aula 4. virologia farmácia

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  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    FACULDADE ANHANGUERA DE ANPOLISCURSO FARMCIA

    Prof Juliana Dias Martins

    VIROLOGIA

    1

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Paramixovrus

    Famlia Paramyxoviridae

    Subfamlias

    Paramyxovirinae

    Pneumovirinae

    150 nm ou mais de dimetro, esfricos, envelopados

    Simetria helicoidal e RNA de fita simples

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Sarampo

    Gnero Morbillivirus

    100 a 300 nm

    Apresenta um s tipo sorolgico e considerado um vrusestvel

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Sarampo

    Patognese

    PI = 10 a 14 dias

    Febre, coriza, tosse e conjuntivite

    Perodo de contgio 4 a 5 dias antes do aparecimento dasleses cutneas at 3 a 4 dias aps

    Transmisso: indivduo-indivduo (inalao de gotculas desaliva infectadas)

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Sarampo

    Patognese

    - Porta de entrada da infeco a via respiratria

    - Multiplicao inicial: ocorre nas clulas do epitlio datraquia e brnquios.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Sarampo

    Necrose do epitlio das vias respiratrias pode facilitar aimplantao e multiplicao bacteriana secundria

    complicaes: pneumonia e broncopneumonia, otite

    A resposta imune importante na recuperao e de longadurao.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Sarampo

    Panencefalite subaguda esclerosante complicao rara dainfeco pelo vrus do sarampo

    Doena com comprometimento do sistema nervoso central

    Atinge crianas e adultos jovens

    Mais frequente quando a infeco pelo vrus ocorreantes dos dois anos de idade e o PI de 7 a 10 anos.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Sarampo

    Epidemiologia

    No existe um reservatria animal do sarampo ou evidnci de

    infeces latentes ou persistentes

    endmico

    Mais frequente no inverno

    Carter cclico (surgindo a cada 2 a 3 anos)

    Notificao compulsria

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Sarampo

    Diagnstico laboratorial

    Exame citolgico de secrees nasofarngeas, mucosa bucal

    ou conjuntiva Com ou sem demonstrao da presena do antgeno

    especfico, pela imunofluorescncia.

    Exame clnico confirmado por sorologia. ELISA (imunoenzimtico)

    IgM e IgG

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Sarampo

    Tratamento

    No h com antivirais

    Sintomtico Se complicaes por infeco secundria de origem

    bacterianaantibioticoterapia

    Ribavirina (antiviral) diminui a gravidade dos sintomas em

    pacientes imunocomprometidos.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Sarampo

    Preveno e controle

    Vacinaovacina atenuada (proteo de 90%) dos vacinados

    8 a 10 anos.

    Idade para imunizao6 a 15 meses.

    Variaes quanto a idade (12 meses)

    Triplice viral (sarampo, rubola e caxumba)

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Parainfluenza

    Incluidos em 2 gneros : famlia Paramyxoviridae, Respirovrus(parainfluenza 1 e 3) e Rubulavirus (parainfluenza 2 e 4),apresentam hemaglutinina e neuraminidase.

    Sintomas da doena so semelhantes influenza.

    150 a 200 nm de dimetro.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Parainfluenza

    Patognese

    Replicam nas clulas epiteliais do trato respiratrio, causandorinites, faringites, laringites, traqueobronquite, bronquiolite epneumonia.

    Sintomas: tosse, rouquido e febre

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Doenas respiratrias graves causadas pelos HPIV 1, 2 e 3ocorrem nas primeiras 3 a 5 anos de vida

    A resistncia aos parainfluenzavrus mediada principalmentepela imunidade mucosa local.

    Tipo 3 o mais comumente isolado.

    Parainfluenza

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Epidemiologia

    Transmisso atravs de contato direto com pessoa a pessoa ougoticulas contendo o vrus (no sobrevivem muito tempo no ambiente)

    Dose infectante para este vrus pequena

    HPIV3 eliminado na orofaringe por 3 a 6 dias durante a infeco

    primria, reinfeco por um perodo mais curto.

    PI3 a 6 dias (adultos) 2 a 4 dias (crianas)

    Parainfluenza

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    HPIV-3pneumonia ou bronquiolite (crianas menos de 6meses de idade)

    Causa importante de infeces hospitalares em crianas.

    HPIV-4 doenas causadas por ela no so frequentes e somais leves.

    Parainfluenza

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Diagnstico laboratorial por imunofluorescncia oudeteco do RNA viral (por PCR)

    Swabs nasais ou de garganta, lavado nasal.

    Parainfluenza

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Tratamento

    Sintomtico, incluindo umidificao do ar e inalao peridicade epinefrina (broncodilatador).

    No h tratamento antiviral especfico.

    Parainfluenza

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Preveno e controle

    No h vacinas licenciadas para a preveno das infeces

    pelos vrus parainfluenza.

    Parainfluenza

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Caxumba

    Apresentam atividade de hemaglutinina e neuraminidase.

    S se conhece um sorotipo do vrus da caxumba

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Caxumba

    Patognese

    PI de 18 dias

    Porta de entrada a via respiratria

    Multiplica-se na mucosa do trato respiratrio disseminando para os linfonodos por viremia com

    localizao do vrus na glndula partida infecta oepitlio do duto, com descamao celular, edemaintersticial e reao inflamatria local.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Outros rgos podem ser atingidos: testculos, prstata,ovrio, fgado, bao, glndula tireoide e timo.

    Casos graves : SNC (encefalite e meningite)

    Isolamento do vrus na urina durante os primeiros 15 dias dadoena e das secrees da orofaringe, desde 6 dias antes dese manifestarem os sintomas at 5 dias aps o aparecimento

    destes.

    Restabelecimento da infecoimunidade permanente.

    Caxumba

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Epidemiologia

    Homem o nico hospedeiro e reservatrio natural do

    vrus

    Caxumba

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Diagnstico laboratorial

    PCR

    ELISA

    Tratamento

    Preparo de imunoglobulinas especficas para o vrus,preparadas a partir do soro humano

    Caxumba

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Preveno e controle

    Vacina atenuada fornece boa proteo

    - Administrada aos 12 meses de idade

    Caxumba

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Poxvrus

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    So os maiores e mais complexos (300 nm)

    DNA duplo (codifica > 100 prots)

    multiplicao intracitoplsmica

    Deste grupo de vrus faz parte o vrus davarola.

    Famlia Poxviridae

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Varola

    Famlia Poxviridae

    Subfamlia Chordopoxvirinae

    Gnero Orthopoxvirus

    Virus envelopado

    Elevada resistncia a temperatura ambiente

    Pode manter-se vivel por 3 meses quando emambiente seco e fora da ao da luz.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Varola

    Patognese

    Antes da erradicao era uma doena de maiorcontgio

    S infecta humanos Porta de entrada vias respiratrias superiores,

    ocorrendo a multiplicao primria no tecido linfide

    local

    PI 10 a 14 dias

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Febre, mal-estar, dor de cabea e dor nas costas por 5dias.

    No 3 dia aparece o exantema (erupo cutnea)

    Aps 8 a 9 dias as pstulas secam e tornam crostas aps14 a 16 dias (duram 4 dias).

    Varola

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Epidemiologia

    OMS1967 campanha mundial para erradicao da varola.

    No h reservatrio no humano

    Um sorotipo

    Vacina efetiva (vrus vaccnia, preparado pela coleta de leses

    vesiculares em bovinos ou ovinos, ou multiplicao em ovosembrionados ).

    - aps erradicao vacinao suspensa.

    Varola

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Diagnstico laboratorial

    Fase pre-eruptivasangue colhido com anticoagulante

    Fase mculo-papular

    raspado das leses Fase crostaestas servem como fonte de isolamento do vrus.

    ELISA

    Varola

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Preveno e controle

    Vacinao

    Varola

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Rubola

    Famlia Togaviridae

    GneroRubivirus

    EspcieRubella virus

    60 a 70 nm de dimetro, envelopado, simetria icosadrica

    RNA de fita simples

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Rubola

    TRANSMISSO:

    A Transmissibilidade estende-se desde semanas antes at 5

    dias aps o aparecimento do exantema.

    Pode ocorrer diretamente, pela secreo orofaringeana; ouindiretamente, por fomites, partculas pelo ar, urina de

    criana contaminada ou congenitamente.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Rubola

    Patognese

    Rubola aguda

    Rubola congnita

    A infeco pelo vrus em crianas e adultos benigna

    Transmisso do agente etiolgico ocorre pelas vias respiratrias,multiplicao nas mucosas do trato respiratrio e seguida dedisseminao linftica (ndulos linfticos regionais). Aumento dos ndulos linfticos

    PI 7 a 9 dias (liberao do virus na nasofaringe e fezes)

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Rubola

    Erupo maculopapular

    Comea 14 a 21 dias aps o contato com o vrus.

    Sintomas: erupo, linfoadenopatia, febre baixa,conjuntivite, faringite

    Anticorpos IgM e IgG Aps duas semanasdeteco de todas as classes

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Rubola

    Rubola congnita

    Transmisso via transplacentria (no 1 trimestre da

    gestao) Mal formao congnita e aborto

    Infeco do feto em 90% dos casos (durante asprimeiras 8 semanas de gestao)

    20 a 25% no segundo trimestre

    Aumentando perto do parto

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Rubola

    Rubola congnita

    Se feto infectado no primeiro trimestre de gestao Sintomas perda de audio, doena cardaca congnita, retardo

    psicomotor, catarata, hepatomegalia

    80% dos neonatos secretam o vrus na nasofaringe e urina

    3% continuam a excretar por at 20 meses.

    Se infectado aps o primeiro trimestre NO manifestasintomas ao nascer.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Rubola

    Epidemiologia

    HOMEM nico hospedeiro natural

    Antes da vacinao o pico de infeco ocorria na faixaetria de 5 a 9 anos de idade, aps vacina mudou decriana para adulto jovens.

    Rubola ps-natal doena de notificao compulsria em1996.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Rubola

    Diagnstico laboratorial

    Sorologia atravs da deteco de anticorpos da classe IgM porELISA.

    - Crianas infectadas no tero possuem IgM especfico pararubola por muitos meses aps o nascimento.

    - Infeces recentes confirmada pelo aumento do ttulo deanticorpos entre 2 amostras de soro

    PCR

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Rubola

    TRATAMENTO

    No h tratamento com antivirais especfico

    PREVENO E CONTROLE

    Vacinao com cepas atenuadas do vrus

    95% dos vacinados induz resposta de anticorpos 12 anos de proteo

    1992 (triplice viral no Brasil)sarampo, rubola e caxumbaaplicadaaos 12 meses de idade com reforo entre 4 a 6 anos de idade.

  • 8/10/2019 Aula 4. Virologia Farmcia

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    Prxima aula...

    Picornavrus.

    Vrus da Raiva.

    Retrovrus

    Doenas virais transmitidas por artrpodes.