basico de toxicologia

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Conceitos Básicos de Toxicologia Industrial Esta parte foi preparada com o propósito de fornecer uma certa quantidade de conhecimentos para aqueles profissionais que sem um treinamento específico, em toxicologia industrial, podem ser chamados para descobrir e interpretar dados que são na sua maioria de natureza médica. Acreditamos que com a devida interpretação das informações aqui contidas, os profissionais das áreas de: segurança, medicina e higiene do trabalho terão um acréscimo de idéias a respeito do vasto campo que é a Toxicologia Industrial. Definição de toxicidade Toxicidade é a característica de uma molécula química ou composto em produzir uma doença, uma vez que alcança um ponto suscetível dentro ou na superfície do corpo. Perigo toxicológico é a probabilidade que a doença pode ser causada através da maneira pela qual esteja sendo utilizada a substância. Termos importantes relacionados a toxicidade: Aguda: este termo será empregado no senso médico para significar “de curta duração”. Quando aplicada para materiais que podem ser inalados ou absorvidos através da pele, será referida como uma simples exposição de duração medida em segundos, minutos ou horas. Quando aplicada para materiais que são ingeridos, será referida comumente como uma pequena quantidade ou dose. Crônica: este termo será usado em contraste com aguda, e significa de longa duração. Quando aplicada para materiais que podem ser inalados ou absorvidos através da pele, será referida como períodos prolongados ou repetitivos de exposição de duração medida em dias, meses ou anos. Quando aplicada para materiais que são ingeridos, será referida como doses repetitivas com períodos de dias, meses ou anos. O termo “crônico” não se refere ao grau (mais severo) dos sintomas, mas se importará com a implicação de exposições ou doses que podem ser relativamente perigosas, a não ser quando estendidas ou repetidas após longos períodos de tempo (dias, meses ou anos). Nesta apostila o termo “crônico” inclui exposições que podem também ser chamadas de “sub-agudas”, como por exemplo algum ponto entre aguda e crônica. Local: este termo se refere ao PONTO de ação de um agente e significa que a ação ocorre no ponto ou área de contato. O ponto pode ser pele, membranas mucosas, membranas dos olhos, nariz, boca, traquéia, ou qualquer parte ao longo dos sistemas respiratório ou gastrointestinal. A absorção não ocorre necessariamente.

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Conceitos Bsicos de Toxicologia Industrial

Esta parte foi preparada com o propsito de fornecer uma certa quantidade de conhecimentos para aqueles profissionais que sem um treinamento especfico, em toxicologia industrial, podem ser chamados para descobrir e interpretar dados que so na sua maioria de natureza mdica.

Acreditamos que com a devida interpretao das informaes aqui contidas, os profissionais das reas de: segurana, medicina e higiene do trabalho tero um acrscimo de idias a respeito do vasto campo que a Toxicologia Industrial.

Definio de toxicidade

Toxicidade a caracterstica de uma molcula qumica ou composto em produzir uma doena, uma vez que alcana um ponto suscetvel dentro ou na superfcie do corpo. Perigo toxicolgico a probabilidade que a doena pode ser causada atravs da maneira pela qual esteja sendo utilizada a substncia.

Termos importantes relacionados a toxicidade:

Aguda: este termo ser empregado no senso mdico para significar de curta durao. Quando aplicada para materiais que podem ser inalados ou absorvidos atravs da pele, ser referida como uma simples exposio de durao medida em segundos, minutos ou horas. Quando aplicada para materiais que so ingeridos, ser referida comumente como uma pequena quantidade ou dose.

Crnica: este termo ser usado em contraste com aguda, e significa de longa durao. Quando aplicada para materiais que podem ser inalados ou absorvidos atravs da pele, ser referida como perodos prolongados ou repetitivos de exposio de durao medida em dias, meses ou anos. Quando aplicada para materiais que so ingeridos, ser referida como doses repetitivas com perodos de dias, meses ou anos. O termo crnico no se refere ao grau (mais severo) dos sintomas, mas se importar com a implicao de exposies ou doses que podem ser relativamente perigosas, a no ser quando estendidas ou repetidas aps longos perodos de tempo (dias, meses ou anos). Nesta apostila o termo crnico inclui exposies que podem tambm ser chamadas de sub-agudas, como por exemplo algum ponto entre aguda e crnica.

Local: este termo se refere ao PONTO de ao de um agente e significa que a ao ocorre no ponto ou rea de contato. O ponto pode ser pele, membranas mucosas, membranas dos olhos, nariz, boca, traquia, ou qualquer parte ao longo dos sistemas respiratrio ou gastrointestinal. A absoro no ocorre necessariamente.

Sistmico: este termo se refere para um ponto de ao diferente que o ponto de contato e pressupe que ocorreu absoro. possvel, entretanto, para agentes txicos ser absorvidos atravs de canal (pele, pulmes ou canal gastrointestinal) e produzir manifestaes posteriores em um daqueles canais que no so um resultado do contato direto original. Desta maneira possvel para alguns agentes produzir efeitos perigosos em um simples orgo ou tecido como o resultado de ambas as aes local e sistmica.

Absoro: um material dito ter sido absorvido somente quando tenha alcanado entrada no fluxo sangneo e conseqentemente poder ser carregado para todas as partes do corpo. A absoro necessita que a substncia passe atravs da pele, membrana mucosa, ou atravs dos alvolos pulmonares (sculos de ar dos pulmes). Tambm pode ser produzido atravs de uma agulha (subcutnea, intravenosa, etc...) mas esta no de muita importncia em Higiene Industrial.

Classificaes de toxicidade

Uma explanao das classificaes de toxicidade dada como nos seguintes pargrafos:

U (Unknown - Desconhecido): esta designao dada para substncias que caem em uma das seguintes categorias:

(a) Informaes toxicolgicas no puderam ser encontradas na literatura e em outras fontes.

(b) Apenas informaes limitadas (baseadas em experimentos com animais) estavam disponveis, mas na opinio de peritos estas informaes no podem ser aplicadas para exposio humana. Em alguns casos esta informao mencionada tanto que o leitor poder saber que algum trabalho experimental foi desenvolvido.

(c) Informaes de dados foram omitidos por serem de validade questionvel.

0 = No txico: esta designao dada para materiais que caem em uma das seguintes categorias:

(a) materiais que no causam risco algum sob qualquer condio de uso.

(b) materiais que produzem efeitos txicos em humanos somente sob condio muito fora do comum ou atravs de dosagem excessivamente alta.

1 = Levemente txico:

(a) Aguda local. Materiais que em uma nica exposio durante segundos, minutos ou horas causam apenas efeitos brandos na pele ou membranas mucosas indiferente da extenso da exposio.

(b) Aguda sistmica. Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por inalao, ingesto ou atravs da pele e que produzem somente efeitos brandos seguido de uma nica exposio durante segundos, minutos ou horas; ou seguido de ingesto de uma nica dose, indiferente da quantidade absorvida ou da extenso de exposio.

(c) Crnica local. Materiais que em exposies contnuas ou repetitivas, estendendo-se durante perodos de dias, meses ou anos causam apenas danos leves para a pele ou membrana mucosa. A extenso de exposio pode ser grande ou pequena.

(d) Crnica sistmica. Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por inalao, ingesto ou atravs da pele e que produz somente efeitos brandos seguidos de exposies contnuas ou repetitivas durante dias, meses ou anos. A extenso da exposio pode ser grande ou pequena.

Em geral aquelas substncias classificadas como sendo levemente txicas, produzem mudanas no corpo humano que so prontamente reversveis e que iro desaparecer ao trmino da exposio, mesmo com ou sem tratamento mdico.

2 = Moderadamente txico:

(a) Aguda local. Materiais que podem em simples exposio durante segundos, minutos ou horas, causar efeitos moderados na pele ou membranas mucosas. Estes efeitos podem ser o resultado de segundos de exposio intensa ou exposio moderada durante horas.

(b) Aguda sistmica. Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por inalao, ingesto ou atravs da pele e que produzem efeitos moderados seguidos de simples exposio durante segundos, minutos ou horas, ou seguidos de ingesto de uma nica dose.

(c) Crnica local. Materiais que em exposies repetitivas ou contnuas, estendendo-se a perodos de dias, meses, ou anos causam danos moderados para a pele ou membranas mucosas.

(d) Crnica sistmica. Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por inalao, ingesto ou atravs da pele e que produzem efeitos moderados seguidos de exposio contnua ou repetitivas, estendendo-se por perodos de dias, meses ou anos.

Aquelas substncias classificadas como sendo moderadamente txico podem produzir mudanas irreversveis, bem como, reversveis no corpo humano. Estas mudanas no so to severas como ameaar a vida ou produzir sria incapacidade fsica permanente.

3 = Severamente txico:

(a) Aguda local. Materiais que em uma simples exposio durante segundos ou minutos causam danos para pele ou membranas mucosas de severidade suficiente para ameaar a vida ou para causar danos fsicos permanentes ou at desfigurao.

(b) Aguda sistmica. Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo por inalao, ingesto ou atravs da pele e que podem causar danos de severidade suficiente para ameaar a vida, seguido de uma simples exposio durante segundos, minutos ou horas, ou seguido de ingesto de uma simples dose.

(c) Crnica local. Materiais que em exposies contnuas ou repetitivas, estendendo-se por perodos de dias, meses ou anos podem causar danos a pele ou membranas mucosas de severidade suficiente para ameaar a vida ou para causar danos fsicos permanentes ou at desfigurao (mudanas irreversveis).

(d) Crnica sistmica. Materiais que podem ser absorvidos pelo corpo atravs de inalao, ingesto ou atravs da pele e que podem causar morte ou srios danos fsicos, seguidos de exposies contnuas ou repetitivas de pequenas quantidades durante perodos de dias, meses ou anos.

Definio de Toxicologia

Em termos simples, toxicologia pode ser definida como a cincia da ao de venenos em organismos vivos. Toxicologia Industrial relacionada com o organismo humano e conseqentemente est coligada ao campo da medicina. Desde que a medicina no pode ser considerada uma cincia exata como a qumica, fsica ou matemtica, o fenmeno da toxicologia no pode sempre ser previsto com preciso ou explicado com base nas leis da fsica ou qumica. Este fato, que no pode ser previsto, freqentemente reduz as concluses e decises para opinio melhor do fato. Genericamente falando, Toxicologia Industrial relacionada com os efeitos de substncias que penetram em alguma parte do corpo humano.

Definio de veneno

O veneno pode ser considerado como substncia que causa danos para os tecidos vivos, quando aplicados em doses relativamente pequenas. No sempre fcil fazer uma distino entre substncias venenosas e no venenosas.

A considerao mais importante quando definimos o termo veneno, relacionar a quantidade ou dosagem partir da qual o produto se torna perigoso.

Dosagem efetiva

Certas substncias podem causar danos quando aplicadas diretamente sobre a pele. Entre os fatores que so relacionados com dosagem efetiva, os mais importantes so:

(1) Quantidade ou concentrao do material.

(2) Durao da exposio.

(3) Estado de disperso (tamanho da partcula ou estado fsico, por exemplo: p, fumos, gs, etc...).

(4) Afinidade ao tecido do corpo humano.

(5) Solubilidade nos fluidos dos tecidos humanos.

(6) Sensibilidade dos rgos ou tecidos do corpo humano.

Obviamente existem possibilidades de grandes variaes em qualquer um destes fatores.

Mtodos de expresso de Dosagem Efetiva

1- Threshold Limit Values -TLV (Valor do Limite de Tolerncia) - formalmente a concentrao mxima permitida. Nos Estados Unidos, o Valor Limite de Tolerncia (TL ou TLV) colocado pela Conferncia Americana de Higienistas Industriais Governamentais tm recebido uma aceitao muito grande. De acordo com a Conferncia (ACGIH) estes valores representam condies sob as quais acreditado que aproximadamente todos os trabalhadores podem estar expostos, dia aps dia, sem efeitos adversos. Muitos dos Valores Limite de Tolerncia se referem concentraes de mdia ponderada no tempo para um dia normal de trabalho, mas alguns so nveis que no devem ser excedidos em nenhum momento.

Prximo dos valores relatados para os TLVs esto os chamados padres de concentraes aceitveis promulgados pela Associao de Padres Americanos (ASA). De acordo com a ASA, estes padres so designados para prevenir (1) mudanas indesejveis na estrutura ou bioqumica do corpo; (2) reaes funcionais indesejveis, que podem no ter efeitos perceptveis na sade; (3) irritaes ou outros efeitos sensores adversos.

Para gases e vapores o Valor limite de Tolerncia comumente expresso em partes por milho (ppm), que . partes de gs ou vapor por milho de partes de ar.

Para fumos e nvoas, e para algumas poeiras, o Valor Limite comumente dado por miligrama por metro cbico (mg/m3) ou por 10 metros cbicos de ar.

Para algumas poeiras, particularmente aquelas contendo silica, o Valor Limite comumente expresso como milhes de partculas por p cbico de ar.

A aplicao literal do Valor Limite perigosa pelas seguintes razes:

(a) a grande maioria de Valores Limites publicados so baseados tanto em especulao, opinio ou experincias limitadas em ratos, camundongos, porcos da ndia ou outros animais de laboratrio. Em muitos poucos casos, os valores foram estabelecidos firmemente em base de exames em seres humanos, correlacionados com observaes ambientais adequadas.

(b) Concentraes de materiais txicos ou perigosos, em qualquer ambiente de trabalho, raramente permanecem constante durante um dia de trabalho. A ocorrncia de ondas bem conhecida.

(c) Exposies industriais freqentemente envolvem misturas em vez de apenas um composto. Muito pouco se sabe sobre os efeitos de misturas.

(d) Indivduos variam tremendamente na sua sensibilidade ou susceptibilidade para substncias txicas. Os fatores que controlam esta variao no so bem entendidos. No deve ser assumido que condies seguras para uma pessoa sero condies seguras para todos indivduos.

(e) Existe talvez uma tendncia em considerar uma substncia meia txica em relao a outra se o Valor Limite for duas vezes maior.

(f) Um simples valor do Valor Limite de Tolerncia comumente dado para substncias que ocorrem na forma de sais ou compostos de diferentes solubilidades ou de diferentes estados fsicos (por exemplo: chumbo, mercrio).

(g) Valor Limite pode ser escrito em instrumentos legais (leis e cdigos) e desta maneira usados para diversos propsitos.

Se as limitaes acima esto entendidas e aceitas, o Valor Limite publicado pode ser empregado com grandes vantagens prticas. A principal utilizao em conexo com o desenho de sistemas de ventilao. Os engenheiros de ventilao devem ter uma figura concreta (valor limite de contaminante permitido) para servir como a base de desenvolvimento do sistema de ventilao. No deve ser assumido, entretanto, que o atendimento da concentrao abaixo do Valor Limite publicado necessariamente ir prevenir todos os casos de envenenamento ocupacional; ou deve ser assumido que concentraes que so excedidas aos limites dados tero necessariamente como resultados casos de envenenamento. O conceito conhecido como Lei de Haber, que envolve o produto da concentrao e tempo (C x T = K), expressa um ndice de grau do efeito txico. Este tambm, pode ser mal-entendido, desde que o relativo efeito de grandes doses em curtos perodos de tempo podem suportar pequena relao para o efeito de pequenas doses durante um longo perodo de tempo.

2 - Dose Letal Mnima e Teste LD50.

Em toxicologia experimental comum a prtica de determinar a quantidade de veneno por unidade de peso do corpo de um animal experimental, que ter um efeito fatal. (Uma escala comumente usada de miligrama de veneno por Kilograma de peso do corpo). A quantidade por peso do corpo que ir causar, mesmo uma nica morte em um grupo de animais conhecida como a dose letal mnima (MLD). A expresso mais comumente utilizada em experincias de toxicologia industrial a quantidade que ir matar metade de um grupo de animais. Esta conhecida como o Teste LD50 (Dose Letal de 50%), que representa 50 % de fatalidade.

3 - Range Finding Test (Teste de descobrimento de escala)

Este mtodo para determinar e expressar o grau de toxicidade de produtos qumicos utilizados na indstria foi desenvolvido primeiramente por H.F. Smyth Jr., e seus colaboradores. Sua maior utilidade no teste de novos produtos onde no existem dados toxicolgicos. A base deste teste a comparao da potncia de um composto desconhecido com a do material mais familiar. Isto possvel desde que haja um nmero de produtos qumicos com dados toxicolgicos extensivos razoavelmente j disponveis. Por esta tcnica uma certa quantidade de valiosas informaes podem ser obtidas entre um espao de cerca de trs semanas.

4 - Hazard Rating (Razo de Perigo)

Este termo usado em livros para indicar quando um material levemente, moderadamente ou severamente txico, ou at mesmo se no txico. obviamente um mtodo simples e grosseiro, mas servir como um guia direto para o risco envolvendo exposio vrios produtos, at que informaes mais recentes e completas estejam disposio. A Razo do Perigo de produtos qumicos industriais baseada na interpretao de todas as informaes disponveis, particularmente Valor Limite de Tolerncia, LD50, Teste de descobrimento de escala, bem como, na experincia humana.

Toxicologia por analogia

Por causa da escassez de informaes toxicolgicas de muitos compostos qumicos utilizados na industria, existe freqentemente uma tendncia em assumir que compostos que possuem caractersticas qumicas prximas, tero propriedades txicas similares. Enquanto isto pode ser verdade para um nmero limitado de substncias, este fato no pode significar uma verdade universal.

Como mencionado em outra parte, muitos produtos qumicos quando absorvidos pelo corpo sofrem uma srie de mudanas (processos de desintoxicao) antes deles serem excretados. Os produtos intermedirios dependero grandemente da estrutura qumica do material original, e pequenas diferenas na estrutura pode resultar produtos intermedirios ou finais totalmente diferentes. Este princpio muito bem ilustrado na caso do benzeno e tolueno; estes produtos so quimicamente muitos prximos, mas os metabolismos so diferentes e o grau de toxicidade tambm muito diferente. Toxicologia por analogia pode ser muito perigosa e enganosa.

Classes de substncias txicas

Substncias txicas ou perigosas encontradas na indstria podem ser classificadas em vrias maneiras. Uma classificao simples e til dada abaixo, junto com definies adotadas pela Assossiao de Padres Americanos (ASA).

Ps (Dusts). Partculas slidas geradas por abraso mecnica tal como, manuseio, esmagamento, moagem, impactos rpidos, detonao, decreptao de materiais orgnicos ou inorgncios tais como rochas, minrio, metal, carvo, madeira, gros, etc... . Ps no tendem a flocular, exceto sob fora eletrosttica; eles no difundem no ar, mas se deslocam sob a ao da gravidade.

Fumos (Fumes). Partculas slidas geradas pela condensao a partir do estado gasoso, geralmente aps volatilizao de metais fundidos (como exemplo) e sempre acompanhados por uma reao qumica como a oxidao. Os fumos floculam e algumas vezes coalescem.

Nvoa (Mists). Gotculas de lquidos suspensos geradas pela condensao de substncias do estado gasoso para o lquido, ou pela passagem do lquido para um estado disperso, como pela ao de spray, espumao e atomizao.

Vapores (Vapors). O estado gasoso de uma substncia que se apresenta normalmente no estado slido ou lquido e que pode mudar para estes estados atravs de reduo de temperatura ou aumento de presso. O vapor difunde no ambiente.

Gases (Gases). Normalmente fluidos sem forma que ocupam todo espao de confinamento e que podem ser mudados para o estado lquido ou slido somente atravs da combinao de efeitos de reduo da temperatura e aumento da presso. O gs difunde no ambiente.

Esta classificao no inclui, obviamente, as categorias de slidos e lquidos que podem ser perigosos, nem contem agentes fsicos (tais como temperatura, presso, rudo, etc...). Os ltimos, estritamente falando, no podem ser considerados substncias. Agentes vivos, tais como bactrias, fungos e outros parasitas compreendem outro grupo de substncias que no ser colocado neste trabalho

Vias de Absoro

No sentido fisiolgico, um material tido como absorvido somente quando ele tenha consiga entrada na corrente sangnea e conseqentemente tenha sido carregado para todas as partes do corpo. Algo que foi engolido e que posteriormente excretado mais ou menos sem mudanas nas fezes no foi necessariamente absorvido, mesmo que possa ter permanecido no sistema gastrointestinal por horas ou mesmo dias. A Toxicologia Industrial se refere primeiramente com trs rotas de absoro ou portas de entrada que os materiais podem utilizar para atingir a corrente sangnea: a pele, o trato gastrointestinal e os pulmes.

Absoro atravs da Pele. Antes da introduo de mtodos modernos de tratamento da sfilis, uma parte do padro de terapia consistia no tratamento com mercrio. A efetividade dependia do fato que certas formas de mercrio podem ser absorvidas atravs da pele intacta. Agora reconhecido que absoro pela pele pode ser um fator significante em envenenamento ocupacional por mercrio, bem como, um nmero de outras doenas industriais. No caso de metais alm do mercrio, entretanto, a entrada atravs da pele relativamente sem importncia, exceto para alguns compostos organometlicos, como chumbo tetraetila.

A Absoro pela Pele tem como sua maior importncia a relao com solventes orgnicos. geralmente reconhecido que quantidades significantes destes compostos podem entrar no sangue atravs da pele tanto como resultado de contaminao direta acidental ou quando o material tenha sido espirrado sobre as roupas. Uma fonte adicional de exposio encontrada na prtica muito comum de usar solventes industriais para remoo de graxas e sujeira das mos e dos braos, em outras palavras, para propsitos de lavagem. Este procedimento, incidentalmente, uma grande fonte de dermatites.

Absoro Gastrointestinal. O simples fato que algo tenha sido colocado na boca e engolido, no significa necessariamente que tenha sido absorvido. Naturalmente quanto menos solvel o material , menor a possibilidade de absoro. No passado tem sido comum a prtica de atribuir certos casos de envenenamento ocupacional a hbitos sem higiene por parte da vtima, particularmente falta de lavagem das mos antes de alimentar-se. No h dvidas que alguns materiais txicos, utilizados na indstria, podem ser absorvidos atravs do trato intestinal, mas agora genericamente acreditado que com certas excees esta rota de entrada de menor importncia. Um caso ocorrido no Brasil, h alguns anos, em Franca (SP) teve como rota de penetrao de um agente txico (chumbo) o trato gastrointestinal. Foi constatado que as vtimas, algumas fatais, colocavam pregos para sapatos nos lbios, estando desta maneira ingerindo quantidades muito elevadas de chumbo que se encontrava presente nos pregos. Ingesto acidental de quantidades perigosas de compostos venenosos em uma nica dose tem tambm sido registrada nos ltimos anos. De maneira em geral pode ser dito que a absoro intestinal de venenos industriais de menor importncia e que a teoria de envenenamento das mos sujas tem sido desacreditada.

Absoro atravs dos pulmes. A inalao de ar contaminado de longe o mais importante meio pelo qual os venenos ocupacionais ganham entrada no corpo. seguro estimar que pelo menos 90 por cento de todo envenenamento industrial (excluindo dermatites) pode ser atribudo absoro atravs dos pulmes. Substncias perigosas podem estar suspensas no ar na forma de ps, fumos, nvoa ou vapor, e podem estar misturados com o ar respirvel no caso de verdadeiros gases. Desde que um indivduo, sob condies de exerccio moderado ir respirar cerca de 10 metros cbicos de ar no curso normal de 8 horas de trabalho dirio, prontamente entendido que qualquer material venenoso presente no ar respirvel oferece uma sria ameaa.

Felizmente todos os materiais estranhos que so inalados, no so necessariamente absorvidos pelo sangue. Uma certa quantidade, particularmente que est em um estado muito bem dividido, ser imediatamente exalada. Outra poro do material particulado respirado captado pela mucosa que se localiza na passagem do ar (traquia) e subseqentemente expelido junto com o muco. Nesta conexo necessrio ser mencionado que algum muco pode ser, conscientemente ou inconscientemente, engolido, desta maneira aumentando a oportunidade para absoro intestinal. Outras partculas so captadas por algumas clulas que podem entrar na corrente sangnea ou ser depositadas em vrios tecidos ou orgos. Gases verdadeiros iro passar diretamente pelos pulmes at o sangue, da mesma maneira como o oxignio no ar inspirado. Por causa do fato que a grande maioria dos venenos industriais conhecidos podem a um certo tempo estar presente como contaminante atmosfrico e verdadeiramente constituir uma ameaa potencial sade, programas diretamente relacionados a preveno de envenenamento ocupacional, geralmente do mais nfase ventilao para reduo do perigo.

Acmulo e excreo

Algumas substncias txicas podem ser retidas ou acumuladas no corpo por perodos de tempo indefinidos, sendo excretadas vagarosamente por perodos de meses ou anos. Chumbo, por exemplo, acumulado primeiramente nos ossos e o mercrio nos rins. Pequenas quantidades podem ser acumuladas em outros orgos ou tecidos. O material particulado quando inalado pode ser fagocitado e permanecer em ndulos no plasma regional, onde pode ter pequenos efeitos como no caso de p de carvo, ou produzir mudanas patolgicas como no caso da slica e Berlio.

A excreo de agentes txicos toma parte atravs dos mesmos canais como faz a absoro, isto , pulmes, intestino e pele, mas os rins (urina) so os maiores orgos excretores para muitas substncias. Suor, saliva e outros fluidos podem participar com uma pequena extenso no processo excretor. Gases e vapores volteis so comumente excretados pelos pulmes, atravs da exalao. Isto pode ser usado como uma medida de absoro anterior (exemplo: bafmetro).

Muitos compostos orgnicos no so excretados sem mudanas, mas passam pelo que conhecido como biotransformao. O processo pelo qual isto ocorre tambm chamado Mecanismo de Desintoxicao. O novo composto resultante, ou metablito, pode ser encontrado na urina e usado como evidncia da absoro de uma substncia prxima.

Suscetibilidade Individual

O termo suscetibilidade individual tem sido a muito tempo usado para expressar o fato bem conhecido que sob condies semelhantes de exposio a substncias potencialmente perigosas, existe normalmente uma variao acentuada na maneira em que indivduos iro responder. Alguns podem no mostrar evidencias de intoxicao sejam quais forem; outros podem mostrar sinais de envenenamento brando, enquanto outros podem apresentar danos severos ou at mesmo fatais. Comparativamente pouco conhecido sobre os fatores que so responsveis por estas variaes. acreditado que diferenas na estrutura anatmica do nariz pode estar relacionada com diferentes graus de eficincia na filtragem de poeiras perigosas no ar inspirado. Infees prvias nos pulmes, particularmente a tuberculose, so conhecidas como aceleradores da suscetibilidade da silicose. A maioria dos toxicologistas acredita que obesidade um fator de predisposio importante entre pessoas que esto sujeitas exposies ocupacionais a solventes orgnicos e produtos relacionados. Idade e sexo tambm so acreditados a participar como parte e doenas anteriores podem ser significativas.

Outros fatores possveis relacionados com a suscetibilidade individual so ainda menos compreendidos que aqueles apenas mencionados. Tm sido sugerido que diferentes razes de velocidade de trabalho, resultando em variaes na razo de respirao, no pico da respirao e na razo do pulso podem tomar parte tambm. A ao dos clios pulmonares podem ter alguma importncia. A permeabilidade dos pulmes pode influenciar a absoro e a eficincia dos rins podem governar a razo pela qual materiais txicos so excretados, mas a natureza subjacente destas variaes de possibilidades no conhecida. Desde que o fgado atua uma grande parte na desintoxicao e excreo de substncias perigosas, funcionamento sub-normal deste orgo pode conduzir a uma maior suscetibilidade.

Existe uma considervel literatura propondo mostrar que fatores nutricionais pode ter algo relacionado com suscetibilidade envenenamento ocupacional. A maioria do material publicado talvez no cientfico e inconvincente, mas poucos relatrios sugerem fortemente que realmente existe uma relao entre a natureza da dieta e a suscetibilidade ao envenenamento. Existe ainda, no como evidncia substancial, que a adio de concentrados de vitaminas, leite ou comidas especiais tem qualquer valor protetivo, mas quando as dietas so deficientes em algum dos elementos nutricionais essenciais parece que o envenenamento mais comum de ocorrer. Existe considervel evidncia que indulgncia de lcool etlico ir aumentar significativamente a possibilidade de envenenamento ocupacional ocorrer, particularmente por solventes orgnicos.

Efeitos Crnicos e Agudos

A Toxicologia Industrial geralmente relacionada com os efeitos de exposies de baixo grau (sub-letal) que so contnuas por perodos maiores de meses ou at anos. verdade que problemas toxicolgicos no so raramente apresentados como o resultado de acidentes onde criou-se rapidamente uma exposio volumosa de concentraes opressivas de produtos txicos. O envenenamento agudo que resulta pode causar inconscincia, choque ou colapso, inflamao severa dos pulmes ou mesmo morte sbita. O entendimento da natureza da ao do agente opressor pode ser de grande valor no tratamento de envenenamento agudo, mas em alguns casos a nica aplicao do conhecimento txicolgico ser para estabelecer a causa da morte. A deteco de quantidades minuto de agentes txicos na atmosfera e nos fluidos do corpo (sangue e urina) e o reconhecimento dos efeitos de exposio para pequenas quantidades de venenos esto entre as principais tarefas do toxicologista industrial. As manifestaes de envenenamento crnico so sempre to sutil que o julgamento mais perspicaz necessrio na ordem de detectar e interpreta-las. As mais refinadas tcnicas de anlise qumica e de patologia clnica so chamadas para participar, envolvendo estudos do ambiente de trabalho e dos indivduos expostos.

Na ordem de demonstrar que envenenamento crnico industrial tem ocorrido ou uma possibilidade necessrio mostrar que um agente perigoso est presente em concentraes significativas, que o mesmo tem sido absorvido, e que foi produzido, no subjeto exposto, distrbios compatveis com o envenenamento pela substncia suspeita. Concentraes significantes so comumentes expressadas em termos de limite de tolerncia. A absoro de substncia pode ser provada demonstrando sua presena no sangue ou urina em concentraes acima que as encontradas em pessoas no expostas, ou pela deteco de certos produtos metablicos nos excrementos. Para provar que distrbios tenham ocorrido em um subjeto exposto pode ser necessrio a aplicao de todos os procedimentos de diagnsticos utilizados na medicina, incluindo a histria mdica, exames fsicos, contagem sangnea, anlise da urina, estudos de raios X, e outras medies.

Uma pequena quantidade de produtos qumicos largamente utilizados na indstria, notavelmente chumbo e benzeno, iro produzir mudanas no sangue logo nos primeiros estgios de envenenamento. Outros produtos qumicos, particularmente hidrocarbonetos clorados, no do evidncias to cedo de sua ao. Metais pesados como o mercrio e chumbo produzem seus efeitos crnicos perigosos atravs do que conhecido como ao cumulativa. Isto significa que atravs de um perodo de tempo o material que absorvido somente parcialmente excretado e que suas quantidades aumentam acumulativamente no corpo. Eventualmente a quantidade se torna grande suficiente para causar distrbios fisiolgicos. Compostos volteis no acumulam no corpo mas provavelmente produzem seus efeitos txicos crnicos, causando uma srie de pequenos danos para um ou mais orgos vitais.

Lugar de ao de venenos

Uma breve meno j tm sido feita do fato que diferentes venenos agem em diferentes partes do corpo. Muitas substncias podem produzir uma ao local ou direta sobre a pele. Os fumos e poeiras e nvoas originadas de cidos fortes, alguns dos gases de guerra e muitos outros produtos qumicos tem um efeito direto irritante nos olhos, nariz, peito e vias areas superiores. Se os mesmos alcanam os pulmes os mesmos podem gerar uma reao inflamatria severa chamada de pneumotite qumica. Estes efeitos locais so da maior importncia quando em conexo com envenenamento agudos. Mais importante para o toxicologista industrial so os tambm chamados efeitos sistmicos.

Efeitos sistmicos ou indiretos ocorrem quando uma substncia txica tem sido absorvida na corrente sangnea e distribuda atravs do corpo. Alguns compostos como o arsnico, quando absorvido em quantidades txicas, podem causar distrbios em vrias partes do corpo: sangue, sistema nervoso, fgado, rins, e pele. O benzeno, em outra mo, parece afetar apenas um orgo, a saber, a medula espinhal formadora de sangue. O monxido de carbono causa asfixia pelo impedimento da funo normal da hemoglobina do sangue que transportar oxignio dos pulmes para todos os tecidos do corpo. Mesmo que a deficincia de oxignio ocorra em todas as partes do corpo humano, o tecido cerebral o mais sensvel, consequentemente as manifestaes mais rpidas so aquelas que causam danos no crebro. O entendimento de que orgo ou orgos podem ser danificados, e a natureza e manifestaes dos danos causados pelos vrios compostos, est entre as mais importantes funes do toxicologista industrial.

A nvel celular, agentes txicos podem agir na superfcie ou no interior da clula, dependendo dos receptores ou locais de ligao. um exemplo familiar a afinidade qumica do arsnio e mercrio com grupos sulfidril (S-H) em matria biolgica.

Absoro e envenenamento

Como mencionado anteriormente, com a exceo dos irritantes externos, substncias txicas geralmente so absorvidas pelo corpo e distribudos atravs da corrente sangnea na ordem para o envenenamento ocorrer. Em outras palavras, envenenamento comumente no ocorre sem absoro. Na outra mo, absoro no resulta necessariamente ou sempre em envenenamento. O corpo humano provido de um sistema elaborado de mecanismos de proteo e hbil para tolerar uma presena surpreendente e graus de muitos materiais txicos. Alguns materiais estranhos so excretados sem alteraes atravs da urina e das fezes. Gases txicos, seguindo absoro, podem ser eliminados atravs dos pulmes. Alguns compostos qumicos vo atravs de processos do metabolismo e so excretados de uma forma alterada. Alguns destes processos so conhecidos como mecanismos de desintoxicao. Em alguns casos o produto intermedirio no processo de desintoxicao pode ser mais txico que a substncia original, como por exemplo cido frmico e formaldedo a partir do lcool metlico.

Desde que a absoro necessita preceder ao envenenamento, a questo sempre surge onde a linha de diviso entre absoro e envenenamento para ser desenhada. A resposta para esta questo freqentemente vincula uma dificuldade considervel. No h dvida que quando a absoro alcana um ponto onde causa enfraquecimento da sade, o envenenamento ocorreu. Sade enfraquecida manifesta por si s a presena de estrutura alterada, funes alteradas, qumica alterada, ou uma combinao destes. Estes enfraquecimentos, em turno, so resultados de sintomas anormais, fsico anormal ou descobrimentos atravs de testes de laboratrios, ou combinao dos mesmos.

Quando absoro produziu ambos: sintomas anormais e descobrimentos objetivos anormais, no h dvida que o envenenamento ocorreu. Na opinio de muitos estudiosos, absoro que produz evidncia objetiva de estrutura alterada ou funo deve tambm ser chamada envenenamento, mesmo que no haja sintomas subjetivos anormais. Quando sintomas subjetivos constituem a nica base para distino entre absoro e envenenamento, a distino se torna uma matria de opinio mdica requerendo uma avaliao pessoal.

Primeiros socorros

Tratamento de emergncia em envenenamentos agudos

Envenenamento agudo pode ser o resultado da entrada na corrente sangnea de grande quantidade ou dose concentradas de um veneno, atravs de:

(a) respirao (inalao),

(b) ingesto,

(c) absoro pela pele,

(d) Injeo (hipodrmica ou intravenosa).

obvio que a rota de entrada ir influenciar o tipo de tratamento de emergncia.

Em cada caso de envenenamento agudo, necessrio assistncia mdica imediata. O nome e telefone direto do mdico ou mdicos, o hospital mais prximo e o servio de ambulncia devem ser colocados prximos aos telefones de emergncia apropriados.

Se a polcia, corpo de bombeiros e companhias de gua e energia eltrica necessitarem atuar na emergncia, os telefones tambm devem ser colocados com os demais telefones do pargrafo acima.

Cada estabelecimento industrial, no importa o tamanho, deve ter pelo menos uma pessoa treinada para emergncias, durante todo o tempo, que responsvel no caso de uma emergncia ocorrer por envenenamento. Este indivduo deve ser treinado e preparado com os tipos de emergncia particular que pode enfrentar.

Primeiros socorros inadequados podem ser at mais perigosos do que nenhum socorro.

A pronta ao sempre importante, mas, existem relativamente poucos casos em que um atraso de segundos ou minutos tero um significativo valor no resultado final.

Quando possvel, uma amostra do veneno suspeito, ou do recipiente de onde o mesmo veio, deve ser preservado para servir de base para tratamento mdico, para a polcia ou mdico legal.

Procedimentos gerais

Os procedimentos aqui descritos so genricos. Para produtos especficos um procedimento apropriado deve ser previsto, sendo que para tanto pode ser empregado os modelos aqui indicados.

(a) Inalao

1 - remova a vtima da rea contaminada. As pessoas de resgate devero estar devidamente equipadas e protegidas com equipamentos de proteo respiratria adequados situao.

2 - mantenha a vtima com temperatura morna, no quente e quieta. Deitado com as costas no cho normalmente a melhor posio.

3 - se a respirao parou, fornea respirao artificial.

4 - administre oxignio se estiver disponvel.

5 - mantenha as vias respiratrias abertas. Examine a boca verificando se h dentadura ou goma de mascar. Caso haja, retire-as.

(b) Ingesto

1 - verifique que o estmago foi esvaziado provocando vmitos. Isto deve ser feito mesmo que tenham se passado horas aps a ingesto do veneno.

Excees: quando foi ingerido produtos qumicos corrosivos tais como cidos fortes ou alcalinos custicos, ou quando a vtima est tendo convulses ou est inconsciente.

2 - dilua o veneno administrando lquidos em qualquer de uma das seguintes formas:

gua potvel: 3 a 4 copos

gua branda (sabo): 2 a 3 copos

gua morna com sal de cozinha: uma colher de mesa para cada copo grande

leite: 3 a 4 copos

Se estes fludos forem vomitados, o que desejvel, as doses devem ser repetidas diversas vezes.

3 - d a vtima um antdoto universal. Uma mistura de p de torrada queimado (carvo), ch forte e leite de magnsia, ir absorver e neutralizar muitos venenos. (Um pedao de torrada queimada e quatro colheres de mesa de leite de magnsia em um copo de ch forte.)

(c) Contato com a pele

1 - dilua a substncia contaminante com grandes quantidades de gua. A melhor maneira feita atravs de chuveiro, mas tambm pode ser feito com uma mangueira, baldes ou outro mtodo. A gua deve estar ligeiramente quente se possvel.

2 - remova as roupas contaminadas. Aqueles que estiverem socorrendo a vtima devem proteger sua prpria pele com luvas, se possvel.

3 - queimaduras qumicas nos olhos devem ser tratadas com grandes quantidades de gua ou com uma soluo fraca de bicarbonato de soda (uma colher de ch para 1 litro de gua limpa).

(d) Venenos injetados

1 - a absoro pode ser retardada pela aplicao de um torniquete acima do ponto da injeo se o mesmo nas pernas ou braos. O torniquete no deve ser to apertado que impea o fluxo do sangue arterial.

2 - excreo pode ser acelerada pela administrao de grandes quantidades de gua ou outros fludos.

3 - observe atentamente para determinar qual a natureza do veneno para que o antdoto correto possa ser ministrado.