novembro dezembro 2012

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Número 16 | Novembro/Dezembro de 2012 REVISTA DA ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA BRIGADA MILITAR GALPÃO CRIOULO DA ASOFBM É PRESTIGIADO POR AMIGOS E AUTORIDADES Página 16 Alta de homicídios resiste a força-tarefa Jornal Zero Hora - 28/09/12 Tudo uma estratégia equivocada que vai piorar e degenerar o que já está ruim. “O gado a gente marca, tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente...”. Isto é leviano, não se faz. Ressarçam emergencialmente a hora extra, paguem melhor os que estão aí e parem de maltratar o nosso pessoal e esculhambar a Brigada. Tá demais... Presidente, TC José Carlos Riccardi Guimarães Jornal O Sul 4/05/12 Sobre a força-tarefa SEGURANÇA NOTA 5,5 O POVO GAÚCHO MERECE TÃO POUCO? Página 7

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Notícias da Associação dos Oficiais da Brigada Militar

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Revista Da associação Dos oficiais Da BRigaDa MilitaR

Galpão Crioulo

da aSoFBM é

preStiGiado por aMiGoS

e autoridadeS

Página 16

alta dehomicídios resiste

a força-tarefa

Jornal Zero Hora - 28/09/12

Tudo uma estratégia equivocada que vai piorar e degenerar o que já está

ruim. “O gado a gente marca, tange, ferra, engorda

e mata, mas com gente é diferente...”. Isto é leviano,

não se faz. Ressarçam emergencialmente a hora extra, paguem melhor os que estão aí e parem de

maltratar o nosso pessoal e esculhambar a Brigada.

Tá demais...presidente, tC José Carlos

riccardi GuimarãesJornal O Sul 4/05/12

Sobre a força-tarefa

Segurança nota 5,5o povo GaúCho

MereCe tão pouCo? Página 7

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DiRetoRia eXecUtiva

presidente: tenente coronel RR José carlos Riccardi guimarães

vice-presidente: tenente coronel QoeM Marcelo gomes frota

diretor administrativo: Major QoeM leandro estabel Jung

diretor de assuntos políticos e institucionais:

Major QoeM carlos Roberto da Rocha Xavier Junior

diretor Jurídico: capitão QoeM Roberto dos santos Donato

diretor de Marketing: Major QoeM everton santos oltramari

diretor de Cultura: coronel RR Ubirajara anchieta Rodrigues

diretor de divulgação:

capitão QoeM Roger Nardys de vasconcellos

1º Secretário:capitão QoeM Rafael Monteiro costa

2º Secretário:

capitão QoeM Demian da Rocha Riccardi guimarães

tesoureiro: capitão QoeM luiz Marcelo Reolon

ttitUlaRes Do coNselHo DeliBeRativo

coronel QoeM atamar Manoel cabreira filho

coronel RR elvio José Pires

tenente coronel RR cesar Bayard Moura de castilhos

tenente coronel QoeM sidenir cardoso de oliveira

tenente coronel QoeM evaldo Rodrigues de oliveira Junior

sUPleNtes

coronel RR Moisés silveira de Menezes

coronel QoeM erlo dos santos Pitroski

tenente coronel QoeM Paulo Roberto da Rosa Duarte

Major Qoes Regis Reche

Major QoeM Daniel Paulo lopes

ttitUlaRes Do coNselHo fiscal

coronel RR Dalmo itaboraí dos santos do Nascimento

Major QoeM leandro oliveira da luz

Major QoeM Rodrigo da silva Dutra

sUPleNtes

tenente coronel QoeM luis olavo vinícios de lara

tenente coronel RR José luiz Pereira aozani

capitão QoeM cristiano luis de oliveira Moraes

assessoRia De iMPReNsa:

cMc Multimidia

DiagRaMação e PRoJeto gRáfico:

temática

gRáfica:

contgraf

tiragem: 4.500 exemplares

No crepúsculo de 2012, próximos da alvorada de um novo ano, co-lho o ensejo para desejar votos de boas festas e convido-os a realizarmos algumas reflexões. A maratona enfrentada pela Associação dos Oficiais da Carreira de Nível Superior – ASOFBM foi tão intensa que a missão de identificar os fatos mais relevantes é de uma dificuldade poética.

Logramos relativo êxito na questão salarial, projetada até 2018, re-cuperando algumas perdas históricas. O Governo negociou diretamente com a categoria e honrou o que foi cordado na mesa de negociações, ex-ceto por um ponto, prometido e ainda não cumprido... Vamos continuar ativos nesse processo, tanto para concluir todas as suas fases, quanto para perseguir de forma material uma paridade minimamente equânime den-tre as Carreiras Jurídicas de Estado, entre as quais nos encontramos.

Nesse ponto, estamos envidando esforços junto ao Governo para inscrever em âmbito constitucional dispositivo semelhante ao ado-tado por Santa Catarina e Minas Gerais, inspirados no projeto de vanguarda adotado pela Brigada Militar, há 15 anos, e cujos frutos iluminam a legislação de uma dezena de Estados-membros.

Como nem tudo ocorreu na esteira da lógica, do bom senso e do respeito aos oficiais de parte do Comando, a Lei de Promoções foi modificada UNILATERALMENTE, a despeito da maciça repulsa da Oficialidade. Isso nos compeliu a adotar medidas políticas e judiciais, cujo objetivo, em última análise, é o de revisar os critérios de promo-ção, visando à justiça e ao equilíbrio interno. Conclamamos ao futuro Comandante o discernimento necessário para que esse assunto seja definitivamente superado, em benefício das futuras gerações.

No âmbito previdenciário é firme o compromisso da ASOFBM em defender o Regime Constitucional Próprio dos Militares Estadu-ais, intentando ações diretas de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal de Justiça. Nesse ponto, em que pese algum êxito, inclusive com medidas que transpõem os limites do Esta-do, a temática é complexa e exigirá atenção permanente.

A representação da categoria está aumentando cada vez mais, com a integração horizontal de 12 Núcleos Regionais, incluindo o expressivo dos Bombeiros. Vamos tentar ampliar as lideranças e repre-sentatividade locais e multiplicar associados participativos. Nenhum de nós é melhor que todos nós juntos!

Com o foco na melhoria do serviço indelegável de segurança pú-blica, suscitamos recorrentemente medidas de gestão que precisam ser adotadas em prol dos direitos fundamentais do cidadão, como a retira-da da Brigada Militar da Força Tarefa Prisional, a necessária melhoria tecnológica, novos equipamentos de proteção individual, entre outros, enfim, para a tomada de consciência por ações que sejam efetivas e efi-cazes, pois o povo não suporta mais a insegurança! Nosso compromisso é com a categoria, mas nossas reivindicações são transindividuais!

Destarte, estivemos presentes na política, na gestão, nas rádios, na televisão, na internet e nos diversos recantos do Estado, ou seja, em todos os meios possíveis e aptos a elevar ao cânone social devido o valor da Bri-gada Militar e a relevância da missão constitucional dos seus Oficiais.

Agradeço a confiança e clamo que Deus nos ilumine para que juntos, unidos e coesos possamos aperfeiçoar essa caminhada ao lon-go do ano vindouro.

Fraterno Abraço,

avaNte!

eXpe

die

Nte

José Carlos riccardi Guimarães Presidente da asofBM

editorial

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Nesta edição

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Revista Da associação Dos oficiais Da BRigaDa MilitaR

Participe, envie comentários e sugestões.

[email protected] / tel./fax: (51) 3221-9768/3212 -0170

www.asofbm.com.br / twitter.com/asofBM_Poa / asofbm Brigada Militar

travessa francisco de leonardo truda, 40 - cj. 28 - 2º andar - Porto alegre - Rs - ceP: 90010-050

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fóRUM oNliNeVeja a opinião dos oficiais da BM sobre a mudança no estatuto da instituição

esPecialALTA DE HOMICÍDIOS RESISTE A FORÇA-TAREFA – Secretário Estadual da Segurança Pública se dá nota 5,5

eM MoviMeNto Criado Núcleo de Bombeiros da ASOFBM

eM MoviMeNtoASOFBM na campanha “Dívida Pública: vamos passar essa conta a limpo!”

PeRfilO GAÚCHO DE TODAS AS QUERÊNCIAS – Nico Fagundes é autor da letra da canção da ASOFBM

cieNtíficoO cumprimento de mandado de busca e apreensão domiciliar pela polícia militar na atribuição constitucional de manutenção da ordem pública

cUltURaGalpão Crioulo da ASOFBM

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espaço do associado

PaRQUe Da HaRMoNia galPão cRioUlo Da asofBM

evaldo Gama

Muito bonito, lastimo ter que ser desmanchado após o evento.

Miro Silva

Ficou muito bonito! Excelente local para confraternizarmos. Parabéns ASOFBM!

coMaNDo geRal

tRoca No coMaNDo agita

QUaRtéis Da BM

O Governo sabia disto, quando escolheu os três. Agora está na hora de colocar em pratica a indicação a lista tríplice apresentada pelo Conselho Superior. Então de quebra o regramento deveria exigir pelo menos quatro

anos antes da expulsória.

itamar dos Santos Castro

Revista viva voz

Caro Presidente,

Fiquei muito satisfeito com a matéria publicada na Revista Viva

Voz. Gostei que saiu na íntegra e bem elaborada. Parabéns pela qualidade da revista.Agradeço a

atenção do amigo e desejo sucesso nas lutas da corporação.

Saudações,

paulo de tarso Carneiro

PRoNUNciaMeNto Da asofBM eM zeRo HoRa, DoMiNgo (07/10/12)

rp Gelson vinadé

Parabéns pela iniciativa. Espero que seja uma rotina sempre que necessário. Entendo que auxiliar na formação da

opinião pública deve se constituir em um procedimento padrão. Não há mais como ficar calado. Tenho a impressão de que todo o Sistema de Comunicação Social da BM foi desarticulado. A ASOFBM é a nossa verdadeira porta-voz.

Necessitamos desse respaldo.

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Considerando o que a imprensa tem notificado sobre a sucessão

do Comando da BM, e no intuito de consolidar o

entendimento dos Oficiais da CNS, a ASOFBM gostaria de saber sua opinião sobre a

possibilidade de escolha do novo Comandante Geral através de lista tríplice de Coronéis, eleitos pelos oficiais da CNS, submetida à apreciação do

Senhor Governador.

PResíDio - asofBM MaNifesta RePúDio à sitUação fUNcioNal

Dos Policiais MilitaRes QUe atUaM No PResíDio ceNtRal

O problema é histórico. Passaram-se vários governos e não foi solucionado. Parabéns ao nobre Presidente Cel José Carlos Riccardi Guimarães por defender mais uma

causa relevante.

everton oltramari

Marcelo Nunes

gUaRDas MUNiciPaisNo PoliciaMeNto

Mg. Frota asofbm

eduardo Zaniol

Não quero parecer leviano - prefiro ser tomado por irônico: Quem sabe a Guarda Municipal apoia a

SUSEPE (e não a BM) no Presídio Central e libera os 700 brigadianos para a missão que é nossa. Que tal?

Saída inteligente.

Sobre a minuta do Projeto de Lei Complementar que diz: A transferência para reserva remunerada 'ex officio' de Oficiais que estejam no posto de Comando ou Chefia, ocupando as funções de Comandante-Geral da Brigada

Militar, Subcomandante-Geral da Brigada Militar, Comandos de Fronteira e Unidades de Difícil acesso,

Secretário Chefe da Casa Militar ou que estejam na situação de agregados em exercício de funções em

Secretarias de Estado, poderá ser adiada, por conveniência do interesse público, por ato do Governador do Estado

do Rio Grande do Sul, aplicando-se neste caso o disposto nos artigos 158, inciso II, e 114, "caput", da Lei

Complementar n. 10.098, de 03 de fevereiro de 1994".

Devemos parar de desviar recursos ao assistencialismo e focar no policiamento ostensivo.

FÓruMa aSoFBM Quer SaBer o Que voCÊ peNSa

Confira os comentários no site www.asofbm.com.br

a Favor - 9,09% dos votos

Contra - 90,91% dos votos

a Favor - 96,30% dos votos

Contra - 3,70% dos votos

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alta De HoMicíDios Resiste

a ForÇa tareFaNo iNício Da foRça-taRefa, a asofBM se PosicioNoU coNtRáRia a viNDa De 200

BRigaDiaNos DeslocaDos Do iNteRioR PaRa coMBateR a cRiMiNaliDaDe eM PoRto alegRe e

Região MetRoPolitaNa. a MaNifestação Do PResiDeNte Da asofBM, tc José caRlos RiccaRDi

gUiMaRães caUsoU iNDigNação Na secRetaRia De segURaNça PúBlica.

força-tarefa das po-lícias Militar e Civil tinha como meta re-duzir em 20% o nú-mero de homicídios

em Porto Alegre e Região Metro-politana. O plano detalhado em maio, pelo Secretário Estadual da Segurança Pública, Airton Michels, previa que 260 policiais -200 militares e 60 civis- atua-riam nos locais com mais altos índices de homicídios, duran-te sessenta dias. Mas, os dados divulgados pela mesma Secreta-ria provaram o contrário. Nos

primeiros oito meses de 2012, o número de homicídio cresceu 21,5%. Os assaltos a motoristas aumentaram 5,8% e no mês de agosto, 185 pessoas perderam a vida. Foi o maior número de ho-micídio registrado dos últimos 10 anos (confira no gráfico, o to-tal de homicídios registrados em agosto desde 2002).

A Associação dos Oficiais da Brigada Militar, criticou as ações da força-tarefa. O presidente, TC José Carlos Riccardi Guima-rães avaliou que, “a estratégia iria piorar e degenerar o que já

está ruim”. Durante as entrevis-tas nos veículos de comunicação, reforçava que “o Estado deveria pagar emergencialmente à hora extra”. E anunciou, “agora tere-mos mais tipos de PMs, os que ganham diárias para trabalhar na grande Porto Alegre; que vivem de qualquer jeito como canteiro de obras, sob absoluta desorgani-zação pessoal e familiar: os que deverão se virar em vários para suprir o claro dos que foram re-manejados e os que já, com difi-culdades, perderão seus bicos e o relacionamento, às vezes agoni-

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zante familiar”; Confira a mani-festação na íntegra, publicada no Jornal O Sul.

Choque de ideias sobreforça-tarefa

O Secretário-adjunto da Se-cretaria de Segurança Pública do Estado, Juarez Pinheiro, mostrou indignação com o manifesto do líder da oficialidade, reeleito para presidir a ASOFBM até 2014.

Corroborando com a pre-visão feita pelo presidente da ASOFBM, passados cinco me-ses, o Secretário Estadual de

Segurança Airton Michels, di-vulgou dados que confirmam a ineficácia da força-tarefa (ver gráfico abaixo), tendo inclusi-ve se auto-avaliado, atribuindo nota 5,5 (conforme matéria pu-blicada no Jornal Zero Hora) ao seu trabalho no comando da pasta da Segurança Pública gaú-cha. Admitiu também que o Rio Grande do Sul vive sob sensação de insegurança. Somente no mês de setembro, 160 homicídios fo-ram registrados no Estado. Isso é comparável aos dados sobre a onda de violência de São Paulo.

reportagem publicada no jornal Zero Hora, no dia 30/09/12

Manifestação do presidente da aSoFBM, tC José Carlos riccardi guimarães publicada na coluna

Wanderley Soares, Jornal o Sul, no dia 04/05/12

Já a ASOFBM aguarda as infor-mações solicitadas ao Comandan-te-Geral da BM e ao Secretário de Estado da Segurança Pública. Além do custo operacional aos cofres públicos, a associação quer saber os resultados obtidos e o impacto criminal dessa migração de contin-gente nas suas cidades de origem.

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especial

Confira os ofícios da Associação dos Oficiais da Brigada Militar enviados para o Comandante-Geral da BM e Secretário de Estado da Segurança Pública. Os ofícios também

estão disponíveis no site www.asofbm.com.br. A ASOFBM informa que ainda não obteve respostas das informações solicitadas

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em Movimento

A mobilização da Associação dos Oficiais da Brigada Militar está se intensificando pelo inte-rior do Rio Grande do Sul e Capital. Em setem-bro deste ano, foi criado o Núcleo de Bombeiros de Porto Alegre da ASOFBM. O representante oficial é o Comandante da Escola de Bombeiros, Major Rodrigo Dutra. O núcleo é formado pelos Oficiais de Nível Superior do Comando do Cor-po de Bombeiros (CCB), Comando Regional de Bombeiros (CRB), Escola de Bombeiros (ESBO) e pelo Grupo de Busca e Salvamento (GBS). O anúncio foi feito no Galpão Crioulo da ASOFBM, no Parque Harmonia, durante a Semana Farrou-pilha. Sob a coordenação do Major Xavier, a as-

Reunião da ASOFBM com os oficiais de Santa Maria

Reunião da ASOFBM com os oficiais de Cruz Alta

Núcleo De BoMBeiRos De PoRto alegRe

da aSoFBM é ForMado

diretoria executiva da Associação dos Ofi-ciais da Brigada Militar reuniu-se com os oficiais de Pelotas,Cruz Alta e Santa Maria.

Durante os encontros que mobilizaram mais de 200 oficiais, a ASOFBM detalhou o projeto de aumento salarial, relatou as metas da associação que vão ser desenvolvidas ainda neste ano e discutiu os proje-tos que estão tramitando no Congresso Nacional de interesse dos Oficiais da Carreira de Nível Superior das polícias militares. Os oficiais também sugeriram assuntos que precisam ser debatidos

O presidente da ASOFBM, TC José Carlos Ric-cardi destaca que o objetivo das reuniões é reforçar a participação dos oficiais nas reivindicações da catego-ria e ampliar as ações dos núcleos regionais da asso-ciação. Além da diretoria da ASOFBM, representada pelo presidente, TC Riccardi, pelo coordenador dos núcleos, Maj Xavier, diretor de divulgação, Cap Ro-ger, diretor do departamento de cultura, Cel Anchie-ta e assessor superior, Cel Celso, estiveram presentes em Pelotas autoridades locais como: os Comandantes do CRPO-Sul, Cel Flavio, do 4 BPM,TC Vedana, do 6 BPM, TC Adalberto e respondendo pelo coman-

a

Major rodrigo Dutra, representante do núcleo de Bombeiros de Porto alegre da aSoFBM e o Major

Xavier, diretor de Assuntos Políticos e Institucionais e coordenador de núcleos da aSoFBM

oficiais Do Núcleo De

se ReúNeM coM a DiRetoRia eXecUtiva Da asofBMpelotaS, CruZ alta e SaNta Maria

do do 3 BPAF, Cap Andressa. Em Cruz Alta e Santa Maria, participaram da reunião, o Comandante do CRPO-Alto Jacuí que também é representante do núcleo de Cruz Alta, TC Duarte, o Comandante do CRPO-Central, Cel Jaime e o representante do nú-cleo de Santa Maria, TC Sidenir Cardoso.

sociação tem 12 núcleos com representantes nos municípios gaúchos e Capital.

fotos: asofBM

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em Movimento

o último dia 18 de julho a ASOFBM enga-jou-se na campanha “Dívida do RS: vamos passar a limpo essa conta!” O objetivo dessa

frente é procurar rediscutir o contrato estipulado en-tre a União e os Estados-membros (entre eles o Rio Grande do Sul) no ano de 1997.

Naquele ano, o RS possuía uma grande dívi-da mobiliária originada de sucessivos déficits fiscais ocorridos entre as décadas de 1970 e 1990 e agrava-da em razão de medidas econômicas adotadas pela União (Plano Real, política de taxas de juros básicos e concentração da renda nacional nos cofres da União). Assim, para evitar que a crítica situação dos Estados-membros viesse a comprometer o plano de estabili-zação econômica, foi criado o Programa de Apoio à Reestruturação e ao Ajuste Fiscal dos Estados (Lei nº 9.496/97), conectado ao Programa de Incentivo à Re-dução do Setor Público na Atividade Bancária. A de-nominação desses dois programas já dá a ideia do que se pretendia com a concessão do empréstimo.

Ao contrato de empréstimo foi imposta uma taxa de juros que variou 6% a 7,5% sobre o saldo deve-dor, e uma atualização monetária calculada com base no IGP-DI, ficando caracterizada, deste modo, uma típica operação bancária da União com seus Estados-membros. No caso específico do RS, a taxa de juros es-tabelecida foi de 6,17%. Também ficou definido que o comprometimento da Receita Líquida Real (RLR) dos Estados para pagamento das parcelas da dívida varia-

N

Oficiais da ASOFBM participando do ato público, no auditório Dante Barone da

Assembleia Legislativa

DíviDa PúBlica:

a CoNta iMpaGÁvelria entre 11,5% e 13%. Para o RS o limite estipulado foi de 13% de comprometimento da RLR.

O empréstimo contratado pelo RS em 1998 (va-lores nominais) foi de R$ 10 bilhões. Durante o perío-do de maio de 1998 a junho de 2012 foram pagos R$ 15 bilhões e ainda resta uma dívida de mais de R$ 40 bilhões. Ou seja, mesmo já tendo pago mais do que foi tomado em empréstimo, ainda temos uma dívida qua-tro vezes maior do que o valor contratado. Isso ocorre por diversos fatores, dentre os quais destacamos dois principais: a) sempre que a prestação da dívida ultra-passar 13% da RLR do RS, a diferença não paga passa a compor uma conta chamada Resíduo; b) sobre essa conta Resíduo incide o mesmo índice de correção mo-netária (IGP/DI) e a mesma taxa de juros (6,17% a.a.). Nesses patamares a dívida torna-se impagável.

Para termos uma ideia da desproporcionalidade desses índices de correção e taxa de juros, no perío-do de 1999 a 2010 a variação do IGP/DI+6 foi de 471,67%, a da poupança foi de 171,09%, e a arre-cadação do ICMS, no RS, foi de 312,64%. O IPCA (inflação oficial) foi de 119,17%, ou seja, uma dife-rença de 352,50%.

A Lei nº 9.496/97 estabeleceu, ainda, que o em-préstimo concedido deve ser quitado a longo prazo (30 anos), dentro dos patamares contratados, em es-pecial o índice limite de 13% de comprometimento da RLR. Contudo, a conta Resíduo não prevê nenhum índice limite de comprometimento da RLR, deven-do ser paga num período de 10 anos. Sendo assim os Estados-membros poderão entrar em colapso pela falta de investimentos, ocasionada pela necessidade de pagamento do saldo devedor da dívida.

Mas porque se pretende rediscutir o contrato? Podemos elencar algumas possibilidades que, em conjunto, tentam responder esse questionamento: a) os Estados estavam endividados e não possuíam alternativa mais rápida para sanar suas contas e equi-librar seu fluxo de caixa (cabe salientar que a dívida mobiliária era de curto prazo), ao mesmo tempo em que a União necessitava Estados fortes para salvar o plano econômico; b) o contrato, que quando foi

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Major leandro estabel Jung - Diretor administrativo da asofBM e conselheiro titular da União gaúcha

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Autoridades que discutiram a dívida pública do estado

assinado era bom para ambas as partes, deixou de ser pois a taxa de juros impostas pela União tornaram-se, com o passar dos anos, bem maiores do que as praticadas no mercado, superiores, inclusive, a ou-tros empréstimos concedidos pelo próprio BNDS; c) além disso, durante esse mesmo lapso temporal, os Estados-membros, cientes de que as taxas de inflação e a dinâmica do mercado econômico haviam sofrido profundas alterações, renegociaram dívidas das quais eram credores a fim de não permitirem que seus de-vedores sucumbissem. Esse mesmo tratamento é o que esperam, até o momento, por parte da União.

Algumas alternativas surgiram na tentativa de rever a dívida pública dos Estados com a União. Al-guns propõem refazer o contrato, adequando-o as reais condições do mercado econômico. Outros entendem que renegociar a dívida, sem modificar aquilo que já passou, seria o caminho legal e há os que entendem que fazer um contrato totalmente novo seria o mais adequado. Contudo, todos concordam que há uma ne-cessidade urgente de uma discussão séria sobre o pro-blema da dívida pública, já que os Estados estão atrela-dos a índices que comprometem sua RLR e, com isso, impedem que novos investimentos ocorram. Dentre as propostas já existentes de alteração do contrato de empréstimo citamos: 1) mudança da regra de correção monetária do IGP/DI para o IPCA; 2) redução da taxa de juros para 2% ou 3%; 3) aplicação retroativa desses critérios (indexador e taxa de juros) ao início do con-trato, reduzindo-se, assim, o saldo da dívida; 4) eleva-ção dos prazos de amortização; 5) redução do índice li-mitador de 13% da RLR no pagamento das prestações da dívida; 6) redirecionamento, por parte da União, dos recursos recebidos pelo pagamento da dívida para gastos em investimentos nos próprios Estados.

A ASOFBM, preocupada não só com seus sócios e familiares, mas com toda a sociedade gaúcha, par-ticipa ativamente do fórum de discussão desse tema. Em 14 de agosto foi realizado um ato público no Auditório Dante Barone (ALRS), que contou com o apoio de 60 entidades da sociedade organizada e a

participação de várias autoridades, dentre elas três ex-governadores do Estado (Jair Soares, Alceu Collares e Germano Rigotto). Quinzenal-mente as entidades que compõem o fórum se reúnem para traçar as

próximas estratégias. Já estão definidas: a realização de encontros regionais no interior do Estado para dis-cutir o problema da dívida pública (já foram realiza-dos em Passo Fundo, Lajeado e Pelotas; em 2013 no-vas regionalizações serão feitas) e a realização de um seminário ao final das interiorizações. No dia 06.11 representantes das entidades integrantes da campa-nha reuniram-se com a bancada gaúcha no Congresso Nacional, e com o Presidente do Senado Federal, Se-nador José Sarney. Além disso, já está disponível no site www.dividapublicars.com.br o abaixo-assinado da campanha, endereçado à Presidente da República e aos Presidentes do Senado e da Câmara dos Depu-tados, solicitando a revisão do contrato de forma a restabelecer a equidade entre as partes. Acesse o site e assine você também esse manifesto.

No último dia 12 de setembro, durante a reu-nião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS) foi entregue ao Governador Tarso Genro a carta-manifesto que resultou do Ato Público realizado em 14 de agosto. Neste documen-to ressalta-se que em 2011, somente para pagar os juros da Dívida Pública o Estado repassou à União R$ 2,5 bilhões, sobrando, desta forma, apenas R$ 1 bilhão para investimentos. Durante a reunião do Conselhão, Tarso Genro, ao ler o manifesto, salien-tou a necessidade de renegociar a dívida para garan-tir reajustes e manter as finanças equilibradas.

Estamos engajados nesse movimento e contamos com o apoio de todos para sua visibilidade, haja vis-ta ser um problema originado no passado, que está produzindo reflexos no presente e, se não fizermos nada, atingirá nossos filhos no futuro, os quais herda-rão uma “pampa pobre”. DÍVIDA DO RS: VAMOS PASSAR A LIMPO ESSA CONTA!

fotos: asofBM

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ico Fagundes jamais imaginou disputar uma eleição. Mas, bastou deixar o co-mando de três déca-

das do programa Galpão Crioulo da RBS TV, para ser intimado a concorrer a vereador de Porto Ale-

12

CoNheÇa a traJetÓria de NiCo FaGuNdeS. CoNheCido por CoMaNdar o proGraMa

Galpão Crioulo, ele é autor da letra da CaNÇão da aSoFBM

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o gaúcHo De

todaS aS QuerÊNCiaS

Ngre. Mais uma vez os planos de viajar para o exterior com a esposa Ana Fagundes, foram adiados. Os amigos políticos insistiram. Nico teve apenas três meses de cam-panha. Não venceu, mas também não teve rejeição do eleitor em ne-nhuma pesquisa do IBOPE. A va-

lorização da cultura foi a platafor-ma eleitoral do poeta, jornalista, antropólogo e advogado. Prome-teu defender o intercâmbio cultu-ral da cidade com outras capitais do Brasil e países como: Uruguai, Argentina e Portugal. Promessa oriunda de muita pesquisa ao lon-go da vida. É um dos maiores de-fensores da tradição gaúcha

Desafios fazem parte da traje-tória de Antônio Augusto Fagun-des. O guri de Inhanduí, interior do município de Alegrete, desde os nove anos declamava e escre-via poesia. Com essa idade, come-çou a valorizar cada gorjeta que ganhava ao carregar as malas dos hospedes que freqüentavam o ho-tel do pai, Euclides Fagundes. Aos 16 anos já era cronista e repórter do jornal Gazeta de Alegrete e apresentador de programas gau-chescos, na radio da cidade. De-pois de despir a farda, aos 19 anos, resolveu cursar Direito, em Porto Alegre. Ganhou apoio do pai que lhe ensinou desde “guri” que a educação, o trabalho e a religião, neste caso a Metodista, iriam definir o seu futuro.

Na capital, em 1954, foi apre-sentado como poeta aos freqüen-tadores do CTG 35 – Centro de Tradições Gaúchas, por Lauro Rodrigues. Logo iniciou a amiza-de com os autores da fina flor da

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todaS aS QuerÊNCiaSpoesia gauchesca da época, Wal-domiro Souza, Horácio Paz, João Palma da Silva, Amandio Bicca, Hugo Ramirez e outros. Por dois anos, foi o patrono mais jovem do CTG 35. Tradição que levou à risca. “Eu não tenho uma gra-vata, um sapato, só pilcha e len-ço branco, marca registrada dos Fagundes”, comenta exibindo o closet do quarto.

No início da década de 60, já como redator do Jornal A Hora, Nico conquista o primeiro lugar do concurso promovido pelo Ins-tituto Estadual do Livro, com a obra “Destino de Tal”. Hoje, tem mais de 20 livros publicados. Depois do ingresso no curso de Direito e do primeiro casamento, fez pós-graduação em História do Rio Grande do Sul e mestra-do em Antropologia Social, to-dos na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ainda nos anos 60, começou a trabalhar na TV Tupi. Inúmeros prêmios fo-ram conquistados com poesias, canções, declamações, danças folclóricas. Além disso, é autor

de mais de 100 músicas, entre as quais “O Canto Alegretense”, mais cantado que o hino de Ale-grete. Nico foi roteirista de fil-mes, atuou como ator, assisten-te de direção e produtor. Neste ano, deixou o comando do pro-grama Galpão Crioulo, da RBS TV. “Foi por acaso que entrei na antiga TV Gaúcha”, lembra. “Fui convidado a fazer um teste e só agora deixei de apresentar o programa”, comenta. “É bom lembrar que minha saída foi uma escolha, e não por problema de saúde, como algumas pessoas in-sistem”. Há 12 anos, Nico teve um acidente vascular cerebral (AVC). Apesar de ter ficado com algumas seqüelas, se recuperou, tanto que logo voltou à TV.

Neste ano, durante um encon-tro informal com alguns oficiais, foi convidado pelo TC José Car-los Riccardi Guimarães, a fazer uma canção para a associação. Canção que acabou virando hino, nas anotações de Nico. A letra fi-cou pronta em menos de um mês e emociona até quem não é da

Hino da Associação dosOficiais Superiores da BM

Letra: Antonio Augusto Fagundes

Oficiais brigadianos – SENTIDO!A bandeira hasteada a subir

Cada peito fardado um rugidoQuando o sol rio-grandense surgir.

Quem reveste esta farda não teme

Pois se fez policial-militarCongregado na ASOFBM

Numa luta que vai continuar.

Oficial superior, o teu jeito-Um centauro, talvez, a sonhar-

Tem estrelas no ombro e no peitoUm fulgor cristalino no olhar.

Hoje somos irmãos veteranos

Reunidos em AssociaçãoPara ser um dos nossos vaqueanosBasta um simples aperto de mão.

Continência à bandeira farrapa,

Orgulhoso pendão tricolor.Em qualquer lugar santo do mapaSerá um ponto final com louvor.

Oficial superior, o teu jeito

-Um centauro, talvez, a sonhar-Tem estrelas no ombro e no peito

Um fulgor cristalino no olhar.

Corporação. A voz e o arranjo são do cantor, Elton Saldanha.

Fumando um cachimbo de forma calma e tranqüila, Nico revela que domina a arte. “É um ritual de descontração e prazer”, comenta. O aroma do fumo toma conta da sala. Não é por acaso que o cachimbo está asso-ciado a pessoas nobres. Nico é nobre até quando brinca. O pai de todos os CTG´s já é imortal, pois mantém acessa a chama da cultura gaúcha em todas as que-rências do Rio Grande.

O patrono mais jovemdo Ctg 35

Segundo casamento de nico Fagundes com a

funcionária pública federal, ana Fagundes, em 2011

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científico

o cUMPRiMeNto De MaNDaDo De BUsca e aPReeNsão

introduçãoAtividade de policia osten-

siva e de manutenção da ordem pública, por sua complexidade e necessidade de atendimento imediato do cidadão, requer por parte da polícia militar a máxi-ma agilidade no atendimento das pessoas em situação de risco, e, ao mesmo tempo, observância dos direitos fundamentais de to-dos os envolvidos na ocorrência, em especial o direito fundamen-tal de inviolabilidade domiciliar, ut art. 5o, XI da CF/88.

Em situações cotidianas na faina de polícia de manutenção da ordem pública, a polícia mi-litar depara-se com a situação de crimes permanentes que, em tese, estão sendo praticados no inte-rior de domicílios, fruto das ati-vidades de inteligência policial, realizadas pela 2a seção do Estado Maior dos Batalhões e escalões superiores da PM.

Muito embora o permissivo constitucional de invasão domici-liar para prender quem esteja em situação de flagrante delito no interior do domicilio, o crime de trafico de drogas possui a peculia-ridade de desfazimento, por parte do traficante, da materialidade do delito, muitas vezes guardando a droga próximo a sanitário ou ou-

doMiCiliar pela políCia MilitarNa atRiBUição coNstitUcioNal De MaNUteNção Da oRDeM PúBlica

tro local de fácil ocultação, o que inviabiliza a prisão e deixa o po-licial militar sujeito a responder pela violação de domicilio, sem o devido respaldo legal do permis-sivo constitucional da situação de prisão em flagrante delito.

Imprescindível, pois, o res-paldo do mandado de busca e apreensão domiciliar, com o fito de legitimar a autuação policial e possibilitar o controle externo de sua atividade.

da divisão de policia administrativa ejudiciária

Importante esclarecer que a divisão de polícia administrativae judiciária, que remonta ao direito administrativo do século passa-do, hodiernamente, não encon-tra relevância e suporte no texto constitucional capaz de inquinar em inconstitucionalidades o cum-primento de mandado de busca e apreensão pela policia militar.

A uma, porque a Constitui-ção Federal atribui exclusividade somente à Policia Federal, no que tange aos procedimentos de polícia judiciária da União, em nada referindo-se quanto a pri-vatividade ou exclusividade de competências às policias estadu-ais, Militar ou Civil.

Falar-se em privatividade ou exclusividade de competên-cias afetas as polícias estaduais é desconhecer o mandamento constitucional.

A duas, as ações de inteligên-cia da Policia Militar estão cal-cadas na manutenção da ordem pública, missão constitucional da instituição, não havendo, em nenhum dos pedidos de busca e apreensão atos de investigação cri-minal (estes sim, de competência da Policia Civil e Federal) de fatos pretéritos, ou seja, age a Policia Militar em crimes permanentes (trafico de drogas, posse/porte de arma de fogo), que ensejam pri-sões em flagrante.

As diligências de policia os-tensiva e de manutenção da or-dem pública, em cumprimento de ordem judicial de busca e apreen-são em residências visam, preci-puamente, resguardar os Policiais Militares quanto a inviolabilidade de domicilio e, principalmente, o controle externo de suas ativida-des pelo Poder Judiciário e Minis-tério Público.

Mesmo sendo o tráfico/pos-se de arma de fogo delito per-manente, que enseja a prisão in-dependente de ordem de busca e apreensão, requer a diligência

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toda a cautela e resguardo de nossos policiais, pois a facilidade e habilidade dos traficantes em desfazer-se da materialidade do delito (droga) é espantosa, não raramente jogando o corpo de de-lito em sanitários e desfazendo a flagrância até então existente.

Sendo toda a atividade de policia, seja administrativa ou ju-diciária, pré-processual, não há óbice em que seja realizado o cum-primento de mandado de busca e apreensão pela policia militar, quando no exercício de atividade de manutenção da ordem pública, ou seja, houver fundadas suspeitas de que está ocorrendo, no interior do domicilio, crime em situação de flagrante delito.

Neste sentido decisão do STF especifica sobre o tema, no RE 404593/ES, relator Ministro Ce-zar Peluso. Em seu voto, explicita o fundamento invocado de que a autuação da PM na representação

e cumprimento de mandado de busca e apreensão domiciliar são atribuições de manutenção da or-dem pública:

O mandado de busca e apre-ensão foi expedido em resposta à solicitação feita por comandante da policia militar, em virtude da verificação de tráfico de drogas, na localidade, pelo serviço reservado da companhia de policia militar (fls.46). A ação, como se vê, cabia no âmbito de atribuições conferi-das à policia militar, podendo ser classificada como atividade de policia ostensiva e de preservação da ordem pública. A corte, alias, já se manifestou a respeito, em caso idêntico, no julgamento do HC nº 91.481 (Rel. Ministro Marco Au-rélio, DJe de 23.10.2008).

Assim, com base no prece-dente supra, não há inconstitucio-nalidade ou ilegalidade na atribui-ção à polícia militar para executar mandado de busca e apreensão

domiciliar em infrações penais permanentes e situações em que, em tese, esteja o morador em fla-grante delito.

ConclusãoForte na doutrina, jurispru-

dência e especialmente na CF/88 e CPP, entendemos que na atri-buição constitucional de policia de manutenção da ordem pública, é dever legal do Oficial de polícia militar, quando amealhar indícios da pratica de delito permanente em domicilio, provocar o poder judiciário a fim de ser expedido o mandado de busca e apreen-são domiciliar, para fazer cessar a conduta delitiva e restabelecer a ordem pública, não havendo fun-damento na interpretação de que o mandado de busca e apreensão domiciliar é instrumento afeto exclusivamente a policia judiciá-ria, eis que, na verdade, trata-se de longa manus do juízo.

rafael Monteiro Costa - capitão do gabinete do comandante-geral

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galpão Crioulo da aSoFBM

galPão cRioUlo Da asofBM é PRestigiaDo

por aMiGoS e autoridadeS

Ministro da agricultura, Mendes ribeiro Filho no

galpão da aSoFBM

ex-comandantes da BM participando ao vivo do programa da Rádio Bandeirantes,

transmitido do galpão da aSoFBM

Neste ano, a Associação dos Oficiais da Brigada Militar parti-cipou do Acampamento Farrou-pilha. O Galpão Crioulo da ASO-FBM localizado no lote 140, no Parque da Harmonia ficou aberto à visitação de 7 a 20 de setembro. Inúmeras atividades foram orga-nizadas pelo diretor do departa-mento de cultura da associação, Cel Ubirajara Anchieta e pelo as-sessor superior, Cel Celso Porto. O Ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho foi um dos primei-ros a visitar o Galpão Crioulo, no dia da abertura oficial do Acam-pamento Farroupilha (7/09).

Além da diretoria executi-va, dos representantes dos núcle-os, amigos, como o desembarga dor Orlando Heemann, um público ilus-tre abrilhantou o jantar de confra-ternização com os ex-comandantes da Brigada Militar. Estiveram pre-sentes, o Cel João Carlos Trindade Lopes, o Cel José Dilamar Vieira da Luz, o Cel Elói Castro Cajal e o Cel Paulo Roberto Mendes, atual Juiz do Tribunal Militar.

A Brigada Militar foi desta-que no microfone da rádio bandei-rantes. Por três horas, o programa Band Repórter foi transmitido ao vivo do Galpão da ASOFBM e apesar do clima descontraído o pre-sidente da associa-ção, TC José Carlos Riccardi Guimarães lembrou os pro-blemas da BM, as causas dos oficiais e finalizou ao esti-lo Farroupilha, “é a Brigada Militar que

mantém a liberdade do povo gaú-cho”. Mesmo não pertencendo a Corporação, o colunista Paulo Sant`Ana, também prestigiou os oficias, afirmando, “ fui delegado de polícia, mas tenho uma ligação intensa com a Brigada Militar. Eu sou brigadiano”.

Estudantes do Colégio Tira-dentes, participaram da palestra do Cel Paulo Martins Pacheco, no Galpão Crioulo.O professor da Universidade Federal de Rio Grande e membro da Academia Pelotense de Letras, em um dis-curso informal lembrou as causas da Revolução Farroupilha. Expli-

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Paulo Sant´ana no galpão Crioulo da aSoFBM

cou aos jovens como construiu o texto do discurso que pronunciou junto ao Monumento –Túmulo do Gen Bento Golçalves, na ci-dade de Rio Grande, durante a abertura do Sesquicentenário da Revolução Farroupilha.

Cel Pacheco, diretoria executiva da ASOFBM e alunos do Colégio tiradentes

Major rodrigo Dutra testando as facas de

salvamento, criadas pelo cuteleiro Cássio Selaimen,

no galpão Crioulo

As bandeiras do Rio Grande do Sul, do Brasil e da ASOFBM desfilaram na avenida Edivaldo Pereira Paiva, às margens do Gua-íba, em Porto Alegre. O desfile que fez reverência à Revolução Farroupilha, abriu com a passa-gem do Governador Tarso Genro em revista à tropa. Em seguida, acompanhado pela Banda da Bri-gada Militar, os representantes da BM e demais integrantes da área da Segurança Pública do Estado, cruzaram a avenida.

Nas arquibancadas, o público aplaudiu os oficias representantes da ASOFBM, que desfilaram a ca-valo. Uma breve apresentação da associação foi anunciada quando o Piquete da ASOFBM passou pelo palanque. Além da data em que

foi fundada, 25 de maio de 1990, foi anunciado que a associação foi criada para garantir a manuten-ção dos direitos, a qualificação e

hoMeNaGeM ao 20 de SeteMBro

asofBM PaRticiPa Do Desfile faRRoUPilHa eM

criadas pelo cuteleiro Cássio Selai-men.Depois da morte de um surfis-ta, Selaimen passou dez anos pes-quisando e criou modelos de facas para salvamento aquático. As fer-ramentas chamaram a atenção do presidente da ASOFBM, TC José Carlos Riccardi Guimarães. “Não existe ninguém que saiba mais so-bre a segurança pública do que nós oficiais”, reforçou o TC Riccardi.As facas foram testadas pelo Major Rodrigo Dutra, Comandante da Escola de Bombeiros. “Essa pro-dução supre uma lacuna que hoje temos no serviço de salvamento aquático”, des-tacou o Major. Cássio Selaimen acrescentou que,

Também, pela primeira vez os oficias da BM, entre eles, o sub-chefe de operações da Casa Mili-tar Fábio Fernandes,conheceram e testaram as novas ferramentas

“se apenas uma delas, salvar uma vida, tudo já valeu a pena.”

o reconhecimento dos Oficiais de Nível Superior da Brigada Militar contribuindo para o fortalecimen-to da Corporação e da Segurança Pública do Rio Grande do Sul.Os representantes da ASOFBM sau-daram as autoridades que estavam no palanque, os oficiais e os gaú-chos que foram prestigiar o desfile tradicional cívico.

Oficiais durante o desfile Farroupilha

Depois do desfile no galpão Crioulo, diretor de cultura Cel ubirajara

anchieta e assessor Superior Cel Celso Porto

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revoluÇão de 1932asofBM, representada pelo Presidente tc José

carlos Riccardi guimarães, participa da solenidade alusiva aos oitenta anos da Revolução de 1932, na

academia de Polícia Militar, em Porto alegre.

preCatÓrioS iDiretor administrativo da asofBM e conselheiro titular do conselho fiscal da União gaúcha , Major leandro estabel Jung durante o i fórum dos Direitos dos Precatoristas, no Plenário da assembleia legislativa.

NeGoCiaÇão Salarial doS oFiCiaiSNa assembleia legislativa do Rs, deputados aprovam por unanimidade o Pl 190/12,

projeto que complementa o contexto da negociação salarial dos

oficiais da BM.

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fotos: asofBM

preCatÓrioS iiMajor Xavier assina, na sede da asofBM, a

carta dos Precatórios. Documento com 20 reivindicações da assembléia legislativa do

Rs, frente Parlamentar dos Precatórios, União gaúcha em Defesa da Previdência Pública,

sinapers, oaB federal, oaB/Rs, apergs, sintergs, sindipe, asofBM, fórum Magistério

de aposentados, sindiporg, 39º Núcleo do cpers, força sindical e sempre ativas.

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SeMaNa Farroupilha

oficiais participando do programa transmitido ao vivo pela Rádio Bandeirantes, do galpão crioulo da asofBM

Desembargador orlando Heemann, no jantar oferecido

aos ex-comandantes da Brigada Militar

Representantes da direção executiva e dos conselhos da asofBM no jantar dos eX-

comandantes da BM.

colunista Paulo sant`ana com o ex-comandante da BM, cel Paulo Roberto Mendes, atual

Juiz do tribunal Militar.

Representantes dos núcleos da asofBM: Major Márcio do Núcleo do vale do caí, Major Ricardo do

Núcleo do litoral Norte, Major Xavier coordenador de Núcleos do interior, durante a janta dos ex-comandantes,

no galpão crioulo da asofBM, acompanhados do tc ederson da

casa Militar/Defesa civil

oficiais durante o lançamento das facas de salvamento

subchefe de operações da casa Militar, cel fábio fernandes e o cuteleiro

cássio selaimen, no lançamento das ferramentas

criadas por selaimen

o cuteleiro cássio selaimen que criou as facas de salvamento aquático,

lançadas no galpão crioulo da asofBM

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para se associar à aSoFBM o oficial de Nível superior que quiser ser associado da asofBM

deve se cadastrar através do site www.asofbm.com.br, ou entrar em

contato via telefone: (51) 32219768 / (51) 32120170