2ª aula - origem e evolução da farmÁcia

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Origem e Evoluo da FARMCIA

Prof Cludio Lus Venturini

Introduo Na pr-histria o homem j fazia o uso de plantas para a cura de doenas. Medicina Primitiva: Baseava-se em crenas e ritos mgicos aliada ao uso de Plantas Medicinais At hoje xams usam determinadas plantas para provocar alucinaes ou para curar.

Introduo China 3.700 anos a.C. Tratado Mdico mais antigo escrito pelo Imperador Shen Nung Para uma determinada enfermidade havia uma planta que seria um remdio Conforme a lenda, ele podia observar os efeitos de seus preparados no organismo por ter o abdmen transparente.Farmcia na China Antiga

Imperador Shen Nung

Mesopotmia

Introduo 3.000 anos a.C. Ruinas de Nippur Tabua de argilas gravadas com escritas cuneiformes contendo 15 receitas medicinais descoberta em Nippur. Biblioteca do Palcio Real de Elba (Siria) Descobertas em 1974-1975 20.000 Tabuinhas de argila Informaes de medicamentos Nos escritos sumrios h referncias erva-doce, beldroega e alcauzTabua Sumrica

Egito Papiros Mdicos escrita hiertica conhecidos 14 rolos Imprio Antigo Imprio Mdio

Introduo

PAPIRO KAHUN 1850 a.C. Papiro ginecolgico Teste de Gravidez Mtodo de Contracepo mistura base de fibras vegetais e de espinhos de accia modos espinhos so ricos em cido ltico, que txico para os espermatozoides.

Introduo Egito PAPIRO SMITH Descoberto por Edwin Smith (1822-1906) Descreve tratamentos cirrgicos Instrues para o tratamento de feridas, fraturas e luxaes

Papiro de SMITH

Egito

Introduo

Papiro de EBERS

PAPIRO EBERS Papiro mais importante para a historia da Farmcia 1550 a.C. (sculo XVI a. C.) Descoberto por Georg Moritz Ebers (1837-1898) em Luxor, em 1873 Delineia tratamentos mgicos, mecnicos e farmacolgicos 20 metros 7000 Substncias medicinais 811 Frmulas

Egito

Introduo

Fraturas talas e bandagens. Curativos (unguentos) utilizavam plantas, animais e minerais Plantas (125 no papiro de Ebers) Zimbro, linhaa, rom, erva-doce, folhas do sene, rcino, alho, papoula, accia, cebola, figo, sementes de linho, aafro, mirra, alface, Aloe vera.

Produtos animais carne (para curar feridas), o mel (como antissptico local), a cera, a teia de aranha (desinfetante), a gordura de vaca, o leite de burra, as vsceras de porco

Produtos Minerais Sais de Chumbo

Introduo ndia Medicina Hindu Athatva Veda 2500 a.C. Plantas medicinais Eram usadas basicamente de duas formas: como elemento para limpar o corpo, estimulando suas secrees e como sedativo.

Athatva Veda

Introduo Grcia e Roma Na Antiguidade a Medicina e a Farmcia eram uma s profisso Na antiga Roma comeou a separao daqueles que diagnosticavam a doena, daqueles que misturavam matrias para produzir pores de cura

Teofrasto (371 a. C. 287 a. C.)(Grego) discpulo de Aristteles, foi o primeiro botnico conhecido e destacou-se como estudioso de plantas medicinais.

Dioscodides (I d.C.)(Grego) Elaborou o guia De Materia Medica, (precursora das farmacopeias) apresenta a descrio do uso de centenas de plantas medicinais e outros preparados de origem animal e mineral.

Grcia e Roma Hipcrates (377 a.C.- 460 a. C.) (Grego) Pai da Medicina

Introduo

Fundamentou a sua na teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleuma - pituta, blis amarela e blis negra). Relacionando a quantidade dessas substncias presentes no corpo, encontrar-se-ia o estado de equilbrio (eucrasia) ou a doena e dor (discrasia).

Grcia e Roma Galeno (200 130 a. C.) (Pai da Farmcia)

Introduo

Nasceu na Turquia, mas destacou-se em Roma Combatia as doenas por meio de substncias ou compostos que se opunham diretamente aos sinais e sintomas das enfermidades. Destacou-se pela prtica de testar remdios, criando muitos mtodos extrativos ainda hoje associados a produtos referidos como galnicos Teriagas Vinho e ervas Suas obras constam de cerca de quatro centenas e meia de referncias a frmacos precursor da alopatia. Escreveu mais de duzentas obras, sendo que cerca de cem so hoje reconhecidas como de sua autoria

Introduo Theophrastus Bombastus von Hohenheim, (1.4931.541) PARACELSUS Suio Desenvolveu vrios de mtodos extrativos Obra Das Virtudes das Plantas, Razes e Sementes Samuel Hahnemann(1.755 1.843) Pai da Homeopatia Alemo

A Profisso Farmacutica A primeira Farmcia Pblica de que se tem notcia foi fundada em Bagd, pr ordem do Califa ALIMAZUR, no ano de 776 d.C.

AVICENA (980-1037d.C) o Galeno Persa contribuiu para s cincias farmacuticas, chegando amontar uma botica dentro de sua prpria casa, onde atendia os necessitados.

A Profisso Farmacutica O Boticrio A arte do boticrio sempre foi associada ao mistrio; acreditavase que os prticos tinham alguma conexo com o mundo dos espritos e, dessa forma, intermediavam o visto e o no-visto. A crena de que poes medicamentosas tinham poderes mgicos significava que sua ao, para o bem ou para o mal, no dependia unicamente das suas qualidades naturais. o boticrio tribal era temido, respeitado, acreditado, confiado, algumas vezes desconfiado, admirado e reverenciado. Por meio de suas poes, acreditava-se que os contatos espirituais fossem feitos, sendo a cura ou o fracasso da terapia dependente desse contato

A Profisso Farmacutica O termo farmcia vem do grego pharmakon ( ), que deu origem a frmaco, farmcia e tinha duplo significado: medicamento e veneno. No sculo II, os rabes fundaram a primeira escola de farmcia de que se tem notcia, criando inclusive uma legislao para o exerccio da profisso. A partir do sculo X, foram criadas as primeiras boticas ou apotecas - na Espanha e na Frana. Eram as precursoras das farmcias atuais. Cabia aos boticrios conhecer e curar as doenas, e para o exerccio da profisso deviam cumprir uma srie de requisitos e ter local e equipamentos adequados para a feitura e guarda dos remdios.

A Profisso Farmacutica A farmcia foi oficialmente separada da medicina em 1240 d.C., quando um decreto do imperador Frederico II, da Alemanha, regulamentou a prtica da farmcia dentro de parte de seu reino, chamado Duas Siclias. Os farmacuticos passaram a ser obrigados a prestar juramento quanto preparao de medicamentos confiveis e de qualidade uniforme, de acordo com a arte. No sculo XVI, o estudo dos medicamentos ganhou impulso notvel, com a pesquisa sistemtica dos princpios ativos das plantas e dos minerais capazes de curar doenas.

A Profisso Farmacutica Louis Pasteur (1822 1895) Em 1861, colocou fim aos argumentos sobre Gerao espntanea com uma srie de experimentos que demonstraram que: Os microorganismos estavam presentes no ar e podiam contaminar solues estreis, embora o prprio ar por si no criasse micrbios No sculo XIX, mdicos, farmacuticos e qumicos comearam a desenvolver tcnicas voltadas para o estudo das substncias responsveis pelas atividades farmacolgicas, ou seja, os frmacos; Com o tempo, foi implantada no mundo a indstria farmacutica

A Profisso Farmacutica Durante a 1a Guerra Mundial (1914 -1919), desenvolvese a terapia antimicrobiana com avanos significativos em quimioterapia, antibioticoterapia e imunoterapia. No perodo da 2a Guerra Mundial (1939 -1945), comearam as pesquisas sobre guerra qumica que resultaram no descobrimento dos primeiros antineoplsicos. As ltimas dcadas do sculo passado foram decisivas no descobrimento de frmacos a partir da aplicao de conceitos de gentica molecular, genmica, protemica e informtica. A biotecnologia e a tecnologia farmacutica emergiram como poderosos instrumentos para romper com os limites teraputicos estabelecidos.

A Histria da Farmcia no Brasil O primeiro boticrio no Brasil foi Diogo de Castro, trazido de Portugal por Thom de Souza (governador geral nomeado pela coroa portuguesa) Os jesutas que vieram para o Brasil colocavam em seus colgios de catequizao uma pessoa para cuidar dos doentes e outra para preparar os remdios. Jos de Anchieta, jesuta que pode ser considerado o primeiro boticrio de Piratininga (So Paulo). A partir de 1640 as boticas foram autorizadas a se transformar em comrcio, dirigidas por boticrios aprovados em Coimbra. Esses boticrios que obtinham sua carta de aprovao eram profissionais empricos, s vezes analfabetos, possuindo apenas conhecimentos corriqueiros de medicamentos.

Criada por dom Joo VI em 1808, a Botica Real Militar atendia aos exrcitos da Coroa (Fonte: Agncia FIOCRUZ de Notcias)

A Histria da Farmcia no Brasil A passagem do nome de comrcio de botica para farmcia surgiu com o Decreto 2055, de dezembro de 1857, onde ficaram estabelecidas as condies para que os farmacuticos e os no habilitados tivessem licena para continuar a ter suas boticas no pas.

O Smbolo da Farmcia A taa com a serpente nela enrolada internacionalmente conhecida como smbolo da profisso farmacutica. Sua origem remonta antigidade, sendo parte das histrias da mitologia grega. Segundo as literaturas antigas, o smbolo da Farmcia ilustra o poder (cobra) da cura (taa).

O Smbolo da Farmcia Na mitologia grega Hgia era a filha de Esculpio (Asclepius). Era a deusa da sade, limpeza (da a raiz da palavra higiene) e da sanitariedade, e exercia uma importante parte no culto do pai. Enquanto seu pai era mais associado diretamente com a cura, ela era associada com a preveno da doena e a continuao da boa sade. A cobra denominada Serpente de Epidauro, um dos templos dedicado a Esculpio. Para as sociedades ocidentais e do oriente mdio, a serpente simboliza a sabedoria, a imortalidade e a cura. A taa uma variante do smbolo da serpente, significando a cura por meio daquilo que se ingere, ou seja, pelos medicamentos

Cosme de Damion Asclepius e Hygeia Hygeia Asclepius