aula resistencia e antibiograma

51
Resistência bacteriana as drogas antimicrobianas

Upload: jessica-eichelt

Post on 06-Feb-2016

252 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

aula sobre resistência bacteriana e antimicrobianos

TRANSCRIPT

Page 1: Aula Resistencia e Antibiograma

Resistência bacteriana as

drogas antimicrobianas

Page 2: Aula Resistencia e Antibiograma

1. População de uma bactéria

em processo de multiplicação

minutos , horas, dias, meses

tempo

2. Processo de crescimento e divisão

produzem naturalmente células

mutantes

3. População continua multiplicação, e

originando ocasionalmente, mais

células mutantes

Células são expostas a um

composto antimicrobiano

Pressão seletiva

4. Células são mortas ou impedidas de

multiplicação pela antimicrobiano com exceção

dos mutantes resistentes ao antimicrobiano

específico.

5. Os mutantes continuam com o crescimento

na presença do antimicrobiano e iniciam

dispersão pelo ambiente

Variação permanente resultante de Mutação

Page 3: Aula Resistencia e Antibiograma

Variação permanente resultante de Recombinação Genética

1. Duas populações bacterianas A e B

crescem em um mesmo ambiente. A

espécie B é resistente a droga X.

2. Troca de DNA (elementos genéticos móveis)

ocorre entre células em baixa frequência.

3. Células da espécie A recebem o gen de

resistência a droga X, presente no elemento

genético móvel da espécie B.

Pressão seletiva

Bactérias são expostas a

droga X. 4. Na presença da droga X, as células da

espécie A que receberam gen da resistência

da espécie B são capazes de multiplicar-se

enquanto que as células originalmente

sensíveis não multiplicam-se.

Page 4: Aula Resistencia e Antibiograma

Síntese de

lipídeos

Streptomyces platensis

Platensimicina

Azitromicina

Claritromicina

Estreptograminas

(Quinopristina/

Dalfopristina)

Tigeciclina

Sítios de ação de drogas antibacterianas

Page 5: Aula Resistencia e Antibiograma
Page 6: Aula Resistencia e Antibiograma
Page 7: Aula Resistencia e Antibiograma

Sensível: Quando não cresce

nestas condições

Resistente: É aquela capaz de crescer “in vitro”

em presença da concentração média que a droga

atinge no sangue do hospedeiro durante o

tratamento, quando administrada por via oral

DEFINIÇÕES

Page 8: Aula Resistencia e Antibiograma

Ex. Ausência do sítio de ação

(Drogas que atuam na parede; Macrolídeos e ausência de

receptores nos ribossomos de Gram negativas)

Natural: Todos os indivíduos da espécie são

resistentes

TIPOS DE RESISTÊNCIA

Page 9: Aula Resistencia e Antibiograma

Adquirida: Linhagens resistentes e

sensíveis na mesma espécie

Mecanismos genéticos - Mutações e

Recombinação Genética

Resistência é vantajosa só na presença da droga

(não provoca inibição ou morte de possíveis

competidores da bactéria resistente)

Page 10: Aula Resistencia e Antibiograma

Resistência

Natural ou intrínseca: Bactéria está fora do

espectro de ação da droga

Adquirida: Por mecanismos genéticos diversos,

surgem numa população bacteriana amostras que

não sofrem mais a ação da droga, que é

eficaz contra o resto da população

EXEMPLOS:

Penicilina G Bactérias Gram negativas

Penicilinas Micoplasma

Vancomicina Bactérias Gram negativas

Aminoglicosídeos Bactérias anaeróbias

Page 11: Aula Resistencia e Antibiograma

Resistência Cromossômica (Mutação)

Resistência Simples (uma única droga)

É possível a transferência desta resistência

Page 12: Aula Resistencia e Antibiograma

Tipos de Resistência Cromossômica

Page 13: Aula Resistencia e Antibiograma

Perda do fator de resistência (“Cura”)

(Repiques frequentes, uso de substâncias químicas)

Resistência Extra-Cromossômica

Plasmídeos

Plasmídeo R (possuir o segmento FTR

Plamídeo F)

Page 14: Aula Resistencia e Antibiograma

Expressão Bioquímica da Resistência

Page 15: Aula Resistencia e Antibiograma

Bomba de Efluxo

Alteração ou destruição da droga

por enzimas (ex. β-lactamase,

fosfotransferases, adenilase,

acetilase, acetiltransferase)

Redução na permeabilidade

para a droga.

Mecanismos de resistência Mecanismos de ação

Drogas que agem sobre

os ribossomos e síntese

protéica:

Aminoglicosídeos,

Tetraciclinas,

Macrolídeos,

Clindamicina,

Cloranfenicol, Linezolida.

Drogas que inibem

a formação da

parede bacteriana:

Penicilinas,

Cefalosporinas,

Manobactâmicos,

Carbapenem,

Vancomicina,

Parede

bacteriana

Modificação no sítio

de ação da droga.

(PBP, DNA girase,

ribossomos)

Drogas que

inibem a RNA

Polimerase:

Rifampicina

Drogas que inibem

a síntese do DNA:

Fluoroquinolonas.

Drogas que agem

sobre a membrana

plasmatica

alterando sua

estrutura

:Polimixinas,

Daptomicina.

Page 16: Aula Resistencia e Antibiograma

Kirby&Bauer

Testes de sensibilidade aos antimicrobianos --lactamaseslactamases do Grupo 1 (do Grupo 1 (AmpCAmpC))

E Teste

Page 17: Aula Resistencia e Antibiograma

Determinação de

sensibilidade bacteriana

aos antimicrobianos Prof. Ary Fernandes Junior

Departamento de Microbiologia e

Imunologia

Instituto de Biociências - UNESP

Distrito de Rubião Júnior s/n

CEP 18618-000/ Botucatu/ SP /Brasil

Tel. 14 3880.0412/0413

[email protected]

Page 18: Aula Resistencia e Antibiograma

O diagnóstico laboratorial das doenças

infecciosas começa com a indicação clínica

adequada do exame microbiológico, o que

requer conhecimento da epidemiologia e da

fisiopatologia do processo infeccioso.

Diagnóstico microbiológico

requer o conhecimento e a colaboração

de vários profissionais

Page 19: Aula Resistencia e Antibiograma

A coleta e o transporte da amostra são

etapas críticas na execução do exame

microbiológico.

A suspeita clínica do processo

infeccioso determinará o tipo de

amostra clínica que deve ser enviada

ao laboratório para confirmar,

estabelecer ou complementar o

diagnóstico clínico

Page 20: Aula Resistencia e Antibiograma

Representação esquemática do fluxograma da

amostra clínica enviada para o exame

microbiológico

Page 21: Aula Resistencia e Antibiograma

Identificação laboratorial de patógenos clínicos

(Fase analítica)

Antibiograma

Page 22: Aula Resistencia e Antibiograma

Auxiliar o clínico com a escolha do

antimicrobiano a prescrever para o

paciente

pois verifica se a bactéria pesquisada é

sensível ou resistente aos antimicrobianos

testados.

Antibiograma (Clinical and Laboratory Standards Institute – CLSI),

Princípio da Diluição Princípio da Difusão

Page 23: Aula Resistencia e Antibiograma

1.Métodos baseados na diluição da

droga

Diluição em caldo Concentração

Inibitória Mínima (CIM) e Concentração

Bactericida Mínima (CBM)

Diluição em meio de cultura sólido

CIM

Page 24: Aula Resistencia e Antibiograma

Macrodiluição em tubos (1 a 2 ml de meio)

Primeira a ser utilizada na avaliação da sensibilidade aos

agentes antimicrobianos e envolve a preparação de

diluições seriadas e logarítmicas de antimicrobianos (por

exemplo, 1, 2, 4 e 8 μg/mL) em um meio de cultura líquido,

o qual permitirá o crescimento bacteriano.

Page 25: Aula Resistencia e Antibiograma

Determinação da CIM pelo método da diluição em

caldo. A CIM no exemplo abaixo é de 16µg/ml.

Page 26: Aula Resistencia e Antibiograma

Microdiluição em Placas de Elisa (100 a 200µ l)

Page 27: Aula Resistencia e Antibiograma

Apresentação de uma

placa utilizada no

teste de microdiluição,

após sua inoculação e

incubação.

1 2 4 8 16 32 64 128 256 512 1024 µg/mL

Controles

positivos

Page 28: Aula Resistencia e Antibiograma

2.Métodos baseados na difusão da

droga

Princípio do método de Kirby - Bauer

Parâmetros a serem padronizados: meio

de cultura, discos, inoculação do germe

no meio, incubação das placas, leitura e

interpretação

a.Controle de qualidade

Page 29: Aula Resistencia e Antibiograma
Page 30: Aula Resistencia e Antibiograma

Meio de Cultura (Mueller-Hinton Meio Padrão)

Permite crescimento satisfatório da maioria dos

germes não fastidiosos;

Não interfere com a atividade da droga

(Ex.: peptonas – sulfas; Mg++ - gentamicina; Ca++,

Fe++, Mg++ - tetraciclinas)

São utilizadas placas de Petri (vidro ou plástico)

com camada do meio de 6 mm de espessura

Método de Kirby-Bauer

Page 31: Aula Resistencia e Antibiograma

Inóculo (Padronizado)

Preparo: Transferir para um tubo com BHI

(Brain Heart Infusion) 5 colônias da bactéria

em estudo; incubar a 37oC; obter densidade

equivalente ao padrão de Mc Farland 0,5

(1,5 x 108 UFC/mL)

Obs. O padrão 0,5 de Mc Farland é o

correspondente a turvação mostrada em

solução contendo 0,5 mL de BaCl2 a 1% em

99,5 mL de solução de ácido sulfúrico a 1%)

Page 32: Aula Resistencia e Antibiograma

0,5 1,0 2,0 3,0

Tubos da escala de McFarland

posicionados em frente do cartão de

Wickerham. Comparação da escala 0,5 de McFarland com

suspensão bacteriana

(E. coli ATCC 25922)

Page 33: Aula Resistencia e Antibiograma

Semeadura: Swab estéril; retirar excesso

de caldo e semear na superfície do meio

uniformemente; secar em temperatura

ambiente por 3 a 5 minutos.

Importante: número de colônias

utilizadas (várias); material contaminado

com flora normal (não usar colônias

provenientes de meios de

enriquecimento); variações na densidade

do inóculo possibilitam variações também

no tamanho do halo de inibição

Page 34: Aula Resistencia e Antibiograma
Page 35: Aula Resistencia e Antibiograma

Discos

Aplicação: pressionar levemente contra a

superfície do meio e pelo menos 2 cm da

borda da placa e a pelo menos 3 cm um

do outro (evitar halos de inibição em

fusão); usar apenas um disco de cada

grupo de drogas (concentração única)

Características: papel de filtro adequado;

concentração de droga suficiente; prazo

de validade; controle de eficiência

Page 36: Aula Resistencia e Antibiograma
Page 37: Aula Resistencia e Antibiograma
Page 38: Aula Resistencia e Antibiograma
Page 39: Aula Resistencia e Antibiograma
Page 40: Aula Resistencia e Antibiograma

Incubação das Placas

Em temperatura (37oC) e atmosfera

adequada para o crescimento da

bactéria (aerobiose, anaerobiose, 10%

de CO2)

Atmosfera influi na atividade das drogas:

tetraciclina, meticilina e novobiocina –

CO2; estreptomicina e canamicina -

anaerobiose

Page 41: Aula Resistencia e Antibiograma

Leitura das Placas

Após 18-24 horas de incubação; usar

compasso ou régua para determinar o

diâmetro do halo de inibição; colônias

dentro do halo sugerem mutantes

resistentes ou contaminantes.

Page 42: Aula Resistencia e Antibiograma

Halo de

leitura em

mm

Page 43: Aula Resistencia e Antibiograma

Interpretação

resistente, moderadamente resistente ou

sensível, de acordo com o halo de

inibição;

há correlação inversa entre concentração

inibitória mínima e diâmetro do halo de

inibição.

Page 44: Aula Resistencia e Antibiograma

Curva de regressão linear da correlação entre a

CIM e o halo de inibição.

Page 45: Aula Resistencia e Antibiograma

Kirby e Bauer – Método dos discos

Halo de inibição (mm)

Resistente Intermediário Sensível

CIM

g/m

L)

Page 46: Aula Resistencia e Antibiograma
Page 47: Aula Resistencia e Antibiograma
Page 48: Aula Resistencia e Antibiograma

Etest® ( teste da elipse = Episilometer test)

Page 49: Aula Resistencia e Antibiograma

--lactamaseslactamases do Grupo 1 (do Grupo 1 (AmpCAmpC))

Page 50: Aula Resistencia e Antibiograma

Apresentação do Etest® para avaliação da CIM após

incubação

Área de

Crescimento

bacteriano

Fita graduada

de material

impermeável

“Elipse de

inibição”

Concentração

Inibitória Mínima

(CIM)

Page 51: Aula Resistencia e Antibiograma

Muito obrigado!!!!