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2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO IN-SITU IN-SITU DA ADERÊNCIA DA ADERÊNCIA DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO DE MATERIAIS DE REVESTIMENTO Inês Flores-Colen Inês Flores-Colen (I.S.T) (I.S.T) Jorge de Brito Jorge de Brito (I.S.T) (I.S.T) Fernando A. Branco Fernando A. Branco (I.S.T.) (I.S.T.)

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2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO

AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO IN-SITUIN-SITU DA ADERÊNCIA DA ADERÊNCIA DE MATERIAIS DE REVESTIMENTODE MATERIAIS DE REVESTIMENTO

Inês Flores-Colen Inês Flores-Colen (I.S.T)(I.S.T)Jorge de Brito Jorge de Brito (I.S.T)(I.S.T)

Fernando A. Branco Fernando A. Branco (I.S.T.)(I.S.T.)

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO

• Introdução

• Ensaio de arrancamento pull-off

• Estudo de casos

• Resultados obtidos

• Conclusões

Índice e objectivoÍndice e objectivo

Objectivo:Objectivo: avaliar a adequabilidade do ensaio avaliar a adequabilidade do ensaio pull-off pull-off numa avaliação numa avaliação in-situin-situ

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO

Os revestimentos devem garantir adequados Os revestimentos devem garantir adequados valores de aderência valores de aderência durante o seu tempo de vida útildurante o seu tempo de vida útil, evitando situações de , evitando situações de descolamento e desprendimentos. descolamento e desprendimentos.

Técnicas de avaliação Técnicas de avaliação in-situin-situ:: percussão de um martelo no percussão de um martelo no paramento (avaliação qualitativa); ensaio de paramento (avaliação qualitativa); ensaio de pull-offpull-off (avaliação (avaliação quantitativa); ultra-sons e registo do som com sonómetros em quantitativa); ultra-sons e registo do som com sonómetros em conjugado com a termografia (em investigação por outros autores).conjugado com a termografia (em investigação por outros autores).

Avaliação Avaliação in-situin-situ da aderência da aderência1. Introdução1. Introdução

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO

2. Ensaio de arrancamento 2. Ensaio de arrancamento pull-offpull-off

44

avaliar a capacidade de aderência ao suporte através da avaliar a capacidade de aderência ao suporte através da determinação da resistência ao arrancamento (N/mmdeterminação da resistência ao arrancamento (N/mm22).).

Objectivo:Objectivo:

Principais vantagens:Principais vantagens: equipamento com custo médio, de fácil manuseamento; fácil equipamento com custo médio, de fácil manuseamento; fácil interpretação dos resultados; não necessita de energia interpretação dos resultados; não necessita de energia in-situin-situ; ; permite a comparação dos resultados com valores de normas.permite a comparação dos resultados com valores de normas.

Algumas desvantagens:Algumas desvantagens: realização faseada (preparação, ensaio, reparação), com uma realização faseada (preparação, ensaio, reparação), com uma duração mínima de 1 a 2 dias; técnica destrutiva que necessita duração mínima de 1 a 2 dias; técnica destrutiva que necessita de trabalhos de reparação; dependente dos meios de acesso de trabalhos de reparação; dependente dos meios de acesso aos locais de ensaio.aos locais de ensaio.

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO 55

Normas e fichas técnicas: Normas e fichas técnicas: Ficha LNEC FE Pa36 - revestimentos de parede;Ficha LNEC FE Pa36 - revestimentos de parede;

Norma EN 10115-12 - argamassas de revestimento;Norma EN 10115-12 - argamassas de revestimento;Norma EN 1348 - cimentos-cola;Norma EN 1348 - cimentos-cola;

MDT.D.3. do RILEM - adaptação MDT.D.3. do RILEM - adaptação in-situ in-situ para argamassas;para argamassas;MR.21 do RILEM - tijolos, argamassas e tijolos.MR.21 do RILEM - tijolos, argamassas e tijolos.

Metodologia adoptada para o ensaio:Metodologia adoptada para o ensaio:

11 22

2. Ensaio de arrancamento 2. Ensaio de arrancamento pull-offpull-off

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO

2. Ensaio de arrancamento 2. Ensaio de arrancamento pull-offpull-off

66

33 44 55

66 77 88

99 1010 1111

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO 77

3. Estudo de casos3. Estudo de casos

aduelassuporte de betão--tintaH

fachadas exteriores

suportes de alvenaria--membrana elástica / argamassa impermeabilizante

G

lajes de betão armado em tectos

suporte de betãopoucos meses

-estuque projectado aplicado directamente em betão

F

fachadas exteriores

cimento-cola / alvenaria de tijolo

5 - 6 anos9000 m2

azulejos cerâmicos com 15 x 15 cm2 e espessura de 5 mm

E

fachadas exteriores

suporte em betão e em alvenaria de tijolo

1.5 anos-reboco colorido monocamada

D

paredes interiores

suporte de betão3 meses1864 m2

rebocos cimentícios tradicionais

C

fachadas exteriores

cimento-cola / reboco / alvenaria de tijolo e de betão

5 - 6 anos700 m2

ladrilhos cerâmicos com 22.5 x 8 cm2 e espessura de 10 mm

B

fachadas exteriores

cimento-cola / reboco / alvenaria de tijolo e de betão

5 -6 anos7500 m2

azulejos cerâmicos com 40 x 40 cm2 e espessura de 7 mm

ALocalizaçãoFixação / suporteIdade Área Tipo de revestimento

Rev

estim

ento

s ins

pecc

iona

dos

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO 88

3. Estudo de casos3. Estudo de casos

visualn.a.aduelascontrolo da qualidadeHvisualn.a.fachadascontrolo da qualidadeGvisualn.a.tectos interiorescontrolo da qualidadeF

visual e por percussão

médiafachadas com destaque nos cantos de vãos, na zona corrente e de transição entre lajes e paredes de alvenaria

descolamentos com queda de elementos

E

visual e por percussão

elevadanas fachadaspulverulênciaD

visual e por percussão

30% da área revestida

paredes interioresdescolamentos e desprendimentos

C

visual e por percussão

médiafachadas, em especial nas vergas de portas e janelas, e muros circundantes

descolamentos com queda de elementos

B

visual e por percussão

elevadafachadas, em especial nas zonas curvas, ao nível dos pisos e em suportes de betão

descolamentos com queda de elementos

A

Tipos de observação

Extensão das anomalias

LocalizaçãoCausas dos ensaiosCasoD

egra

daçã

o e

cont

rolo

da

qual

idad

e

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO 99

3. Estudo de casos (ensaios)3. Estudo de casos (ensaios)

zonas laterais, superiores e de toposecção circular, 5 x 5 cm211Hfachadas viradas a Poente e a Norte secção circular, 5 x 5 cm210Gtrês salas nos tectos do 1º pisosecção quadrada, 5 x 5 cm26Ffachadas a Este, Sul, e Oestesecção quadrada, 5 x 5 cm26E

fachadas a Norte, a Sul e a Nascentesecções quadradas, 5 x 5 cm2 e 10x10 cm2

16Dparedes do piso 0, -1, -2secção quadrada, 5 x 5 cm25C

fachadas (zonas correntes, platibanda de betão, verga de janela), muro de entrada

secção quadrada, 5 x 5 cm28B

fachadas Norte, Sul, Poente e Nascente, superfícies verticais e horizontais (vergas das janelas)

secção quadrada, 5 x 5 cm29A

Localização geral dos ensaiosTipo de pastilhas utilizadoNº de ensaios válidos

Caso

AFf u

u =quadradas

circularesaparelhou A

Aff =

Fórmulas de cálculo Fórmulas de cálculo da tensão para dois da tensão para dois equipamentosequipamentos

Sínt

ese

dos e

nsai

os r

ealiz

ados

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO 1010

4. Resultados obtidos4. Resultados obtidosResultados dos ensaios de arrancamento de pull-off

00.5

11.5

22.5

33.5

44.5

5

A B C D E F G H

Casos estudados

Ade

rênc

ia (M

Pa)

Diferentes tipologias de roturaDiferentes tipologias de rotura (adesivas nas interfaces e coesivas (adesivas nas interfaces e coesivas nos elementos constituintes do sistema de revestimento) (Tabela 6)nos elementos constituintes do sistema de revestimento) (Tabela 6)

Dia

gram

a box-plot

Tipologias de rotura

Elevada dispersão dos resultadosElevada dispersão dos resultados

Valores mínimos de referência:Valores mínimos de referência: 0.3 MPa (sistemas de ladrilhos / 0.3 MPa (sistemas de ladrilhos / azulejos cerâmicos); 0.3 MPa ou rotura coesiva (rebocos); 0.5 MPa azulejos cerâmicos); 0.3 MPa ou rotura coesiva (rebocos); 0.5 MPa (estuques); 0.3 MPa (pintura / argamassa impermeabilizante).(estuques); 0.3 MPa (pintura / argamassa impermeabilizante).

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO 1111

5. Conclusões5. Conclusões• Na maioria dos casos, a Na maioria dos casos, a análise ao nível do valor médioanálise ao nível do valor médio das das

tensões (e sua comparação com valores de referência) tensões (e sua comparação com valores de referência) não foi não foi suficientesuficiente para o diagnóstico do comportamento global do para o diagnóstico do comportamento global do sistema de revestimento;sistema de revestimento;

• A A avaliação da tipologia de roturaavaliação da tipologia de rotura (e incidência em cada caso), (e incidência em cada caso), conjugada com os valores das tensões, permitiu conjugada com os valores das tensões, permitiu aprofundar o aprofundar o conhecimentoconhecimento das causas de degradação ou deficiente das causas de degradação ou deficiente qualidade. qualidade. Exemplos de erros execuçãoExemplos de erros execução::• roturas adesivas na interface cimento-cola e rebocoroturas adesivas na interface cimento-cola e reboco - -

secagem excessiva e prematura do reboco utilizado como secagem excessiva e prematura do reboco utilizado como suporte do sistema cerâmico;suporte do sistema cerâmico;

• rotura coesiva no cimento-colarotura coesiva no cimento-cola - espessuras excessivas de - espessuras excessivas de cimento-cola e a não humidificação dos ladrilhos antes da cimento-cola e a não humidificação dos ladrilhos antes da sua colocação;sua colocação;

• roturas adesivas na interface ladrilho e cimento-colaroturas adesivas na interface ladrilho e cimento-cola -deficiente aperto dos ladrilhos após passagem da talocha. -deficiente aperto dos ladrilhos após passagem da talocha.

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO 1212

5. Conclusões5. Conclusões

3.3. A A observação do suporte nos locais ensaiadosobservação do suporte nos locais ensaiados permitiu recolher permitiu recolher informações relevantes. informações relevantes. Exemplos:Exemplos:• utilização de espessuras diferentes de cimento-cola;utilização de espessuras diferentes de cimento-cola;• deficiente embebimento da malha de vidro na argamassa deficiente embebimento da malha de vidro na argamassa

(zonas de ligação entre caixas de estores e parede corrente);(zonas de ligação entre caixas de estores e parede corrente);4.4. A A observação das amostras após ensaiosobservação das amostras após ensaios de arrancamento de arrancamento

permitiu justificar muitos dos valores mínimos de tensão permitiu justificar muitos dos valores mínimos de tensão (valores extremos) encontrados. (valores extremos) encontrados. Exemplos:Exemplos:• zonas de vergas de janelas em que foi utilizada argamassa zonas de vergas de janelas em que foi utilizada argamassa

de enchimento;de enchimento;• zonas em que o suporte de betão foi reparado (juntas entre zonas em que o suporte de betão foi reparado (juntas entre

painéis)painéis)..

Técnica de “sondagem”

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO 1313

5. Conclusões5. Conclusões

5.5. A A análise do projecto e a recolha de testemunhosanálise do projecto e a recolha de testemunhos no local foram no local foram relevantes para completar a análise dos fenómenos de relevantes para completar a análise dos fenómenos de degradação. degradação. ExemplosExemplos de erros: de erros:• utilização de material não flexível nas juntas, ausência de utilização de material não flexível nas juntas, ausência de

juntas de fraccionamento em sistemas cerâmicos;juntas de fraccionamento em sistemas cerâmicos;6.6. Os Os ensaiosensaios realizados foram realizados foram conclusivosconclusivos nos casos destinados nos casos destinados

a a controlo da qualidadecontrolo da qualidade. . Exemplos:Exemplos:• a lavagem e limpeza do betão das lajes dos tectos , sem a lavagem e limpeza do betão das lajes dos tectos , sem

aplicação do chapisco, não afectou a aderência dos aplicação do chapisco, não afectou a aderência dos estuques;estuques;

• a aderência da pintura à argamassa impermeabilizante a aderência da pintura à argamassa impermeabilizante apresentou valores satisfatórios; apresentou valores satisfatórios;

7.7. A A escolha do número de ensaios e a sua localização é muito escolha do número de ensaios e a sua localização é muito importanteimportante para a análise. O n.º de ensaios válidos, entre para a análise. O n.º de ensaios válidos, entre 5 a 105 a 10, , revelou-se suficienterevelou-se suficiente na maioria dos casos. na maioria dos casos.

2º CONGRESSO NACIONAL DE ARGAMASSAS DE CONSTRUÇÃO

AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO IN-SITUIN-SITU DA ADERÊNCIA DA ADERÊNCIA DE MATERIAIS DE REVESTIMENTODE MATERIAIS DE REVESTIMENTO

Inês Flores-Colen Inês Flores-Colen (I.S.T)(I.S.T)Jorge de Brito Jorge de Brito (I.S.T)(I.S.T)

Fernando A. Branco Fernando A. Branco (I.S.T.)(I.S.T.)