aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

79
Planejamento Tributação Internacional Marcos Vinicius Neder

Upload: fernanda-moreira

Post on 20-Jul-2015

456 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Planejamento Tributação Internacional

Marcos Vinicius Neder

Page 2: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Principais discussões em relação aoplanejamento tributário internacional

1. Transferência de lucros para subsidiárias

2. Compartilhamento de custos

3. Utilização de Tratados Internacionais

4. Pagamento dos serviços ao exterior

5. Estrutura para repatriação de recursos ao exterior

6. Estruturas de financiamento dos investimentos

7. Aquisição de empresas no Brasil – aproveitamento

de ágio

Page 3: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Normas Antiabusivas

Normas Gerais (GAAR) Normas Específicas (operações internacionais)

� Art. 116, par. 1º do CTN� Preços de Transferência � Regulamentação anti-paraíso fiscal� Regras de capitalização mínima� Regras CFC

Planejamentos tributário e normas antielisivas

Page 4: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

4

Competência impositiva

• Art. 153. Compete à União instituir impostos

sobre:

III – renda e proventos de qualquer natureza;

Page 5: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

POSIÇÃO DO SUJEITO ALCANCE ABSTRATO DAS NORMAS

NÃO RESIDENTES QUE PRODUZEM RENDIMENTOS NO TERRITÓRIO TERRITORIALIDADE (FONTE)

RESIDENTES QUE PRODUZEM RENDIMENTOS NO EXTERIOR INDIFERENTE

POSIÇÃO DO SUJEITO ALCANCE ABSTRATO DAS NORMAS

NÃO RESIDENTES QUE PRODUZEM RENDIMENTOS NO TERRITÓRIO TERRITORIALIDADE (FONTE)

RESIDENTES QUE PRODUZEM RENDIMENTOS NO EXTERIOR

EXTRATERRITORIALIDADE (CONEXÃO PESSOAL)

TERRITORIALIDADE

UNIVERSALIDADE

Page 6: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

6

Validade de norma

Norma tributária que institui tributo

– Fundamento de validade (formal)

• Obedecerem ao procedimento legislativo

• Expedidas por órgão competente;

– Fundamento de validade (material)

• a norma inferior obedece aos conteúdos de significação da norma superior

Page 7: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

7

MP 2.158/01 - tributa o lucroapurado em balanço não distribuídode empresa no exterior

MP 2.158/01 - tributa o lucroapurado em balanço não distribuídode empresa no exterior

Art 43 do CTNArt 43 do CTNArt 43 do CTNArt 43 do CTN ---- Aquisição de Aquisição de Aquisição de Aquisição de disponibilidade econômica e disponibilidade econômica e disponibilidade econômica e disponibilidade econômica e jurídicajurídicajurídicajurídica

Art 43 do CTNArt 43 do CTNArt 43 do CTNArt 43 do CTN ---- Aquisição de Aquisição de Aquisição de Aquisição de disponibilidade econômica e disponibilidade econômica e disponibilidade econômica e disponibilidade econômica e jurídicajurídicajurídicajurídica

Renda e proventos de Renda e proventos de Renda e proventos de Renda e proventos de qualquer natureza qualquer natureza qualquer natureza qualquer natureza

(art. 150, III)(art. 150, III)(art. 150, III)(art. 150, III)

Renda e proventos de Renda e proventos de Renda e proventos de Renda e proventos de qualquer natureza qualquer natureza qualquer natureza qualquer natureza

(art. 150, III)(art. 150, III)(art. 150, III)(art. 150, III)

Hierarquia material

Page 8: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

8

Controle material realizado pelo Poder Judiciário

• Voto da Min Ellen Grace do STF na ADI 2588 no sentido deque não há disponibilidade jurídica dos lucros auferidos pelacoligada estrangeira antes da distribuição efetiva desses lucros.Decidiu pela inconstitucionalidade da MP 2.158 apenas da

expressão "ou coligada” por ofensa ao disposto no art. 146, III,a, da CF, que reserva à lei complementar a definição de fatogerador.

• O ministro Joaquim Barbosa, julgou a ADI parcialmenteprocedente em 10/4/2013, entendendo que o texto somente seaplica à tributação das pessoas jurídicas sediadas no Brasil

cujas coligadas ou controladas estejam em “paraísos fiscais”.

Page 9: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

ADIN nº 2.588 – STF – constitucionalidade do art. 74 da MP 2.158/01

• Ministro Nelson Jobim – ADI 2588

• “(...) a incorporação de resultados, no

balanço da investidora brasileira, por meio

do MEP, independe de eventual controle

que esta exerça sobre a investida

estrangeira, pois, de acordo com a Lei das

S/A, basta a existência de investimentos

relevantes em sociedade coligada e, antes

da distribuição dos lucros, a investidora

brasileira já experimenta benefícios reais

decorrente da repercussão, no mercado, do

acréscimo patrimonial, expresso em seu

balanço, por via daquele método”.

RE 541.090/SC – Min Teori Zavascki

• É certo, portanto, que a DISPONIBILIDADEECONOMICA não exige o repasse físicodos recursos para o patrimimônio docontribuinte.

• Com a DISPONIBILIDADE ECONÔMICAdá-se o acréscimo, mesmo que contábil,desses recursos ao patrimônio docontribuinte.

• É exatamente essa a disciplina que a MP2.158/01 concede aos recursos erendimentos apurados no exterior porBrasileiras submetidas, pela lei societária,ao MEP.

• Com a aplicação do princípio dauniversalidade e da transparência fiscal daempresa do exterior, considera-se lucrodisponibilizado aquele apurado no balançoda empresa ESTRANGEIRA , naproporção da participação daBRASILEIRA e já considerado no balançodesta.

Page 10: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

10

STF – Lucros auferidos no exterior

ADI 2588

Inconstitucionalidade:

• Min. Ricardo Lewandowski

• Min. Marco Aurélio

• Min. Sepúlveda Pertence

• Min. Celso de Mello

Parcialmente constitucional:

• Min. Elen Gracie:

Inconstitucional apenas para o lucro das coligadas

Constitucionalidade:

• Min. Eros Grau

• Min. Nelson Jobim

• Min. Ayres Brito

• Min. Cesar Peluso

Inconstitucionalidade fora de

Paraiso Fiscal

Min. Joaquim Barbosa

Page 11: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

JULGAMENTO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

• ADI 2588

• RE 611.586 – COAMO -controlada em Paraiso Fiscal (Aruba)

• RE 541.090 – EMBRACO controlada na Italia e China

• Inconstitucional para coligada fora de paraiso fiscal• Constitucional controlada em paraiso fiscal

• Constitucional para controlada em paraíso fiscal

• Constitucional controlada fora de paraíso fiscal

Page 12: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

12

ADI nº 2588 – Supremo Tribunal Federal

Controlada Coligada

Regime de Tributação Regular

Constitucional Inconstitucional e Vinculante

Paraíso Fiscal Constitucional e Vinculante

Constitucional

Tratados contra a Bi-Tributação

Indefinido Inconstitucional e Vinculante

Page 13: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Argumentos adicionais do Min Teori

RE 541.090 – EMBRACO – controlada na Italia e China

• Tratados não protegem a tributação do lucro no Brasil � não há bitributação

• Há a possibilidade de compensação dos tributos pagos no exterior

Page 14: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Passagem (separação do patrimônio)

Aquisição da disponibilidade

Situação 1 Situação 2

Page 15: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Método da equivalência patrimonial - MEP

Valor do investimento avaliado pelo MEP

=% das ações possúídas pela

Investidora

xPL daInvestida

Investimento80 = 80 % x

PL100

Investimento120 = 80 % x

PL150

momento X

momento X+1

Page 16: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

PL da Investida

X1 X2

Capital ... 280 280

Lucros ... ____ 70

280 350

Ajuste na Investidora

X1 X2

Total PL 280 350

Perc Part 60% 60%

Investimento 168 210

Investidora B

Res Equiv Patrimonial

42 (1)

Equivalência Patrimonial

Investidora B

Investimento .

168

(1) 42

210

A B

Page 17: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

07-A17

• A contrapartida do ajuste da equivalência, contabilizada em conta de resultado, não será computada na determinação do lucro real.

Resultado daEquivalência

(+) Exclusão do LL

(-) Adição ao LL

Neutralidade da Equivalência Patrimonial

Page 18: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Principais alterações da MP 627/13

Marcos Vinicius Neder

Art. 73 A parcela do ajuste do valor do investimento emcontrolada, direta ou indireta, domiciliada no exteriorequivalente aos lucros por ela auferidos antes do impostosobre a renda, excetuando a variação cambial, deverá sercomputada na determinação do lucro real e na base de cálculoda Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL dapessoa jurídica controladora domiciliada no Brasil, observado odisposto no art. 72.

Page 19: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Transferência de lucros para subsidiárias

Page 20: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Estrutura de investimento

Financiamento de

Aquisição

Propriedade

IntelectualTrading

BraCo

Holding

BR

Exterior

Page 21: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Interposição de jurisdição de baixa tributação

AA

CC

BB

País de Residência

Paraíso Fiscal

País de Fonte

Dividendos

Juros

Pagamento de Dividendos (sistema de isenção em A)

ou Utilização em Outros Investimentos (sistema de crédito estrangeiro)Capital

Pagamento de rendimento dedutível para B e não tributável em CMútuo

Page 22: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

- Territorialidade

- Tributação de lucros auferidos no Brasil

- Tributação em bases universais

- Compensação de imposto pago

- Tributação imediata dos lucros

Diferimento da tributação

1964 1995 1996/1997 2001

-Tributação imediata dos lucros

-Dividendos presumidos???

-Não importa a localização e a especie de renda

Lei 4.506/64 Lei 9.249/95

IN 38/96

Lei 9.532/97 MP 2.158/01

Trajetória brasileira na tributação de lucros auferidos no exterior por residentes

Page 23: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

BRAZIL

EXTERIOR

LUCRO

BRAZIL

CanadaCO.

France CO.

Swiss CO.

Cayman CO.

Regra abrangente – independe da localização e da espécie de renda

LUCRO LUCRO

Page 24: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

ESTRUTURA PARA TRIBUTAÇÃO DE LUCROS AUFERIDOS NO EXTERIOR

BRAZIL

EXTERIOR

BRAZIL

CanadaCO.

France CO.

Swiss CO.

Cayman CO.

JURISDIÇÃOTRATADO

2. VENDA AOS CLIENTES2. VENDA

2.2.

3. LUCRO 3. LUCRO

3. LUCRO

3. DIFERIMENTO ATÉ EFETIVA DISTRIBUIÇÃOPARA O BRASIL

Page 25: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

O sistema europeu de isenção de participação

� Regra geral: isenção total do Imposto de Renda das empresas em relação aos dividendos recebidos de subsidiárias em outro País

� Requisitos impostos por cada país para que seja caracterizada a isenção de participação

� Suíça condiciona:� a que a subsidiária seja uma empresa ou cooperativa; � que a holding detenha, no mínimo, 10% do capital nominal da subsidiária, � que detenha participação com um valor justo de mercado de no mínimo 1 milhão de Francos Suíços ou que tenha direito a no mínimo 10% do lucro ou reservas da subsidiária

� Particularidades do regime: Bélgica, Itália, França e Alemanha tributam 5% dos dividendos recebidos no país; Hungria tributa 2% dos dividendos; Irlanda tributa dividendos mas concede crédito do imposto

� Extensão do regime para ganho de capital na alienação das ações das subsidiárias

Page 26: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Questionamentos da estrutura de investimentoscom a utilização de holdings no exterior

1. Substância da Holding

2. Tributação dos lucros do exterior auferidos por controlada indireta

3. Afastar as regras dos Acordos para evitar a dupla tributação de lucros firmados pelo Brasil no caso da tributação prevista no art. 74 da MP 2.158/01

Page 27: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Substância das holdings

Page 28: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

1- Substancia da Holding

• Instalações condizentes

• Pessoal adequado

• Autonomia administrativa

• Independência financeira

• Estrutura coerente com a atividade econômica

• Participações em outras empresas

Page 29: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Tributação das controladas indiretas diretamente no Brasil

Page 30: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Eagle

CCBA Monthiers

Espanha

Uruguai

Jalua

Brasil

Brahmaco

Argentina

Gibraltar

Caso EagleDiscussão de caso: Acórdão n.º 101-97.070 do CARF

Page 31: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Casos Eagle• Decisão da 1ª Câmara do 1º Conselho de Contribuintes(Eagle 2)

– A legislação espanhola não obriga o registro da equivalênciapatrimonial: a Jalua não teria contabilizado os lucros obtidospelas suas controladas (Monthiers e CBBA)

– Os lucros auferidos pelas controladas indiretas teriam sidoauferidos diretamente pela Eagle, sem “passar” pela Jalua• Afastamento da aplicação do Acordo Brasil-Espanha

Page 32: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

MP 2.158/2001Art. 74. Para fim de determinação da base de cálculo doimposto de renda e da CSLL, nos termos do art. 25 da Lei no9.249, de 26 de dezembro de 1995, e do art. 21 desta MedidaProvisória, os lucros auferidos por controlada ou coligada noexterior serão considerados disponibilizados para acontroladora ou coligada no Brasil na data do balanço no qualtiverem sido apurados, na forma do regulamento.

Page 33: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Regulamentação da MP 2.158/2001

IN 213, de 2002Art 1, § 6º - Os resultados auferidos por intermédio de outra pessoajurídica, na qual a filial, sucursal, controlada ou coligada, no exterior,mantenha qualquer tipo de participação societária, ainda queindiretamente, serão consolidados no balanço da filial, sucursal,controlada ou coligada para efeito de determinação do lucro real e dabase de cálculo da CSLL da beneficiária no Brasil.

Page 34: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

MP 2.158/2001 c/ interpretação da IN 213 - Critérios Normativos

(Hipótese)

1: coligada ou controlada aufere renda / lucro no exterior

2: empresa brasileira

3: consolidação do lucro das participações indiretas na pessoa

jurídica com participação direta

Solução Normativa (Consequência)

Em 31 de dezembro do ano, inclusão dos lucros auferidos no exterior na apuração do lucro real

Page 35: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Estrutura societária vertical

Cálculo hipotético

Exterior

Brasil Lucro do exterior reconhecido no Brasil = $ 130

Alíquota IR/CSLL = 34%

Imposto pago no Exterior = $52

Crédito máximo no Brasil = 34% X 130 ou o valor pago no exterior (o que for menor) = $44.2

Empresa

Brasileira

Holding ALucro da Holding A (Holding D+ C+ B) = - 50+ 100 +80 = $ 130

Alíquota Imposto de Renda = 0% (Regime de Isenção de Lucros de Participações Societárias)

Imposto pago no exterior = $ 52

SUB BLucro da B= 80

Alíquota Imposto de Renda =40%

Imposto pago = $ 32

Prejuízo de D = - $ 50

Alíquota Imposto de Renda = 40%

Imposto pago = $ 0

SUB D

Lucro da C= 100

Alíquota Imposto de Renda = 20%

Imposto pago = $ 20SUB C

MEP

Page 36: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Nova interpretação para o vocábulo “controlada” do art 74 da MP 2.158/01

discutida no Caso Eagle

Page 37: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Caso Eagle: Ac. 101-97.070 (CARF)

EMENTALUCROS AUFERIDOS NO EXTERIOR POR INTERMÉDIO DE CONTROLADASINDIRETAS-Para fins de aplicação do art. 74 da MP n° 2.158-35, os resultados de controladasindiretas consideram-se auferidos diretamente pela investidora brasileira, e suatributação no Brasil não se submete às regras do tratado internacional firmado com opaís de residência da controlada direta, mormente quando esses resultados não foramproduzidos em operações realizadas no pais de residência da controlada, evidenciandoo planejamento fiscal para não tributá-los no Brasil.

Page 38: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Tributação no Brasil do lucro das controladas indiretas??

Pressupostos

1. O conceito de “controle” da legislação societária pode serutilizado para elastecer o alcance da norma de tributaçãode lucros no exterior prevista na MP 2.158/2001

2. A regulamentação pela IN 213/2002 prevê a consolidaçãodos lucros e tributos pagos no exterior na controlada direta,mas não permite a compensação de prejuízos entre ascontroladas.

Page 39: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

LEI SOCIETÁRIA

Caso Eagle: Ac. 101-97.070

Aplica o conceito de “controlada” da Lei Societária

Art 243 § 2º Considera-se controlada a sociedade na qual acontroladora, diretamente ou através de outras controladas, étitular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modopermanente, preponderância nas deliberações sociais e o poderde eleger a maioria dos administradores.

Lei 6.404/76 c/c Lei 11.638/07

Page 40: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Tributação “direta” da controlada indireta

Exterior

Brasil C - Lucro do exterior reconhecido no Brasil = $ 100

B - Lucro do exterior reconhecido no Brasil = $ 80

Alíquota IR/CSLL = 34%

Imposto pago no Exterior = $20 + 32 = $52

Crédito máximo no Brasil = 34% X (100 + 80)= $ 61,2 ou o valor pago no exterior (o que for menor) = $ 52

Empresa

Brasileira

Holding ALucro da Holding A (Holding D+ C+ B) = - 50+ 100 +80 = $ 130

Alíquota Imposto de Renda = 0% (Regime de Isenção de Lucros de Participações Societárias)

Imposto pago no exterior = $ 52

Prejuízo da D = - $ 50

Alíquota Imposto de Renda = 40%

Imposto pago = $ 0

D

BLucro da B= 80

Alíquota Imposto de Renda =40%

Imposto pago = $ 32

Lucro da C= 100

Alíquota Imposto de Renda = 20%

Imposto pago = $ 20C

Page 41: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Aplicação dos Tratados

Estrutura de Holdings

Page 42: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Utilização de Tratados para evitar a dupla tributação

� Tratados assinados pelo Brasil seguem modelo da OCDE

� Lista de países que possuem tratado com o Brasil:

África do Sul Irlanda do Norte Argentina IsraelÁustria Itália Bélgica JapãoCanadá Luxemburgo Chile MéxicoChina Noruega Colômbia ParaguaiCoréia Peru Dinamarca PortugalEquador Reino Unido Espanha República TchecaFilipinas (e Eslováquia) Finlândia RússiaFrança Suécia Holanda Trinidad e TobagoHungria Ucrânia Índia Venezuela

Page 43: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Art 7º X Art 10 dos tratados

Acórdão nº 1402-00.391 – Caso Normus

Controladora

subsidiária

Hungria

Brasil 100%

Aplicação do Tratado Brasil-Hungria

1) Autuação dos resultados positivos auferidos pela subsidiária, localizada na Hungria e, controlada por empresa domiciliada no Brasil

2) Capitulação legal

- IRPJ: Art. 25, §§ 2º e 3º da Lei 9.249/95; Art. 16 da Lei 9.430/96; Art. 249, inciso II e 394 do RIR/99/ Art. 10, número 6 do tratado para evitar a bi-tributação celebrado entre Brasil e Hungria (decreto 53/1991); Art. 3º da Lei 9.959/00; Art. 74 da MP 2.158/01 (“MP”); e IN 213/02

Page 44: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

CLÁUSULAS DOS TRATADOS E MECANISMO DE TRIBUTAÇÃO NO BRASIL

Art 74 da MP 2.158/01 � artigo 7º versus art. 10ª

• MP 2.158/01 tributa lucros ou dividendos presumidos??

• O artigo 74 da MP 2.158 traz o conceito de distribuição

ficta??

Page 45: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

ART 7º LUCRO DAS EMPRESAS

“Os lucros de uma empresa de um Estado Contratante somente são

tributáveis nesse Estado, a não ser que a empresa exerça sua atividade

no outro Estado Contratante por meio de um estabelecimento permanente

nele situado. Se a empresa exercer a sua atividade na forma indicada, os

lucros atribuíveis ao estabelecimento permanente poderão ser tributados

no outro Estado Contratante”

CONVENÇÃO MODELO DA OCDE

ARTIGO 10 DIVIDENDOS

“1. Os dividendos pagos por uma sociedade residente de um Estado

Contratante a um residente do outro Estado Contratante são

tributáveis nesse outro Estado

2. Todavia, esses dividendos podem ser tributados no Estado Contratante

onde reside a sociedade que os paga, de acordo com a legislação desse

Estado, mas o imposto assim estabelecido não poderá exceder 15% do

montante bruto dos dividendos (...)”

Page 46: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

� Tratado Brasil–Austria

Artigo 23.2 - 2. Dividendos pagos pela empresa residente na Austria para uma empresa residente do Brasil e que possua pelo menos 25 por cento do capital social da empresa que paga os dividendos será isenta do imposto de renda no Brasil.

� Tratado Brasil-Espanha

Article 23.4 - 4. Quando um residente do Brasil recebe dividendos que, de acordo com a previsão dessa Convenção, são tributáveis na Espanha, o Brasil isentará tais dividendos de tributação.

� Tratado Brasil-Holanda

Protocolo FInal – Article 3. É entendido que o valor das ações emitidas pela empresa de um Estado Contratante e recebidas pelo residente de outro Estado Contratante não estarão sujeitas a tributação como renda em ambos Estados Contratantes

Tratamento dos dividendos pelos Tratados

Page 47: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Afasta a aplicação do artigo 7º do tratado Brasil-Hungria:

1. veda dupla tributação jurídica, mas permite dupla tributaçãoeconômica.

2. O artigo 74 da MP 2.158 é norma anti-abusiva (CFC) e, como tal, podeimpor tributação no Estado do sócio ou acionista independentementeda existência de tratado (comentários ao art. 7º – §14 – e art. 10 – § 37)

3. s disponibilizados na forma do art. 74 da MP 2.158-35 são qualificadoscomo dividendos pagos e o tratado Brasil-Hungria prevê a isenção dedividendos

PRINCIPAIS ASPECTOS DO CASO NORMUS (Ac nº 1402-00.391)

Page 48: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Art. 7. Lucros das Empresas

Comentários à convenção da OCDE ao art. 7.

13. O propósito do parágrafo 1 é limitar o direito de um Estado Contratante de tributar os lucros das empresas do outro Estado Contratante. O parágrafo não limita o direito de um Estado Contratante de tributar seus próprios residentes segundo as disposições referentes a empresas estrangeiras controladas, constantes da sua legislação interna, ainda que o imposto desse modo aplicado a esses residentes possa ser calculado em função da parte dos lucros de uma empresa residente no outro Estado Contratante, imputável à participação desses residentes na referida empresa. O imposto exigido dessa forma por um Estado de seus próprios residentes não reduz os lucros da empresa do outro Estado e não se poderá, dizer que está sendo exigido sobre tais lucros (vide também o parágrafo 23 do Comentário ao Artigo 1 e os parágrafos 37 a 39 do Comentário ao Artigo 10).

Comentários da ONU Após reproduzir o comentário acima:

• Some countries disagree with the approach taken in the second sentence of paragraph 13 of the OECD Commentary which states that paragraph 1 of Article 7 does not limit the right of a Contracting State to tax its own residents under controlled foreign companies provisions found in its domestic law.

>>>>> Não interfere porque se está tributando os lucros ou parcelas atribuíveis ao

estabelecimento controlador.

Page 49: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Efeitos de estruturas híbridas

• Estruturas de dívida x juros sobre capital próprio

49

Juros sobre Capital Próprio

Holanda

capital

mútuo

• Dedução Bra � 34%• IRRF no Bra�15% • Taxation NL � 25%• Tax sparing credit � 20%• “Benefício” fiscal +/- 14%

Juros sobre mútuo

• Dedução no Bra � 34%• IRRF no Bra � 15% • “Participation exemption”

na Holanda• “Benefício” fiscal +/- 19%

Estrangeira

Brasil

capital

capital

Page 50: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

OCDE e o Base Erosion and Profit Shifting

(“BEPS”)

• Identifica 15 ações específicas que “darão aos governos os instrumentos domésticos e internacionais para prevenir que as empresas paguem pouco ou nenhum tributo”:

50

1. Endereçar os desafios tributários da economia digital;

2. Neutralizar os efeitos nocivos de estruturashíbridas;

3. Fortalecer as regras CFC;

4. Limitar a erosão de base por meio de deduções com juros e outras despesas financeiras;

5. Combater práticas tributárias nocivas de forma maiseficiente, levando-se em consideração a transparênciae a substância;

6. Prevenir abuso de Tratados;

7. Prevenir a fuga do status de “estabelecimentopermanente”

– Assegurar que os resultados de preços de transferênciaestão alinhados com a criação de valor em:

8. Intangíveis

9. Riscos e capital

10. Outras transações sensíveis

11. Estabelecer metodologias para obter e analizarinformações sobre BEPS e as contra-ações paraendereçá-las;

12. Determinar aos contribuintes que divulguem suasestruturas de planejamento tributário agressivo;

13. Re-examinar da documentação de preços de transferência;

14. Tornar os mecanismos de solução de controvérsiasmais efetivos

15. Desenvolver um instrumento multilareral

Page 51: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Marcos Vinicius Neder

Uso de empresas veiculos

Page 52: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Caso Santander

52

BANESPA

Acionista

SANTANDER HISPANO

Aquisição

Santander Hispano adquire BANESPA

Page 53: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Comprador Vendedor

BB

Injeção de Capital: 300

Preço: 300

Investidor não residente

Brasil

PL: 300

PL: 100

Exterior

- Inv. 100- Ágio 200- Total 300

Custo de aquisição

PL: 100Incorporação

Uso de veículo de aquisição

Page 54: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Caso Santander

54

SantanderHolding

Banespa

Santander Hispano

Aumento Capital

Santander Hispano aumenta capital do Santander Holding com ações Banespa

Page 55: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Caso Santander

55

SantanderHolding

Banespa

SantanderHispano

Cessão

Santander Hispano cede participação na Santander Holding para Meridional Holding

MeridionalHolding

Page 56: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Caso Santander

56

SantanderHolding

Banespa

SantanderS/A

Santander S/A incorporou Meridional Holding

MeridionalHolding

Incorporação

Page 57: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Caso Santander

57

SantanderHolding

Banespa

SantanderS/A

Banespa incorpora Santander Holding

Incorporação

Page 58: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

AMORTIZAÇÃO DO ÁGIO EFETIVAMENTE PAGO NA AQUISIÇÃO SOCIETÁRIA. PREMISSAS.

As premissas básicas para amortização de ágio, com fulcro nos art. 7o., inciso III, e 8o. da Lei 9.532de 1997, são:

i) o efetivo pagamento do custo total de aquisição, inclusive o ágio;

ii) a realização das operações originais entre partes não ligadas;

iii) seja demonstrada a lisura na avaliação da empresa adquirida, bem como a expectativa derentabilidade futura.

Nesse contexto não há espaço para a dedutibilidade do chamado “ágio de si mesmo”, cujaamortização é vedada para fins fiscais, sendo que no caso em questão essa prática não ocorreu.

INCORPORAÇÃO DE SOCIEDADE AMORTIZAÇÃO DE ÁGIO ARTIGOS 7o E 8o DA LEI No9.532/97. PLANEJAMENTO FISCAL INOPONÍVEL AO FISCO INOCORRÊNCIA.

No contexto do programa de privatização das empresa de telecomunicações, regrado pelas Leis9.472/97 e 9.494/97, e pelo Decreto no 2.546/97, a efetivação da reorganização de que tratam osartigos 7o e 8o da Lei no 9.532/97, mediante a utilização de empresa veículo, desde que dessautilização não tenha resultado aparecimento de novo ágio, não resulta economia de tributosdiferente da que seria obtida sem a utilização da empresa veículo e, por conseguinte, não pode serqualificada de planejamento fiscal inoponível ao fisco. (Acórdão 140200.802)

Caso Santander

58

Page 59: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

MP 627 – Tributação de Lucros no Exterior

Regra Lei Anterior MP 627

Regime Tributário Controlada: Competência Controlada: CompetênciaColigada: Competência Coligada: Caixa fora de paraíso

fiscal

Recolhimento do tributo Imediato Diferimento em 5 anos com 25%no primeiro ano (libor)

Crédito Tributário I.R. s/ lucros I.R. s/ lucros;I.R. fonte s/ remessas;I.R. fonte s/ recebimentos;Ajuste preço transferência

Consolidação Vedado Possibilidade de consolidaçãoexceto paraíso fiscal

Page 60: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Principais alterações – Compensação do estoque de prejuízos no

exterior

Marcos Vinicius Neder

Art. 73 A parcela do ajuste do valor do investimento em controlada,direta ou indireta, domiciliada no exterior equivalente aos lucros por elaauferidos antes do imposto sobre a renda, excetuando a variaçãocambial, deverá ser computada na determinação do lucro real e na basede cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL dapessoa jurídica controladora domiciliada no Brasil, observado o dispostono art. 72.

§ 2º O prejuízo acumulado da controlada, direta ou indireta,domiciliada no exterior referente aos anos-calendário anteriores àprodução de efeitos desta Lei poderá ser compensado com os lucrosfuturos da mesma pessoa jurídica no exterior que lhes deu origem,desde que os estoques de prejuízos sejam informados na forma eprazo estabelecidos pela RFB.

Page 61: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Marcos Vinicius Neder

Art. 74. Até o ano calendário de 2022, as parcelas de que trata o art. 73 poderão serconsideradas de forma consolidada na determinação do lucro real e da base decálculo da CSLL da controladora no Brasil, excepcionadas as parcelas referentes àspessoas jurídicas investidas que se encontrem em pelo menos uma das seguintessituações:

I – situadas em país com o qual o Brasil não mantenha tratado ou ato com cláusulaespecífica para troca de informações para fins tributários;II - localizadas em país ou dependência com tributação favorecida, ou sejambeneficiárias de regime fiscal privilegiado, de que tratam os arts. 24 e 24-A da Lei nº9.430, de 27 de dezembro de 1996 ou estejam submetidas a regime de tributaçãodefinido no inciso III do caput do art. 80;III - sejam controladas, direta ou indiretamente, por pessoa jurídica submetida atratamento tributário previsto no inciso II do caput; ouIV – tenham renda ativa própria inferior a 80% (oitenta por cento) da renda total,nos termos definidos no art. 80;

Compensação de prejuízos do ano no exterior

Page 62: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Compensação de prejuízo – sem prazo de 5 anos

Marcos Vinicius Neder

Art 74

§ 3º No caso de resultado negativo da consolidação prevista no caput, a controladoradomiciliada no Brasil deverá informar à RFB as parcelas negativas utilizadas naconsolidação, no momento da apuração, na forma e prazo por ela estabelecidos.

§4º Após os ajustes decorrentes das parcelas negativas de que trata o § 3º, nosprejuízos acumulados, o saldo remanescente de prejuízo de cada pessoa jurídicapoderá ser utilizado na compensação com lucros futuros das mesmas pessoasjurídicas no exterior que lhes deram origem, desde que os estoques de prejuízossejam informados na forma e prazo estabelecidos pela Receita Federal do Brasil - RFB.

§ 5º O prejuízo auferido no exterior por controlada direta de que tratam os §§§ 3º, 4º e5º do art. 73 não poderá ser utilizado na consolidação a que se refere este artigo.

Page 63: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Conceitos de renda ativa e renda total

Marcos Vinicius Neder

Art 80I - renda ativa própria - aquela obtida diretamente pela pessoa jurídica mediante aexploração de atividade econômica própria, excluídas as seguintes receitas decorrentesde:a) royalties;b) juros;c) dividendos;d) participações societárias;e) aluguéis;f) ganhos de capital, salvo na alienação de participações societárias ou ativos decaráter permanente adquiridos há mais de 2 (dois) anos;g) aplicações financeiras; eh) intermediação financeira.

II - renda total - somatório das receitas operacionais e não operacionais, conformedefinido na legislação comercial do país de domicílio da investida; e

Page 64: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Conceitos de renda ativa e renda total

Marcos Vinicius Neder

Art 80III - regime de subtributação - aquele que tributa os lucros da pessoa jurídica domiciliadano exterior à alíquota nominal inferior a vinte por cento.

§ 1º As alíneas b, g e h do inciso I não se aplicam às instituições financeirasreconhecidas e autorizadas a funcionar pela autoridade monetária do país em queestejam situadas.

§ 2º Poderão ser considerados como renda ativa própria os valores recebidos a título dedividendos ou a receita decorrente de participações societárias relativos a investimentosefetuados até 31 de dezembro de 2013 em pessoa jurídica cuja receita ativa própriaseja igual ou superior a 80% (oitenta por cento).

§ 3º O Poder Executivo poderá reduzir a alíquota nominal de que trata o inciso III docaput para até quinze por cento, ou a restabelecer, total ou parcialmente.

Page 65: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Ajustes de Preço de transferência e Subcapitalização

Marcos Vinicius Neder

Art 82Poderão ser deduzidos do lucro real e da base de cálculo da CSLL os valores referentesàs adições, espontaneamente efetuadas, decorrentes da aplicação das regras depreços de transferência, previstas nos arts. 18 a 22 da Lei nº 9.430, de 1996, e dasregras previstas nos arts. 24 a 26 da Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010, desdeque os lucros auferidos no exterior tenham sido considerados na respectiva base decálculo do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ e da CSLL da pessoajurídica controladora domiciliada no Brasil ou a ela equiparada, nos termos do art. 79 ecujo imposto sobre a renda e contribuição social correspondentes, em qualquer dashipóteses, tenham sido recolhidos.§ 1º A dedução de que trata o caput:I - deve referir-se a operações efetuadas com a respectiva controlada, direta ou indireta,da qual o lucro seja proveniente;II - deve ser proporcional à participação na controlada no exterior;III - deve estar limitada ao valor do lucro auferido pela controlada no exterior; eIV - deve ser limitada ao imposto devido no Brasil em razão dos ajustes previstos nocaput.

Page 66: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Compensação de Imposto retido no exterior

Marcos Vinicius Neder

Art 83§ 7º Na hipótese de os lucros da controlada, direta ou indireta, vierem a ser tributadosno exterior em momento posterior àquele em que tiverem sido tributados pelacontroladora domiciliada no Brasil, a dedução de que trata este artigo deverá serefetuada no balanço correspondente ao ano-calendário em que ocorrer a tributação, ouem ano calendário posterior, e deverá respeitar os limites previstos nos §§ 4º e 8º desteartigo.§ 8º O saldo do tributo pago no exterior que exceder o valor passível de dedução dovalor do imposto sobre a renda e adicional devidos no Brasil poderá ser deduzido dovalor da CSLL, devida em virtude da adição à sua base de cálculo das parcelaspositivas dos resultados oriundos do exterior, até o valor devido em decorrência dessaadição.§ 9º Para fins de dedução, o documento relativo ao imposto sobre a renda pago noexterior deverá ser reconhecido pelo respectivo órgão arrecadador e pelo Consulado daEmbaixada Brasileira no país em que for devido o imposto.

Page 67: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Compensação de Imposto retido no exterior

Marcos Vinicius Neder

Art. 84. A pessoa jurídica coligada domiciliada no Brasil poderá deduzir do impostosobre a renda ou da CSLL devidos o imposto sobre a renda retido na fonte no exteriorincidente sobre os dividendos que tenham sido computados na determinação do lucroreal e da base de cálculo da CSLL, desde que sua coligada no exterior se enquadre nascondições previstas no art. 77, observados os limites previstos nos §§ 4º e 8º do art. 83.

Parágrafo único. Na hipótese de a retenção do imposto sobre a renda no exteriorvier a ocorrer em momento posterior àquele em que tiverem sido considerados noresultado da coligada domiciliada no Brasil, a dedução de que trata este artigo somentepoderá ser efetuada no balanço correspondente ao ano-calendário em que ocorrer aretenção, e deverá respeitar os limites previstos no caput.

Page 68: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Diferimento da tributação do lucro em 8 anos

Marcos Vinicius Neder

Art. 86. À opção da pessoa jurídica, o imposto sobre a renda e a CSLL devidosdecorrentes do resultado considerado na apuração da pessoa jurídica domiciliada noBrasil, nos termos dos arts. 73 a 76 e 78, poderão ser pagos na proporção dos lucrosdistribuídos nos anos subsequentes ao encerramento do período de apuração a quecorresponder, observado o oitavo ano subsequente ao período de apuração para adistribuição do saldo remanescente dos lucros ainda não oferecidos a tributação,assim como a distribuição mínima de 12,50% (doze e meio por cento) no primeiroano subsequente.(...)§ 4º O valor do pagamento será acrescido de juros calculados com base na taxaLondon Interbank Offered Rate - LIBOR, para depósitos em dólares dos EstadosUnidos da América pelo prazo de doze meses, referente ao último dia útil do mês civilimediatamente anterior ao vencimento, acrescida da variação cambial dessa moeda,definida pelo Banco Central do Brasil, pro rata tempore, acumulados anualmente,calculados na forma definida em ato do Poder Executivo, dedutíveis na apuração dolucro real e da base de cálculo da CSLL.

Page 69: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Tributação do Comércio Internacional de Serviços

Page 70: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

1. Tributação na Importação de Serviços

– IRRF

– ISS

– PIS/COFINS-Importação

– CIDE-Royalties

– IOF-Câmbio

70

• Responsável tributário: a fonte pagadora• Alíquota: 25%

•15% quando for aplicável a CIDE-Royalties (slide seguinte)

• Contribuinte: estabelecimento tomador do serviço • Alíquota: varia de 2% a 5%, conforme o domicílio do tomador

• Contribuinte: PJ ou PF contratante dos serviços do exterior• Alíquota: 9,25%

• Contribuinte: pessoa signatária do contrato • Alíquota: 10% • Incidência: “contratos que tenham por objeto serviços técnicos e de

assistência administrativa e semelhantes a serem prestados por residentes

ou domiciliados no exterior”

• Incidência no fechamento do contrato de câmbio para remessas no exterior• Alíquota: 0,38% (art. 15-A)

Page 71: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Pagamento de Software Fees Pagamento pela Prestação de ServiçosSoftware fees 100,00 Preço dos serviços 100,00Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) 15% -15,00 Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) 15% -15,00Imposto sobre Serviços (ISS) 2% -2,00 Imposto sobre Serviços (ISS) 5% -5,00Montante líquido após os impostos 83,00 Montante líquido após os impostos 80,00CIDE 0% 0,00 CIDE 10% 10,00Base de Cálculo da PIS/COFINS-Importação 110,19 Base de Cálculo da PIS/COFINS-Importação 110,19PIS/COFINS-Importação 9,25% 10,19 PIS/COFINS-Importação 9,25% 10,19Crédito de PIS/COFINS 0,00 Crédito de PIS/COFINS 0,00IOF-Câmbio 0,38% 0,32 IOF-Câmbio 0,38% 0,30Custo da companhia brasileira 110,51 Custo da companhia brasileira 120,50

Carga tributária da companhia brasileira Carga tributária da companhia brasileiraCustos/despesas 110,51 Custos/despesas 120,50Deduções do IRPJ 34% -37,57 Deduções do IRPJ 34% -40,97Custo total dos software fees 72,94 Custo total dos serviços 79,53

Sumário SumárioMontante líquido recebido pelo não-residente 83,00 Montante líquido recebido pelo não-residente 80,00Desembolso da companhia brasileira 110,51 Desembolso da companhia brasileira 120,50Tributos totais 27,51 Tributos totais 40,50Tributos recuperáveis -37,57 Tributos recuperáveis -40,97Custo tributário total (ou crédito) -10,06 Custo tributário total (ou crédito) -0,47

Tributação na Importação de Serviços – Exemplo Numérico

Premissas:

• A alíquota reduzida de 2% para softwares refere-se à legislação do ISS do Município de São Paulo

• O exemplo da prestação de serviços leva em conta um serviço técnico/administrativo

Page 72: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Investimentos por espécie de Ativo

Cash

Mercadorias

Recebíveis

Ativos Tangiveis

Ativos Tangíveis

Capital próprio

Capital de

Terceiros

Baixa liquidez

Alta Liquidez

Baixo AltoRetorno do Investmento

Page 73: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

patentes

know-how

Marcas

Vantagens

concorrenciais

Goodwill

contratos

Financial /tangible assets

Segredoscomerciais

Relação não

contratual

Capital Humano

Oportunidade na área

Espécies de Intangíveis

copyrights

Page 74: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Licença de Patentes

Fornecimento de Tecnologia

Licença de Marcas

Serviços de Assistência Técnica

(com FT)

Serviços em geral

P&D

IRFonte15% 15% 15%

15% 15% se incidir

CIDE

ou 25%15%

CIDE10%

(30% credito até 31/12/2013)

10%10%

(30%credito até 31/12/2013)

10%10% por serviços

técnicos ou administrativos

10%

ISSN/A 2% a 5%

(controverso)

2% a 5%

(controverso)2% to 5% 2% a 5% 2% a 5%

PIS/ COFINS

ImportN/A

9.25%

(controverso)

9.25%

(controverso)9.25%

9.25% 9.25%

IOF0.38% 0.38% 0.38%

0.38% 0.38% 0.38%

. Tributação na Importação de Serviços - Panorama

Page 75: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

– Ativos industriais (patentes, marcas e tecnologia)– Pagamentos relacionados à importação de serviços que envolvam transferência de

tecnologia necessitam registro no INPI e no Banco Central para remessa derecursos para o exterior

– Esses serviços (registrados no INPI) não estão sujeitos às regras de preços detransferência e a dedutibilidade está sujeita a limites estabelecidos pelo Ministérioda Fazenda (1% a 5% do valor remetido)

– Outros intangíveis não submetidos ao registro no INPI (serviços em geral,software, know how) estão sujeitos ao controle de Preços de Transferência

– O Siscoserv prevê atualmente o controle sobre os contratos e pagamentorelativos à cessão de direitos de propriedade intelectual, franquias empresariase exploração de outros direitos

Preços de Transferência para controle de pagamentosrelacionados à exploração de Ativos Intangiveis

Page 76: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT No 8, de 01 de novembro de 2012

Ementa: RATEIO DE CUSTOS E DESPESAS ENTRE EMPRESAS DO MESMO GRUPO ECONÔMICO. DEDUTIBILIDADE.

São dedutíveis as despesas administrativas rateadas se: a)comprovadamente corresponderem a bens e serviços efetivamente pagos e recebidos; b)forem necessárias, usuais e normais nas atividades das empresas; c)o rateio se der mediante critérios razoáveis e objetivos, previamente ajustados, devidamente formalizados por instrumento firmado entre os intervenientes; d)o critério de rateio for consistente com o efetivo gasto de cada empresa e com o preço global pago pelos bens e serviços, em observância aos princípios gerais de Contabilidade; e)a empresa centralizadora da operação de aquisição de bens e serviços apropriar como despesa tão-somente a parcela que lhe couber segundo o critério de rateio.

Assunto: PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA. HIPÓTESES DE APLICAÇÃO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.

Ementa: Aplica-se o Método dos Preços Independentes Comparados (PIC) ou o Método do Custo de Produção Mais Lucro (CPL), caso se comprove que as disposições do contrato sejam inconsistentes com as características de contratos de compartilhamento de custos e despesas. São características de contratos de compartilhamento de custos e despesas: a)a divisão dos custos e riscos inerentes ao desenvolvimento, produção ou obtenção de bens, serviços ou direitos; b)a contribuição de cada empresa ser consistente com os benefícios individuais esperados ou recebidos efetivamente; c)a previsão de identificação do benefício, especificamente, a cada empresa do grupo. Caso não seja possível assumir que a empresa possa esperar qualquer benefício da atividade desenvolvida, tal empresa não deve ser considerada parte no contrato; d)a pactuação de reembolso, assim entendido entendido o ressarcimento de custos correspondente ao esforço ou sacrifício incorrido na realização de uma atividade, sem parcela de lucro adicional; e)o caráter coletivo da vantagem oferecida a todas as empresas do grupo; f)a remuneração das atividades, independentemente de seu uso efetivo, sendo suficiente a "colocação à disposição" das atividades em proveito das demais empresas do grupo; g)a previsão de condições tais que qualquer empresa, nas mesmas circunstâncias, estaria interessada em contratar.

DECISÕES INTERESSANTES SOBRE TRIBUTAÇÃO DE SERVIÇO INTERNACIONALTratamento de compartilhamento de custos com a matriz no exterior

Page 77: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

� STJ IRRF SOBRE PAGAMENTO DE SERVIÇOS AO EXTERIOR

� Processo nº 2009/0198051-2

� Tratados Brasil/Alemanha e Brasil/Canadá

� Rendimentos de prestação de serviços sem transferência de tecnologia –remuneração pela reparo, revestimento e beneficiamento de maquinas eequipamentos não sobre incidência de Imposto de Renda na Fonte na remessados valores ao prestador de serviço no exterior

� Decisão favorável ao contribuinte – aplicação do Artigo Lucro das Empresasdos TDTs para rendimentos pela prestação de serviços pagos aos prestadoresdomiciliados no exterior

� Entendimento de que o rendimento operacional (i.e., valor recebido empagamento de prestação de serviço) integra a receita operacional, a qual, porsua vez, integra o lucro da respectiva empresa no exterior – subsumindo-se,por essa razão, ao Artigo 7º do TDT (e não ao Artigo 21 – “Rendimentos nãoexpressamente mencionados”)

� Reconhecimento do entendimento equivocado no ADN COSIT 1/2000

DECISÕES INTERESSANTES SOBRE TRIBUTAÇÃO DE SERVIÇO INTERNACIONAL

Page 78: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

CONVENÇÃO MODELO DA OCDE ARTIGO 21 - OUTROS RENDIMENTOS

1. Os rendimentos de um residente de um Estado

Contratante não expressamente mencionados nos

artigos precedentes da presente Convenção, só são

tributáveis nesse Estado

RENDIMENTOS DE SERVIÇOS OU LUCROS

CONVENÇÃO MODELO DA OCDE – ART. 21

Page 79: Aula do dia 05 05-14- marcos vnicius neder

Muito obrigado

[email protected]