro, enquanto o comportamento que punido tende a ser eliminado. As consequncia so positivas sempre que as pessoas sentem prazer com a sua prpria performance.

Segundo aTeoria do Reforo, o comportamento das pessoas pode ser influenciado e controlado atravs do reforo (recompensa) dos comportamentos desejados e ignorando as aes no desejadas (o castigo do comportamento no desejado deve ser evitado na medida em que tal contribuiria para o desenvolvimento de sentimentos de constrangimento ou mesmo de revolta). Skinner defende mesmo que o comportamento das pessoas pode ser controlado e informado por longos perodos de tempo sem que estas se apercebam disso, inclusivamente sentindo-se livres.

Uma tcnica defendida por Skinner a modificao do comportamento organizacional que consiste na aplicao daTeoria do Reforoaos esforos para a mudana nas organizaes e assenta em dois princpios basilares: primeiro as pessoas atuam da forma que acham mais gratificante e recompensadora; segundo, o comportamento pode ser influenciado e determinado pela gesto das recompensas a ele associadas.Classificao dos reforos Skinner classifica os eventosreforadores em positivos e negativos. Alguns reforos consistem na apresentao de estmulos, no acrscimo de alguma coisa situao (por exemplo, alimento, gua). Estes so chamados reforos positivos. Outros consistem na remoo de alguma coisa da situao (por exemplo, muito barulho, calor ou frio extremos, choque eltrico). Estes so denominados reforos negativos. Em ambos os casos. O efeito do reforo o mesmo: a probabilidade da resposta ser aumentada.

Reforadores

Existem segundo Skinner, reforadores primrios, secundrios e generalizados. Como exemplo do primeiro, temos o alimento e o sexo. Ambos podem ser usados para aumentar a freqncia de uma resposta. Eles so reforadores para a espcie, ou seja, apenas aqueles sensveis a eles sobreviveram. No cotidiano temos uma me que s deixa o filho almoar aps ter terminado o dever de casa e um homem que aps se reconciliar com a esposa, fazem sexo para comemorar. J os demais reforadores, dependem dos primrios para se tornarem efetivos, ou seja, eles precisam ser pareados (precisam acompanhar) os primrios por certo tempo para que possam agir por si. No dia-a-dia a ateno um grande exemplo de reforador secundrio. Por ltimo os reforadores generalizados so aqueles que possibilitam o acesso a todos (ou quase todos) os demais. O seu maior representante o dinheiro, capaz de possibilitar os demais reforadores.

Skinner - Biografia de Skinner

Nascido em Susquehanna, na Pensilvnia,Skinnercresceu em ambiente muito estvel e de muito afeto. Frequentou a mesma pequena escola de ensino mdio em que se formaram os seus pais; na cerimnia de formatura, havia apenas ele e mais sete outros colegas. Quando criana gostava de construir vages, jangadas, aeromodelos, chegando a montar uma espcie de canho a vapor para atirar pedaos de cenoura a batata sobre o telhado. Passou anos tentando desenvolver uma mquina de movimento perptuo. Gostava de ler sobre os animais e mantinha diversas espcies de tartarugas, cobras, lagartos, sapos e esquilos. Em uma feira local, viu alguns pombos realizando performances; e, anos mais tarde, treinou algumas dessas aves para realizar alguns truques.

O sistema de psicologia deSkinnerreflete as prprias experincias de infncia. De acordo com seu ponto de vista, a vida produto da histria de reforos. Afirmava que sua vida foi premeditada e organizada de acordo exatamente do modo que seu sistema ditava como devia ser a vida de todo ser humano. Acreditava que suas experincias estavam relacionadas exclusiva e diretamente aos estmulos do prprio ambiente.

Formou-se em Letras - Ingls, com distino Phi Beta Kappa, e desejava tornar-se escritor. Em um seminrio de redao de que participou no vero. O poeta Robert Frost elogiou seus poemas e contos. Por dois anos, depois de se formar, trabalhou escrevendo, mas chegou a concluso de que no tinha nada a dizer. Deprimido pelo fiasco como escritor, pensou em consultar um psiquiatra. Considerava-se um fracasso, e sua auto estima estava despedaada. Alm disso, estava desiludido no amor; mais ou menos meia dzia de mulheres rejeitaram-no.

Veja A Biografia de Skinner CompletaBiografia de Skinner

O Behaviorismo de Skinner

Em diversos aspectos, a posio deSkinnerrepresentava uma renovao dobehaviorismode Watson. Um historiador afirmou: "O esprito de Watson indestrutvel. Limpido e purificado, ele respira atravs dos trabalhos deB. F. Skinner" (MacLeod, 1959, p. 34). Embora Hull tambm fosse considerado um behaviorista severo, h diferenas nas vises deSkinnere as suas. Enquanto Hull dava destaque a importncia da teoria,Skinnerdefendia um sistema emprico (conhecimento derivado de experincias cotidianas, que provm de tentativas, erros e acertos) sem estrutura terica para a conduo de uma pesquisa.

Veja o Behaviorismo de Skinner CompletoO Behaviorismo de Skinner

Skinner - Frases de Skinner

Um pssaro no canta por estar feliz, ele est feliz porque canta. (Frases de Skinner)

Um ambiente fsico e cultural diferente far um homem diferente e melhor. (Pensamentos de Skinner)

Triunfar sobre a natureza e sobre si mesmo, sim. Mas sobre os outros, nunca. (Frases de Skinner)

Como as pessoas se sentem , geralmente, to importante quanto o que elas fazem. (Pensamentos de Skinner)

Poderamos solucionar muitos dos problemas de delinquncia e criminalidade, se pudssemos mudar o meio em que foram criados os transgressores. (Frases de Skinner)

O que o Amor se no outro nome para reforamento positivo? (Pensamentos de Skinner)

Os mtodos do Behaviorismo de Watson 1 2 3 4 5( 20 Votes )12 Quando a psicologia teve incio formalmente, estava vida por se aliar antiga, bem estabelecida e mais respeitvel cincia natural da fsica. A nova psicologia tentou adaptar os mtodos naturais cientficos s prpias necessidades. Essa tedncia foi ainda mais clara no caso dobehaviorismo.

Watsoninsistia em que a psicologia se limitasse aos dados das cincia naturais, ao que fosse possvel de observao. Em poucas palavras: a psicologia devia limitar-se ao estudo objetivo do comportamento. Somente os mtodos objetivos rgidos de investigao deviam ser adotados nos laboratrios dosbehavoristas. ParaWatson, esses mtodos incluam. . a obsevao, com e sem o uso de instrumentos; . mtodos de teste; . o mtodo de relato verbal; . o mtododo reflexo condicional. A observao constitui a base fundamental para os outros mtodos. Mtodos de teste objetivo j eram adotados, masWatsonprops tratar os resultados dos testes como amostragens do comportamento, e no como indicadores das qualidades mentais, para ele, o testeno media a inteligncia nem a personalidade, ao contrrio, simplesmente media as respostas do indivduo situao do estimulo de ser submetido ao teste.

A questo do relato verbal foi ainda mais controversa. ComoWatsonrejeitava to claramente a introspeco, o uso do relato verbal no laboratrio deixava uma abertura s crticas. Alguns psiclogos consideraram o ato comprometedor, afirmando terWatsonintroduzido a introspeco pela porta dos fundos, depois depois de t-la enxotado pela da frente.

Por que ele aceitara o relato verbal? apesar da averso pela introspeco, no pode ignorar os trabalhos realizados pelos psicofsicos com o uso da introspeco. Portanto, sugeriu que as reaes orais, por serem obsevveis objetivamente, seriam significativamente para obehaviorismo, assim como qualquer tipo de resposta motora. "Falar fazer - ou seja, comportar-se. Falar abertamente ou para ns mesmos (pensar) um comportamento to objetivo quanto jogar beisebol" (Watson, 1930, p. 6.).

Todavia, a adoo do mtodo do relato verbal nobehaviorismofoi uma concesso muito questionada. Os adversrios deWatsonacusavam-no de fazer um jogo de palavras, de estar oferecendo apenas uma mudana semntica. Ele rebatia, concordando com que os elatos verbais talvez no fossem precisos e, portanto, no seriam os substitutos adequados da abservao objetiva. Por isso restringia o seu uso para as situaes em que pudessem ser verificados, como na descrio das diferenas tonais. Os relatos verbais no-verificveis, como o pensamento sem imagens e os relatos dos estados de sentimento, seriam descartados.

O mtodo do reflexo condicionado foi adotado em 1915, dois anos depois da fundao formal dobehaviorismo. Os mtodos de condicionamento eram pouco usados, no entanto,Watsonfoi bastante responsvel pela sua ampla aplicao na pesquisa psicolgica americana. Ele contou ao psiclogo Ernest Hilgard haver se interessado muito pelos reflexos condicionados ao estudar o trabalho de Bekhterev, embora mais tarde tambm creditasse a Pavlov esse interesse (Hilgard, 1994).

Watsondescrevia o condicionamento em termos de substituio de estmulo. A resposta torna-se condicionada quando associada ou conectada a um estmulo diferente daquele que a originou. (No caso dos ces de Pavlov, a resposta condicionada consistia na salivao mediante o som da campainha e no pela visualizao da comida.) Ele escolheu esse tratamento por oferecer um mtodo objetivo de anlize do comportamento, de reduo em unidades bsicas, ou seja, em ligaes de estmulo-resposta (E-R). Todo comportamento podia ser reduzido a esses elementos, portanto o mtodo de reflexo condicionado permitia aos psiclogos conduzirem investigaes acerca da complexidade do comportamento humano em laboratrios. Desse modo,Watsonmantinha a tradio atomstica e mecanicista estabelecida pelos empiristas britnicos e adotada pelos psiclogos estruturalistas. Sua inteno era estudar o comortamento humano da mesma maneira qe os fsicos estudavam o universo, separando-o em partes componentes, entre elas tomos e elementos.

Para a psicologia, esse enfoque exclusivo nos mtodos objetivos e a eliminao da introspeco significaram uma mudana na natureza e no papel do sujeito humano no laboratrio de psicologia. Para Wundt e Titchener, o indivduo desempenhava o papel tanto do observador como do observado, j que observavam a prpria experincia consciente. O seu papel era muito mais importante do que o do pesquisador.

Nobehaviorismo, os indivduos em si tornaram-se menos importantes. Eles no mais observaram; em vez disso, eram observados pelo pesquisador. Com essa mudana de enfoque, o sujeito humano do laboratrio, normalmente chamado de observador, passou a ser conhecido como sujeito. Os verdadeiros observadores eram os pesquisadores, spiclogos responsveis pela pesquisa que estabeleciam as condies experimentais e registravam as respostas dos sujeitos. Desse modo, o indivduo foi rebaixado de posto. No mais observava as prprias caractersticas, apenas exibia os comportamentos. E praticamente todos exibem comportamentos: bebs, crianas, pessoas portadoras de distrbios mentais e emocionais, pombeos ou ratos. Esse ponto de vista reforou a imagem da psicologia de semelhana entre o homem e a mquina. Como notou um historiador, "Insere-se um estmulo em uma das pequenas aberturas para, em seguida, sair um pacote de reaes" (Burt, 1962, p. 232).

O Operacionismo 1 2 3 4 5( 9 Votes ) Ooperacionismo, principal caracterstica do neobihaviorismo, tinha por objetivo proporcionar uma linguagem e uma terminologia mais objetivas e precisas a cincia e livr-la dos pseudoproblemas, ou seja, dos problemas no observveis ou no demonstrveis fisicamente. Ooperacionismosustenta que o valor de qualquer descoberta cientfica ou de construo terica dependa da validade ds operaes empregadas para determin-los. A viso operacionista foi promovida por Percy W. Bridgman (1882-1961), ganhador do Prmio Nobel de fsica e psiclogo da Harvard University. O seu livro, The logic of modern physics (1927), chamou a ateno de muitos psiclogos. Bridgman insistia na definio exata dos conceitos da fsica e no descarte de todos os conceitos que no possussem referentes fsicos. Utilizemos como exemplo o conceito de comprimento. O que queremos dizer quando nos referimos ao comprimento de um objeto? Evidentemente, entenderemos o significado de comprimento se soubermos especificar o comprimento de todo e qualquer objeto e, para o fsico, isso suficiente. A determinao do comprimento de um objeto requer algumas operaes fsicas. O conceito de cumprimento, assim, definido quando se determinam as operaes de mensurao do comprimento, ou seja, o conceito de comprimento envolve to somente e apenas um conjunto de operaes; o conceito sinnimo do conjunto correspondente de operaes. (Bridgman, 1927. P. 5.) . Desse modo, um conceito fsico equivale ao conjunto de operaes ou de procedimentos que o determinam. Muitos psiclogos acreditavam que esse conceito seria muito til nos seus trabalhos e estavam ansiosos para utiliza-lo. A insistncia de Bridgman em descartar os pseudoproblemas, ou seja, as questes que desafiam a resposta resultante de qualquer teste objetivo conhecido, era muito bem-vista pelos psiclogos behavioristas. As proposies que no podem ser submetidas a um teste experimental, como a existncia a natureza da alma, no tm nenhum valor cientfico. O que a alma? Como observ-la no laboratrio? possvel medi-la manipul-la sob condies controladas para determinar seus efeitos no comportamento? Se a resposta for negativa, o conceito no dotado de nenhuma utilidade, significado ou importncia para a cincia. Seguindo esse raciocnio, o conceito de experincia consciente individual ou privada consiste em um pseudoproblema para a cincia da psicologia. No possvel determinar nem investigar a existncia ou as caractersticas da conscincia por meio de mtodos objetivos. Assim, de acordo com a viso operacionista, a conscincia no tem lugar na psicologia cientfica. Os crticos alegavam que ooperacionismono passava de uma afirmao um pouco mais formal dos princpios j aplicados pelos psiclogos para definir as idias e os conceitos em relao aos seus referentes fsicos. No livro de Bridgman, h muito pouco sobre ooperacionismoque no se relacione com os trabalhos dos empiristas britnicos. A tendncia do longo prazo de psicologia americana seguia em direo objetividade de metodologia e do objeto de estudo, portanto pode-se afirmar que a viso operacionista em relao pesquisa e a teoria j fora aceita por muitos psiclogos. Entretanto, desde a poca de Wilhelm Wundt, na Alemanha, os fsicos vinham sendo, para nova psicologia, exemplos de perfeio da respeitabilidade cientfica. Muitos psiclogos sentiram-se obrigados a seguir esse modelo de papel. No fim, os psiclogos acabaram empregando mais amplamente ooperacionismodo que os fsicos. Conseqentemente, a gerao dos neobehavioristas atuantes entre as dcadas de 1920 e 1930 incorporou ooperacionismona sua abordagem de psicologia. Bridgman viveu tempo suficiente para testemunhar tanto a aceitao como o descarte dooperacionismona psicologia. Com 79 anos, ciente do seu estado terminal, Bridgman terminou o sumrio da edio em sete volumes de todos os seus trabalhos, enviou-o para o editor e suicidou-se. Temia esperar mais tempo e ficar incapacitado para tal ao. Na carta deixada antes de suicidar-se, escreveu: Provavelmente, este o ltimo dia em que terei condies de faze-lo (apud Nuland, 1994, p. 152).Behaviorismo Social: o Desafio Cognitivo Bandura, Roter e outros seguidores da abordagem sociobehaviorista eram, em princpio, behavioristas, mas adotavam uma forma de behaviorismo bem distinta da deSkinner. Eles questionavam sua total negao aos processos mentais ou cognitivos e propunha em seu lugar uma aprendizagem social ou uma abordagem sociobehaviorista, uma reflexo sobre um movimento cognitivo mais amplo na psicologia como um todo. As teorias de aprendizagem social marcam um terceiro estgio (o estgio neo-neobehaviorista) no desenvolvimento da escola de pensamento behaviorista.A Teoria Social Cognitiva A teoria social cognitiva de Bandura uma forma de behaviorismo menos radical que a deSkinnere reflete o esprito dos tempos, o impacto do renovado interesse da psicologia nos fatores cognitivos. Mesmo assim, a viso de Bandura ainda era behaviorista. Sua pesquisa tinha como meta observar o comportamento dos indivduos durante a interao. No usava a introspeco nem enfatizava a importncia da recompensa ou do reforo na aquisio ou modificao do comportamento. Alm de ser uma teoria behaviorista, o sistema de bandura era cognitivo. Ele enfatizava a influncia dos esquemas de reforo externo dos processos de pensamento, tais como crenas, expectativas e instruo. Para Bandura, respostas comportamentais no so disparadas automaticamente por um estmulo externo, como em uma mquina ou em um rob. Ao contrrio, as reaes aos estmulos so auto-ativadas, iniciadas pela prpria pessoa. Quando um reforo externo altera o comportamento, porque a pessoa tem conscincia da resposta que esta sendo reforada e antecipa a recepo do mesmo reforo ao repetir o comportamento da prxima vez em que a situao ocorrer. Embora bandura concordasse comSkinnera respeito da possibilidade de mudar o comportamento humano por meio do reforo, tambm sugeriu e demonstrou na prtica, a capacidade de as pessoas aprenderem quase todos os tipos de comportamento sem receber diretamente qualquer reforo. Para ele, no necessrio receber sempre reforo para se aprender algo. A aprendizagem tambm ocorre por meio do reforo vicrio, ou seja, mediante a observao tanto do comportamento das outras pessoas como das suas conseqncias.A capacidade de aprender por meio de exemplos e de reforo vicrio parte do princpio de que somos capazes de antecipar e avaliar as conseqncias do que observamos nas outras pessoas, mesmo no passando pela mesma experincia. possvel o prprio comportamento, observando as conseqncias, ainda que no experimentadas, de determinado comportamento e fazendo uma opo consciente de agir ou no da mesma forma. Bandura acredita no existir uma ligao direta entre estmulo e resposta, ou entre comportamento e reforo, como afirmava Skinner. Para ele, h um mecanismo interposto entre estmulo e resposta, que nada mais do que o processo cognitivo do indivduo.Desse modo, o processo cognitivo exerceu um papel importante na teoria social cognitiva de Bandura, diferenciando a sua viso da de Skinner. Na opinio de Bandura, no o esquema de reforo em si que produz efeito na mudana do comportamento de uma pessoa, mas o que ela pensa desse esquema. A aprendizagem ocorre no pelo reforo direto, mas por meio de modelos, observando o comportamento de outras pessoas e nele fundamentando os prprios padres. ParaSkinner, o controlador do reforo regula o comportamento. Para Bandura, o controlador do modelo social regula o comportamento. Bandura conduziu pesquisas completas sobre as caractersticas dos modelos que influenciam o comportamento humano. A do individuo modelar o prprio comportamento com base no comportamento de pessoas do mesmo sexo e idade, u seja, nos nossos semelhantes que conseguiram resolver problemas similares aos nossos. H uma propenso tambm de se deixar impressionar por modelos de prestgio e status superiores ao nosso. O tipo de comportamento envolvido afeta a amplitude da imitao. A tendncia de imitar mais os comportamentos simples do que extremamente complexos. A hostilidade e a agressividade tendem a ser muito mais imitadas, principalmente pelas crianas. Assim, o que se v na vida real ou na mdia, muitas vezes, determina o nosso comportamento. A abordagem de Bandura consiste em uma teoria de aprendizagem social, porque estuda a formao e a modificao do comportamento nas situaes sociais. Bandura criticouSkinnerpor usar um nico sujeito na observao (na maioria das vezes, ratos e pombos) em vez de pessoas interagindo umas com as outras. Poucas pessoas vivem isoladas socialmente. Bandura considerava que os psiclogos no devem considerar relevantes para um mundo moderno as descobertas de pesquisas que ignorem as interaes sociais.

Locus do Controle 1 2 3 4 5( 2 Votes )Rotterconcentrou rasovel pesquisa nas crenas a respeito da origem do reforo. Algumas pessoas consideram o reforo dependente do prprio comportamento e alegam a existncia de umlocus de controleinterno. Outras pessoas acreditam no reforo dependente das foras externas - como o destino, a sorte ou as atitudes de outros indivduos; alegam a existncia dolocus do controleexterno (Rotter, 1966). Obviamente, tais percepes acerca da origem do controle exercem variadas influncias sobre o comportamento. Para as pessoas que percebem a existncia dolocus de controleexterno, as prprias habilidades e aes no exercem muita influncia nos reforos que recebem. Convencidas da falta de poder em relao as foras externas, no se esforam em tentar mudar ou melhorar a situao. As pessoas que percebem a existncia dolocus de controleinterno acreditam ser responsveis pela prpria vida e por isso atuam apropriadamente. A pesquisa deRotterdemonstrou que as pessoas comlocus de controleinterno tendem a ser fsica e mentalmente mais saudveis do que as outras. Em geral, sua presso sangunea mais baixa, apresentam menos infartos, ansiedade e depresso e so mais hbeis ao lidarem com o extresse. Obtm as melhores notas na escola e acreditam ter maior liberdade de escolha. So mais populares e sociveis e apresentam elevado grau de auto-estima. Alm disso, o trabalho deRottersugere que olocus de controle adquirido na infncia por meio do comportamento dos pais e dos responsveis pela criao. Pais de adultos comlocus de controleinterno tendem a ser solidrios, generosos ao elogiarem as realizaes (reforo positivo), coerentes na disciplina e a demonstrarem atitudes no autoritrias.