aula 3 - terceiro período - a igreja imperial

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Lição 03 TERCEIRO PERÍODO: A IGREJA IMPERIAL Do Édito de Constantino a queda de Roma, 313 à 476 d.C. Fonte: História da Igreja: dos primórdios à atualidade (IBUHT)

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Este foi o período que marcou a aparente vitória da igreja, porém vimos aqui o fracasso desta instituição paganizada, o momento em que a pseudo igreja entrou por outro caminho.

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Page 1: Aula 3 -  Terceiro Período - A Igreja Imperial

Lição 03

TERCEIRO PERÍODO:

A IGREJA IMPERIAL

Do Édito de Constantino a queda

de Roma, 313 à 476 d.C.

Fonte: História da Igreja: dos primórdios à atualidade (IBUHT)

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LEITURA BÍBLICA ~ IIPe 2. 20-22

20 Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se o último estado pior do que o primeiro.

21 Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado;

22 Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.

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ESBOÇO

INTRODUÇÃO

I O ÉDITO DE CONSTANTINO E SUAS CONSEQUÊNCIAS 1. Pontos Positivos; 2. Pontos Negativos; 3. Resultados da União da Igreja com o Estado; 4. O Culto na Igreja.

II HERESIAS1. Arianismo; 2. Apolinarianismo; 3. Pelagianismo

III PRINCIPAIS LÍDERES DO PERÍODO 1. Atanásio (293 –373); 2. Ambrósio de Milão (340 – 407); 3. João Crisóstomo ( 345 – 407); 4. Agostinho (354 – 430).

CONCLUSÃO

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INTRODUÇÃO

Neste período um fato notável foi a cessação das perseguições contra o cristianismo. Quando Diocleciano abdicou o trono em 305, em favor de Galério, a religião cristã era terminantemente proibida. A pena para os que professavam o nome de Cristo era tortura e morte. Entretanto algumas décadas mais tarde, no governo de Teodósio, o cristianismo foi elevado à condição de religião oficial do Império Romano.   No ano 313, o Imperador Constantino, considerado primeiro imperador cristão, proclamou o Édito de Milão fazendo cessar as perseguições religiosas no império, principalmente contra os cristãos, tornando legal a sua prática e adoração.

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O vasto império romano foi rapidamente transformado de pagão que era em um império cristão, por decreto. Aparentemente, no início do quarto século, os antigos deuses estavam arraigados na reverência do mundo romano; porém, antes que esse século chegasse ao fim, os templos haviam sido transformados em templos cristãos. O Império Romano era cristão.  

Em toda parte os bispos governavam as igrejas, porém uma pergunta surgia constantemente: Quem governará os bispos? Esse questionamento lançaria as bases do governo eclesiástico central, em Roma.

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I O ÉDITO DE CONSTANTINO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Assim é conhecido o documento que, publicado em 313, e atribuído ao imperador romano, Constantino Magno, concedia a liberdade de credo aos cristãos, abolindo, concomitantemente, o culto imperial. No entanto, o cristianismo deixou de ser inimigo deste mundo, e dele se tornou um feliz participante. Os cultos de adoração aumentaram em esplendor, é certo, porém eram menos espirituais e menos sinceros do que no passado.

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Aos poucos as festas pagãs foram incorporadas aos rituais da Igreja, porém com novos nomes que se “adequassem” ao cristianismo. A adoração a Vênus e Diana foi substituída pela adoração à virgem Maria. As imagens dos mártires começaram a aparecer nos templos, como objeto de reverência.

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1. Pontos Positivos Fim das perseguições Cessação dos sacrifícios pagãos Instituição do domingo como dia de descanso

2. Pontos Negativos Todos na igreja por decreto Costumes pagãos introduzidos na igreja Mundanismo, secularismo Dedicação de templos pagãos ao culto cristão

3. Resultados da União da Igreja com o Estado Interferência do Imperador no governo da igreja Privilégios concedidos ao clero Instituição do domingo como dia de descanso Doações oficiais às igrejas

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4. O Culto na Igreja

A celebração da Eucaristia tornou-se uma cerimônia imponente, com formas fixas, com muita atenção dispensada aos detalhes, tornando enfática a idéia de que o sacramento era um sacrifício oferecido pelo sacerdote a favor do povo, sacrifício eficaz para salvação, tornando a pregação menos importante.

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Muitíssimos pagãos entraram na igreja sem conversão. O culto dos santos é um exemplo frisante dessa tendência. Era natural que se atribuísse veneração aos mártires e a outros homens e mulheres, famosos por sua santidade. Para essa gente que estava acostumada aos deuses das suas cidades e aos seus lugares sagrados, e que não estava bastante cristianizada, a veneração dos santos transformou-se rapidamente em adoração.

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Os santos passaram a ser considerados como pequenas divindades cuja intercessão era valiosa diante de Deus. Os lugares onde nasceram e viveram passaram a ser considerados santos. Surgiram as peregrinações. Começaram a venerar relíquias, partes de corpos e objetos que pertecenram aos santos e a tributar a esses objetos poderes miraculosos. Tudo isto foi fácil para aqueles que ainda persistiam nas supertições do paganismo. A idéia do culto aos santos foi mais acentuada no caso da Virgem Maria.

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II HERESIAS

A Igreja estava ainda em processo de discussão de suas doutrinas e dogmas. Um dos principais assuntos nessa época era a existência da Trindade, ou seja, o mistério de Deus Uno e Trino ao mesmo tempo.

Fundada no século IV por Ario, um presbítero de Alexandria, no Egito. A sua doutrina baseava-se essencialmente no princípio da negação de Cristo como di-vindade. Para eles Cristo era uma criatura elevada, por ser filho de Deus, mas CRIATURA.  

1. Arianismo

CREM

OS

CREM

O

S

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Diante desta situação foi realizado o primei ro concílio ecumênico da história, con vocado pelo imperador Constantino, em 325. Teve como objetivo solucionar os problemas que dividiam a cristandade causados pelo arianismo.

O ARIANISMO AINDA EXISTE?

Os T.J, por exemplo, trazem filosofias bem semelhantes ao pensamento principal do arianismo. A Igreja Mundial do Poder de Deus, também defende o pensamento de que Jesus não existe desde sempre e para sempre, “Ele é a imagem do Deus invisível, a encarnação do verbo. Mas ele não é sempiterno, é eterno. O pai que é Deus é sempiterno, aquele que antes dele nunca existiu como ele, nem existirá depois dele, sempre existiu e sempre existirá. A primeira obra dele foi Jesus Cristo”. (Valdemiro Santiago.)

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2. Apolinarianismo

Nascido por volta de 310, este bispo de Laodicéia ensinava que, na encarnação, o logos de Deus veio a ocupar o lugar da psique humana, restringindo assim a humanidade de Jesus ao corpo físico.

A doutrina de Apolinário foi condenada pelo Concílio de Constantinopla em 381 a.C.

Esta heresia do IV século ensinava que o Filho de Deus não assumiu por completo a natureza humana, e que o processo de encarnação limitou-se a induzir o Logos a ocupar o lugar da psique de Jesus. Segundo tal doutrina, Jesus não passaria de meio homem e meio Deus.

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Hoje em dia existem diversas seitas que subtraem algo da pessoa de Jesus, seja sua natureza humana ou divina.

Por exemplo: a Maçonaria diz ser Jesus somente mais um fundador de religião, ao lado de diversos outros "grandes homens".

A LBV subtrai de Jesus sua natureza humana, dizendo que este possuiu apenas um corpo aparente ou fluídico; também negam a divindade, afirmando que Ele não é Deus, tampouco afirmou sê-lo.

T.J dizem que Jesus é um anjo. Seriam Jesus e o arcanjo Miguel as mesmas pessoas.

Os Kardecistas dizem que Jesus foi um médium de Deus.

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3. Pelagianismo

Promovida por Pelágio, clérigo britânico do século IV, sustenta basicamente que todo homem é totalmente responsável pela sua própria salvação e portanto, não necessita da graça divina. Pois todo homem nasce "moralmente neutro", sendo capaz, por si mesmo, sem qualquer influência divina, de salvar-se quando assim o desejar.

Agostinho combateu o pelagianismo defendendo que o pecado original de Adão foi herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído retenha a habilidade para escolher, ele está escravizado ao pecado e não pode não pecar. Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de Adão afetara apenas a Adão.

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O resultado dessa discussão teve fim no ano de 529, no Concílio de Oranges, e a Igreja deu razão a Santo Agostinho. Pelágio por sua vez, não abriu mão da sua crença herege e por isso acabou sendo excomungado junto com muitos de seus seguidores.

Refutação:

Sl 51:5 Rm 5:12

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III PRINCIPAIS LÍDERES DO PERÍODO

1. Atanásio (293 –373)

Patriarca de Alexandria, foi um dos mais destacados pais da Igreja. Ainda diácono, contribuiu decisivamente para a condenação da heresia ariana em 325 no Concílio de Nicéia.

2. Ambrósio de Milão (340 – 407)

Teólogo e líder da Igreja, foi preceptor de Agostinho, a quem discipulou e batizou. Era honrado por todos não somente como intelectual, mas principalmente como amoroso pastor de almas. Agostinho, em suas confissões, mostra-o como um homem de Deus dedicadíssimo aos estudos. Em suas obras, procurou combater energicamente o arianismo.

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3. João Crisóstomo ( 345 – 407)

Foi um teólogo e escritor cristão, arcebispo de Constantinopla. Pela sua inflamada retórica, ficou conhecido como Crisóstomo (que em grego significa boca de ouro).4. Agostinho (354 – 430)

Bispo de Hipona, Agostinho (354-430) é considerado o maior teólogo da Igreja Primitiva. Grande intérprete e sistematizador das doutrinas cristãs, deixou mais de 600 obras, entre as quais Confissões, Santíssima Trindade, Cidade de Deus, Narrações Sobre os Salmos etc.

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IV ALGUNS ACONTECIMENTOS

367: Concílio de Hipo: Ratificação dos 66 livros da Bíblia. 386: São Jerônimo prepara a tradução latina da Bíblia (Vulgata). 400: Maria passa a ser considerada "mãe de Deus" e os católicos começam a interceder pelos mortos. 431: instituição do culto a Maria no Concílio de Éfeso. 451: Surge a doutrina da virgindade perpétua de Maria.

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CONCLUSÃO

Ir. Adriano Pascoa e-mail e msn: [email protected]

Facebook: http://www.facebook.com/adrianoiuris

Este foi o período que marcou a aparente vitória da igreja, porém vimos aqui o fracasso desta instituição paganizada, o momento em que a pseudo igreja entrou por outro caminho. No próximo assunto veremos o Quarto Período dessa história, dez séculos de distanciamento dos princípios, doutrinas e práticas bíblicas. Um período de protestos por uma práxis, na Igreja, que correspondesse aos ditames da Palavra de Deus.

Soli Deo gloria!