avaliação do domínio b

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“Práticas e Modelos de Auto-Avaliação da BE” – DREN 3 Tarefa da 4.ªSessão Elaboração de um Plano de Avaliação de um domínio/subdomínio 1.Objecto da avaliação Domínio seleccionado para avaliação: B.Leitura e Literacia Indicador de Processo seleccionado para avaliação: B1.Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento Indicador de Impacto seleccionado para avaliação: B3. Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia 2.Reflexão sobre alguns pressupostos inerentes à avaliação deste domínio e respectivos sub-domínios A biblioteca escolar tem tentado implementar um programa de leitura e literacia, nos últimos dois anos, englobando todos os níveis de ensino do Agrupamento, na perspectiva de colmatar as falhas detectadas, neste âmbito, na maioria dos alunos oriundos das diversas localidades que o Agrupamento abarca. É de salientar que uma das áreas prioritárias de intervenção delineadas no P.E. e P.C.A. é precisamente a área da leitura. Por esta razão, torna-se pertinente “avaliar se o nível de compreensão leitora melhorou depois de desenvolver um programa particular de intervenção da biblioteca na área da formação de leitores.” (Metodologias de Operacionalização, 2009:4) A equipa de professores da biblioteca escolar está consciente da importância de “ (…) avaliar a sua acção em determinados aspectos e os resultados obtidos com esse trabalho, de acordo com os objectivos previamente definidos, tendo porventura em consideração o referencial (Indicadores e Factores críticos de sucesso) à luz dos quais esses objectivos poderão já ter sido estabelecidos, partindo do princípio que os orientam uma ideia geral de melhoria e desenvolvimento de boas práticas.” (Metodologias de Operacionalização, 2009:4)

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Planificação de uma avaliação ao Domínio B-leitura e Literacia e aos subdomínos B1 e B3.

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Page 1: Avaliação do Domínio B

“Práticas e Modelos de Auto-Avaliação da BE” – DREN 3 Tarefa da 4.ªSessão

Elaboração de um Plano de Avaliação de um domínio/subdomínio

1.Objecto da avaliação Domínio seleccionado para avaliação: B.Leitura e Literacia

Indicador de Processo seleccionado para avaliação:

B1.Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento Indicador de Impacto seleccionado para avaliação:

B3. Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no

âmbito da leitura e da literacia

2.Reflexão sobre alguns pressupostos inerentes à avaliação deste domínio e respectivos sub-domínios

A biblioteca escolar tem tentado implementar um programa de leitura e literacia, nos últimos

dois anos, englobando todos os níveis de ensino do Agrupamento, na perspectiva de colmatar

as falhas detectadas, neste âmbito, na maioria dos alunos oriundos das diversas localidades

que o Agrupamento abarca. É de salientar que uma das áreas prioritárias de intervenção

delineadas no P.E. e P.C.A. é precisamente a área da leitura. Por esta razão, torna-se

pertinente “avaliar se o nível de compreensão leitora melhorou depois de desenvolver um

programa particular de intervenção da biblioteca na área da formação de leitores.”

(Metodologias de Operacionalização, 2009:4)

A equipa de professores da biblioteca escolar está consciente da importância de “ (…) avaliar

a sua acção em determinados aspectos e os resultados obtidos com esse trabalho, de acordo

com os objectivos previamente definidos, tendo porventura em consideração o referencial

(Indicadores e Factores críticos de sucesso) à luz dos quais esses objectivos poderão já ter

sido estabelecidos, partindo do princípio que os orientam uma ideia geral de melhoria e

desenvolvimento de boas práticas.” (Metodologias de Operacionalização, 2009:4)

Page 2: Avaliação do Domínio B

Tem, também, consciência de que para se proceder a uma avaliação dos impactos da BE é

fulcral: “clarificar adequadamente os objectivos da BE”; “esclarecer os objectivos de

aprendizagem dos alunos em relação com a biblioteca”; “estabelecer os Indicadores

adequados para essas aprendizagens.” (Metodologias de Operacionalização, 2009:5-6)

Assim, dada a complexidade de qualquer processo de avaliação, todas as acções

empreendidas neste sentido devem ser previamente planeadas e discutidas no seio da

comunidade educativa em que a BE actua.

À BE cabe a função primordial de colaborar com os professores na sedimentação de práticas

de leitura. Apesar de termos presente que a escola é considerada como um contexto natural

de formação de leitores e de desenvolvimento do gosto pela leitura, não nos podemos

esquecer que as práticas de leitura são uma acção que não se esgota durante o percurso

escolar dos jovens. É, na verdade, uma acção que se pratica pela vida fora, com finalidades

diversas e em contextos diversos. É inegável o valor da leitura na sociedade actual, como o é

também o surgimento de novos hábitos e novas atitudes de leitura aliadas às novas

tecnologias. Ensinando os jovens a ler, a escola desenvolverá a capacidade de compreensão e

o gosto de ler, tão necessários no futuro confronto com textos escritos de índole diversa e ao

pleno exercício da cidadania. Pela leitura é possibilitada aos jovens a compreensão da

realidade que os circunda e a construção do seu próprio pensamento, determinante no

desenvolvimento pessoal e social. A construção do Leitor Competente é inerente à criação de

hábitos de leitura, à interacção com textos escritos diversificados de forma crítica, autónoma

e reflectida. Sabemos, ainda, que a leitura não concorre apenas para a integração social de

cada jovem, ela é, antes de mais, um factor determinante do sucesso escolar.

3.Evidências a recolher

Acções desenvolvidas:

*Plano Nacional de Leitura (Semana da Leitura, Concurso Nacional de Leitura);

*Projecto “Amigos da BE” (desenvolvimento de actividades de leitura em diversos suportes);

*Feira do Livro;

*Hora do Conto;

*Divulgação de: Top 5 dos leitores e Top 5 dos livros;

*Divulgação da opinião dos alunos sobre leituras realizadas;

Page 3: Avaliação do Domínio B

*Circulação de “Sacos de Leitura” na sala de aula (Língua Portuguesa, Estudo Acompanhado);

*Apoio à realização de “Biblioteca de Turma”;

*Circulação de “Baús de Leitura” pelas escolas do 1.ºCiclo e pelos J.I do Agrupamento;

*Realização de leitura animada aos alunos do J.I do Agrupamento (professores e alunos da escola sede);

*Projecto “Voluntariado de Leitura”;

*Escritor em visita à escola;

*Actividades de comemoração do Mês Internacional da Biblioteca Escolar;

*Leitura Presencial;

*Leitura Domiciliária;

*Aquisições de fundo documental, tendo em conta os projectos a desenvolver e o perfil de

leitores do Agrupamento;

*Levantamento das necessidades de cada Departamento Curricular, para a implementação de

práticas de leitura;

*Divulgação das aquisições em suportes vários.

4.Intervenientes no processo de auto-avaliação

4.1.Executores Realizam: recolha de evidências, tratamento da informação, análise da informação,

elaboração de relatório, elaboração de Plano de Acção, aprovação de relatório de avaliação,

aprovação de Plano de Acção.

*Professor Bibliotecário;

*Equipa da BE;

*Professores Colaboradores da BE;

*Elementos do Conselho Pedagógico.

4.1.Participantes

Participam nos instrumentos de recolha de informação: respondem a questionários,

preenchem grelhas de observação; facultam materiais relativos às actividades

Page 4: Avaliação do Domínio B

desenvolvidas; elaboram planificações de actividades; elaboram relatórios de

actividades; elaboram actas de reuniões de conselho de turma.

*Professores do Agrupamento;

*Alunos;

*Pais/Encarregados de Educação;

*Amigos Crítico/Coordenador Interconcelhio.

“O envolvimento e mobilização dos utilizadores (docentes, alunos, …), a quem é pedida

uma participação muito activa, é fundamental e tem a sua maior razão de ser no facto da

avaliação se centrar não apenas na própria biblioteca mas, sobretudo, nos seus utilizadores.

Boa parte das evidências requisitam a sua disponibilidade e empenho na resposta a

inquéritos, cedência de materiais, actividades de observação, etc., por isso a sua colaboração,

sobretudo a nível dos docentes, constitui um aspecto crítico para o sucesso desta avaliação.”

(Metodologias de Operacionalização, 2009:5)

“Finalmente, também os pais/encarregados de educação são chamados a participar na

avaliação da biblioteca, particularmente em certos aspectos, como por exemplo, os da leitura

e utilização da biblioteca pelos seus filhos/educandos.”

(Metodologias de Operacionalização, 2009:5)

“A implicação de outras entidades na avaliação também pode ser útil (…) desempenhando

o designado papel de “Critical Friend” ou “Devil’s Advocat” na análise e interpretação dos

resultados e elaboração de conclusões. A BM/SABE, os Grupos de Trabalho Concelhios ou

os Coordenadores Inter-concelhios da RBE podem porventura desempenhar este papel.”

(Metodologias de Operacionalização, 2009:5)

5.Metodologia de Trabalho

Após a apresentação do Modelo de Auto-Avaliação à comunidade escolar e pedido de

colaboração, de cedência de materiais para análise, realiza-se uma primeira reunião entre

professor-bibliotecário e equipa da BE, com a finalidade de se constituir um grupo de

trabalho responsável pela implementação da auto-avaliação da BE. No decorrer do processo,

realizar-se-ão diversas reuniões de grupo de trabalho para aferir resultados dos

procedimentos.

Page 5: Avaliação do Domínio B

Na primeira reunião, procede-se a uma distribuição de tarefas, dando-se a conhecer a

metodologia de trabalho. Optou-se por dividir a realização das actividades de avaliação em

diversos momentos, conforme o plano que se segue.

1.ºMomento 1.ºPeríodo (Novembro/Dezembro 2009) ► Definição do perfil dos utilizadores da BE (Escola Sede e Escolas do 1.ºCiclo e JI do

Agrupamento).

A definição deste perfil vai basear-se na oferta educativa do Agrupamento. Esta oferta

engloba: Jardim-de-Infância, 1.ºCiclo, 2.ºCiclo, 3.ºCiclo, CEF’s, Ensino Secundário Regular,

Ensino Secundário Profissional, EFA’s, CNO.

Verificar o número de alunos e turmas em cada nível de ensino, bem como o número de

professores integrados na Escola/ Agrupamento.

► Definição da amostra da população, para aplicação dos questionários e grelhas de

observação.

“Em termos de quantidade, sugere-se uma aplicação dos instrumentos a 20%/30% do número

total de professores e 10% do número de alunos em cada nível de escolaridade, de modo a

obter amostras representativas.” (Metodologias de Operacionalização, 2009:9)

► Definição das turmas e sujeitos a ser observados no âmbito de actividades de leitura.

2.ºMomento 1.ºPeríodo (Novembro/Dezembro 2009) ► Preparação de instrumentos de recolha de informação, adequando-os, se necessário ao

contexto educativo em análise: questionários; grelhas de observação; folhas de tratamento

estatístico de dados; folhas de recolha de informações contidas em diversos documentos (PE,

P.A.A, PCT’s, Planificações de Projectos, Actas, Relatórios, documentos em suporte digital).

Para que leitura de cada actividade desenvolvida seja realizada de forma eficaz, dever-se-á

escolher instrumentos específicos e adequados a essa tarefa, obtendo-se resultados em termos

quantitativos e qualitativos.

“A avaliação da BE deve apoiar-se em evidências, cuja leitura nos mostra os aspectos

positivos que devemos realçar e fazer sobressair comunicando os resultados, ou aspectos

menos positivos que nos podem obrigar a repensar formas de gestão e maneiras de

funcionamento. Essas evidências incidem, entre outros aspectos, sobre as condições de

funcionamento da BE, os serviços que a BE presta à escola/agrupamento, a utilização que é

Page 6: Avaliação do Domínio B

feita da BE pelos seus vários utilizadores e os impactos no ensino e na aprendizagem.”

(Modelo de Auto-Avaliação, 2009:3)

3.ºMomento 2.ºPeríodo (Janeiro a Março 2010)

► Recolha de Evidências (1.ª fase):

a) Aplicação do questionário aos alunos e professores incluídos na amostra;

b) Aplicação da grelha de observação de observação aos professores incluídos na amostra;

c) Aplicação de grelhas de observação ao contexto da BE (leitura informal, leitura formal,

etc.) e aos diversos contextos em que se desenrolam actividades no âmbito do domínio em

análise;

d) Leitura dos diversos documentos seleccionados para recolha de informação;

e) Levantamento de estatísticas de utilização dos serviços da BE.

► Recolha junto dos Coordenadores/Representantes de cada nível de ensino ou oferta

educativa uma síntese de interesses, no âmbito da leitura, manifestados pelos alunos e pelos

docentes.

4.ºMomento 2.º e 3.º Período (Março a Abril 2010)

► Tratamento da informação:

a) Leitura e tratamento da informação recolhida através dos questionários;

b) Leitura e tratamento da informação recolhida através das grelhas de observação;

c) Tratamento da informação recolhida através das grelhas de observação em contexto de BE

e em contextos de desenvolvimento de actividades de leitura/literacia;

d)Tratamento da informação recolhida pela leitura de diversos documentos.

5.ºMomento 2.º e 3.º Períodos (Março a Abril 2010)

► Análise da informação recolhida.

6.ºMomento 3.º Período (Maio 2010)

► Recolha de Evidências (2ª fase):

a) Aplicação do questionário aos alunos e professores incluídos na amostra;

b) Aplicação da grelha de observação de observação aos professores incluídos na amostra.

Page 7: Avaliação do Domínio B

7.ºMomento 3.º Período (Maio 2010)

► Tratamento da Informação recolhida na 2ª fase:

a) Leitura e tratamento da informação recolhida através dos questionários;

b) Leitura e tratamento da informação recolhida através das grelhas de observação.

8.ºMomento 3.º Período (Maio 2010)

► Análise da informação recolhida.

► Confronto de dados/informações:

a) Comparação dos dados recolhidos nas duas fases.

9.ºMomento 3.º Período (Maio/Junho 2010)

► Avaliação da BE /Relatório de Auto-avaliação:

a) Preenchimento da tabela matriz referente ao domínio e sub-domínios em análise do

Modelo de Auto-avaliação;

► Definição do perfil de desempenho da BE:

a) Articulação da avaliação realizada com o perfil de desempenho esperado pelas BE;

b) Definição do perfil alcançado pela BE, no domínio em avaliação.

“A avaliação realizada articula-se, em cada domínio/subdomínio, com os perfis de

desempenho que caracterizam o que se espera da BE, face à área analisada.”

(Modelo de Auto-Avaliação, 2009:3)

10.ºMomento 3.ºPeríodo (Maio/Junho 2010)

► Elaboração de relatório síntese:

a) Redacção do relatório síntese;

b) Apresentação do relatório ao Conselho Pedagógico;

c) Reflexão com os elementos do Conselho Pedagógico;

d) Reflexão com os elementos da equipa da BE e colaboradores da BE;

e) Incorporar o relatório síntese na auto-avaliação da escola/agrupamento.

Page 8: Avaliação do Domínio B

“ (…) a avaliação a realizar no final do ano deve necessariamente integrar a biblioteca

enquanto parte da política e estratégia global conduzida pela escola ao longo do ano e tomar

em conta os seus resultados no processo de planeamento do ano seguinte.”

(Metodologias de Operacionalização, 2009:3)

11.ºMomento 3.º Período (Junho/Julho 2010)

► Elaboração de um Plano de Desenvolvimento:

Após a constatação dos pontos fortes e os pontos fracos,

a) Definir o conjunto de acções, de acordo com orientações, para a melhoria da BE.

“ O Relatório Final de Avaliação da BE é o instrumento de descrição e análise dos resultados

da auto‐avaliação, de identificação do conjunto de acções a ter em conta no planeamento

futuro e de difusão desses resultados e acções junto dos órgãos de gestão e de decisão

pedagógica.” (Metodologias de Operacionalização, 2009:14)

“O Relatório deve integrar o Relatório Anual de Actividades da Escola/Agrupamento,

originar uma súmula a incorporar no Relatório de Auto‐Avaliação da Escola/Agrupamento,

sempre que esta tiver lugar, e orientar o Professor Bibliotecário na possível entrevista a

realizar pela Inspecção‐Geral de Educação no âmbito da avaliação externa.”

(Metodologias de Operacionalização, 2009:14)

6.Processo de Avaliação – síntese Salienta-se a necessidade de perceber que o processo de avaliação se estrutura em três momentos cruciais, envolvendo diversos intervenientes: Execução

Planeamento

Avaliação

Page 9: Avaliação do Domínio B

Bibliografia Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (2009). Modelo de Auto-Avaliação das

Bibliotecas Escolares.

RBE (2009). “O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I)”. McNamara, Carter. “Basic Guide to program Evaluation”, adaptado de Field Guide to Nonprofit Program Design, Marketing and Evaluation. http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor1585345 A Formanda: Fátima Fernandes