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“Tu julgarás a ti mesmo. É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues julgar-te bem, és um verdadeiro sábio.”

Antoine de Saint-Exupéry

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ÍNDICE

I – A TÍTULO DE INTRODUÇÃO....................................................................... 04

Texto de Priscila Matos Resinentti

II – DADOS GERAIS – 1º BIMESTRE DE 2017................................................ 06 a) Da rede..................................................................................................... 07

b) Das Coordenadorias................................................................................. 08 c) Em gráficos .............................................................................................. 19 d) Comparação dos índices de R+B+MB no 1º COC.................................... 23 e) Distribuição das escolas conforme a média de conceitos MB + B + R ... 24

III – DESEMPENHO DO MUNICÍPIO – 1º COC / 2017...................................... 25 a) 1º ano .................................................................................................... 25 b) 2º ano .................................................................................................... 28 c) 3º ano .................................................................................................... 31 d) 4º ano .................................................................................................... 34

e) 5º ano ..................................... ............................................................... 37 f) 6º ano ...................................................................................................... 40

f) 7º ano .................................................................................................... 43 g) 8º ano ....................................................................................................... 46 h) 9º ano ....................................................................................................... 49 i) Realfabetização 2 ..................................................................................... 53 j) Aceleração 1 ............................................................................................ 55 k) Aceleração 6 ........................................................................................... 57 l) Aceleração 8 .......................................................................................... 59

IV – QUADRO RESUMO DA SITUAÇÃO DO MUNICÍPIO – 1º COC DE 2017 61 V – A TÍTULO DE CONCLUSÃO....................................................................... 62 A FÁBULA DA ÁGUIA E DA GALINHA – Leonardo Boff

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I – A TÍTULO DE INTRODUÇÃO

Findamos o 1º bimestre do ano letivo de 2017 e, a partir dos resultados, desejamos propor novas reflexões que poderão ajudar no replanejamento e tomada de decisões para os bimestres vindouros.

Professor, aproveite os resultados aqui apresentados e discutidos para dialogar com a sua prática cotidiana, reconhecendo os avanços alcançados pelos seus alunos e, também, percebendo os aspectos que podem ser melhorados, para fazer com que os alunos avancem mais no conhecimento de modo equitativo. Para isso, busque propiciar oportunidades para que os alunos com Conceitos Globais I e R consigam melhores resultados e os alunos com Conceitos Globais B e MB continuem estimulados a manter os bons resultados já conquistados.

Para inspirar o trabalho, apresentamos um breve relato sobre a história de vida de Sócrates, figura exemplar da prática hermenêutica, concebida como a “doutrina de compreensão”.

“Diz-se que a mãe de Sócrates era parteira, e o pai, escultor. Do ambiente em sua casa é possível deduzir o modo de educação experimentado pelo filho. Segundo o entendimento grego das profissões desses pais, nem a parteira nem o escultor ocupam-se com a produção ou criação de objetos; pelo contrário, em seu trabalho profissional eles entregam-se a um processo endógeno: à parteira cabe apoiar o processo natural do parto, enquanto o escultor procura dar visibilidade a uma das múltiplas formas já inscritas na pedra em que trabalha. A postura profissional dos dois tem caráter “maiêutico” – conceito grego que designa a tarefa de apoiar a realização de processos considerados endógenos e naturais. Em ambos os casos, tanto no do pai quanto no da mãe de Sócrates, trata-se da ativação de um potencial ainda oculto no interior do “material” com que lidam.” (Flickinger, 2014, p. 16)

Como o trabalho realizado pelos pais de Sócrates se relaciona com o que é desenvolvido pelos docentes?

Da mesma forma, o trabalho desenvolvido pelos professores deve ter uma característica maiêutica, ajudando os alunos a revelar conhecimentos prévios que já estão presentes neles e que podem servir como ponto de partida para a introdução de novos conteúdos, a compreensão e a realização de novas aprendizagens. Podemos extrair do aluno o potencial para a aprendizagem que pode estar oculto. Segundo (Flickinger, H. G., 2014, p. 371),

1 FLICKINGER, HANS-GEORG. Gadamer e a Educação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

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Quando se fala de “compreender” algo, no sentido estrito da palavra, não se trata apenas de entender a razão de ser ou a constituição do objeto de conhecimento. Nisso consiste o objetivo da explicação. Aquele que queira realmente compreender algo verá implicitamente questionado o seu próprio saber. A pessoa, seu interesse, sua expectativa e seu entendimento prévios influenciam nessa tentativa, como se o verbo “compreender” devesse ser lido como “trazer junto no anzol” a pessoa que tenta compreender.

Assim, é responsabilidade de toda a rede “trazer junto no anzol” o nosso alunado para que o objetivo de compreender os conteúdos, contextualizados no cotidiano, seja atingido.

Aproveitamos para lembrar sobre a importância da leitura e escrita em todas as áreas do conhecimento. De acordo com a Nova Base Nacional Comum Curricular e, segundo o Parecer CNE/CEB nº 11/2010, “os conteúdos dos diversos componentes curriculares [...], ao descortinarem às crianças o conhecimento do mundo por meio de novos olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar a leitura e a escrita de um modo mais significativo” (BRASIL, 20102).

Priscila Matos Resinentti Gerência de Avaliação

2 BRASIL. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica. Parecer nº 11, de 7 de julho de 2010. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de dezembro de 2010, Seção 1, p.28. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6324-pceb011-10&category_slug=agosto-2010 pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 13 de jun. de 2017.

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II – DADOS GERAIS: 1º BIMESTRE/ 2017

Apresentamos, nesta seção, os dados do desempenho escolar da Rede Pública Municipal de Ensino no primeiro bimestre de 2017, contendo o quantitativo de alunos avaliados e de conceituados com MB, B e R, além do percentual destes. No item “a”, vem a tabela com os dados da Rede; no item “b”, os dados por Coordenadoria Regional de Educação (CRE); no item “c”, os dados sob a forma de gráfico, o que permite a comparabilidade entre a Rede e as CREs e entre os Anos de Escolaridade; no item “d”, o comparativo da média por Ano de Escolaridade nos últimos 4 anos; no item “e”, a distribuição das escolas por faixa de média.

“A igualdade não deve ser tomada como um ponto de partida, mas sim como um horizonte a ser alcançado”(Jane Castro).

...não obstante a universalização do acesso ao Ensino

Fundamental, a desigualdade nas condições de aprendizagem e no alcance dos resultados educacionais traz à baila a concepção de equidade como base de um pressuposto de igualdade nos diferentes contextos escolares?

Ao encontro de uma das cinco metas de qualidade do Compromisso Todos pela Educação (Brasil: 2006) - Todos os alunos devem aprender o que é esperado para a sua série, a equidade assume uma questão de prioridade no cenário nacional.

Urge, portanto, estarmos todos imbuídos num propósito para um salto de qualidade na educação carioca para que os avanços na aprendizagem não fiquem restritos aos pequenos grupos de alunos. Nosso desafio é proporcionar aos alunos domínio das competências necessárias para o exercício efetivo da cidadania. Para saber mais, acesse: https://www.todospelaeducacao.org.br/arquivos/biblioteca/058832e8-0b58-47c1-9ea4-029127678171.pdf

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a) da Rede:

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 47832 42523 88,9%

2º Ano 51241 42783 83,5%

3º Ano 58400 43000 73,6%

Alfabetização 157473 128306 81,5%

4º Ano 47154 38862 82,4%

5º Ano 51891 45075 86,9%

6º Ano 52780 41160 78,0%

Primário Carioca 151825 125097 82,4%

7º Ano 57041 39290 68,9%

8º Ano 50217 35797 71,3%

9º Ano 42297 31862 75,3%

Ginásio Carioca 149555 106949 71,5%

Realfabetização 2 693 531 76,6%

Aceleração 1 1688 1374 81,4%

Aceleração 6 6603 5262 79,7%

Aceleração 8 10186 8652 84,9%

Projetos 19170 15819 82,5%

TOTAL/REDE 478023 376171 78,7%

8

b) das E/CREs:

1ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 2190 1899 86,6%

2º Ano 2228 1864 83,7%

3º Ano 2642 1956 74%

Alfabetização 7060 5719 81,4%

4º Ano 1899 1590 83,8%

5º Ano 2147 1830 85,3%

6º Ano 2311 1918 83%

Primário Carioca 6357 5338 84%

7º Ano 2293 1778 77,6%

8º Ano 1941 1593 82,1%

9º Ano 1726 1447 83,8%

Ginásio Carioca 5960 4818 81,2%

Realfabetização 2 43 26 60,5%

Aceleração 1 159 108 67,9%

Aceleração 6 432 326 75,4%

Aceleração 8 661 543 82,2%

Projetos 1295 1003 71,5%

TOTAL/CRE 20672 16878 81,7%

9

2ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 3655 3137 85,9%

2º Ano 3616 2958 81,8%

3º Ano 4348 3242 74,6%

Alfabetização 11619 9337 80,8%

4º Ano 3726 3023 81,1%

5º Ano 3939 3411 86,6%

6º Ano 4211 3009 71,5%

Primário Carioca 11876 9443 79,7%

7º Ano 4508 2905 64,4%

8º Ano 3695 2491 67,4%

9º Ano 3240 2406 74,3%

Ginásio Carioca 11443 7802 68,7%

Realfabetização 2 - - -

Aceleração 1 63 51 81%

Aceleração 6 568 480 84,5%

Aceleração 8 555 468 84,3%

Projetos 1186 999 83,3%

TOTAL/CRE 36124 27581 76,4%

10

3ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 3907 3562 91,2%

2º Ano 4513 3759 83,3%

3º Ano 4738 3467 73,2%

Alfabetização 13158 10788 82,6%

4º Ano 3977 3177 79,9%

5º Ano 4248 3645 85,8%

6º Ano 4101 3213 78,3%

Primário Carioca 12326 10035 81,3%

7º Ano 4443 2932 66%

8º Ano 3697 2633 71,2%

9º Ano 3107 2402 77,3%

Ginásio Carioca 11247 7967 71,5%

Realfabetização 2 88 78 88,6%

Aceleração 1 152 148 97,4%

Aceleração 6 741 576 77,7%

Aceleração 8 1176 1032 87,8%

Projetos 2157 1834 87,9%

TOTAL/CRE 38888 30624 78,7%

11

4ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 5094 4529 88,9%

2º Ano 5803 4727 81,5%

3º Ano 6531 4673 71,6%

Alfabetização 17428 13929 80,6%

4º Ano 5133 4050 78,9%

5º Ano 5476 4474 81,7%

6º Ano 5569 4084 73,3%

Primário Carioca 16178 12608 78%

7º Ano 6121 3964 64,8%

8º Ano 4860 3268 67,2%

9º Ano 4086 2946 72,1%

Ginásio Carioca 15067 10178 68%

Realfabetização 2 82 65 79,3%

Aceleração 1 453 359 79,2%

Aceleração 6 991 792 79,9%

Aceleração 8 1527 1305 85,5%

Projetos 3053 2521 81%

TOTAL/CRE 51726 39236 75,9%

12

5ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 3931 3632 92,4%

2º Ano 4488 3870 86,2%

3º Ano 4871 3776 77,5%

Alfabetização 13290 11278 85,4%

4º Ano 3920 3321 84,7%

5º Ano 4540 4059 89,4%

6º Ano 4982 3732 74,9%

Primário Carioca 13442 11112 83%

7º Ano 5313 3556 66,9%

8º Ano 4638 3199 69%

9º Ano 4262 3138 73,6%

Ginásio Carioca 14213 9893 69,8%

Realfabetização 2 33 28 84,8%

Aceleração 1 79 75 94,9%

Aceleração 6 563 440 78,2%

Aceleração 8 877 759 86,5%

Projetos 1552 1302 86,1%

TOTAL/CRE 42497 33585 79%

13

6ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 3071 2974 96,8%

2º Ano 3598 3297 91,6%

3º Ano 4062 3061 75,4%

Alfabetização 10731 9332 87,9%

4º Ano 3322 2699 81,2%

5º Ano 3688 3226 87,5%

6º Ano 3449 2793 81%

Primário Carioca 10459 8718 83,2%

7º Ano 3470 2654 76,5%

8º Ano 3248 2390 73,6%

9º Ano 2809 2072 73,8%

Ginásio Carioca 9527 7116 74,6%

Realfabetização 2 - - -

Aceleração 1 87 74 85,1%

Aceleração 6 279 239 85,7%

Aceleração 8 314 272 86,6%

Projetos 680 585 85,8%

TOTAL/CRE 31397 25751 82%

14

7ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 7005 5731 81,8%

2º Ano 7115 5459 76,7%

3º Ano 8648 5992 69,3%

Alfabetização 22768 17182 75,9%

4º Ano 7032 5760 81,9%

5º Ano 7269 6284 86,4%

6º Ano 7252 5655 78%

Primário Carioca 21553 17699 82,1%

7º Ano 7703 5200 67,5%

8º Ano 6703 4613 68,8%

9º Ano 5237 3804 72,6%

Ginásio Carioca 19643 13617 69,6%

Realfabetização 2 44 21 47,7%

Aceleração 1 151 132 87,4%

Aceleração 6 863 710 82,3%

Aceleração 8 1248 1113 89,2%

Projetos 2306 1976 76,6%

TOTAL/CRE 66270 50474 76,2%

15

8ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 5696 5140 90,2%

2º Ano 5775 4879 84,5%

3º Ano 6837 5025 73,5%

Alfabetização 18308 15044 82,7%

4º Ano 5252 4477 85,2%

5º Ano 5812 5251 90,3%

6º Ano 6303 4867 77,2%

Primário Carioca 17367 14595 84,2%

7º Ano 6498 4681 72%

8º Ano 5656 4151 73,4%

9º Ano 5377 4128 76,8%

Ginásio Carioca 17531 12960 74%

Realfabetização 2 67 52 77,6%

Aceleração 1 310 248 80%

Aceleração 6 985 750 76,1%

Aceleração 8 1390 1163 83,7%

Projetos 2752 2213 79,3%

TOTAL/CRE 55958 44812 80,1%

16

9ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 5323 4741 89,1%

2º Ano 5646 4748 84,1%

3º Ano 6155 4627 75,2%

Alfabetização 17124 14116 82,8%

4º Ano 5051 4327 85,7%

5º Ano 5914 5277 89,2%

6º Ano 5771 4867 84,3%

Primário Carioca 16736 14471 86,4%

7º Ano 6743 4576 67,9%

8º Ano 6824 4760 69,8%

9º Ano 5229 3908 74,7%

Ginásio Carioca 18796 13244 70,8%

Realfabetização 2 - - -

Aceleração 1 93 63 67,7%

Aceleração 6 491 383 78%

Aceleração 8 1048 818 78,1%

Projetos 1632 1264 74,6%

TOTAL/CRE 54288 43095 79,4%

17

10ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 6728 6007 89,3%

2º Ano 7227 6134 84,9%

3º Ano 8132 6006 73,9%

Alfabetização 22087 18147 82,7%

4º Ano 6672 5433 81,4%

5º Ano 7627 6527 85,6%

6º Ano 7447 5915 79,4%

Primário Carioca 21746 17875 82,1%

7º Ano 8477 5933 70%

8º Ano 7562 5627 74,4%

9º Ano 6138 4710 76,7%

Ginásio Carioca 22177 16270 73,7%

Realfabetização 2 336 261 77,7%

Aceleração 1 121 97 80,2%

Aceleração 6 567 464 81,8%

Aceleração 8 1121 956 85,3%

Projetos 2145 1778 81,2%

TOTAL/CRE 68155 54070 79,3%

18

11ª CRE

SÉRIE AVALIADOS MB + B + R PERCENTUAL

1º Ano 1232 1171 95%

2º Ano 1232 1088 88,3%

3º Ano 1436 1175 81,8%

Alfabetização 3900 3434 88,3%

4º Ano 1193 1028 86,2%

5º Ano 1231 1091 88,6%

6º Ano 1384 1107 80%

Primário Carioca 3808 3226 84,9%

7º Ano 1472 1111 75,5%

8º Ano 1393 1072 77%

9º Ano 1086 901 83%

Ginásio Carioca 3951 3084 78,5%

Realfabetização 2 - - -

Aceleração 1 20 19 95%

Aceleração 6 123 102 82,9%

Aceleração 8 269 223 82,9%

Projetos 412 344 86,9%

TOTAL/CRE 12071 10088 83,6%

19

c) em gráficos: c.1) Comparativo de Desempenho entre a Rede e as CREs - Média Global de MB + B + R, da Rede e das CREs

A partir da análise dos dados, é possível notar que apenas três CREs apresentaram um percentual de conceitos MB, B e R inferior à média da Rede. Vale ressaltar, como pode ser observado no gráfico seguinte, que o conceito R apresenta a maior concentração percentual.

Nosso maior desafio continua sendo o olhar para os alunos que apresentam o conceito global I. Temos 21,3% da Rede numa situação inferior à desejável, correspondendo ao total de 101.852 discentes. É preciso desenvolver estratégias de resgate de habilidades e conteúdos para que aconteça a promoção desses alunos para conceitos globais superiores.

A 11ª CRE apresentou os maiores percentuais de conceitos MB e B, além de ter obtido o menor índice de conceito global I.

LEGENDA: AZUL = Acima da média da Rede; VERMELHO = Abaixo da média da Rede.

20

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

21

c.2) Comparativo de Desempenho entre a Rede e os Anos de Escolaridade - Média de MB + B + R por Grupamento e Global

- Frequência por Ano de Escolaridade e da Rede

COC 1 / 2017

GRUPAMENTO MATRÍCULA ALUNOS

12,5% 25% quantitativo % quantitativo %

1º Ano 47.832 11.583 24,2 2.123 4,4 2º Ano 51.241 11.773 23,0 3.623 7,1 3º Ano 58.400 13.316 22,8 4.092 7,0 4º Ano 47.177 9.373 19,9 2.655 5,6 5º Ano 51.891 9.968 19,2 2.665 5,1 6º Ano 52.780 7.451 14,1 1.835 3,5 7º Ano 57.041 11.526 20,2 3.284 5,8 8º Ano 50.217 9.724 19,4 2.339 4,7 9º Ano 42.297 9.161 21,7 2.127 5,0

Realfabetização 2 693 183 26,4 64 9,2 Aceleração 1 1.688 405 24,0 178 10,5 Aceleração 6 6.603 66 1,0 0 0,0 Aceleração 8 10.186 93 0,9 11 0,1

REDE 478.046 94.622 19,8 24.996 5,2

LEGENDA: AZUL = Acima da média da Rede; VERMELHO = Abaixo da média da Rede.

22

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

Quando a análise é feita tomando por critério os anos de escolaridade, conclui-se que apenas uma série do primeiro segmento do ensino fundamental, o 3ºano, ficou abaixo da média geral da Rede.

No entanto, quando concentramos a atenção no segundo segmento, todos os anos de escolaridade apresentam desempenho inferior ao da média da Rede, sendo o caso mais preocupante o do 7º ano.

Em relação às turmas de projeto, apenas o Realfabetização 2 apresenta resultado inferior à Rede. É importante associar tais resultados à frequência dos alunos. Em torno de 10% dos alunos matriculados neste grupamento possuem faltas equivalentes a 25%. O sucesso da aprendizagem também depende de assiduidade, cabendo à escola sinalizar as faltas e tentar resgatar esses alunos.

23

d) COMPARAÇÃO DOS ÍNDICES DE MB + B + R NO 1º BIMESTRE DOS 4 ÚLTIMOS ANOS:

SÉRIE 2014 2015 2016 2017

1º Ano 83,6% 84,5% 86,2% 88,9%

2º Ano 76,4% 78,5% 82,0% 83,5%

3º Ano 68,7% 71,3% 72,9% 73,6%

4º Ano 81,5% 83,1% 84,1% 82,4%

5º Ano 86,7% 85,8% 86,7% 86,9%

6º Ano 72,9% 71,0% 73,2% 78,0%

7º Ano 75,5% 68,4% 67,6% 68,9%

8º Ano 73,6% 69,7% 68,6% 71,3%

9º Ano 77,2% 73,5% 73,3% 75,3%

Realfabetização 2 66,5% 71,8% 76,3% 76,6%

Aceleração 1 76,2% 71,7% 74,9% 81,4%

Aceleração 6 - - 76,5% 79,7%

Aceleração 8 - - - 84,9%

TOTAL/MÉDIA 77,2% 75,6% 77,0% 78,7% Legenda: Em cada grupamento, a maior média dos três anos letivos está em AZUL e a menor, em VERMELHO.

Analisando um ciclo de quatro anos, percebe-se um avanço no desempenho até o 6º ano de escolarização. Porém, quando o segundo segmento é observado, nota-se, a partir do 7º ano, uma queda nos resultados em 2015 e 2016, com recuperação em 2017. Quando o foco são os projetos, conclui-se que todos apresentaram resultados superiores em 2017.

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e) DISTRIBUIÇÃO DAS ESCOLAS DA REDE DE ACORDO COM O PERCENTUAL DE MB + B + R NO 1º COC DE 2017

POSIÇÃO Nº DE ESCOLAS PERCENTUAL (%) 85 a 100 353 35,6% 75 a 84 399 40,1%

Abaixo de 75 242 24,3% TOTAL 994 100%

A média mínima aceitável de alunos conceituados com MB, B e R é 85%, portanto

existe quase 2/3 das escolas com média inferior a 85%. Temos, também, quase 25% das escolas com média inferior a 75%. Todas essas escolas necessitam refletir sobre as causas desse índice que deixa a desejar e rever seus projetos político-pedagógicos e suas metodologias de ensino.

25

III - DESEMPENHO DO MUNICÍPIO – COC 1/2017:

1º Ano

- Média global da Rede e da CRE

Os paradoxos entre o aluno real e o aluno esperado nos fazem refletir sobre a perspectiva inclusiva da educação? Como nos afirma Jane de Castro (2009), “não podemos usar características individuais ou sociais para negar o acesso e progresso de qualquer um na escola”.

Neste sentido, podemos afirmar que os alunos pertencentes às famílias com experiência e valores próximos aos da escola, ocupam o lugar do aluno esperado. Já aqueles que não encontram na família subsídios socioeconômicos e culturais para o suporte necessário ao processo de escolarização, fogem dos moldes esperados e ocupam, assim, o lugar do aluno real.

As carências e/ou déficits de crianças de classes sociais marginalizadas deflagram o projeto de aluno ideal incompatível ao universo social em que estamos inseridos e alarga o abismo para o alcance de todos à educação.

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- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

NÍVEL SITUAÇÃO LP-LEITURA ALFABETIZAÇÃO ESCRITA MATEMÁTICA

1 Muito crítico 1,1 8,4 3,2 2 Crítico 3,7 25,6 3,7 3 Intermediário 13,6 26,4 7,7 4 Adequado 31,4 20,2 18,7 5 Avançado 50,1 19,4 66,8

4 + 5 (Adequado + Avançado)

81,5 39,6 85,5

27

- Comparação do Desempenho Escolar do 1º Ano entre 2016 e 2017

No que diz respeito ao desempenho do 1º ano, apenas as 1ª, 2ª e 7ª CREs apresentam desempenho inferior à média da Rede. A 11ª CRE tem o maior percentual de alunos concentrados nos conceitos MB e B. Sobre a situação encontrada nas provas bimestrais3, é nítido que os alunos precisam receber uma ênfase no trabalho com a escrita. A maior parte dos discentes está no nível intermediário ou inferior. Por outro lado, a maioria dos alunos encontra-se no nível adequado ou avançado em Língua Portuguesa – Leitura e Matemática. Houve um avanço de três pontos percentuais em relação ao desempenho no 1º COC de 2016. 3 Para maiores informações, consultar o Relatório das Provas Bimestrais 2017.

28

2º Ano

- Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

29

- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

NÍVEL LP-LEITURA ALFABETIZAÇÃO ESCRITA

MATEMÁTICA NOTA DOS PROFESSORES

1 1,7 17,9 2,0 3,1

2 4,6 10,9 5,6 7,3

3 9,3 13,6 13,4 21,5

4 20,9 22,9 26,7 30,1

5 63,5 34,7 52,3 38,0

4 + 5 84,4 57,6 79,0 68,1 - Comparação do Desempenho Escolar do 2º Ano entre 2016 e 2017

Dentre as onze CREs, quatro (2ª, 3ª, 4ª e 7ª) apresentam desempenho inferior ao da Rede. A 11ª CRE apresentou o maior percentual de alunos concentrados nos conceitos MB e B. A 6ª CRE apresentou o melhor desempenho para os alunos do 2º ano, tendo, apenas, 8,4% dos seus alunos com conceito global I. Com relação aos resultados das provas bimestrais, de modo geral, nas três avaliações, mais de 50% dos estudantes estão nos níveis adequado e avançado.

Houve um avanço de dois pontos percentuais em relação ao desempenho no 1º COC de 2016.

30

Outro aspecto relevante é a tentativa de verificar como está o desempenho dos

nossos alunos no ano de escolaridade seguinte. Ainda que saibamos que nem todos os alunos permanecem na rede, a maioria dos alunos, quando muda de escola, faz a migração dentro da própria rede. Reconhecemos que não é exatamente a mesma coorte de alunos, mas a maior parte deles permanece na rede nos anos subsequentes.

Quando comparamos o percentual de alunos do 1º ano com MB+B+R no último COC de 2016 com o resultado apresentado pelo 2º ano no 1º COC de 2017, nota-se que houve uma queda de 8 pontos percentuais. Há que perceber que esse percentual representa um número significativo de alunos que, em curto espaço de tempo (dezembro de 2016 a abril de 2017) – tempo em que também é feita uma revisão do ano anterior, apresentou queda em seu desempenho, não atingindo os objetivos propostos para o período. É necessário investigar o que ocorreu e agilizar as ações de recuperação, para que nenhum aluno fique para trás em seu percurso de aprendizagem. Os fatores que interferiram nesse resultado devem ser buscados, levantando-se questões como, por exemplo: a escola realizou uma diagnose inicial, para determinar o ponto de partida do novo ano letivo? Iniciou-se o trabalho já com ações direcionadas àqueles alunos que, ao final do ano anterior, apresentavam dificuldades em seu percurso escolar? Os critérios de avaliação dos alunos são únicos e claros em toda a Unidade Escolar?

Vale lembrar que esse grupo de alunos está consolidando a alfabetização e é preciso que o trabalho realizado pelas escolas continue motivando o grupo a desenvolver as habilidades necessárias, buscando os melhores resultados possíveis.

31

3º Ano

- Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

32

- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

NÍVEL LP-LEITURA

ALFABETIZAÇÃO ESCRITA MATEMÁTICA PRODUÇÃO

TEXTUAL NOTA DOS

PROFESSORES 1 6,3 17,7 4,2 25,8 6

2 13,4 11,0 11,2 13,2 14,4

3 14,4 17,0 17,0 26,2 21,5

4 19,5 27,0 28,2 25,6 31,1

5 46,4 27,2 39,4 9,2 26,9

4 + 5 65,9 54,2 67,6 34,8 58

- Comparação do Desempenho Escolar do 3º Ano entre 2016 e 2017

Observando os resultados do 3º ano, a 3ª, 4ª, 7ª e 8ª CREs apresentaram desempenho inferior ao da Rede. Além disso, de modo geral, há um aumento sensível no percentual de alunos com conceito global I. A 11ª CRE apresentou o maior percentual de alunos concentrados nos conceitos MB e B. Com relação aos resultados das provas bimestrais, de modo geral, nas avaliações de Leitura, Alfabetização Escrita e Matemática, mais de 50% dos estudantes estão nos níveis adequado e avançado. Na prova de Produção Textual, a maior parte dos alunos concentra-se nos níveis intermediário, crítico e muito crítico. É a primeira aplicação de Produção Textual para os alunos, então, seria interessante um olhar bastante cuidadoso para os resultados apresentados por cada aluno, tentando pensar em estratégias que desenvolvam as habilidades de cada um, objetivando uma melhoria do desempenho.

33

Houve avanço de um ponto percentual em relação ao desempenho no 1º COC de 2016.

Ao comparamos o percentual de alunos do 2º ano com MB+B+R no último COC de

2016 com o resultado apresentado pelo 3º ano no 1º COC de 2017, nota-se que houve uma queda de 18 pontos percentuais. Ou seja: tivemos um aumento superior a 100% no número de alunos que não atingiu os objetivos traçados para esse bimestre. É uma redução bastante acentuada. Os alunos terminaram muito bem o ano letivo de 2016. É preciso investigar as razões para o resultado apresentado em 2017 e pensar em estratégias de melhoria.

Faz-se necessário refletir sobre a sequência do programa no ciclo destinado à alfabetização e sobre que critérios estão sendo usados na avaliação, já que os resultados são tão díspares.

34

4º Ano

- Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

35

- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

NÍVEL LP-LEITURA PRODUÇÃO

TEXTUAL MATEMÁTICA CIÊNCIAS NOTA DOS

PROFESSORES 1 3,7 11,0 3,5 4,4 2,3

2 9,9 14,2 13,3 16,4 8,1

3 14,5 33,2 27,8 32,8 26,8

4 22,6 29,6 33,4 30,2 40,6

5 49,3 12,0 22,0 16,2 22,3

4 + 5 71,9 41,6 55,4 46,4 62,9 - Comparação do Desempenho Escolar do 4º Ano entre 2016 e 2017

Quando analisamos os resultados do 4º ano, seis CREs (2ª, 3ª, 4ª, 6ª, 7ª e 10ª) apresentaram desempenho inferior ao da Rede. A 1ª CRE apresentou o maior percentual de alunos concentrados no conceito MB. Com relação aos resultados das provas bimestrais, nas avaliações de Produção Textual e de Ciências, a maior parte dos alunos apresenta um desempenho abaixo do adequado. No entanto, em Leitura e Matemática, mais de 50% dos discentes encontram-se nos níveis adequado e avançado. Vale lembrar que é a primeira prova de Ciências que esses alunos fazem. Seria o momento oportuno para que os professores realizem o exercício de olhar os descritores4 exigidos em cada questão, observando aqueles que os alunos mais dominam e aqueles que precisam de reforço. Além disso, de modo complementar, mas não menos importante, podem ser resgatas as habilidades trabalhadas no bimestre.

4 Para mais informações, verificar o 1º Relatório das provas Bimestrais de 2017.

36

Houve uma queda de dois pontos percentuais em relação ao desempenho no 1º COC de 2016.

Ao comparamos o percentual de alunos do 3º ano com MB+B+R no último COC de

2016 com o resultado apresentado pelo 4º ano no 1º COC de 2017, nota-se que houve uma queda de um ponto percentual. Isso indica que esse grupo de alunos manteve, aproximadamente, o mesmo resultado no ano seguinte. O desafio agora é motivá-los a melhorar.

37

5º Ano

- Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

38

- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

NÍVEL LP-LEITURA PRODUÇÃO TEXTUAL MATEMÁTICA CIÊNCIAS NOTA

DOS PROF 1 2,4 4,3 2,3 4,2 1,7

2 9,3 11,4 10,3 13,1 4,8

3 21,7 33,2 23,4 26,1 26

4 33,9 34,7 31,7 31,2 42,2

5 32,6 16,4 32,3 25,4 25,4

4 + 5 66,5 51,1 64,0 56,6 67,6

Cabe comentar que os professores do 5º ano, de modo geral, deram notas superiores às tiradas pelos alunos nas provas bimestrais. Esse dado é bastante interessante, pois mostra que os professores estão fazendo uso de avaliações diversificadas para a atribuição de notas. Reforçamos que a prova bimestral da rede é mais um instrumento dentre outros que podem ser utilizados pelos docentes.

- Comparação do Desempenho Escolar do 5º Ano entre 2016 e 2017

Quando analisamos os resultados do 5º ano, seis CREs (1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 7ª e 10ª) apresentaram desempenho inferior ao da Rede. A 11ª CRE apresentou o maior percentual de alunos concentrados no conceito MB.

39

Com relação aos resultados das provas bimestrais, de modo geral, nas avaliações de Leitura, Produção Textual, Matemática e Ciências mais de 50% dos estudantes estão nos níveis adequado e avançado.

Houve uma manutenção do desempenho em relação aos resultados do 1º COC de 2016.

Ao comparamos o percentual de alunos do 4º ano com MB+B+R no último COC de

2016 com o resultado apresentado pelo 5º ano no 1º COC de 2017, nota-se que houve uma queda de quatro pontos percentuais. O que a pode ter motivado? Que medidas se impõem para que esses alunos voltem a crescer em seu processo de aprendizagem?

40

6º Ano

- Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

41

- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

LP - LEITURA

PRODUÇÃO TEXTUAL

LP – LEITURA E ESCRITA

MATEMÁTICA CIÊNCIAS

NÍVEL PB PB PROF PB PROF PB PROF 1 3,4 5,2 4,1 1,9 4,2 5,4 5,1 2 10,0 14,2 9,8 12,1 10,8 21,6 13,2 3 18,8 36,1 27,2 31,7 29,8 33,1 30,8 4 31,9 31,7 37,2 34,9 32,6 27,3 30,9 5 35,9 12,8 21,4 19,5 22,1 12,6 19,2

4 + 5 67,8 44,5 58,6 54,4 54,7 39,9 50,1 Legenda: PB = Prova Bimestral; PROF = Média atribuída pelo professor ao aluno.

- Comparação do Desempenho Escolar do 6º Ano entre 2016 e 2017

Quando analisamos os resultados do 6º ano, quatro CREs (2ª, 4ª, 5ª, 8ª) apresentaram desempenho inferior ao da Rede. A 11ª CRE apresentou o maior percentual de alunos concentrados no conceito MB. Com relação aos resultados das provas bimestrais, nas avaliações de Produção Textual e de Ciências, a maior parte dos alunos apresenta um desempenho abaixo do adequado e do avançado. No entanto, em Leitura e Matemática, mais de 50% dos discentes encontram-se nos níveis adequado e avançado.

Houve um aumento de cinco pontos percentuais em relação ao desempenho no 1º COC de 2016.

42

Ao confrontamos o percentual de alunos do 5º ano com MB+B+R no último COC de 2016 com o resultado apresentado pelo 6º ano no 1º COC de 2017, nota-se que houve uma queda de dezessete pontos percentuais. É uma redução muito expressiva. Toda a equipe que trabalha com o 6º ano deve lembrar que é um ano de muitas transformações e que os alunos estão continuando os seus estudos em outro segmento e, possivelmente, em outra escola. Além das questões típicas da adolescência, há o estabelecimento de novos vínculos de amizade e um número maior de professores.

Pensar em todas essas questões é fundamental no desenvolvimento de novas estratégias para a aprendizagem. Ressalte-se a necessidade de haver clareza e unidade nas regras de convivência e nos critérios de avaliação.

- Média por Disciplina, por Ano de Escolaridade:

43

7º Ano

- Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

44

- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

LP - LEITURA

PRODUÇÃO TEXTUAL

LP – LEITURA E ESCRITA

MATEMÁTICA CIÊNCIAS

NÍVEL PB PB PROF PB PROF PB PROF 1 2,0 6,3 5,1 4,0 6 3,1 6,3 2 8,0 16,8 11,8 27,1 18,3 16,9 14,7 3 18,4 40,2 33,7 39,5 40,2 34,8 34,6 4 33,6 28,3 35,7 23,0 26 31,1 30,2 5 38,0 8,4 13,1 6,4 9 14,1 13,4

4 + 5 71,6 36,7 48,8 29,4 35 45,2 43,6 Legenda: PB = Prova Bimestral; PROF = Média atribuída pelo professor ao aluno.

- Comparação do Desempenho Escolar do 7º Ano entre 2016 e 2017

Quando analisamos os resultados do 7º ano, seis CREs (2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 9ª) apresentaram desempenho inferior ao da Rede. A 11ª CRE apresentou o maior percentual de alunos concentrados no conceito MB e B.

Com relação aos resultados das provas bimestrais, nas avaliações de Produção Textual, de Matemática e de Ciências, a maior parte dos alunos apresenta um desempenho abaixo do adequado e do avançado. Apenas em Leitura mais de 50% dos discentes encontram-se nos níveis adequado e avançado.

Observando também as notas dadas pelos professores, vemos que as mesmas apresentam um comportamento semelhante, ou seja, em todas as disciplinas que

45

apresentam provas bimestrais da rede, mias de 50% dos alunos estão concentrados nos níveis inferiores ao adequado.

Houve um aumento de um ponto percentual em relação ao desempenho no 1º COC de 2016.

Ao checarmos o percentual de alunos do 6º ano com MB+B+R no último COC de 2016 com o resultado apresentado pelo 7º ano no 1º COC de 2017, nota-se que houve uma queda de quinze pontos percentuais.

Os resultados do 7º ano são bastante preocupantes e desafiadores. É preciso olhar cautelosamente e reavaliar o processo que está sendo desenvolvido em cada unidade escolar.

- Média por Disciplina, por Ano de Escolaridade:

46

8º Ano

- Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

47

- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

LP - LEITURA

PRODUÇÃO TEXTUAL

LP – LEITURA E ESCRITA

MATEMÁTICA CIÊNCIAS

NÍVEL PB PB PROF PB PROF PB PROF 1 1,3 4,1 3,0 11,3 6,5 10,6 6,0 2 8,8 13,2 9,8 37,6 22,4 32,0 17,8 3 23,4 39,4 35,2 28,7 37,5 32,9 37,5 4 39,1 33,0 39,1 16,3 23,3 18,7 29,0 5 27,4 10,3 12,4 6,1 9,5 5,7 10,2

4 + 5 66,5 43,3 51,5 22,4 32,8 24,4 39,2 Legenda: PB = Prova Bimestral; PROF = Média atribuída pelo professor ao aluno.

- Comparação do Desempenho Escolar do 8º Ano entre 2016 e 2017

Quando analisamos os resultados do 8º ano, seis CREs (2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 7ª e 9ª) apresentaram desempenho inferior ao da Rede. A 11ª CRE apresentou o maior percentual de alunos concentrados no conceito MB e B.

Com relação aos resultados das provas bimestrais, nas avaliações de Produção Textual, de Matemática e de Ciências, a maior parte dos alunos apresenta um desempenho abaixo do adequado e do avançado. Apenas em Leitura mais de 50% dos discentes encontram-se nos níveis adequado e avançado.

Houve um aumento de dois pontos percentuais em relação ao desempenho no 1º COC de 2016.

48

Ao compararmos o percentual de alunos do 7º ano com MB+B+R no último COC de

2016 com o resultado apresentado pelo 8º ano no 1º COC de 2017, nota-se que houve uma queda de quinze pontos percentuais. Esta diferença deve levar a escola a observar a sequência programática estabelecida e, principalmente, se necessário, revisitar pontos que de dificuldade que os alunos trazem de anos anteriores, para favorecer a aprendizagem neste novo ano de escolaridade.

- Média por Disciplina, por Ano de Escolaridade:

49

9º Ano

- Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

50

- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

LP - LEITURA

PRODUÇÃO TEXTUAL

LP – LEITURA E ESCRITA

MATEMÁTICA CIÊNCIAS

NÍVEL PB PB PROF PB PROF PB PROF 1 1,7 3,3 3,0 8,8 5,9 1,8 3,8 2 9,9 9,1 8,7 33,2 21,7 9,8 9,8 3 22,8 35,3 33,6 31,7 38,6 26,9 31,4 4 35,4 36,8 38,8 17,8 23,6 36,8 35,2 5 30,1 15,5 15,8 8,5 9,8 24,8 18,7

4 + 5 65,5 52,3 54,6 26,3 33,4 61,6 53,9 Legenda: PB = Prova Bimestral; PROF = Média atribuída pelo professor ao aluno.

- Comparação do Desempenho Escolar do 9º Ano entre 2016 e 2017

Quando analisamos os resultados do 9º ano, seis CREs (2ª, 4ª, 5ª, 6ª, 7ª e 9ª) apresentaram desempenho inferior ao da Rede. A 11ª CRE apresentou o maior percentual de alunos concentrados no conceito MB e B.

Com relação aos resultados das provas bimestrais, nas avaliações de Leitura, de Produção Textual e de Ciências, a maior parte dos alunos apresenta um desempenho abaixo do adequado e do avançado. Apenas em Matemática mais de 50% dos discentes encontram-se nos níveis adequado e avançado.

51

Em relação às notas dadas pelos professores, apenas em Matemática a maior parte dos alunos ficou abaixo dos níveis adequado e avançado.

Houve um aumento de dois pontos percentuais em relação ao desempenho no 1º COC de 2016.

Ao observarmos o percentual de alunos do 8º ano com MB+B+R no último COC de

2016 com o resultado apresentado pelo 9º ano no 1º COC de 2017, nota-se que houve uma queda de doze pontos percentuais. Rever pontos básicos do ano anterior, nos quais se constataram dificuldades na diagnose, pode contribuir para um melhor desempenho dos alunos.

- Média por Disciplina, por Ano de Escolaridade:

52

Comparativo Geral do Desempenho por Componente Curricular:

Componente Curricular 1° COC 2016 1° COC 2017 DIFERENÇA Ciências 5,4 5,6 + 0,2 Geografia 5,3 5,4 + 0,1 História 5,3 5,4 + 0,1

Matemática 5,2 5,3 + 0,1 Língua Portuguesa 5,5 5,9 + 0,4

Educação Física 6,5 6,6 + 0,1 Artes Visuais 6,0 6,1 + 0,1

Música 6,1 6,2 + 0,1 Teatro 6,2 6,4 + 0,2

Espanhol 5,5 5,4 - 0,1 Francês 5,7 6,3 + 0,6 Inglês 5,7 5,8 + 0,1

As indagações sobre o papel da avaliação, a partir do papel da educação na sociedade atual, destacam a concepção de avaliação sob a ótica da inclusão, do diálogo, da autonomia e da construção da responsabilidade com o coletivo. Uma escola democrática preconiza as inúmeras possibilidades de aprendizagem. Desta forma, podemos depreender que a perspectiva da avaliação seletiva e classificatória pode, muitas vezes, ser facilitadora na criação dos espaços da exclusão, do “refúgio”. Deparamo-nos em nosso cotidiano escolar com os inúmeros “refugiados” do aprendizado... Assim, cumpre-nos compreender as diferentes concepções de avaliação que norteiam o processo educativo. Para saber mais, acesse: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Ensfund/indag5.pdf

53

Realfabetização 2

Obs.: Não possuem turmas de Realfabetização 2 as CREs: 2ª, 6ª, 9ª e 11ª.

- Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

54

- Comparação do Desempenho Escolar do Realfabetização 2 entre 2016 e 2017

O projeto Realfabetização 2, que visa oportunizar a alfabetização aos alunos que não concluíram esse processo, apresentou leve melhoria em relação ao ano anterior. O caráter deste projeto exige uma avaliação atenta a cada momento do processo.

55

Aceleração 1 - Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

56

- Comparação do Desempenho Escolar do Aceleração 1 entre 2016 e 2017

O projeto Aceleração 1, que visa à correção de fluxo nos Anos Iniciais, apresenta leve evolução positiva em comparação com o resultado de 2016, mas nota-se grande disparidade no desempenho das Coordenadorias Regionais de Educação. Além disso, a distribuição percentual dos conceitos apresenta grande heterogeneidade, com maior concentração no conceito global Regular (R).

57

Aceleração 6 - Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

58

- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

NÍVEL LP-LEITURA

PRODUÇÃO TEXTUAL MATEMÁTICA CIÊNCIAS HISTÓRIA GEOGRAFIA

1 3,7 9,8 6,8 3,9 10,4 4,9 2 12,8 18,0 20,7 12,3 21,8 14,8 3 27,7 39,4 32,5 32,8 32,6 33,5 4 34,9 24,7 27,5 35,3 24,9 31,8 5 20,8 8,0 12,5 15,7 10,3 14,9

4 + 5 55,7 32,7 40,0 51,0 35,2 46,7

- Comparação do Desempenho Escolar do Aceleração 6 entre 2016 e 2017

O projeto Aceleração 6, que visa à correção de fluxo de alunos em defasagem idade/ano de escolaridade, apresentou leve evolução em seu desempenho, porém seu resultado nas provas bimestrais apontam a necessidade de revisão de determinadas habilidades e conteúdos, bem como de uma avaliação processual eficaz, principalmente porque esses alunos estão acelerando seus estudos para retomar seu fluxo escolar com êxito.

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Aceleração 8

- Média global da Rede e da CRE

- Distribuição dos Alunos da Rede e das CREs por Conceito Global

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- Distribuição dos alunos por Nível nas Provas Bimestrais

NÍVEL LP-LEITURA

PRODUÇÃO TEXTUAL MATEMÁTICA CIÊNCIAS HISTÓRIA GEOGRAFIA

1 3,3 4,2 11,5 7,0 11,4 9,4 2 10,2 12,7 27,6 27,4 23,1 21,2 3 24,1 41,2 33,9 35,0 28,4 31,4 4 36,1 31,3 19,5 21,8 22,5 27,1 5 26,3 10,6 7,6 8,8 14,6 10,9

4 + 5 62,4 41,9 27,1 30,6 37,1 38,0 - Comparação do Desempenho Escolar do Aceleração 8 entre 2016 e 2017

Obs.: Em 2016, o projeto tinha a nomenclatura Aceleração 3.

O projeto Aceleração 8, que, à semelhança do Aceleração 6, visa à correção de fluxo de alunos em defasagem idade/ano de escolaridade, também apresentou pequena evolução em seu desempenho, porém seu resultado nas provas bimestrais apontam a necessidade de revisão de determinadas habilidades e conteúdos, bem como de uma avaliação processual eficaz, principalmente porque esses alunos estão acelerando seus estudos para retomar seu fluxo escolar com êxito.

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IV - QUADRO RESUMO DA SITUAÇÃO DO MUNICÍPIO – 1º COC DE 2017

Grupamento Avaliados Conceituados com

MB, B e R Conceituados

com I Nº % Nº %

Primário Carioca –

1º ao 3º Ano

1º Ano 47832 42523 88,9% 5309 11,1% 2º Ano 51241 42783 83,5% 8458 16,5% 3º Ano 58400 43000 73,6% 15400 26,4%

TOTAL ALFABETIZAÇÃO 157473 128306 81,5% 29167 18,5%

Primário Carioca –

4º ao 6º Ano

4º Ano 47154 38862 82,4% 8292 17,6% 5º Ano 51891 45075 86,9% 6816 13,1% 6º Ano 52780 41160 78,0% 11620 22,0%

TOTAL 4º AO 6º ANO 151825 125097 82,4% 26728 17,6%

Ginásio Carioca –

7º ao 9º Ano

7º Ano 57041 39290 68,9% 17751 31,1% 8º Ano 50217 35797 71,3% 14420 28,7% 9º Ano 42297 31862 75,3% 10435 24,7%

TOTAL GINÁSIO CARIOCA 149555 106949 71,5% 42606 28,5%

TOTAL TURMAS REGULARES 458853 360.352 78,5% 98501 21,5%

Projetos de Reforço Escolar

Realfabetização 2 693 531 76,6% 162 23,4% Aceleração 1 1688 1374 81,4% 314 18,6% Aceleração 3 6603 5262 79,7% 1341 20,3% Aceleração 6 10186 8652 84,9% 1534 15,1%

TOTAL PROJETOS 19170 15819 82,5% 3351 17,5%

TOTAL REDE 478023 376.171 78,7% 101852 21,3%

Estar atento aos processos de aprendizagens é condição fundamental da avaliação formativa. Neste sentido, faz-se necessário incorporar às práticas do cotidiano escolar experiências avaliativas numa lógica formativa, para além da nota, e criar espaços para o diálogo, no qual a responsabilidade dos avanços da aprendizagem não deve ser apenas tarefa só do professor, mas também do aluno. Para avaliar: 1) É fundamental transformar a prática avaliativa em prática de aprendizagem. 2) É necessário avaliar como condição para a mudança de prática e para o redimensionamento do processo ensino-aprendizagem.

Avaliar faz parte do processo de ensino e de aprendizagem: não ensinamos sem avaliar, não aprendemos sem avaliar. Dessa forma, rompe-se com a falsa dicotomia entre ensino e avaliação, como se esta fosse apenas o final de um processo.

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V - A TÍTULO DE CONCLUSÃO:

A Fábula da Águia e da Galinha Leonardo Boff

Ao ver uma galinha e uma águia, você vai ver mais que uma galinha e uma águia. Você vai se confrontar com duas dimensões fundamentais da existência humana. A dimensão do enraizamento, do cotidiano, do prosaico, do limitado: o símbolo da galinha. A dimensão da abertura, do desejo, do poético, do ilimitado: o símbolo da águia. Como equilibrar estes dois pólos? Como impedir que a cultura da homogeneização afogue a águia dentro de nós e nos tolha voar?

Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.

Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.

A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interpretação.

Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita.

Com estes pressupostos vamos contar a história de uma águia, criada como galinha. Essa história será lida e compreendida como uma metáfora da condição humana. Cada um lerá e relerá conforme forem seus olhos. Compreenderá e interpretará conforme for o chão que seus pés pisam.

Então, leia a Fábula da Águia e da Galinha e reflita.

Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século, quando se davam os embates pela descolonização. Oxalá nos faça pensar sempre a respeito.

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.

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Depois de cinco anos, este homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:

– Esse pássaro aí não é galinha. É uma águia.

– De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.

– Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.

– Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.

Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:

– Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!

A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.

O camponês comentou:

– Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

– Não – tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!

Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.

O camponês sorriu e voltou à carga:

– Eu lhe havia dito, ela virou galinha!

– Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.

No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.

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O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:

– Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe !

A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.

Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... voou... até confundir-se com o azul do firmamento... "

E Aggrey terminou conclamando:

– Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

Cada um hospeda dentro de si uma águia. Sente-se portador de um projeto infinito. Quer romper os limites apertados de seu arranjo existencial. Há movimentos na política, na educação e no processo de mundialização que pretendem reduzir-nos a simples galinhas, confinadas aos limites do terreiro. Como vamos dar asas à águia, ganhar altura, integrar também a galinha e sermos heróis de nossa própria saga?

Esperamos que para você a águia e a galinha se transformem também em símbolos e sacramentos da busca humana por integração e por equilíbrio dinâmico.

Desejamos que a águia sepultada desperte e voe, ganhando altura e ampliando os horizontes de sua releitura e compreensão de você mesmo e do mundo.

Extraído do livro A Águia e a Galinha, de Leonardo Boff.

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Antonio Augusto Alves Mateus Filho Assessor II da E/SUBE

Danielle de Almeida González Grifo de Sousa

Gerente de Avaliação

Selma Regina Alves Kronemberger Eliane Cristina Arnosti Santos Pellegrino

Assistentes

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Cátia Valéria Fernandes da Silva Letícia Maria de Souza Côrtes

Priscila Matos Resinentti Rachel Vilas Boas de Souza de Siqueira

Equipe

Rio de Janeiro Julho/2017

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SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO

GERÊNCIA DE AVALIAÇÃO