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Publicação bimestral da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro – 1ª RE Ano XL • Nº 444 • Novembro/dezembro de 2014 Celebrando Jesus pelas ruas Palavra do Bispo Lockmann traz Reflexões sobre o poder do Evangelho Página 3 Entrevista Nélio do Espírito Santo: A presença metodista na Rocinha Página 5 Igrejas em ação Salvação no tatame: Usando o jiu-jitsu para evangelizar Página 5 Campanha Instituições sociais metodistas: “To Dentro” Página 12 Fé e Nexo Crianças Desaparecidas Metodistas levam o Natal, festa do amor de Deus, a sem-tetos I greja Metodista faz diferença na vida da população de ruas ao celebrar o Natal. Em parceria com a Secretaria Executiva de Ação Social, a Secretaria Regional de Expan- são Missionária, o Instituto Central do Povo (ICP) e as igrejas metodistas da Gamboa e de Macaé, os metodistas do Estado do Rio de Ja- neiro promovem anualmente um Natal espe- cial para os que estão sem teto. A proposta do trabalho é ajudar, principalmente, os depen- dentes químicos que vivem na “cracolândia” da Central do Brasil, encaminhando-os às ca- sas de recuperação que são parceiras desse trabalho. Página 12. Revigorados para liderar N uma programação inédita, a Primei- ra e Sétima Regiões Eclesiásticas que compõem o Estado do Rio de Janeiro estiveram reunidas separadamente para o Mi- nisterial. Lideranças da 7ªRE estiveram reu- nidas em Teresópolis, de 22 a 24 de outubro; e representantes da 1ªRE, em Paty do Alferes, de 28 a 31 de outubro. Embora um trabalho envolvendo um grupo maior de pessoas tam- bém tenha diversos aspectos positivos, o bispo disse que há vantagens no trabalho com um grupo menor de pessoas. Segundo pastores presentes, os eventos ajudaram contribuíram para o crescimento das Regiões. Página 9. Com ênfase no discipulado, Primeira e Sétima Regiões Eclesiásticas se concentram em Ministerial

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Page 1: Avante novembro dezembro 2014

Publicação bimestral da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro – 1ª REAno XL • Nº 444 • Novembro/dezembro de 2014

Celebrando Jesus pelas ruas

Palavra do BispoLockmann trazReflexões sobre o poder do EvangelhoPágina 3

EntrevistaNélio do Espírito Santo:A presença metodistana RocinhaPágina 5

Igrejas em açãoSalvação no tatame:Usando o jiu-jitsu para evangelizarPágina 5

CampanhaInstituições sociais metodistas:“To Dentro”Página 12

Fé e NexoCrianças Desaparecidas

Metodistas levam o Natal, festa do amor de Deus, a sem-tetos

Igreja Metodista faz diferença na vida da população de ruas ao celebrar o Natal. Em parceria com a Secretaria Executiva de

Ação Social, a Secretaria Regional de Expan-são Missionária, o Instituto Central do Povo (ICP) e as igrejas metodistas da Gamboa e de Macaé, os metodistas do Estado do Rio de Ja-

neiro promovem anualmente um Natal espe-cial para os que estão sem teto. A proposta do trabalho é ajudar, principalmente, os depen-dentes químicos que vivem na “cracolândia” da Central do Brasil, encaminhando-os às ca-sas de recuperação que são parceiras desse trabalho. Página 12.

Revigorados para liderar

Numa programação inédita, a Primei-ra e Sétima Regiões Eclesiásticas que compõem o Estado do Rio de Janeiro

estiveram reunidas separadamente para o Mi-nisterial. Lideranças da 7ªRE estiveram reu-nidas em Teresópolis, de 22 a 24 de outubro; e representantes da 1ªRE, em Paty do Alferes, de 28 a 31 de outubro. Embora um trabalho envolvendo um grupo maior de pessoas tam-bém tenha diversos aspectos positivos, o bispo disse que há vantagens no trabalho com um grupo menor de pessoas. Segundo pastores presentes, os eventos ajudaram contribuíram para o crescimento das Regiões. Página 9.

Com ênfase no discipulado, Primeira e Sétima Regiões Eclesiásticas se concentram em Ministerial

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EDITORIAL

Publicação bimestral da Igreja Metodista na 1ª Região Eclesiástica

Fundado em maio de 1973

Ano XXXVIII nº 444

Rua Marquês de Abrantes, 55 – Flamengo22.230-061 – Rio de Janeiro – RJTel.: (21)2557-3542 / 3509-1074

Fax: (21)2557-7048

[email protected]

BISPO DA 1ª REGIÃO ECLESIÁSTICAPaulo Tarso de Oliveira Lockmann

Os artigos são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da Igreja Metodista.

CONSELHO EDITORIALRonan Boechat de Amorim (coordenador), Selma Antunes da Costa, Jarbas de Souza,

Paulo Welte, Gláucia Mendes Silvestre, Pablo Massolar, Luciano Vergara, Nádia

Mello, Carla Tavares, Camila Alves e Luiz Daniel

EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVELNádia Mello (MTb 19.333)

REDAÇÃO E REVISÃOEvandro Teixeira

ASSISTENTES DE REDAÇÃOCarla Tavares e Camila Alves

REVISÃO DA PALAVRA DO BISPOFilipe Pereira Mesquita

FOTOGRAFIASHenrique Moraes

DIAGRAMAÇÃOwww.estudiomatiz.com.br

TIRAGEM: 10.500 exemplares

ASSINATURA INDIVIDUAL: R$ 20,00

METODISMO NO MUNDO

Conferência da Metodista Unida na Angola n A Igreja Metodista da Angola promoveu em outubro a Trigésima Conferência Anual do Oeste da Angola, sob o tema Metodistas Unidos, a hora de Deus é sempre a melhor. Em seu pronunciamento à imprensa, no culto solene de abertura, o líder da igreja, bispo Gaspar João Domingos, falou sobre o crescimento considerável do metodismo na Angola.

A Conferência tem como um dos objetivos fazer o balanço das atividades desenvolvidas durante o ano. O encontro serve para avaliar e identificar os trabalhos realizados e abordar assuntos pertinen-tes ao desenvolvimento da igreja. Além disso, são apresentados os relatórios de estatística, finan-ças, tesouraria. Ficou decidido que todos aqueles que tiveram um longo período de trabalho deve-rão ser aposentados. A Igreja Metodista Unida foi fundada quando a caravana missionária, lide-rada por Willian Taylor, chegou a Angola em 18 de Março de 1885.

Indicação para o Prêmio Metodista da Pazn Por suas lutas e trabalhos realizados em prol da obra de Deus, o Dr. Hugh G. Johnson e sua esposa Shirliann, foram indicados para receberem o Prêmio Metodista da Paz – 2014. Johnson é missionário aposentado, pastor e ex-superinten-dente do Distrito Norte Africano da Igreja Meto-dista Unida.

O ministério de Johnson foi pautado no seguinte lema: A Igreja tem que estar onde as necessidades são maiores. Como missionários no norte da África, o casal serviu ao Senhor em tempos de grande agita-ção, como no período em que esteve com a Junta Geral de Ministérios Globais, na Argélia.

Para falar sobre o evangelho para os povos da região do Maghreb, região noroeste da África, aprenderam a falar árabe fluentemente, bem como pregar em francês. Para Johnson, não deveria haver nenhuma barreira entre a Palavra e as pessoas. Ele acredita na reconciliação e compreensão mútua.

Shirliann Johnson frequentemente visitava cam-pos de refugiados no deserto, que coordenam a aju-da humanitária, e ensinava aos jovens a liderar as classes de jardim de infância no campo, com o in-tuito de ajudar as crianças e as famílias que foram afetadas pela guerra. Dr. Johnson chegou a ser es-faqueado em um ataque durante o tempo em que lutava pela exportação de Bíblias em árabe, mas a sua fé e compromisso com o seu ministério nunca vacilou. Ao se aposentar, o casal deixou a nação, mas seus corações e espíritos ainda estão com o povo do Norte de África.

Suspeita de ebola aflige metodistas n Dois pastores da Igreja Metodista Unida e 18 membros da igreja morreram, possivelmente, em função do ebola na Libéria. Outros estão em qua-rentena. O diagnóstico não foi confirmado, mas a suspeita é que as vítimas tenham sido infectadas pelo vírus. O pastor Paul Karyidia Gartor lamenta as mortes e conta que os mortos eram membros de St. Matthew United Methodist Church. O número de mortes por ebola aumentou para 2.793 de 5.762 casos em cinco países, informou (em 22 de setem-bro) a Organização Mundial da Saúde (OMS). Se-gundo a OMS, o surto do vírus está “bastante con-trolado” no Senegal e na Nigéria. Não houve novas mortes na Guiné. Serra Leoa registrou 130 novos casos e quatro mortes, apesar da ordem de confi-namento de três dias. Consultores independentes para a OMS se posicionaram contra uma proibição ou bloqueio comercial com os países envolvidos na epidemia no oeste africano. Algumas companhias aéreas pararam de voar para as regiões afetadas e algumas agências, além da OMS, disseram que isso está atrapalhando os esforços de ajuda e a chegada de especialistas. Os especialistas orienta-ram os países afetados – Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal e Serra Leoa – a trabalhar com os setores aéreo e marítimo para “desenvolver uma resposta coordenada” na questão de transporte.

Fonte: expositor Cristão

Avante: expectativas para 2015

E is a última edição do ano. Passou tão rápido que não percebemos que lá se foi 2014. Mas ao ava-liar nossos planejamentos e metas em nossas reu-

niões do Conselho Editorial e com a equipe técnica, alegramo-nos! Afinal, percebemos que foram 365 dias de compromisso com uma comunicação que propaga ações de braços que estão a serviço do Reino de Deus.

Durante esse período, no Jornal Avante, priorizamos a missão mais uma vez, tentando marcar, dentro do possível, presença nas atividades de todos os segmen-tos rda igreja.

A partir de pesquisas e outras fontes de consultas, no entanto, percebemos que os trabalhos de igrejas lo-cais se fortalecem a cada dia, sendo um desdobramen-to das ações orientadas pelas áreas nacional e regional da Metodista. Dessa forma, neste último número, re-lançamos o caderno Igrejas em Ação, que tem por foco priorizar o espaço para os ministérios locais espalha-dos por todo o estado.

Neste exemplar, o leitor tem a oportunidade de co-nhecer mais de 15 trabalhos e eventos inspirados por Deus e desenvolvidos nas igrejas, congregações e cam-pos missionários. As publicações dessas notícias estão nas páginas centrais deste exemplar (5 a 8). Além disso, o caráter missionário e evangelístico do Jornal Avante tem sido cada vez mais explorado assim como o incenti-vo à interação que ele promove entre os metodistas. Em 2014, divulgamos também testemunhos e informações que contribuem para a troca de experiência e o fortale-cimento da fé cristã e da doutrina metodista.

O jornal Avante ainda mantém a Revista Fé e Nexo como parte do seu conteúdo e com o intuito de oferecer mais uma fonte de estudo, reflexão e aprofundamento cristão. Nesta edição, tanto a Revista como o Jornal, publicamos textos focados no verdadeiro Natal, celebra-ção que parte da experiência com o nascimento de Jesus e nos conduz ao olhar do Cristo para o próximo.

Por meio de uma parceria entre a Secretaria Execu-tiva de Ação Social, a Secretaria Regional de Expansão Missionária e o Instituto Central do Povo (ICP), e com o apoio das Igrejas Metodistas da Gamboa e de Macaé, uma ceia natalina especial abençoa anualmen-te muitos moradores de rua (Página 12). Há esforços também para abençoar localidades carentes por meio da presença metodista. Na entrevista do pastor Nélio do Espírito Santo é possível conhecer um pouco da realidade do trabalho desenvolvido pela igreja na Rocinha (Página 4).

Que possamos seguir com foco na missão no ano que já se aproxima. E, já dentro das novas estruturas (Pri-meira e Sétima Regiões Ecesiásticas), a Igreja Metodis-ta no Estado do Rio de Janeiro possa caminhar discipu-lando (ver matéria sobre ministeriais na Página 8) e re-cheando nossas páginas de boas-novas. Aleluia!

Boa leitura!

Nádia Mello

Editora

DE OLhO NO cALENDáRIO

Dia da Consciência Negran O dia 20 de novembro é celebrado em todo Brasil com o intuito de resgatar a memória da resistência dos negros à escravidão e fomentar os debates sobre as questões raciais ainda exis-tentes. A data, comemorada no dia da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares e tido como herói da resistência antiescravagista, é celebrada desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos.

Combate mundial à AIDSn Instituído no final da década de 1980, o dia 1º de dezembro une pessoas do mundo todo a fim de fazer um manifesto de conscientização sobre a AIDS e seus maiores problemas. No Brasil, entre 1980 e 2007, foram constatados mais de 470 mil casos de contaminação. A data foi ins-tituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), a fim de fazer dela um dia de batalha contra a doença, visando mobilizar a opinião pública sobre a gravidade da doença, e também de amenizar o preconceito sofrido pelos porta-dores do HIV, o vírus causador da doença.

Dia Internacional dos Direitos Humanosn O Dia dos Direitos Humanos apresenta uma oportunidade, a cada ano, de celebrar os direi-tos de cada cidadão, destacar um tema espe-cífico e promover o pleno respeito por todos, em todos os lugares. Comemorado anualmente em 10 de dezembro, a celebração da data foi escolhida para honrar o dia em que a Assem-bleia Geral das Nações Unidas proclamou, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Dia da Bíblian Comemorado no segundo domingo do ad-vento, o Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã--Bretanha. No Brasil, a data começou a ser ce-lebrada pelos primeiros missionários evangéli-cos que, oriundos da Europa e Estados Unidos, a partir de 1850, aqui vieram semear a Palavra de Deus. Durante o período do Império, a liber-dade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia manifestações públicas dos evangélicos.

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PALAVRA DO BISPO

Paulo escreveu aos roma-nos: “Pois não me enver-gonho do evangelho,

porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e tam-bém do grego; visto que a justi-ça de Deus se revela no evan-gelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” (Rm 1.16-17). Antes de consi-derarmos as palavras do após-tolo, precisamos reconhecer que de certas coisas devemos sim nos envergonhar.

Devemos nos envergonhar da situação política do nosso país, onde a corrupção foi o principal tema dos candidatos durante as eleições. É lamen-tável que pessoas sejam eleitas para se beneficiarem dos re-cursos da nação em detrimen-to dos que realmente carecem de saúde, educação, moradia e outras necessidade.

Devemos nos envergonhar de estarmos perdendo grande parte de uma geração de jovens para as drogas, vidas semea-das aos 13, 14, 15 anos, isto é um verdadeiro infanticídio. Os Herodes estão matando os inocentes, e nós assistindo. Reconheço o esforço da pas-tora Maria do Carmo Moreira Lima, a Kaká, e nosso minis-tério de Menores Infratores, mas podemos e devemos fazer muito mais.

Devemos nos envergonhar ao aceitar o domínio do mal em bairros inteiros e cidades. Lugares antes pacíficos, agora estão tomados pelas drogas e pela violência que ela traz. De-vemos nos envergonhar ao tor-nar a “coisa” normal no nosso cotidiano. Que crianças este-jam dormindo na rua, e nossa ação ainda seja tão pequena.

Devemos nos envergonhar ao criticar a corrupção, en-quanto nós mesmos, quando podemos, sonegamos impos-tos, estacionamos em lugar proibido, ou tiramos vantagens quando exercemos algum po-der na vida secular. Devemos nos envergonhar da violência familiar; mulheres e crianças sendo agredidas e abusadas.

Devemos nos envergonhar de nossa timidez em pregar o Evangelho, temos lindos corais e conjuntos cantando e tocan-do para nós mesmos, não que não seja bom ter tão boa mú-sica no nosso templo, mas de-víamos ir para as praças e cen-tros comerciais. Devemos nos envergonhar de precisar justi-ficar em nosso meio princípios bíblicos como Dízimo, Ide e Fazei Discípulos e tantos ou-tros, que, como povo de Deus, recusamos ou resistimos.

Devemos nos envergonhar da fofoca e da maledicência, que se multiplica na sociedade,

mas também no meio da Igre-ja. Falamos mal de todos, mas raramente buscamos a pessoa e falamos diretamente a ela, como ensina a Bíblia. A lista é grande e está aberta, você pode acrescentar, mas vigiemos, pois quanto mais comprometidos com a missão e com uma vida santa, mais abençoados e usa-dos por Deus seremos.

Por que não devemos nos envergonhar do Evangelho?

a) Porque as coisas denuncia-

das acima não são o Evan-gelho. “O Evangelho é o po-der de Deus para salvação de todo aquele que crê...”

b) Porque quando na Sinago-ga de Cafarnaum um en-demoniado se acercou de Jesus, e ele declarou: “...Sai deste Homem...” E o demô-nio obedeceu, o homem foi liberto. O Evangelho é o Poder de Deus porque li-berta o ser humano do jugo de Satanás. Temos visto famílias inteiras serem li-bertas deste poder do mal, que destrói vidas e famílias inteiras. Jesus está dispo-nível para nos ajudar neste intento (Mc1, 24-27).

c) Porque quando Jesus estava

no barco com os discípulos e veio um imenso temporal, Jesus levantou-se e disse: “Acalma-te e emudece!”. E o “vento e o mar obedeceram” (Mc 4.39). Este Jesus que até o vento e o mar lhe obe-decem é poder de Deus dis-ponível à Igreja no exercício da Missão. Ele disse: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8). Isto se confirmou na vida da Igreja Primitiva:

“Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos” (At 2.43).

d) Porque quando Zaqueu, um

homem rico, mas imoral, desonesto, e mesmo mal visto na cidade de Jericó su-biu numa árvore para ver e ouvir Jesus, Jesus o acolheu e foi para a casa dele, o que demonstra que o Evangelho não exclui, pois o poder do Evangelho é para restaura-ção das pessoas, restabele-cendo a vida santa e inte-gra, que é o ideal de Deus para todo ser humano. Isto mudou o coração e as prio-ridades de Zaqueu, levando ele a dizer: “Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado al-guém, restituo quatro vezes mais” (Lc 19.8). E Jesus o acolhe dizendo: “Então, Je-sus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e sal-var o perdido” (Lc 19. 9-10). Este Evangelho precisa ser praticado em nosso meio, acolhendo vidas destruídas moral e espiritualmente.

e) Porque quando Jairo cla-

mou: “Eis que se chegou a ele um dos principais da sinagoga, chamado Jairo, e, vendo-o, prostrou-se a seus pés e insistentemente lhe suplicou: Minha filhinha está à morte; vem, impõe as mãos sobre ela, para que seja salva, e viverá. Jesus foi com ele. Grande multidão o seguia, comprimindo-o” (Mc 5.22-24). Jesus como Deus no Êxodo, ouve o cla-mor dos que necessitam, e quer nos usar nesta missão. Jesus chegou à casa de Jai-ro e disse: “Tomando-a pela

mão, disse: Talitá cumi!, que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te! Imediatamente, a menina se levantou e pôs-se a an-dar; pois tinha doze anos. Então, ficaram todos sobre-maneira admirados” (Mc 5.41-42). Este é o Evange-lho de Jesus. Ele cura os enfermos, traz vida onde há morte, por isso é o Poder de Deus ao que crê!

Por que Paulo disse: O Evangelho é o Poder de Deus

Concluindo, vejamos a razão de Paulo ter feito tal afirmação:

a) Porque antes de ele se con-

verter viu Estevão ser ape-drejado até a morte e con-sentiu nisto. E viu e ouviu no último momento, antes de Estevão morrer, este em meio ao sangue e a dor dizer: “Eis que vejo o céu aberto e o filho do homem em pé a destra de Deus”. E depois: “Senhor Jesus recebe o meu espírito”. E finalmente: “Se-nhor não lhes imputes este pecado”. Todos os comenta-ristas destes textos reconhe-cem que este momento foi usado pelo Espírito como testemunho para conversão de Paulo. Sacrifício da pró-pria vida, juntamente com visão espiritual, e com per-dão aos que nos ferem é a marca do Evangelho e sinal do Poder de Deus.

b) Porque ele foi transforma-

do de perseguidor e assas-sino em servo humilde do Senhor, na visão que teve na entrada da cidade de Damasco. Ali ele teve um confronto, ouviu e viu o Senhor falar com ele: “Se-guindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor,e, cain-do por terra, ouviu uma voz

que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fa-zer” (At 9.3-6). Sim ele viu o Senhor!

Isso lhe foi prova do Poder do Evangelho do Senhor. O que o fez, no relato de Atos dos Apóstolos, testemunhar isso diversas vezes.

c) Porque em sua viagem mis-sionária chegando à cidade de Listra viu um paralitico de nascença, e disse a ele: “Em Listra, costumava estar assentado certo homem alei-jado, paralítico desde o seu nascimento, o qual jamais pudera andar. Esse homem ouviu falar Paulo, que, fi-xando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser cura-do, disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés! Ele saltou e andava” (At 14.8-10). Paulo viu o poder de Deus que cura.

d) Porque Paulo junto com Si-

las foram lançados numa prisão em Filipos, e ali, naquela cela escura e féti-da, cantavam, porque como Paulo mais tarde escreveria: “e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e es-tou certo de que ele é po-deroso para guardar o meu depósito até aquele Dia” (2 Tm 1.12).

e) Porque para Paulo seu ali-

mento e sustento era antes de tudo fazer a obra que Deus lhe confiara, e dava testemunho deste compro-misso dizendo: “E, agora, constrangido em meu es-pírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que ali me acontecerá, senão que o Es-pírito Santo, de cidade em cidade, me assegura que me esperam cadeias e tribula-ções. Porém em nada con-sidero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemu-nhar o evangelho da graça de Deus” (At 20.22-24).

Muito ainda se pode dizer

sobre o poder do Evangelho, mas deixo espaço para o seu testemunho ao compartilhar esta mensagem com sua Igreja. Deus te abençoe!

Bispo paulo loCkmann

O Poder do Evangelho

... vigiemos, pois quanto mais comprometidos

com a missão e com uma vida santa, mais abençoados e usados

por Deus seremos

Page 4: Avante novembro dezembro 2014

O pastor Nélio do Espíri-to Santo está à frente da Igreja Metodista na

Rocinha, que completa 61 anos na comunidade. Essa é a segunda vez que ele pastoreia na localidade (veja a matéria sobre a Igreja na págin 8). Após um período de 20 anos, ele está de volta. Cheio de sonhos, o pastor encara o desafio de pas-torear uma das maiores comu-nidades carentes do Rio de Ja-neiro como uma oportunidade de ajudar e acolher pessoas que vivem à margem da sociedade e distantes de Deus. Para Nélio, o trabalho realizado com a Es-cola da Associação Metodista de Ação Social (AMAS), que funciona nas dependências da Igreja, é apenas o começo. O Ele tem outros projetos com os quais quer alcançar essa popu-lação que tem um grande valor para o Senhor Jesus.

Avante: Quais são os princi-pais desafios de pastorear uma igreja numa comunidade com cerca de 300 mil habitantes?Pr. Nélio do Espírito Santo: Certamente são muitos. Lidar com o ser humano é sempre um grande desafio. Temos que atendê-lo e oferecer possibi-lidades para o seu pleno de-senvolvimento de forma geral. Nesse aspecto, entendo que, aqui na Rocinha, trabalhar com criança ajudando-a no seu desenvolvimento é um dos maiores desafios dessa comu-nidade. Mas penso que junta-mente com os pequeninos, a juventude e a família também precisam de cuidados.

Avante: A igreja tem hoje na Rocinha uma escola da AMAS, que funciona atendendo essas crianças. Seria uma forma de cumprir um desses desafios?Pr. Nélio: Certamente. Hoje estamos atendendo cerca de 370 crianças. Existe possibi-lidade de, nos próximos anos,

estarmos atendendo mais de 400. É um desafio sim, uma forma de atender a comuni-dade. Mas, quando penso no desafio com a criança, quero ir além da área de educação. Hoje estamos trabalhando, de certa forma, procurando uma apro-ximação entre escola, igreja e família, e eu acho isso extrema-mente positivo. Mas eu penso que a quantidade de crianças que temos aqui na comunida-de é muito maior do que o nú-mero que estamos atendendo. Nesse sentido é que me sinto mais desafiado.

Avante: Quais seriam os novos projetos para atender melhor essas crianças?Pr. Nélio: Tenho um grande sonho aqui nessa comunidade em termos de trabalho com criança. Eu penso que preci- samos fazer alguma coisa na área de esporte, dança e orien-tação sexual. Também fazer algo voltado para a conscientização sobre a violência. Despertar as crianças para essa realidade, a fim de que elas não se envolvam com coisas que não lhes fazem bem. Às vezes, o envolvimento com as drogas, por exemplo, co-meça muito cedo. Na verdade, precisamos criar ou desenvolver algum trabalho que atenda a criança como um todo.

Avante: O senhor já esteve à frente da Igreja Metodista da Rocinha. E agora, 20 anos depois, está de volta. O que mudou?Pr. Nélio: Acho que a igreja mudou muito nesses 20 anos que estive fora. Até porque, aqui na Rocinha, é muito co-mum ver pessoas que vêm mo-rar um período na comunidade e depois conseguem retomar ou melhorar a sua caminhada, ou saem para outros lugares do Rio de Janeiro, ou voltam para suas cidades de origem. Então, de certa forma, é uma igreja de

passagem. Nesse sentido, vejo que hoje estamos reconstruin-do uma igreja. Para mim, um grande desafio que temos aqui é criar uma comunidade com mais raízes. Boa parte dos nos-sos membros são pessoas novas de igreja, com três ou quatro, que não têm muito envolvi-mento e talvez até não saibam exatamente o que significa ser cristão, ser metodista, não têm essa história de igreja. Temos que fazer uma retomada dos nossos projetos na nossa esco-la dominical, criar mais raízes nesse povo e ensinar um pouco mais do que é ser metodista. Penso que a nossa igreja hoje, apesar do seu trabalho com a AMAS e do envolvimento da escola na comunidade, ainda não conseguiu desempenhar a sua principal ação na comuni-dade. Existem muitos desafios e percebo que estamos nessa caminhada para formar uma igreja que consiga compreender melhor a sua função.

Avante: Pastor, dentro dessa visão da igreja atuante na co-munidade, como os metodistas podem trabalhar e marcar pre-sença numa comunidade que é tão afetada pela violência hoje?Pr. Nélio: Entendo que a gente precisa chegar antes. A violên-cia chega depois de uma de-terminada idade, é preciso fa-zer um trabalho de prevenção. Precisamos desenvolver algum trabalho que interfira na vida da criança e marque presença nela antes desse contato com violência e outras coisas mais. Temos uma juventude muito grande aqui na Rocinha. Nes-se sentido, penso em ativida-des com a juventude. Acho que esportes funcionam muito bem. Podemos atuar em áreas como música, dança, teatro... Podemos trabalhar também questões mais culturais e fa-miliares, como mais encontros com psicólogos e pessoas espe-

cializadas em relacionamentos. São serviços que a igreja pode prestar. Isso, de certa forma, conseguiria interromper um processo muito natural tanto de violência quanto de relacio-namentos. Aqui na Rocinha, por exemplo, os relacionamen-tos são muito temporários. A gente precisa construir víncu-los mais sólidos entre os casais.

Avante: Que características são necessárias para o pastora-do numa comunidade com esse perfil?Pr. Nélio: É segunda vez que estou trabalhando na Rocinha. Eu gosto de lidar com pessoas de comunidade. Elas são pes-soas muito boas. Uma frase que eu tenho dito várias vezes aqui na Igreja: Quanto mais perto do ser humano, mais per-to de Deus; quanto mais longe do ser humano, mais longe de Deus. Entendo que o que mar-ca o pastorado numa comu-nidade dessa natureza é essa aproximação com o ser huma-no: abraçar, acolher, ser huma-no junto com eles. Mas não no aspecto político que às vezes a gente percebe, de pessoas que

abraçam crianças em épocas de eleição, mas de se sentir mesmo gente como eles. Estar no meio deles, perceber a apro-ximação, a comunhão... isso é muito gostoso! Eu me sinto as-sim aqui dentro, me sinto em comunhão com eles e acho que isso ajuda no pastorado.

Avante: Pastor, a igreja está completando 61 anos com gran-de festa, ação social e culto ao ar livre. Essas ações já refletem a aproximação da igreja com a comunidade?Pr. Nélio: Certamente. E, de certa forma, é o grande objeti-vo: a aproximação das famílias da nossa escola com a igreja. Nesse sentido, a participação das crianças da escola na nos-sa celebração é extremamente positiva. Dando continuidade, queremos sempre a comuni-dade envolvida com os nossos trabalhos. Então, nossa festa objetiva, em primeiro lugar, o envolvimento da comunidade com a nossa igreja.

entrevista produzida pelo programa vida e missão

Sem medo de desafiosDepois de 20 anos, pastor Nélio do Espírito Santo volta a liderar a IM na Rocinha

ENTREVISTA

Entendo que o que marca o pastorado numa

comunidade dessa natureza é essa aproximação com o ser

humano: abraçar, acolher, ser humano junto com eles

Page 5: Avante novembro dezembro 2014

O jiu-jitsu, arte marcial de origem japonesa, tem sido muita pratica-

da atualmente. Por conta disso, algumas igrejas da Primeira Re-gião viram nessa prática uma estratégia eficaz de evangeliza-ção. Foi o que fez a Igreja Meto-dista em Realengo ao criar o Lutar por Cristo. Idealizado por Marcelo Garcia Sousa, o pro-grama visa, além de ensinar a arte do jiu-jitsu, ganhar vidas para o Reino de Deus. Quem também teve essa mesma ini-ciativa foi a Igreja Metodista do Jardim Botânico. Lá, as aulas estão sob a responsabilidade do pastor Silvio Amaral, que é fai-xa preta em jiu-jitsu.

O Lutar com Cristo, que é coordenado por João Batis-ta, começou há três anos. Ao longo desse tempo, o trabalho cresceu. Por isso, núcleos do programa foram criados em outras igrejas, como Jabour, Rio da Prata e Vila Kennedy. As aulas, que acontecem sobre o tatame, nas dependências do templo, contam com oração, leitura da Palavra de Deus e louvor, além dos treinos.

Segundo informou a Coor-denação do programa, a maio-ria dos alunos não é evangélica e pertence às comunidades do entorno das igrejas. Embo-ra promovam a graduação de faixas, o objetivo maior é levar os alunos a Cristo. Mas os re-sultados têm sido muito bons.

De acordo com Marcelo Gar-cia, “cerca de 150 pessoas já se converteram por meio do Lutar por Cristo”.

A Coordenação informou também que todos os profes-sores, que atuam como volun-tários, são faixa preta e ligados a alguma federação de jiu-jitsu do Rio de Janeiro. O Lutar por Cristo atende gratuitamente crianças e adultos. Por isso, as turmas são divididas por faixa etária. Em Realengo, por exemplo, existem 80 alunos. No entanto, a média por nú-cleo é de 30.

De acordo com João Batista, o programa está para ser inau-gurado em Padre Miguel. Além

disso, em breve, núcleos chega-rão a Anchieta e Nilópolis. De acordo com o coordenador, o trabalho tem sido gratificante. “Dos alunos que se converte-ram, alguns ficaram em nossas igrejas. Há aqueles, porém, que procuram outras denominações para congregar”, comemora.

Na IM do Jardim Botâni-co, as aulas também acontece nas dependências da Igreja. De acordo com o pastor Silvio Amaral, o programa, em fun-cionamento há um ano, conta com 25 alunos. Ele informou também que já houve 15 con-versões. “Treinamos durante uma hora e meia. Depois do treino, ministro a Palavra, e

depois oramos pelos pedidos apresentados”, comenta pastor Silvio.

Ele também obteve mais uma conquista: o dono da aca-demia onde ele treina, que por nove vezes foi campeão mun-dial de jiu-jitsu, reconciliou--se com Cristo. Isso é fruto do trabalho de discipulado que o pastor vinha fazendo naquele centro de treinamento. “Ele está congregando na Metodis-ta do Jardim Botânico. Para mim, como pastor, esse é um dos trabalhos que mais trazem frutos”, conclui.

Essa visão de discipulado também acontece no Lutar por Cristo. No Jabour, as crianças

também participaram de de-vocionais. Já as mães são dis-cipuladas enquanto os filhos concluírem o treinamento. De acordo com a Coordenação do programa “a ideia é que esse modelo seja adotado por outras unidades do Lutar por Cristo”.

O Lutar por Cristo faz parte da Coordenação de Esportes, que é um braço do Ministério de Ação Social da Primeira Região. Segundo o seu coor-denador, Roberto Dog, ainda existem desafios a serem en-frentados nessa área. “Para al-guns, o esporte é só diversão. No entanto, trabalhamos com o fim evangelístico. Por isso, pretendemos ampliar as ati-vidades, a fim de atrair mais pessoas, como o pessoal da ter-ceira idade, com a implantação, por exemplo, da ginástica”, de-clara Roberto Dog.

Segundo a Coordenação do Lutar por Cristo, para abrir um núcleo do programa, bas-ta a igreja ter um tatame e um professor. No entanto, para aquelas que não dispõem de todo o material, os coordena-dores dão um suporte durante os seis primeiros meses a fim de que a igreja consiga fundos para equipar-se. Os interessados em implantar o programa de-vem entrar em contato com o coordenador João Batista pelo telefone (21) 99666-9981 ou pelo e-mail: batistaoparente @yahoo.com.br.

Salvação no tatameUsando o jiu-jitsu como estratégia, Igrejas da Primeira Região levam vidas a Cristo

n Andreia Brilhante

Colaboradores do Projeto Lutar por Cristo durante evento realizado na Metodista de Cascadura. Roberto Dog (segundo da esquerda para à direita) é o Coordenador Regional de Esportes

Membros da célula do Jiu-Jitsu na IM do Jardim Botânico

IGREJAS

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IGREJAS EM AÇÃO

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Igreja de portas abertasCatedral Metodista do Catete comemora seu 136º aniversário durante um mês

Dia do Juvenil MetodistaJovens da Primeira Região participam de programações especiais para comemorar a data

Com o slogan 136 de por-tas abertas para te rece-ber, a Catedral Metodis-

ta do Catete comemorou mais um ano de existência. Como a data se deu em setembro, quando tem início a estação das flores, a igreja promoveu também a Festa da Primeira. A celebração alusiva ao 136º ani-versário da Catedral, porém, estendeu-se por todo o mês, com a realização de eventos es-peciais. A programação contou com a presença dos cantores Izaías Mendes, Gisele Trinda-de, Marcos Góes, Nani Azeve-do e Kleber Lucas. Os bispos Roberto Alves (4ªRE) e Paulo Lockmann (1ªRE), além dos pastores Hélder Machado e Neil Barreto, também partici-param do evento.

A fim de marcar bem a esta-ção, o pátio da Catedral, além de ter seu espaço ocupado por barraquinhas, foi todo enfeita-do com flores. Durante a Festa da Primavera, segundo os or-ganizadores, cerca de 1,5 mil pessoas circularam pela área externa da igreja. Em se tratan-do de zona sul, é um número bem significativo. “O perfil dos moradores é bem diferente. As pessoas, por exemplo, têm re-ceio de entrar nas igrejas. Por isso, aproveitamos a oportuni-dade para trabalhar com um evangelismo infiltrado no even-to”, comenta o pastor auxiliar da Catedral, Thiago Carneiro.

As barracas, onde foram vendidos doces, salgados e ar-tesanatos, ficaram sob a res-ponsabilidade dos membros

da igreja, que se dividiram em grupos. Houve espaço também para brincadeiras. O pula-pula e o touro mecânico atraíram a atenção da criançada. Prepara-dos para acolher todos os que chegavam, os organizadores do evento, além de receberem cada visitante, oravam por eles.

“Entregamos 50 Bíblias e todos os visitantes foram evangeliza-dos”, afirma a coordenadora do Ministério de Acolhida e Inte-gração, Nelly Matolla.

Para o pastor Marcello Fra-ga, titular da Catedral Me-todista do Catete, a Festa da Primavera alcançou sua pro-

posta inicial de aprofundar o relacionamento com a comuni-dade. “A igreja está no bairro há 136 anos. Por isso, precisamos estreitar essa relação. Percebe-mos que a Festa foi bem acei-ta e tivemos a participação de muitos moradores. Foi muito gratificante. Acredito que esse estreitamento torna a igreja ain-da mais visível na localidade”.

A Catedral ainda realizou a Noite do Vinil Gospel, com José Milson Fabiano e sua Ban-da do Vinil. Sete pessoas que completaram 20 anos como membros da igreja também fo-ram homenageadas. Durante a festividade, os missionários do Projeto Salta África, que foram para o Senegal, contaram um pouco de suas experiências e expectativas sobre o projeto.

Realizado no segundo do-mingo de setembro, o Dia do Juvenil Metodista

movimenta todas as igrejas lo-cais com programações espe-ciais para comemorar a data, prevista pelo Estatuto da Con-federação Metodista de Juve-nis. A Primeira Região partici-pa ativamente das comemora-ções e este ano a Federação Metodista de Juvenis (Femeju) realizou também sua tradicio-nal festa, na Igreja de Cascadu-ra. Nesta edição, a programa-ção reuniu 1,4 mil juvenis, vin-dos de toda parte do Estado, durante um dia inteiro. “A Fe-deração se preparou para esse dia com muita expectativa. Houve muita divulgação, e pla-nejamos uma festa em que o foco fosse realmente mostrar que a liberdade só é encontrada em Cristo”, conta a presidente da Femeju, Larissa Pinheiro.

Além da tradicional Festa da Federação, muitas igrejas locais se prepararam para homena-gear o juvenil metodista, como ocorreu na Betel de Campo

Grande. Os juvenis que chega-ram à igreja pela manhã foram surpreendidos na classe de Es-cola Dominical com um bonito café da manhã, preparado por seus conselheiros Marcelo e Mônica Dias. Para Marcelo, é gratificante cada esforço em prol do Reino de Deus. “Gos-tamos muito do nosso trabalho. Graças a Deus, a classe está crescendo muito. Hoje quase 60% dos componentes do Mi-nistério de Louvor da Igreja são juvenis”, declara.

A comemoração do Dia do Juvenil também foi lembrada na Igreja Metodista de Realen-go. O culto teve como tema A revolução do amor. Pela primei-ra vez, os juvenis ficaram res-ponsáveis por cuidar de todo o culto, tanto na ministração dos louvores, direção do culto e encenação teatral, quanto no preparo do cachorro-quente da cantina. Já a ministração da Palavra ficou por conta do pas-tor da juventude local, Herbert Nogueira, que fez os presen-

tes refletirem sobre o seguinte questionamento: “Ainda existe amor?”. De acordo com Juliana Vaz, os juvenis colocaram a igre-ja para adorar ao Senhor com bastante alegria. “Nem preciso dizer da animação do culto. Te-nho certeza de que marcou não só a igreja, mas a Sociedade de Juvenis também, que trabalhou em unidade” compartilha.

No culto da Igreja Metodista do Vidigal, os juvenis também tiveram participações especiais. O grupo, que, de acordo com o

pastor local, Vagner Rosa, é bem ativo e participativo, dirigiu o culto e apresentou coreografias. O pregador da noite foi o pastor Roberto Rocha, a convite dos próprios juvenis. A festa con-tou também com a participação musical do Ministério Governa Sobre nós. “Foi uma bênção o culto. Os juvenis estão sempre envolvidos em muitos projetos e presentes em quase todas as programações da igreja”, afirma o pastor Vagner.

O Dia do Juvenil Metodista é comemorado anualmente e ar-recada em cada igreja uma ofer-ta especial que, de acordo com Larissa, é investida em projetos da Sociedade. “Todo dinheiro é destinado a fazer com que o ju-venil cresça em Cristo por inter-médio de nossos trabalhos”, diz. Para a presidente, a data é muito especial e representa o carinho da igreja com cada adolescente. “Um juvenil bem acolhido e que sabe o seu valor dentro da igreja tende a permanecer, fortalecen-do, assim, o corpo e crescendo em graça”, conclui.

A Festa da Primavera marcou e atraiu a população da localidade Pastores da igreja local acompanhado por suas esposas

Um café da manhã especial animou os juvenis na Betel de Campo Grande

Muitos cantores e bandas também

prestigiaram o evento

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n Carla Tavares

Promovendo a verdadeira alegriaIM de Botafogo realiza ação missionária que vem criando raízes sólidas no bairro

Ação evangelística em Botafogo

Além do trabalho realizado pela Colônia de Férias Reino da Alegria, a Expansão mis-

sionária da Igreja Metodista em Botafogo, coor-denada por Sebastião Castro, também realiza outras atividades na região. Um desses eventos é o “Botafogo com Cristo”, que é um trabalho evangelístico promovido a cada dois meses. A proposta é realizar um dia missionário e atuar de formas efetiva no bairro com evangelismo criativo, ação social e missão integral.

Durante a programação, tendas são monta-das na Praça Dona Marta e os profissionais vo-luntários prestam atendimentos de aferição de pressão, medição de glicose e corte de cabelo, entre outros serviços. Os evangelistas também sobem a comunidade para fazer visita aos lares levando a Palavra de Deus aos corações.

Outra estratégia utilizada é promover ofi-cinas que ensinam trabalhos manuais. “Na última oficina, ensinamos a fazer a pulseira da salvação, cujo material as pessoas pude-

ram levar para casa”, ressaltou Castro. Além disso, houve também apresentações teatrais de cunho evangelístico. Outras ações tam-bém são feitas com frequência pela expansão missionária como distribuição de literatura cristã e bazar nas dependências do templo.

Com o objetivo de realizar uma ação missionária no bairro, há cerca de

seis anos, a Igreja Metodista em Botafogo promove a Colô-nia de Férias Reino da Alegria. A cada ano, são atendidas cer-ca de 200 crianças, com idade entre 4 e 12 anos, que são se-paradas em cinco turmas de meninos e de meninas. A pro-posta evangelística é uma ini-ciativa do ministério local de Expansão Missionária, lidera-do pelo irmão Sebastião Cas-tro, e conta com alguns parcei-ros, como a Igreja Batista da Comunidade Dona Marta, a Escola Alemã Corcovado e a Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).

O trabalho da colônia surgiu do desejo de alcançar e apro-ximar os moradores da comu-nidade Dona Marta, que fica próxima à igreja, por meio do anúncio do Evangelho de Cris-to. Além disso, eles promovem uma ação missionária em todo o bairro. “Nossa visão é de Reino. Não queremos defender placa de denominação, mas sim apre-sentar Jesus para as pessoas e manifestar o fruto do Espírito para essas vidas”, explica o coor-denador Sebastião Castro.

Este ano o tema escolhido para a Colônia foi: No time de Jesus somos mais que vencedo-res, numa referência à Copa do Mundo realizada no Brasil, entre junho e julho. “Sempre buscamos um tema bíblico que esteja contextualizado e que trabalhe nas crianças noções de civismo, comportamento, higiene e cuidados com o meio ambiente”, pondera Castro.

Para Keila Guimarães, Agen-te Nacional do Projeto Sombra e Água Fresca, que atua como monitora durante a Colônia de Férias, o tema escolhido favore-ceu a inserção de uma Minio-limpíada. “Na ocasião, a Escola Alemã Corcovado disponibi-lizou suas dependências para realizarmos várias atividades olímpicas durante aquela se-mana”, lembra Keila.

A abertura da Colônia acon-teceu na IM de Botafogo com várias atividades internas e externas como a apresentação da banda da PMERJ, evange-lismo de impacto e lazer para os pequenos. Já o encerramen-to foi feito em duas etapas. A primeira na Igreja Batista do morro Dona Marta por meio de ação social, evangelismo e a participação de irmãos de ou-tras denominações. E a segun-da ocorreu na IM em Botafogo com um culto evangelístico, para o qual os pais das crian-ças e toda comunidade foram convidados a participar.

Resultados animadoresA Colônia de férias metodista tem refletido o amor de Deus para essas crianças que convi-vem diariamente com a violên-cia, a exclusão social e o abando-no. A garotada recebe uma boa noção de educação cristã, cultu-ra e vida em sociedade, além de uma programação variada com muita diversão, passeios, ginca-nas, esportes, lazer e alimenta-ção durante toda a semana.

“Nós promovemos uma ver-dadeira Escola Bíblica de Fé-rias com todo aprendizado fo-

cado em apresentar Jesus para essas crianças e seus familia-res”, explica Sebastião Castro. Os parceiros ajudam disponibi-lizando espaços como parques aquáticos e quadras poliespor-tivas, colaborando ainda com o transporte para os passeios externos, entre outras doações.

“Em todos os anos fazemos uma atividade externa diferen-te. Já fomos ao zoológico, mu-seus, Cidade das Crianças e a muitos outros lugares”, ressalta o coordenador.

De acordo com Castro, os pais aprovam a atividade. “A colônia já faz parte do calen-dário da comunidade e existe uma expectativa muito grande por parte dos moradores”, de-clara. Keila Guimarães ressal-ta também que as crianças que participam são moradoras da comunidade Dona Marta ou fi-lhos de pessoas que trabalham nos arredores. “Existe todo um acompanhamento dessas famílias para sabermos quem de fato poderá ser beneficiado com o evento”, enfatiza.

Muitos testemunhos de crian-ças que mudaram seu comporta-mento em casa e tiveram a cria-

tividade aguçada para o apren-dizado vêm sendo colhidos desde que o trabalho começou. “Muitos pais nos procuram para agradecer pela mudança dos fi-lhos depois da participação na colônia. E isso é muito gratifi-cante”, alegra-se Keila.

Além dos parceiros, alguns voluntários também colaboram com a realização do evento aju-dando na preparação dos lan-ches, apadrinhando as crianças e auxiliando como monitores, entre outras atividades. Castro disse ainda que as reuniões de planejamento da Colônia de Fé-rias Reino da Alegria iniciam-se em outubro todo ano. “Nessas reuniões definimos o tema, se-paramos as equipes de trabalho, preparamos o material pedagó-gico, definimos os passeios e todas as atividades que iremos realizar”, completa.

Atividades esportivas também fazem parte da programação da colônia

Evangelistas saem às ruas da localidade para proclamarem o amor de Deus

O evento também atende a população por meio de profissionais voluntários

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Missão na RocinhaIgreja Metodista completa 61 anos pregando a Palavra na comunidade

Vencer os desafios e bar-reiras para falar do amor de Deus em uma

comunidade não é uma tarefa fácil. Entretanto, os metodis-tas da Rocinha, sob a liderança do pastor Nélio do Espírito Santo, estão empenhados nes-sa missão. Há mais de 60 anos a igreja assumiu esse compro-misso de serviço na Rocinha, uma das maiores e mais co-nhecidas comunidades do Rio de Janeiro, com cerca de 300 habitantes.

Para celebrar a data, re-centemente, houve um dia de programação especial. Pela

manhã foi realizado um culto em Ação de Graças, com a pre-gação do pastor titular da igre-ja, Nélio do Espírito Santo, e a participação musical das crian-ças matriculadas na escola da Associação Metodista de As-sistência Social (AMAS), que funciona nas dependências da igreja. A festividade contou também com bazar, cantina e brincadeiras para as crianças. Moradores e pais dos alunos compareceram ao evento.

Para completar a programa-ção, foi celebrado um culto ao ar livre que marcou o aniversá-rio da igreja. Os instrumentos

foram colocados em frente ao templo e os louvores chama-vam a atenção das pessoas que passavam pelo local no mo-mento. Com estilo sertanejo, o cantor Léo Mesquita e Banda animaram os presentes com suas músicas.

Para o pastor Nélio do Es-pírito Santo, além de pregar o Evangelho, a igreja tem as-sumido um papel naquela lo-calidade de formação moral e oferecido recursos com vistas a promover uma transformação social. “Atender o ser humano e oferecer possibilidades para o seu pleno desenvolvimento,

seja nos relacionamentos ou no crescimento de forma geral, é trabalhoso. Por esse motivo, trabalhar com crianças e ajudá--la a se desenvolver são um dos maiores desafios que temos na Rocinha. Sem esquecer que a juventude e a família também precisam dos nossos cuidados”, ressalta o pastor local.

A Escola da AMAS aten-de cerca de 400 crianças na comunidade com educação infantil. Esse projeto ajuda a fazer uma aproximação en-tre escola, igreja e família. “A demanda é muito grande. A quantidade de crianças que te-

mos aqui ainda é muito grande em relação ao número que nós estamos atendendo”, diz Nélio.

Segundo Nélio, ainda há muito a ser feito na localidade. “Eu tenho um grande sonho para essa comunidade. Preci-samos fazer alguma coisa para ajudar na orientação sexual e alertar para os perigos do en-volvimento com a violência, drogas”, enfatiza o pastor, res-saltando que o contato com o que é ilícito começa muito cedo. “Precisamos criar algum projeto que atenda a criança como um todo e ajude nesse sentido”, completa.

IGREJAS EM AÇÃO

NOTAS

IM em Botafogo: 12 anos de existêncian A Igreja Metodista Missio-nária em Botafogo, pastoreada pelo reverendo Antonio Faleiro, completou 12 anos de cami-nhada na propagação do Evan-gelho. A data foi celebrada com a realização do Culto do Reen-contro. A festividade contou com a presença do bispo Paulo Lockmann, que trouxe uma mensagem da Palavra de Deus enfocando os desafios missioná-rios que a Igreja local tem en-frentado ao longo desses anos. Na ocasião, estiveram presen-tes várias pessoas que fizeram parte da história da igreja e que neste momento de celebração se reencontraram e voltaram às suas raízes de fé e compromisso.

A irmã Jovanira Valcacio, presidente da Sociedade de Mulheres e primeira convertida na Igreja, escreveu um históri-co sobre os 12 anos da congre-gação. Fez parte da programa-ção também a apresentação de um grupo feminino de vocal, regido pela reverenda Renil-da Garcia. A Congregação do

Engenho Novo esteve presen-te com uma grande comitiva e uma palavra de saudação de seu pastor titular, Marcio Sias.

Ação evangelística marca Iraján A igreja Metodista em Irajá, sob a liderança dos pastores Carlos Henrique e Gláucia Silvestre, promoveu, recente-mente, uma escola dominical diferente. O Ministério local de Trabalho com Crianças, coordenado pela irmã Chris-tiane Amorim, havia progra-mado um evangelismo nas re-dondezas da Igreja. O projeto contagiou outros departamen-tos e o resultado disso foi vis-to pelos moradores do bairro. “Caminhamos até a estação do metrô de Irajá e lá anunciamos o amor de Jesus com canções, coreografias, testemunhos, fo-lhetos, evangelismo pessoal e muita alegria”, enfatiza a pas-tora Gláucia. Faixas anuncia-vam Jesus aos motoristas que circulavam pelo local. “En-quanto os semáforos fechavam o trânsito, os folhetos eram

compartilhados. Foi uma ma-nhã muito abençoada”, conclui a pastora local.

Culto do Idoso em Nova Iguaçu n A Igreja Metodista Missio-nária da Posse, Nova Iguaçu, liderada pelo pastor José Car-los Vieira Cardoso, promoveu no início de outubro o culto em homenagem aos idosos. A celebração contou com a pre-sença da coordenadora distri-tal Ester Silva e do presidente da Associação dos Moradores do bairro, sr. Ailton Oliveria. Os membros idosos da con-gregação compareceram para prestigiarem o evento. Foram distribuídos exemplares do Es-tatuto do idoso e um vídeo com informações sobre terceira ida-de no país.

Dias de Celebrações em Sarapuí n Há 19 anos anunciando o Evangelho da salvação na loca-lidade, a Igreja Metodista em Sarapuí, Realengo, liderada pela pastora Maria das Dores dos Santos, comemorou a data em setembro. O tema do even-to foi Venha o Teu Reino, com base em Mateus 6.10.

O culto contou com a pre-sença do pastor Luiz Carlos Silva, da Igreja Ministério Vi-vendo em Cristo; dos pastores Paulo Santos, da Igreja Meto-dista Ortodoxa; e Sônia Soa-res, da Assembleia de Deus,

que foram os preletores. Para abrilhantar ainda mais a festi-vidade, no último dia da pro-gramação, foi realizado o ba-tismo de três novos membros e a ministrarão da Santa Ceia. “Que Deus possa estar fortale-cendo cada vez mais esses no-vos membros. E que ele possa continuar abençoando todos os irmãos da igreja”, declara An-dréia Dias, coordenadora do Ministério de Comunicação.

Novo templo em São Pedro da Aldeian “O que daremos nós a Ti, por Seu amor e benefício?” A frase resume o sentimento expressa-do pelos pastores Thiago Brum e Gabrielle Dohler, líderes da Igreja Metodista em Balneário das Conchas, São Pedro da Aldeia, sobre o que Deus tem realizado naquele lugar. Em se-tembro, a igreja inaugurou um templo novo, com capacida-de para mil pessoas sentadas. “Como é bom pastorear esse povo lindo e guerreiro! Somos pastores abençoados pelo Se-nhor por estarmos aqui”, res-salta Thiago.

O templo foi construído por meio de um mutirão, no qual homens e mulheres colocaram--se à disposição de Deus para realizarem a obra. “Gratidão, essa pequena palavra de senti-mento tão intenso e que anda em desuso entre nós, tem movi-do nossos corações nos últimos dias”, enfatiza o pastor local.

Segundo o pastor Thiago, a Igreja Metodista existe há 49 anos na localidade e tem marcado a cidade com seu trabalho de evangelização. “O metodismo vem crescendo a cada dia e, por esse motivo, foi necessário erguer esse novo templo, pois o anterior já não comportava mais os membros. Sou grato ao Senhor por mo-ver vidas com a finalidade de iniciar sua obra no bairro de Balneário das Conchas em São Pedro da Aldeia”, completa.

Festividade na Metodista em Geribán A Sociedade de Mulheres da Igreja Metodista de Geri-bá, Armação dos Búzios, sob a liderança do pastor Cristiano Alves, comemorou 10 anos de dedicação à obra do Senhor. Na ocasião, a Igreja Metodista em Manguinhos, também es-teve presente e foi uma oportu-nidade de unir as duas igrejas.

A programação contou com o coral da igreja de Mangui-nhos, Sociedade de Mulheres da IM Central de Búzios, Con-gregação do Cruzeiro e Con-gregação de José Gonçalves. Além disso, houve a participa-ção de muitos cantores convi-dados. “E foi com muita alegria que fizemos uma integração entre as igrejas metodistas. Foi muito interessante esta unidade entre as sociedades metodistas”, enfatiza o pastor Cristiano Alves..

Crianças da Escola que funciona na comunidade se apresentam durante culto de celebração pelo aniversário da igreja

Evangelismo de impacto mobilizou os metodistas em Irajá

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REGIÃO

Em um momento inédito, a Primeira e Sétima Re-giões Eclesiásticas, que

compõem o Estado do Rio de Janeiro, estiveram reunidas em eventos distintos para a reali-zação do Ministerial. Lideran-ças e representantes da 7ªRE se concentraram em Teresópo-lis, de 22 a 24 de outubro; e da 1ªRE, em Paty do Alferes, de 28 a 31 de outubro. Ambos os encontros tiveram como foco o discipulado. No entanto, mo-mentos de comunhão e confra-ternização também fizeram parte da programação.

Ministerial da 7ªREEm processo de independência da 1ªRE, a Sétima Região, que corresponde à área norte do estado, promoveu seu primeiro Ministerial. Pastores e pastoras, representando os distritos de Niterói, São Gonçalo, Itaocara, Pádua, Cabo Frio, Macaé, Três Rios, Petrópolis e Teresópolis, além de familiares, marcaram presença no evento, realizado em Teresópolis. O superinten-dente distrital missionário, pas-tor Carlos Roberto de Oliveira Queiroz, acredita que o mo-mento seja bastante especial. “Começamos a provar, de fato, a experiência da multiplicação. Queremos crer que Deus reser-vou um tempo de bênçãos para o nosso estado, e a visão de um milhão de discípulos se renova. Já vejo o agir de Deus de forma sobrenatural na vida do corpo pastoral da Igreja Metodista da 7ªRE”, diz o reverendo.

Os presentes participaram de uma programação que en-volveu ministrações, devocio-nais, cultos, louvores, momen-tos de intercessão, confraterni-zação e lazer. De acordo com o bispo Paulo Lockmann, desde o início “o evento foi marcado por um clima muito espiritual, uma comunhão rica”. Além dele, estiveram presentes o bis-po José Carlos Perez (3ª RE) e o pastor Emanuel Adriano Si-queira da Silva (6ªRE), mais conhecido como Mano. Foram realizados workshops sobre al-guns temas, como A transição para uma Igreja de Discípulos/discípulas, ministrado pelo pastor Mano; A consolidação

no Discipulado: passo decisivo, pelo pastor Luiz Eduardo dos Santos Silva; e Pastoreio de pastores e pastoras e Cuidando de quem cuida, ambos pelo bis-po Paulo Lockmann.

De acordo com o reverendo Mano, quando os pastores se reúnem para ouvir e ser mi-nistrados, o resultado pode ser um marco em termos de avan-ço e de crescimento. “Quando humildemente nos colocamos para ser ajustados e somos sen-síveis à voz de Deus, a conse-quência pode ser bênçãos para toda a Região”, analisa. Em sua pregação, ao se referir ao disci-pulado, ele destacou que o Au-tor da História é o Senhor, e os servos de Deus são meros agen-tes. E declarou ainda que “ter um modelo de discipulado não é ruim, mas só o modelo pode limitar. Temos de estar sensí-veis à voz e direção do Espírito”.

O bispo Lockmann com-plementou a palavra do pastor Mano, na ocasião, a respeito de modelos para discipular, afir-mando que o problema não é metodologia. “O modelo é dado por Jesus. É só obedecer a Je-sus. É preciso viver de acordo a realidade de cada localidade e seguir Jesus. Certamente, Ele abençoará porque foi quem deu o mandado do Ide. O modelo que queremos está no exemplo de Cristo”, comenta.

Para o pastor Luiz Eduardo dos Santos Silva, da Metodista Betel de Cabo Frio, ao traba-lhar a questão do discipulado, a igreja não está apenas sen-do incentivada a ganhar vidas para Jesus, mas também a manter as conquistas por meio de um ambiente acolhedor e consolidador. “É importante cuidar e reter. Não deixar que os frutos saiam pela porta dos fundos da Igreja”, afirma

Ministerial da 1ªRE Com uma programação que envolveu estudo e reflexão, e também momentos de comu-nhão e descontração, o Minis-terial da 1ªRE contou com a participação ativa de cerca de 400 pastores e pastoras. Além do bispo Paulo Lockmann, mi-nistraram durante o evento os bispos Carlos Alberto Tavares

Alves, da Região Missionária da Amazônia (Rema); e João Carlos Lopes, da Sexta Região Eclesiástica. O superinten-dente distrital missionário da 1ªRE, pastor Lúcio Sant’Anna, ressaltou que o conteúdo foi muito rico, com ideias mais consolidadas de como cami-

nhar, o que contribuirá muito para o crescimento. “Tudo que foi abordado será aplicado na igreja local e resultará em mui-tos frutos”, assevera.

Como aconteceu com a 7ªRE, o encontro foi uma opor-tunidade de fortalecimento da nova identidade da 1ªRE, com sua atual estrutura e configura-ção. Há 20 anos, sob a lideran-ça do bispo Paulo Lockmann, a Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro reunia pouco mais de 60 pastores. Atualmen-te a Região concentra em todo o Estado mais de 600. Segundo Lockmann, isso é fruto de um processo de maior paixão, recu-peração da herança wesleyana, crescimento e discipulado. “A ênfase que tem sido trabalhada é a de uma Igreja de discípu-los e discípulas, de discipulado como estilo de vida, modo de pastoreio e estratégia de cresci-mento”, destaca o bispo.

Ainda de acordo com Lock-mann, as mensagens pregadas buscaram ajudar as pessoas a caminharem dentro de uma mesma visão. Para o bispo João Carlos, nessa área do discipula-do, o Ministerial contribui para afinar os trabalhos por meio do compartilhamento, troca e

aprendizado. Já o bispo Carlos Alberto Tavares acredita que o discipulado, uma realidade antiga na Igreja Metodista, está numa nova fase. “Estamos num momento de crescimento, mul-tiplicação, fazer discípulos e formar líderes. As conferências ministradas ajudaram no en-tendimento da Igreja como um grande movimento evangelísti-co e missionário. As contribui-ções foram na direção de um discipulado com maturidade e consolidação”, afirma.

Os frutos foram muitos e os pastores saíram renovados para a caminhada pastoral. O líder da Metodista de Botafo-go e superintendente distrital do Catete, Antônio Faleiro, disse que é difícil mensurar a unção do Espírito Santo nes-ses eventos. “Foram momentos muito impactantes. Os bispos que ministraram foram, de fato, instrumentos nas mãos de Deus para que a Igreja Meto-dista fosse motivada a crescer na graça e no poder de Deus. Foi uma oportunidade de ouvir e receber para transmitirmos posteriormente as bênçãos para

nossos irmãos e irmãs nas igre-jas locais”, analisa.

O pastor Paulo Rangel, da Igreja Metodista de Pilares e superintendente do Distrito de Cascadura, considerou que as pregações voltadas para o discipulado contribuíram para um crescimento saudável da

Igreja. “O ambiente foi de mui-ta comunhão, com oportunida-de de trabalhar o que cada um tem feito nas suas igrejas. As experiências passadas foram muito enriquecedoras”, comen-ta pastor Rangel. Já o desafio de não desistir dos sonhos é um dos frutos destacados pelo pastor Jean Franco, de Manti-quira, Distrito de Caxias, que participou pela primeira vez do evento. “O que a gente ouviu dos bispos, que já possuem tan-ta experiência e nunca desisti-ram, porque sabem que Deus está à frente, nos incentiva a caminhar em frente seguindo a vontade de Deus”, declara.

Já para Rogério Machado, pastor da IM em Piebetá, o Ministerial foi diferente pelo fato de reunir apenas os pasto-res e pastoras da Primeira Re-gião. No entanto, ele ressaltou que houve um sentimento de unidade muito grande. “Ga-nhamos aqui muita experiên-cia com oportunidade de mui-ta troca, não só nos momentos das preleções, mas também durante momentos de confra-ternização”, disse.

Unidos num só focoEm eventos distintos, Sétima e Primeira Regiões realizam Ministeriais voltados para o discipuladon Nádia Mello

Bispo Lockmann celebrou a Ceia do Senhor nos dois eventos

REGIÃO

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As ações em prol do cres-cimento do Reino de Deus tem sido uma

prioridade da Igreja Metodista no Brasil e no mundo, bem como o cumprimento de uma das ordenanças de Jesus a todos os seus seguidores: Ide e fazei discípulos (Mt 28.19). Partindo desse princípio, meto-distas de todas as Regiões Ecle-siásticas e Missionárias partici-param do 1ª Encontro Nacional de Discipulado e Missão, ocor-rido entre 11 e 13 de setembro, em Curitiba (PR).

A Primeira Região foi re-presentada por uma caravana de 100 pessoas, incluindo o coordenador e a secretária re-gional de Expansão Missioná-ria, pastores Ronan Boechat de Amorin e Selma Antunes, além de outros pastores e membros. Quem também es-teve no evento e foi impactada com a diversidade do trabalho

que vem sendo aplicado foi a secretária executiva da AIM, Rosemari Pfaffenzeller. “A 1ª Região busca caminhos para desenvolver o discipulado nas igrejas. Com certeza, o evento contribuiu muito para isso. Foi uma maravilhosa troca de ex-periências”, diz Rosemari.

Com um público de cerca de 700 pessoas interessadas em aprender mais sobre as práticas do discipulado na igreja, o evento foi dividido em palestras e workshops. Na abertura do Encontro, o presi-dente do Colégio Episcopal da Igreja Metodista, bispo Ado-nias Pereira do Lago, afirmou que o discipulado, na vida do metodista, tem sido cada dia mais profundo, bíblico, eficaz e frutífero. “O povo metodis-ta tem se colocado diante de Deus de maneira incondicio-nal que, quando o Espírito Santo sopra e encontra ho-

mens e mulheres a sua dispo-sição, ninguém segura”.

Um dos palestrantes convi-dados para o evento foi o pastor Daniel Ho, da Igreja Metodista da Malásia. Ho compartilhou um pouco de sua experiência com a metodologia do discipu-lado implantada em sua igreja, onde os cultos têm uma fre-quência de cerca de três mil pessoas. “O pastor Daniel Ho

tem uma forma muito diverti-da de ensinar e um rico conhe-cimento”, comenta Rosemari.

No culto de encerramento, houve uma palavra de envio do presidente da Região Mis-sionária da Amazônia da Igreja Metodista, bispo Carlos Al-berto Tavares Alves, além das ministrações, louvores e mais uma palestra do pastor Daniel Ho. A Primeira Região trouxe

na bagagem, além do aprendi-zado, muita expectativa para colocar em prática as técnicas e os ensinos adquiridos duran-te os dias de evento.

Para os pastores que já tra-balhavam com discipulado em suas igrejas, as palestras ministradas atuaram como re-forços necessários para seguir nessa direção, como conta o pastor Pierre Lessa, da Igreja Metodista em Filadélfia. “A igreja já trabalha com o modelo de discipulado apresentado no Encontro, mas ouvir os teste-munhos dos pastores e bispos impactou meu coração. Deu uma força extra para prosse-guir com o trabalho. Realmen-te foi uma experiência muito boa”, declara pastor Lessa.

Pastoreio de pastores forma turma de mentoriaO Movimento Pastoreio de Pas-tores da 1ª Região, coordenado pelo pastor Clair Fernandes dos Santos, formou a primeira turma do Curso de Liderança Avançada Mentor Master. O evento foi acolhido pela Igre-ja Metodista em Cascadura e formalizou a entrega do cer-tificado do Instituto de Men-toria & Coach Cristão aos 33 formandos. O objetivo do curso é formar mentores, e surgiu da necessidade de haver pastores com essa qualificação na região.

Segundo o coordenador, a mentoria é uma linguagem ame-ricana e consiste em ensinar, aconselhar e orientar outra pes-soa, além de estimular e desper-

tar dons para a vocação pastoral. “Louvo a Deus por essa oportu-nidade de formar mentores no Rio de Janeiro. Queremos alcan-çar o nível de excelência para Igreja Metodista”, ressaltou.

O Curso de Liderança Avan-çada Mentor Master foi realiza-do em oito módulos, a cada dois meses, na Igreja de Cascadura, desde 2013. As aulas são minis-tradas por meio de uma parce-ria entre o Pastoreio de Pastores Regional, Instituto de Mentoria e Coaching Cristão, IMCC, Sepal e o Mapi. Para os alunos, o curso é uma ótima oportuni-dade de amadurecimento mi-nisterial e espiritual.

DNTC realiza encontro nacionalCerca de 130 pessoas de vá-rios estados do país, partici-param da 22ª edição do En-contro Nacional de Pessoas que Trabalham com Crianças da Igreja Metodista. O even-to aconteceu recentemente na Faculdade de Teologia, em São Bernardo do Campo (SP). A coordenadora do Departamen-to Nacional de Trabalho com

Crianças (DNTC), Rogeria de Souza Valente Frigo, destacou a importância do evento em nível nacional. “Esse número expressivo de participantes nos motiva. Percebemos que há uma preocupação dessas pes-soas para com as crianças de nossas igrejas”.

O coordenador Nacional de Educação Cristã (Conec), re-verendo Eber Borges da Costa, foi um dos palestrantes e abor-dou o tema Beleza, criativida-de e conteúdo na educação da fé. O pastor Eber falou também sobre a importância da edu-cação no contexto wesleyano. “Educação, no pensamento metodista, tem um lugar mui-to importante; ela é o anúncio que fazemos da salvação, ou seja, ela faz parte da missão”.

A secretária para a Vida e Missão, reverenda Joana D’Arc Meireles, trouxe um alerta. “A nossa reflexão está na contra-mão de muitas igrejas que es-tão desenvolvendo modelos de discipulados diferentes da pro-posta de Jesus”, diz. Já para a coordenadora do Departamen-to Nacional de Escola Domi-

nical, reverenda Andreia Fer-nandes de Oliveira, a criança precisa ser mais valorizada nos espaços litúrgicos.

Projeto Sombra e Água Fresca ganha nova unidadeO Projeto Sombra e Água Fres-ca da Igreja Metodista (PSAF) ganhou uma nova unidade com capacidade para atender 110 crianças e adolescentes. O novo espaço fica localizado em Mairinque (SP) e irá oferecer atividades de esportes (futebol e vôlei), educação cristã, música (violão) inclusão digital e recrea-ção (pingue-pongue e internet). A iniciativa é uma parceria rea-

lizada entre a Associação Meto-dista de Ação Social (AMAS) da Igreja Metodista em Cam-po Belo (SP) e a Cooperativa de Eletrificação Rural de Itu e Mairinque (Cerim).

O presidente do Cerim, Reynaldo Madureira Alves, ce-deu e reformou o espaço que era utilizado pela zeladoria da instituição, para atender a pro-posta do PSAF. Para a Agente Nacional do Projeto Sombra e Água Fresca, Keila Guimarães, a nova unidade é mais uma re-ferência na região. “Creio que as crianças e adolescentes que saírem daqui farão diferença na sociedade. Nossas crianças precisam de atenção”.

O bispo assistente para acom-panhar a área social da Igreja Metodista, José Carlos Peres, esteve presente na inauguração e acredita no resultado futuro. “Vejo essa iniciativa com bons olhos em um mundo que se apre-senta deserto e voraz, as crianças e adolescentes desse lugar encon-trarão esperança”, afirmou.

Fonte: portal naCional

Aprendendo a fazer discípulosPrimeira Região participa do Encontro Nacional de Discipulado e Missão em Curitiba

REGIÃO

Encontro recebeu caravanas de todas as regiões do país

Projeto Sombra e Água fresca é contemplado com unidade que já é referência na localidade

Formandos recebem diploma na Igreja Metodista em Cascadura

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AAssociação de Esposas de Pastores Maria José Dacorso promoveu no

final de setembro o seu 47º En-contro. O evento, que acontece anualmente, reuniu cerca de 100 mulheres durante um final de semana, na cidade litorânea de Búzios (RJ). Além de uma programação variada, o encon-tro também foi marcado pela eleição das mesas diretoras cor-respondentes à Primeira e à Sé-tima Regiões Eclesiásticas.

O tema desse ano, Um dia-mante nas mãos de Deus, de-monstrou o valor das mulheres junto ao ministério pastoral, na vida familiar e na Igreja. O bis-po Paulo Lockmann participou levando uma palavra especial para elas. Ele usou a figura do profeta Elias para mostrar como lidar com os conflitos, parte da natureza humana que mui-tas vezes afetam a família. “As esposas de pastores vivem um desafio, uma expectativa e às vezes uma cobrança diferencia-da. E esses encontros têm sido sempre de altíssimo nível, aju-dando na reflexão e no trato de questões específicas da família pastoral”, comenta Lockmann.

O envolvimento da esposa e da filha do bispo, Gláucia e Ângela Lockmann, é exemplo do com-promisso com a Associação de Esposas de Pastores. Para Ângela, o evento é um espaço para com-partilhar conquistas e desafios. “É muito bom esse momento de

partilha e discipulado entre cada uma de nós. É um privilégio ser esposa de pastor e fazer parte des-se ministério da família pastoral. Tenho dentro de casa os exem-plos deixados pela minha avó e minha mãe que me servem de inspirações e também podem ser referência para outras esposas”. Há 40 anos participando dos en-contros, Gláucia Lockmann con-ta que só faltou a quatro. “Temos

os mesmos problemas, as mesmas alegrias. Temos tudo em comum. Aqui é o momento em que nos encontramos e trocamos expe-riências. É muito gratificante”, testemunha Gláucia. Em clima de muita comunhão, o encerra-mento do evento foi marcado pela Santa Ceia.

REGIÃO

"Um diamante nas mãos de Deus"Sob esse tema, Encontro de Esposas de Pastores

ressalta o valor das mulheres na obra

Juvenis na Festa Regional

Evento reuniu jovens de todos os distritos na Igreja Metodista em Cascadura

Em comemoração ao Dia Nacional do Juvenil, ce-

lebrado em todas as igrejas metodistas em setembro, a Federação Metodista de Ju-venis (Femeju) promoveu a 14ª edição da Festa Regional dos Juvenis. Sob o tema: Li-vres. Livres?, evento reuniu cerca de 1,4 mil pessoas na Igreja Metodista em Casca-dura e contou com a partici-pação dos 24 distritos.

Foi um dia inteiro de ati-vidades. A programação teve início na parte da manhã com um culto de abertura que contou com participa-ções do projeto Jumemi e uma breve devocional mi-nistrada por Luciene Mar-tins. Além dos momentos de louvor e adoração, os juvenis também aproveitaram o dia para se divertir. Campeona-to de futsal, touro mecânico,

futebol de sabão, pula-pula e pingue-pongue foram al-gumas das brincadeiras.

Ainda na parte da tarde, os juvenis tiveram a opor-tunidade de participar de oficinas de louvor, dança, malabares, teatro, mídia e liderança. De acordo com a secretária de Comunicação da Federação, Juliana Lavi-nas, as atividades desenvol-vidas são importantes para a obra de Deus.

Durante o encerramento, os juvenis cultuaram a Deus em momentos de quebranta-mento, unidade e muita ado-ração, conduzidos por todos os ministérios da Jumemi. “A presença de Deus esteve na-quele lugar a todo o momen-to. Que não passe de nossa geração aquilo que Deus tem pra realizar por meio de nós”, declara Juliana.

Secretaria Regional de Ação Social divulga relatório de atividades

Terceira idade e a autonomia metodistaEncontro Regional traz tema sobre César Dacorso

Filho e a valorização dos idosos

Em Salmos 92.13-14, é dito que os que estão

plantados na Casa do Se-nhor florescerão nos átrios do nosso Deus; na velhice ainda darão frutos; serão vi-çosos e vigorosos. Essa pas-sagem bíblica, de fato, retra-ta o trabalho que o Ministé-rio da Terceira Idade vem desenvolvendo. Tido como um dos grupos mais ativos da Igreja Metodista da Pri-meira Região, os idosos rea-lizaram o 14º Encontro Re-gional. O evento, que acon-teceu na Escola de Missões, de 12 a 14 de setembro, reu-niu mais de 300 pessoas.

O tema do evento versou sobre a vida do bispo César Dacorso Filho e a sua im-portância na autonomia do Metodismo no Brasil. De acordo com a coordenadora regional, pastora Ruth Silva, esse assunto foi escolhido

em função do pouco conhe-cimento que os metodistas têm a respeito da própria his-tória. “César Dacorso Filho foi muito importante para o Metodismo brasileiro por todo o trabalho desenvolvido junto à Igreja e também para a formação de pastores”, ex-plica a reverenda.

Um painel, com base no tema, contou com a parti-cipação dos pastores Uriel Teixeira e Clóvis Paradela, tendo o reverendo Edson Fernandes como mediador. Segundo o pastor Paradela, quem não conhece a própria história dificilmente terá um bom futuro. “Só temos clareza do nosso objetivo quando temos também mui-ta convicção do que somos e por que somos, do que nos trouxe até aqui e dos desafios daqui para frente”, finaliza.

Com o objetivo de infor-mar e esclarecer os me-todistas da Primeira Re-

gião Eclesiástica, o pastor Ed-vandro Machado Cavalcante, secretário executivo de Ação Social, apresentou um resumo das principais atividades e eventos realizados recentemen-te pelo segmento.

Pastoral CarceráriaA Pastoral Carcerária da Igre-ja Metodista está presente na Casa de Custódia no Município de Magé (RJ), levando a luz do Evangelho àquele local de trevas e com muitos frutos. Sete presos foram batizados e muitos outros

ouviram a mensagem de espe-rança do Evangelho. Toda a equi-pe de evangelistas está motivada e feliz pelo privilégio de servir ao Senhor, sendo sinal de vida em meio a uma realidade marcada pela morte e desânimo. Estão planejados outros batismos neste presídio ainda este ano.

Orando pela JustiçaOrando pela Justiça é uma ati-vidade realizada pela Pastoral de Combate ao Racismo, coorde-nada pela teóloga Maria da Fé, e tem por finalidade estimular nossas igrejas locais a orarem para que a justiça esteja presen-te em nossas cidades, pois é si-

nal do Reino de Deus, do qual somos representantes como Igre-ja de Cristo Jesus. Em setembro, este evento ocorreu em duas igrejas da região. O primeiro na Igreja Metodista no Vidigal, uma das comunidades pacificadas no município do Rio de Janeiro. E o outro na Congregação Meto-dista em Morro Azul. Foi uma oportunidade orarmos pela cida-de e por todas as Comunidades pacificadas.

Pastorais SociaisTodas as Pastorais Sociais que compõem a Secretaria Executiva de Ação Social da Igreja Meto-dista da 1ª Região estiveram reu-nidas na Sede Regional, no início de Setembro, para avaliar o tra-balho que realizaram e planejar atividades. O encontro foi um importante momento de renova-ção de forças e motivação para o exercício do amor ao próximo.

Veja as mesas diretoras eleitas1ª RegiãoPresidente: Cassiana Mª Arruda FerreiraVice-presidente: Eliane Gouveia dos S. LadeiraSecretária de atas: Ludmila M. da Silva CoutoSecretária de correspondência: Glória Regina S. de OliveiraAssessora financeira: Alda Paz CostaSuplente: Othléa Oliveira

7ª RegiãoPresidente: Elaine Fraga Vice-presidente: Ângela LockmannSecretária de atas: Silvia Renata FernandesSecretária de correspondência: Adriana TardelliAssessora financeira: Zélia CruzSuplente: Tatiane Santos

Pastor Edvandro Machado Cavalcante celebrou a Ceia do Senhor no evento

Evento reuniu mais de 100 mulheres na cidade de Búzios

Representantes das pastorais sociais se reúnem na Sede Regional

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Trabalho oferece uma nova oportunidade de vida aos que vivem nas ruas

N atal é tempo de tomar atitudes que façam a diferença na vida do

próximo. Pensando nisso, a Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro, por meio de uma parceria entre a Secretaria Executiva de Ação Social, a Se-cretaria Regional de Expansão Missionária, o Instituto Cen-tral do Povo (ICP) e o apoio das Igrejas Metodistas da Gamboa e de Macaé, promove anual-mente um Natal diferente para muitos moradores de rua.

A proposta do trabalho é atender a população de rua e ajudar, principalmente, os de-pendentes químicos que vivem na “cracolândia” da Central do Brasil, encaminhando-os às ca-sas de recuperação que são par-ceiras desse trabalho. Este ano, o evento acontecerá nos dias 19 e 20 de dezembro. A Pastoral

de Ajuda ao Dependente Quí-mico e Apoio aos seus Fami-liares, coordenada pela pastora Denise Alcantara, da IM em Cascadura, também tem con-tribuído e vem sendo reformu-lada para atuar nessa área.

Evangelistas voluntários de igrejas locais saem pelas ruas da Central do Brasil distribuin-

do quentinhas durante a ma-drugada e convidam os mora-dores de rua para receber a Pa-lavra do Evangelho e participar de um café da manhã no dia seguinte, no ICP, com direito a banho e corte de cabelo e roupas novas. “A maioria deles dorme no ICP e os que não vão para dormir chegam na manhã

seguinte”, enfatiza o secretá-rio regional de Ação Social, reverendo Edvandro Machado Cavalcante, informando que o café da manhã é semelhante a uma ceia natalina.

Segundo o reverendo Ed-vandro Machado, a iniciativa visa minimizar o efeito nocivo que a dependência química

tem causado nessa população marginalizada e na sociedade em geral. Para isso, é importan-te que as igrejas locais se ins-pirem e apoiem esse trabalho e levem a ideia para suas comu-nidades. “Queremos, com esse exemplo, expandir essa ação para que mais vidas sejam tira-das do mundo das drogas”, diz.

Com a ajuda de uma equipe técnica com psicólogos e assis-tentes sociais, os que possuem alguma dependência química e aceitam a ajuda são encami-nhados às clínicas de recupe-ração. “Só no ano passado, en-caminhamos 10 pessoas para tratamento”, informa o pastor. Edvandro disse ainda que é feita uma triagem para viabili-zação de documentos. Após es-sas atividades, é feito um culto de louvor e adoração a Deus com a participação de todos. “Esta ação é fruto de nossa consciência do Evangelho de estender a mão aos que vivem à margem de nossa sociedade, seguindo o exemplo e ordem deixada por nosso Senhor Je-sus Cristo. Esse é o amor por meio de ações”, finaliza.

O Natal da esperançaAção evangelística propõe levar o amor de Deus e prestar solidariedade aos moradores de rua

n Carla Tavares

Equipe de evangelistas que

colaboraram com o evento

A Sociedade Metodista de Mulhe-

res do Catete deu o pri-meiro passo para contri-

buir com a campanha “To dentro”, das instituições sociais me-

todistas, doando um climatizador para a padaria do Instituto Central do Povo (ICP). A campanha pega carona no slogan das mulheres da Primeira Região, segmento que mais contribui com as iniciativas sociais da Igreja. Agora, todos poderão seguir o exemplo da força feminina metodista, que viu nas instituições so-ciais uma oportunidade de fazer missão. Para tanto,

basta fazer um doação de R$10 para as entidades me-todistas. Ao doar, o membro da Igreja receberá como lembrança e registro desse gesto um chaveiro comemo-rativo com a marca da campanha..

O montante a ser alcançado com o resultado des-sa campanha gira em torno de R$ 104 mil, segundo projeto desenvolvido pelo grupo de trabalho. Além do ICP e Acampamento Clay, serão beneficiados o Insti-tuto Metodista Ana Gonzaga (Imag), Lar Metodista Ana Gonzaga (Lamag) e Instituto Metodista Carlota Pereira Louro, em Três Rios.

O projeto detalha as necessidades que a verba arre-cadada irá contemplar. Entre as melhorias que serão obtidas a partir da Campanha, estão o piso, e moderni-

zação e renovação do mobiliário infantil das creches do ICP e do Imag. Além disso, parte do valor será investido na compra de uma máquina de lavar roupa industrial para o Lamag, reformas em geral e outras necessidades.

De acordo com os organizadores do “Tô dentro”, que conta com a parceria das Federações, a ideia de fazer missões é a grande motivadora da proposta. “Da mesma forma que a Campanha resgata as instituições sociais como alvo missionário, cria a chance de que elas sejam mais uma vez agentes da missão”, acredi-tam. A explicação é que um percentual do valor doa-do também será investido nas igrejas que ajudarem a vencer esse desafio. A iniciativa envolverá todos os segmentos da Igreja. Ninguém pode ficar de fora.

Em favor das instituições sociaisCampanha cria oportunidade de fazer missões doando R$ 10 para o Imas

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