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Cineclube de Joane

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Page 1: be de Joane - OS CHAPÉUS-DE-CHUVA DE CHERBURGO Actividades 2014.pdf · denominada trilogia germânica (1969-1972), que inclui Os Malditos, introdução de um Macbeth no florescimento

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Page 2: be de Joane - OS CHAPÉUS-DE-CHUVA DE CHERBURGO Actividades 2014.pdf · denominada trilogia germânica (1969-1972), que inclui Os Malditos, introdução de um Macbeth no florescimento

01. Retrospectiva 2013 01.01.01 ciclo Luchino VISCONTI, Do Povo à Aristocracia 4

01.01.02 ciclo HERZOG – KINSKI: Queridos Inimigos 5

01.01.03 ciclo O Amor, o Centro do Mundo 6

01.01.04 ciclo Cinema Europa 7

01.01.05 THE KID de Charlie Chaplin – Filme-concerto pelos Bueno.Sair.Es (encomenda / estreia) 8

01.02. Sessões Semanais 9

01.03. Sessões com a Presença de Realizadores: Marcelo Félix / Joaquim Sapinho 15

01.04. Autor Autor: Christian Petzold / Jia Zhang-Ke 16

01.05. Extensões de Festivais de Cinema: CINANIMA 17

01.06. Cinema Paraíso: Parque da Devesa / Seide S. Miguel / Gondifelos 18

01.07. Sessões em Parceria: Confraria das Santas Chagas (com Amacultura) 19 02. Plano de actividades 2013

02.01.01 Yasujiro OZU _ Uma Família em Tóquio 21

02.01.02 Glauber ROCHA _ De onde se avista todo o sertão e se espera vislumbrar o mar 22

02.01.03 Paulo ROCHA _ Cinema Mundo 23

02.01.04 Joseph LOSEY _ O Medo Come a Alma 24

02.01.05 Cinema é Obsessão II 25

02.02. Programação Semanal de Cinema de Autor 27

02.03. Rede de Exibição Alternativa – R.E.A. / I.C.A. 28

02.04. Já Não Há Cinéfilos?! 29

02.05. Extensões de Festivais de Cinema 02.05.01. CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho 30

02.05.02 INDIELISBOA – Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa 31

02.05.03 DOCLISBOA – Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa 32

02.06. Festa Mundial da ANIMAÇÃO 33

02.07. Masterclasses, Debates: O CINEMA PORTUGUÊS em Destaque 34 02.08. Cinema para as Escolas 35

02.09. Cinema Paraíso _ sessões de cinema ao ar livre, uma itinerância por Famalicão 36

02.10. O Homem da Câmara de Filmar 37

02.11. P.I.C. – Programa de Itinerância Cinematográfica 38

02.12. Página na Internet 39

02.13. Edição do Boletim Mensal – Remodelação 39

03. Orçamento 2013 41

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Cineclube de Joane / PLANO DE ACTIVIDADES 2014

01 – RETROSPECTIVA 2013

01. Retrospectiva 2013

01.01.01 ciclo Luchino VISCONTI, Do Povo à Aristocracia

01.01.03 ciclo O Amor, o Centro do Mundo

01.01.04 ciclo Cinema Europa

01.01.05 THE KID de Charlie Chaplin – Filme-concerto pelos Bueno.Sair.Es (encomenda / estreia)

01.02. Sessões Semanais

01.03. Sessões com a Presença de Realizadores: Marcelo Félix / Joaquim Sapinho

01.04. Autor Autor: Christian Petzold / Jia Zhang-Ke

01.06. Cinema Paraíso: Parque da Devesa / Seide S. Miguel / Gondifelos

01.07. Sessões em Parceria: Confraria das Santas Chagas (com Amacultura)

01.01.02 ciclo HERZOG – KINSKI: Queridos Inimigos

01.05. Extensões de Festivais de Cinema: CINANIMA

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.01.01 – destaques: Luchino Visconti_Do Povo à Aristocracia

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Luchino VISCONTI_Do Povo à Aristocracia (entrada livre)

Por curiosa ironia, coube a Luchino Visconti erguer o porta-estandarte do cinema neo-realista em Itália através da sua primeira obra: Obsessão, de 1943, a partir “O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes” de James M. Cain (transformada pelos americanos num clássico do filme negro, três anos depois). Sincronizado temporalmente com o movimento encorpado por Rosselini e De Sica, a obra de Visconti não poderia ser mais díspar da dos seus comparsas e daquele movimento. A extraordinária riqueza da obra de Visconti vive muito das suas contradições e vivências: descendente de uma família aristocrata, cedo ingressa no partido comunista italiano, envereda pela formação artística (o teatro e a ópera, que depois marcarão presença explícita na sua obra) e consuma uma ligação aos movimentos intelectuais de Itália e França. A primeira parte da sua obra, até 1960, é, em larga medida, entregue ao povo italiano, às suas vidas, contrariedades e inquietações. Em 1948, a convite do partido Comunista Italiano, Visconti ergue o magnífico A Terra Treme; rodado numa pequena aldeia piscatória da Sicília, e sem actores profissionais, o filme representa as dificuldades e as vivências dos pescadores, alternando o dispositivo ficcional com o documental, criando retratos e situações portentosas, inolvidáveis. Sempre distante do neo-realismo, no que concerne à linguagem, pois Visconti conseguia introduzir glamour na contemporaneidade, mostra-nos uma enorme Anna Magnani, em Belíssima, a interpretar uma mãe de classe baixa, obstinada na condução da filha ao sucesso. Com Rocco e os Seus

Irmãos (1960), Visconti constrói um retracto pungente de uma família do sul de Itália, pobre e desenraizada a lutar pela sobrevivência no norte industrializado, em Milão. Em 1954, surge a rica excepção nesta leitura, com o incontornável Sentimento (que exibimos em Julho de 2003), primeiro olhar sobre a aristocracia e a sua decadência, com (a condensa) Alida Valli perdida de amores, e disponível para a desonra e humilhação, por um oficial desertor da força austríaca que ocupava a Itália em meados do século XIX. O Leopardo (de 1963, a partir de Lampedusa, que exibimos em Maio de 2003) funciona como uma nota de intenções para a segunda metade da obra de Visconti: um olhar desencantado sobre a aristocracia, com a impossibilidade de aceitar a mudança e o progresso. Segue-se a denominada trilogia germânica (1969-1972), que inclui Os Malditos, introdução de um Macbeth no florescimento do nazismo; depois Morte em Veneza, a partir de Thomas Mann, juventude e perdição, arte e decadência (do protagonista, da cidade), impossibilidade de futuro; a fechar a trilogia, Luís da Baviera, dissecação de um rei louco, devoto à arte e alienado. No regresso a Itália e já debilitado fisicamente, Visconti entrega o proganista de Violência e Paixão (1974) a Burt Lancaster que parece, em conjunto com o cineasta, ter resgatado o personagem O Leopardo, para o actualizar e construir um retracto em volta da solidão extrema de um professor reformado, ladeado apenas por uma imensidão de obras de arte. A encerrar a filmografia de Visconti, uma obra magistral: O Intruso (L'innocente); adaptação de um romance de Gabriele D'Annunzio, enquadrado no final do sec.XIX, resulta numa exposição cruel e terminal da aristocracia, com um protagonista masculino pleno de insatisfação, excessivo na sua devassidão. Os códigos de honra e a necessidade de perpetuação, inscritos na traição familiar, já nada podem aqui e a sexualidade é sinónimo de perdição e o caminho inevitável para a destruição e para a morte. Cineclube de Joane, Novembro de 2012

Programação (Fevereiro a Outubro): Obsessão (Ossessione,1943); A Terra Treme (La terra trema: Episodio del mare, 1948); Rocco e os Seus Irmãos (Rocco e i suoi fratelli, 1960); Os Malditos (La caduta degli dei,1969); Morte em Veneza (Morte a Venezia, 1971); O Intruso (L'innocente, 1976)

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.01.02 – destaques: Herzog-Kinski_Queridos Inimigos

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ciclo HERZOG – KINSKI: QUERIDOS INIMIGOS (entrada livre)

No primeiro semestre de 2012, em colaboração com o Goethe Institut, montamos um ciclo dedicado à obra de Werner Herzog, com catorzes filmes que enunciavam o cineasta germânico como um criador de um catálogo da civilização humana e onde deixamos deliberadamente de fora os filmes que Herzog construiu em parceria com Klaus Kinski. Estas cinco obras de ficção instalam-se através de narrativas desenroladas em ambientes não contaminados e originários, num vai e vem entre o interior de mentes irracionais e os locais inóspitos e desregrados onde as lendas se cultivam, propícios ao isolamento e à alienação, com o propósito de intentar feitos ousados e constituir visões ilimitadas, que erram no tempo, para lá do fim do mundo, até ao princípio do mundo. Os filmes apresentam uma linguagem que os aproxima, pela ferocidade, de um documentário de uma rodagem problemática, alimentada pela relação intensa (disputada e arriscada) entre Herzog e Kinski, transformada em processo criativo, que o cineasta explanou através do documentário O Meu Querido Inimigo (1999).

Ciclo montado em parceria com o Goethe Institut, a Confederação (Miragaia) e o Cineclube Aurélio Paz dos

Reis Cineclube de Joane, Maio de 2013

AGUIRRE, O AVENTUREIRO - 2 de Maio Em 1560, uma expedição espanhola penetra no Amazonas em busca do mítico El Dorado. Em breve o segundo comandante, Aguirre, em pleno delírio de febre e grandeza, toma o comando, aprisiona o superior e leva a expedição ao desastre. Um dos mais conhecidos filmes de Werner Herzog.

WOYZECK, SOLDADO ATRAIÇOADO - 8 de Maio Baseado na peça de teatro de Georg Büchner, o filme segue a poderosa história do pobre soldado Woyzeck, cujas condições sociais de vida levam à loucura e ao homicídio. Rodado na Checoslováquia, Prémio de melhor atriz em Cannes para Eva Mattes. O MEU MELHOR INIMIGO - 10 de Maio Aos 13 anos, Herzog dividia um apartamento com Klaus Kinski, cuja veia artística tinha algo de egocêntrico e maníaco. Do caos nasceu uma bela ainda que volátil amizade. Em 1972, Kinski protagonizou “Aguirre”. Seguir-se-iam quatro outros filmes. Herzog retrata os frequentemente violentos altos e baixos da relação dos dois, revisitando o apartamento de Munique onde se conheceram e os cenários dos filmes que fizeram juntos.

COBRA VERDE - 15 de Maio Filmado no Gana, Brasil e Colômbia, “Cobra Verde” segue a história verídica de um bandi-do brasileiro do século XIX chamado Cobra Verde (Klaus Kinski), exilado em África para rejuvenescer o tráfico de escravos. Uma vez no continente africano, a sua sanidade é testada ao limite. O filme retrata a descida de Cobra Verde às profundezas da loucura e da auto-destruição.

NOSFERATU, O FANTASMA DA NOITE - 16 de Maio Mais do que uma nova versão do clássico de Murnau, Nosferatu, Phantom der Nacht é um filme que reflecte o universo inquieto e "interior" de Werner Herzog, com o vampiro transformado numa das suas personagens de marginal do mundo e da vida. Uma fabulosa interpretação de Klaus Kinski no "maldito". Texto: Cinemateca Portuguesa

FITZCARRALDO - 17 de Maio Este foi o projecto "louco" de Werner Herzog. Tão louco e megalómano como o do perso-nagem, Fitzcarraldo, que apostou levar a ópera (e Enrico Caruso) ao coração do Amazonas, numa viagem que é uma verdadeira odisseia. Odisseia que o filme conta e o filme viveu, tão desmedida uma como a outra. Texto: Cinemateca Portuguesa

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.01.03 – destaques: O Amor, o Centro do Mundo

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O AMOR, O CENTRO DO MUNDO

A programação destes cinco filmes durante o mês de Setembro filia-se na defesa da linguagem do amor expressa em Fragmentos de um Discurso Amoroso (1977), tendo o seu autor, Roland Barthes, exposto na introdução a esse glossário filiado na Literatura, na Filosofia e na linguagem dos mitos, a necessidade de uma “afirmação”, de uma defesa consistente, perante “a extrema solidão, a desacreditação e a marginalidade a que

este discurso estava devotado na arte, na ciência e no pensamento”. Um ciclo que principia com a lenda do feiticeiro e pseudocientista Fausto, cultivada por uma vida de Literatura de Goethe, em que o amor surge como uma alquimia, uma força exclusiva capaz de vergar Mefistófeles; o discurso amoroso também preenche o protagonista Gatby (de Fitzgerald) na tentativa de regresso e reescrita de um passado pleno de candura; o derradeiro Rohmer, um Romeu e Julieta antes de Shakespeare e o idealismo perante o objecto amado, de Visconti a partir de Thomas Mann, na Veneza decadente e com uma corrente que transporta a impossibilidade de um futuro, cumprem o caderno de encargos do amor, “essa força interior, a mais sagrada e divina

do mundo, que confunde toda a ordem do mundo” (Peter von Matt); como epílogo, as Caxinas de Canijo em que o amor, das mulheres pelos pescadores que abalam para a faina, lhes atribui uma obrigação, na gestão e na “luta pela

vida - delas e dos maridos” (João Canijo). Cineclube de Joane, Setembro de 2013

FAUSTO de Aleksandr Sokurov Séc. XIX. Heinrich Faust (Johannes Zeiler) é um filósofo e alquimista que vive frustrado pelas limitações do conhecimento humano. Tudo o que mais anseia é conhecer a natureza do mundo e o verdadeiro sentido da vida. Até que conhece Moneylender (Anton Adassinsky, no papel de Mefistófeles), que lhe dá a conhecer um lado mais obscuro e sórdido da realidade. É então que o seu novo amigo lhe propõe algo irrecusável: a sua alma em troca do amor de Margarete (Isolda Dychauk), a mulher que Faust deseja. E, claro, o conhecimento supremo. O GRANDE GATSBY de Baz Luhrmann No início dos anos 1920, numa profusão de luxo, álcool e dinheiro, uma figura misteriosa instala-se em Long Island, EUA. Quem é esta personagem sedutora, cujas festas na mansão privada em West Egg atraem a alta sociedade de toda a região? Os mais variados rumores sobre a origem da sua fortuna circulam. Será ele um espião ou um lord inglês? Um herói de guerra ou um simples exibicionista? Mais tarde, a verdade será revelada e, para surpresa de todos, tudo se resume a uma trágica – e obsessiva – história de amor.

OS AMORES DE ASTREA E DE CELADON de Eric Rohmer Numa floresta maravilhosa, no tempo dos druidas, o pastor Celadon e a pastora Astrea amam-se de um amor puro. Enganada por um pretendente, Astrea dispensa Celadon que, por desespero, se atira a um rio. Ela pensa-o morto, mas ele é secretamente salvo por ninfas. Fiel à sua promessa de não reaparecer aos olhos da sua bela, Celadon deverá superar provas para quebrar a maldição. Louco de amor e de desespero, cobiçado pelas ninfas, envolto de rivais, obrigado a disfarçar-se de mulher para conviver com aquela que ama, saberá ele fazer-se reconhecer sem quebrar a sua jura?

MORTE EM VENEZA de Luchino Visconti O compositor Gustav Ashenbach (Dirk Bogarde), de férias no estrangeiro parece um homem reservado e civilizado. Mas o encontro inesperado com alguém de rara beleza vai o inspirar a se entregar a uma paixão oculta que pressagia um trágico destino. Morte em

Veneza, um filme enriquecido pela magnífica música de Gustav Mahler e pela inesquecível interpretação de Dirk Bogarde, foi reconhecido como sendo um dos melhores do seu genial criador com a atribuição do Grande Prémio do 25º Aniversário em Cannes. É O AMOR de João Canijo Caxinas, zona piscatória de Vila do Conde. A relação entre os pescadores da zona e as suas mulheres funda-se tanto na confiança como na dependência recíproca e total para a sobrevivência. A mulher confia e depende do pescador para ganhar a vida e o pescador confia e depende da mulher para zelar pela casa e pela vida familiar. Neste filme sobre o amor, Canijo acompanha um grupo de mulheres no seu dia-a-dia. É aqui que a actriz Anabela Moreira se torna uma delas.

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.01.04 – destaques: Cinema Europa

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CINEMA EUROPA (17 a 24 de Outubro)

Prémios Lux (*) do Parlamento Europeu – ciclo com financiamento do Parlamento Europeu OS NOSSOS FILHOS de Joachim Lafosse

(incluiu Recepção com Cocktail antes da exibição do filme)

IO SONO LI de Andrea Segre

SHOTS DE RUM de Claire Denis

IRMÃ de Ursula Meier (incluiu Debate após a projecção do filme, com a participação de Rita Ribeiro do Instituto de Ciências Socais da Universidade do Minho)

(*) Atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu, o Prémio Lux distingue os filmes que exploram a diversidade cultural e demonstram a realidade da construção permanente do velho continente.

OS NOSSOS FILHOS de Joachim Lafosse Murielle e Mounir (Émilie Dequenne e Tahar Rahim) são jovens, apaixonados e com esperança num futuro a dois. Após o casamento, aceitam viver em casa do Dr. Pinget (Niels Arestrup), um benfeitor que sempre ajudou a família de Mounir e que se tornou um segundo pai para ele. Porém, com o passar dos anos e o nascimento dos filhos, o que seria uma situação provisória acaba por se prolongar indefinidamente, quer por dificuldades financeiras do casal, quer por decisão de Mounir, que sente ter uma enorme dívida de gratidão para com o velho senhor. Sentindo-se cada vez mais distante do marido e mais presa a uma situação que nunca desejou, Murielle perde o controlo da sua vida, seguindo em direcção a uma tragédia que ninguém poderia prever… Com realização de Joachim Lafosse (“Nue Propriété” e “Folie Privée”) e argumento partilhado com Thomas Bidegain e Matthieu Reynaert, um filme dramático que se inspira na verdadeira história do casal Genevieve Lhermitte e Bouchaib Moqadem.

IO SONO LI de Andrea Segre Shun Li trabalha num laboratório têxtil na periferia de Roma para obter os documentos necessários à chegada do filho em Itália. De repente, é transferida para perto de Veneza, para trabalhar como empregada de balcão numa taberna que Bepi, pescador de origem eslava, chamado ‘o Poeta’, costuma frequentar. O encontro entre eles é uma fuga poética da solidão, um diálogo silencioso entre culturas diferentes que já não são distantes. Esta amizade, porém, incomoda quer a comunidade chinesa quer a local, que se opõem a esta relação da qual talvez ainda tenham demasiado medo. Vencedor do prémio Lux, reconhecimento dado pelo Parlamento Europeu aos filmes considerados portadores de valores sociais pela integração das comunidades da Europa. Um filme excepcionalmente poético. 35 SHOTS DE RUM de Claire Denis Lionel (Alex Descas) é um maquinista de poucas palavras que, após a morte prematura da mulher, criou sozinho a filha Josephine (Mati Diop), uma rapariga doce e dedicada. Cada um deles é o mundo do outro. Vivem com Gabrielle (Nicole Dogue), a ex-namorada de Lionel, e Noé (Gregoire Colin), um amigo da família. Lionel teme que a filha sacrifique a sua felicidade por causa dele e, ao ver Josephine beijar Noé, percebe que ela está a um passo de seguir o seu rumo. Obriga-a então a prometer que, quando o momento chegar, ela colocará as suas necessidades acima de tudo o resto. Realizado por Claire Denis, um filme sobre diversas formas de amor, todas elas incondicionais e incorruptíveis. A banda-sonora de 35 Shots de Rum é da autoria dos Tindersticks. IRMÃ de Ursula Meier Aos 12 anos, Simon (Kacey Mottet Klein) vive com sua irmã Louise (Lea Seydoux), no vale industrial de uma estância de esqui na Suíça. Sobrevivem ambos com o material que o rapaz todos os dias rouba aos turistas ricos e que vende no vale. Ela é instável e quando perde o emprego torna-se cada vez mais dependente do irmão. A vida de ambos equilibra-se numa linha ténue, numa quase miséria. É então que Simon conhece um turista inglês que se aproveita do negócio, algo que vem alterar a relação dos dois. Um filme dramático sobre o desgosto, o conflito e a necessidade de reconciliação, realizado por Ursula Meier depois do sucesso de "Home - Lar doce lar" em 2008. Festival de Berlim - Urso de Prata - Prémio Especial do Júri

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.01.05 – destaques: The Kid—Filme-Concerto pelos Bueno.Sair.Es

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THE KID de Charlie Chaplin _ 30 de Novembro de 2013

Filme-concerto pelos Bueno.Sair.Es (encomenda / estreia, em coprodução com a Casa das Artes de Famalicão)

sinopse Um atira pedras a janelas enquanto o outro aparece mesmo a tempo para oferecer os seus serviços com perito em reparação de janelas. É uma trapaça perfeita como tudo o resto neste incontornável clássico da obra de Charlie Chaplin, cuja combinação excepcional de risos e emoção mudou para sempre a história da comédia no cinema. Pela primeira vez enquanto realizador Chaplin experimenta a longa-metragem como formato para narrar as peripécias do atrevido e inesquecível Charlot (Chaplin) e do seu novo companheiro de aventuras (Jackie Coogan que se estreava aos 6 anos), que se torna o inseparável parceiro do protagonista quando este o salva de uma grande alhada. Algumas das cenas memoráveis deste filme incluem uma excepcional lição sobre bons modos à mesa, uma briga com um polícia e os sonhos angelicais de Charlot. Um filme imortal!

Prólogo Fade in 1. Exterior, mundo mudo Um vagabundo mítico, feito de genica, nasce em comédia no ano 14 do último século começado por mil. Dissolve in Legenda 99 anos depois 2. Interior, sala de projecções Reputado cineclube, de Joane, encomenda som para filme. É convidada banda. Câmara aproxima-se, outras formas aparecem. Dissolve out Dissolve in 3. Exterior, uma casa, das artes de Famalicão Atravessamos jardim geométrico, cheio de ervas, crianças lutam. Câmara desloca-se, no ecrã estão palavras: A 30 de Novembro, 22 horas. Ouvimos música arrebatadora, título aparece:bueno.sair.es em O Garoto de Chaplin. Fade in 4. Interior de grande auditório Enorme, está escuro, silhueta é projectada em ecrã. Baixos reflectidos por oposição à luz. Narrador Primeira longa de Chaplin, turbulência emocional. Do apressado casamento com a jovem Mildred resulta nado, morto em 3 dias. De perda resulta filme. Respeitando pudor, bueno.sair.es constrói narrativa musical, paralela. Deixa que viva personagem querida, transformando-se. Afinal, cinema é arte obscena, e amor. Nunca, desde que o mundo é mundo, um mito recebera adesão tão universal, escreveu Bazin. Segredo desvendado: o vagabundo, de fraque ridículo, bigodinho bengala e chapéu, será pai de criança abandonada. A banda, metamorfose ao avesso. Fade out

bueno.sair.es, uma banda independentemente. São seis, sete anos depois, com dois baixos, sintetizadores, bateria de grande bombo e tarola, duplo choque, procurando a canção perfeita. Flutuando surge do pó resultante da queda dos impérios coloniais ibéricos, emergindo com a ascenção do universo latino no séc. XXI... a magia da decadência vista de Marte. Utilizando processamento a 320k, com licença cc (creative commons), em compostos orgânicos feitos à mão, libertam files com quase zero emissões de CO2 para descarregar em alta calidad. Legal y grátis. bueno.sair.es transformam energia luminosa em download digital. Hugo Pacheco - Voz e sintetizadores Pedro Azevedo – Baixo e sintetizadores Rui Pintado – Baixo e sintetizadores Carlos Nemeth - bateria Pedro Balbis – Sintetizadores e outras coisas mais http://bueno.sair.es/

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.02 – Sessões Semanais [inclui as sessões da Rede de Exibição Alternativa (REA), a rubrica Já Não Há Cinéfilos?! (JNHC) e demais ciclos temáticos]

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.02 – Sessões Semanais [inclui as sessões da Rede de Exibição Alternativa (REA), a rubrica Já Não Há Cinéfilos?! (JNHC) e demais ciclos temáticos]

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.02 – Sessões Semanais [inclui as sessões da Rede de Exibição Alternativa (REA), a rubrica Já Não Há Cinéfilos?! (JNHC) e demais ciclos temáticos]

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.02 – Sessões Semanais [inclui as sessões da Rede de Exibição Alternativa (REA), a rubrica Já Não Há Cinéfilos?! (JNHC) e demais ciclos temáticos]

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.02 – Sessões Semanais [inclui as sessões da Rede de Exibição Alternativa (REA), a rubrica Já Não Há Cinéfilos?! (JNHC) e demais ciclos temáticos]

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Page 14: be de Joane - OS CHAPÉUS-DE-CHUVA DE CHERBURGO Actividades 2014.pdf · denominada trilogia germânica (1969-1972), que inclui Os Malditos, introdução de um Macbeth no florescimento

Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.02 – Sessões Semanais [inclui as sessões da Rede de Exibição Alternativa (REA), a rubrica Já Não Há Cinéfilos?! (JNHC) e demais ciclos temáticos]

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.03 – Sessões com a Presença de Realizadores

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A ARCA DO ÉDEN de Marcelo Félix (Abril de 2014)

Um filme-poema sobre a memória e a preservação. Através de uma analogia discreta entre os problemas de conservação na botânica e no cinema, seguindo os passos de um viajante indeciso entre guardar e descobrir, o filme liga o passado e o futuro, ambos míticos, da nossa luta com a perda do que nos rodeia e faz parte de nós.

DESTE LADO DA RESSURREIÇÃO de Joaquim Sapinho (Junho de 2014)

Rafael (Pedro Sousa, campeão júnior de surf do Guincho) é um jovem surfista perdido no mundo, desenquadrado de tudo e de todos. Com uma grande violência interior, que se reflecte no seu corpo e na maneira como surfa, busca um sentido para a sua vida. E será ali, entre a praia do Guincho, o Convento dos Capuchos e a serra de Sintra, que vai finalmente encontrar o seu lugar... Quarta longa-metragem de Joaquim Sapinho, depois de "Corte de Cabelo (1995), "A Mulher Polícia" (2003) e

"Diários da Bósnia" (2005), "Deste Lado da Ressurreição" teve a sua estreia mundial na selecção oficial do

Festival de Cinema de Toronto no Canadá, na secção Visions, dedicada aos filmes que, nesse ano, contribuí-

ram para a expansão das possibilidades poéticas do cinema. O filme foi escolhido como um dos dez melhores

do ano na revista nova-iorquina "Film Comment" e teve antestreia nos EUA nas mais prestigiadas cinematecas

do país: a Harvard Film Archive (Cinemateca da Universidade de Harvard) e Anthology.

JOAQUIM SAPINHO

MARCELO FELIX

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.04 – Autor Autor

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AUTOR AUTOR : Christian Petzold e Nina Hoss_A Alemanha e o Cinema Clássico (Julho)

BARBARA 1980, República Democrática Alemã. A exercer medicina em Berlim, Barbara tenta arranjar um visto que lhe permita ir ao encontro de Jörg, o namorado, à Alemanha Ocidental. Após a recusa do Governo, é desterrada para um hospital de uma localidade rural, longe da capital. Enquanto Jörg tenta encontrar um plano de fuga, ela aguarda pacientemente, evitando tudo o que a possa ligar àquele lugar. Porém, com o passar do tempo, acaba por se sentir atraída por Andre (Ronald Zehrfeld), um colega particularmente caloroso que se esforça para que ela se sinta em casa. Mas, mesmo quando acaba apaixonada por ele, Barbara não consegue entregar-se totalmente, obcecada com a hipótese de ele ser um espião contratado para seguir os seus passos. Assim, à medida que Barbara se vai deixando levar pelos sentimentos que a ligam a Andre, acaba por ser forçada a tomar uma decisão que mudará, irremediavelmente, a sua vida. Um filme do alemão Christian Petzold ("Yella", "Jerichow"), que acabou por arrecadar, em 2012, o prémio de melhor realizador no Festival de Berlim.

JERICHOW Depois de informado da morte da mãe, Thomas (Benno Fürmann) deixa o exército e regressa a Jerichow, uma pequena cidade no nordeste da Alemanha. O seu objectivo é renovar a velha casa de família e recomeçar outra vida. Porém, naquele lugar os empregos são escassos e a vida difícil. É então que conhece Ali Özkan (Hilmi Sözer), um emigrante turco dono de uma cadeia de restaurantes e de uma casa no coração da floresta. Necessitado, Thomas aceita emprego como motorista de Ali. Mas é quando conhece Laura (Nina Hoss), a jovem e infeliz mulher do patrão, que Thomas percebe que a sua vida jamais será a mesma... Um filme dramático escrito e realizado pelo alemão Christian Petzold, vagamente inspirado na obra "O Carteiro Toca Sempre Duas Vezes", de James M. Cain.

AUTOR AUTOR : Jia Zhang-Ke: A China em Transformação (Novembro)

Jia Zhang-ke é um dos mais importantes cineastas contemporâneos, com presenças premiadas e regulares nos grandes festivais europeus. Deambulando livremente e sempre com mestria entre o documentário e a ficção, tem sabido, principalmente desde Plataforma (2000), expor a China e as profundas alterações registadas na última geração, ditadas pela sua abertura ao mundo e pelo crescimento económico, com as consequentes alterações sociais e culturais que daí decorreram nesse gigantesco país.

HISTÓRIAS DE SHANGHAI - QUEM ME DERA SABER Shanghai, uma enorme e superpovoada cidade, cheia de histórias para contar. Dezoito pessoas evocam memórias das suas vidas e reflectem sobre o seu passado difícil, depois da vitória comunista de 1949 e das enormes dificuldades durante os anos da Revolução Cultural. Uns partiram a tempo para Taiwan, outros ficaram. As escolhas mudaram o seu caminho. Agora, ao olharem para trás, percebem que nada poderia ficar como antes. Um documentário do realizador chinês Jia Zhang-ke ("Plataforma", "O Mundo", "Still Life - Natureza Morta", "24 City") que, com este filme, volta a debruçar-se sobre o passado recente do seu país e na grande influência do comunismo nos dias de hoje.

STILL LIFE - NATUREZA MORTA A velha cidade de Fengjie já está submersa, mas o seu novo bairro ainda não foi terminado. Há coisas a salvar e há coisas a deixar para trás... Han Saming, um mineiro, viaja para Fengjie para tentar encontrar a ex-mulher que não vê há 16 anos. Quando se encontram, nas margens do rio Yangtze, decidem voltar a casar-se. Também Shen Hong, uma enfermeira, viaja para Fengjie à procura do marido que não vê há dois anos. Abraçam-se em frente à barragem das Três Gargantas, mas apesar da dança, decidem separar-se. Leão de Ouro em Veneza, o filme consagra Jia Zhang-ke como o mais singular e importante realizador chinês da nova geração. Depois de "Plataforma" e "O Mundo", "Still Life - Natureza Morta" filma duas histórias de amor e ruptura, tendo como pano de fundo a polémica construção da barragem das Três Gargantas.

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.05 – CINANIMA – Extensão da 36.ª edição (Fev.2013)

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CINANIMA – Extensão do Festival de Cinema de Animação de Espinho

Exibição de Filmes Premiados—Destaques

Kali, o Pequeno Vampiro (na foto) de Regina Pessoa, filme nomeado para os Annie Awards, os mais importantes prémios norte-americanos do cinema de animação;

Head Over Heels de Tim Reckart, filme nomeado para o Oscar de Melhor Curta-metragem de Animação;

Le grand Ailleuirs et le petit ici de Michèle Lemieux, Grande Prémio do Júri do Cinanima.

Les Grand Ailleurs et le Petit Ici é o filme vencedor do Cinanima

Sara Dias Oliveira, Público de 17 de Novembro de 2012

Um homem pensa sobre o mundo num momento de devaneio, reflecte sobre como a memória funciona e os mistérios da morte a partir das partículas que constituem a matéria. Esta é a história vencedora da 36.ª edição do Cinanima – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho que termina hoje, domingo, com a exibição dos filmes vencedores no Centro Multimeios da cidade. Os 14 minutos de animação de Les Grand Ailleurs et

le Petit Ici (na foto), de Michèle Lemieux, do Canadá, venceram assim o Grande Prémio Cinanima. Na competição nacional, no Prémio António Gaio, o júri distinguiu Outro Homem Qualquer de Luís Soares. Cátia Salgueiro criou o argumento desta história que se passa num café com vista para a rua. Um homem discreto aprecia quem passa e observa os anónimos retratos do quotidiano. Sem Papas na Língua, das crianças das Oficinas do Anilupa, venceu o Prémio Jovem Cineasta Português na categoria até aos 18 anos. Dos 18 aos 30 anos, Branco de Raquel Felgueiras foi considerado o melhor filme a concurso. Cor de Ana Linnea Lidegran Correia e Olinda de Marga-rida Madeira conquistaram menções honrosas nesta categoria. Kali, o Pequeno Vampiro da portuguesa Regina Pessoa venceu o Prémio Melhor Banda Sonora Original, a cargode The Young Gods. Este filme de animação, já premiado internacionalmente, foi ainda distinguido com uma menção honrosa do júri da competição internacional, tal como Rossignoils en Decémbre do russo Theodore Ushev que trabalha no Canadá. O Prémio Especial do Júri, na competição internacional, foi atribuído a Head Over Heel do inglês Tim Reckart. O realizador Ushev ganhou mais um prémio com a sua curta-metragem Demoni, na secção dos filmes com menos de cinco minutos. Ainda nas curtas, nos filmes com mais de cinco e até 24 minutos, foi premiado Oh Willy…, produção belga de Emma de Swaef e Marc Roels. A Energia na Terra Chega para Todos de José Miguel Ribeiro venceu a categoria Publicidade e Informação. Nas longas-metragens, filmes com mais de 50 minutos de duração, o júri decidiu não atribuir qualquer prémio. Along The Way, de Georges Schwizegebel, da Suíça, foi distinguido com o Prémio Joel Abel. O Prémio do Público foi para A Morning Stroll do britânico Grant Orchart. Fado do Homem Crescido, de Pedro Brito, foi a única animação portuguesa distinguida no Prémio RTP2 – Onda Curta. O Cinanima, o mais antigo festival nacional actualmente em actividade, recebeu este ano um número recorde de inscrições, ou seja, 952 filmes de 57 países. Foram seleccionadas 97 animações de 26 países que ao longo da última semana foram exibidas no Centro Multimeios de Espinho. O designer e ilustrador Henrique Cayatte foi o presidente do júri que integrou nomes como o programador de cinema de animação esloveno Igor Passel, o realizador suíço Robie Engler, a especialista em storyboards francesa Emilie Mercier, o ilustrador alemão Volker Schlecht, o director de animação Ricardo Blanco e a ilustradora Marta Madureira.

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01.06 – Cinema Paraíso: Parque da Devesa_Famalicão; Centro de Estudos Camilianos; Parque de Campismo de Gondifelos

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O Cineclube de Joane promove, desde o Verão de 1999, sessões de Cinema ao Ar Livre numa iniciativa

denominada CINEMA PARAÍSO. Este ano, na sua 13.ª edição, em co-produção com a Casa das Artes de

Famalicão, prosseguiu a sua itinerância pelo concelho (presente em cerca de 25 freguesias e empreendimentos

habitacionais ao longo das anteriores edições) com sessões em Seide S. Miguel e Gondifelos. A edição do Verão de 2013, que se estendeu pelos meses de Julho e Agosto, sempre com entrada livre,

apresentou como palco principal o Parque da Devesa em Famalicão.

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Cineclube de Joane / Plano de Actividades 2014

01.07 – Sessões em Parceria: Programação da Semana Santa de Famalicão

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Programação da Semana Santa de Famalicão, organização da Confraria das Santas Chagas

[Fundação Cupertino de Miranda, sessões com apresentação e debate]

Programação (Cinema): Cineclube de Joane / Amacultura

O EVANGELHO SEGUNDO S. MATEUS de Pier Paolo Pasolini (23 de Fevereiro)

sinopse Eis a vida de Jesus Cristo de acordo com o Evangelho Segundo S. Mateus. Assistimos ao nascimento de Jesus, à fuga para o Egito, à pregação usando parábolas, atraindo discípulos... até atrair a atenção dos Fariseus que decidem conspirar para o matarem. Jesus é traído e crucificado, tal como profetizado. Após a sua morte, aparece aos seus discípulos dando-lhes as indicações finais. Um dos mais célebres filmes de Pasolini, numa visão de Cristo completamente distinta do estilo "épico" com que o cinema americano a caracterizou por mais de uma vez. Dois anos depois do "Acto da Primavera" de Oliveira, Pasolini filmava um Cristo solar, com toques "marxistas" (a caracterização da "ocupação romana", a oposição à santidade de Mateus), música de Bach, e a mãe de Pasolini a interpretar a Virgem. Uma obra-prima. Texto: Cinemateca Portuguesa Título original: Il Vangelo secondo Matteo (FRA/ITA, 1964, 133 min) Realização e Argumento: Pier Paolo Pasolini Interpretação: Enrique Irazoqui, Susanna Pasolini, Ferruccio Nuzzo Fotografia: Tonino Delli Colli Montagem: Nino Baragli Produção: Alfredo Bini

JESUS POR UM DIA de Verónica Castro e Helena Inverno (25 de Março)

sinopse O documentário segue de perto os prisioneiros duma cadeia transmontana, nos seus preparativos da encena-ção da Via Sacra desde os primeiros ensaios até ao dia da procissão, com todos os seus momentos solenes e surreais – um encontro entre condenados que comungam, real e simbolicamente, com uma comunidade rural. Titulo Original: Jesus Por Um Dia (2012, 71 min) Argumento e Realização: Verónica Castro e Helena Inverno Fotografia: Helena Inverno Som: Catarina Botelho e Verónica Castro Montagem: Verónica Castro e Helena Inverno Produção: O Som e a Fúria - Luís Urbano e Sandro Aguilar

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Cineclube de Joane / PLANO DE ACTIVIDADES 2014

02 – PLANO DE ACTIVIDADES – TEXTO

02.01.01 Yasujiro OZU _ Uma Família em Tóquio 02.01.02 Glauber ROCHA _ De onde se avista todo o sertão e se espera vislumbrar o mar

02.01.03 Paulo ROCHA _ Cinema Mundo 02.01.04 Joseph LOSEY _ O Medo Come a Alma

02.01.05 Cinema é Obsessão II 02.02. Programação Semanal de Cinema de Autor

02.03. Rede de Exibição Alternativa – R.E.A. / I.C.A. 02.04. Já Não Há Cinéfilos?!

02.05. Extensões de Festivais de Cinema 02.05.01. CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho

02.05.02 INDIELISBOA – Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa 02.05.03 DOCLISBOA – Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa

02.06. Festa Mundial da ANIMAÇÃO 02.07. Masterclasses, Debates: O CINEMA PORTUGUÊS em Destaque

02.08. Cinema para as Escolas

02.09. Cinema Paraíso _ sessões de cinema ao ar livre, uma itinerância por Famalicão 02.10. O Homem da Câmara de Filmar

02.11. P.I.C. – Programa de Itinerância Cinematográfica

02.12. Página na Internet

02.13. Edição do Boletim Mensal – Remodelação

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02.01.01 – Yasujiro OZU _ Uma Família em Tóquio “Apesar de serem completamente japoneses, estes filmes são também, ao mesmo tempo, universais. Neles, fui capaz de reconhecer todas as famílias, em todos os países do mundo, assim como os meus pais, o meu irmão e eu próprio. Para mim, nunca antes e nunca depois esteve o cinema tão perto da sua essência e do seu objectivo: que é apresentar uma imagem do homem no nosso século, uma imagem válida e verdadeira, na qual o homem não se reconheça a si próprio mas a partir da qual, acima de tudo, ele possa aprender sobre si mesmo. A obra de Ozu não precisa do meu louvor e tal tesouro sagrado do cinema só pode residir no reino da imaginação. E assim, a minha viagem a Tóquio não foi de nenhum modo uma peregrinação. Eu tinha curiosidade em saber se conseguia captar algo desse tempo, ver se ainda existia algo dessa obra. Talvez imagens, ou mesmo pessoas… ou talvez tivessem acontecido tantas mudanças em Tóquio nas duas décadas desde a morte de Ozu, que talvez não restasse nada para encontrar.” Wim Wenders (a propósito de Tokyo-Ga”, 1985)

Viagem a Tóquio de Yasujiro Ozu

Tokyo Monogatari (Japão, 1953) Um velho casal resolve ir a Tóquio visitar os filhos. É o pretexto que serve a Ozu para voltar magistralmente aos seus temas: o confronto entre o “velho” e o “novo” Japão, as relações familiares, o envelhecimento, a decepção e a resignação. No melhor estilo de Ozu, a duração dos planos acompanha os ditos e os não ditos (uns e outros sublimes) das personagens.

Tokyo-Ga de Wim Wenders

Tokyo Ga (1985) Um belo filme de viagem, que se transforma num filme sobre o cinema. Neste documentário, Wenders, que também faz a narração em off, vai a Tóquio e começa por observar diversos aspectos dos hábitos quotidianos dos seus habitantes. Depois, aborda o cinema, através de um dos seus grandes mestres, que ele descobriu tardiamente e por quem tem enorme admiração: Yasujiro Ozu. Wenders interroga o cinema de Ozu, reflete sobre aquilo que o caracteriza e conversa com dois dos seus mais fiéis colaboradores: o diretor de fotografia Yuharo Atsuta e o ator Chishu Ryu, que a partir de certo ponto trabalhou em todos os filmes do mestre japonês. Cinemateca Portuguesa

O Gosto do Saké de Yasujiro Ozu

Sanma No Aji (Japão, 1962) Um viúvo vê-se na obrigação de escolher o melhor marido possível para uma das suas filhas, mesmo que essa escolha o aproxime cada vez mais da solidão. Último filme de Yasujiro Ozu que, doente, sabia que moreria em breve. Daí esta reflexão nostálgica sobre "o Inverno da vida" seja também a sua despedida ao "gosto do saké" bebido quase como num cerimonial contendo a memória do passado e dos "bons tempos". O mais perfeito filme de Ozu, aquele onde a depuração do seu estilo atinge níveis supremos.

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02.01.02 – ciclo Glauber ROCHA _ De onde se avista todo o sertão e se espera

vislumbrar o mar (Dezembro de 2013 a Março de 2014)

BARRAVENTO (Brasil, 1961)

Inicialmente Glauber Rocha deveria ter sido assistente de realização deste filme. Mas, como disse a sua mãe numa entrevista, “arrebatou” o filme ao realizador Luiz Paulino dos Santos ao cabo de alguns dias de rodagem e realizou-o sozinho, fazendo alterações no argumento. De todos os seus filmes, é o único que tem uma narrativa tradicional. A ação passa-se numa comunidade de pescadores negros na Baía, que tem de alugar a um preço muito alto um instrumento de trabalho essencial, as redes de pesca. Nasce um conflito que opõe dois pescadores: um está disposto a um compromisso, encorajado por um sacerdote de ritos afro-brasileiros; o outro, que vivera numa cidade, atiça o conflito. Cinemateca Portuguesa

DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL (Brasil, 1964)

O filme que tornou Glauber Rocha internacionalmente célebre aos 26 anos e marcou a irrupção do Cinema Novo brasileiro no panorama internacional, ao lado de VIDAS SECAS e OS FUZIS, de Nelson Pereira dos Santos e Ruy Guerra, respetivamente. Em DEUS E O DIABO… Glauber conjuga mitos e realidades, através da história de um miserável casal de camponeses, entre o messianismo religioso e a revolta armada desordenada. O filme é percorrido por lembranças do cinema soviético e utiliza diversas canções como comentário à ação. Uma obra operática e trágica. Cinemateca Portuguesa

TERRA EM TRANSE (Brasil, 1967)

"Filme admirável, negro poema, TERRA EM TRANSE mostra como se fazem e se desfazem, no 'terceiro mundo europeu', as ditaduras tropicais", escreveu à época Marguerite Duras. Longe do sertão e dos cangaceiros, inteiramente situada no Rio de Janeiro, a terceira longa-metragem de Glauber Rocha é sem dúvida o mais "cinematográfico" dos seus filmes. O protagonista é um jornalista que oscila entre um potencial tirano de esquerda e um potencial tirano de direita. Começando pela agonia do protagonista, o filme desenrola-se num longo flashback, numa montagem fragmentada, mas absolutamente coerente. Cinemateca Portuguesa

ANTÔNIO DAS MORTES / O DRAGÃO DA MALDADE CONTRA

O SANTO GUERREIRO (Brasil, 1969)

Mais conhecida como ANTONIO DAS MORTES, esta primeira longa-metragem a cores de Glauber Rocha amplia o universo de DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL, com uma mise-en-scène que tem alguns pontos em comum com o western spaghetti. O filme aproxima certos mitos populares brasileiros e a alegoria política. O protagonista, Antonio das Mortes, assassino por contrato a serviço dos poderosos, já surgira em DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL. Mas desta feita acaba por se voltar contra eles e massacra os representantes da ordem estabelecida. “ANTONIO DAS MORTES é o meu ALEXANDRE NEVSKI, é o ALEXANDRE NEVSKI do sertão, a ópera global inspirada pelas lições de Eisenstein” (Glauber Rocha). Cinemateca Portuguesa

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02.01.03 – ciclo Paulo ROCHA _ Cinema Mundo

Com a estreia de Se eu fosse ladrão... roubava (rodagem na foto), obra póstuma e (possível) súmula da sua arte sempre mesclada com a vida, exibiremos Verdes Anos (1963) e Mudar de

Vida (1966), obras que tornaram Paulo Rocha uma das figuras incontornáveis do Cinema Novo e uma das principais ascendências nas obras de alguns dos cineastas mais notáveis do cinema português contemporâneo: Pedro Costa, Teresa Villaverde e Joaquim Sapinho. Já havíamos passado pela obra de Rocha com a exibição da obra-prima O Rio do

Ouro (1998), por A Raiz do Coração (2000) que confirmara a sua abertura a outros mundos, numa constante renovação e paixão por outras culturas de que o “asiático” A Ilha dos Amores (1982) faz figura de proa e que, por isso, incluiremos nesta mostra dedicado ao cineasta. Cineclube de Joane, Dezembro de 2013

Verdes Anos de Paulo Rocha (Portugal, 1963)

Verdes Anos é uma obra de mocidade, um filme confessional, contado com pudor, como que a pedir desculpa, o choque entre a aldeia pura e a cidade corrupta, ou, se quisermos, o choque entre o fim da adolescência e a entrada no tempo adulto. Mas Paulo Rocha soube evitar a retórica e servir-se de uma história muito simples (...), retirando-lhe o melodrama e a retórica através da singeleza, da naturalidade, da sinceridade, do estado de graça dos jovens actores, mas insinuando-lhe o sangue e a morte por debaixo da ilusão de um real agradável, descontraído, quotidiano. Luís de Pina, in História do Cinema Português, ed. Europa-América, col. Saber, 1986

Mudar de Vida de Paulo Rocha (Portugal, 1966)

Mudar de Vida, opus 2 de Rocha, introduziu na obra deste novas direcções, entre o legado nostálgico de Os Verdes Anos e os rumos da sua obra futura. Pano de fundo é a emigração, fenómeno que nos anos 60 afectara profundamente o tecido social e cultural português. E é o primeiro filme de Rocha em que se afirma a influência do cinema japonês, nos belos planos de juncos, névoa e rio, ao mesmo tempo que se acentua a forma de requiem que o enredo obriga por vezes as imagens - que do estudo psicológico. Adelino, nitidamente vencido pela guerra onde combateu, algures no ultramar, é uma figura de homem perplexo, como era o jovem sapateiro de Verdes Anos, um homem talvez ainda imaturo, incapaz de abarcar o entendimento da vida e o entendimento das pessoas." Luís de Pina, in História do Cinema Português, Ed. Europa-América, Col. Saber, 1986

A Ilha dos Amores de Paulo Rocha (Portugal, 1982)

A época, a obra, os amores, a vida e a morte de Wenceslau de Moraes - grande escritor português do Extremo Oriente. Nascido em Lisboa em 1854; falecido no sul do Japão, Tokushima, em 1929. Em finais do século XIX, Moraes - oficial da Marinha de Guerra, desencantado com a situação (agonia da monarquia, ultimato inglês), parte para Macau, não mais regressando. Em Macau (1895). Japão. Existência fantomática (1916-1929), obras da maturidade. Fim, em circunstâncias pouco claras. Rodado parcialmente em Macau e no Japão.

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02.01.04 – ciclo Joseph LOSEY _ O Medo Come a Alma (Setembro a Dezembro de 2014)

“Para mim, The Servant é apenas um filme sobre a servilidade, servilidade da nossa sociedade, servilidade do mestre, servilidade do criado e servilidade na atitude de todas as espécies de gente representando classes e situações diferentes (…) É uma sociedade do medo, e a reacção diante do medo é na maior parte dos casos não a resistência e o combate, mas a servilidade, e a servilidade é um estado de espírito”. Joseph Losey, a propósito de The Servant, Présence du Cinéma, n.º 20, Março de 1964

EVA (1962) Eve "Eva" assinala uma etapa importante na carreira de Losey, depois dos "anos de galera" consecutivos ao seu exílio e de um período de recuperação profissional em Inglaterra. Filmado em Veneza e em Roma, o filme tem semelhanças formais com o cinema europeu de autor do período (e doravante, Losey será um autor europeu) e conta a história da relação sado-masoquista entre um escritor britânico e uma cortesã francesa, que fará dele o seu joguete, recusando-se ao homem para melhor o dominar. Um dos grandes papéis de Jeanne Moreau. Cinemateca Portuguesa

O CRIADO (1963) The Servant Dirk Bogarde é Hugo Barrett, um sedutor e perspicaz mordomo contratado pelo refinado aristocrata Tony Mounset (James Fox) para que decore e mantenha em ordem a sua casa recém-comprada. Porém, a exagerada eficiência de Barrett fará com que, num instante, se confundam os papéis de patrão e criado. Com argumento de Harold Pinter e baseado no romance homónimo de Robin Maugham, O Criado é a obra-prima de Joseph Losey que reflecte neste filme uma parábola sobre a pedante sociedade britânica, em plena catarse. A relação entre patrão e empregado, com um subtil fundo homossexual, não foi poupada a críticas à época da estreia, sendo um dos elementos que outorgam ao filme a entidade que possui na actualidade.

O MENSAGEIRO (1970) The Go-Between "O Mensageiro" é adaptação do consagrado romance de L.P. Hartley. Harold Pinter foi o responsável pelas alterações no argumento, que trouxe uma visão estilizada das memórias de um velho numa evocação perfeita no tempo, espaço e ambiente social. A história do amor que não é correspondido, desafiando a inflexível estrutura social, passa-se em Norfolk, um meio rural, e é contada em “flashbacks” por Leo Colston (Michael Redgrave). Marian Maudsley (Julie Christie) é uma aristocrata que está noiva de Hugh Trimingham (Edward Fox), um homem rico com boa posição social. No entanto, é o lavrador Ted Burgess (Alan Bates) que Marian ama, uma relação impossível e condenada pela rigidez social da época. Leo Conston, que, aos 13 anos serviu de mensageiro do amor entre os dois, é o narrador desta experiência. Joseph Losey ganhou a Palma de Ouro em Cannes (1971) e Margaret Leighton foi nomeada para o Óscar de melhor actriz. UM HOMEM NA SOMBRA (1976) Monsieur Klein Estamos em Janeiro de 1942 e um negociante de arte, Robert Klein, está a ganhar uma fortuna. Para este francês patriota, a ocupação nazi é uma oportunidade única de negócio, uma vez que os Judeus, em fuga do país, não estão em posição de regatear o preço dos seus valiosos bens de família. Mas quando um jornal judeu aparece à porta de Klein, a sua confortável vida começa a desmoronar-se. Parece que existe outro Robert Klein, um judeu suspeito de combater na Resistência, que está disposto a viver na sombra, deixando o seu homónimo assumir as consequências. À medida que a investigação de Klein acerca do seu duplo progride, o tom muda de Hitchcock para Kafka, e provar a sua inocência torna-se menos importante do que enfrentar o seu sósia...

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Cineclube de Joane

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02.01.05 – Cinema é Obsessão II Indique-me um grande filme em que não haja alguém que tenha uma obsessão. A de fazer qualquer coisa, a de conquistar o amor duma rapariga, de encontrar uma mina de ouro, de subir ao cimo de uma montanha… Toda a gente tem a sua pequena ideia fixa. Os loucos também, mas de uma forma diferente. Para eles a ideia fixa torna-se natural. E é isso que os torna loucos. Acorda-se de manhã e em vez de não se pensar nela, pensa-se. Samuel Fuller

Alvos de Peter Bogdanovich Targets (1967) Na sua estreia na realização, Peter Bogdanovich tece duas histórias distintas que se cruzam num confronto terrivel. No que parecem se acontecimentos sem qualquer relação, a velha estrela de filmes de terror Orlok (Boris Karloff) anuncia a sua retirada, e um homem aparentemente vulgar (Tim O’ Kelly) acumula um arsenal de espingardas e pistolas. Com o desenrolar da história, O’ Kelly torna-se um atirador assassino, aparecendo num cinema ao ar livre onde Orlok vai fazer a sua última aparição em público. Argumento de Samuel Fuller. O Anjo Exterminador de Luis Buñuel El Ángel Exterminador (1962) Depois de uma ida ao teatro, um grupo de intelectuais, artistas, empresários, políticos reúne-se na villa de um aristocrata rico para uma agradável ceia. Porém, inquietos sem razão aparente, os empregados e o mordomo abandonam apressadamente a casa, enquanto que os hóspedes, à hora de se irem embora, por qualquer motivo inexplicável, já não conseguem sair da sala de jantar. Assim, vêem-se obrigados a passar juntos alguns dias, em que as conveniências sociais e boa educação dão lugar aos instintos mais animalescos. Por fim, uma senhora consegue arranjar forma de saírem daquela situação incómoda. Uma cruel partida do destino, obra satânica de um deus perverso, bizarrias do acaso? Talvez. Ou talvez uma burguesia incapaz de se libertar, de realizar algo diferente do esperado e de um sofisticado jogo de aparências vãs? Um Buñuel grandioso, no melhor do seu humor implacável e corrosivo. Corredor do Silêncio de Samuel Fuller Shock Corridor (1963) O ambicioso jornalista Johnny Barrett (Peter Breck) está decidido a ganhar o prémio Pulitzer. O seu plano para conquistar tão prestigiado galardão é o de se fazer passar por louco e ser assim internado num hospital psiquiátrico onde se cometeu um homicídio. Com a ajuda do doutor Fong (Philip Ahn) e da namorada Cathy (Constance Towers) consegue enganar os médicos especialistas que assinam o seu internamento. Uma vez no hospital, Johhny trata de obter informações das três únicas testemunhas do crime: três internados aos quais nem a polícia nem os médicos do centro psiquiátrico conseguem fazer falar. Seguro de Todd Haynes Safe (1995) A história de Carol White, uma dona de casa de Los Angeles, cujo meio ambiente de luxo se virará contra ela, na forma de uma inexplicável doença. O que começa por ser uma súbita alérgica aos produtos, fragâncias e vapores do dia-a-dia torna-se cada vez mais violento, transformando a segurança controlada de Carol num terror quotidiano. Quando lhe é diagnosticada uma desordem no sistema imunitário, a que chamam a “doença do século XX”, e parte para o Novo México, em busca de tratamento, a viagem de Carol torna-se interior. Na crise de identidade que daí resulta, “Safe-Seguro” revela as formas através das quais a doença infesta a noção básica de quem somos. Tentação de Anthony Mann Gold’s Little Acre (1958) Ty Ty é um pobre agricultor obcecado com a ideia de encontrar o ouro que o avô supostamente enterrou nalgum terreno da quinta da família. Há quinze anos que a família anda a escavar nas imediações da casa. A obsessão pela busca do tesouro impede o cultivo da terra e a obtenção de colheitas. A miséria que os consome e as disputas familiares não ajudam a melhorar as relações. Ty Ty acredita que o ouro vá resolver tudo e, a conselho de um amigo, rapta um jovem albino. O agricultor está convicto de que os albinos vêm através do solo e tentará manter a família unida, apesar dos conflitos, que são cada vez maiores.

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Ofício de Matar de Jean-Pierre Melville Le Samurai (1967) Jeff Costello (Alain Delon) é um assassino da velha escola regida pelo código de honra e do silêncio. Recebe uma missão que uma vez cumprida lhe trará mais problemas do que o habitual. A polícia vai atrás dele, existem testemunhas do seu trabalho e aqueles que o contrataram querem desfazer-se dele. Um dos melhores filmes do cinema negro francês com um final desconcertante… Phantom de F. W. Murnau Phantom (1922) Phantom foi o filme realizado por Murnau após o triunfo de Nosferatu, circunstância que não favoreceu muito a carreira comercial do filme junto de um público que, perante o titulo, esperava uma incursão na temática fantástica ou de terror. Com argumento de Thea von Harbou (“Metropolis”, “A Mulher na Lua”) e baseado num romance do Prémio Nobel da Literatura de 1912 Gerard Hauptmann, o título PHANTOM refere-se tanto aos fantasmas pessoais do protagonista Lorenz, um humilde funcionário que sonha ser reconhecido como poeta, como a Veronika, uma jovem de classe alta que o atropela com o seu coche e por quem ele se apaixona obsessivamente, quase sem trocar uma palavra com ela. Boogie Nights - Jogos de Prazer de Paul Thomas Anderson Boogie Nights (1997) Do argumentista/realizador Paul Thomas Anderson chega-nos uma turbulenta história sobre os bastidores de uma alargada família, ligada à produção de filmes, que se propõe revolucionar a indústria de entretenimento adulto dos anos 60.O produtor Jack Horner (Burt Reynolds), um idealista, alimentou desde sempre o sonho de elevar os seus filmes ao estatuto de arte. Quando ele descobre Eddie Adams (Mark Wahlberg), Jack vê os seus sonhos tornarem-se realidade. Eddie adopta o nome artístico de Dirk Diggler, e cedo dá ao mundo do entretenimento adulto uma estrela sem precedentes no meio. Mas a fama tem o seu preço, e Dirk começa progressivamente a deixar-se levar pela estrada do sexo, drogas e violência. A Marquesa d’ O de Eric Rohmer Die Marquise von O...(1976) A Marquesa d'O (Edith Clever) é uma viúva cujo pai (Peter Lühr) comanda uma praça de guerra na Lombardia. Após a praça ser tomada pelos russos, os soldados se preparam para violentar a marquesa. Até que um tenente-coronel russo, o Conde F. (Bruno Ganz), a salva e a leva para uma ala do castelo que ainda não havia sido incendiada. É lá que o conde revela suas verdadeiras intenções com a marquesa. Vontade Indómita de King Vidor The Fountainhead (1949) Howard Roark (Gary Cooper), um arquitecto individualista e idealista, é expulso da escola porque os seus desenhos não se enquadram no pensamento arquitectural da época. Depois de algum tempo sem conseguir emprego, Howard começa a trabalhar com Henry Cameron (Henry Hull). Cameron partilha os mesmos ideais de Roark mas sofre de alcoolismo, dependência que acaba por o matar. Antes de morrer, diz a Roark que ele tem de se manter fiel aos seus ideais se não quiser acabar da mesma forma. Baseado no romance homónimo de Ayn Rand - que foi recusado por 12 editores antes da sua publicação, em 1943 - "The Fountainhead" é também uma história de amor entre Roark e Dominique (Patricia Neal), uma bela mulher por quem ele se apaixona, e que promete torná-lo submisso aos seus desejos.

Ciclo CINEMA É OBSESSÃO! (Janeiro a Dezembro de 2011) O Cinema é uma arte que envolve inúmeros recursos, tanto criativos como técnicos e, além disso, procurou estabelecer-se como possível súmula das outras artes. Nesse emaranhado de possibilidades, é concebível que da parte dos seus autores maiores, os

realizadores, surjam temas e opções de carácter obsessivo. Mas como cada uma das categorias técnicas (a fotografia, a montagem, o som, a cenografia, etc.) são de uma vastidão extrema, as obsessões criativas que há pouco imputávamos aos

cineastas são também fáceis de encontrar nos responsáveis por cada uma das camadas técnicas. Assim, montamos um ciclo em que tais manias são tão imputáveis aos criadores como às personagens, e às vezes a ambos os casos. Escolhemos 10 obras, títulos com um lugar de destaque na história do Cinema, mas temos consciência que haverá por aí, em muitas cabeças, outras

tantas escolhas, cada uma com as suas (obsessões). The Conversation (1974) de Francis Ford Coppola; Secret Beyond the Door (1948) de Fritz Lang; Close-up (1990) de Abbas Kiarostami; Peeping Tom (1960) de Michael Powell; New York, New York (1977) de

Martin Scorsese; The Immortal Story (1968) de Orson Welles; Blow Out (1981) de Brian de Palma; The Rope (1948) de Alfred Hitchcock; Que Viva México! (1931) de Sergei Eisenstein; Império dos Sentidos (1976) de Nagisa Oshima

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02.02 – Programação Semanal de Cinema de Autor

A Direcção do Cineclube de Joane concretizou em Janeiro de 2002 um dos objectivos a que se propôs desde a sua fundação em Setembro de 1998: a programação semanal de filmes, após a consolidação das sessões quinzenais no ano anterior. O critério de escolha das películas será o que adoptamos desde o início: o Cinema de Autor. Reforçamos a opinião de que existem muitas salas, cada vez mais em Multiplex dos centros comerciais e afastadas do contexto urbano, mas poucas propostas (os filmes exibidos são sempre os mesmos, embora espalhados pelas salas referidas acima). Iremos de encontro a outras cinematografias. Como oposição à massificação que nos é imposta, propomos a diferença, a

especialização, a exploração dos nichos. Vamos continuar a mostrar Todo o Cinema do Mundo,

incluindo o que está “escondido” do público, que merece mais visibilidade, promoção e

discussão. Durante o ano de 2013, foram programadas sessões semanais (ver retrospectiva 01.02), com um consolidação do número de espectadores denotada principalmente desde a mudança, em Março de 2002, para a Casa das Artes, o que nos motiva, uma vez que não houve cedências qualitativas da nossa parte no que concerne à programação. Pretende-se uma implantação crescente na cidade e no concelho de V. N. de Famalicão por forma a levar o Cineclube, e os seus filmes, a um maior número de público(s). Pretende-se, para o ano 2014, continuar a fomentar nas pessoas o hábito de frequentar o Cineclube de Joane (CCJ) semanalmente. Sabemos do declínio que as salas de cinema atravessam, com a crescente diminuição do número

de espectadores. Relativamente a esta questão temos adoptado uma posição pedagógica, uma

vez que as causas do problemas estão determinadas: o uso crescente do dvd e a “pirataria” aliada

a esta prática. Portanto, é necessário esclarecer os espectadores relativamente às diferenças

entre uma sessão numa sala de cinema e uma sessão doméstica com o recurso ao dvd (por vezes

com versões de péssima qualidade das obras). Estas duas práticas são complementares, mas o

que o espectador deve perceber é que o Cinema como arte (maior que os homens!) deve ser visto

numa sala de cinema.

A estas dificuldades continuaremos a responder com inovação, sem limitar o projecto à exibição de filmes, tentando alargar o número de propostas a apresentar, angariando apoios em diversas áreas, por forma a constituir algo de singular. Continuaremos a privilegiar o Cinema Português para a programação regular. Tal como em 2013, as sessões regulares serão complementadas com a rubrica Já Não Há

Cinéfilos?! (ver 02.04) e a Rede de Exibição Alternativa (ver 02.03) promovida pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (I.C.A.).

Prosseguiremos com a rubrica TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM. Mensalmente, seleccionaremos

um dos filmes em que um associado poderá trazer uma amigo que, por esse facto, terá entrada

livre na sessão em causa. É mais um modo de disseminar a actividade do Cineclube,

aproximando-nos do público.

Para as primeiras semanas de 2014, dispomos de uma lista de filmes a exibir, designadamente:

� FRANCES HA de Noah Baumbach;

� NOUTRO PAÍS de Hong Sang-soo;

� PAIXÃO (ver foto) de Brian De Palma;

� LIKE SOMEONE IN LOVE de Abbas Kiarostami;

� NOIVA PROMETIDA de Rama Burshtein;

� O GANGUE DE HOLLYWOOD de Sofia Coppola.

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02.03 – Rede de Exibição Alternativa (REA) / I.C.A. O Cineclube de Joane, conjuntamente com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (I.C.A.) e os

Cineclubes de Amarante, Fafe e Guimarães, firmou um protocolo válido para 2002 que permitiu a

exibição de 25 filmes por cada um dos cineclubes, privilegiando o Cinema Português e da União

Europeia. Esta rede alternativa de exibição cinematográfica, permitiu que o Cineclube de Joane pudesse

assumir sessões com uma periodicidade semanal (ver item anterior). Nesse protocolo concretizou-se

além da exibição dos filmes, a publicação de um boletim mensal, elaborado pelos 4 cineclubes e a edição

de uma brochura no final de 2002 para assinalar esta iniciativa.

Nos anos seguintes (2003 a 2013), o Cineclube de Joane firmou protocolos anuais com o I.C.A. para a

exibição, de mais de 30 filmes por ano, produzidos por países da União Europeia e por países Ibero-

americanos, iniciativa que revelou um crescente interesse da parte do público, pelo cinema oriundo das

referidas nacionalidades, e que foi, convêm dizê-lo, uma das apostas da Direcção do Cineclube de Joane

desde a primeira hora. Esta REA permite a promoção de filmes de produção portuguesa e de géneros

mais singulares, e que desde sempre nos interessaram, como seja o documentário. A regulamentação da

REA (desde 2008), permitiu também a programação de uma parte de filmes de outras nacionalidades e,

por isso, demos uma particular atenção às reposições (clássicos) e ao cinema asiático, como é possível

constatar nas retrospectivas que apresentamos em anos anteriores, assim como nos filmes que

indicamos abaixo e que iremos exibir em breve.

Este programa foi descontinuado durante o ano de 2012, tendo sido, atendendo à posterior

aprovação da Lei do Cinema e respetivos regulamentos, reaberto em 2013, sendo necessário dotá-

lo de uma maior estabilidade e previsibilidade, para permitir que as estruturas programadoras se

libertem de uma permanente precaridade; a renovação desse programa ou outro de

características similares, é um instrumento crucial para o equilíbrio financeiro do Cineclube de

Joane, uma vez que permite promover de forma adequada as cinematografias produzidas na

União Europeia e nos países Ibero-americanos, e de uma forma particular os filmes produzidos em

Portugal.

A Direcção do Cineclube de Joane elaborou uma lista de filmes a exibir, no início de 2014, no âmbito

desta REA ou de um instrumentos semelhante, designadamente:

� NÃO de Pablo Larraín (ver foto);

� EU E TU de Bernardo Bertolucci;

� DENTRO DE CASA de François Ozon;

� NO NEVOEIRO de Sergei Loznitsa;

� PARA LÁ DAS COLINAS de Cristian Mungiu;

� O ULTIMO ELVIS de Armando Bo.

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02.04 – Já Não Há Cinéfilos?! (1) _ VISCONTI / RAY / OZU

Esta rubrica pretende traduzir-se num complemento às sessões semanais, empreendendo um percurso

pela história do Cinema, homenageando os seus maiores autores, os iconoclastas. O título da rubrica – Já Não Há Cinéfilos?! – representa um desafio aos nossos associados e demais

frequentadores das sessões promovidas pelo Cineclube de Joane. Vivemos tempos em que o

imediatismo impera e a memória parece sucumbir e deixar de ter a relevância que, na nossa opinião,

deveria ter. Ao longo destes 15 anos de existência, o Cineclube de Joane tem programado, em película, todas as reposições relevantes, das quais podemos destacar algumas: O Grande Ditador de Chaplin; Sentimento de Visconti; India Song de Marguerite Duras; Aurora de Murnau; Amarcord de Fellini;

Casamento Escandaloso de Cukor; A Sede do Mal de Welles; Uma Mulher Sob Influência de Cassavetes; Vertigo de Hitchcock; O Acossado de Godard; Deus Sabe Quanto Amei de Minnelli;

Playtime de Tati; Imitação da Vida de Sirk.

Nas sessões referidas acima, e outras da mesma índole, duplicamos a promoção, arrastamos os nossos amigos, familiares, conhecidos e desconhecidos (!), por entendermos que são obras de visionamento

fundamental e por serem filmes, que do ponto de vista do programador, se traduzem num gozo especial. Esta rubrica, que aqui apresentamos, permitirá compensar a escassez de reposições que, no nosso

período de existência, vimos sentindo. Será possível, com recurso a projecções de vídeo (com entrada

livre) e com uma qualidade de imagem e som inquestionável, encontrar todos os autores incontornáveis, conhecer os géneros (melodrama, policial, musical, western...), desde o cinema americano clássico,

passando pelo cinema de cariz mais independente e pessoal e, claro, pelos grandes autores, e movimentos, do cinema europeu e asiático. Nestas sessões, por forma a reforçar a componente

formativa, um dos objectivos pretendidos com a rubrica, serão distribuídos textos de apoio sobre a obra

do realizador. A programação desta rubrica integrará em 2014 os seguintes realizadores:

� Glauber ROCHA: De onde se avista todo o sertão e se

espera vislumbrar o mar (ver 02.01.02);

� Joseph LOSEY: O Medo Come a Alma (ver 02.01.04);

� Douglas SIRK _ Imitação da Vida (em preparação);

� Victor ERICE _ Infância e Cinefilia (em preparação);

� Andrei TARKOVSKI _Tempo de Viagem (em preparação, ver foto).

A Direcção do Cineclube de Joane, desafia todos os seus associados, e demais frequentadores das

nossas sessões, a rebater o título desta rubrica por forma a afirmar que sim, ainda há interessados em

(re)descobrir os autores, aqueles que fizeram a diferença e que nos obrigam a amar o Cinema.

(1) O cinéfilo por Eduardo Prado Coelho [De O Fim da Cinefilia, in Crónicas no Fio do Horizonte] “Quem eram os cinéfilos? Segundo um dos maiores críticos da história do cinema, Serge Daney, eram gente que gostava de se apresentar do seguinte modo: nós somos filhos do cinema (ciné-fils). Isto é, nós vemos o mundo através do modo como o cinema vê o mundo, porque essa é a melhor forma de tremer face ao medo, de olhar uma árvore ao fim do dia, de cantar numa praia nocturna a sonhar com o tesouro dos piratas ou de tocar os cabelos de uma mulher. E por isso consideramos os filmes não apenas como arte, e elementos centrais de uma história da cultura dos homens, mas também como objectos íntimos, segredos que se passam de mão em mão, rebuçados, fetiches, berlindes, abóbadas de cristal onde a neve cai silenciosamente.”

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02.05 – EXTENSÕES DE FESTIVAIS DE CINEMA

02.05.01 - CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho

Em Fevereiro de 2013 exibimos uma extensão do CINANIMA (ver 01.05), prosseguindo com a parceria que vimos erguendo há vários anos com este incontornável festival dedicado à animação. No primeiro trimestre de 2014 exibiremos uma extensão composta pelos filmes premiados na 37.ª edição do CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho, para escalões etários distintos. Em Novembro de 2014, realizar-se-á a 38.ª edição do CINANIMA, tendo o Cineclube de Joane prevista nova extensão para Dezembro de 2014 ou Janeiro de 2015.

Premiados CINANIMA 2013

Plug & Play conquista Grande Prémio do Cinanima Festival de Cinema de Animação Lusa e Público, 17 de Novembro de 2013

Curta do suíço Michael Frei ganhou o prémio principal. Laura Gonçalves recebeu o prémio para jovens cineastas portugueses. O júri do Cinanima - Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho atribuiu o Grande Prémio a Plug & Play, do realizador suíço Michael Frei, anunciou no domingo a organização. Uma curta de seis minutos sobre criaturas antropóides, com tomadas em vez de cabeças, que já tinha estado este ano no Festival Internacional de Cinema Queer. A 37 ª edição do certame dedicado ao cinema de animação, que abriu em Espinho no dia 11 de Novembro e encerra no domingo, atribuiu ainda o Prémio Especial do Júri a It's

sucht a beautiful day/Que Dia Lindo, de Don Hertzfeldt (EUA). O júri da 37ª edição do Cinanima foi constituído por João Lopes (presidente), Olivier Cotte, Andrea Martignoni, Jochen Kuhn e Paul Bush. Na competição internacional, o Prémio Alves Costa atribuído a curtas-metragens até cinco minutos foi para Baths/Banhos, de Tomek Duckie (Polónia), e o Prémio Gaston Roch Melhor filme de fim de estudos e/ou escola, foi entregue a Hearth/Lar, de Bálint (Hungria). Foram ainda entregues duas menções honrosas a Astigmatismo, de Nicolai Troshinsky (Espanha), e a Golden boy/Menino de Ouro, de Ludovic Versace (França). O Prémio Melhor Curta-Metragem de mais de cinco minutos e até 24 minutos foi atribuído a Ziegenort, de Tomasz Popakul (Polónia), enquanto o Prémio José Abel foi para Boles, de Spela Cadez (Eslovénia). O Prémio de Melhor Banda Original foi para My Mum is an airplane/A Minha Mãe É um Avião, de Yulia Aronova (Rússia), e uma Menção Honrosa para Antigamente Tudo Era Diferente, feito por alunos das escolas locais das freguesias rurais de Montemor-o-Novo, sob a orientação de Joana Torgal e Rodolfo Pimenta. Na competição nacional, o Prémio Jovem Cineasta Português para maiores de 18 anos foi para Três

Semanas em Dezembro, de Laura Gonçalves, e, para menores de 18 anos, atribuído a Brincar, feito por crianças e jovens de Guimarães, sob a orientação de Joana Torgal e Rodolfo Pimenta. Foi ainda entregue uma Menção Honrosa a Dona Fúnfia, de Margarida Madeira. Ainda na competição nacional, o Prémio António Gaio foi atribuído a Ana - A Palíndrome, de Joana Toste, e ainda uma Menção Honrosa para Carrotrope, de Paulo D´Alva. Os Prémios de Divulgação Sereia Animada foram atribuídos aos filmes Gérnika, de Álgel Sangimas (Espanha), Winter and Lizard, de Julia Gromskaya (Itália), Snow, de Ivana Sebestova (Eslováquia), Sea

of Letters, de Julien Telle e Renaud Perrin (Espanha), Meandres, de Florence Millailhe, Elodie Bouedec, Mathilde Philippon-Aginski (França), e One Love, de Mariya Stepanova (Rússia). O Prémio do Público foi atribuído a The Apostole, de Fernando Cortizo Rodriguez (Espanha).

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02.05.02 - INDIELISBOA – Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa

Entre 24 de Setembro e 2 de Outubro de 2004 decorreu, no Cinema S. Jorge, a primeira edição do

INDIELISBOA. A Direcção do Cineclube de Joane acompanhou essa primeira semana de festival, pois

pensamos tratar-se de um certame com potencialidades, e que teve desde logo uma excelente

programação assente no cinema designado independente. Ficou demonstrado que a designação não

torna o festival redutor, permitindo uma extrapolação para vários géneros (documentário, ficção), formatos

(curtas e longas-metragens) e proveniências (E.U.A., vários países da Ásia, América do Sul e Europa).

Os filmes seleccionados foram enquadrados em três secções distintas,

designadamente:

� Competição – A Competição Oficial é

composta por longas e curtas-metragens,

primeiras e segundas obras, nunca antes

apresentadas em Portugal;

� Observatório – No Observatório são

apresentados filmes que, não podendo integrar

a competição oficial, são obras essenciais no

panorama do cinema independente contemporâneo;

� Herói independente – Homenagem a um festival independente de referência ou a uma filmografia

(de um determinado país, por exemplo).

O INDIELISBOA é um local privilegiado para a descoberta de novos autores e tendências do cinema

mundial. O Festival dá especial atenção a obras e cinematografias com menor visibilidade no mercado de

distribuição comercial português e integra uma competição de longas e curtas metragens de novos

realizadores.

Mantendo o seu foco na criatividade e independência dos autores, em cinco anos o INDIELISBOA tornou-

se num dos mais importantes festivais de cinema em Portugal. Segundo dados objectivos, homologados

pelo ICA, o IndieLisboa é já o maior festival nacional, não só em número de espectadores (35.500), mas

também no número de ecrãs utilizados (9), no número de sessões realizadas (265) e no número de filmes

apresentados (226)

Pelas razões expostas, o Cineclube de Joane tem realizado extensões de todas as edições do

INDIELISBOA, permitindo a programação em Famalicão de obras que de outra forma ficariam

apartadas do público. Em Maio de 2013, poucos dias após a realização do IndieLisboa, exibimos

Hold Me Tight, Let Me Go, obra de Kim Longinotto, uma das realizadoras destacadas em edições

anteriores do festival, numa programação conjunta com a Zero em Comportamento.

A Direcção do Cineclube de Joane espera concretizar a extensão da edição n.º 11 do INDIE LISBOA,

pois parece-nos que permitirá, aos nossos associados e demais espectadores, assistir a algumas das

mais interessantes obras do cinema contemporâneo, tal como foi possível verificar na extensões

realizadas nos últimos anos.

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02.05.03 - DOCLISBOA – Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa O DocLisboa é o único festival de cinema em Portugal exclusivamente dedicado ao documentário. Em

2013, na sua 11.ª edição, o Doclisboa apostou na capitalização do renovado interesse dos espectadores

portugueses pelo documentário e conseguiu trazer às salas da Culturgest, da Cinemateca Portuguesa e

do Cinema São Jorge, um público muito numeroso e entusiasta.

O documentário “foi assunto” e criou-se uma nova consciência da sua enorme riqueza, diversidade e

potencialidades. O Doclisboa apostou também na descoberta de novos territórios, na grande diversidade,

e na vitalidade do cinema do real.

Em 2013 o festival manteve os principais objectivos das edições anteriores:

� Mostrar ao público português filmes importantes multi-premiados

internacionalmente que ainda não chegaram às salas de Lisboa;

� Permitir uma reflexão mais aprofundada sobre temas contemporâneos e

de actualidade;

� Dar a conhecer de forma mais sistemática a cinematografia de outros países;

� Organizar debates que mobilizem o público em torno de filmes importantes

e de temas transversais, presentes em várias obras.

O Doclisboa 2013 trouxe novamente a Lisboa, em primeira-mão, o melhor da produção nacional e

internacional de documentário: foram onze dias de projecções em regime intensivo, ainda com mais

filmes, mais secções e mais actividades complementares do que nas anteriores edições.

Em Outubro, o Doclisboa foi, mais uma vez, um ponto de encontro privilegiado do público com

realizadores e outros profissionais nacionais e estrangeiros do documentário (produtores, distribuidores,

programadores, críticos...) e um fórum aberto de reflexão e discussão sobre o estado do mundo e a

situação do cinema documental contemporâneo.

A 11.ª edição do Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa, superou expectativas: em onze

dias passaram pelas seis salas que acolheram o festival mais de 30.000 espectadores.

Após a concretização das extensões realizadas em 2007 e 2008, a Direcção do Cineclube de

Joane, proporá à Direcção do DOCLISBOA a realização de mais uma extensão do referido festival,

de relevância incontestável, que regressa em Outubro de 2014.

O documentário esteve sempre presente nas prioridades da nossa programação e fará todo o

sentido manter uma colaboração estreita com o DOCLISBOA que conseguiu, de forma

indiscutível, um sucesso de programação e de público.

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02.06 - Festa Mundial da ANIMAÇÃO

Com a Casa da Animação, na última semana de Outubro

A Festa Mundial da Animação é um momento único para a animação. Salas e centros culturais de todo o

mundo abrem as suas portas, em simultâneo, e exibem cinema de

animação. A animação sai à rua, e torna-se acessível a todos quantos

queiram apreciá-la. Desde a sua inauguração, a 28 de Outubro de

2002, a Casa da Animação organiza, anualmente, a festa mundial

da animação em Portugal; na Casa, proporcionando uma aproximação

às curtas de animação que se fazem em todo o mundo – selecções

de filmes que resultam de um trabalho de cooperação de uma rede

internacional de instituições pares (nomeadamente a ASIFA

Internacional e a AFCA – França), e no país, disponibilizando

programas de cinema para circulação e organizando actividades

paralelas. Para difusão no país, a Casa da Animação programa

4 sessões de filmes, com temáticas distintas e para diferentes

públicos, que difunde junto dos seus parceiros nacionais,

permitindo assim que um maior número de pessoas tenha acesso a esta expressiva e surpreendente

forma de arte. Além da programação, a Casa da Animação colabora na organização de exposições,

oficinas e acções de formação e outras actividades relacionadas com a animação e artes transversais.

Para pontuar a efeméride no exterior e contribuir para uma maior visibilidade da Animação Portuguesa no

mundo, a Casa da Animação programa, com o apoio dos produtores e autores de animação nacionais,

um Panorama da Animação Portuguesa, que difunde nacional e internacionalmente.

Casa da Animação

Secções

CARTOON D’OR

O melhor da animação europeia. Os filmes mais premiados e aclamados pelo público nos principais

festivais de cinema de animação europeus.

PANORAMA INFANTIL

Pequenas histórias animadas cheias de lirismo e fantasia

PANORAMA DA ANIMAÇÃO PORTUGUESA

BEST OF E-MAGICIENS [CINEMA DE ANIMAÇÃO DIGITAL]

Apresentação dos filmes premiados no E-Magiciens, um festival de cinema de animação digital, orientado

para a jovem criação artística, que acontece em França. Todos os anos se anunciam ali os melhores

filmes provenientes das melhores escolas de animação do mundo.

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Cineclube de Joane

Plano de Actividades 2014

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02.07 – Masterclasses, Debates: o Cinema Português em destaque!

O Cinema ao serviço de algo, ou vice versa. O Cineclube de Joane pretende ir mais além da mera

projecção de filmes. Recuperar o gosto de discutir um filme. A ideia, que não é inédita, se arriscada,

considerando as reservas do público para a discussão, é aliciante. Pretende-se escolher um filme que,

pela sua temática, possa suscitar uma discussão entre o público: política, justiça, direitos humanos,

racismo, ambiente.

Temos promovido, ao longo destes últimos anos, vários debates, e também em 2013 como se pode

consultar na retrospectiva (01.01.04, no âmbito do ciclo Cinema Europa), e sempre que a obra

programada suscite assunto que promova a discussão e a troca de ideias, promoveremos debates após

a realização das sessões.

Sempre que possível, continuaremos a convidar realizadores e outras personalidades ligadas à produção

cinematográfica, para debates em torno dos seus filmes.

Como forma de aprofundar a relação com o Cinema Português e os seus autores prosseguiremos

a realização de masterclasses, depois das que concretizamos com PEDRO SENA NUNES e JOÃO

CANIJO em 2009, com MANUEL MOZOS em 2010 e com MARCELO FÉLIX e JOAQUIM SAPINHO

em 2013 (ver 01.03). Trata-se de uma forma de promover o nosso Cinema, de fomentar uma maior

afinidade entre os espectadores e os realizadores dos filmes. Esta iniciativa tem como alvo os

nossos associados que tenham interesse em determinada vertente, mas também, e em número

relevante, estudantes das Escolas de Cinema e Vídeo, além de outras pessoas ligadas às

diferentes componentes técnicas relativas à produção e exibição de filmes.

Paralelamente, numa rubrica denominada Os Cineastas Também Programam, proporemos aos

realizadores convidados a escolha de uma ou mais obras que terão influenciado a sua filmografia

e o filme concreto que estarão a apresentar.

Para 2014 temos previsto a programação de um conjunto de obras portuguesas que poderão

resultar em relações mais efectivas com a obra programada, das formas designadas no parágrafo

anterior, nomeadamente:

• Até Ver a Luz de Basil da Cunha (na foto);

• A Última Vez Que Vi Macau

de João Pedro Rodrigues e Rui Guerra Mata;

• A Vingança de Uma Mulher

de Rita Azevedo Gomes;

• E Agora? Lembra-me de Joaquim Pinto;

• Pelas Sombras de Catarina Mourão;

• O Estranho Caso de Angelica de Manoel de Oliveira;

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Cineclube de Joane

Plano de Actividades 2014

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02.08 – Cinema para as Escolas

É inquestionável o elevado potencial que o cinema possui enquanto veículo transmissor de

conhecimento, valores, emoções, etc., daí que faça cada vez mais sentido aproximar o cinema dos

alunos em fase de formação, permitindo-lhes avistar novos horizontes, desmontar as linguagens do

cinema e serem mais críticos e selectivos quanto aos produtos que lhes são oferecidos.

A edição de 2007 do “Cinema para as Escolas” foi ligeiramente diferente das duas primeiras edições,

realizadas, respectivamente, na Didáxis de Vale S. Cosme e na Secundária Bernardino Machado em

Joane.

A iniciativa foi concretizada em parceria com a Escola Secundária Camilo Castelo Branco, tendo os

alunos que frequentavam o 12.º ano desta escola oportunidade de assistir, no Grande Auditório da Casa

das Artes de V. N. Famalicão, à exibição do filme “Convicções”, de Julie Frères – filme retirado da

extensão do DocLisboa, promovida pelo Cineclube de Joane. O filme retrata os meses que antecederam

a votação para o referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, partindo do quotidiano de quatro

mulheres de convicções totalmente opostas, seguindo de perto a campanha do referendo, nos

bastidores, na rua e nos media. No final do filme houve um debate em que os alunos puderam manifestar

as suas opiniões e esclarecer as suas dúvidas. O debate pretendeu alcançar questões levantadas pela

opinião dos alunos relativamente à democracia representativa, dado que os alunos se encontravam muito

próximos de exercer, pela primeira vez, o direito de votar.

Durante o ano de 2009, o Cinema para as Escolas desenvolveu-se nos mesmos moldes com sessões

para os alunos da disciplina de História da Didáxis de Riba d’Ave e para Secção Europeia de Francês da

Secundária Benjamim Salgado de Joane.

O Cineclube de Joane envolveu-se em dois projectos relevantes, na relação com as Escolas, em

2010, tendo realizado cerca de 20 sessões neste âmbito e para vários escalões etários: desde o 1.º

ciclo até ao Ensino Secundário. Estas sessões só foram possíveis com interacções muito

interessante e frutíferas com várias entidades: Escola Secundária Camilo Castelo Branco e com o

projecto Mais Vale Prevenir (Escola Nuno Simões, Calendário + Escola Júlio Brandão, Famalicão).

Estamos a trabalhar com um dos agrupamentos de escolas mais representativos do concelho de

V. N. de Famalicão para permitir conferir uma maior intensidade e regularidade a esta relação com

as escolas, de forma a utilizar com consistência o Cinema como material didáctico e, de forma

complementar, começar o trabalho de formação dos alunos como espectadores de Cinema,

atribuindo-lhes ferramentas para o conhecimento da linguagem do Cinema, deixando-lhes

propostas que permitam uma antecâmara para se tornarem espectadores exigentes e formados.

Tentaremos, ainda neste âmbito, estabelecer parcerias com a Câmara Municipal de Vila Nova de

Famalicão, D.R.E.N. e com o Ministério da Cultura.

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02.09 – Cinema Paraíso

Chega o Verão, o tempo aquece e convida a uma sessão de cinema ao ar livre. Em Julho e Agosto de

2013, o Cineclube de Joane realizou, em parceria com a Casa das Artes de Famalicão, a 14.ª edição do

Cinema Paraíso, preenchido com os melhores filmes do ano e voltados para o grande público, com

sessões no Parque da Devesa em Famalicão (a grande novidade da edição deste ano, com uma

afluência de público notável nas 9 sessões realizadas, ver fotos abaixo), no Centro de Estudos

Camilianos, e no Parque de Campismo de Gondifelos, sempre sem qualquer dispêndio financeiro para os

assistentes. A adesão em 2013 foi mais uma vez notória, e o Cinema Paraíso assumiu-se definitivamente

como uma verdadeira atracção no Verão dos famalicenses.

A edição de 2013 contou como principal parceiro a Casa das Artes de Famalicão, associada à

Câmara Municipal de Famalicão e ao Instituto do Cinema e do Audiovisual.

Pretendemos em 2013 prosseguir com o Cinema Paraíso no Parque da Devesa, que se revelou um

óptimo local para a realização, com indiscutível sucesso, desta iniciativa. Também se pretende

prosseguir com a itinerância pelo concelho de Famalicão (presente em mais de 20 freguesias e

empreendimentos habitacionais ao longo das anteriores edições).

Deverão ser realizadas entre 9 e 12 sessões, distribuídas pelos meses de Julho e Agosto. Continuado

com a ideia de conciliar as sessões do centro da cidade com o périplo pelo concelho, em cada edição do

Cinema Paraíso, este ano pretendemos visitar algumas das freguesias que ainda não foram abrangidas

pela iniciativa.

Esperamos conseguir, em 2014, divulgar massivamente a iniciativa, por forma a chegar ao maior número

possível de famalicenses (e outros) por forma a concretizar a máxima que preside a esta iniciativa: levar

o Cinema às populações.

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02.10 – O Homem da Câmara de Filmar

O Cineclube de Joane tem vindo a desempenhar, desde o início da sua existência, um esforço no âmbito

da criação cinematográfica de autor, repousando grande parte da sua programação numa esfera de

divulgação e acompanhamento do trabalho de gentes do cinema.

O Homem da Câmara de Filmar, belíssimo e marcante filme de Dziga Vertov, emprestar-nos-á o seu

título para encabeçar um projecto de divulgação de filmes que caracterizem, da forma mais fidedigna e

interessante possível, a vida e obra de alguns dos artistas mais determinantes da História do Cinema.

Longe de ser uma mera divulgação dos “magnum opus” de certos realizadores, “O Homem da Câmara de

Filmar” pretende atingir algo mais: traçar perfis característicos em obras do (e sobre o) artista e cruzá-las

com alguns dos seus trabalhos; buscar, através do filme documental, a personalidade por detrás do

artista e suportá-la com base no seu trabalho; pegar em obras actuais e tentar justificá-las à luz daquele

ou daqueles que a terão inspirado, inclusive obras anteriores de artistas distintos.

Embora a atenção mais devida e mais sonante seja dada aos realizadores enquanto principais obreiros

da criação cinematográfica (algo a que o título da rubrica faz jus), também é verdade que outras

personalidades com diferentes papéis carecem de especial atenção em matéria de inspiração. É por isso

que a Câmara de Filmar de que falamos não é aquele suporte físico que comanda a rodagem, mas antes

o olhar virtual que existe antes de se materializar.

Nesta primeira edição, contamos começar com um

documentário sobre Roman Polanski intitulado Polanski:

Wanted and Desired, permitindo o debruçar sobre a vida e

obra do famoso realizador, e da forma como ambas

facilmente se influenciam e determinam mutuamente.

Será, a nosso ver, um começo fulgurante!

Em registos paralelos, outros trabalhos são potenciais

apostas já nesta primeira edição de 2014: Caçador Branco,

Coração Negro (White Hunter, Black Heart) com Clint Eastwood a realizar e a interpretar uma

referência a John Huston e a uma das suas maiores obras, The African Queen; a homenagem de Wim

Wenders a Yasujiro Ozu em Tokyo-Ga, sobre o autor japonês e a sua cidade de Tóquio (ver 02.01.01);

num registo próximo, Directed by John Ford, a visão de Peter Bogdanovich sobre [aquele que achamos

ser] o maior autor clássico americano; e, Dangerous Game, obra reflexiva de Abel Ferrara próxima de 8

½ de Fellini, em que o cineasta italo-americano coloca Harvey Keitel, o protagonista de Bad Lieutenant,

como sua projecção, num indiscernimento entre ficção e realidade, cenário e rua.

“O Homem da Câmara de Filmar” será uma rubrica estreante e inicialmente experimental, não se

abstendo ainda assim de se debruçar sobre o carácter artístico que certamente marca a criação autoral

que tanto primamos em preservar e divulgar.

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02.11 – P.I.C. – Programa de Itinerância Cinematográfica (promovido pelo I.C.A.)

As primeiras sessões programadas pelo Cineclube de Joane, em Setembro de 1998, faziam parte do

programa ROTAS que consistia numa itinerância promovida pelo Instituto do Cinema Audiovisual e

Multimédia por várias salas do país como forma de promoção do cinema português nas suas variadas

vertentes, temáticas e formatos.

Na nossa primeira participação no ROTAS realizamos duas sessões compostas por uma compilação de

curtas-metragens.

Em 1999, a programação foi mais diversificada no que concerne aos formatos, pois além de uma sessão

consagrada às curtas metragens, programamos duas longas metragens realizadas por dois dos nossos

maiores realizadores – António-Pedro Vasconcelos e José Fonseca e Costa – com os filmes,

respectivamente, O Lugar do Morto e A Mulher do Próximo.

O ROTAS em 2001 permitiu a programação de 2 longas metragens – O Sangue de Pedro Costa e Le

Bassin de J.W. de João César Monteiro – e um conjunto de curtas-metragens das quais destacamos A

Caça de Manoel de Oliveira.

Esta itinerância apenas regressou em 2004 com uma nova denominação P.I.C. – Programa de Itinerância

Cinematográfica.

Devido à qualidade e quantidade da oferta proposta pelo I.C.A.M. para o P.I.C. foi possível realizar, em

2004, uma programação, muito ambiciosa, distribuída por 4 sessões. O escalonamento dos filmes teve

uma ordem temática, tendo também em linha de conta o formato do filme.

Ficaram portanto distribuídas da seguinte forma as 4 sessões:

� Curtas-metragens de animação e ficção;

� Documentários – A Favor da Claridade de Teresa Villaverde e A Morte do Cinema de Pedro Sena

Nunes;

� Longa-metragem – Aparelho Voador a Baixa Altitude de Solveig Nordlund;

� Bloco de 4 curtas-metragens da autoria de dois realizadores – Miguel Gomes e Sandro Aguilar – que

as reuniram no projecto Dinamitem a Terra do Nunca.

Esperamos que o I.C.A., em 2014, lance novo concurso para a concretização do P.I.C., ou um

programa de características similares. Trata-se de uma iniciativa que nos interessa programar e

divulgar, dado tratar-se de uma distinta promoção do cinema português, principalmente o que é

produzido recentemente. Tendo em conta a resistência que o público revela quando se programa cinema

português, é evidente o longo caminho que é necessário percorrer, e a necessidade de concretização

deste tipo de iniciativas, para que o público referido revele hábitos de visionamento do nosso cinema. A

programação de cinema português constitui uma das principais âncoras da nossa actividade, pois

não existe formação de público sem um adequado conhecimento do património cinematográfico

do nosso país.

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Cineclube de Joane

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02.12 – Página na INTERNET

Desde 2003 que o Cineclube de Joane beneficia de uma página online onde figuram todas as

informações relativas à sua actividade e que poderão ser do interesse dos associados presentes, dos potenciais futuros membros e de demais espactadores. Esta possibilidade de consulta online dos

projectos e intenções do Cineclube de Joane reveste-se de ainda maior importância se for tida em conta

a disponibilização da informação em tempo real e a periódica actualização dos conteúdos do website.

À semelhança do página, o Cineclube de Joane também disponibiliza um endereço de correio electrónico, que usa para comunicação com os associados e com as entidades directamente ligadas à

programação: [email protected] O website, alojado em www.cineclubejoane.org, tem como página inicial um destaque das notícias mais

recentes do Cineclube, a par das devidas actualizações que eventualmente poderão constituir matéria

relevante. Provido de um interface funcional e apelativo, o website é simultaneamente bastante intuitivo, estando a sua estrutura baseada em categorias claramente identificadas, nomeadamente: � Programação – Uma barra lateral constantemente visível em toda a navegação do site para que a

consulta dos elementos dos filmes a exibir no mês corrente seja de consulta fácil e rápida; � Quem Somos - Contém uma breve descrição das actividades já desenvolvidas pelo Cineclube de

Joane, desde a sua fundação até ao presente, com a enunciação de todo o historial relevante; � Contactos – A informação relativa aos contactos do Cineclube de Joane;

� Inscrições - Aqui são apresentadas as condições para as inscrições de futuros associados; � Arquivo – Um espaço onde se podem consultar as programações dos meses anteriores e uma

coluna criada com o intuito de enunciar todos os filmes já exibidos pelo Cineclube, com as sessões devidamente datadas e historicamente organizadas.

Paralelamente, criamos uma página no facebook: https://www.facebook.com/cineclubejoane – onde se

pretende estreitar ainda mais o relacionamento, e a interactividade, entre o Cineclube de Joane, os seus

associados e demais espectadores das sessões que promovemos, pois sabemos quão importantes são as suas opiniões e pontos de vista no sentido de edificar melhor a estrutura do Cineclube. Esta página, na rede social mais utilizada por estes dias, tem-se traduzido num sucesso palpável e com tradução na

participação das sessões por parte dos nossos amigos. A página contava, no início de Novembro de

2013, com cerca de 1500 amigos.

02.13 – Edição do Boletim Mensal _ Remodelação

Em Fevereiro de 1999, foi editado o primeiro Boletim Mensal do Cineclube de Joane, sendo esta

publicação enviada aos sócios no início de cada mês.

É mais uma iniciativa que comprova a diferença entre um Cineclube, neste caso o CCJ, e uma sala onde

decorrem exibições comerciais.

Em Setembro de 2003 (coincidindo com 5.º aniversário do Cineclube de Joane), editamos um boletim

mensal com novo grafismo, assim como novos cartazes e “flyers”. Em 2004 melhoramos a qualidade do

boletim mensal, através da impressão numa gráfica (até Dezembro de 2003 tratavam-se de fotocópias).

No decorrer de 2014, pretendemos apresentar o novo Boletim Mensal que verá aumentado o número de

páginas (pois o actual revela-se exíguo), para que possa albergar um melhor escalonamento da

informação relacionada com as sessões que promovemos, e contará com uma remodelação gráfica da

publicação.

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Cineclube de Joane / PLANO DE ACTIVIDADES 2014

03 – ORÇAMENTO

02.01.01 Yasujiro OZU _ Uma Família em Tóquio

02.01.02 Glauber ROCHA _ De onde se avista todo o sertão e se espera vislumbrar o mar

02.01.03 Paulo ROCHA _ Cinema Mundo

02.01.04 Joseph LOSEY _ O Medo Come a Alma

02.01.05 Cinema é Obsessão II

02.02. Programação Semanal de Cinema de Autor

02.03. Rede de Exibição Alternativa – R.E.A. / I.C.A.

02.04. Já Não Há Cinéfilos?!

02.05. Extensões de Festivais de Cinema

02.05.01. CINANIMA – Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho

02.05.02 INDIELISBOA – Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa

02.05.03 DOCLISBOA – Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa

02.06. Festa Mundial da ANIMAÇÃO

02.07. Masterclasses, Debates: O CINEMA PORTUGUÊS em Destaque

02.08. Cinema para as Escolas

02.09. Cinema Paraíso _ sessões de cinema ao ar livre, uma itinerância por Famalicão

02.10. O Homem da Câmara de Filmar

02.11. P.I.C. – Programa de Itinerância Cinematográfica

02.12. Página na Internet

02.13. Edição do Boletim Mensal – Remodelação

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Cineclube de Joane

Plano de actividades 2014

ACTIVIDADE DATA CUSTO / unidade CUSTO / total RECEITA DIFERENCIAL

02.01 - Destaques - Ciclos Anual 500,00 €. 1.000,00 €. 500,00 €. 500,00 €.

02.02 - Programação Semanal de Cinema deAutor (inclui Rede de Exibição Alternativa-02.03

e Já Não Há Cinéfilos?! - 02.04)Anual 185,00 €. 8.140,00 €. 5.600,00 €. 2.540,00 €.

02.05 - Extensões de Festivais de Cinema02.05.01 CINANIMA - Festival Internacional de Cinema de Animação de Espinho (34.ª edição)

Fevereiro 100,00 €. 100,00 €. 35,00 €. 65,00 €.

02.05.02 INDIELISBOA - Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa (7.ª edição)

Maio 495,00 €. 495,00 €. 300,00 €. 195,00 €.

02.06.03 DOCLISBOA - Festival Internacional de Cinema Documental de Lisboa (8.ª edição)

Novembro 495,00 €. 495,00 €. 300,00 €. 195,00 €.

02.06 - Dia Mundial da Animação Outubro 200,00 €. 400,00 €. 175,00 €. 225,00 €.02.07 - Masterclasses, Debates: o Cinema Português em destaque!

Anual 150,00 €. 300,00 €. 0,00 €. 300,00 €.

02.08 - Cinema para as Escolas Anual 100,00 €. 200,00 €. 0,00 €. 200,00 €.02.09 - Cinema Paraíso Julho / Agosto 300,00 €. 3.000,00 €. 0,00 €. 3.000,00 €.02.11 - Programa de Itinerância Cinematográfica Junho 100,00 €. 100,00 €. 0,00 €. 100,00 €.02.12 - Página na INTERNET (alojamento) Anual 130,00 €. 0,00 €. 130,00 €.02.13 - Edição do Boletim Mensal Anual 150,00 €. 1.650,00 €. 0,00 €. 1.650,00 €.

TOTAL 16.010,00 €. 6.910,00 €. 9.100,00 €.

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Nota: O diferencial verificado, resultado da subtracção de montantes entre a despesa e a receita, deverá ser absorvido através da celebração de protocolos com entidades públicas, nomeadamente e a exemplo de anos anteriores:

2) Câmara Municipal de V. N. de Famalicão - Celebração de protocolo para a realização de Sessões Semanais e do Cinema Paraíso [Em 2013, a CMVNF atribuiu uma verba de 4.000 euros ao Cineclube de Joane]

1) I.C.A. - Instituto do Cinema e do Audiovisual (Secretaria de Estado da Cultura) - Participação na Rede de Exibição Alternativa [Em 2013, o ICA atribuiu uma verba de cerca de 5.100 euros ao Cineclube de Joane]

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Cineclube de Joane / PLANO DE ACTIVIDADES 2014

ÍNDICE DE FOTOGRAFIAS

capa – O Gosto do Saké de Yasujiro Ozu

Índice – Vontade Indómita de King Vidor

retrospectiva – Werner Herzog e Klaus Kinski

plano de actividades – O Criado de Joseph Losey

orçamento – Terra em Transe de Glauber Rocha

índice de fotografias – Paulo Rocha