2011-1 aula 1 - introdução a virologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS LABORATÓRIO DE VIROLOGIA Prof. Dr. Jonny Yokosawa Doutorando Guilherme Ramos Oliveira e Freitas VIROLOGIA: AULA 1 Histórico Propriedades gerais Classificação viral Taxonomia

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Page 1: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIAINSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS

LABORATÓRIO DE VIROLOGIA

Prof. Dr. Jonny Yokosawa

Doutorando Guilherme Ramos Oliveira e Freitas

VIROLOGIA: AULA 1Histórico

Propriedades geraisClassificação viral

Taxonomia

Page 2: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Virologia

Ramo da biologia que se dedica ao estudo dos vírus

Parte da Microbiologia Bactérias - Bacteriologia Fungos - Micologia Vírus - Virologia

Page 3: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Histórico

1835

Fungos

1845

Bactérias

1892

Primeiro vestígio da existência de

partícula viral

1915

1950

1882

Page 4: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Histórico

Adolf Meyer (químico alemão) - 1882 Doença do “mosaico do tabaco”

Agente infeccioso Não podia ser visualizado Não podia ser cultivado em “in vitro” em meios sintéticos Possibilidade doença causada por toxina

Page 5: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Histórico

1835

Fungos

1845

Bactérias

1892

Primeiro vestígio da existência de

partícula viral

1915

1950

1882

Partícula filtrável

Fluidum vivum

contagiosum

Page 6: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Histórico

Dimitri Ivanowski (cientista russo) - 1892

Doença do “mosaico do tabaco”

Passar livremente através dos filtros

Agente infeccioso Não podia ser visualizado Não podia ser cultivado em “in vitro” Menor que uma bactéria PARTÍCULA FILTRÁVEL

Filtrado foi capaz

de provocar a doença em outra

planta saudável

Page 7: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Martin Beijerinck (microbiologista alemão) – 1892

Repetiu o experimento de Ivanowski Diluições seriadas do filtrado

“Mesmo em diluições muito baixas, o fluido era capaz de manter infecciosidade da doença com a mesma força de destruição do sumo original”

Histórico

Page 8: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Histórico

Martin Beijerinck (microbiologista alemão) – 1892

Natureza reprodutiva agente infeccioso Incapaz de ser cultivado em meio sintético Reproduz em células vivas Fluidum vivum contagiosum

Page 9: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Histórico

1835

Fungos

1845

Bactérias

1892

Primeiro vestígio da existência de

partícula viral

1915

1950

1882

Partícula filtrável

Fluidum vivum

contagiosum

Vírus causadores de infecção

em bactérias

Pai da VirologiaFélix d

´Herelle

Page 10: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Histórico

Felix d’Herelle (médico canadense) 1915 Surto diarréico causado por Shigella Cultura de bactérias pontos de lise (placas)

Morte celular Bacteriófagos

Descrição várias propriedades Etapa de adsorção Lise e liberação da partícula viral Primeiro método de quantificação

viral

Page 11: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Histórico

1835

Fungos

1845

Bactérias

1892

Primeiro vestígio da existência de

partícula viral

1915

Vírus causadores de infecção

em bactérias

1950

1882

Partícula filtrável

Fluidum vivum

contagiosum

Manutenção de células

“in vitro”

Virologia moderna

Pai da VirologiaFélix d

´Herelle

Page 12: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Propriedades gerais

Tamanho Não podem ser vistos em microscopia óptica Passam por através dos poros de filtros esterilizantes

Bactérias µm (10-6 m)

Vírus nm (10-9m)

Page 13: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Propriedades gerais

Parasita intracelular obrigatório Não cultivados em meio sintéticos Precisam metabolismo celular replicação

Multiplicação viral Forma log10

Bactéria divisão binária

Page 14: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Propriedades gerais

Material genético DNA

RNA

Page 15: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Estrutura viral

Vírus envelopadoVírus ñ envelopado

Capsídeo(composto pelos capsômeros)

Ácido nucléico

Capsômeros

Núcleo capsídeo

Ácido nucléico

Capsídeo

Envelope

Page 16: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Estrutura viral

Ácido nucléico Codifica a informação genética necessária para

replicação viral Qto > genoma > o número de proteínas

DNA ou RNA RNA (+) ou RNA (-)

Fita dupla (ds) ou simples (ss) Circular ou linear Segmentado ou não segmentado

Page 17: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Estrutura viral

Page 18: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Estrutura viral

Capsídeo Composição protéica muitas cópias de uma mesma

proteína ou de umas poucas proteínas Envolve material genético proteção e rigidez Algumas espécies virais liga a superfície da célula

hospedeira

Simetria Icosaédrica Helicoidal Complexa

Page 19: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Estrutura viral

Capsídeo Simetria Icosaédrica

20 triângulos equiláteros capsídeo composto por 20 faces Requer o mínimo de energia para ser montada Ex: adenovírus

Page 20: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Estrutura viral

Capsídeo Simetria helicoidal

Proteínas do capsídeo se ligam ao genoma viral Se arranjam em forma de hélice Microscopia eletrônica cilindro ou tubo Ex: vírus da raiva, vírus do ebola, vírus do mosaico do

fumo

Page 21: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Estrutura viral

Capsídeo Simetria complexa

Composta simetria icosaédrica + helicoidal Ex: bacteriófagos, poxvírus

Ácido nucléico + Capsídeo = Nucleocapsídeo

Page 22: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Estrutura viral

Capsídeo Microscopia Eletrônica

Page 23: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Estrutura viral

Envelope Composição lipídica bicamada Origem membranas da célula hospedeira

Alterações na membrana Incorporação de glicoproteínas próprias do vírus

Ex: VRS, ifluenzavírus

Page 24: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Estrutura viral

Vírion Partícula viral completa Capacidade infecciosa

Page 25: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Classificação viral

International Comitee on Taxonomy of Viruses (ICTV) – 1966 Normas internacionais 1998

Morfologia Propriedades físico-químicas Propriedades do genoma viral Organização gênica e estratégias de replicação Proteínas Propriedades antigênicas Propriedades biológicas

Page 26: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Taxonomia

Ordem Sufixo virales 6 ordens Mononegavirales, Nidovirales, Caudovirales,

Herpesvirales, Picornavirales, Tymovirales 65 famílias não incluídas em nenhuma ordem

Família Sufixo viridae Ex. Paramixovidae, Flaviviridae

Subfamília Sufixo virinae Ex. Orthoretrovirinae

Page 27: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Taxonomia

Gênero Sufixo virus Ex. Pneumovirus, Enterovirus

Espécie Nome acompanhado do termo “vírus” Não é necessário primeira letra em maiúsculo Não é escrito em itálico e nem sublinhado Ex: vírus respiratório sincicial, vírus da febre amarela,

influenzavírus

Page 28: 2011-1 Aula 1 - Introdução a Virologia

Taxonomia

Ex:

ORDEM: Mononegavirales; FAMÍLIA: Rhabdoviridae; GÊNERO: Lissavirus; ESPÉCIE: vírus da raiva

FAMÍLIA: Flaviviridae; Gênero: Flavivirus; ESPÉCIE: vírus da dengue

FAMÍLIA: Retroviridae; Subfamília: Orthoretrovirinae Gênero: Lentivirus; ESPÉCIE: vírus da imunodeficiência adquirida tipo 1