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Avaliação Psicológica e DOR
Dirce Maria Navas Perissinotti
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM FISIOPATOLOGIA E TERAPÊUTICA DA DOR - 2016
Instauração do Processo
DOR AGUDA DOR CRÔNICA
Estágio 1 - Angústia psicológica inicial
Estágio 2 - Desenvolvimento ou Exacerbação problemas psicológicos
Estágio 3 - Incorporação e consolidação do comportamento de doente
Comportamento Doloroso
Sofrimento
Dor
Nocicepção
Modelo Multidimensional de Dor
Adaptado de Loeser JD. In: Bonica’s Management of Pain. Philadelphia; Lippincott Williams & Wilkins: 2001.
O que é o psicológico
Reação Humana comportamento
Níveis de expressão
PROCESSO EMOCIONAL
expressão dinâmica
correlação psíquico / somático
Dor e Sofrimento são fenomenos distintos
• Diferentes regiões do cérebro são metabolicamente ativadas para cada um deles
• SOFRIMENTO OCORRE QUANDO A INTEGRIDADE FÍSICA E/OU PSICOLÓGICA É
AMEAÇADA (Cassel E., 1992)
AVALIAÇÃO DA DOR Observações comportamentais Verbos presente indicativo para
perguntas: onde, freqüência, duração, nexo de causalidade, intensidade, periodicidade, qualidade
Não requer conhecimento significado pessoal
AVALIAÇÃO DO SOFRIMENTO
Requer narrativa paciente Paciente deve ser conhecido
integralmente Relevância cultural
Loeser JD. Oct, 2014 - 4th International Multidisciplinary Congress on Pain
PsíquicoSomato
SensaçãoPercepção
AtençãoMemória
Ação
Dor comportamento estado-dependente
Processo corpo-mente
• “maçante, forte, latejante contínua dor ao redor da minha boca” (sensorial-discriminativa)
• Ameaça-me (afetivo-motivacional), porque eu não tenho controle (cognitivo-avaliativa)
• Para piorar, “afasta-me dos amigos e família (dimensão social)"
• Enquanto a dimensão sensorial-discriminativa reflete a origem fisiológica, as dimensões sociais, afetivo-motivacional e cognitivo-avaliativa abrangem os aspectos psicossociais da dor crônica
Tempo da lesão -> comoção - > reação
Tipos
• Dores origem lesão clara e concretamente sofrida pelo corpo
• Embora se manifestem em alguma parte específica do corpo, resultam de alguma desordem psíquica
• Dores que surgem no psiquismo e afetam somente o psiquismo
3 Fasescomeça com uma ruptura (ou lesão), que desencadeia uma comoção psíquica, e culmina com uma reação defensiva do eu para rechaçar a comoção.
A cada uma dessas fases corresponderá uma dor específica:
• a dor da lesão, a dor da comoção e a dor da reação, respectivamente. É a composição destas três dores que produzirá no sujeito a dor que ele sentirá.
3 Fases
• ruptura (pode ser a lesão ou angústia ou eventos paralelos ao acometimento),
• desencadeia uma comoção psíquica, e
• culmina com uma reação defensiva do eu para rechaçar (amenizar ou excluir) a comoção
Dor é dor!• A dor – física ou psíquica,
tanto faz –, é sempre um fenômeno de limite entre o corpo e a psique, entre o eu e o outro ou, ainda, entre um funcionamento regulado do psiquismo e sua desregulação.
• Do ponto de vista psicanalítico não existe diferença entre dor física e dor psíquica, ou, mais exatamente, entre a emoção dolorosa e a dor psíquica propriamente dita.
• Dores corporais dois aspectos fundamentais:
• Sensação dolorosa mecanismos neurofisiológicos e neuroquímicos
• Emoção, refere-se à maneira de viver a dor que já é dor, uma grande desconhecida
• Geram um afeto doloroso
(Nasio JD, 2008)
Interpretação da realidade
Conteúdo Mnêmico + Interpretação Subjetiva + Situação atual + Condições Sensitivas + Condições Cognitivas} =
Realidade objetiva + subjetiva = Realidade psíquica
Mente• Não é um lugar • Não é um órgão• Método de trabalho • Diferente do INCONSCIENTE freudiano• Resultado de memórias e fatores ambientais
que “trabalham conjuntamente” • Resultados de movimento evolutivo do
crescimento e e adaptação• LIDA COM INFORMAÇÕES SEM TOMAR ATITUDES
DELIBERADAS
• Relação entre como o cérebro afeta o corpo e como o corpo afeta o cérebro
(Del Nero, 2001)
Ao se cronificar a dor induz a
desintegração dos sistemas
PERCEPÇÃO DA DOR: CÉREBRO É ÚLTIMA “PARADA”
MEMÓRIA
ATTENÇÃO
NOCICEPÇÃO
ESTÍMULO/ANSIEDADE
CONTROLE
(Holmes, 2010)
Condições que abrem o “portão”• Condições Físicas
– Extensão da lesão
– Nível de atividade inadequada
• Condições emocionais– Ansiedade ou preocupação
– Tensão
– Depressão
• Condições mentais– Com foco na dor
– Tédio
(Sarafino EP. Health Psychology, Biopsychosocical Interactions, Third Edition. John Wiley & Sons, Inc. New York: 1998)
Condições que fecham o “portão”
• Condição Física
– Medicações
– Alívio da hiperexcitação (ex., taquicardia, massagem)
• Condição Emocionais
– Enfrentamento positivo
– Relaxamento
• Condição mental
– Concentração ou distração
– Envolvemento e interesse por atividades de vida
(Sarafino EP. Health Psychology, Biopsychosocical Interactions, Third Edition. John Wiley & Sons, Inc. New York: 1998)
4 tipos de comportamentodoloroso
• Facial/audível expressão de aflição
• Locomoção distorcida ou postura
• Afeto negativo
• Esquiva da atividade*
*Esquiva de situações imaginadas como aversivas ou que seria
incapaz de enfrentar e não factuais
(Sarafino EP. Health Psychology, Biopsychosocical Interactions, Third Edition. John Wiley & Sons, Inc. New York: 1998)
É pra já
Mr. Mind, estouprecisando de você
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Espera um pouco, agora tô ocupado. Estou consertando estas conexões. Estão me dando muito trabalho!!!!
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DomínioFísico
DomínioEmocional
SON
e4
.59
VIT
e3
.56
MOB
e2
.59
AVD
e1
.53
MEDO
e7
.43
ANS
e6
.77
DEP
e5
.85
.68
Note: AVD = Atividades de Vida Diária; MOB = Mobilidade;VIT=Vitalidade; SON = Sono
DEP = Depressão ANS = Ansiedade
(Modelo de Young, 2003)
Diagnóstico Psicológico
• Códigos: médico e psicológico
“Diagnóstico sozinho não prediz as necessidades de serviços, duração da hospitalização, nível de cuidados ou dos resultados” (WHO)
• Psicopatologia Incapacidade, déficits funcionais
• níveis de funcionamento do corpo, aspectos psicofisiológicos, psicosociais e pessoais
• International Classification of Functioning andDisability - ICIDH-2
Diagnósticos Psicológicos1 - Condições Estruturais relacionadas à(s)
1.1 - Funções/processos mentais:
1.2 - Formação e dinâmica de personalidade
1.3 - Estruturais relacionadas à dinâmica familiar
1.4 - Estruturais motoras e sensitivas
2 – Condições co-mórbidas relacionadas ao(s)
2.1 – Estado reativo
2.2 – Fragilidade egóica
2.3 – Problemas relativos à adesão aos tratamentos (atuais e anteriores)
3 - Condições concorrentes relacionadas ao(s)
3.1 – Aspectos sociais, familiares e psicossociais, incluídos os profissionais e legais
3.2 – Quadros psicopatológicos
3.4 – Outros (Perissinotti, 2001)
Papel de doente (“sick-role”)
Ser doente é
• estar temporariamente dispensado do papel normal
• não ser responsável pela doença
MAS
• querer melhorar a sua situação
• colaborar com a ajuda tecnicamente competente
Comportamento adequado face à doença
1. monitorização do próprio corpo
2. definição e interpretação dos sintomas
3. resposta a mudanças nos sintomas no curso de uma doença
4. tomada de decisões terapêuticas
5. utilização de fontes de ajuda informais ou do sistema de
cuidados de saúde
6. adesão e resposta ao tratamento
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
1.
sempre
2.
3.
Usar métodos de auto-relato e observações
comportamentais Inventários breves de dor
Questionário de Dor McGill
Observação comportamental
Avaliação Psicológica
EVA
Avaliar a dependência do
ambiente psicossocial WHY(MPI) Outras
avaliações psicológicas
Avaliação da capacidade funcional
Perfil do impacto da doença
Diário de Dor
Avaliar padrões psicocomportamentais em
diferentes dimensões ao longo do tempo
Psicodiagnóstico(Perissinotti DMN, 2003)
Usar métodos de auto-relato e observações comportamentais
Inventários breves de dor
Observação comportamental
Psicodiagnóstico
Avaliar a dependência do
ambiente psicossocial
Outras avaliações
psicológicas
Avaliação da capacidade
psicofuncional
Perfil do impacto da doença
Avaliar padrões psicocomportamentais em
diferentes dimensões ao longo do tempo
(Perissinotti DMN, 2003)
++
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