automóveis 16 12 2015

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AUTOMÓVEIS www.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 16 de dezembro de 2015, Ano XL, Nº 8891 Fundador/Diretor: Oscar Pires O DEBATE DIÁRIO DE MA CAÉ Kia vai lançar quatro carros no Brasil em 2016 e tentar recuperar vendas SEDAN "Não vamos fechar". A afirmação é do presidente da Kia Motors no Brasil. Montadora coreana tem nova fábrica no México e inicia nova fase no Brasil. PÁG.4 DIVULGAÇÃO PICAPE Fiat Toro é fotografada sem disfarces na fábrica de Pernambuco na versão Volcano Picape é flagrada na versão topo de linha. Fiat Toro Volcano tem motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos, câmbio automático de nove marchas e tração 4x4 PÁG. 3 Abram alas para o Renegade, o novo queridinho do Brasil Movimento gira o ano inteiro, mas na véspera das férias tem aumento na de- manda, em função das revi- sões preventivas. Entender do negócio é fundamental para quem quer investir no segmento. DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO: FIAT Viagens de fim de ano abrem boa temporada para oficinas mecânicas PÁG. 4 DIVULGAÇÃO À frente da Mecânica Grão Mogol, Gilmar Fadel diz que bom atendimento e serviço de qualidade são essenciais. Do contrário, empresário está fadado ao fracasso OFICINA MECÂNICA PÁG. 8

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Page 1: Automóveis 16 12 2015

AUTOMÓVEISwww.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 16 de dezembro de 2015, Ano XL, Nº 8891 Fundador/Diretor: Oscar Pires

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Kia vai lançar quatro carros no Brasil em 2016 e tentar recuperar vendas

SEDAN

"Não vamos fechar". A afirmação é do presidente da Kia Motors no Brasil. Montadora coreana tem nova fábrica no México e inicia nova fase no Brasil. PÁG.4

DIVULGAÇÃO

PICAPE

Fiat Toro é fotografada sem disfarces na fábrica de Pernambuco na versão VolcanoPicape é flagrada na versão topo de linha. Fiat Toro Volcano tem motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos, câmbio automático de nove marchas e tração 4x4 PÁG. 3

Abram alas para o Renegade, o novo queridinho do Brasil

Movimento gira o ano inteiro, mas na véspera das férias tem aumento na de-manda, em função das revi-sões preventivas. Entender do negócio é fundamental para quem quer investir no segmento.

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DIVULGAÇÃO: FIAT

Viagens de fim de ano abrem boa temporada para oficinas mecânicas

PÁG. 4

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À frente da Mecânica Grão Mogol, Gilmar Fadel diz que bom atendimento e serviço de qualidade são essenciais. Do contrário, empresário está fadado ao fracasso

OFICINA MECÂNICA

PÁG. 8

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

SEDÃ

SUV

JAC T5 chega em março de 2016 para competir com Duster e EcoSportSUV chinês terá preços entre R$ 59 mil e R$ 72 mil. JAC Motors T5 tem motor 1.5 16V JetFlex de 125/127 cv e câmbio manual de seis marchas

A JAC Motors confirmou para março de 2016 o lançamento do T5, SUV

compacto que vai disputar mercado com Ford EcoSport e Renault Duster. A marca chi-nesa também divulgou a faixa de preços da novidade: entre R$ 59 mil e R$ 72 mil.

O JAC T5 tem motor 1.5 16V VVT Jet Flex, capaz de render até 127 cavalos com etanol e 125 com gasolina. A primeira versão a ser lançada terá caixa manual de seis marchas. em Agosto de 2016, chega a opção automática, que será do tipo CVT (continuamente variá-vel), como o Honda HR-V.

O SUV tem 4,325 metros de comprimento e 2,56 m de distância entre-eixos. Tradi-ção entre os importados chi-neses, terá ampla lista de itens de série, como vidro elétrico nas quatro portas, ar-condi-cionado, luz diurna, direção hidráulica, faróis de neblina e rodas de liga-leve.

De acordo com a versão, o T5 poderá vir equipado tam-bém com controle eletrônico sde estabilidade (ESP), con-trole de partida em rampa (Hill Control), bancos revesti-dos em couro, sensor de esta-cionamento, ar-condicionado digital e kit multimídia com tela de 7", mirror link e câme-ra de ré.

DIVULGAÇÃO

A primeira versão a ser lançada terá caixa manual de seis marchas

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Se não pode combater rivais como o Toyota Corolla ou Honda Civic, a estratégia para 2016 é crescer pelo menos um pouco mais

Peugeot 408 reestilizado chega ao mercado a partir de R$ 75,9 milSedã está com dianteira atualizada, motor turbo THP flex e novo câmbio de seis marchas. Para atrair comprador, Peugeot oferece revisões grátis e desconto para clientes

Já está na rede de con-cessionárias o modelo 2016 do sedã médio Peu-

geot 408. O carro francês foi reestilizado e exibe a nova linguagem de estilo da mar-ca na dianteira, a exemplo do ‘irmão’ 308. Além disso, o motor THP agora é flex e há nova caixa automática de seis velocidades. Os preços partem dos R$ 75.990 com motor 2.0 e R$ 86.990 na versão THP.

A principal alteração está na dianteira. Os faróis de dupla parábola têm novo desenho, assim como a grade, onde é aplicado o símbolo do Leão, que emigrou da parte supe-rior do capô. As luzes diurnas de LED agora são horizontais, localizadas acima dos faróis de milha. Para-choques tam-bém foram redesenhados. Na lateral, novas rodas de liga-leve de 17”, comuns às duas versões. Na traseira, novos para-choques e desenho in-terno das lanternas.

O interior está segue como o mesmo visual da linha 2015. O volante não evoluiu e tem design similar ao original do 307. Para a versão reestilizada, o principal destaque interno está na central multimídia com tela touch de 7” e apli-ques com acabamento Black Piano. O equipamento agora possui espelhamento com ce-lulares através dos aplicativos

Mirror Link (para Android) e Apple Car Play (para iOs). Os bancos têm o mesmo desenho, mas receberam nova forração e tecidos para melhorar o con-forto.

O 408 também recebe o novo motor turbo THP Flex de 173 cavalos com etanol e torque máximo com 24,5 kgfm, já com 1.400 rpm. Esse propulsor já havia sido apli-cado no 2008 e 308. A Peu-geot também colocou uma a transmissão automática EAT6, que além de mudar o escalonamento das marchas agora possui os modos Sport e ECO. Esse último, pode re-duzir em até 7% o consumo de combustível, diz a marca.

O 408 Allure é equipado com o motor 2.0L 16V VVT Flex, capa de render até 151 (e)/143 (g) cavalos de potên-cia. O torque fica nos 22 kgfm a 4.000 rpm com etanol e 20 kgfm a 4.000 rpm no caso da gasolina. O câmbio também é automático de seis marchas, mas de uma geração anterior

ao do THP.O carro segue com a gran-

de lista de equipamentos de série, que inclui seis airbags (frontais, laterais e de corti-na), Isofix, controles eletrô-nicos de tração e estabilidade, ar-condicionado digital e ban-cos de couro, dentre outros.

Apesar dos predicados, o 408 responde por apenas

1,76% das vendas do segmen-to, utilizando o mês de outu-bro com exemplo, e está muito longe dos líderes. Se não pode combater rivais como o Toyo-ta Corolla ou Honda Civic, a estratégia para 2016 é crescer pelo menos um pouco mais. “Temos casos de até 6% de participação no Sul do Brasil, mas em estados do Nordeste

o 408 praticamente não apa-rece. Nossa expectativa é de chegar pelo menos em 2,5% no país”, comenta Sérgio Da-visco, gerente de produto da Peugeot.

Para tentar subir nas vendas e aumentar a participação, a mar-ca também quer reduzir um dos problemas do modelo, a desva-lorização. Para isso, a Peugeot

passa a oferecer o um plano de descontos para clientes. Caso o potencial comprador seja pro-prietário de um veículo Peuge-ot, vai ganhar um bônus de R$ 5 mil que pode ser utilizado em acessórios, desconto no valor de tabela ou para aumentar da avaliação do usado no negócio. Além disso, vai ganhar três re-visões grátis.

R$ 75.990PEUGEOT 408 Allure 2.0 BVA

R$ 86.990PEUGEOT 408 Griffe 1.6 THP

NÚMEROS

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), quarta-feira, 16 de dezembro de 2015 AUTOMÓVEIS 3DIVULGAÇÃO

Na traseira, é possível perceber a tampa com incomum abertura pelos lados

PICAPE

Fiat Toro é fotografada sem disfarces na fábrica de Pernambuco na versão VolcanoPicape é flagrada na versão topo de linha. Fiat Toro Volcano tem motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos, câmbio automático de nove marchas e tração 4x4

Mais fotos vazaram na internet com o pró-ximo lançamento da

Fiat, a picape Toro. Quatro imagens feitas dentro da fá-brica da marca em Pernam-buco revelam as linhas do modelo e identificam qual será a versão top de de linha do carro: Fiat Toro Volcano.

O veículo tem motor 2.0 turbodiesel e câmbio auto-mático de nove velocidades. A tração é integral permanen-te. É o mesmo powertrain do ‘primo’ Jeep Renegade, fa-bricado no mesmo local. Os detalhes técnicos são iden-tificados nos logotipos ‘AT9’ na tampa traseira e ‘4x4’ e

‘Diesel’ aplicados nas portas dianteiras.

Além da versão 2.0 diesel, a Fiat Toro terá uma versão de entrada com o velho conheci-do 1.8 E.torQ. Segundo o site Autos Segredos, a potência deste vai pular dos 132cv pa-ra 138 cavalos, além de melho-rias no torque, que vai chegar aos 20kgfm.

Na traseira, é possível per-ceber a tampa com incomum abertura pelos lados. O veícu-lo já tem comprimento con-firmado: 4,915m e capacida-de de carga de 1 tonelada. As imagens foram postadas na comunidade Jeep Renegade, no Facebook.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

VENDAS

Kia vai lançar quatro carros no Brasil em 2016 e tentar recuperar vendas"Não vamos fechar". A afirmação é do presidente da Kia Motors no Brasil. Montadora coreana tem nova fábrica no México e inicia nova fase no Brasil

"Não vamos fechar". A afirmação é do presi-dente da Kia Motors

no Brasil, José Luiz Gandini. Depois de um ano difícil para as importadoras de automó-veis, a montadora tem espe-ranças na nova planta do Mé-xico para melhorar as vendas no Brasil. A marca foi uma das mais afetadas pelo Inovar Au-to, regime automotivo adotado desde 2013, que limita a cota de importação sem o IPI ele-vado. Mesmo assim, 2016 será o início de uma nova fase para a Kia, com agenda de quatro importantes lançamentos. A grande novidade é o Rio, o mo-delo mais vendido da marca no mundo.

O hatch será lançado em ju-lho antecipadamente, trazido da Coreia do Sul, durante os Jogos Olímpicos do Rio, em três versões – hatch de duas portas, de cinco portas e o se-dã. Só no último bimestre de 2016 que virá do México. Não há confirmação de detalhes como motorização e versões, mas a aposta é no motor o 1.6 16v de 128 cavalos, o mesmo do HB20. O hatch tem perfil de compacto premium e deverá se situar entre o Picanto e o Cerato hatch para brigar con-tra Ford Fiesta, Citroën C3 e Peugeot 208.

Outro modelo aguardado é o Sportage, apresentado no último Salão de Frankfurt. "O público já está interessado, procurando informações, até porque este é um dos carros-chefes da marca e agora virá diferente, mais largo", revela

o gerente comercial da Inter-via, revenda Kia localizada na Avenida Norte e no bairro da Imbiribeira, Felipe Azevedo.

Com visual de Porsche, o

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Apresentado no Salão de Frankfurt, Sportage abre ano de lançamentos da montadora

Sportage desembarca no país em março, o primeiro do por-tfólio a ser renovado, ainda via Coreia do Sul, para só em junho ser importado do Mé-

xico, quando também chega o Optima. O mais vendido da marca, o Cerato, recebeu um facelift e vem em junho, também da planta mexicana,

fechando as novidades.

BALANÇOA Kia já foi a maior importa-

dora do Brasil com 180 conces-

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Hatch premium Rio é o mais vendido da marca no mundo e chega em julho

sionárias. Enquanto em 2011, a Kia vendeu 77 mil unidades, a previsão para 2015 é desani-madora. A previsão é fechar o ano com 16 mil veículos ven-didos e 120 revendas (60 a me-nos). Apesar do balanço desa-nimador e de um 2016 difícil, a expectativa para o próximo ano é vender mais modelos da marca. “Depois de cinco anos, pressionados pela imposição de 30 pontos percentuais no IPI, tudo indica que teremos em 2016 uma pequena recupe-ração”, acredita Gandini.

A aspiração com a nova fá-brica do México é aumentar o volume de vendas para 21 mil unidades/ano - atualmente são 4.800 unidades/anuais. Vale ressaltar: a tributação do IPI permanece sobre os im-portados, mesmo com a pro-dução mexicana. “Estamos esperando um 2016 melhor, apesar da falta de expectati-va de reação do mercado no primeiro semestre, graças as novidades. Acredito que o Rio deva custar entre R$ 60 mil e R$ 70 mil”, aposta Carlos Feli-pe Azevedo, da Intervia.

Optima chega em junho após facelift

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), quarta-feira, 16 de dezembro de 2015 AUTOMÓVEIS 5

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

OFICINA MECÂNICA

Viagens de �m de ano abrem boa temporada para o�cinas mecânicasMovimento gira o ano inteiro, mas na véspera das férias tem aumento na demanda, em função das revisões preventivas. Entender do negócio é fundamental para quem quer investir no segmento

Basta chegar o período de férias para muitas pessoas viajarem com a

família de carro. Porém, o cui-dado deve ser redobrado com a segurança e a melhor coisa a ser feita antes de colocar o pé na estrada é levar o veículo até uma oficina mecânica para fazer uma revisão preventiva. Freios, embreagem, suspen-são, câmbio e regulagem do motor são fatores muito im-portantes para uma viagem segura e devem ser observa-dos por alguém de confiança antes de buscar novos rumos, como alerta o mecânico Gil-mar Martins Fadel, da Mecâ-nica Grão Mogol. “Não se po-de brincar com coisa séria”, aconselha.

Gilmar conta que a deman-da aumenta bastante no fim do ano, mas lamenta que o mer-cado tenha dado uma retraída por causa da crise econômica pela qual o país está passando. “Apesar da dificuldade, tive-mos uma reação nos últimos três meses, e acredito que o movimento vá melhorar cada vez mais. Próximo de férias e feriados a oficina é muito procurada para revisão, o que é muito importante. Fazemos uma revisão geral, que inclui sistemas de freio, elétrico e de arrefecimento, troca de óleo, alinhamento, balanceamento, motor e suspensão. Se as rodas não estiverem alinhadas ha-verá um desgaste enorme dos pneus”, alerta.

Gilmar emprega hoje três pessoas e diz que não tem a intenção de ampliar o negócio. “Estamos muito bem desse jeito. O importante é fazer um serviço benfeito e conquistar o cliente. É isso que temos bus-cado ao longo desses quatro anos da oficina. Por outro la-do, já estou há mais de 30 anos no ramo e minha experiência sempre me mostra o que deve ser feito. Não se pode querer dar um passo maior do que as pernas. Gosto do que faço e procuro fazê-lo da melhor

maneira. Se o cliente traz o carro e quer uma revisão por-que fará uma viagem, olhamos tudo e mostramos a ele o que deverá ser feito para que pos-sa fazer um passeio tranquilo, sem colocar em risco sua vida e a dos ocupantes do veículo.”

Segundo Gilmar, nesse ra-mo de negócios, caso o em-presário não ofereça um bom atendimento e não preste um serviço de qualidade, ele es-tará fadado ao fracasso. “Se o cliente for mal atendido, com certeza não voltará e ainda sairá falando mal de sua ofi-cina por aí. Ser honesto com a clientela, proporcionar um bom atendimento, ter preços acessíveis e oferecer garantia dos serviços prestados são itens básicos que sempre pro-curo atender. Além do mais, gosto da minha profissão de trabalhar com automóveis e

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Willy Otto Keppel, da Checkauto, que completa 15 anos em 2015, não reclama da crise: "Estamos indo muito bem"

de conhecer pessoas e aqui na oficina sinto-me realizado”, garante Gilmar.

CLIENTELA FIELPara Wellerson Ferreira

Fontes, do Centro Automotivo Lesson, no qual é sócio com a mulher, Vilma Cerqueira San-tos, a revisão preventiva é mais importante do que a corretiva. Sempre. A oficina existe des-de 1998 e hoje emprega cinco pessoas. “Não trabalhamos com lanternagem e pintura. Nosso serviço é mecânica em geral e autopeças. Porém, se o cliente quiser comprar uma determinada peça que terá de ser trocada, poderá fazê-lo, sem problemas. Fica ao gosto de cada um”, salienta Lesson. “Como disse, é muito impor-tante fazer uma revisão antes de viajar para não colocar em risco a vida dos ocupantes do

veículo. Às vezes, uma pastilha de freio gasta ou uma suspen-são ruim podem ocasionar um acidente fatal. Portanto, não se pode brincar com isso, pois é um assunto muito sério”, ad-verte o especialista, que está há 33 anos no ramo.

Wellerson diz que a deman-da maior é para a revisão ge-ral, que inclui os sistemas de arrefecimento (responsável por regular e controlar tempe-raturas consideradas ideais) e freios, mecânica, suspensão, embreagem, correias, câmbio e regulagem do motor. “Entrei nesse ramo por influência de um amigo. Na época tinha 16 anos e fui trabalhar com ele. Gostei e, com o tempo, fui fazendo cursos e praticando. Gosto do que faço e não tenho a intenção de mudar de profis-são. Acredito que o sucesso de minha oficina esteja pautado

no bom atendimento e na garantia de nossos serviços. Confiro tudo, não deixo passar nada. Talvez seja por isso que minha clientela seja grande e fidelizada”, orgulha-se.

O pequeno empresário ga-rante que não tem do que re-clamar. Embora lamente que o movimento tenha caído um pouco, considera o fatura-mento bom. “Tenho muitos clientes que me acompanham há muitos anos. Além disso, a cada dia aparecem outros e, como procuro fazer um servi-ço de qualidade, esses também se fidelizam.” Para abrir uma oficina, Lesson acredita que o empreendedor não investirá um capital menor do que R$ 80 mil. “Nesse ramo é preciso entender muito do assunto, proporcionar um bom aten-dimento e ser honesto com o cliente. Não há lugar para

curiosos. Se o serviço for de má qualidade, o cliente não retorna nunca mais.”

BARULHINHONo ramo há mais de 25 anos,

Willy Otto Keppel é o pro-prietário da Checkauto. Ele diz que a demanda aumenta bastante no fim do ano exata-mente porque as pessoas que vão viajar de férias, principal-mente para lugares mais dis-tantes, resolvem fazer revisão antes de ganhar a estrada. “Is-to é muito importante. Às ve-zes, um barulhinho, que pode parecer coisa boba, pode não ser e acaba acarretando algo maior, levando o veículo a so-frer algum tipo de acidente”, alerta.

Willy diz que quando o cliente leva o carro para uma revisão faz questão de dar uma geral. “Tenho oito colaborado-res e fazemos questão de olhar a suspensão, sistemas elétrico e de freio, regulagem do mo-tor, alinhamento, balancea-mento, pneus, enfim, olhamos todo o sistema de segurança do veículo, que pode estar su-jeito a alguma falha. Agora, a revisão não deve ser deixada somente para quando a pes-soa vai viajar. É necessário le-var o carro até uma oficina de tempos em tempos”, orienta. Além de serviço de mecânica em geral, a Checkauto, que está completando 15 anos, trabalha com lanternagem e pintura.

Keppel não lamenta pela crise e garante que o movi-mento da oficina está indo muito bem. “Procuro fazer um serviço de alta qualidade, ofe-recendo atendimento perso-nalizado, aliado a preços aces-síveis e à honestidade para com o cliente. Agindo assim, não tem como dar errado. Os clientes sempre voltam, além de divulgar a Checkauto. Por outro lado, ao longo desses anos conseguimos fidelizar uma boa clientela.”, orgulha-se o empresário.

Rio de Janeiro terá salão de motos em janeiroSALÃO MOTO BRASIL

Pouco mais de três meses depois do Salão Duas Rodas, em outubro, o se-

tor de motocicletas volta a se movimentar no fim de janeiro no Salão Moto Brasil. Substi-tuto do Salão Bike Show, tra-dicional mostra realizada há cinco anos no Rio de Janeiro, o evento reunirá 80 exposi-tores no Riocentro de 28 a 31 de janeiro. Apesar da crise econômica e a consequente quedas nas vendas que vem esvaziando o setor, sete gran-des marcas já confirmaram presença: BMW, Dafra, Har-ley Davidson, Honda, Suzuki, Yamaha e Triumph.

Além da mudança de nome e 10.800m2 de área, uma das no-vidades será a segunda edição do Bike & Art Show, concurso de motos customizadas que demonstrou grande interes-se do público na 5ª edição esse ano. A programação terá ainda shows de manobras radicais e freestyle na área externa; test rider; Espaço da Mulher Motociclista, com produtos e serviços dedicados ao público feminino; e festival de food trucks.

Salão Moto Brasil substitui Salão Bike Show com sete fabricantes confirmados. Concurso de motocicletas customizadas é uma das atrações

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Organização espera superar público de 80 mil pessoas desse ano

INFORMAÇÕES

Salão Moto Brasil

Confira os horários de funcionamento e como adquirir o seu ingresso:

SERVIÇO● SALÃO MOTO BRASIL

● QUANDO: de 28 a 31 de janeiro

● ONDE: Pavilhão 2 do Riocentro (Av. Salvador Allende, 6555, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro)

● HORÁRIOS DE

FUNCIONAMENTO: Dias 28 e 29 – das 14h às 22h; Dia 30 – das 12h às 22h; Dia 31 – das 12h às 20h

● ESTACIONAMENTO: gratuito para motos e triciclos. Carros pagam R$ 22.

● INGRESSOS: R$ 40, nos pontos de venda oficiais. Os bilhetes online serão vendidos em três lotes, de R$ 20, R$ 30 e R$ 40, por meio do site www.ingressorapido.com.br.

● MAIS INFORMAÇÕES: www.salaomotobrasil.com.br

NÚMERO

80O evento reunirá 80 expositores no Riocentro de 28 a 31 de janeiro, no Rio de Janeiro.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), quarta-feira, 16 de dezembro de 2015 AUTOMÓVEIS 7

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

PORTA-OBJETOS

Quando viramos reféns dos porta-objetosOs porta-trecos podem nos ajudar, mas eles reservam às vezes algumas surpresas

“Quantos porta-obje-tos tem esse carro?”. Já cansei de escutar

essa frequente pergunta. Aliás, o que decide a compra entre o carro “X” e “Y”: a tecnologia, seja de segurança ou de dimi-nuição do consumo, ou ter a máxima quantidade de porta-cacarecos espalhados pelo interior do carro? E será que precisamos tanto deles assim? Ou os porta-objetos viraram uma arma de marketing para vender mais carros?

Smartphone, iPod, iPad, garrafa de água, bolsas, saco-las de mercado. Enfim, a lista de itens do dia a dia é enorme. Está certo, que o carro vira uma extensão da nossa casa, mas assim como os porta-objetos ajudam, eles também guardam armadilhas. Primei-ro, no trânsito, a carteira e os eletrônicos ficam mais aos olhos da criminalidade – igual aos suportes de celulares. Se-gundo, aquela bebida (água, refrigerante, energético) vira um “chá quentinho” em dias

de calor. Isso sem mencionar que os porta-objetos podem virar uma fonte de ruído ou acumular sujeira.

Entretanto, alguns fabri-cantes pensam em maneiras criativas de posicionarem os seus porta-cacarecos. Antiga-mente, tanto o Renault Scénic quanto o Citroën Xsara Picas-so traziam porta-objetos sob o assoalho. O Scénic ainda tinha um porta-objetos no console central com capacidade para até três latinhas e uma gaveta sob o banco dianteiro.

Atualmente, a Ford, por exemplo, também criou uma solução interessante e o com-pacto Ka possui um porta-treco escondido na lateral do painel. Perfeito. Dá para aco-modar tanto a carteira quan-to o celular tranquilamente. A verdade é que não importa quantos porta-objetos existem no carro. As fabricantes po-dem continuar aprimorando esse aspecto da cabine, desde que não seja a única evolução para o próximo ano/modelo.

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Está certo, que o carro vira uma extensão da nossa casa, mas assim como os porta-objetos ajudam, eles também guardam armadilhas

Em outros carnavais mui-to se falou da modelo que sambou sem calci-

nha ao lado do presidente e da coleira da Luma de Olivei-ra, mas no Carnaval passado, nos meios automobilísticos, só se falava da chegada dos novos crossovers: Honda HR-V, Jeep Renegade e Peugeot 2008. Para não ficar atrás, a Renault deu uma garibada no Duster. Até a JAC entrou na onda, trazendo o T6. Só a Ford, dona do pedaço, líder do nicho durante uma década, achou melhor ficar quietinha. Manteve o EcoSport tal como era e pagou para ver. Quando decidiu reagir, era tarde. Já ti-nha perdido a liderança para o HR-V, foi engolida pelo Rene-gade e, nos últimos dois me-

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Jeep Renegade: mais de 6.000 vendas/mês e potencial de crescimento superior ao do Honda HR-V em 2016

ses, acabou superada até pelo Duster. Caiu para quarto lugar no acumulado do ano! No pró-ximo Carnaval, entretanto, a tão comentada “guerra dos crossovers” já vai ser assunto antigo. Como o 2008, embo-ra seja um ótimo carro, não consegue romper a barreira das 700 vendas/mês, a dispu-ta ficou resumida somente a dois modelos: Jeep Renegade e Honda HR-V.

Sozinhos, o Renegade e o HR-V (sim, agora nessa or-dem) venderam mais em no-vembro do que seus próximos 12 seguidores: Duster, EcoS-port, Hyundai ix35, Hyundai Tucson, Chevrolet Tracker, M i t s u b i s h i A S X , To y o t a SW4, Mitsubishi Outlander, Kia Sportage, Peugeot 2008,

Audi Q3 e Toyota RAV4. Pode-mos incluir ainda as vendas do Chevrolet Trailblazer nessa lista e ainda assim a dupla Re-negade/HR-V vence a disputa de novembro por dois carros de diferença. É um banho co-mercial!

Desde abril o Honda HR-V vende mais que o EcoSport, sempre na casa de 4.000-5.000 unidades/mês. A ar-rancada do Renegade come-çou um pouco mais tarde, em julho, quando rompeu a barreira dos 4.000 emplaca-mentos/mês. De lá para cá, o HR-V obteve três vitórias e o Renegade as duas últimas. As diferenças pró HR-V foram de 401 carros em julho, 837 em agosto e 71 em setembro. As vantagens pró Renegade

foram de 177 carros em outu-bro e 88 em novembro. Mas o Jeep foi o primeiro a romper a casa dos 6.000 emplacamen-tos (foram 6.078 em novem-bro). No ranking deste ano, o Honda será o campeão, pois acumula 44.618 vendas contra 32.211 do rival. Isso porque ele chegou causando: emplacou 8 carros em fevereiro, 2.382 em março e já saltou para 4.959 em abril. Um fenômeno. A subida do Jeep foi mais lenta: 66 carros em março, 575 em abril, 2.492 em maio, 3.059 em junho e 4.028 em julho. Mas no ano que vem o Jeep pode disparar.

Apesar do enorme equilí-brio entre ambos, o Renegade deve continuar subindo em 2016, pois tem uma fábrica

inteira só para ele e para a fu-tura picape da Fiat em Goiana (Pernambuco). O HR-V, por sua vez, será prejudicado pela decisão da Honda de suspen-der a inauguração da fábrica de Itirapina (São Paulo) até a economia melhor. Assim, ele divide a produção com outros carros de sucesso da Honda: o Civic, o Fit e o City. O Re-negade começou titubeante, mas é o atual queridinho dos consumidores brasileiros. Ho-mens confiam nele; mulheres o amam. Aos poucos, a força da marca Jeep vai se impon-do perante os consumidores, graças à associação com a Fiat (líder do mercado brasileiro). O fato de ter versões 4×2 e 4×4 e motores 2.0 a diesel e 1.8 flex não é nada desprezível, pois

sua gama de ofertas é bem maior que a do HR-V, dispo-nível apenas com motor 1.8 flex e tração 4×2.

O desempenho da dupla Re-negade/HR-V também serve de lição para um mercado choroso diante das terríveis perdas de 24,2% em 2015. En-quanto isso, o nicho de SUVs/crossovers subiu 2,8% no acu-mulado de 11 meses, passando de 267.235 emplacamentos para 274.641. Em volume, foram apenas 7.406 carros a mais. Entretanto, os SUVs/crossovers representam hoje 12,2% do mercado automotivo brasileiro, enquanto eram me-nos de 9% há apenas um ano. Isso mostra que, mesmo na crise, os consumidores com-pram as boas novidades.

JEEP

Renegade, o novo queridinho do BrasilModelo da Jeep emplaca o segundo mês seguido com as melhores vendas na categoria SUV/crossover, torna-se o sétimo carro mais vendido do País no ranking mensal e desbanca o Honda HR-V como sonho de consumo