avante cursos

36
AVANTE CURSOS KARINA APARECIDA DOS SANTOS A EDUCAÇÃO ESPECIAL PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIAS MÚLTIPLAS 1

Upload: evertonoliveiramg1074

Post on 21-Sep-2015

262 views

Category:

Documents


6 download

TRANSCRIPT

AVANTE CURSOS

KARINA APARECIDA DOS SANTOS

A EDUCAO ESPECIAL PARA PORTADORES DE DEFICINCIAS MLTIPLAS

CAXAMBU2014CURSOS AVANTE!

KARINA APARECIDA DOS SANTOS

A EDUCAO ESPECIAL PARA PORTADORES DE DEFICINCIAS MLTIPLAS

Resumo

Este trabalho, embasado no curso Educao Especial: Deficincia mltipla em outras fontes, visa analisar os obstculos que o professor habilitado em Educao Especial encontrar ao instruir crianas portadoras de deficincias mltiplas buscando a incluso do aluno dentro de suas limitaesPalavra chave: Educao Especial; Deficincias Mltiplas:

Caxambu2014

SUMRIO

Resumo

1Cap. 1. A importncia da Educao Especial....................................................6

1.1 . Definio: Deficincia Mltipla.............................................................8

1.2 . Implicaes da insero social em escolas regulares........................9

Cap. 2. Deficincia Mltipla x Necessidades Educacionais............................11

2.1. Ressaltar as possibilidades..................................................................14

Cap. 3. Processos relevantes do desenvolvimento e da aprendizagem dascrianas portadoras de Deficincias Mltiplas...........................................15

Cap. 4.Proposta Pedaggica.............................................................................20

4.1. A prtica Pedaggica.............................................................................22

ConsideraesFinais.......................................................................................24

Abstract...............................................................................................25

Referncias Bibliogrficas.........................................................................25

1. A importncia da Educao Especial

Com o presente artigo pretendemos levantar discusso sobre esse desafio que fidedignamente incluir as pessoas portadoras de necessidades especiais mais precisamente os portadores de Deficincia Mltipla, no somente no mbito escolar, mas em um sistema mais complexo e amplo que a sociedade. necessrio, portanto, esclarecer alguns pontos que norteiam a educao especial.Para tornar a educao especial realmente uma realidade no qual todos aprendam o real sentido de se tornar um cidado pleno, antes temos um ideal que o de promover ou elevar o conhecimento cultural a todos, sem exceo alguma. Isto inclui, certamente, os portadores de necessidades especiais. Mas, antes, temos que esclarecer o que educao especial.CARVALHO (2000), nos da uma idia da verdadeira educao especial, seguindo os referenciais tericos e prticos da educao.Por sua vez, dito por ele, Educao Especial uma modalidade de ensino que visapromover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas portadoras de necessidades especiais, condutas tpicas ou altas habilidades e, que abrange os diferentes nveis e graus do sistema de ensino. Fundamenta-se em referenciais tericos e prticos compatveis com as necessidades especficas de seu aluno..Podemos dizer em geral que a educao especial trata-se de uma viso pedaggica voltada exclusivamente para a educao aos portadores de deficincias, como deficincias auditivas, visuais, intelectual, fsica, sensorial e as mltiplas deficincias.Compreende-se que estes alunos especiais possam ser educados e reabilitados, de extrema importncia a participao de cada um deles em escolas e instituies especializadas. E que os mesmos disponham de toda estratgia necessrio para o seu desenvolvimento, mais precisamente, o cognitivo, necessitando assim de um ambiente adaptado para suas necessidades fsicas, certamente inclui-se nesta lista os caracteres educativos especiais.SILVA (2002) define a que a Classe Especial uma sala de aula preferencialmente distribuda na educao infantil e ensino fundamental, organizada de forma a se constituir em ambiente prprio e adequado ao processo ensino/aprendizagem do educando portador de necessidades educacionais especiais. S (2002) ressalta que na Classe Especial tentamos encontrar caminhos e meios facilitadores para a aprendizagem dos educandos com necessidades educacionais especiais, atravs de uma poltica de ao pedaggica, recursos educacionais mais individualizados e conta com o professor especializado.

1. 1. Definio: Deficincia Mltipla

Escrever sobre pessoas deficientes muito mais complexo do que pode parecer, deparamos com um dos problemas mais srios, que o fato de que qualquer nomeao pode implicar em uma imagem pessoal, criada por rtulos e estigmas, no entanto, quando nos dirigimos definio das pessoas portadoras de deficincias mltiplas, todo entorno fica ainda mais complexo. RIBAS (1998) define os portadores de deficincias mltiplas como pessoas afetadas em duas ou mais reas, caracterizando uma associao entre diferentes deficincias, com possibilidades bastante amplas de combinaes. Um exemplo seriam as pessoas que tm deficincia mental e fsica. A mltipla deficincia uma situao grave e, felizmente, sua presena na populao geral menor, isto em termos numricos.

1.2. Implicaes da insero social de alunos com necessidades mltiplas em escolas regularesO processo educacional de alunos com mltiplas deficincias no ensino regular no Brasil tem menosprezado alguns caminhos. No muito distante, as crianas com mltipla deficincia eram educadas somente em escolas especiais ou instituies destinadas ao atendimento destes alunos deficientes. O que tem sido feito em relao incluso desses alunos no sistema educacional publico de ensino constitui, em grande parte experincias isoladas. No ambiente escolar, discute-se com muita freqncia, se os alunos podem se beneficiar-se de sistemas inclusivos de ensino, considerando os que apresentam acentuadas necessidades especiais relativas sparticularidades do processo de desenvolvimento e aprendizagem.

Com base neste sentido, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional (LDB, 1996) e as Diretrizes nacionais para a educao especial na educao bsica (BRASIL, 2001) condenam ou probem a excluso social com base nos padres de normalidade. Estas diretrizes entendem a educao como principal estrutura da vida social, capaz de evidenciar saberes, transmitir e ampliar a cultura, e consolidar a liberdade e a cidadania. A incluso de alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem no sistema comum de ensino requer no apenas a aceitao da diferena ou humana, mas implica em transformao fidedigna de atitudes e posturas, principalmente em relao prtica pedaggica, modificao do todo sistema de ensino e organizao principalmente das escolas para que se ajustem s mais diversas necessidades dos educandos. Essa ao deve ser construda coletivamente, j que participar do processo educativo, no mesmo espao com os demais alunos, requer, na maioria das vezes, apoio e recursos especiais que j esto legalmente garantidos aos alunos com necessidades educacionais especiais, mas que na prtica ainda no esto disponibilizados rede de ensino.

Para que esses princpios se concretizem, torna-se fundamental a elaborao, por toda comunidade escolar, de um projeto pedaggico de incluso contando com a participao efetiva dos pais, profissionais ou instituies especializadas que realizam o atendimento complementar, tendo em vista a avaliao das necessidades educacionais especficas desses educandospara as adaptaes e complementaes curriculares que se fizerem necessrias.Para PIAGET (1971) o conhecimento implica uma srie de estruturas construdas progressivamente por meio da contnua interao entre o sujeito e o meio fsico e social. Portanto o ambiente escolar deve ser estimulante e favorecer esta interao e, para isso, deve estar fundamentado numa proposta de processos dinmicos subjacentes construo das estruturas cognitivas. Segundo Piaget no mesmo ano o principal objetivo da educao criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas e no simplesmente repetir o que outras geraes j fizeram homens que sejam criativos, inovadores e descobridores, o segundo objetivo formar mentes que possam ser crticas, verificar e no aceitar tudo o lhes oferecido. Neste contexto, COSTA (1999) ressalta que a criana com necessidade especial, ao ingressar na escola regular, transpe o limiar da famlia e passa conviver com pessoas de sua idade, descobrindo, a sua maneira, novos valores, novas experincias, que vm enriquecer a si prpria e com as quais possa compactuar-se. Essa socializao dar-lhe confiana, adaptabilidade e rendimento intelectual, para muitas delas, o convvio social proporcionado pela escola oferece possibilidade que a famlia, raras vezes, tem condies de propiciar.

2. Deficincia Mltipla x Necessidade Educacionais

A soma das alteraes que caracterizam a mltipla deficincia evidencia a necessidade do desenvolvimento, as possibilidades funcionais, de comunicao, interao social e de aprendizagem quedeterminam as necessidades educacionais. O desempenho e as competncias dessas crianas podem ser muito deferentes e variveis. Os alunos, com nveis funcionais bsicos e possibilidades de adaptao ao meio podem e devem ser educados em classe comum, mediante a necessria adaptao e suplementao curricular. Outros, entretanto, com mais dificuldades, podero necessitar de processos especiais de ensino, apoios intensos, contnuos e currculo alternativo que correspondam s necessidades na classe comum. possvel observar segundo BORGES & WATANABE (2001) maior resistncia para incluso em escolas e instituies que ainda se apiam no modelo mdico da deficincia, em tcnicas de reeducao, educao compensatria ou de prontido para incluso. O conceito de necessidade educacional especial vem romper com essa viso reducionista de educao especial centrada no dficit, na limitao, na impossibilidade do sujeito de interagir, agir e aprender com os demais alunos em ambientes o menos restritivos possveis. O enfoque da proposta inclusiva sociolgico e relacional. O eixo torico-metodolgico da abordagem sociolgica em educao explicitado por BECKER apud ALVAREZ (1994): Quando voc pensa na sociedade como ao coletiva sabe que qualquer conversa sobre estruturas ou fatores acaba por se referir a alguma noo de pessoas que fazem coisas juntas, que o que a sociologia estuda. (ALVAREZ, 1994). Nessa perspectiva, as questes de desvio, esteretipos e preconceitos, comportamentos, atitudes e expectativas so analisadas no contexto da totalidade de vida, na qual osparticipantes alunos, pais, professores e comunidade escolar esto envolvidos mutuamente em um sistema mais amplo. Torna-se importante, ento, perguntar-nos: qual a qualidade dessa interao? Quais as expectativas dessas pessoas? Quais as necessidades dos educandos? Quais as dificuldades que interferem nesse processo de relao e interao? E na prtica pedaggica? Respostas diversas podem surgir, no entanto o projeto educativo para incluso de crianas com dificuldades acentuadas na educao infantil, a relao interao-comunicao, construda de forma positiva, essencial. Entretanto, as necessidades vo alm das atitudes positivas e prticas sociais.O avano no processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianas com deficincia mltipla comentada por BAUTISTA (1997) que compreende uma ao coletiva maior, inter-setorialidade e responsabilidade social compartilhada. Requer tambm uma colaborao entre educao, sade e assistncia social: ao complementar dos profissionais nas diferentes reas do conhecimento (neurologia, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia escolar) quando necessrio, fornecendo informaes e orientaes especficas para o atendimento s peculiaridades decorrentes de cada deficincia. Essas aes integradas de educao, sade e assistncia social so essenciais e imprescindveis para que as necessidades educativas especficas sejam atendidas, mas no justificam o afastamento ou o atendimento educacional segregado. No se trata, no entanto, de a escola assumir ou desenvolver um trabalho teraputico,ou excessivamente especializado, PIRRENOUD (1998) discorre que significa adequar as atividades pedaggicas s necessidades particulares de cada criana, permitindo, assim, sua a participao em todas as atividades desenvolvidas no espao escolar para uma efetiva promoo do processo de desenvolvimento e aprendizagem na classe comum. A abordagem pedaggica para as crianas na educao infantil enfatiza o direito de ser criana, poder brincar e viver experincias significativas de forma ldica e informal (GIMENES & TEIXEIRA, 2011).Educar significa propiciar situaes de cuidado, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relao interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude bsica de aceitao, respeito, confiana, e o acesso, pelas crianas, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (BRASIL, 1998, pp. 23 e 24). A implantao de um novo projeto para educao inclusiva uma tarefa coletiva que demanda vontade poltica dos gestores e servios responsveis pelos centros de educao infantil, como tambm o envolvimento e a participao da famlia no processo de desenvolvimento e aprendizagem dos seus filhos. Exige um trabalho de pesquisa e ao: estudo, debate, avaliao, planejamento, estratgias conjuntas do professor da classe regular e do especialista em educao especial que acompanha o processo de incluso, contando com a participao de toda comunidade escolar. Torna-se tambm essencial a capacitao continuada, em servio, dessesprofessores, dirigentes e equipe tcnica dos centros de educao infantil, visando construir e efetivar uma prtica pedaggica que lide com nveis de desenvolvimento e processo de aprendizagem diferenciada (SIH, 1996).

2.1 Ressaltar as possibilidades

As crianas portadoras de qualquer deficincia, independentemente de suas condies fsicas, sensoriais, cognitivas ou emocionais segundo SASTRE & MORENO (1987), so crianas que tm necessidade e possibilidade de conviver, interagir, trocar, aprender, brincar e serem felizes, embora, algumas vezes, por caminhos ou formas diferentes. Essa forma diferente de ser e agir que as torna ser nico, singular. Jamais devem ser olhadas como crianas com defeito, incompletas ou incapazes, mas como pessoas com possibilidades e dificuldades que podem ser superadas ou minimizadas. Trabalhar com crianas que apresentam dificuldades acentuadas no processo de desenvolvimento e aprendizagem um grande desafio, com o qual podemos aprender e crescer como pessoas e profissionais, buscando compreender e ajudar o outro. REGEN (1998) pressupe que os alunos com deficincia mltipla podem apresentar alteraes significativas no processo de desenvolvimento, aprendizagem e adaptao social. Possuem variadas potencialidades, possibilidades funcionais e necessidades concretas que necessitam ser compreendidas e consideradas, SACRISTN (1998) ressalta que algumas vezes, interesses inusitados, diferentes nveis de motivao, formas incomuns de agir, comunicar e expressar suas necessidades, desejos e sentimentos so partes daincluso desses alunos no sistema regular de ensino cabe, portanto, as escolas e professores solidrios que se propem a assumir esse desafio. As escolas que tm obtido xito no processo de incluso, adotam como compromisso o respeito diversidade e diferenas individuais, a adaptao do currculo e a modificao dos recursos metodolgicos e do meio. Esses so fatores essenciais e capazes de atender s expectativas das famlias e necessidades especficas de aprendizagem desses educandos (PALACIOS, 2002).

3. Processos relevantes do desenvolvimento e da aprendizagem das crianas portadoras de Deficincias Mltiplas

O processo pedaggico no tem relao direta com os nveis de comprometimento, tipos de deficincias associadas, nem com as possibilidades cognitivas desses alunos. Segundo TUPY & PRAVETTONI (1999) essa deciso depende mais de outras variveis, como: avaliao das caractersticas e necessidades da criana, avaliao e anlise do ambiente, das estratgias metodolgicas e recursos utilizados e, principalmente, da possibilidade de a escola se modificar para atender a essas demandas. Depende ainda do desejo dessas pessoas e, principalmente, da expectativa e opinio dos familiares. MANSINI (2002) ressalta que no cabe apenas ao professor e aos especialistas a deciso com relao ao processo de educao mais adequado para qualquer aluno. Essa uma ao coletiva que envolve a famlia e toda a comunidade escolar.Piaget (1971) afirma que a inteligncia se constri mediante a troca entre o organismo e o meio, mecanismo pelo qual se d a formao dasestruturas cognitivas o organismo com sua bagagem hereditria, em contato com o meio, perturba-se, desiquilibra-se e, para superar esse desequilbrio e se adaptar, constri novos esquemas. Esse autor coloca que o importante para o desenvolvimento cognitivo no a seqncia das aes empreendidas pela criana, mas sim o esquema geral dessas aes que pode ser transposto de uma situao para outra. Assim, para CAPOVILLA (2001) os esquemas so concebidos como resultado direto das generalizaes das prprias aes, no sendo de natureza perceptvel, mas funcional. Dessa maneira, as aes da criana sobre o meio: fazer coisas, brincar e resolver problemas pode produzir formas de conhecer e pensar mais complexas, combinando e criando novos esquemas, possibilitando novas formas de fazer, compreender e interpretar o mundo que a cerca. Estudos em diferentes momentos histricos acerca das possibilidades cognitivas de crianas com deficincia mental e paralisia cerebral, como os de & GRECO (1976), BRONFENBRENNER (1996), CARDOSO (1997), mostram oscilaes e ritmos diferentes no processo de construo da inteligncia dessas crianas. Evidenciam esses estudos que os programas das escolas especiais, muitas vezes, centram-se nas limitaes, nos dficits, nas impossibilidades, e no aproveitam as potencialidades e os recursos que esses alunos dispem, para que suas possibilidades intelectuais e de adaptao ao meio sejam aumentadas. STAINBACK & STAINBACK (1999) afirmam que essas pessoas apresentam pouca habilidade para problemas de generalizao da aprendizagem e nofuncionamento da memria prejudicada. Entretanto, as estratgias de memria, imagem mental e categorizao podem ser melhoradas nos alunos com deficincia mltipla, mas no treinadas mecanicamente. Estudiosos da meta cognio tm afirmado hoje que o funcionamento intelectual deficitrio pode ser ativado por ajudas que podem propiciar maior mobilidade cognitiva, ressalta FINO (1993).FARIA & PALHARES (1999) relata que a convivncia, o trabalho pedaggico e as atividades desenvolvidas em conjunto com os outros alunos da mesma idade sem deficincias podero aumentar as possibilidades cognitivas e a elaborao de estratgias de ao e planejamento das crianas com severo comprometimento. Esses achados tm aberto caminho e novas possibilidades para os alunos com mltipla deficincia no ensino comum, pois deslocam o foco do dficit, das limitaes e impossibilidades para a importncia da mediao social das posturas, das relaes e interaes positivas, da modificao do meio e de estratgias que favoream e potencializem a aprendizagem dessas crianas. As necessidades educacionais Na abordagem sciohistrica, o desenvolvimento humano uma construo de natureza social que ocorre no contato com o outro. Tanto para VYGOTSKY (1991) como para BAKNHTIN (1988) o desenvolvimento cultural mediado pela linguagem, pelos signos e significados construdos na interao contnua e permanente com o outro, abrindo novas possibilidades na constituio do sujeito. Analisando a educao de pessoas com mltipla deficincia no Brasil, sob a essa perspectiva, KASSAR (1999) afirma que oaprendizado escolar (praticamente silenciado pela nossa legislao para as pessoas que freqentam instituies especializadas) pode ser um tipo de aprendizado novo na vida do sujeito, por ser acompanhado e sistematizado. Quando bem planejado, propicia o desenvolvimento do sujeito, possibilitando seu acesso sistematizado cultura produzida historicamente.HEREDERO (1999) nos diz que as crianas com deficincias mltiplas podem necessitar de mais tempo para adquirir mecanismos de adaptao s novas situaes, mas com uma boa mediao de professores e pais podero criar estratgias de ao e pensamento; assim, podero auto-regular com ajuda seu comportamento e desenvolver a autonomia pessoal, social e intelectual. Dessa forma, HEYMEYER (1993) afirma que a primeira etapa de educao de crianas com mltipla deficincia consiste na crena de que todas as crianas so capazes de aprender, no importando o grau de severidade da deficincia. A educao deveria ser individualizada para focalizar o desenvolvimento das capacidades nicas de cada criana. Essa educao deveria ser desenvolvida no contexto com outras crianas para promover as relaes sociais e de amigos. (PERREAULT, apud MANSINI, 2002,). Fundamentadas nesses princpios, as Diretrizes nacionais para educao especial na educao bsica (Brasil, 2001), recomendam a incluso de crianas com deficincia, inclusive as com deficincia mltipla desde cedo em programas de creche e pr-escola que tenham por objetivo o desenvolvimento integral, o acesso informao e ao conhecimento historicamente acumulado.Com o movimento da incluso, todas as crianas com algum tipo de deficincia, mesmo nas alteraes severas de desenvolvimento, passam a ter direito o mais cedo possvel aos servios educacionais disponveis em sua comunidade. Esse fato traz implicaes importantes para a educao infantil, principalmente no que diz respeito educao de crianas com dificuldades neuromotoras acentuadas ou de adaptao emocional. BAKHTIN (1988) j ressaltava que Incluir essas crianas na escola no significa apenas inseri-las no contexto da sala de aula, adaptar os objetivos, algumas atividades ou dar mais tempo, como freqentemente ocorre com as crianas com deficincia mental. Alm disso, tudo, a incluso requer modificaes atitudinais e estruturais dos centros de educao infantil: flexibilidade, tolerncia, compreenso do comportamento e das necessidades emocionais, proviso de currculo adaptado s necessidades especficas; mobilirio adaptado para execuo de atividades, adaptao de jogos pedaggicos, materiais especficos e recursos tecnolgicos que favoream a interao, a comunicao e aprendizagem. Esses procedimentos e instrumentos so essenciais, pois determinam a qualidade da oferta educativa para o sucesso na aprendizagem e a incluso desses alunos no sistema regular de ensino. As crianas com mltipla deficincia que apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem no se desenvolvem ou aprendem espontaneamente como as demais crianas. Elas necessitam de uma escola que tenha como foco a qualidade e a eqidade. Isso se manifesta eficincia nas estratgias decomunicao e instruo, no suporte tecnolgico capaz de minimizar as desvantagens e, principalmente, nas formas diferenciadas de avaliar e intervir no planejamento individual e coletivo. Nessa abordagem ecolgica, a mediao e a modificao do meio so fundamentais para propiciar oportunidade de aprendizagem. O trabalho transdisciplinar: o professor do ensino regular identifica e registra as necessidades educacionais especiais em conjunto como professor especializado de apoio, a famlia e a equipe de suporte (fonoaudilogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psiclogo), avaliando as necessidades especficas e sugerindo ajudas, adaptaes e recursos que facilitam o processo de interao, comunicao e aprendizagem da criana. Mesa e cadeira adaptada por terapeuta ocupacional (TO).Experincias: formao pessoal e social (identidade, autonomia, brinquedo, movimento e conhecimento de si e do outro) e conhecimento do mundo (diferentes formas de linguagem e expresso, artes, msica, linguagem oral, escrita e matemtica, conhecimento da natureza e sociedade). KUHLMANN (apud FARIA & PALHARES, 1999), analisando esses eixos da educao infantil, afirma que tomar a criana como ponto de partida da proposta pedaggica exigiria compreender que, para ela, conhecer o mundo envolve o afeto, o prazer, o desprazer, a fantasia, o brincar, o movimento, a poesia, as cincias, as artes plsticas e dramticas, a linguagem, a msica e a matemtica de forma inteligente abracem estas crianas.

4. Proposta Pedaggica

Tempo e acessibilidade o que precisa uma crianacom necessidades especiais mltiplas, KRAMER (1998) e KISHIMOTO (2000) j discutiam os quesitos pedaggicos voltados s crianas portadoras de necessidades especiais baseadas na organizao e estruturao do currculo, na educao infantil, destacam semelhantemente dois eixos de experincias: formao pessoal e social (identidade, autonomia, brinquedo, movimento e conhecimento de si e do outro) e conhecimento do mundo (diferentes formas de linguagem e expresso, artes, msica, linguagem oral, escrita e matemtica, conhecimento da natureza e sociedade). KUHLMANN (apud FARIA & PALHARES, 1999), analisando esses eixos da educao infantil, afirma que tomar a criana como ponto de partida da proposta pedaggica exigiria compreender que, para ela, conhecer o mundo envolve o afeto, o prazer, o desprazer, a fantasia, o brincar, o movimento, a poesia, as cincias, as artes plsticas e dramticas, a linguagem, a msica e a matemtica de forma integrada, pois a vida algo que se experimenta por inteiro. Essa mesma proposta pedaggica e organizao de currculo so essenciais para as crianas com mltipla deficincia. No h necessidade de um currculo especial. H, sim, necessidade de ajustes nos objetivos, adaptaes nos contedos e atividades, avaliaes diferenciadas para que esses alunos possam experimentar a vida por inteiro. KISHIMOTO (2000), apontando os problemas e perspectivas da educao infantil, diz que a incluso de brinquedos no interior da escola requer sua organizao de forma peculiar, sem sofisticao, adaptada aos interesses e necessidades dascrianas, favorecendo a recriao da brincadeira, a cooperao e a expresso da criana. Sugere, ainda, o uso das linguagens expressivas de forma integrada: artes visuais, plsticas, msica, dana, teatro, movimento e literatura infantil, que devem ser enfatizadas na prtica pedaggica da educao infantil. O brincar deve ser o eixo do currculo e da proposta pedaggica. O brincar, o movimento, as histrias e a arte devem perpassar todos os contedos do currculo para no ocorra escolarizao precoce ou didatizao do ldico. O grande obstculo para incluso de crianas com mltipla deficincia tem sido a antecipao da escolarizao, com nfase no processo de produo da leitura e escrita ainda na pr-escola. Essas reflexes so importantes e nos levam a priorizar o brincar, a conversa, a literatura e a arte como forma de prazer, de interao, possibilitando a expresso de sentimentos, trocas significativas de aprendizagem e construo do conhecimento. Esses procedimentos so essenciais para todas as crianas, no devendo ser, portanto, tratados apenas como contedos estruturados de ensino ou at mesmo com objetivos teraputicos como ainda so utilizados em algumas escolas especiais.KILEN (1997) relata que o aprendizado da leitura e escrita envolve a representao simblica: os gestos, os desenhos e os brinquedos. As crianas com deficincia neuromotora acentuada que apresentam dificuldade de comunicao, expresso do pensamento, expresso grfica e manipulao de livros podem se beneficiar da informtica como instrumento facilitador do processo dealfabetizao e de acesso ao conhecimento. Um ambiente alfabetizador e ldico, com experincias diversificadas, respeitando o tempo e o momento de cada um, sem presso ou exigncias irreais, pode determinar o sucesso na aprendizagem desses alunos.

4.1. A prtica pedaggica notrio que a simples aceitao das diferenas e a oportunidade de acesso classe comum no determinam nem contribuem de forma consistente para a elaborao do projeto pedaggico e no asseguram a incluso escolar dos alunos com acentuadas necessidades educativa especiais. O processo de aprendizagem desses alunos requer modificaes. Para isso, fazem-se necessria uma anlise crtica das relaes inter e intrapessoais vividas na escola, modificaes espao-temporais, didtico-pedaggicas e organizacionais que garantam a promoo da aprendizagem e adaptao desses alunos ao grupo. A educao infantil, no somente de crianas com deficincias, uma situao educativa complexa que exige uma anlise lcida e crtica acerca do cenrio escolar, das situaes e condies concretas existentes, dos contedos propostos e das estratgias e alternativas metodolgicas que atendam as necessidades de desenvolvimento, de interao, comunicao, autonomia, socializao e participao nas brincadeiras e atividades ldicas. A proposta pedaggica, numa viso construtivista do conhecimento segundo MIURA (1999), tem no aluno e nas suas possibilidades o centro da ao educativa. Assim, o processo pedaggico construdo a partir das possibilidades, das potencialidades, daquilo que o aluno j d conta de fazer. issoque o motiva a trabalhar, a continuar se envolvendo nas atividades escolares, garantindo, assim, o sucesso do aluno e sua aprendizagem. O contedo e as atividades segundo GUIJARRO (1992) devem levar em conta o princpio da aprendizagem significativa: atividades que partam de experincias positivas para os alunos, dos interesses, dos significados e sentidos por eles atribudos. Para isso, h necessidade de cooperao e troca com a famlia, que informa sobre os gostos, preferncias, rejeies, vivncias e informaes que o aluno possui. Essa uma tarefa coletiva, compartilhada entre o professor do ensino regular e especial; tem este ltimo a funo de ser o mediador e articulador do projeto de incluso. A participao e cooperao dos pais, terapeutas ou servios especializados so fundamentais para que se atinja o objetivo de promoo do desenvolvimento global e o avano no processo de aprendizagem desses alunos. O xito no processo de aprendizagem depende tambm de uma pedagogia de projetos, atividades que possam ser desenvolvidas coletivamente, de maneira que as dificuldades sejam diludas e superadas pela qualidade de solicitao do meio pela ajuda do professor e cooperao dos colegas no deficientes. A atitude positiva do professor fundamental para interao, confiana na comunicao e construo de vnculo. Para isso, importante que a professora no use os defeitos ou dificuldades da criana como referncia, por exemplo: no babe que feio, feche a boca, ponha a lngua para dentro, no aperte os olhos, pare de balanar. As mensagens positivaspodem ser transmitidas de forma simples, direta, reforando e elogiando as tentativas de acerto utilizando, quando necessrio, dicas gestuais ou figuras. De forma semelhante & MERCH (1998), as atitudes de super proteo, tratar a criana com piedade, d,como se fosse uma coitada, ou supervaloriz-la, destacar muito suas qualidades ou previlegi-la, deve ser evitado. A criana gosta de ser compreendida e tratada da mesma forma que os outros, com os mesmos direitos e deveres.

5. Consideraes finais

Poderamos continuar a referir neste artigo outros tantos temas como os recursos de acessibilidades e interveno precoce, mas, prefervel entender as partes que integram este emaranhado de circunstancias benfico s crianas portadoras de necessidades especiais, mais precisamente os portadores de deficincias mltiplas. Muitas discusses ainda esto por vir, notrio que comparado a outros pases desenvolvidos, a insero social destas crianas j caminha a mais de quatro sculos, muitas barreiras esto sendo vencidas em nosso pas, outras ainda precisam ser discutidas no meio pedaggico. No podemos de certa forma transferir as responsabilidades de educadores especialistas em Educao Especial somente s esferas governamentais, preciso abrir caminhos em nosso entendimento de que o primeiro passo nosso, mesmo que este caminho nos traga muitos espinhos. Pensar nas semelhanas e diferenas, retribuir cuidados especiais e adaptativos, possa ser estudado em conjunto, de forma a contribuir para a formao continuada de professores e que os conhecimentoselaborados na questo da educao especial colaborem para que as crianas portadoras de necessidades especiais tenham acesso a espaos e processos inclusivos de desenvolvimento social, afetivo e cognitivo.

Abstract

Thiswork, based onbibliographical researchaims to understandthe challenges that enabledthe teacherin Special Educationtodevelop thefindfunction of educating children withmultiple disabilitiesemphasizinganew look,a newproceedingin respectof information andthe plottheinsetteaching.

Keyword: Special Education,Learning Difficulty:MultipleDisabilities:

Referncias Bibliogrficas

ALVAREZ, Anne. Companhia viva. Porto Alegre: Artmed, 1994.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. So Paulo: Hucitec, 1988. 4 ed.

BAUTISTA, Rafael. (Coord.) Necessidades educativas especiais. Lisboa: Dinalivros, 1997.

BORGES, J.S. & WATANABE, M.K. Teclado amigo. Um sistema para acesso alternativo a computadores para portadores de deficincias motoras severas. Temas sobre desenvolvimento 10. Memnon, 2001.

BRASIL. Referencial curricular nacional para a educao infantil. Braslia: MEC/SEF, 1998.

____. Educao especial: tendncias atuais. Braslia: MEC/SED, 1999 a.

____. Educao infantil - Parmetros em ao. Braslia: MEC/SEF, 1999b.

____. Parmetros curriculares nacionais: adaptaes curriculares. Braslia: MEC/SEF, 1999c.

____. Diretrizes nacionais para a educao especial na educao bsica. Braslia: MEC/SEESP 2001.

BRONFENBRENNER, Urie. A ecologia do desenvolvimento humano. PortoAlegre: Artes Mdicas, 1996.____. Interveno precoce: momento de interao e comunicao. So Paulo: CENP/SEE, 1993.

____. Educao inclusiva: problemas e perspectivas. Anais de Polticas Pblicas: Diretrizes e Necessidades da Educao Bsica. Presidente Prudente: UNESP: I Encontro de Educao do Oeste Paulista, 2000.

____. Do currculo funcional ao projeto pedaggico de incluso escolar e comunitria. Anales del I Congreso Internacional de Educacin y Salud. Crdoba: 2001a.

____. O Referencial curricular nacional da educao infantil: das necessidades s possibilidades. Anais 40 Encontro Estadual das APAES. Paran: 2001b.

CAPOVILLA, Fernando. Comunicao alternativa na USP na dcada 1991-2001: Tecnologia e pesquisa em reabilitao, educao e incluso. Temas sobre Desenvolvimento 10. Memnon, 2001.

CARDOSO, Maria Ceclia F. Abordagem ecolgica em educao especial: fundamentos bsicos para o currculo. Braslia: CORDE, 1997.

CARVALHO, R. Removendo barreiras para aprendizagem Educao Inclusiva, Ed. Mediao, SP, 2000.

COSTA, M. G. O Fonoaudilogo e o professor de Educao Infantil, uma relao viva. Monografia para obteno de ttulo de especialista em Linguagem CEFAC, SP, 1999.

FARIA Ana Lcia Goulart & PALHARES, Marina Silveira. (Orgs.) Educao infantil ps- LDB: rumos e desafios. Campinas: Autores Associados, 1999.

FINO, Maria Nomia N.D. Currculo funcional para alunos com deficincia intelectual. Portugal: Departamento de Educao Especial, 1993.

GIMENES, Beatriz Piccolo & TEIXEIRA, Sirlndia Reis de Oliveira.Brinquedoteca, manual em Educao e Sade, 1. Edio, Ed. Cortez, SP, 2011.

GUIJARRO, R.B. (Org.) Alumnos con necesidades educativas especiales y adaptaciones curriculares. Espanha: Ministerio de Educacin y Ciencia, 1992.

HEREDERO, Eladio Sebastian. Necesidades educativas especiales y adaptaciones curriculares. Marlia: UNESP, FFC, Departamento de Educao Especial, 1999.

HEYMEYER, rsula. Avaliao do desempenho na PC. So Paulo: Memnon, 1993.

KASSAR, Mnica de C. M. Deficincia mltipla e educao no Brasil. Campinas: Edit. Associados, 1999.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Educao infantil: problemas e perspectivas. Anais de Polticas Pblicas: Diretrizes e Necessidades da Educao Bsica. Presidente Prudente: UNESP: II Encontro de Educao do Oeste Paulista, 2000.

KRAMER, Snia. (Org.) Com a pr-escola nas mos. Uma alternativa curricular para educao infantil. So Paulo: tica, 1998.

KYLEN, Gunnar. A inteligncia e os dficits intelectuais. Trad.rsula Heymeyer. Estocolmo: 1997. (Apostila).

MASINI, Elcie F S. (Org.) Do sentido... pelos sentidos... para o sentido. So Paulo: Vetor Editora, 2002.

_____ & MERCH, Leny M. O que educao inclusiva? Integrao 8 (20): 37-39. 1998.

MIURA, Regina Keiko Kato. (Org) Educao especial: formao de professores, ensino e Integrao. Cadernos 8. Marlia: UNESP FFC, 1999.

PALACIOS, AYOLA C. Interveno precoce e liderana das famlias. In: MASINI, Elcie F.S. (Org) Do sentido... pelos sentidos... para o sentido. So Paulo: Vetor editora, 2002.

PIAGET, J. Desenvolvimento e aprendizagem. In:Studying teaching. Prentice Hall, 1971._____ & GRECO. Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1976.PERRENOUD, Philippe. Pedagogia diferenciada: das intenes s aes. Porto Alegre: Artmed, 1998.REGEN, Mina. (Org.) Uma creche em busca de incluso. So Paulo: Memnon, 1998.RIBAS, Joo Batista Cintra. O que so pessoas deficientes. Coleo Primeiros Passos, Ed. Brasiliense, SP, 1998.S, E. A Educao inclusiva no Brasil: sonho ou realidade?, Ed. Mdici, SP, 2002.SACRISTN, G.J. Comprender e transformar o ensino. Porto Alegre: Artmed, 1998. 4. ed.SASTRE, G. & MORENO, Montserrat. Aprendizaje y desarrollo intelectual. Barcelona: Gedisa, 1987.SIH. Basic model for functional assessment. Stockolm: National Swedish Agency for Special Education, 1996.SILVA, M. Crianas Especiais A Criana especial e a escola. Ed. Loyola, SP, 2002.STAINBACK, Suzan & STAINBACK, William. Incluso: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1999.TUPY, Tania Maria & DON PRAVETTONI, Giancarlo. (Org.) Discurso sobre comunicao alternativa. So Paulo: Memnon, 1999.VYGOTSKY, L. Pensamento e linguagem. So Paulo: Martin, 1991.

SANTOS. Karina aparecida dos, 2014.

A EDUCAO ESPECIAL PARA PORTADORES DE DEFICINCIAS MLTIPLAS

Trabalho destinado para a obteno do certificado do curso de Educao Especial: Deficincias Mltiplas.

Caxambu MG.

2