avante janeiro fevereiro 2015

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Palavra do Bispo Lockmann fala sobre fé nas promessas de Deus Página 3 Teologia Instituto Bennett volta a acolher curso teológico Página 4 Missões Voluntários vão ao Norte do Brasil levar a Palavra Página 7 Internacional Missionário conta história do Metodismo no Peru Página 8 Entrevista Conheça a Equipe Metodista de Ajuda Humanitária do Chile Página 11 Região EvangeAção realiza Mais um trabalho com Comunidade de rua Página 12 Publicação bimestral da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro – 1ª RE Ano XL • Nº 445 • Janeiro/fevereiro de 2015 Já instalada a 7ª RE trabalha com foco em missões na Região Norte do Estado A pós o clima de otimismo que envolveu o Concílio Extraordinário que confir- mou a instalação da Sétima Região, a nova área eclesiástica da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro, aos poucos, vai se organizando com o intuito de seguir o Ide de Jesus, mantendo a visão de investimentos em missões e expansão do Reino de Deus. Essa visão, inclusive, foi muito destacado duran- te aquela reunião conciliar. Já no primeiro encontro da Coordenação Regional de Ação Missionária (Coream), que reuniu represen- tantes da nova Região, foi tomada uma de- cisão mostrando que a Igreja Metodista se mantém no caminho para o crescimento. Tratou-se da aprovação do alvo para missões de 450 mil reais, sendo que parte dessa arre- cadação será investida em planejamento es- tratégico desenvolvido pela própria RE. Leia mais na página 4. Vida & Missão na Play TV O Vida & Missão da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro está de casa e cara novas. Agora, o programa pode ser visto em todo o Brasil pela Play TV, com uma grande diversidade de canais. No ar na nova emissora desde dezembro do ano passado, a programação ganhou abertura e vinhetas novas, e voltou a ter 30 minutos de duração. Outros quadros foram criados com entrevistas e curiosidades musicais, além da edificante palavra do bispo Paulo Lockmann. Veja na página 2 a tabela dos canais corres- pondentes à emissora. O programa agora é transmitido para todo o Brasil Cada vez mais estruturada

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Palavra do BispoLockmann fala sobre fé nas promessas de DeusPágina 3

TeologiaInstituto Bennett volta a acolher curso teológicoPágina 4

MissõesVoluntários vão ao Norte do Brasil levar a PalavraPágina 7

InternacionalMissionário conta história do Metodismo no PeruPágina 8

EntrevistaConheça a Equipe Metodista de Ajuda Humanitária do ChilePágina 11

RegiãoEvangeAção realiza Mais um trabalho com Comunidade de ruaPágina 12

Publicação bimestral da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro – 1ª REAno XL • Nº 445 • Janeiro/fevereiro de 2015

Já instalada a 7ª RE trabalha com foco em missões na Região Norte do Estado

Após o clima de otimismo que envolveu o Concílio Extraordinário que confir-mou a instalação da Sétima Região, a

nova área eclesiástica da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro, aos poucos, vai se organizando com o intuito de seguir o Ide de Jesus, mantendo a visão de investimentos em missões e expansão do Reino de Deus. Essa visão, inclusive, foi muito destacado duran-te aquela reunião conciliar. Já no primeiro

encontro da Coordenação Regional de Ação Missionária (Coream), que reuniu represen-tantes da nova Região, foi tomada uma de-cisão mostrando que a Igreja Metodista se mantém no caminho para o crescimento. Tratou-se da aprovação do alvo para missões de 450 mil reais, sendo que parte dessa arre-cadação será investida em planejamento es-tratégico desenvolvido pela própria RE. Leia mais na página 4.

Vida & Missão na Play TV

OVida & Missão da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro está de casa e cara novas. Agora, o programa

pode ser visto em todo o Brasil pela Play TV, com uma grande diversidade de canais. No ar na nova emissora desde dezembro do ano passado, a programação ganhou abertura e vinhetas novas, e voltou a ter 30 minutos de duração. Outros quadros foram criados com entrevistas e curiosidades musicais, além da edificante palavra do bispo Paulo Lockmann. Veja na página 2 a tabela dos canais corres-pondentes à emissora.

O programa agora é transmitido para todo o Brasil

Cada vez mais estruturada

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EDITORIAL

Publicação bimestral da Igreja Metodista na 1ª Região Eclesiástica

Fundado em maio de 1973

Ano XXXVIII nº 445

Rua Marquês de Abrantes, 55 – Flamengo22.230-061 – Rio de Janeiro – RJTel.: (21)2557-3542 / 3509-1074

Fax: (21)2557-7048

[email protected]

BISPO DA 1ª REGIÃO ECLESIÁSTICAPaulo Tarso de Oliveira Lockmann

Os artigos são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do jornal ou da Igreja Metodista.

CONSELHO EDITORIALRonan Boechat de Amorim (coordenador), Selma Antunes da Costa, Jarbas de Souza,

Paulo Welte, Gláucia Mendes Silvestre, Pablo Massolar, Luciano Vergara, Nádia

Mello, Carla Tavares, Camila Alves e Luiz Daniel

EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVELNádia Mello (MTb 19.333)

REDAÇÃO E REVISÃOEvandro Teixeira

ASSISTENTES DE REDAÇÃOCarla Tavares e Camila Alves

REVISÃO DA PALAVRA DO BISPOFilipe Pereira Mesquita

FOTOGRAFIASHenrique Moraes

DIAGRAMAÇÃOwww.estudiomatiz.com.br

TIRAGEM: 10.500 exemplares

ASSINATURA INDIVIDUAL: R$ 20,00

METODISMO NO MUNDO

Aniversário da Metodista no Chile n Como parte das comemorações do 117º aniversá-rio da Igreja Metodista em Punta Arenas, no Chile, foi promovido um culto em ação de graças com a presença dos funcionários das instituições e do su-perintendente distrital Pedro Grandon, do Distrito Norte Verde. O reverendo Moises Sanchez também

compareceu à celebração representando o bispo Pe-dro Correa. Na ocasião, foram distribuídos certifi-cados aos irmãos Enrique Bernales, Ana Rodriguez e Arturo Quezada, que completaram 50, 45 e 30 anos, respectivamente, como membros de Pleno Direito. Crianças da Escola Dominical também fi-zeram uma encenação sobre o contexto da unidade da igreja.

Em fase de transição

E is aqui mais uma edição do Jornal Avante, correspondente ao primeiro bimestre de 2015. Como de costume, você encontrará

nele notícias das igrejas locais, assuntos de âm-bito regional e nacional sobre a Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro. Neste número, as novidades ficam por conta dos avanços na Séti-ma Região (Página 4) e do Programa Vida e Missão, que voltou com força total na TV a cabo. Desde dezembro, o Vida & Missão está na tela do Play TV, transmitida pela Net, Sky, Vivo, Oi e Claro.

Outra novidade envolve o próprio Jornal Avan-te, que não circulará a partir deste mês nas Igre-jas locais. Além de reduzir custos com impressão e distribuição, a medida visa atender melhor à nova demanda de informação transmitida pela Internet. Trata-se de uma tendência atual que desperta para uma constante necessidade de ajustes na nossa comunicação. Mas a publica-ção, com 42 anos de existência, não encerra a sua história aqui. O Avante vai para as páginas da Internet, ganhando um formato de Jornal On--line, que estará disponível no prazo de três me-ses. É uma nova etapa para o nosso veículo ofi-cial de informação regional, que até o momento circulava como impresso.

A decisão do Gabinete Episcopal é respaldada pela Coream e tem como objetivo otimizar os serviços em prol de uma comunicação ainda mais eficaz para a vida da Igreja. Enquanto pre-paramos a sua transição para o plano virtual, o leitor não precisará interromper sua leitura. Ele poderá acessar as notícias da Região no nosso Site e pelo Boletim Avante On-line que chegará ao seu e-mail semanalmente. Quem ainda não tem o cadastro para recebê-lo, faça logo isso pelo nosso site.

Que o Senhor da nossa Comunicação nos abençoe mais uma vez e faça frutificar nossas iniciativas.

Nádia Mello

Editora

Agradecimento Gostaria de registrar aqui meu agradecimento ao Senhor pela vida do pastor José Amaro da Costa, que foi chamado às mansões celestiais em outu-bro. Ele, que pastoreava a Igreja Metodista em Co-rumbá, Nova Iguaçu, deixou a esposa, Elaine, e o filho Diego, 20 anos.

Como pastor, era dedicado à obra do Senhor. Além disso, era amoroso com crianças, idosos e sempre atencioso com todas as ovelhas. Teólogo, também era formado em ciências contábeis e es-tava sempre lutando pelo crescimento espiritual e material da igreja. Um homem de Deus que deixa muitas saudades e um exemplo a ser seguido.

Elzi Paz Costa

Membro da Igreja Metodista em Corumbá

HomenagemNo início de dezembro do ano passado, no Museu Ciência e Vida no Centro, em Duque de Caxias, recebemos uma Homenagem pela Prefeitura de

Duque de Caxias por meio da Secretaria Munici-pal de Defesa Civil e Políticas de Segurança. Tal fato está relacionado ao episódio das enchentes provocadas pelas fortes chuvas de janeiro de 2012, que prejudicaram o bairro de Xerém, Duque de Caxias, deixando muitas famílias desabrigadas, inclusive alguns metodistas. Não poderia deixar de registrar que compartilho esta homenagem com todos os metodistas que direta e indireta-mente se doaram, incansavelmente, no apoio às vitimas.

Acredito que muito mais que um discurso bo-nito nos púlpitos de nossas igrejas, precisamos de ações praticas de ajuda e solidariedade a todos que precisam. Quero agradecer imensamente ao Deus Todo-Poderoso, aos colegas pastores, que se soli-darizaram com esse evento, ao secretário executi-vo de Ação Social da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro, pastor Edvandro Machado, e ao bispo Paulo Lockmann pelo apoio exercido no tempo da tragédia.

Pastor FErnando silva Cabral

Igreja Metodista em Xerém

CARTAS

O Vida & Missão da Igreja Metodista no Estado do Rio de Janeiro está de casa e cara novas. A grande novidade é

que agora o programa pode ser visto em todo o Brasil pela Play TV, com uma diversidade de canais. No ar na nova emissora desde dezem-bro do ano passado, Vida & Missão ganhou abertura e vinhetas novas, e também voltou a ter 30 minutos de duração. Além da edifican-te palavra do bispo Paulo Lockmann, outros quadros com entrevistas e curiosidades musi-cais foram criados.

Há sete anos na telinha levando a mensa-gem do evangelho, a programação já passou por muitas mudanças ao longo dos anos, mas sem perder o compromisso com a verdade do Reino. O primeiro programa foi ao ar em maio de 2008, respondendo aos anseios de todos os metodistas do Estado em ter uma porta de co-municação na TV para propagação da Palavra de Deus e dos valores cristãos, sendo também uma ferramenta para dar voz à Igreja contra as

diversas formas de discriminação, violência e exclusões sociais.

Você assiste ao Vida e Missão todos os sá-bados, às 8h30, na PlayTv, nos canais:

Do Oiapoque ao ChuíPrograma Vida & Missão agora é transmitido

para todo o Brasil

NET Canal 122

SKY Canal 181

Vivo Canal 255

Vivo SC Canal 33

Vivo SP Canal 16

Oi Canal 143

Claro Canal 118

Algar Canal 372

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PALAVRA DO BISPO

ABíblia é antes de tudo um livro das revelações divinas e de promessas

para aqueles que nEle creem. Não é possível conhecer plena-mente o Senhor sem acreditar nas suas promessas: De fato, sem fé é impossível agradar-lhe, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que se tor-na galardoador dos que o bus-cam (Hb11.6).

Abraão, num dado momen-to, cansou, desanimou, porque a caminhada era longa, e ele ainda não vira as promessas se realizando. Então, no recanto da sua tenda, buscou ao Se-nhor. Ninguém que o busca fica sem resposta, mas tem que ser com paixão, desespero, com fé e obstinação. O Senhor veio ao seu encontro, deu-lhe animo e renovou a promessa. SIM! OLHA PARA O CÉU!

Diante do ideal de ver as promessas acontecerem em nossa vida, é tempo, então, de avaliarmos espiritual e minis-terialmente nossas vidas; de selecionar nossas prioridades e de colocar o chamado e as pro-messas divinas em primeiro lu-gar. A maioria de nós, ainda que tenha um chamado de Deus, não experimentou a intensa-mente a realidade do poder do Senhor, que acompanha os que são chamados por Ele. Abraão tinha uma vida boa em Ur, mas quem sabe medíocre. Deus ti-nha algo melhor para ele. Além do patriarca, nosso modelo é o retorno dos 70 discípulos, ou galeria dos heróis da fé em He-breus 11. Sabemos pouco sobre o poder da fé e da oração. Ho-nestamente, estamos provando pouco do pleno potencial de Deus em nossa vida. Para mui-tos pastores e pastoras, as bên-çãos são raras, e os milagres, inexistentes. Mas creio não ser o caso da maioria dos nossos pastores e pastoras da 1ª e 7ª Regiões, mas o é para o povo de Deus no mundo, especialmen-te na América e Europa. Vejo o declínio do Evangelho nessas partes do mundo como falta de Fé como a de Abraão, aquela que traz à existência as coisas que não existem.

Ser cristão, especialmente ser pastor/a, não é um assunto de meio período. Requer o nos-so melhor se quisermos ver as promessas de Deus. É muito perigoso nos tornarmos satisfei-tos conosco mesmos, viver sem propósito e sem o melhor que Deus tem. Ele quer que seja-mos um povo produtivo, avan-çando, ou, como dizia o cântico de minha juventude, “Sempre melhorando, sempre melho-rando, sempre melhorando no

Senhor”. Abraão aceitou o de-safio de Deus porque cria nEle e esperava ver as promessas do Senhor na sua vida.

Que tristeza quando vemos uma vida sem perspectiva, sem sonho e sem esperança de que Deus pode e faz milagres ainda hoje na vida de seu povo. Paulo escrevendo aos Romanos dizia relatando o seu ministério: “Te-nho, pois, motivo de gloriar-me em Cristo Jesus nas coisas con-cernentes a Deus. Porque não ousarei discorrer sobre coisa al-guma, senão sobre aquelas que Cristo fez por meu intermédio, para conduzir os gentios à obe-diência, por palavra e por obras, por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo; de maneira que, desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao Ilírico, tenho divulgado o evangelho de Cristo” (Rm 15.17-19). Desper-diçar a vida e o ministério é o pior que podemos fazer. Ser in-frutífero, desocupado e pregui-çoso, essas são condições que ja-mais deveriam existir na vida de um cristão, muito menos de um pastor. Podemos ter o melhor de Deus, e, assim, ver o poder de Deus fluir cada vez mais por nosso intermédio para abençoar um mundo necessitado.

Deus quer fazer o melhor dEle em nós. Mas nós queremos oferecer o melhor? Que tal esta-belecermos metas para a nossa vida pessoal, familiar e ministe-rial para este ano? Vou querer saber na hora da avaliação quan-tos discípulos você fez em 2015. Afinal, esta é a ordem!

Buscar promessas é ir alémPobreza de alvos, falta de ambi-ção espiritual de ver Deus agir em nós e por meio de nós, é mui-to pior que pobreza material. As pessoas cujo nome conhecemos na Bíblia e na História fizeram diferença, mas não eram de ficar sentadas reclamando da vida, do S.D. e do bispo. Não ficaram esperando nem pedindo oportu-nidades. ELAS AS CRIARAM. O “Espírito de Deus está fluin-do”, diz o cântico. Pegue carona no oceano do Espírito. Devemos nos envergonhar da nossa falta de ambição. Ou mesmo de ficar marcando tempo numa igre-ja, esperando que o S.D. e/ou o bispo nos deem uma grande igreja. Façamos de nosso bairro a capital do mundo e de nossa igreja a maior Catedral do Meto-dismo Brasileiro. DEUS QUER FAZER ISTO COM VOCÊ! Ponha os joelhos no chão, le-vante as mãos para o alto. Inces-santemente, o melhor de Deus está por vir, mas você tem que ir muito além do que já tem ido na sua vida espiritual e ministerial.

Deus deseja nos levar a um novo nível e a uma nova dimen-são espiritual. Ele quer nos dar poder para, em primeiro lugar, vencermos os nossos próprios li-mites e sairmos do nosso confor-mismo. Depois, quer nos fazer impactar nossa igreja local. O que se esconde atrás do convite a pessoas com forte testemunho de milagres? Ou grandes caris-mas musicais? Na maioria dos casos, a ausência de milagres e de impactantes carismas na nossa vida pessoal e dos nossos ministérios locais. E assim con-vidamos gente de toda ordem, a maioria com práticas estra-nhas e biblicamente questio-náveis. Não esqueçamos, nós servimos ao Deus vivo, que está próximo de nós. Vejamos o que diz as Escrituras: “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is 55.6) e “Buscar-me--eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso cora-ção” (Jr 19.13).

Irmãos e irmãs, Deus quer nos elevar acima dos nossos próprios problemas. Ou não sa-bemos que os nossos problemas são empecilhos em nossa perso-nalidade, que Deus quer mudar, ou empecilhos vindos do inferno para nos impedir de experimen-tar o melhor de Deus?

Assim, conhecer o melhor de Deus é ir além do que já con-

quistamos, é ir além dos nossos reconhecidos limites pessoais, dos limites familiares, dos limi-tes ministeriais e missionários.

Como herdar as promessas de DeusDeixe-me compartilhar alguns exemplos bíblicos e da história da Igreja. Gosto imensamente da história de Gideão, e vou discorrer sobre alguns deta-lhes, o restante deve ser apro-fundado num grupo de disci-pulado (Jz 6 e 7).a) A conjuntura de Israel, eles

fizeram o que era mal diante de Deus. Isto acontece com a Igreja? Com os servos de Deus? Eles clamam, e Deus responde e adverte.

b) Nestes dias difíceis, Deus precisava levantar um va-lente de Deus, um líder. Um homem ou mulher que não podia ser comprado, se-dento de Deus, cuja palavra seja honrada, que ponham o caráter acima da riqueza, a missão acima do poder político e financeiro, que se sintam chamados para reali-zar algo em nome do Reino, cuja ambição seja sempre agradar antes a Deus e não a si mesmo. Gideão era um servo assim.

c) Em Juízes, em tempos de opressão do inimigo (Jz 6.3-6), Deus envia o seu anjo

para levantar um valente, um líder com as característi-cas que vemos acima.

Deus diz a Gideão: “O Se-nhor é contigo homem valente”. Gideão reage, lamenta e recusa o adjetivo. “Mas Gideão lhe res-pondeu: Ai, senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizen-do: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Se-nhor nos desamparou e nos deu na mão dos midianitas. Então, o Senhor olhou para ele e disse: Vai nesta tua força e livrarás a Is-rael da mão dos midianitas; por-ventura, não te enviei eu? E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manasses, e eu, o menor na casa de meu pai”. (Jz 6.13-15)

Deixe-me comentar algo mais sobre o estado de espírito de Gideão, que, em muitos mo-mentos, acompanha-nos. Uma Lição: Gideão estava insatisfei-to com a sua situação e de seu povo. E dá testemunho de que houve tempos melhores. Insatis-fação é fundamental para a mu-dança, para buscar a realidade das PROMESSAS DE DEUS!

bisPo Paulo loCkmann

Olha para o Céu!Então o conduziu até fora e disse: Olha para o céu e conta as estrelas se

podes. E lhe disse: Assim será a tua descendência. (Gn 15.5)

ATO DE GOVERNO PARA 1ª RE E 7ª REEu, bispo Paulo Tarso de Oliveira Lockmann, presidente da Igreja Metodista na 1ª Região Eclesiástica e na 7ª Região Eclesiástica, ao am-paro da Constituição da Igreja Metodista, Art. 5º, no uso de minhas atribuições, comunico que: Considerando a crescente falta de atendi-mento à tarefa pastoral de envio das estatísticas, sejam por questões tecnológicas e/ou outras; Considerando o crescente atraso no envio das estatísticas, o que provoca o atraso no envio das estatísticas regionais para a Sede Nacional.

Decido em conformidade com os Cânones da Igreja Metodista Artigos XI, XII e XXIV, nomear Secretários Distritais de Estatísticas, dando a eles as seguintes tarefas: assessorar e acompanhar pastores/as e igrejas locais nos li-mites de seus distritos no preparo e envio das estatísticas, sempre que necessário, ou por so-licitação do bispo. E em caso de atraso, noti-ficar ao bispo o atraso e o descumprimento do pastor/a a esta responsabilidade pastoral.

“Registre-se e cumpra-se nos limites da 1ª RE e 7 RE.”

Seguem as nomeações por Distritos dos Secre-tários Distritais de Estatística:

Barra Mansa: Douglas FaratCabo Frio: Rev. Jorge Luiz de SáCampo Grande: Rev. Robson Alexandre PereiraCascadura: Missionário designado Jose Claudio Vargas Esteves

Catete: Rev. Thiago Carreiro MiguelDuque de Caxias: Rev. José Dorimar de Moraes CortinhasItaocara: Rev. Elio Antunes FernandesJacarepaguá: Rev. Paulo Cesar WelteMacaé: Rev. Marcos Paulo Barros BragaNilópolis: Revda. Janemery Gallindo PachecoNiterói: Rev. Urias Bello da SilvaNova Iguaçu: Rev. Flávio Soares PintoPádua: Rev. Fabio Gussani GabryPenha: Rev. Otávio César Gomes de AndradePetrópolis: Rev. Fabricio Roger de Souza LopesRealengo: Rev. Luis Fernando de Oliveira SilvaResende: Rev. Marcelo Alves da SilvaSanta Cruz: Missionário Designado Elizeu da Silva FaleiroSão Gonçalo: Revda. Vera Lúcia Moreira Ramos LimaSão João de Mereti: Revda. Ana Jarvis Fernandes da Costa CarvalhoTeresópolis: Rev. Marcos José Gonçalves FerreiraTrês Rios: Revda. Maria Bernadete Alves SoaresValença: Rev. Antonio Carlos EspindolaVolta Redonda: Rev. Carlos Eduardo Mota Chaves

Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2014

bisPo Paulo tarso dE olivEira loCkmann

Presidente da 1ª Região Eclesiástica

e da 7ª Região Eclesiástica

O Seminário Metodista César Dacorso Filho já tem um novo local de

funcionamento. A partir deste ano, o curso será ministrado no Instituto Metodista Bennett, no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro. Com isso, deixará de funcionar nas dependências do Imform, em Teresópolis. A de-cisão foi comunicada em carta pelo diretor do seminário Levy Bastos. As aulas no novo ende-reço aconteceram no Prédio Eliza Perkinson. Os alunos te-rão aulas quinzenais, sempre aos sábados, das 8h30 às 18h.

O curso de Teologia do Se-minário César Dacorso Filho teve início em 2013, quando conseguiu concretizar o desejo do Colégio Episcopal de não interromper a Educação Teoló-gica da Igreja Metodista no Rio de Janeiro. Segundo o coorde-nador do curso, pastor Levy Bastos, as aulas vêm responder às atuais demandas da Igreja. “O seminário pretende tornar--se uma referência de educa-ção de qualidade não somente para os metodistas, mas para

todos os que têm interesse em receber uma formação teolo-gicamente sedimentada. Com o gerenciamento da Teologia pela Igreja, há mais liberdade para administrar as questões relacionadas ao curso”, declara.

O curso continua com um enfoque pastoral acentuado. No entanto, mantém a excelên-cia acadêmica. “Alcançaremos isso tanto por meio do corpo docente quanto pela presença de pastores e pastoras da Igreja Metodista que ministrarão dis-ciplinas prático-pastorais. Com isso, a formação teológica me-todista reafirma sua relação de proximidade com a vivência da fé de nossas comunidades”, co-menta o diretor.

O curso também continua mantendo um diálogo constan-te com o Programa de Orienta-ção Vocacional (POV) e a Co-missão Ministerial Regional. Tudo isso visando acompanhar e apoiar os estudantes (futuros pastores e pastoras) em todo o processo de formação: do cha-mado na igreja local até a pri-meira nomeação.

Novos rumos para teologiaInstituto Bennett acolherá Curso do Seminário Metodista Teológico César Dacorso Filho

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TEOLOGIA

Levy Bastos falou sobre as perspectivas e os desafios futuros

Após o clima de otimis-mo que envolveu o Concílio Extraordinário

que confirmou a instalação da Sétima Região, a nova área eclesiástica da Igreja Metodis-ta no Estado do Rio de Janeiro, aos poucos, vai se organizando com o intuito de seguir o Ide de Jesus, mantendo a visão de investimentos em missões e expansão do Reino de Deus. Já no primeiro encontro da Coor-denação Regional de Ação Missionário (Coream), que re-uniu representantes da nova Região, foi tomada uma deci-são mostrando que Igreja Me-todista se mantém no caminho para o crescimento. Tratou-se da aprovação do alvo para mis-sões de 450 mil reais, sendo

que parte dessa arrecadação será investida em planejamen-to estratégico desenvolvido pela própria RE.

Para os alvos missionários, o reverendo Nelson Santos, SD do Distrito de Três Rios, sugeriu que houvesse investi-mentos em trabalhos novos e também já consolidados. Des-se valor arrecadado destinado à Sétima Região, serão prio-rizados os trabalhos realiza-dos nos municípios nos quais o Metodismo ainda não está consolidado. Em seguida, se-rão atendidos os demais distri-tos dentro de um critério defi-nido pela Coream. Durante a reunião, foi aprovada a criação do Distrito de Araruama e in-dicado o nome do leigo Carlos

Alberto da Silva para o cargo de secretário de apoio admi-nistrativo da 7ª RE. Nesse pri-meiro momento, foi decidido ainda que cada membro da Coream, após consultar o SD do respectivo distrito, trouxes-se nomes para serem votados e aprovados na próxima reunião a fim de comporem as Secreta-rias Regionais.

A nova região passa a com-preender os distritos de Cabo Frio, Niterói, São Gonçalo, Macaé, Petrópolis, Teresópo-lis, Três Rios, Itaocara e Pá-dua. Os números desse des-dobramento são 112 igrejas, 63 campos missionários (53 distritais e 10 regionais), 69 congregações e 6 pontos mis-sionários, totalizando cerca de

50 mil membros e quase 250 pastores.

Concílio ExtraordinárioDelegados dos nove distritos correspondentes ao Norte do Estado estiveram reunidos em Concílio Extraordinário. Cerca de 300 representantes de igre-jas locais, entre clérigos e leigos, também estiveram presentes no evento, que foi considerado um marco para a história da Igreja Metodista. O bispo Paulo Lock-mann presidiu a mesa conciliar ao lado dos bispos Adonias Pe-reira do Lago, presidente do Co-légio Episcopal; e Carlos Alberto Tavares, da Região Missionária da Amazônia. Animado com o acontecimento, Lockmann des-tacou a importância da multi-

plicação e da instalação da nova Região depois de 50 anos da criação da 6ª RE. “Somos um povo que não acredita em divi-são, mas em multiplicação. Já te-mos uma igreja em cada cidade, nosso objetivo agora é ter uma igreja em cada bairro”, diz.

O presidente do Colégio Episcopal, Adonias Pereira do Lago, na ocasião, também ex-pôs sobre a prática missionária da Igreja, destacando ainda o Plano de Ação Missionária, as estratégias de evangelização e o discipulado. Ele lembrou ainda as parcerias entre as regiões que caminham para consolidar a pro-posta nacional de uma Região em cada Estado. E disse que a criação da Sétima é um impul-so importante para a expansão.

Cada vez mais estruturadaJá instalada, 7ª RE trabalha com foco na expansão missionária na Região Norte do Estado

NACIONAL

Carta divulgada pelo pastor e diretor Levy Bastos

Prezados pastores e pastoras da Igreja metodista, escrevo-lhes, depois de muito refletir e em diálogo com o bispo Paulo Lockmann e o Conselho

diretor do SMCDF (dos quais recebi anuência), para partilhar a decisão de que não continuaremos a utilizar as dependências do IMFORM para as aulas do curso de Teologia do SMCDF. Estaremos, a partir de 7 fevereiro de 2015, sediados à Rua Marquês de Abrantes, 55, no bairro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro. As aulas acontecerão no Prédio Eliza Perkinson do Colégio Bennett, sempre aos sábados.

A decisão da saída do SMCDF das dependências da Escola de Missões foi fruto de longa meditação e também de oração. Tivemos que constatar que, apesar da constante e sempre presente boa vontade e grande empenho de toda a equipe de profissionais do IMFORM, a hospedagem de um curso livre de longa duração e de caráter de nível superior como é o caso do SMCDF ficaria muito prejudicada.

Sob vários aspectos em várias circunstâncias fomos constatando que havia muitas limitações estruturais, as quais fogem à nossa capacidade de supera-ção: a distância para a esmagadora maioria dos estudantes de outras partes do Estado do Rio de janeiro (Sul Fluminense, Cabo Frio, Cidade do Rio de Janeiro) somada a isso a absoluta impossibilidade de condução para os que não têm carro particular, a dificuldade de elaborar uma agenda sem a concorrência de outros eventos paralelos sediados pelo IMFORM, a falta de atendimento médico próximo, a precariedade do serviço de telefonia e internet, entre outros. Como exemplo destes fatores limitantes, podemos citar o caso da aluna Luciana Rosa Sereno, que teve um quadro hipertensivo (em 16/12/2014) durante a aula, tendo que ser levada às pressas para um hospital em Teresópolis.

Esta decisão não poderá jamais ser vista como desvalorizadora do IMFORM ou do trabalho de seu diretor (meu grande amigo e incentivador) à frente do mesmo. Nossa saída se justifica exclusivamente por causa do curso que oferecemos (um curso em nível superior e de longa duração). Estou mais que convencido de que a Escola de Missões é uma grande bênção para a Igre-ja Metodista na sua vocação fundamental: formação missionária para cursos mais breves que não tenham caráter de curso superior como o de Teologia do SMCDF. Fica, por isso, a nossa profunda gratidão a toda a equipe do IMFORM que nos tratou sempre com grande respeito e carinho.

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A pós as celebrações de fim de ano, as igrejas se preparam para o Carnaval. A questão agora é o

que fazer durante esse feriado prolon-gado. Embora algumas delas estejam optando por investir em estudos e trei-namentos ou desenvolver evangelismo estratégico para alcançar foliões, ainda são os tradicionais retiros que atraem mais gente. E algumas Igrejas Metodis-tas já estão com tudo pronto para esse evento que, embora de caráter espiri-tual, também envolve lazer e diversão.

A Metodista de Queimados, liderada pelo pastor Roberto Bastos, por exem-plo, optou pelo retiro. Por meio de uma comissão de organização, a igreja se preparou para o retiro, que será em uma Chácara, na cidade de Teresópolis, Re-gião Serrana do Rio de Janeiro. O even-to, que acontece anualmente, terá como tema Iluminar, essa é a nossa missão e contará com a participação de cerca de 100 pessoas. Durante a programação, quatro preletores estarão compartilhan-do a Palavra de Deus com os retirantes.

De acordo Kelly Francis, uma das or-ganizadoras do retiro, o objetivo é fazer com que as pessoas não fiquem disper-sas durante a “festa do Momo”. “O nos-so foco é a juventude, porque são mais assediados nesse período. Queremos que eles se fortaleçam espiritualmente para resistirem às tentações, mas o retiro é aberto para toda a igreja”, ressalta.

Já a Metodista do Jardim Botânico, pastoreada por Ronan Boechat de Amo-rim, que também optou pelo retiro, de-

cidiu adotar a proposta de basear os estudos e palestras em assuntos volta-dos para o discipulado. Sob o tema: Ser e fazer discípulos – Seja Luz, o evento contará com a participação de todos os segmentos da igreja com uma estima-tiva de aproximadamente 150 pessoas.

Temas como mentoria, acolhimento ao visitante e ao novo crente, discipu-lado e evangelismo serão abordados no

retiro, que será num sítio em Itaboraí. Segundo a responsável pela coordena-ção do evento, Maria Aparecida Mar-ques, a finalidade é fazer com que a igreja saia renovada e com muita dispo-sição para levar a mensagem de Cristo aos corações sedentos. “Queremos vol-tar de lá modificados”, ressalta.

Para Maria Aparecida, este ano ha-verá um tempo maior de dedicação às

atividades do retiro, pois, nos anos an-teriores, havia uma escala para preparar as refeições, o que este ano não será ne-cessário. “Investimos em um sítio que já vem com todo o serviço contratado. En-tão não iremos mais precisar nos afastar das palestras e momentos de culto para nos preocupar com nada, pois tudo será providenciado pelos funcionários do sí-tio”, assegura.

Outra novidade é que o retiro será mais focado na família e nos casais da igreja. “Antes focávamos mais nos jo-vens. Desta vez, como teremos muitos casais, nosso alvo será voltado para a igreja de um modo geral”, enfatiza.

Outra opção para os metodistas é o retiro espiritual promovido pelo Ins-tituto Metodista de Formação Missio-nária (Inform). Localizado na Serra do Capim, em Teresópolis, o instituto é cercado por uma extensa área verde e possui quadras esportivas, piscina e outras opções de lazer, além do templo com capacidade para 900 pessoas e uma torre de oração.

Este ano, o Inform espera rece-ber cerca de 600 pessoas no período de carnaval. O evento, que acontece anualmente, contará com momentos de louvor e adoração, durante os cultos matutinos e noturnos, e tardes livres para o lazer. O retiro é aberto a pessoas de as idades e recebe famílias e grupos de diversas igrejas. Entre as que já con-firmaram presença, estão as metodistas de Pilares e Itaipu.

Longe da folia, perto de DeusIgrejas organizam retiro a fim de buscar fortalecimento espiritual durante o Carnaval

n Carla Tavares

IGREJAS

A Igreja Metodista do Jardim Botânico se reúne para planejamento do retiro

Testemunha do amor e cui-dado do Senhor, Thereza

Neide Soares, 85 anos, dedi-cou sua vida à família e à obra de Deus. Filha de Luiz e Se-bastiana Soares, ela nasceu no Rio de Janeiro, mas ficou órfã de pai e mãe aos 2 anos de ida-de. Então, ela foi morar na casa de sua madrinha de batismo, na Comunidade do Vidigal, onde viveu até os 13 anos. Saiu dali para trabalhar como babá e morar numa casa de famí-lia, onde permaneceu por três anos, quando voltou a morar na casa da madrinha.

Thereza continuou traba-lhando para manter-se e aju-dar nas despesas da casa. “Eu não tive uma infância fácil. Desde pequena tive que traba-lhar muito, e os ambientes de trabalho nem sempre eram de pessoas generosas. Porém, não me considero uma vítima das circunstâncias, e sim uma so-brevivente. Eu não sabia, mas Deus já cuidava de mim desde muito tempo”, diz Thereza.

Aos 18 anos, ela participou de um culto na casa do casal Adinair e Antonio Delgado Martins, conhecido como “Seu Delgado”. O casal era membro da Igreja Metodista do Jardim Botânico e residia no Vidigal. O convite foi feito por Adinair, que também trouxe Eda, Eliete e Carmelita, amigas de infância de Thereza. “Quando cheguei à Igreja fui acolhida pelo pastor da Igreja, o bispo César Dacor-so Filho, e tornei-me membro da Igreja por profissão de fé e batismo. No livro do rol de membros, sou o número 796. Por ser funcionário do Parque do Jardim Botânico, Seu Del-gado acabou se mudando com

a família para lá. E o mesmo aconteceu com outros empre-gados cujas famílias moravam no Vidigal, que ganharam casas funcionais.

Seguindo a caminhada de fé, Thereza casou-se na Igreja Metodista do Jardim Botânico em novembro de 1956, aos 26 anos de idade, com Genésio dos Santos. Entre os padrinhos de casamento, estavam Adinair e “Seu Delgado”. “O Genésio cantava no Coral, regido pri-meiramente pela irmã Hora Diniz e depois pela Abigail Baptista de Souza, a “Tia Biga” (falecida em 2010). Quando Manoel, funcionário do Parque do Jardim Botânico e pai de Genésio morreu, fomos morar na casa dele, dentro do Parque. O esposo de Thereza Neide morreu em 1974, aos 44 anos de idade.

Viúva e com seis filhos, a irmã não desanimou e conti-nuou na Presença de Deus. “Criei os meus filhos na Igreja: Genésio, o primogênito, Ione, Ely, Elizabeth, Neide e Cleide. As meninas continuam firmes com Jesus e na Igreja, embora

Test

emun

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&Fé Nas mãos de Deus

Metodista desde a mocidade, Thereza Neide é um exemplo de que amor e compromisso com o Senhor ajudam a superar qualquer dificuldade

só a Elizabeth permaneça ain-da hoje como membro de nossa Igreja. Além disso, minha neta, uma adolescente chamada Jés-sica, também frequenta nossa igreja”. Mesmo com todas as dificuldades que teve que en-carar, Thereza conseguiu dar estudos aos filhos e lançar a se-mente da Palavra na vida deles, mostrando-lhes o caminho em que deveriam andar.

“Gosto muito de estar na igreja, assistir aos cultos, e, especialmente, de ouvir os lou-vores. É maravilhoso podermos separar tempo para cultuar ao Senhor, ouvir as Sagradas Es-crituras e ter a alegria de lou-var ao seu Santo Nome”, diz. Thereza tem seis filhos, onze netos e sete bisnetos. Ela con-tinua com o coração alegre por permanecer firmada na Rocha eterna. E expressa isso com muita propriedade, quando fala do zelo de Deus com sua vida. “Com certeza o Senhor cuidou de mim. Ele ainda cuida de mim. Eu sei disso. Eu sinto isso. Eu vejo isso. Deus seja louvado por seu amor e bonda-de. Aleluia!”, declara.

Jardim Botânico abre as portas para missõesDois missionários do Minis-tério Portas Abertas estiveram recentemente na Igreja Meto-dista do Jardim Botânico. Na oportunidade, relataram a per-seguição que a igreja cristã so-fre nos países do Oriente Mé-dio, em especial na Turquia, onde desenvolvem um trabalho missionário com crianças e adultos.

A dura realidade da Igreja perseguida nesses países, rela-tada nos testemunhos, sensibi-lizou os presentes que se sen-tiram impulsionados a abraçar a causa. O culto também con-tou com momentos de louvor e principalmente de oração pelos cristãos perseguidos da Ásia e Oriente Médio.

Centenário de metodista em Parque AraruamaA Igreja Metodista de Parque Araruama, liderada por Cleide Rodrigues de Abreu, esteve em festa por ocasião da comemora-ção dos 100 anos do irmão Her-nandes Gonçalves. No final do

ano, foi realizado um culto em ação de graças pela vida dele. A celebração foi num salão de festas escolhido pela família. Ele é casado há 75 anos com a irmã Elzira Machado, hoje com 91 anos, com quem teve 10 fi-lhos, 19 netos, sete bisnetos e um tataraneto a caminho.

Há 30 anos membro de Par-que Araruama, Distrito de São João de Meriti, o irmão tem sido um exemplo de amor, fé, dedi-cação ao trabalho do Senhor e testemunho metodista. O casal, sempre muito atuante nas ativi-dades da igreja local, nunca es-condeu a paixão por participar da Escola Dominical. Hernan-des, inclusive, colaborou com a construção do Templo. Por já serem bem idosos, segundo in-formou o evangelista Anderson Abreu, eles recebem a Ceia do Senhor em casa, mas sempre com muita alegria e muitas lem-

branças da época que militaram no trabalho do Senhor. Além do alimento espiritual, a festa também contou com bolo, doci-nhos, camisa homenageando o aniversariante e um almoço.

Campo Missionário em ParatyO Campo Missionário em Pa-raty, Distrito de Santa Cruz, inaugurado em abril de 2014, segue frutificando para a obra do Senhor. Em dezembro do mesmo ano, as reuniões pas-saram a acontecer em um imó-vel alugado pela Associação da Igreja Metodista no Estado do Rio de janeiro. A primeira reu-nião do Campo Missionário foi promovida nas dependências do Hotel Navegantes, no Centro de Paraty. Na ocasião, o espaço foi cedido gratuitamente para a realização do culto inaugural, no qual o mensageiro foi o reve-

rendo Lúcio de Sant'Anna Fer-reira, Supervisor Missionário da 1° RE. Após o primeiro culto, as reuniões eram promovidas quinzenalmente na casa do ca-sal Lindolfo e Sônia.

Renovando os laços de amorA Igreja Metodista da Taquara promoveu a formatura da tercei-ra turma do curso Casados Para Sempre, um ministério que visa ao fortalecimento dos laços ma-trimonias por meio do ensino bíblico. Em janeiro, seis casais participaram da cerimônia de renovação de votos como con-clusão do curso. A igreja esteve ornamentada de acordo com a ocasião e contou com testemu-nhas que prestigiaram os casais. Após a bênção no altar, os côn-juges foram presenteados com uma bela recepção preparada pela igreja para os convidados.

Thereza Neide superou os desafios da

vida por meio da fé em Cristo

IGREJAS EM AÇÃO I NOTAS

A missionária contou os desafios enfrentados pela igreja perseguida

A igreja de Parque Araruama festejou com o aniversariante e sua família

Casais renovaram votos na formatura do curso Casados para Sempre

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MISSÃO

Oamor ao próximo e o com-prometimento com o Evangelho de Cristo leva-

ram a coordenadora do projeto Vo-luntários em Missão, reverenda Selma Antunes, e a missionária Silvana Corrêa a anunciar a Palavra de Deus no Norte do país. As ci-dades visitadas foram Paragomi-nas e Belém, no Pará, na área pertencente à Região Missionária da Amazônia (REMA). Segundo Silvana Corrêa, no Pará, a Igreja Metodista tem desenvolvido sis-tematicamente o discipulado, proporcionando o crescimento quantitativo da igreja com a im-plantação de novas congregações.

Na cidade de Paragominas, as missionárias foram recebidas pela pastora Patrícia Maiworm e seu marido, evangelista Mar-cos Maiworm. O casal, que foi membro da Igreja de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, há dois anos lidera o trabalho naquela cidade. “Hoje a Igreja está com cerca de 50 membros, e já temos mais novos membros

para serem recebidos. Estamos felizes com o crescimento da igreja”, conta Patrícia.

Paragominas está situada no Sudoeste do Pará, os 90 metros de altitude tornam a localidade uma região de poucas chuvas. Com baixa umidade no ar, a temperatura chega a alcançar a marca dos 45°C e uma sensação térmica perto dos 50°C. Entre-tanto, o forte calor nem o sol escaldante fizeram a equipe re-cuar. “Apesar do número reduzi-do de pessoas, o trabalho foi bas-tante produtivo durante os oito dias de nossa estadia no Estado”.

Além da presença metodista no bairro de Jardelândia, a Igre-ja Metodista em Paragominas já conta com um Ponto Missio-nário e um grupo de discipu-lado, que lá é conhecido como célula, no centro da cidade. Aos sábados, é realizado o discipu-lado pela manhã, e à noite, o culto de adoração.

Já a em Belém, a missioná-ria Silvana Corrêa foi recebida

pelo reverendo João Coimbra, SD do Distrito Para/Amapá e pastor--presidente da Igreja Metodista Central em Belém, e pela pastora co-adjuntora Deise Coimbra. Na localidade, Silvana pregou a men-sagem da Palavra de Deus e par-ticipou da inauguração da nova congregação, na Ilha do Outeiro, Distrito de Icoaraci.

Desafios a serem vencidosSegundo Silvana Corrêa, a Igreja Metodista no Pará en-frenta grandes desafios devido à grande extensão territorial do Estado. “A falta de obreiros é sem dúvida um dos maiores

desafios, seguido da falta de recursos financeiros”, ressalta.

Estas dificuldades levaram a Rema a adotar o trabalho em parcerias com outras Regiões Eclesiásticas. “A 6 ªRE, por exemplo, envia obreiros para o campo missionário da Rema e fica responsável pelo seu sus-tento. É a unidade da Igreja de Cristo trabalhando em prol do Reino”, diz Silvana.

Silvana disse ainda, que,

ao longo desses dias, várias atividades missionárias foram desenvolvidas como visitação, discipulado, estudos bíblicos, pregação da Palavra, testemu-nhos, aconselhamentos e uma grande confraternização no culto de domingo com a cele-bração do Fruto Fiel. Ela conta que no Pará também já existe uma célula no município de Ipixuna. “É a obra de Deus se-guindo Avante”, finaliza.

R ecentemente, a coorde-nação dos Voluntários em Missão da Igreja Me-

todista no Estado do Rio de Ja-neiro promoveu um culto de gratidão a Deus pela vida de to-dos os voluntários na Igreja Central de Búzios. Segundo a pastora Selma Antunes, coorde-nadora do projeto, além de agra-decer a Deus pelos esses traba-lhadores, o alvo também foi o levantar uma oferta para aben-

çoar alguns obreiros em ativida-de. “Esses irmãos têm disponi-bilizado o seu tempo, seus re-cursos financeiros e seus talen-tos para servirem a Deus e ao próximo por meio de trabalhos realizados no Brasil e em outros países”, declara a pastora.

As Sociedades de Mulheres das Igrejas Metodistas de Bú-zios, Manguinhos e Cem Bra-ças estiveram envolvidas neste evento promovendo um lanche

para o levantamento dos recur-sos destinados a oferta. A pro-gramação contou também com a presença do coral das Igrejas Metodistas Central de Búzios e Manguinhos. Além da igreja de Baia Formosa e os Campos Missionários de Cem Braças e São Vicente, este representado pela pastora Selma Castro, seu esposo e membros.

O irmão João Evangelista, que usa uma bicicleta como

instrumento de evangelização, também esteve presente con-tando seu testemunho de vida e compartilhando experiências na área de evangelização. Atual-mente, ele é membro da Igreja Metodista em Nova Iguaçu.

A pastora Selma disse ain-da que muitas pessoas estive-ram envolvidas e ajudaram na realização desse culto, como o Pr. Marcos Fraga, que abriu as portas da igreja para acolher

o culto; o irmão Luiz Paulo e todo o ministério de louvor de Búzios. “Agradecemos a oferta levantada pelo Campo Missio-nário de Cem Braças que muito abençoou esta iniciativa e tam-bém a Sociedade Metodista de Mulheres e alguns membros do Jardim Botânico, que oferta-ram voluntariamente para esta causa. Que a Graça do pai con-tinue repousando sobre cada uma dessas vidas”, finaliza.

Cumpridores do chamado Coordenação dos Voluntários em Missão realiza culto em agradecimento pela vida dos obreiros

O evangelista João da bicicleta contou seu testemunho

Apresentações musicais marcaram o

culto missionário

Pastora Selma Antunes agradeceu a colaboração de todos

As missionárias visitaram muitos lares em Paragominas

Irmãos da Igreja Metodista em Outeiro

Pastora Patricia Maiworm (ao centro)

em momento de celebração e louvor

Alcançando as terras do Pará Voluntárias vão ao Norte do Brasil para levar o Evangelho e fortalecer o metodismo local

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Em 1895, chegou às costas peruanas pela primeira vez o ministro dos Esta-

dos Unidos, o reverendo J. A. Swaney. Ele veio contratado como capelão pela American Seamen’s Friend Society para atender a congregação anglica-na de língua inglesa que estava composta em sua maioria por trabalhadores da Pacific Steam Navigation Company, os quais haviam vindo da Escócia.

A primeira tentativa de es-tabelecer a Igreja Metodista no Peru foi do bispo Willian Taylor, acompanhado de seu irmão Archibaldo, a partir de 1877, em Callao. Conseguiram estabelecer missões em Callao, Mollendo, Tacna e nas Ilhas Lobos. Buscaram sempre obter meios para que a missão se au-tossustentasse, todavia enfren-taram, nesta época, problemas nacionais como a febre amare-la, maremotos e a guerra contra o Chile, fazendo com que no fim somente permanecesse a obra de Callao.

A segunda e definitiva ten-tativa aconteceu em 1888 com o pastor Francisco G. Penzot-ti, enviado da Agencia do Rio da Prata da Sociedade Bíblica Americana. Por meio dele, em 1889, foi construída a Igreja Metodista do Callao – onde estou pastoreando –, que foi também a primeira igreja evan-gélica constituída no país. O pastor Penzontti chegou a ser preso pelo crime de difundir as Sagradas Escrituras. Devido a esse fato, foi acessa a chama missionária no Peru, que im-pulsionou a Junta de Missões da Igreja Metodista Episcopal do Norte Americano a reco-nhecer a obra iniciada pelo ir-mão Pr. Penzotti.

Entre o final do século XIX e começo do século XX foram fundadas quatro Colégios Me-todista High School em Lima e um em Huancayo. São eles que hoje em dia sustentam as igrejas e as mantêm abertas. A maior comunidade cristã tem cerca de 60 membros. No en-tanto, em cada igreja existe pelo menos 1% de estudan-te metodista e 5% de cristãos evangélicos.

Entre os anos 1940 e 1969, após a Segunda Guerra Mun-dial, a igreja viveu o seu auge. Em 1970, ela conquistou a sua independência, mas até hoje ela busca ajuda dos Estados Unidos e outros países, espe-cialmente em termos finan-ceiros. Em pesquisa recente, verificou-se a existência de 5.200 membros metodistas na localidade. Vim oficialmente como missionário da Igreja As-sembleia de Deus, tendo em vista que de acordo com a lei do país, a igreja que recebe o missionário tem que ter no mí-nimo 5 mil pessoas.

Atualmente, existem em todo o Peru 89 pastores meto-distas. Desses, somente 21 são

presbíteros ativos, sendo 11 deles situados em Lima e cer-ca de quatro são candidatos ao presbiterado. Dos 21 pastores, poucos fizeram uma faculdade de Teologia, os demais cursos ou seminários pequenos. No meio dos jovens, até o momen-to, não encontrei ninguém que deseje ser pastor.

A Igreja Metodista do Cal-lao foi fundada em 10 de ja-neiro de 1889, na Província Constitucional de Callao –

Peru, pelo reverendo Franci-so Penzotti, sendo a primeira igreja evangélica a estabelecer--se oficialmente naquele país. No que se refere à quantidade de membros, o auge da Igreja foi na década de 40, quan-do chegou a possuir cerca de 150 membros. Hoje, são 50 membros e alguns visitantes. O bairro onde se encontra a Igreja é conhecido como “zona vermelha” pelo perigo da loca-lidade. Desejo e oro para que continue sendo conhecida como zona vermelha, mas ver-melha pelo sangue de Jesus. Nas adjacências, encontramos muitos drogados, travestis, alcóolatras e outros tipos de pessoas carentes de Deus. Du-rante décadas ficamos sem ter culto à noite devido ao medo e ao fato de a média de idade da igreja ser de mais de 65 anos. No entanto, pela fé e para a glória de Deus, há três sema-

nas começamos um culto nas noites de sexta-feira.

Devido à faixa etária elevada dos membros da Igreja em ní-vel local e nacional, conforme já foi mencionado, além do “ví-cio” de trabalho que hoje a so-ciedade peruana possui (faz 13 anos que o país saiu do terro-rismo, e hoje buscar recuperar--se), temos muita dificuldade de fazer trabalho fora da igreja (creio que Deus mudará isso). Também há dois anos a igreja não tem um letreiro (o tinha era de bronze, mas usuários de drogas o roubaram), o que difi-culta a identificação metodista. A construção do templo lembra a de uma igreja católica, o que às vezes também confunde as pessoas. A Igreja foi erguida há 125 anos pelos americanos.

Também não temos grupo de música. São três músicos, mas estar na igreja não é prioridade de nenhum deles – como assim pensa a esmagadora maioria dos cerca de 5.200 metodistas do Peru. Mas consegui um jovem de outra igreja para ensinar ins-trumentos à minha família e a outras três crianças, com ida-des entre 11 e 12 anos, com o objetivo de futuramente termos um grupo de música.

Quando olho para a liturgia, os costumes e a visão da Igreja Metodista do Peru, vejo a Igre-ja Metodista do Rio de Janeiro há 30 ou 40 anos atrás. Meu maior desejo é despertar em cada membro o desejo de ser totalmente em Cristo e assim alcançarem vidas para Jesus. Além de conseguir alcançar no-vos jovens para Jesus, visando à salvação, tenho a esperança de novos pastores e pastores para a Igreja Metodista do Peru. Hoje possuo dois grupos de estudo, à parte da igreja onde pasto-reio, formado por metodistas, católicos, batistas e membros de outras denominações. Ore por nós, principalmente para que Deus desperte a igreja lo-cal para a evangelização. Que Deus nos abençoe!

Pr. rogério vandErlEi maia do amaral

Fazendo missões no PeruA origem da Igreja Metodista e as experiências de um missionário brasileiro em terras peruanas

MISSÃO

Pastor Rogério Vanderlei, esposa e filhos

Fachada da Igreja Metodista no Peru

Juvenis em apresentação na Igreja Metodista Peruana em momento de culto

Anuário litúrgicoO ano civil, por sua vez, começa no dia 1º de janeiro.

Porém, a liturgia segue outro calendário e estabele-ce o início do ano no primeiro domingo do Advento. Pa-rece, de fato, lógico que os acontecimentos da vida de uma pessoa sejam apresentados a partir do dia do seu nascimento ou até do momento em que é aguardado nascer. Mas foi assim desde o começo da Igreja? Não. No século I os cristãos não tinham outra festa a não ser a celebração semanal da ressurreição do Senhor.

No primeiro dia da semana (domingo), costumavam reunir-se para ouvir a Palavra de Deus, para celebrar a eucaristia, e, nos primeiros anos, também para tomar a refeição em comum. Em seguida, todos voltavam para suas casas, despedindo-se uns dos outros, até o domin-go seguinte. Não passou muito tempo, porém, e a Igre-ja percebeu a necessidade de dedicar um dia do ano para a comemoração dos acontecimentos culminantes da vida de Jesus. Por isso, instituiu a Páscoa.

No começo do século II, essa festa já estava difundida em todas as comunidades cristãs. Porém, um único dia destinado para celebrar da ressurreição de Cristo pare-cia muito pouco. Então, pensou-se em prolongar a alegria dessa festa para sete semanas, os 50 dias de Pentecostes, que deviam ser celebrados com grande alegria, porque - como dizia um famoso bispo daqueles tempos antigos chamado Irineu – “estes dias são como um único dia de festa, que tem a mesma importância do domingo”.

Passaram-se ainda muitos anos e por volta de 350 d.C. decidiu-se celebrar também o nascimento de Je-sus. Mas em que dia nasceu Jesus? Ninguém sabia! Na-quele tempo não existia o registro civil, como em nossos dias, e o povo esquecia facilmente do dia e até mesmo do ano em que a pessoa tinha nascido. De que maneira, então, seria possível estabelecer a data do Natal? Na-queles tempos havia uma festa, conhecida como a “Fes-ta do nascimento do Sol”. No Egito, era celebrada em 6 de janeiro, e em Roma, 25 de dezembro. Os pagãos estavam convencidos de que o Sol era um deus e por esta razão faziam uma festa para comemorar o seu nas-cimento. Era uma festa na qual se divertiam, comiam e bebiam até se embriagar. Então, por volta de 350 d. C., quando os cristãos se tornaram mais numerosos do que os pagãos, decidiram mudar o nome e o sentido da festa do “nascimento do Sol”. Estabeleceram esse dia para a celebração do nascimento de Jesus, pois diziam: “Ele é o verdadeiro Sol, a luz que ilumina todos os homens”. E foi assim que por muitos anos o ano litúrgico teve seu início no dia 25 de dezembro.

Por volta do ano 600 d. C. os cristãos julgaram que uma festa tão importante deveria ser preparada com muito esmero, Por essa razão, decidiram que fosse precedida pelos quatro domingos antes do Natal.

O ANO LITÚRGICO (ou Ano Cristão) se baseia na história da salvação, cujo centro é o mistério pas-cal e a união em Cristo. Ao longo dos séculos, con-vencionou-se uma estrutura que se organiza em qua-tro grandes ciclos: Natal, Primeiro Tempo Comum, Páscoa e um Segundo Tempo Comum. Conforme o tempo, os paramentos do sacerdote e do templo têm uma cor que simboliza o sentido de cada aspecto ce-lebrado. Confira a seguir:

Tempo do Natal: Advento, Natal e Epifania

Advento: É o tempo do ano litúrgico que vem antes do Natal. Significa “espera” ou “está chegando”. É uma preparação para a festa do Natal. Começa quatro do-mingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezem-bro. A cor utilizada é roxa e suas nuances, indicando uma madrugada escura que vai clareando gradativa-mente com a chegada do amanhecer (Jesus). É um tempo de preparação em que os fiéis se propõem a mudar de vida para acolher o Salvador que nasce. É um tempo de contrição e oração.

Natal: Festa do nascimento de Jesus, celebrada no dia 25 de dezembro. Cor utilizada, branca, amarela, dourada. O tempo do Natal vai do dia 25 de dezembro até a Epifania do Senhor, chamada de dia de Reis, quando Jesus teria recebido a visita dos reis magos. Comemora-se no domingo mais próximo ao dia 6 de janeiro. A cor dos paramentos é branca, símbolo da alegria e plenitude.

Tempo Comum:Primeiro e Segundo Tempo Comum É o tempo mais longo do ano litúrgico. São 33 ou 34 semanas em que se celebra o cotidiano do mistério de Cristo: seus ensinamentos, milagres, seu dia a dia. O Tempo Comum distribui-se por dois momentos dis-tintos do ano: Primeiro: entre a Epifania e a Quares-ma; e o segundo: percorre após o período de Pente-costes até o Advento. Durante o Tempo Comum a cor litúrgica é o verde.

Tempo Pascal:Quaresma, Páscoa e Pentecostes

Quaresma: Tempo que dura quarenta dias (vai desde a quarta-feira de cinzas até o sábado na véspera do Domingo de Ramos). A cor dos paramentos é roxa, sinal de quebrantamento e humildade. O tempo da Quaresma deve ajudar a conversão que se faz pela prática da oração, jejum e solidariedade aos mais ne-cessitados. No quarto domingo da Quaresma, os para-mentos podem ser de cor rosa, antecipando a alegria da ressurreição.

Páscoa: Festa da ressurreição de Cristo. É a Eucaris-tia mais solene do Ano Litúrgico, sinal de vida nova, depois da contrição acontecida na Quaresma. É o tempo litúrgico que começa com a vigília Pascal na sexta-feira santa e se estende até o domingo de Pente-costes. Durante o tempo litúrgico da Páscoa, os para-mentos devem ser da cor branca ou amarela.

Pentecostes: É o tempo que comemoramos a descida do Espírito Santo sobre os cristãos que estavam reu-nidos no cenáculo em oração, 50 dias após a Páscoa. O episódio é descrito no livro de Atos dos Apóstolos. O Espírito Santo é derramado sobre eles e línguas de fogo descem sobre suas cabeças. A partir daí são cheios de ousadia para anunciar a salvação em Cristo Jesus para todos os povos reunidos por ocasião da Fes-ta da Colheita (ou de Pentecostes). A cor utilizada é vermelha, lembrando as labaredas de fogo do Espírito.

Segundo Tempo Comum Já citado acima. 9

No passado, existiram vários tipos de calendá-rios: egípcios, sumérios, maias, babilônicos e astecas, entre muitos. A maioria deles tem as

suas origens atreladas às religiões seguidas por algu-ma civilização como marco da sua contagem e nos ci-clos solares ou lunares. Ainda hoje existem diversos calendários: além do cristão (ou gregoriano), temos o judaico, o muçulmano e o chinês, por exemplo. Cada um com seus momentos históricos diferentes e datas específicas. Diante de calendários tão distintos, per-cebemos que a humanidade é rica em tradições e cul-turas, além da nossa civilização judaico-cristã.

Calendário cristão

O calendário cristão teve o seu início no século VI, quando o abade Dionísio decidiu contar o tempo

a partir do ano 1 do nascimento de Jesus Cristo. Até então a contagem era feita a partir da posse do impe-rador Diocleciano. Porém, como Roma tornara-se cristã e o imperador fora um feroz perseguidor do cris-tianismo, era incompatível continuar contando o tem-po a partir da sua posse.

Para descobrir a data do nascimento de Cristo, Dio-nísio tomou como marco a data registrada da fundação

de Roma. Contou os anos de todos os reinados roma-nos e chegou à conclusão de que se tinham passado 753 anos da fundação da cidade eterna ao nascimen-to de Cristo. Essa data define o ano 1 da Era Cristã. Porém, estudos recentes apontam para um erro nessa contagem de quatro anos, provavelmente pelo esque-cimento de contar o período que o imperador Augusto governou com o seu nome de batismo, Otávio (27 a 31 a.C.). O erro é confirmado pela morte de Herodes, segundo o historiador judeu Flávio Josefo, ocorrida no mês de um eclipse lunar, que, para os astrônomos, ocorreu no ano 4 a.C.

Calendário Cristão e Anuário Litúrgico n Pastora Gláucia Silvestre

PENTECOSTES

TEMPO DE NATAL

Advento

Natal

TEMPO PASCOALQuaresma

Tempo Pascoal

Pentecostes

TEMPOCOMUM

Sem

ana

Sant

a

TempoComum

TempoComum

TEMPOCOMUM

LITURGIA

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Essas etapas estão discri-minadas para nos ajudar a preencher nossos projetos

de forma adequada, para que ao final possamos ter o nosso Pla-no de Ação da Igreja (PAI).

1Primeiro passo que preci-samos, é estabelecer as

Ênfases da Igreja para as áreas: Social, Expansão Mis-sionária, Administrativa e Educação, bem como as prio-ridades Nacionais que são: Crianças e Discipulado, estes são o “nosso grande norte” para a montagem dos projetos das S/M, com este olhar, con-templaremos as necessidades internas e externas da Igreja incluindo o discipulado, que é nosso carro-chefe na cami-nhada eclesiástica.

2De posse das ênfases e dos formulários de planejamen-

to, podemos marcar uma reu-nião com nosso ministério/so-ciedade (M/S), e começarmos a pensar e descrever que proje-tos irão atender cada necessi-dade que nosso M/S levantou. Existem atividades que efetua-mos periodicamente; elas tam-bém deverão ter um projeto

específico para que tenhamos todas as atividades do ministé-rio descritas e sistematizadas.

3Todos os projetos depois de preenchidos irão ser apre-

sentados na CLAM – Coorde-nadoria de Ação Missionária Local, este será nosso momen-to de criticar e fazer arguições sobre cada proposta para que, ao ser levado para aprovação

(ou não) do concílio local, já tenhamos esclarecidos a gran-de maioria das dúvidas que possa ser levantada.

Os projetos aprovados for-marão o nosso calendário

e o nosso cronograma orça-mentário. Com ele estaremos preparados para inicializar-mos o ano de 2015 organiza-damente.

5Todo projeto que tiver cus-to deverá ter informado de

onde sairá o financiamento. Se a fonte financiadora for algum tipo de movimento (ex: canti-na) deverá ser montado um projeto para isso também, de-terminando quais dias essa atividade estará acontecendo, bem como tudo o que será ne-cessário para esse projeto fun-cione.

Observações:

a) Todo ministério/sociedade deverá ter uma reunião or-ganizacional/administrativa mensal para avaliação de sua caminhada, ali pode-rão fazer uma avaliação dos projetos executados, prepa-ração dos que irão aconte-cer no mês, ou mesmo se tivermos novos projetos que poderão ser encaminhados à CLAM ou ao concílio local para a sua devida apresentação/aprovação.

b) Todos os/as coordenado-res/as receberão uma có-pia do PAI/2015 completo para acompanhamento dos projetos de todas as S/M, com o devido orçamento/calendário.

c) Nas novas experiências, é preciso que tenhamos co-rações e mentes abertos para aprendermos e execu-tarmos.

Caminhando em Cristo Jesus, Nosso Senhor e Salvador, autor de todo o planejamento e boa sistemática, seu amigo,

Pastor Paulo WEltE

Como montar o Plano de Ação da Igreja LocalAprenda com as dicas de planejamento para os projetos da sua comunidade de fé

MISSÃO

Festival Nacional de Cinema Cristão Durante o II Festival Nacional de Cinema Cristão, Metanoia foi premiado como o melhor filme longa-metragem de 2014. O evento aconteceu no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro. Produzido pela Cia de Artes Jeová Nissi, a película, basea-da em fatos reais, fala de um jovem criado num bairro da periferia de São Paulo, que se envolve no mundo das drogas. O filme, o primeiro produzido

pela Cia. Nissi, contou com a parceria da 4U Films. O elen-co conta com atores renoma-dos nacionalmente como Caio Blat, Solange Couto e Silvio Guindane, que, pela primeira vez, participaram de um pro-jeto social organizado por uma entidade religiosa.

Foram quase 100 filmes ins-critos e os jurados consideraram qualidade técnica, roteirização e valores cristãos. Ao todo, doze categorias foram premiadas. O filme Metanoia levou os primei-ros prêmios da noite: Melhor Roteiro, Melhor Ator (Caique Oliveira), Melhor Atriz (Einat Falbel), Melhor Fotografia e Diretor de Arte. A estatueta de Melhor Música foi para o filme Labirintos Internos. Sem Regras venceu na categoria Melhor Trilha Sonora, Maquiagem e Figurino.

Outras premiações também marcaram o festival. A melhor animação escolhida foi Deixa o medo pra lá, de Biguinha e Seus Amigos, que levaram a estatue-ta criada pelo artista Moses Gomes. O vencedor do Melhor Curta-Metragem foi I am Cha-plin, e o melhor Documentário foi Uma Esperança. Nessa pro-dução, é possível ver que nem sempre o crack é a reta final da vida de um dependente. As imagens foram produzidas na Cristolândia, em São Paulo.

Pastor Metodista em programa inter-religioso do CMIO pastor e professor Claudio Ribeiro, no final de 2014, par-ticipou de uma reunião de um grupo de trabalho do Programa Diálogo e Cooperação Inter-re-ligiosos, do Conselho Mundial de Igrejas, na cidade de Dubai, Emirados Árabes. A proposta é produzir um material didático sobre o tema Identidade cristã em um mundo multirreligioso, a partir do documento já aprova-do, o What do we say that we are (O que nós dizemos que somos).

O grupo é liderado pela coordenadora do Programa, dra. Clare Amos, e possui inte-grantes de todos os continentes. São nove pessoas de diferentes tradições cristãs que deverão produzir no primeiro semestre

de 2015 um Guia de Estudos que será apresentado ao Co-mitê Central do Conselho. Em cada local, outros grupos e pes-soas poderão dar sugestões para o material.

LifeWay CLC em parceria com Metodista do Brasil A LifeWay CLC acaba de fir-mar uma importante parceria com a Igreja Metodista do Bra-sil focada em diversas ações de fortalecimento do trabalho de levar a Palavra ao povo de Deus. A estratégia da LifeWay CLC é ampliar ainda mais as alian-ças com outras instituições e entidades na busca por uma ampliação na atuação junto às diversas denominações cristãs.

O Convênio firmado irá re-sultar em ações conjuntas nas áreas editoriais, consultoria e

gestão, eventos e marketing. Por meio do No Cenáculo, de-vocional metodista, a igreja e a LifeWay CLC atuarão em con-junto na produção, editoração e distribuição de livros, em pro-gramas de treinamento e capa-citação, eventos como congres-sos e convenções e campanhas de marketing.

O diretor executivo da Life-Way CLC, Joubert Gomes Jr., destacou o papel que a parceria terá no crescimento da atuação da editora no Brasil, reafirman-do o compromisso de ter sem-pre ferramentas de evangeliza-ção com bons conteúdos para elevar cada vez mais a Palavra. “Estamos contentes com esta parceria, pois acreditamos que temos muitas coisas a fazer para o Reino de Deus e juntos temos a oportunidade de fazer mais e melhor”, diz Joubert.Assinatura da parceria entre a empresa Life Way e a Igreja Metodista

Reunião em Dubai propôs fortalecimento da identidade cristã

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T rabalhar para mudanças positivas e sustentáveis na vida de pessoas afeta-

das no Chile por situações de emergências, causadas por de-sastres naturais em decorrên-cias de mudanças climáticas ou outros fatores. Esse é o obje-tivo da EMAH (Equipe Meto-dista de Ajuda Humanitária), uma equipe multidisciplinar, cuja missão é auxiliar vítimas dessas catástrofes, avaliando os danos causados, fornecendo comida, abrigo, apoio psicosso-cial e espiritual. Para entender melhor como funciona esse tra-balho, entrevistamos o chileno Juan Salazar, diretor da equipe de ajuda humanitária. Ele con-tou um pouco da historia da EMAH, sua atuação no Chile e projetos futuros.

Avante: De que forma atua a EMAH?Juan Salazar: EMAH atua como uma Fundação de ajuda humanitária com equipe de voluntários capacitados e trei-nados para oferecer uma ajuda profissional e completa às fa-mílias, pessoas ou comunidade afetada por um desastre.

Avante: Como teve início esse trabalho?Juan: EMAH nasceu a partir de uma pergunta que nos fize-mos em 2008. Nós, como Igre-ja Metodista, sempre havíamos respondido às catástrofes ocor-ridas no país e sempre fizemos de maneira reativa. Só nos mo-vemos quando ocorre algum evento. E nos perguntamos se queríamos seguir fazendo da mesma maneira, porque che-gávamos tarde ou às vezes ofe-recíamos ajuda que as pessoas

não necessitavam. Então, um missionário disse que tinha a resposta a nossa pergunta. Ele nos colocou em contato com uma instituição dos Estados Unidos que tinha uma grande experiência em ajuda huma-nitária e gestão de riscos de desastres. Então, em outubro de 2009, eles vieram capaci-tar 24 representantes da Igre-ja Metodista de Árica a Punta Arena. Reunimo-nos por cinco dias para trabalhar e conhecer tudo o que estava relacionado à resposta humanitária. Já capa-citados, quatro meses depois, acorreu um terremoto no sul do Chile. E aí aplicamos os conhe-cimentos que havíamos recebi-do e iniciamos nossa primeira experiência de trabalho de uma maneira já não tão reativa e bem mais preventiva. E a partir daí, desde 2010, temos ajudado na maioria das catástrofes im-portantes ocorrida no país.

Avante: Esse trabalho alcança outros países ou fica apenas no Chile?Juan: Inicialmente a experiên-cia é nacional. Como fundação, nosso alcance é nacional. No entanto, o trabalho desenvolvi-do pelo EMAH serve de expe-riência para outros semelhantes seja realizado em toda a Amé-rica Latina e em todo o mundo onde há uma igreja Metodista. Em agosto do ano passado, a Igreja Metodista dos EUA con-vidou 10 países da America Latina para compartilhar a ex-periência do EMAH e convidar outras igrejas do continente a fim de que iniciem um pro-cesso de capacitação. O gasto é menor quando se investe em prevenção. Nisso também esta-

mos fortemente empenhados. E vim ao Brasil para compar-tilhar essa ideia com a Igreja Metodista brasileira, mostran-do que é possível formar tam-bém no país equipes de ajuda humanitária que tenham as

ferramentas necessárias para responder não só aos eventos que já ocorrem em algumas regiões, mas também trabalhar na linha da prevenção.

Avante: A realidade das ca-tástrofes do Brasil se difere da do Chile. De que forma a expe-riência de vocês pode contri-buir e ser referência para nós?Juan: Sim. Efetivamente no Brasil não há terremotos nem tsunamis, mas há incêndios, secas e muita chuva. Hoje em dia, em nível global, usa-e o conceito de mudanças climáti-cas. Isso indica que, à medida que o tempo passa, enfrenta-mos os eventos que ocorrem; as chuvas e a seca tendem a ser cada vez mais fortes; e também podem aparecer outros fenô-menos que não são próprios da região. Então, frente a essas mudanças climáticas, o que dizemos é que temos que estar preparados e capacitados. E te-mos ainda que investir na pre-venção. Por isso, cremos que a Igreja tem muito a fazer nesse sentido. Porque, a princípio, as igrejas estão em todas as re-giões e cidades e são os espaços ideais para iniciar esse proces-so de capacitação, sensibiliza-

ção e preparação para qualquer evento que ocorra no local.

Avante: Antes da chegada do ve-rão, estação que tem sido marca-da por muitas chuvas e enchentes no Brasil, o senhor chegou a aten-der a alguns convites para pales-trar nos Núcleos de Defesas Civis Comunitários (NUDECS). Que tipo de orientação foi passada?Juan: Dizemos que há even-tos que são recorrentes. Por isso, acontecem todos os anos e pro-duzem o mesmo fenômeno. No entanto, nossa aposta é que, se prepararmos as comunidades e os líderes comunitários em gestão de riscos, cremos os danos pode-rão ser minimizados, por exem-plo, na temporada de chuva. Se trabalharmos com comunidades, escolas, igrejas e todos da comu-nidade e implementarmos ações preventivas, seguramente, vamos avançar. Dessa forma, quando ocorrer o fenômeno, este ano ou o no que vem, o dano será menor. Além disso, outro desafio que te-mos realizado com muita força na EMAH é que a ajuda dada e recebida tem que ser de qualida-de, visando à dignidade da pessoa. Não se trata de uma ajuda qual-quer. Não é para dar o que sobra em casa.

ENTREVISTA

Lidando com catástrofes Diretor de Ajuda Humanitária no Chile, Juan Salazar fala da experiência no socorro das vitimas

de desastres naturais n Redação

Aprendendo com a EMAHAproveitando a presença de Juan Salazar

no Brasil, a igreja Metodista no Estado do

Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Ação

Social, promoveu no dia 13 de dezembro, no

Instituto Central do Povo (ICP), um treinamento

em ajuda humanitária em emergência e ações

de prevenção e redução de riscos em desastres

ambientais. O objetivo do evento foi treinar e

capacitar pessoas para ajudar famílias e vítimas

de catástrofes naturais que acontecem eventual-

mente durante o verão, no Estado do Rio de Ja-

neiro. Segundo o secretário executivo de ação

social, pastor Edvandro Machado Cavalcante,

a igreja tem conseguido chegar aonde o poder

público, muitas vezes, não consegue. “O tema

trouxe ideia de trabalharmos no sentido de via-

bilizar o EMAH para nossa realidade. Temos que

aprender como agir nesses momentos de desas-

tres climáticos, uma vez que eles têm afetado

nossa população todos os anos”.

Evento capacitou pessoas para ajudar ao próximo em momentos difíceis

Se trabalharmos com comunidades, escolas, igrejas e todos da comunidade e implementarmos ações preventivas,

seguramente, vamos avançar

APastoral de Combate ao Racismo da Igreja Me-todista no Estado do

Rio de Janeiro, da 1ªRE, reali-zou sua primeira reunião admi-nistrativa a fim de programar as atividades da Pastoral para 2015, que este ano comemora 30 anos de luta contra o pecado do racismo. A reunião aconte-ceu em 17 de janeiro e foi aco-lhida pela Igreja Metodista Campo Missionário no Lins, liderada pelo reverendo Luiz Daniel. Estavam presentes a coordenadora da Pastoral, Ma-ria da Fé Viana; o Conselheiro da Juventude da Pastoral, reve-rendo Luiz Daniel; e demais integrantes do ministério.

A reunião contou com Mo-mento de oração e ministra-ção de uma devocional, ambos conduzidos pelo líder local,

Luiz Daniel. Na ocasião, o pastor apresentou um estudo panorâmico sobre a mística metodista de John Wesley. No desenrolar da programação, os

participantes também tiveram a oportunidade de fazer uma ampla avaliação das atividades da Pastoral, focando os avanços e desafios do ministério.

Para comemorar seus 30 anos, a Pastoral programou di-versas atividades (veja box so-bre programação). Além disso, segundo relatório da reunião,

ficaram estabelecidas diver-sas ações, a saber: a produção de um vídeo alusivo à histó-ria da Pastoral e sua atuação; um programa da Pastoral na rádio on-line; a elaboração de um edital de chamada pública para a produção de um Cader-no de Textos em comemora-ção aos 30 anos da Pastoral; e a realização de cultos "Orando pela Justiça", em parceria com a Confederação Metodista de Jovens.

Para o encerramento do evento, a Igreja no Lins ofere-ceu aos integrantes da Pastoral um farto almoço, precedido da oração feita pela irmã Dayse Gomes, integrante do Minis-tério. Também foram estabele-cidas as datas das reuniões da Pastoral. A próxima, por exem-plo, será em 2 de março

Amor pelo próximo em ação

Na luta contra o racismoPastoral planeja comemoração pelas três décadas de intenso de combate à discriminação racial

REGIÃO

Dia 22 de março: Culto especial "Orando pela Justiça”, na Igreja Metodista de Cascadura (a confirmar), pelo Dia Internacional Contra a Discriminação Racial (datada em 21 de março).

Dia 16 de maio: Tradicional Feijoada da Pastoral com Roda de Conversa, na Igreja Metodista Campo Missionário no Lins, pelo Dia da Abolição da Escravatura (comemorado no dia 13 de maio).

Dia 25 de julho: Café da manhã e Cine-debate, na Igreja Metodista em São João de Meriti (a confirmar), pelo Dia da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. Atividade direcionada a todas as mulheres.

Dia 20 de novembro: Dia Nacional da Consciência Negra. Detalhes da programação serão divulgados pela Pastoral posteriormente.

Prévia das comemorações dos 30 anos da Pastoral

n Paula Damas

Liderados pela Ação Social, voluntários levam assistência espiritual e material a moradores de rua

Como parte do projeto Evange-Ação, que en-volve trabalho social, ci-

dadania e evangelização, a Se-cretaria de Ação Social da Igre-ja Metodista, juntamente com o Instituto Central do Povo (ICP) e cerca de 40 voluntá-rios, levou aos moradores de rua da Central do Brasil um pouco de amor e solidariedade. Os metodistas saíram do ICP, local que funcionou como base

do evento, carregando quenti-nhas, chinelos, sandálias e dis-posição em ajudar o próximo.

O evento parte da necessi-dade de uma atuação emergen-cial em socorro à população de rua. O número de moradores sobe a cada ano, e os motivos que os levam a escolher esse caminho variam entre conflito familiar, uso de drogas, violên-cia e desemprego, entre outros. Para o secretário executivo de

Ação Social, pastor Edvandro Machado, a construção de uma sociedade melhor depen-de do empenho de cada um. “É possível transformar essa realidade e ser um agen-te de mudança. Não de-vemos esperar um gran-de evento para que isso aconteça. É sinal do Reino de Deus olhar por aque-les que mais precisam”, diz o pastor.

O momento foi uma opor-tunidade não só de ajudar, mas também de orar por aqueles que precisam e conhecer um pouco da história de cada um. “A Igreja não pode ficar escon-dida. Ela precisa olhar para a realidade do seu país e dizer para cada pessoa excluída da sociedade o quanto ela é ama-da”, diz a pastora e coordenado-ra dos Voluntários em Missões, Selma Antunes.

Esse evento já foi realizado pela Secretaria em anos ante-riores. De acordo com o pastor Edvandro, cada edição é uma oportunidade de aperfeiçoar o trabalho. “Cada evento tem sido um aprendizado para a edição seguinte. O que quere-mos é dar o primeiro passo, é ser o estimulador para que as igrejas tenham algum tipo de intervenção e abordagem junto a essa população”.

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