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DIREITO PENAL II AULA 4 Prof. Daniela Duque- Estrada

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DIREITO PENAL II

AULA 4Prof. Daniela Duque-Estrada

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SEMANA 2. AULA 4.DIREITO PENAL II.CONTINUAÇÃO.

CONCURSO DE CRIMES.

AULA 4

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AULA 4

OBJETIVOS AULA

● Reconhecer os institutos do Concurso de Crimes e Continuidade Delitiva como instrumentos de fixação de responsabilidade penal consoante o juízo de culpabilidade do agente.● Diferenciar Concurso Material, Concurso Formal e Continuidade Delitiva (ou crime continuado).●  Identificar, nos casos concretos propostos, a espécie de Concurso de Crimes aplicável e seus consectários para fins de fixação de pena.

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AULA 4

CONTEÚDO Espécies de Concurso de Crimes: Material, Formal e Crime Continuado (ou Continuidade Delitiva).

1. Concurso Material ou Real Conceito. Requisitos. Espécies. Sistema de Aplicação de Pena.2. Concurso Formal ou Ideal. Conceito. Requisitos. Espécies. Sistema de Aplicação de Pena e Concurso Material Benéfico.3. Continuidade Delitiva Conceito. Natureza Jurídica – Teorias. Requisitos. Espécies. Sistema de Aplicação de Pena .

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AULA 1

AULA 4

1. Concurso Material ou Real. ART.69, do Código Penal. 1.1. Conceito. “Quando dois ou mais delitos são praticados mediante mais de uma conduta”. ( PRADO Luiz Regis. Op. Cit. pp.481) 1.2.Requisitos. - Pluralidade de condutas; - Pluralidade de resultados;

1.3. Espécies. - Homogêneo

- Heterogêneo

1.4. Sistema de Aplicação de Pena: Cúmulo Material.

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2. Concurso Formal ou Ideal. ART.70, do Código Penal.

2.1. Conceito. “Quando dois ou mais delitos são praticados mediante uma só conduta”. ( PRADO Luiz Regis. Op. Cit. pp.481).

2.2.Requisitos.

- Unidade de conduta;

- Pluralidade de resultados;

2.3. Espécies.

- Homogêneo

► Quanto aos

Resultados - Heterogêneo

AULA 4

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- Próprio ou Perfeito

► Quanto à vontade - Impróprio ou Imperfeito.

Desígnios autônomos – Só ocorrem em delitos dolosos e “caracterizam-se pela unidade de ação e multiplicidade de determinação de vontade, com diversas individualizações” (BITENCOURT, Cezar Roberto. Código Penal Comentado. 5ed. Saraiva, pp. 205)

2.4.Sistema de Aplicação de Pena.

► REGRA. Exasperação da pena. Concurso Perfeito.

Homogêneo. Heterogêneo

AULA 4

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AULA 4

► EXCEÇÃO – CÚMULO MATERIAL – CONCURSO IMPERFEITO.

O Sistema de Cúmulo Material e o Concurso Material Benéfico - Art. 70, parágrafo único, Código Penal.

Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código.

Ex. No caso de erro de execução (art.73, CP) do qual resultar um homicídio doloso e uma lesão corporal culposa.

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3. Continuidade Delitiva. Art. 71, do Código Penal.

3.1. Conceito.

3.2. Natureza Jurídica. Teorias.

a) Unidade Real: “ unidade de intenção que se reflete na unidade de lesão”.

b) Ficção Jurídica: “unidade delitiva como criação da lei”.

c) Mista ou unidade jurídica: “unidade de crimes como realidade jurídica e não como mera ficção”

(PRADO, idem, pp 481).

Teoria adotada pelo Código Penal : Ficção Jurídica.

AULA 4

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3.3. Requisitos

Pluralidade de condutas

Pluralidade de crimes da mesma espécie

Nexo de continuidade.

Controvérsias

► Crimes da mesma espécie:

1ª corrente: “lesam o mesmo bem jurídico, embora tipificados em dispositivos diferentes” (BITENCOURT, op. cit. pp.208)

2ª corrente: “são exclusivamente os delitos previstos no mesmo tipo penal” (Queiroz, Paulo. Material Didático, pp 348)

AULA 4

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► Nexo de continuidade.: condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras circunstâncias semelhantes – interpretação analógica.

► Continuidade Delitiva e Reiteração Criminosa - confronto.

► Continuidade Delitiva e conflito de leis penais no tempo: Verbete de Súmula n.711, do Supremo Tribunal Federal.

A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

AULA 4

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► Continuidade Delitiva e Suspensão Condicional do Processo: Verbete de Súmula n. 723, do Supremo Tribunal Federal.

“Não se admite a suspensão condicional do processo por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano”.

3.4. Espécies de Crime Continuado

a) Genérico – art.71, caput, CP

b) Específico - art.71, parágrafo único, CP.

- pluralidade de vítimas;

Requisitos - praticados com violência ou grave ameaça;

- somente crimes dolosos. AULA 4

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3.5. Conseqüências em relação à fixação de pena. e extinção de punibilidade.

a) Sistema de Aplicação de Pena.

Genérico – art.71, caput, CP

Específico - art.71, parágrafo único, CP.

AULA 4

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b) Unificação das penas.

► Art. 75, caput e §1º, CP.

► Art. 66, III, a , Lei n.7210/1984 ( Lei de Execuções Penais)

► Verbete de Súmula n.715, do Supremo Tribunal Federal.

AULA 4

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3. Espécies de Concurso de Crimes: Material, Formal e Crime Continuado (ou Continuidade Delitiva).

art.69, CP art.70, CP art.71, CP

Material Formal Crime Continuado

Pluralidade Unidade Pluralidade

de condutas de conduta de condutas

Pluralidade Pluralidade Pluralidade

de resultados de resultados de resultados

(crimes da mesma espécie)AULA 4.

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CASO CONCRETO

De acordo com o Código Penal, salvo exceção, quando, por acidente ou erro na execução do crime, sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente responde por culpa caso o fato seja previsto como crime culposo. Entretanto, se ocorrer, também, o resultado pretendido, o agente: (Exame OAB/CESPE –UnB. 2008.3)

a) não responderá por ele, sob pena de responsabilidade penal objetiva.

b) responderá por ele, segundo a regra do concurso formal.

c) responderá por ele, segundo a regra do concurso material.

d) não responderá por ele, sob pena de bis in idem.

AULA 4

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CASO CONCRETO. Com relação ao concurso de delitos, é correto afirmar que: (OAB/FGV –2010.2)

a) no concurso de crimes as penas de multa são aplicadas distintamente, mas de forma reduzida.

b) o concurso material ocorre quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes com dependência fática e jurídica entre estes.

c) o concurso formal perfeito, também conhecido como próprio, ocorre quando o agente, por meio de uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes idênticos, caso em que as penas serão somadas.

d) o Código Penal Brasileiro adotou o sistema de aplicação de pena do cúmulo material para os concursos material e formal imperfeito, e da exasperação para o concurso formal perfeito e crime continuado. AULA 4

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CASO CONCRETO

Alex Sandro foi condenado à pena de 20 anos de reclusão como incurso nos delitos de estupro e atentado violentado ao pudor (art.213 e 214, ambos do Código Penal) bem como ao delito previsto no art.16, parágrafo único, inciso IV, da Lei n.10826/2003, em concurso material de crimes. Inconformado com a decisão interpôs recurso de Apelação com vistas à redução de pena concreta sob o argumento de que, com o advento da Lei n.12015/2009, com efeitos ex tunc, vigente à época da prolação da referida sentença, deveria ser reconhecida a continuidade delitiva entre os delitos de estupro e atentado violentado ao pudor ao invés do concurso material, como constante nos autos (Fls. XX).

AULA 4

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Ante o exposto, com base nos estudos realizados responda de forma objetiva e fundamentada: a partir do conflito de Direito Intertemporal suscitado, qual a relevância jurídico-penal, do reconhecimento da continuidade delitiva?

► Vide decisão proferida, em sede de Habeas Corpus, pelo Supremo Tribunal Federal:

EMENTA: Habeas corpus. Atentado violento ao pudor e estupro. Continuidade delitiva. Superveniência da Lei nº 12.015/2009, não examinada na origem. Supressão de instância. Não conhecimento. Evolução jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal. Habeas corpus concedido de ofício. Embora o acórdão atacado esteja em harmonia com a jurisprudência anteriormente prevalecente do Supremo Tribunal Federal, cujo Plenário, em 18.06.2009, no julgamento do HC 86.238 (rel. min. Cezar Peluso e rel. p/ o acórdão min. AULA 4

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Ricardo Lewandowski),assentou a inadmissibilidade da continuidade delitiva entre o estupro e o atentado violento ao pudor, por tratar-se de espécies diversas de crimes, destaco que, após esse julgado, sobreveio a Lei 12.015/2009, que, dentre outras inovações, deu nova redação ao art. 213 do Código Penal, unindo em um só dispositivo os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor. Com isso, desapareceu o óbice que impedia o reconhecimento da regra do crime continuado no caso. Em atenção ao direito constitucional à retroatividade da lei penal mais benéfica (CF, art. 5º, XL), seria o caso de admitir-se a continuidade delitiva pleiteada, porque presentes os seus requisitos (CP, art. 71), já os acórdãos proferidos pelo TJSP e pelo STJ indicam que os fatos atribuídos ao paciente foram praticados nas mesmas condições de tempo, lugar e maneira de execução.

AULA 4

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Ocorre que tal matéria, até então, não foi apreciada, razão por que o seu exame, diretamente pelo Supremo Tribunal Federal, constituiria supressão de instância. Por outro lado, nada impede a concessão de habeas corpus de ofício, para conferir ao juízo da execução o enquadramento do caso ao novo cenário jurídico trazido pela Lei 12.015/2009, devendo, para tanto, proceder à nova dosimetria da pena, afastando o concurso material e aplicando a regra do crime continuado (CP, art. 71), o que, aliás, encontra respaldo tanto na Súmula 611 do STF, quanto no precedente firmado no julgamento do HC 102.355 (rel. min. Ayres Britto, DJe de 28.05.2010). Não conhecimento do writ e concessão de habeas corpus de ofício. (STF, HC 94636/SP; Segunda Turma; Rel. Min. Joaquim Barbosa; julgado em: 31/08/2010)          

AULA 4