chapada imperial

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Chapada Imperial

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  • Chapada ImperialECOTURISMO TCNICO

  • Ministrio do Meio AmbienteIzabella Teixeira

    Instituto Brasileiro do Meio Ambientee dos Recursos Naturais RenovveisAbelardo Bayma

    Direo de Proteo AmbientalLuciano de Meneses Evaristo

    Coordenao-Geral de FiscalizaoBruno Barbosa

    Coodenao de OperaesRoberto Cabral Borges

    Catalogao na FonteInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis

    I59m Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais RenovveisChapada Imperial Ecoturismo tcnico / Ibama; Anderson do Valle.

    Braslia: Ibama, 2010.88 p. : Il. Color. ; 16cm

    ISBN 978-85-7300-335-2

    1. Guia de ecoturismo. 2. rea de proteo ambiental. 3. Chapada Imperial. 4. Manual. I. Valle, Anderson do. II. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis. III. Coordenao-Geral de Fiscalizao. VI. Direo de Proteo Ambiental. V. Ttulo.

    CDU(2.ed.) 502.48:379.85(035)

  • Ministrio do Meio AmbienteInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis

    Coordenao-Geral de Fiscalizao

    Anderson do Valle

    Chapada ImperialECOTURISMO TCNICO

    Braslia2010

  • EdioCentro Nacional de Informao Ambiental CniaSCEN Trecho 2, Bloco C, Subsolo, Edifcio-Sede do Ibama70818-900 Braslia, DF Telefone (61) 3316-1205http://www.ibama.gov.br/cnia/

    Centro Nacional de Informao Ambiental CniaJorditnea Souto Santos

    Coordenao EditorialPaulo Luna

    RevisoMaria Jos Teixeira

    Projeto grficoLavoisier Salmon Neiva

    Normalizao bibliogrficaHelionidia C. Oliveira

    Impreso no BrasilPrinted in Brazil

  • Para aqueleinteressadono conhecimento,a Chapada Imperial um livro vivo!

    Para aqueleinteressadono conhecimento,a Chapada Imperial um livro vivo!

  • Agradecimentos

    queles que se dedicam preservao ambiental.

    queles que sabem que preservar depende da vontade de muitos, dos nus assumidos por poucos e dos benefcios compartilhados por todos.

    queles que compartilham com a comunidade as possibilidades que a preservao ambiental capaz de gerar.

  • SumrioOrientaesComo utilizar este guia 11ParceriasInstituies que apoiam e utilizam a Chapada Imperial 13CondutaNormas para condutores de visitantes 14SadeComeando uma trilha: um alongamento antes de partir 17VisitantesCuidados especiais 19HistriaCriao da Chapada Imperial 21Informaes TcnicasBiologia da paisagem 26Serpentes e CobrasAnimais que podem oferecer risco 55ProjetosProjeto Bicho Livre 59ResumoPontos tursticos 70DicionrioDicionrio resumido de termos 78

  • 11Orien

    taes

    Os captulos esto divididos na ordem cronolgica de visitao dos pontos tursticos, mas apre-senta tambm noes bsicas de recepo do pblico, uma vez que este tambm direciona-se capacitao de agentes comuni-trios para que sejam condutores de visitantes.

    Itens que aparecem escritos em vermelho ressaltam questes re-lacionadas segurana na trilha.

    Caixas de texto com fundo bran-co ajudam a memorizar os prin-cpios fundamentais de conduta,

    ou orientaes es-pecfi cas, enquanto caixas de texto com fundo escuro tratam o tema abordado de modo mais tcnico.

    Em 2007 o IBAMA iniciou proje-to de monitoramento de animais reintroduzidos natureza. No bastava soltar os animais. Os caa-dores locais haviam de ser desar-mados. Aqueles que capturavam animais haviam de ser multados. A comunidade precisava se envol-ver com os projetos. E o melhor meio de envolver a comunidade capacitando-a tecnicamente e gerando renda. A comunidade en-to passaria a agir como tampo da Chapada Imperial. Excluindo e denunciando aqueles que come-tessem crimes ambientais no lo-cal, simplesmente porque possu-am uma percepo diferente e sabiam que a renda local era compartilhada. Fin-da as pesquisas, ha-via necessidade de se criar multiplicado-res. Este guia tem como objetivo capacitar tecnicamente conduto-res locais de visitantes. Capacitar professores para que usem a Cha-pada Imperial como um livro vivo. Que o aluno o use como material de consulta. E que o visitante des-frute de um passeio prazeroso ao corpo, alma e mente.

    Como utilizar este guia

    am uma percepo diferente e sabiam que a renda local era compartilhada. Fin-da as pesquisas, ha-via necessidade de se criar multiplicado-

    Caixa de texto uma caixa de texto para memorizao.

    Caixa de texto comfundo escuro

    As caixas de texto contm expli-caes cientfi cas a respeito de determinado tema.

  • 12 Orien

    taesInstrues bsicas ao leitor

    Para os condutores de visitantes, h um captulo especfico que orienta a respeito de itens que de-vem ser informados ao visitante segurana, cuidados com o lixo, consumo de bebidas alcolicas e o comportamento diante dos ani-mais, que devem ser esclarecidos antes de iniciar qualquer trilha.

    Nomes em itlico representam o nome cientfico das espcies. Quando h uma terminao sp., ex.: Palicoria sp., devido exis-tncia de vrias espcies da mes-ma famlia. Nesse caso, cita-se o grupo taxonmico maior que as representa, seguido da termina-o sp.

    Outros captulos trazem informa-es sobre a histria da Chapada

    Imperial, caractersticas da paisa-gem, resultados dos projetos am-bientais desenvolvidos, alm de informaes pertinentes a quem lida com o turismo.

    Ao final, apresentado resumo contendo alguns pontos de para-da obrigatrios. Porm, ao longo deste manual, diversas informa-es no esto diretamente re-lacionadas ao ponto turstico. A sensibilidade e a percepo do condutor so fundamentais para observar que tipo de visitante es-t recebendo aquele interessa-do no lazer ou aquele interessado tambm no conhecimento. Para o turista interessado no conheci-mento, a Chapada Imperial um livro vivo.

  • 13Parcer

    ias Instituies que apoiam e utilizam a Chapada Imperial

    A Chapada Imperial cede espa-o e apoia projetos para diver-sas instituies pblicas. Para a utilizao da rea para estudos ambientais, soltura e monitora-mento de animais silvestres, o

    responsvel o Instituto Brasi-leiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (Ibama) e para a utilizao da rea para treinamento militar e resgates participam:

    Polcia Federal COT (Comando de Operaes Tticas) CAOP (Comando de Operaes Areas)

    Polcia Civil DOE (Delegacia de Operaes Especiais) DOA (Delegacia de Operaes Areas)

    Polcia Militar COE (Comando de Operaes Especiais)

    Bombeiros Resgate Areo

    Fora Nacional

  • 14 Condu

    taNormas para condutoresde visitantes

    Regra nmero 1: jamais mentir para o visitante. Se no souber sobre algo, no comentar. Se lhe perguntarem e no souber a res-posta, diga que no sabe, mas que vai sanar a dvida. Um visi-tante mal orientado por um condutor fi ca-r inseguro a respeito de todos os outros servios oferecidos pela Chapada Imperial como, por exemplo, a capacidade de prestar assistncia em caso de acidente e a certe-za de preservao do local. Esse visitante, possivelmente, no retornar.

    J um visitante bem atendido e que per-ceber que o condutor tem dinamismo e ca-pacidade de explicar de maneira segura determinado tema, ter desejo em retornar para aprender mais. Cada vez que esse visitante voltar, um novo condutor poder

    lhe dar novas informaes. E isso lhe encantar.

    Tenha sempre em mente: nossos olhos no conseguem imaginar o potencial de coisas maravilhosas que a Chapada Imperial capaz

    de despertar. Enquan-to uns se encantam com araras voando, outros admiram as brifi tas que crescem sobre os veios do ca-tul, outros pela hist-ria da fazenda, outros pelo fi lho que, pela primeira vez, brincou na areia de uma ca-choeira.

    Regra nmero 2: o condutor o espelho da Chapada Imperial e dos projetos nela desenvolvidos. Prova-

    velmente, o contato mais prxi-mo com o visitante. Sendo assim, deve se portar como tal. Por isso, deve:

    ser atencioso e cordial;

    tante mal orientado por um condutor fi ca-r inseguro a respeito de todos os outros servios oferecidos pela Chapada Imperial como, por exemplo, a capacidade de prestar assistncia em caso de acidente e a certe-za de preservao do local. Esse visitante, possivelmente, no

    J um visitante bem atendido e que per-ceber que o condutor

    Regras Jamais informar o que no tem certe-za.

    Saiba como encan-tar o visitante.

    Estude, se profi s-sionalize.

    Seja atencioso e cordial.

    Jamais retire o uni-forme.

    Voc sempre res-ponsvel pelo seu grupo.

    O visitante o combustvel que movimenta qualquerempreendimento de turismo. O empreendimento,para ele, o que seus olhos conseguem enxergar.

  • 15Condu

    ta jamais retirar a camiseta e sem-pre usar vestimentas adequa-das como calas com pridas e calados fechados, j que um especialista em trilhas; estar alerta s atitudes e aos locais permitidos aos visitantes; estar atento para a segurana do visi-tante; no transparecer in-segurana e saber lidar com eventuais problemas;

    ser responsvel; usar os pronomes de tratamento cor-retos (voc, se-nhor, senhora).

    Regra nmero 3: o condutor respons-vel pela segurana do visitante: preciso es-tar atento com o com-portamento do grupo, no apenas durante a trilha, mas por toda a estadia. O trabalho no termina no fi nal da trilha. Pre-venir seu grupo de brincadeiras que comprometam a integridade dos visitantes e do meio ambien-te, orientando, por exemplo, com relao a no se aproximar ou ali-mentar os animais uma arara capaz de arrancar um dedo, um

    sagui pode transmitir doenas como a raiva. Quando o visitante terminar a trilha, orientar em rela-o ao almoo e prevenir que os animais podem molestar nessa hora. Quando terminar o servio, cordialmente se despedir do gru-po e, ento, fi car vontade para almoar.

    Regra nmero 4: estudar e se profi ssionalizar. Ler e reler este guia e, se algo faltar, perguntar. preciso ser curioso e dar sugestes de algo que possa ser acres-centado.

    Regra nmero 5: se a Chapada ganha com o turismo, o condu-tor, os visitantes, a comunidade e o meio ambiente ganham tambm. Por isso, oferecer informaes

    que possam enriquecer o conhe-cimento do visitante e a admira-o pelo local. Sempre oferecer aos visitantes outros servios, co-mo a tirolesa, outras trilhas e os produtos que esto venda.

    Regra nmero 6: o visitante no tem obrigao de saber como se

    usar os pronomes de tratamento cor-retos (voc, se-

    : o condutor respons-vel pela segurana do visitante: preciso es-tar atento com o com-portamento do grupo, no apenas durante a trilha, mas por toda

    Regras O visitante no co-nhece as regras, voc sim.

    Voc o contato mais prximo do vi-sitante com a Cha-pada.

    Pense que: se a Chapada e os Pro-jetos ganham, voc ganha tambm!

  • 16 Condu

    ta

    comportar na Chapada Imperial. O condutor tem responsabilidade de inform-lo e educ-lo, antes que ele cometa uma falha. pre-ciso ser cauteloso ao educar o tu-rista. Um plstico jogado no cho por um visitante mal-educado motivo para uma correo, que pode ser feita de diversas manei-ras. O simples fato de o condutor recolher aquele lixo j serve de exemplo. Alm disso, voc pode informar que se um animal co-mer o plstico poder morrer sufocado e is-so, talvez, ajuda tam-bm a mudar a con-duta do visitante no meio urbano.

    Regra nmero 7: a Chapada Imperial

    uma rea de preservao. H, portanto, serpentes, aranhas e demais animais peonhentos. H locais escorregadios. H pos-sibilidade de eventuais aciden-tes. preciso saber lidar com esses problemas com respon-sabilidade e segurana. Se veri-fi car um animal peonhento na trilha: retir-lo, espant-lo oumudar o trajeto. No fazer alar-

    me. No aumentar o risco se desconhecer a espcie, mas agir com cautela.

    Regra nmero 8: a for-ma de tratamento do condutor ao visitan-te deve ser: senhor e senhora. Jamais usar: hei! voc de branco; hei! amigo etc.

    exemplo. Alm disso, voc pode informar que se um animal co-mer o plstico poder morrer sufocado e is-so, talvez, ajuda tam-bm a mudar a con-duta do visitante no

    : a Chapada Imperial

    Regras Atente para a segu-rana do visitante.

    No transparea insegurana e saiba lidar com eventuais problemas.

    Seja responsvel. Use os pronomes de tratamento cor-retos para atender o visitante.

  • 17Sade Comeando a trilha: umalongamento antes de partir

    Antes de iniciar a trilha, o grupo tem que fazer alonga-mento. Alm de aquecer a muscu-latura, proporcio-na um momento de interao e d nimo aos partici-pantes. Como ani-mar um grupo?

  • 18 Sade

    Obviamente, ningum quer um condutor car-rancudo! Os passos a seguir podem servir de exemplo. O importante aproveitar o momento. a parte do passeio em que os visitantes esto entretidos e podero ou-vir suas recomendaes.

    Nesse momento, o con-dutor j se apresentou ao grupo quando comen-tou a respeito do Projeto Bicho Livre, chamando a ateno e informando sobre os seguintes itens:

    o nome do condutor; frisar que o condutor o res-

    ponsvel pela segurana de todos e sempre informar dos eventuais perigos de cada local;

    explicar a importncia dos cui-dados com o lixo, bebidas alco-licas e churrasco, e o porqu de se fazer o manejo das trilhas e de no alimentar ou tocar nos animais;

    informar ao grupo que o con-dutor pode orientar com al-guns conhecimentos de Hist-ria, Geografi a ou Biologia da Chapada Imperial.

    Informaes relevantes ser alegre, disponvel e preocupa-do com o visitante;

    reforar seu nome e seu papel; citar os tpicos que orientam o visitante;

    perguntar ao grupo que infor-maes, preferencialmente, ele deseja.

  • 19Visitan

    tes Cuidados especiais

    O condutor deve perceber os desejos do visitante,de modo a garantir a segurana, o bom convvio,o entusiasmo e a educao ambiental.

    Segurana: no permitir que o visitante salte das cachoeiras ou brinque de empurra-empurra (ris-co de acidente). No permitir a sada da trilha (risco de picada por animais peonhentos como ser-pentes, e parasitismo por carrapa-tos). No permitir a aproximao aos animais ou tentativa de cap-tura, inclusive dos mansos (risco de ser mordido). Alertar para os banhos em cachoeiras por causa dos tocos ou pedras soltas.

    Cuidados com o lixo: no permitir que o visitante despreze seu lixo na trilha (restos plsticos, bitu-cas de cigarro, latinhas, etc.). Os plsticos so atrativos e, muitas vezes, ficam com o cheiro do ali-mento. Ao ingerir, o animal no consegue digeri-lo e pode morrer sufocado ou empanzinado. Bitu-cas de cigarro podem ser usadas por passarinhos para fazer ninho, porm, as 4.500 substncias txi-cas do cigarro, ao contato com os ovos, podem descalcificar a casca e impedir que os filhotes nasam.

    Bebidas alcolicas: no permitir o uso de bebidas alcolicas nas trilhas. Essa uma medida para garantir a segurana do visitante.

    Churrasco: orientar o visitante quanto aos pontos permitidos para cozinhar. No permitir a uti-lizao do rio para lavar grelhas e restos engordurados.

    Manejo de trilhas: alguns locais tm duas trilhas que levam para o mesmo lugar. Uma delas mais recente isso se chama manejo de trilhas. O manejo importan-te para evitar que o pisoteio crie reas de escoamento de gua, que lixiviam o solo, removendo e dissolvendo as misturas slidas.

    No alimentar os animais: os ani-mais silvestres da Chapada foram encaminhados pelo Ibama. H um projeto de constante monitora-mento desses animais, que mede a capacidade deles de se adapta-rem ao meio ambiente. Mesmo tendo sido domesticados, os ani-mais esto aprendendo a sobre-viver sem a ajuda do homem. O

  • 20 Visitan

    tes

    visitante que alimenta um animal atrapa-lha o projeto, caminhando no sentido contrrio e r e f o r a n d o no animal a ideia de que ele precisa do homem para sobreviver e, agindo assim, esse lao nun-ca quebrado. Alm disso, alimentos sin-tetizados por humanos podem conter componentes prejudiciais a animais. Por exemplo, alface intoxica aves, apesar de ser sau-dvel para o homem. Seres vivos diferentes se alimentam de coisas diferentes. Alm disso, nenhum alimento industrializado ou cozido pode ser oferecido aos animais.

    No se separar do condutor: se o condutor responsvel pela segu-rana e o bem-estar do visitante, necessrio que o visitante saiba que no pode sair sozinho pelas trilhas, exceto se previamente au-torizado.

    No tenha medo do visitante. Ele confi a em seu trabalho!

    Tenha com ele, antes de iniciar a trilha, uma conversa franca.

    Busque olhar nos olhos de todos e chamar o grupo para que pres-te ateno no que voc fala.

    Se o grupo estiver disperso, bus-que meios para que te oua. Mas no peque por no ter, adequa-damente, prestado informaes para seu grupo.

    No necessrio tocar os animais paraque haja emotividade no turista

  • 21Histr

    ia

    Tem rea aproxima-da de 4.000 hecta-res e est localizada na rea de Proteo Ambiental (APA) de Cafuringa. , hoje, a maior rea particular preservada dentro do Distrito Federal, com 95% de preser-vao. So terrenos que se situam sobre rochas com mais de um bilho de anos, cobertos por vegetaes tpicas do Cerrado.

    A Chapada Imperial tem localiza-o privilegiada, a 50 km do cen-tro da capital federal, e est no ponto mais alto do Distrito Fede-ral, a 1.342 metros.

    A implementao da atividade tu-rstica na Chapada Imperial est diretamente associada : 1) pre-servao permanente do local; 2) gerao de conscincia ambiental no visitante; 3) gerao de renda e apoio s atividades preservacio-nistas da comunidade; 4) incenti-var projetos ambientais e estudos

    que valorizem a con-servao ambiental da rea e do entorno; 5) segurana e satis-fao dos visitantes.

    A Fazenda Dois Ir-mos, que abriga a Re-serva Ecolgica Cha-pada Imperial, tem o nome do ribeiro que corta a propriedade.

    O Ribeiro Dois Ir-mos nasce na rea

    da Chapada e desce em um desn-vel de 400 metros, formando in-meras cachoeiras pelo caminho.

    Esse importante ribeiro desgua no Rio do Sal que, por sua vez, desgua no Rio Maranho, que afl uente do Rio Tocantins, que segue at a Foz do Amazonas. Portanto, as guas da Chapada Imperial pertencem Bacia do Rio Maranho, que pertence Bacia do Rio Tocantins, que encontra o mar junto com o Rio Amazonas.

    A Fazenda Dois Irmos tem sua origem em uma antiga Sesmaria (terreno que os reis de Portugal

    da Chapada e desce em um desn-

    Informaes relevantes

    rea total: 4.000 ha.

    Localizada na APA de Cafuringa.

    Possui 95% da rea preservada.

    Est a 50 km do centro de Braslia.

    Situa-se a 1.342 metros de altitude.

    Criao da Chapada Imperial

    A Chapada Imperial uma reserva ecolgica particular que vem sendo preservada desde 1986.

  • 22 Histr

    ia

    cediam aos novos povoadores), como a maioria das terras da re-gio. um patrimnio incrvel e que poucos conhecem.

    A Lenda de UrbanoSegundo a lenda, Urbano do Cou-to Menezes, bandeirante fare-jador de ouro, da Bandeira de Bartolomeu Bueno de Souza o Anhanguera , descobriu uma montanha de ouro na regio. Nada demais, j que foi Urbano do Couto quem descobriu para Anhanguera ouro em Luzinia, Ja-ragu, Pirenpolis e Gois Velho. O fato que o bandeirante deixou um mapa do tesouro uma car-ta que enviou princesa portu-guesa Maria Luisa, em meados do sculo XVIII.

    A carta existe e at j foi publicada no incio do sculo XIX. Nela, existe uma tri-lha que comea on-de hoje Brasilinha, ou Planaltina de Goi-s, e segue nas pro-ximidades da DF-205 at a regio do Vo dos Angicos, onde os dados fi cam con-fusos. O fato que

    essa carta foi publicada em Luzi-nia e, depois, nos Estados Unidos, o que fez com que at pouco tem-po atrs aparecessem america-nos por aqui procura do ouro do bandeirante.

    H relatos orais de descendentes das antigas famlias da regio que contam histrias relativas ao ouro do Urbano. Todos os antigos co-nhecem a histria, que nunca a mesma. O fato que o bandeiran-te Urbano do Couto Menezes exis-tiu, ganhou at uma fazenda de Sesmaria, por seus servios pres-tados Coroa portuguesa, conhe-cida como Fazenda do Urbano.

    Prximo DF-205 tem tambm o Cr rego Urbano e a Serra do Ur-bano, mas o ouro ningum nun-

    ca achou. Muitos se perderam procuran-do-o. A Fazenda Dois Irmos est no meio dessa histria. Ela li-ga a DF-205 DF-220, onde esto os mar-cos referenciados na carta de Urbano. Quem sabe um mor-rinho desses, ainda hoje preservado, a montanha de ouro do Urbano?

    SesmariasEra grande a quantidade de terra oferecida pela Coroa portuguesa (Brasil Colonial) a benefi cirios escolhidos com a obriga-o de cultiv-la e de fa-z-la produzir. No interior do Brasil, principalmente em Gois, a Sesmaria foi distribuda a bandeiran-tes como prmio pela descoberta de ouro.

  • 23Histr

    iaSeguindo a linha do tempo, mas agora sem lenda nem contesta-o, o documento mais antigo da Fazenda Dois Irmos data de 1858 e um Registro Paroquial. Anti-gamente, no existia cartrio e quem registrava as terras eram as parquias e seus vigrios.

    No inventrio de Ana Augusti-nha de Alcntara, de 1888, ento proprietria da fazenda, existem dados interessantes e curiosos. Ela recebeu a fazenda de seu pai Pedro Jos de Alcntara e de sua me Carolina Josepha Leo-poldina.

    O casal homnimo do casal impe-rial, Dom Pedro e Dona Leopoldi-na, alm dos nomes possua ter-ras que iam do Vale do Paran at Corumb. Hoje, moram na regio seus descendentes de quarta ge-rao, na desmembrada Fazenda Jacar (DF-205).

    Data daquela poca, final do s-culo XlX, outros acontecimentos importantes. Em 1892 passou pe-la regio a conhecida Misso Cruls que, a pedido do Imperador, veio pesquisar a regio para a insta-lao da futura capital do Brasil, como queria Jos Bonifcio de Oliveira.

    A Misso, que pesquisou a regio, instalou algumas torres para a lei-tura do terreno. Uma foi instalada em Sobradinho, no ponto mais al-to daquela regio, e a outra den-tro da Fazenda Dois Irmos, onde hoje se encontra a torre da Radio-brs.

    Outro fato relevante foi a passa-gem na regio da Coluna Prestes em 1924. Segundo pesquisas orais feitas com antigos habitantes da regio, a Coluna se dividiu na ca-beceira do Rio Palma. Um grupo desceu o Palma em uma estrada que margeava o rio e saiu onde hoje a DF-205, atacando as fa-zendas, inclusive a Fazenda Jaca-r. Um segundo grupo comanda-do pelo tenente Siqueira Campos seguiu pelo divisor de guas, on-de hoje a DF-220, com o objeti-vo de despistar as foras federais, passando, portanto, na entrada da Chapada Imperial, indo at a Vendinha e atacando, em segui-da, a Fazenda Curralinho, dos Car-doso de Oliveira. Enquanto isso, Prestes continuou por onde hoje a DF-001, indo em direo re-gio dos Macacos.

    Naquele perodo nasceu a cidade de Brazlndia GO (1933), que era uma rea rural. Brazlndia virou

  • 24 Histr

    ia

    Distrito Federal, com o nascimen-to de Braslia, e com ela as inter-minveis invases de posseiros e invasores.

    Em 1986, Dr. Francisco Manoel Corte Imperial, advogado espe-cialista em Direito Agrrio, adqui-riu a fazenda (hoje, Brazlndia). Doze posseiros e grileiros invadi-ram as terras para a criao de ga-do, transformando o Cerrado em

    pastos com vegetao extica e colonizadora como a braquiria, ou retirando madeiras de lei como angico, aroeira, peroba e outras.

    Durante mais de 10 anos, Dr. Im-perial brigou na justia pela rein-tegrao das reas invadidas nos limites da fazenda.

    Na ocasio, os sem-terra tambm queriam seu quinho e, por duas vezes, na dcada de 1990, invadi-

    Cientistas da Misso Cruls reunidos para coletardados sobre o Serto brasileiro

    Foto: Arquivo Pblico do DF/colorizao por computador: Andr Azevedo.

  • 25Histr

    iaram a fazenda e desmataram uma rea de Cerrado na entrada da Chapada. Tambm foi constatado o desaparecimento de algumas espcies de animais, como emas e veados-campeiros.

    Ao fi nal da dcada de 1990, o caso da fazenda teve fi nal feliz e se man-teve dentro dos limites originais, como antiga Sesmaria que era.

    Aps tantas invases, na tenta-tiva de sensibi-lizar a comuni-dade de Braslia e alertar para o prejuzo que o DF teria com tantas agres-ses a um san-turio como esse, surgiu, em 1997, a Chapada Imperial.

    A Fazenda Dois Irmos testemu-nhou a passagem de bandeiran-tes, tropeiros e at da Misso Cruls, alm de boa parte de toda a gente que iniciou o povoamen-to da regio. Sofreu invases de posseiros, grileiros e sem-terras. A fazenda , hoje, um lugar de memria da histria passada e trabalha para fazer histria no fu-turo, preservando um santurio para as futuras geraes. O pro-

    jeto chama-do Chapada Imperial e tem como misso a preservao dos cerrados, a educao am-biental, a cons-cientizao e o apoio s comu-nidades locais.

    A Coluna Miguel Costa-Pres-tes, popularmente conhecida por Coluna Prestes, foi um movimento poltico-militar brasileiro existente entre 1925 e 1927 e ligado ao Tenentismo corrente que possua insatis-fao com a Repblica Velha, exigia o voto secreto, a defe-sa do ensino pblico e a obri-gatoriedade do ensino prim-rio para toda a populao.

  • 26 Inform

    aes

    Tcni

    casBiologia da paisagem

    Na imagem, o bioma Cerrado representado por toda a mancha em

    cor rosa.

    O CerradoO nome Cerrado serve tanto para designar o bioma Cerrado como para um tipo es-pecial de vege-tao. Quando nos referi-mos ve-getao, e no ao bio-ma, chama-mos de cerrado propriamente dito, restrito ou stricto senso.

    No bioma Cerrado encon-tramos as seguintes fi tofi -sionomias: as que predomi-nam as gramneas, ou seja, os campos (campo limpo, campo sujo e campo rupes-tre), as com rvores e arbus-tos (cerrado restrito, cerra-do rupestre e vereda), e as com matas (cerrado, mata ciliar, mata de galeria, mata mesoftica ou mata seca).

    A partir desse ponto, po-demos observar melhor as fi tofi sionomias do Cerrado, ou seja, a fi sionomia das plantas.

  • 27Inform

    aes

    Tcni

    casMata Ciliar uma formao fl orestal densa e alta que acom-panha os rios de mdio e grande porte, onde a copa das rvores no for-ma galerias sobre a gua. Apresenta rvores eretas com altura predominan-te entre 20 e 25 metros. As espcies tpicas des-ta fi sionomia perdem as folhas na estao seca (deciduidade). Os solos variam de rasos (cam-bissolos, plintossolos ou litlicos) a profundos (la-tossolos e podzlicos) ou aluviais (com acmulo de material carregado pelas guas). A camada de ma-terial orgnico sempre mais rasa que a encon-trada nas matas de galeria.

    Mata CiliarSob a ponte que cruza o Rio Dois Irmos, existe uma mata que proporciona tempe-ratura mais amena. A gua abundante e o solo rico em material carreado pelas chu-vas que escorrem dos pontos mais altos pa-ra os mais baixos transformam a paisagem seca do Cerrado. Neste local, a vegetao diferenciada. muito comum a existncia de microplantas como brifi tas, musgos e hepticas, bem como associaes de fun-gos e algas, ou seja, os liquens sob as rvo-res. A presena desta mata fundamental para a manuteno das guas cristalinas e da vida aqutica na Chapada, pois as razes e os restos cados das rvores, como folhas secas, criam uma malha que segura os sedi-mentos mais fi nos.

    Presena de microplantas e liquens nas rvores

  • 28 Inform

    aes

    Tcni

    cas

    LiquensSo associaes nas quais, microscopicamente, os fun-gos formam uma malha que ocupada por algas verdes. As algas fornecem alimento para os fungos provenien-tes da fotossntese, enquan-to estes fornecem minerais absorvidos do meio. Essa relao em que ambos se benefi ciam se chama mutu-alismo.

    Bri tasSo microplantas que no possuem sistema condutor de seivas como as plantas mais desenvolvidas. Habi-tam locais cuja umidade absorvida diretamente pelas folhas. Tambm no possuem raiz, fl ores ou cau-les e justamente por isso no podem ter propores maiores.

    So os invertebrados, os frutos e as folhas que caem das rvores que alimentam os peixes. As rvo-res no so retorcidas como em

    reas secas e so mais altas, pois competem entre si pelos poucos raios de sol disponveis.

  • 29Inform

    aes

    Tcni

    casNutrientes do soloQuanto menor as partculas e quanto menos vegetao cobrir o solo, mais facilmen-te as partculas menores so carregadas pelas chuvas.As partculas do solo so formadas por minerais e por matria orgnica. Os minerais so prontamen-te absorvi-dos pelas plantas junto com a gua, pelas razes, e a matria orgnica ali-menta bact-rias que pro-duzem ele-mentos qu-micos impor-tantes para o crescimento das plantas.Os rios so formados pela gua que escorre e, nesse caminho, carrega tais part-culas medida que escorre. Por isso, os solos nas mar-gens dos rios so mais ricos em nutrientes e as plantas so mais abundantes.

    Ao redor desta mata, h uma pe-quena poro de cerrado. Nos locais onde no houve o acmu-lo de sedimentos, o solo casca-lhoso. A colorao avermelhada devido quantidade de alguns minrios, principalmente ferro. Como a gua infi ltra-se muito no

    solo, a diferena na vegetao da mata ciliar e do cerrado bem perceptvel.

  • 30 Inform

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    Tcni

    cas

    Cerrado sentido restrito(stricto senso)Fitofi sionomia com rvores baixas e retorcidas, arbus-tos, subarbustos e ervas. As plantas lenhosas, em geral, possuem casca corticeira, folhas grossas, coriceas e pilosas. Podem ocorrer va-riaes fi sionmicas devido distribuio espacial dife-

    renciada das plantas lenhosas e ao tipo de solo.

    Cerrado restritoAs rvores, bem esparsas, assumem formato mais retorcido. rvores como pau-santo, barbatimo e carvoeiro con-seguem se destacar em condies mais rigorosas. Diversas rvores assumem caractersticas comuns, por exemplo, a espessa cortia no caule da maioria das espcies. A funo mais evidente pro-teger o cerne da madeira, principalmen-te da ao do fogo.

  • 31Inform

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    Tcni

    cas

    Barbatimo Stryphnpodendron adstringensAs folhas so tnicas, ou seja, do tnus pele. As mulheres fazem banho de acento, ou seja, lavam as partes ntimas com o ch das folhas. A casca tem propriedade anti-infl ama-tria, cicatrizante, usada contra diarreia, hemorra-gia, lcera, uretrite e calv-cie. Das cinzas da madeira, possvel fazer sabo.Uma caracterstica mar-cante para reconhecer es-ta rvore, alm das folhas compostas com 20 a 24 fo-lolos, o tronco, que apre-senta cicatrizes em forma de sorriso.

    Pau-santo Kielmeyera sp.rvore medicinal cuja resi-na combate dores de den-te e infeces. As folhas so tnicas e ajudam no combate a tumores.

  • 32 Inform

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    cas

    Os nutrientes do solo, o cli-ma e o fogo inf luenciam a vegetao do Cerrado. O excesso de alumnio e a alta acidez do solo dimi-nuem a dis-ponibilidade de nutrientes das plantas, tornan-do-o txico para plantas no adap-tadas. A baixa fer-tilidade e a elevada toxicidade do solo so associadas ao nanismo e tortu-osidade da vegeta-o (hiptese do oligomorfi smo dis-trfi co). Alm dis-so, quando a vege-tao queima, os tecidos vegetais mais tenros como folhas e gemas (tecidos de crescimento das plan-tas) sofrem necrose e morrem. As gemas que fi cam nas extremi-

    dades dos ra-mos e galhos so substitu-das por ge-mas internas que nascem em outros lo-cais do galho, quebrando a l i n e a r i d a d e do crescimen-to. O tercei-

    ro fator o clima, marcado por duas estaes uma chuvosa e outra com estiagem pro-longada. Os nu-trientes so mais disponveis no perodo chuvosos quando o solo se torna menos ci-do, o que favorece o crescimento das plantas. Desse mo-do, a combinao da sazonalidade

    climtica, da defi cincia nutricio-nal dos solos e da ocorrncia do fogo determina as caractersticas da vegetao do Cerrado.

    Por que as rvores do Cerrado so tortas?

    Por que solos cidos so pobres?As maiores limitaes dos so-los cidos podem ser agrupa-das em quatro modos:

    altos teores de H+ e Al3+ ativos na soluo do solo;

    baixa capacidade de troca catinica;

    alta capacidade da fase s-lida em absorver nion, es-pecialmente o on fosfato;

    baixa atividade orgnica e biolgica na frao do solo.

  • 33Inform

    aes

    Tcni

    casCampo sujoAps a pequena mancha de cerrado, continuando a trilha, observamos um campo sujo que ocorre nas reas em que existem arbustos, e no rvo-res, esparsos em meio paisa-gem do campo.

    Campo sujo uma fi sionomia herbceo-arbustiva com arbustos e subarbustos espaados entre si. Encontra-se sobre solos rasos que podem apresentar pequenos afl o-ramentos rochosos ou solos mais pro-fundos pouco frteis. Da mesma forma, o campo limpo varia com a umidade do solo e a topografi a, podendo ser classifi -cado como campo sujo mido e campo sujo seco.

    Campo sujo: no fundo, a vereda se mistura mata ciliar.

  • 34 Inform

    aes

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    cas

    Quaresmeiras dependem de solos midos, por isso so encontradas em bordas de matas e veredas

    No caminho, h um corredor de arbustos chamados quaresmeira Tibouchina sp. Essa planta, por ter crescimento rpido, pode ser usada na recuperao de reas degradadas. Sua importncia eco-lgica se deve ao fato de as folhas serem alimento para antas e a po-linizao (meio na qual o plen de uma planta levado a outra para que ocorra a reproduo, ou seja, fuso de gametas masculinos e

    femininos) depender das abelhas silvestres. O nome comum surgiu porque ela produz belas flores ro-xas durante a quaresma. Porm, ocorre de florescer ao longo do ano, mas, mais intensamente, en-tre setembro e outubro.

  • 35Inform

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    casCampo limpo uma fi tofi sionomia herbcea, com poucos arbustos e nenhuma rvore. comumente encontrado junto s veredas, olhos dgua e em encostas e chapa-das. Pode ser classifi ca-do em campo limpo se-co, quando ocorre em reas onde o lenol fretico profun-do, e campo limpo mido, quando o lenol fretico superfi cial. As re-as de campo limpo mido so ricas em espcies herbce-as ornamentais.

    possvel, na trilha, observar pontos onde o solo frtil e carreado pelas guas cobre o solo pedregoso, pobre em nutrientes

    Campo limpoEm seguida, continuando a trilha, a paisagem rapidamente se transforma. Nos locais on-de houve acmulo de sedimentos orgnicos e minerais, o solo se torna escuro. Somado ao fato de que o lento declive permite que a gua escorra sob sua superfcie, uma vegeta-o rasteira limitada pela mata ciliar repleta de buritis que aproveitam os nutrientes dis-postos neste tipo de solo.

  • 36 Inform

    aes

    Tcni

    cas

    Vereda uma vegetao caracte-rizada pela presena do buriti Mauritia fl exuosa, palmeira que ocorre em meio a agrupamentos de espcies arbustivo-herbceas. As veredas so encontradas sobre solos hidromrfi cos e so circundadas por cam-po limpo, geralmente mido. Nas veredas, em funo do solo mido, so encontradas, com

    fre quncia, es-pcies orna-mentais de gra-mneas.

    Do leo do buriti Mauritia exuosaFoi criado, pela UnB, um material plstico que se de-compe mais rapidamente e que tambm capaz de absorver e emitir luz.

    VeredaPor detrs do campo mido, existe uma cor-tina de buritis que em alguns pontos alaga-dos forma pequenas manchas de veredas.

    Os buritizais so importantssimos do ponto de vista ecolgico. No oco dessas rvores, araras e tucanos fazem ninhos.O alimento no consumido por araras e pa-pagaios derrubado e serve de alimento para animais como paca, anta e tatu, que sero alimento para predadores maiores e mais ameaados comolobos, jagua-rundis, etc.

    Seu fruto uma fonte de alimento privile-giada, rica em vitaminas A, B e C, e ainda contm clcio, ferro e protenas. Consu-mido tradicionalmente ao natural, o fruto do buriti tambm pode ser utilizado em doces, sucos, picols, licores, sobremesas e em alimentao de animais. O buritizal precursor da mata de galeria.

  • 37Inform

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    Tcni

    cas

    Chuveirinho Paepalanthus sp.Tem utilizao ornamental quando seca. Vrias espcies de animais, principalmente insetos, aprovei-tam as gotas de orvalho que se acumulam na base de suas folhas.

    LavoisieraLavoisiera bergiiPlanta parecida com a roxinha, po-rm, diferentemente desta, fl ores-ce apenas em outubro, ao passo que a roxinha fl oresce de junho a outubro.

    MacelaAchyrocline satureioidesPlanta de fcil identifi cao que produz fl ores amareladas perfu-madas, utilizadas para a confeco de travesseiros. O ch tem efeito calmante.

    As veredas e os campos escon-dem sobre seu denso capim um fantstico micro-habitat onde vivem diversos artrpodes e an-fbios. Por entre as touceiras de

    capim, pequenos mamferos e serpentes deixam suas trilhas. Es-pcies como o chuveirinho, a ma-cela e um capim conhecido como rabo-de-raposa so comuns.

  • 38 Inform

    aes

    Tcni

    casA partir de ento, espcimes vege-tais como a lixeira Curatella ameri-cana, lixeirinha Davilla elliptica, o mandioco-do-cerrado Scheflera macrocarpa, a embaba Cecropia lyratiloba, a paineira do cerrado Eriotheca pubescens, e a bate-cai-xa Pallicourea rigida comeam a modificar a paisagem. O carvoei-ro Sclerobium paniculatum, planta de sucesso primria, aproveita os infrteis e rasos solos pedre-gosos e se mantm na paisagem como uma das mais altas rvores.

    Os mais desatentos podero en-costar na hortel do cerrado Hyp-tis sp., o que provocar um deli-cioso odor. Esta planta comum

    em distintas fitofisionomias do cerrado.

    Sua polinizao, como de muitas plantas do Cerrado, feita por abelhas silvestres

  • 39Inform

    aes

    Tcni

    casLixeiraCuratella americanaIdentifi car esta planta fcil devi-do s suas grandes folhas speras e seu caule que se desmancha ex-pondo a colorao vermelha de seu cerne. O nome cientfi co Cura-tella vem do latim curatus, que signifi ca trabalho, pelo uso das folhas desta rvore no polimen-to de arcos. Abelhas polinizam esta planta e o arilo poro do fruto que envolve as sementes alimenta a fauna que, em troca, dispersa as sementes. A casca, de-vido pigmentao vermelha, usada para tingir tecidos. Na me-dicina popular usada contra af-tas, dores de cabea e estmago, cicatrizante e cura resfriados.

    LixeirinhaDavilla ellipticaFolhas pouco speras com a mar-gem serrada, utilizadas para arear panelas. Planta usada para a nidi-fi cao de pssaros. O arilo, pre-sente nas sementes desta planta, importante alimento para a fau-na. As razes so adstringentes, laxativas, sedativas, usadas para hemorroidas e hrnias, e os ra-mos jovens so diurticos.

  • 40 Inform

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    cas

    Paineira-do-cerradoEriotheca pubescensrvore que produz paina, um en-voltrio das sementes que per-mite que sejam carregadas pelo vento, no processo de disperso. As sementes alimentam as aves.

    A paina tem uso regional na confeco de travesseiros.

    Bate-caixaPalicourea rigidaO nome Palicourea devido ao aspecto de couro da folha, por ser rgida e dura. necessrio chamar a ateno para a beleza desta planta. Na medicina popu-

    lar usada como depurativo. Suas folhas, hastes e ra-zes servem para os rins e infl ama-es vaginais. Atrai beija-fl ores e abelhas grandes que fazem sua po-linizao.

  • 41Inform

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    casMandioco-do-cerrado Schef era macrocarpaPlanta melfera cuja madeira bran-ca e pouco resistente s intempries e aos ataques de insetos, sendo uti-lizada na confeco de embalagens, brinquedos, miolos de portas, lenha e carvo. Frutos so muito aprecia-dos por aves.

    No confundir Cecropia sp. com Scheflera sp. A embaba pos-sui a folha com invaginaes, ou seja, entradas, enquanto o mandioco apresenta divises

    em sua folha, formando folo-los. O verso das folhas do man-dioco alaranjado e as folhas da embaba, quando secas, so cinza.

    EmbabaCecropia lyratilobaCecropia um nome grego que signi-fi ca ecoar. Os ramos ocos so usados como instrumento de sopro. Abriga formigas em seu interior, que a de-fende de predadores. A casca e as folhas servem ao combate do reuma-tismo, diabetes, asma e gripe. O fruto alimenta araras e outros animais.

  • 42 Inform

    aes

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    casUm pouco de ecologia

    Interao ecolgicaObservando os ramos fl ori-dos do mandioco, vemos uma interao ecolgica

    c h a m a d a mutual is -mo (todos se bene-fi ciam). A c o c h o n i -lha, por exemplo, extrai a seiva dos ramos do m a n d i o -co e a for-miga no a preda, ao contrrio, a protege. Em troca, a cochoni-lha produz para a for-miga uma substncia aucarada. O mandio-

    co tambm se be nefi cia com isso, pois as formigas protegem seus ramos de predadores.

  • 43Inform

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    casInterao ecolgicaA lobeira Solanum lycocar-pum produz frutos que representam at 50% da dieta ali-mentar do lobo-guar C h r y s o -cyon bra-chyurus e acredita-se que tenha ao te-raputica contra o verme-gi-gante-dos-rins, que muito fre-quente, e geralmen-te fatal pa-ra o lobo. A planta se bene-fi cia pelo fato de o lobo disse-minar suas sementes, junto com as fe-zes, a quilmetros de dis-tncia da planta.

  • 44 Inform

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    cas

    Campo rupestreNo mirante da espuma, esquerda da cachoeira, no topo da Chapada, h um campo rupestre. Esta fi tofi sio-nomia se mistura com a vereda e o cerrado rupestre.

    Campo rupestreOcorre sobre topos de serras e chapadas de altitudes supe-riores a 900 metros, com afl o-ramentos rochosos onde pre-dominam ervas e arbustos, podendo ter arvoretas pouco

    d e s e n v o l -vidas. Em geral, ocor-re em mo-saicos, no o c u p a n d o t r e c h o s contnuos. Apresenta topografia acidentada e grandes blocos de rochas, com pouco solo, geralmente raso, cido e pobre em nutrientes orgnicos. alta a ocorrncia de espcies v e g e t a i s restritas ge-

    ografi camente quelas condi-es ambientais (endmicas), principalmente na camada herbceo-subarbustiva.

  • 45Inform

    aes

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    cas

    Nas proximidades, ro-chas esto pigmenta-das de verde, cinza, amarelo e laranja so fungos e liquens que colonizam a rocha e dela extraem minerais para sua sobrevivncia.

    Pouco antes do mi-rante da Cachoeira da Espuma, existe uma pequena parte de so-lo molhado. s vezes, em algumas pequenas poas, possvel ob-servar manchas pare-cidas com as de leo, mas so algas que acu-mulam cristais de slica em sua carapaa. Esse um bom local para procurar por pegadas de animais silvestres, pois o solo mido as molda com preciso.

    Curiosidades

  • 46 Inform

    aes

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    cas

    RelevoNo mirante da Cachoeira da Es-puma possvel contemplar uma histria que se iniciou h 1,2 bilho de anos. Para compreender essa histria, antes necessrio co-nhecer um pouco da geologia da APA de Cafuringa, onde est situ-ada a Chapada Imperial. As rochas presentes na paisagem so rela-cionadas aos grupos Parano e Canastra. Na terminologia geol-gica, um grupo corresponde a um conjunto de rochas relacionadas em termos de idade e de aconte-cimentos histricos que levaram a sua formao, integrados por pacotes menores denominados formao ou unidades. Os gru-pos Parano e Canastra possuem a mesma idade geolgica, porm foram formados em bacias hidro-

    grfi cas diferentes. Ambos so integrados por intercalao de rochas arenosas, calcrias e argi-losas, contudo, cada conjunto foi submetido a presses e tempera-turas diferentes.

    Um pouco de Histria Natural

    Intemperismo a ao de agentes como a gua e o vento que desconstroem as rochas.

    PercolarAo da gua, que infi ltra-se nas ro-chas conseguindo dissolver minrios menos resistentes, que culmina com a soltura de placas da rocha.

    Metamor smoContruo e transformao das ro-chas ao longo do tempo. Pela ao de temperatura e presso.

  • 47Inform

    aes

    Tcni

    casNa APA de Cafuringa existem ro-chas formadas por sedimentos que, por efeitos metamrfi cos, se transformaram. A paisagem sofreu intensa deformao rela-cionada ao evento geolgico de-nominado Ciclo Orogentico Bra-siliano, que se deu a cerca de 700 a 600 milhes de anos atrs, ou seja, grandes macios de rochas que se formaram h cerca de 1,2 bilho de anos foram modifi cadas por ao de presso entre placas rochosas no interior da Terra. As-sim, rochas que estavam a 2 ou 3 quilmetros de profundidade fo-ram levadas at a superfcie. Ob-servando a paisagem, como se, literalmente, tivessem dobrado a Terra.

    Nas trilhas mode-rada e pesada, o fato de vermos camadas verti cais de rocha signi-fi ca que estavam deitadas, mas que foram ergui-das no processo de dobramento e de ruptura da crosta terrestre.

    Com o passar do tempo, cada con-junto de material que se sedimentou sobre uma camada antiga da rocha aumentou a presso sobre os com-ponentes anteriores. Passados mi-lhes de anos, a rocha parece que foi formada em camadas. A ao prolongada da gua, porm, dissol-ve suas partes mais frgeis, fazendo com que em milhes de anos se fun-disse e se soltasse.

  • 48 Inform

    aes

    Tcni

    cas

    As formaes com maior c o m p o s i o de material ar-giloso em sua composio, ao sofrerem presso, defor-mam, ao con-trrio daquelas que contm maior quanti-dade de ma-terial quartzito (arenoso) que, ao sofrer presso, se rompem, criando rupturas no relevo.

    Ao longo dos cursos dgua observamos diversas falhas.

    Em outros pon-tos, observa-mos tambm afloramentos de quartzos e, s vezes, fratu-ras, devido percolao da gua.

  • 49Inform

    aes

    Tcni

    casCerrado rupestreAps a Cachoeira da Espuma, enquanto percorrido o alto dos morros, surge uma nova paisagem o cerrado, que se confun-de na paisagem com o cerrado rupestre.

    H alguns afl oramentos de rochas cober-tas por liquens e quartzitos fraturados ex-postos no meio do caminho. comum o carvoeiro se destacar nesta paisagem, nu-ma proporo de 150 rvores por hectare (10.000 metros quadrados).

    O cerrado rupestre uma das formas de cer-rado sentido restrito de constituio arbrea, ar-bustiva e herbcea que ocorre em ambientes ru-pestres (de rocha). Os so-los so rasos com afl ora-mentos rochosos pobres em nutrientes.

  • 50 Inform

    aes

    Tcni

    cas

    Em alguns tre-chos das trilhas que acompa-nham os morros em seu plano mais alto, o so-lo mais jovem e extremamente lixiviado deixa exposta a rocha j intemperisa-da. um verdadeiro caminho das pedras. Nas descidas mais ngre-mes, observamos inclusive aflo-

    ramentos de quartzitos brancos silicificados, com a presena de s-lica-areia, macios e intensamen-te fraturados.

  • 51Inform

    aes

    Tcni

    cas Algumas plantas tpicasdo cerrado rupestre

    MimosaMimosa clausseniiMimosa um nome derivado do latim mimus que se move, em re-ferncia s folhas sensitivas que se fecham ao serem tocadas. A poli-nizao feita por abelhas e a disper-so das sementes pelo vento e por ani-mais.

    CatolSyagrus sp.Vrias espcies da fauna se alimen-tam desta palmeira. Candeos utili-zam o fruto, roedores e ositacdeos (periquitos, maracans, jandaias, pa-pagaios) suas sementes.

    Canela-de-emaVellosia sp. um arbusto comum no Cerrado brasileiro, com vrias espcies co-nhecidas por este nome. A fl or apre-senta variaes de cor, do lils ao branco, sempre com o miolo amare-lo. Sua fl or comestvel.

  • 52 Inform

    aes

    Tcni

    cas

    Mata de galeriaO Rio Dois Irmos margeado ora por ma-ta ciliar, ora por vereda e ora por mata de galeria.

    Encontramos esta fi tofi sionomia de forma espordica a partir do Poo do Buriti e, gra-dualmente, esta mata se une mata seca e ao cerrado, a partir da Cachoeira Rainha.

    A mata de galeria uma fl oresta tropical sempre verde (no perde as folhas durante a esta-o seca) que acompanha os crregos e riachos da regio central do Brasil, com as copas das rvores se encontrando sobre o

    curso dgua. Apre-senta rvores com al-tura entre 20 e 30 me-tros. Os solos variam em profundidade, fertilidade e umidade. As matas de galeria ocorrem sobre solos distrfi cos (pobres), do tipo latossolo, at solos mais rasos e mais ricos em nutrien-tes como podzlicos e litossolos (com afl o-ramentos rochosos). Esta fi sionomia co-mumente associada a solos hidromrfi cos, com excesso de umi-dade na maior parte do ano devido ao len-ol fretico superfi cial e grande quantidade de material orgnico acumulado, propician-do decomposio que lhe confere a cor pre-ta, caracterstica des-te solo.

  • 53Inform

    aes

    Tcni

    casMata seca oumata mesofticaA parcela da Chapada Imperial que possui mata seca no visitada nos passeios com trilhas, mas pode ser admirada a partir dos mirantes. impossvel, porm, distingui-la do cerrado e das matas de galeria observando-a de cima. Na Chapa-da, temos a mata seca de interfl -vio, ou seja, entre dois rios.

    A mata seca oumata mesoftica um tipo de formao fl orestal que no est associada com cursos dgua e que apresenta diferentes ndices de deciduidade durante a estao seca. Pode ser de trs ti-pos: mata seca sempre verde, mata seca semidecdua e mata seca dec-dua. Os dois primeiros ocorrem so-bre solos desenvolvidos em rochas bsicas de alta fertilidade (terra ro-xa estruturada) e mdia fertili-dade (latossolo vermelho-es-curo). A mata seca decdua, em geral, ocor-re sobre afl o-ramentos de rochas calc-rias. O estrato arbreo apre-senta altura que varia entre 15 e 25 metros. Entre suas r-vores eretas, destacam-se: imburana, an-gico e ips. Nas matas secas existe uma variedade de espcies decduas, semidecduas e sempre verdes, destacando o angico-mon-jolo, o angico, o carvoeiro, o jatob e o pau-terra-de-folha-pequena.

  • 54 Inform

    aes

    Tcni

    cas

    Campos de murundumNo esto presentes no pas-seio das trilhas, mas existem na Chapada Imperial. No percurso da porteira sede, na metade do caminho, h uma trilha es-querda que cruzar tais forma-es. Mistrio escondido aos olhos da maioria.

    CerradoO cerrado s possvel de ser contemplado da Cachoeira Im-perial.

    Parque cerrado uma formao caracterizada pela pre-sena de ilhas ou elevaes arredonda-das conhecidas como murunduns, em meio a um campo mido, com dimetro em torno de 5 m e 20 m, e altura mdia de 50 cm. Estes montes so drenados e abrigam espcies da fl ora do cerrado senso restrito, formando mosaicos de vegetao com o campo mido. Alguns autores associam a origem dos murun-duns atividade dos cupins.

    Cerrado uma formao fl orestal que apresenta elementos xeromrfi cos (adaptaes a ambientes secos) e se caracteriza pela

    composio mista de espcies comuns ao cerrado sentido res-trito, mata de galeria e ma-ta seca. Apesar de apresentar espcies que esto sempre com folhas (pereniflias), muitas espcies comuns ao cerrado apresentam queda de folhas (caduciflia ou decdua) em de-terminados perodos da estao seca. Em geral, os solos so pro-fundos, de mdia e baixa fertili-dade, ligeiramente cidos e bem drenados (latossolos vermelho-escuro). De acordo com a fertili-dade do solo, podem ser classifi -cados como distrfi cos, quando pobres, e mesotrfi cos quando mais ricos em nutrientes.

  • 55Serpen

    tese C

    obras

    NO PEONHENTA

    Ao perceber uma serpente, no entrar em pnico e no mat-la. Comunicar aos demais guias, imediatamente, e mudar o percurso.

    Animais que podemoferecer risco

    Tipos de dentio inoculadora de veneno em serpentesglifaNo possui dente inoculador: ex.: jiboias, anfi sbe-nas.

    OpistglifaPossui dentes posteriores com sulco, por onde o veneno escorre. Ex.: cobra-verde, cobra-cip, falsas-corais.

    ProterglifasPossui dentes anteriores por onde o veneno escorre. Ex.: coral-verdadeira.

    SolenglifaPossui dentes posteriores injetores de veneno e picam. Ex.: jararacas e cascavis.

    A Chapada Imperial uma rea de preservao ambiental e as serpentes fazem parte desse am-biente. Cuide para que haja segurana e preser-vao ambiental.

    glifasJiboia-arco-iris e jiboia-comum: no possuem peonha, porm podem morder. So arborcolas e excelentes nadadoras. O tamanho, na regio, pode chegar a 2,5 me-tros. No possuem fosse-ta loreal.

  • 56 Serpen

    tese C

    obras

    Fosseta termossensitivaA fosseta loreal uma abertura en-tre o olho e a narina de serpentes viperdeas (jararacas, cascavis e surucucus). Permitem a percepo

    de variaes mnimas de temperatu-ra, da ordem de 0,0003 graus Cel-sius. A de-teco de calor nos bodeos (ji-boias) fei-ta atravs de fossetas localizadas na poro superior do lbio.

    No sequer uma serpente. um rptil fossorial (que vive escondi-do sob a terra). O nome se refere ao comportamento de levantar a cauda quando ameaada.

    Diferena entre cobra e serpenteCobra o nome comum dado a qualquer rptil comprido e sem as patas. Serpen-te um termo tcnico que distingue um grupo com caractersticas taxonmicas comuns.

    An sbena ou cobra-de-duas-cabeas

    NO PEONHENTA

  • 57Serpen

    tese C

    obras

    BoipevaPresena de formas em A no dorso, porm pupila re-donda. Ausncia de fosseta loreal.

    No confundir cascavel e jararaca com boipeva

    NO PEONHENTA

    CascavelA caracterstica mais marcante de uma cascavel a pupila em fenda, a fosseta loreal e a presena de guizo.

    PEONHENTAJararacasPresena de pupila em fenda e for-mas em A no dorso.

    PEONHENTA

    JararacasPresena de fosseta loreale mscara rostral.

    PEONHENTA

  • 58 Serpen

    tese C

    obras

    OpistglifasAlgumas serpentes conhecidas como cobra-cip so peonhen-tas, outras no.

    J no caso das corais, dizer que uma coral seja falsa no quer dizer que ela no tenha peonha. O que ocorre que ela opistglifa, que apenas consegue injetar o vene-no quando a presa capturada est sendo engolida e mordida pelos

    ltimos dentes da mandbula. Ser-pentes opistglifas apresentam baixo ndice de acidentes.

    Como distinguiras falsas-coraisdas verdadeiras?As falsas-corais tm o di-metro do olho maior que a distncia entre o olho e a boca, e as verdadeiras o contrrio, os olhos so pequenos.

    Oxyropus trigeminus e O. guibei. Dois exemplos de falsas-corais

    PEONHENTA

  • 59Projeto

    s Projeto Bicho Livre

    Projeto ArarasO Projeto Araras reintroduziu 50 ani-mais natureza. Esses animais eram comuns no local h vinte anos. Eles possuam importncia ecolgica pa-ra diversos outros animais que, de-vido ao predatria do homem, esto seriamente ameaados na regio. Por exemplo, diversos ani-mais, como antas, cutias e pacas dependem das araras que derrubam frutos de buriti enquanto se alimen-tam. Animais maiores como lobos-guar e onas dependem das antas, pacas e cutias para se alimentar. A importncia das araras, desse mo-do, vital para um processo ecolgi-co maior. Atualmente, o projeto se esfora para conseguir reproduzir esses animais na Chapada Imperial. Porm, ver grupos de dezenas de araras voando, nos tempos moder-nos, em um dos biomas mais depre-dados do Pas, o Cerrado, um pri-vilgio perceptvel apenas queles que visitam o Pantanal ou a Amaz-nia. Apenas isso j sufi ciente para o envolvimento da comunidade na sua preservao e para a conscien-tizao ecolgica de milhares de vi-sitantes da Chapada Imperial que, vendo os animais livres, fi cam indig-nados com o trfi co e a manuteno de animais silvestres em cativeiro. O Projeto Papagaios e o Projeto Tuca-no seguem na mesma linha.

    O Projeto Bicho Livre busca a conservao e a recuperao dos aspectos ecolgicos des-trudos pelas atividades hu-manas que impactam a fauna, entre elas o trfi co de animais silvestres e a caa.

    Para cumprir seus objetivos, busca meios que fortaleam as reas preservadas, incentivem o ecoturismo e criem oportu-nidades de gerao de renda para a comunidade local, que deixa de depredar e passa a ser o principal agente no elo de preservao.

    O projeto tem o apoio do Iba-ma, que j devolveu natureza onas, emas, araras, tucanos, papagaios, jabutis e pssaros.

    Ele atua em trs frentes: pes-quisa, desenvolvimento social e educao ambiental.

    Para estimar os resultados de suas aes, o projeto utiliza alguns grupos da fauna para o monitoramento.

    De 2007 a 2010 utilizou a Cha-pada Imperial como rea de estudo. Trs frentes de moni-toramento se destacaram: O Projeto Araras, o Projeto Tuca-no e o Projeto Papagaios.

  • 60 Projeto

    s

    Animais soltos so monitorados gerando dados cient cos

    Mtodos de monitoramentoAlguns estudos dependem do acompanhamento de uma amos-tra dos animais reintroduzidos.Papagaios Amazona aestiva e ara-ras Ara ararauna recebem um n-mero que gravado no bico.Jabutis Geocheloni carbonaria re- cebem a marcao, em nmero romano, em algumas de suas pla-cas laterais.Os animais avistados marcados, so Registrados e informaes como rea de uso, dieta, com-portamento social subsidiam in-formaes.

    Pesquisa

  • 61Projeto

    s

    Novas descobetasPapagaios e araras que estavam por anos em cativeiro conseguem recupe-rar a habilidade de voar, buscar par-ceiro sexual e alimento na natureza.Estudos mostram que comporta-mentos instintivos podem garantir a sobrevivncia de algumas espcies.Animais reintroduzidos possuem dieta alimentar parecida com a dos nativos.

    Novas descobertas so publicadasem revistas cient cas

    Os frutos do mandioco-do-cer-rado e do buriti, a semente do carvoeiro e as fl ores do eucalipto so os alimentos que observamos sendo ingeridos por araras liber-tas provenientes do trfi co.

    Pesquisa

  • 62 Projeto

    s

    Pesquisa

    O tucanoRamphastus toco foi reintroduzido e tem sido acompanhado por 3 anos. Sua rea de uso de cerca de 3 qui-lmetros quadrados. Tem sido avis-

    tado em diversas cachoeiras e j foi visto com distintos grupos de tucanos silvestres. consi-derado apto a so-breviver em meio natural.

    As ararasAra ararauna vi-vem em liberdade.

    Depois de soltos, o que acontececom os animais?

    O sucesso dos projetos de rein-troduo de animais depende de um conjunto de fatores: cumpri-mento de protocolos tcnicos, envolvimento da comunidade, manuteno da rea preservada,

    educao e conscien-tizao do visitante.

    Quando esses fato-res se aliam, observa-mos os animais lenta-mente se adaptando ao ambiente e cada vez mais ocupando espaos e nichos eco-lgicos disponveis.

  • 63Projeto

    sQuanto tempo as araras demorampara conseguir voar?Pesquisa

    Geralmente as condies de ca-tiveiro de papagaios, araras, jan-daias e outros psitacdeos con-dicionam os animais a terem os msculos peitorais e mandibu-lares atrofi ados. Submet-los s condies naturais certamente os levaro a bito. A reintroduo depende de implementao de programas que faam os animais se adaptarem a diversos fatores novos que encontraro no meio natural. Frutos mais duros e a ne-cessidade bvia de voar so fato-res que devem ser considerados.

    O tempo de reabilitao para o vo em araras com musculatura atrofi ada pode demorar cerca de dois meses.

  • 64 Projeto

    s

    PesquisaQue alimentos os papagaios preferem o silvestre ou aqueles que eles comiam enquanto estavam presos?

    As barras azuis mostram a porcen-tagem de tempo gasto comendo o fruto do carvoeiro Sclerolobium pa-niculatum e as barras em vermelho o alimento (milho e girassol).

    Prever a preferncia por um ou outro alimento difcil, ainda mais quando se trata de animais rein-troduzidos. Porm sabemos que os animais amostrados dedicaram maior parte do seu dia comendo nas rvores do que no cocho.

  • 65Projeto

    sPesquisa

    O que os papagaios fazemao longo do dia?

    Cada cor representa um com-portamento e, respectiva-mente, o horrio. Note que na maior parte do tempo os papagaios esto descansan-do (barras verdes-claras). O macho costuma vocalizar al-to para a fmea chamando-a para o esconderijo onde dor-mem. Durante boa parte da tarde vocalizam baixo entre si, descansam e se afagam.

  • 66 Projeto

    s

    Pesquisa

    Envolver a comunidade no proces-so de preservao ambiental fun-damental. Os projetos ambientais incentivam o turismo. O turismo gera renda. O queijo, os ovos e a comida vendidos nas propriedades participantes de projetos ambien-tais so comprados na comunida-

    de. Os condutores de turismo so da comunidade. Os artesanatos e os doces vendidos so feitos pela comunidade. Os profi ssionais em-pregados so da comunidade. Com-partilhar renda uma das formas de garantir comunidade o interesse pela preservao ambiental.

    Qual o envolvimento da comunidade com os projetos ambientais?

  • 67Projeto

    sPesquisa

    Os cartazes in-titulados A Histria de Mi-nha Vida apre-sentam dois personagens: um pssaro trinca-ferro e uma arara. Os condutores devem fi car atentos pa-ra relatar essas histrias aos visitan-tes no incio do passeio. Os cartazes so auto-explicativos, mas preci-so treino para falar em pblico.

    A histria do trinca-ferro relata um pssaro que sobreviveu da ao cruel de trafi cantes. Estats-ticas citam que a cada 10 animais retirados da natureza, apenas um sobrevive. Desse modo, algum que tenha adquirido ilegalmen-te um animal silvestre, indireta-mente pode ter sido responsvel pela morte de outros nove. Alm dos maus-tratos sofridos duran-te a captura e o transporte, se o animal capturado tiver fi lhotes, estes podem no sobreviver. Se esse animal dominava um territ-rio, deixar espao para que ou-tro venha ocup-lo. O trfi co de animais silvestres impacta toda a ecologia de um lugar. Quando um

    animal silvestre retirado da na-tureza, extingue-se tambm todo o processo ecolgico as plantas que ele polinizaria, os frutos que derrubaria e virariam rvores, os fi lhotes que deixaria e o corpo, que alimentaria outro animal.

    A histria da arara serve para mos-trar ao visitante qual a condio de vida de um animal silvestre preso e de um em liberdade. importan-te chamar a ateno do visitante para as imagens cinematogrfi cas de bandos de araras voando jun-tas ao redor da Chapada Imperial. Comportamentos de algumas ara-ras e papagaios como danar, ba-lanar a cabea e gritar, se estive-rem relacionados a um estado de estresse do animal, so conheci-dos como comportamentos este-reotipados. Tais comportamentos so comumente vistos em animais mantidos em cativeiro.

    Que mensagem o Projeto Bicho Livre deseja passar?

  • 68 Projeto

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    PesquisaQue mensagem o visitanteleva consigo?

    Raras so as pessoas que visitam a Chapada Imperial para avistar animais. Porm, a presena dos bi-chos em liberdade um forte atra-tivo que emociona os visitantes e isso perceptvel em pesquisas

    Grau de satisfao por atrativo

    Estudos mostram que o turista fi ca motivado ao presenciar os animais silvestres livres e que esse pode ser um mecanismo de sensibilizao em relao aos impactos negativos do homem sobre a fauna silvestre.

    posse, ou denunciar crimes contra os animais. Denncias:

    LINHA VERDE DO IBAMA

    0800618080

    de opinio. Se, de modo geral, os visitantes apreciam os animais em liberdade, o condutor deve apro-veitar a oportunidade para cons-cientizar o visitante a entregar vo-luntariamente ao Ibama animais que, por acaso, estejam em sua

  • 69Projeto

    s

    Hoje, possvel ver bandos de ca-nrios-da-terra Sicalis fl aveola na Chapada. Grande parte proceden-te dessas solturas. Alguns animais conseguem manter o comporta-mento dcil, apesar de os proces-sos ecolgicos serem cumpridos.

    O Museu traz um pouco da hist-ria da Chapada, da cultura local e dos meios utilizados por trafi can-tes para capturar e transportar animais. Algumas ossadas de ani-mais encontrados na regio ou apreendidos pelo Ibama tambm fazem parte do acervo.

    O Muro da Liberdade uma das iniciativas para educaros visitantes. um projeto que representa a pequena quantidade de animais devolvidos natureza.

    Tais aes se resumem em res-ponsabilidade ambiental e social, e gerao de conhecimento.

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    Pontos tursticos

    Informaes aos visitantesPrestar informaes referentes a nor-mas de segurana, utilizao das ca-choeiras, lixo, contato com os animais. Repassar informaes do Projeto Bicho Livre.

    Poo ParasoMaior profundidade: cerca de 4,5 me-tros. possvel mostrar ao visitante o buriti, rvore tpica de reas alagadas, local propcio para alongamentos e orientaes sobre o passeio.

    Poo OsisMaior profundidade: cerca de 3,5 me-tros. Observao de orqudeas nos bu-ritisais, liblulas, borboletas e pssaros que se alimentam de Miconia sp. As pe-dras so escorregadias.

    CerradinhoLocal para apresentar variedades arb-reas e comparar as fi tofi sionomias de mata de galeria e cerrado. Atentar para os diferentes tipos de solo observados at a prxima parada.

    Plataforma das ararasAtentar para as mudanas no padro do solo. Apresentar as fi tofi sionomias de campo limpo, vereda e campo sujo. Apresentar espcies vegetais tpicas.

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  • 71Resum

    oMirante da EspumaParada para fotos, informaes a res-peito do relevo, das fi tofi sionomias campo rupestre, cerrado rupestre, ve-reda, campo sujo e liquens.

    Cascata da Espuma possvel mostrar vrias fi tofi siono-mias na mesma paisagem. A diferena entre cascata e cachoeira que aquela escorre nas pedras, enquanto a cacho-eira tem queda livre.

    Cachoeira dos NamoradosPequeno poo esquerda da ponte, na direo da trilha. Profundidade:1 metro.

    Cachoeira CandanguinhaBelo visual do mirante da candangui-nha. No h trilhas de acesso. Profundi-dade mxima: 5 metros.

    Poo do QuatiNome originrio da espcie avistada be-bendo gua. Profundidade: 3 metros. Viso de pequeno exemplar de buritizal na borda. Evitar o pisoteio das bordas do poo e das reas verdes. O quati visi-ta frequentemente a regio.

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  • 72 Resum

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    Poo das Trs MariasSo trs fi letes de gua, como um man-to de santa, que deram origem ao no-me. Profundidade: 1 metro. No fre-quentemente utilizado para banho.

    Toca da OnaPoo com cerca de 1,5 metro. No uti-lizado para mergulho.

    Pedra VermelhaRocha escorregadia. Rocha quartztica. Origina-se de processo de falha e sepa-rao entre rochas. Tronco com vrias orelhas de pau pretas (fungo). Na conti-nuao do rio, o processo de separao das rochas visvel.

    Poo da CavernaServe de abrigo para morcegos. A ca-verna tem apenas dois metros de pro-fundidade e o poo 1,5 metro. No aconselhvel o salto.

    Pocinho do CipTrilha em meio mata ciliar. Profundida-de: 40 centmetros. Presena de rochas arenosas no leito do riacho evidencia bem as explicaes sobre a ruptura e a separao de placas rochosas. Proces-so geolgico de 600 milhes de anos.

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  • 73Resum

    oCascata do BuritiProfundidade mxima: 2,5 metros. Fre-quentemente avistado o cgado-de-barbicha em banho de sol. No local tem um buriti com mais de 200 anos. No pas-sar as mos pelo corrimo, pois h farpas.

    Cascata do Ziguezague um poo raso. O formato da queda designou o nome. Tem mata de galeria ao redor do poo. Profundidade: at 1 metro. possvel avistar aves de mata como a ariramba-de-cauda-ruiva.

    Poo da Lua um poo raso. O nome devido aos poucos raios de sol que atingem o po-o. Profundidade: at 1 metro.

    Cascata do SolPoo raso, frequentemente banhado pelo sol. Mata ciliar e cerrado rupestre tomam conta da paisagem.

    FendaFalha formada pela acomodao de pla-cas rochosas arenosas. Poo com 2 me-tros. Fitofi sionomia: cerrado rupestre.

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    Poo da GargantaProfundidade mxima: 4 metros. Em ci-ma do poo tem uma estreita mas muito forte cachoeira. Pessoas inseguras no devem se arriscar, pois as rochas so es-corregadias. comum a presena da pe-rereca-da-cachoeira Hyla pseudopseudis.

    Vista Urubu-ReiDeste local possvel observar a parte superior das cachoeiras Rainha e Impe-rial. Detalhe das montanhas do plano de expanso do Parque Nacional de Braslia.

    Poo do Lava-psO nome devido ao fato de que para atravess-lo necessrio molhar os ps. No paredo h a presena de dobramen-tos na rocha causados por processosgeolgicos. H perigo de escorregar.

    Cachoeira ImperialProfundidade mxima: 4 metros. No inte-rior do poo, h algumas rasas entradas por baixo das rochas. Verifi car a presen-a de galhos antes de saltar das pedras.

    Cachoeira RainhaProfundidade mxima: 3 metros. Verifi -car a presena de galhos antes de saltar das pedras.

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  • 75Resum

    oVo dos AngicosFoi nomeado pelos bandeirantes que descreveram a regio em suas passa-gens no local no fi nal do sculo XVIII. Es-t citado no Relatrio Cruls, do fi nal do sculo XIX, e foi sobrevoado por avies do Estado procura dos revoltosos da Coluna Prestes nos anos de 1924. O Vo dos Angicos era a regio agrcola mais produtiva da Comarca de Santa Luzia, hoje Luzinia, desde o fi nal do sculo XIX at a primeira metade do sculo XX. Do mirante possvel avistar terras produtivas e a reserva de mata seca, a maior extenso de mata contnua pre-servada em rea particular dentro do DF, e madeiras como angico, aroeira, ips, jacarand e peroba, e animais co-mo onas, gato-do-mato, jaguatirica, guariba ou bugio, tatu-canastra, taman-du-bandeira, caititu e grande parte dos animais soltos pelo Projeto Bicho Livre.

    Campo de arniqueira Lychnophora salicifoliem campo rupestre uma espcie endmica do Brasil, utiliza-da como anti-infl amatrio. No a mes-ma espcie de ocorrncia europeia, por isso, tambm tem o nome de falsa-arnica.

    O bal das araras-canindA partir de 16:30 h, antes do poente, as araras sobrevoam o territrio, possivel-mente para demarc-lo, observando a presena de possveis predadores no-turnos. uma imagem cinematogrfi ca.

    Vo uma paisagem tpica de Cerra-do em rea de chapada. So de-presses, pare-cidas com vales, feitas por aes naturais de va-riaes climti-cas como chu-vas e ventos de milhes de anos.

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  • 76 Resum

    oPontos de passageme parada na trilha

    Tilha

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    ilhas

    Cip

    Mirante

  • 77Resum

    o 1. Poo Osis 2. Poo Paraso 3. Queda Turbinada 3a. Mirante da Espuma 4. Cachoeira da Espuma 5. Cachoeira dos Namorados 6. Cachoeira Candanguinha 7. Poo do Quati I 8. Poo do Quati II 9. Poo das Trs Marias 10. Cachoeira da Toca da Ona 11. Corredeira da Pedra Vermelha 12. Poo Lindo 13. Poo do Cip 13a. Sumidouro 14. Cachoeira do Burriti 15. Cachoeira Ziguezague 16. Corredeira da Voqusia 17. Poo da Lua 18. Cachoeira do Sol 19. Cachoeira da Concha de Pedra 19a. Bosquinho 20. Recanto das Borboletas 21. Queda da Fenda 22. Cnion Fenda-Vista 23. Gargantinha 24. Cnion da Garganta 25. Cachoeira da Garganta 26. Poo das Pedras 27. Cachoeirinha Gmeas 28. Poo do Escorrega 29. Lava-ps 29a. Pedra do Urubu-Rei 30. Cachoeira Imperial 31. Cachoeira Rainha 32. Cascatinha 33. Cnion da Cascatinha

    * Em negrito, os pontos de parada.

  • 78 Dicion

    rioDicionrio resumido de termos

    AA Vitamina A ou retinol. Vitamina lipossolvel que evita a xerofitalmia e

    a hemeralopia (cegueira noturna). Principais fontes: leite, manteiga, cenoura, pimenta, leo de fgado de bacalhau e em muitos vegetais.

    Absciso Queda de folhas ou de frutos em vegetais.

    Actina Protena relacionada com o movimento celular. Presente em grande quantidade na musculatura. Ver miosina.

    Acar Classe de substncias orgnicas formadas por tomos de carbono, hi-drognio e oxignio (ver hidrato de carbono, monossacardeos e po-lissacardeos).

    Aerbias Que requer oxignio livre no processo respiratrio.

    Agentes etiolgicos Aquele que causa uma doena. Etiologia = causa, princpio.Aglutinao O mesmo que juntar, aproximar, aglomerar.

    Alevino Estgio embrionrio dos peixes. Nota-se neste estgio um volumoso saco vitelnico na regio ventral.

    Amido Polissacardeo sintetizado a partir de reunio de molculas de glicose, utilizado por certas algas e pelas plantas como substncia de reserva.

    Amiloplastos Ou gro de amido; estrutura presente exclusivamente em clulas de plantas e de algas; origina-se a partir do leucoplasto que armazena amido.

    Anaerbias Aplicado s clulas (principalmente bacterianas) que podem viver sem oxignio livre; os anaerbios obrigatrios no podem viver na presen-a do oxignio; os anaerbios facultativos podem viver com ou sem oxignio.

    Androceu Conjunto de estames que forma o aparelho reprodutor masculino em flores de angiospermas.

    Angiosperma Classe da diviso Tracheophyta. (Do grego: vaso + sperma = semente). Literalmente, semente produzida em um vaso; grupo de plantas cujas sementes so portadas dentro de um ovrio maduro (fruto). Esperm-fita que forma fruto. Sementes protegidas pelos frutos. So as mono-cotiledneas e as dicotiledneas.

    Antibiticos Substncia orgnica capaz de inibir a proliferao de bactrias. A peni-cilina, por exemplo, um antibitico.

    Anticorpos Substncia proteica produzida pelos linfcitos que atacam e destroem substncias ou microrganismos estranhos ao corpo (antgenos)

    Antgeno Diz-se de qualquer substncia ou partcula que, introduzida no corpo, provoca reao de defesa (imunitria), com produo de anticorpos.

    Autofagia Auto = por si / fagia = comer. Usamos este termo para designar o ato de autodigesto. Ocorre em clulas ou tecidos que, por liberar enzi-mas digestivas dentro de suas estruturas, acabam por fazer autodi-gesto.

    Autofgicos Seres ou estruturas que promovem autofagia.

  • 79Dicion

    rio

    Autlise Auto = por si / lise = quebrar ou digerir. o mesmo que autofagia.

    Auttrofos Organismo que produz seu prprio alimento seja por fotossntese, se-ja por quimiossntese.

    Avascular Relativo ao que no possui tecido de vascularizao (vasos conduto-res nos vegetais; vasos sanguneos nos animais).

    BB1 Vitamina B1 ou tiamina. Vitamina hidrossolvel que combate o berib-

    ri. Principais fontes: cutcula do arroz, levedura de cerveja e vegetais verdes folhosos.

    B12 Vitamina B12. Vitamina hidrossolvel que compreende as cobalaminas hidroxicobalamina, que antineurtica, e a cianocobalamina, que an-tianmica. Principais fontes: carne fresca, fgado e rins.

    B2 Vitamina B2 ou riboflavina. Vitamina hidrossolvel que auxilia no cres-cimento. Principais fontes: vegetais folhosos, soja, leite e frutos.

    B6 Vitamina B6 ou piridoxina. Vitamina hidrossolvel que evita a acrodi-nia. Principais fontes: vegetais folhosos, cereais e leite.

    Bacilo Bactria cuja clula tem forma de bastonete.

    Bactria Organismo unicelular, procarionte, isolado ou colonial, pertencente ao reino Monera.

    Bacterioclofila Clorofila existente em certas bactrias.Bacterifagos Ou fago; tipo de vrus que se reproduz no interior de bactrias.

    Basidiomicetos Classe de fungos que forma um corpo de frutificao (basidiocorpo ou cogumelo), no qual se encontram hifas especiais para reproduo os basdios.

    Bentos Conjunto de seres do bioma aqutico (seres bentnicos) seja cami-nhando, fixo ou enterrado (sempre em relao com o fundo submer-so).

    Beribri Espcie de neurite (inflamao nos nervos) generalizada, com dores por todo o corpo, limitao dos movimentos e atrofia muscular. causada pela falta de vitamina B1.

    Bioma Comunidade adaptada a determinada regio.

    Bioqumica Estudo das reaes qumicas que ocorrem nos seres vivos.

    Bivitelino De dois vitelos; de vitelos diferentes. Ver fraterno.

    Brifita Diviso Bryophyta. Planta sem sistema condutor de seiva (avascular); ex.: musgos, hepticas e antoceros.

    CC Vitamina C ou cido ascrbico. Vitamina hidrossolvel antioxidante

    e que combate o escorbuto. Principais fontes: frutos ctricos como a acerola, laranja e limo.

    Clice Conjunto de spalas da flor das angiospermas. Normalmente de cor verde e est associado proteo das estruturas florais.

  • 80 Dicion

    rio

    Carboidratos Ver acar e hidrato de carbono.Caroteno Pigmento amarelo ou alaranjado existente em plantas e em algumas

    algas; converte em vitamina A no fgado dos vertebrados.Carpelo Ou pistilo; megaesporfilo das plantas angiospermas; formado pelas

    folhas carpelares enroladas e soldadas; a parte dilatada e oca do car-pelo o ovrio, no interior do qual se encontram os vulos. Pode-se dizer que a unidade do aparelho reprodutor feminino dos vegetais (ver gineceu).

    Caulculo Parte do embrio vegetal que forma o caule (ver radcula).

    Clula eucaritica Aquela que se apresenta constituda de carioteca.Celulose Polissacardeo formado pela unio de milhares de molculas de celo-

    biose; cada celobiose formada por duas glicoses unidas; a celulose o principal componente da parede da clula vegetal.

    Centrolos Organela citoplasmtica presente nas clulas eucariontes, com exce-o das plantas frutferas; suas funes so originar clios e flagelos, e organizar o fuso acromtico.

    Cianobactrias Denominao de seres Monera que embora apresentem caractersti-cas de bactrias, apresentam tambm a clorofila, como as algas cia-nofcias.

    Cianfitas Designao de seres cianofcios.

    Cianossomas Estrutura celular caracterstica das algas cianofcias, que contm pig-mentos como a ficocianina e a ficoeritrina.

    Ciliados Ver Cilliophora.

    Clios Estrutura filiforme presente na superfcie de certas clulas, em geral mais curtas que o flagelo; sua funo promover movimentos (para a natao, limpeza ou captura de alimentos).

    Cissiparidade Ou diviso binria; forma de reproduo assexuada em que organis-mos unicelulares se reproduzem pela simples diviso da clula.

    Clamdeas Bactrias muito pequenas que se apresentam como parasitas intrace-lulares obrigatrias.

    Clivagem Ou segmentao; cada uma das primeiras divises que ocorrem no ovo; primeiras fases do desenvolvimento embrionrio.

    Clorofila Substncia orgnica que contm magnsio, presente no interior dos cloroplastos; responsvel pela captao e o aproveitamento da ener-gia luminosa no processo de fotossntese.

    Colgeno Material proteico fibroso existente nos ossos, tendes e outros teci-dos conjuntivos.

    Colnquima Tecido vegetal de sustentao, formado por clulas alongadas e vivas (fibras colenquimticas); as paredes dessas clulas tm reforos adi-cionais de celulose (ver esclernquima).

    Conectivo Parte do estame que liga a antera ao filete, no androceu de flores an-giospermas.

  • 81Dicion

    rio

    Conjugao Processo sexual em que h unio temporria de dois indivduos, com troca de material gentico.

    Corola (Do latim corolla: dim. de coroa). Conjunto de ptalas; geralmente a parte manifestamente colorida da flor. Est associada proteo da parte reprodutora da flor e tambm um dos principais atrativos para agentes polinizadores.

    Cotildone (Do grego kotyedon: cavidade em forma de taa). Estrutura, seme-lhante folha, no embrio de uma planta seminfera; relaciona com a digesto e o armazenamento de alimento que iro nutrir o embrio vegetal nas primeiras fases de vida.

    DD Vitamina D ou calciferol. Vitamina lipossolvel que combate o raqui-

    tismo. Principais fontes: de origem animal, esta vitamina se forma atravs de reaes que ocorrem com provitaminas na pele, quando o indivduo toma sol.

    Dicotilednea (Do grego kotyedon: cavidade em forma de taa) subclasse de angios-permas, nas quais h duas folhas de semente, ou cotildones, alm de outras caractersticas distintas.

    Dormncia o perodo que a semente leva para germinar aps estar em ambiente propcio.

    EE Vitamina E ou tocoferol. Vitamina lipossolvel que combate a esteri-

    lidade e antioxidante. Principais fontes: alface, milho e amendoim.Endocitose Entrada de substncia em uma clula por transporte ativo.

    Endoesqueleto Esqueleto interno. Como o esqueleto sseo nos animais.Esclernquima Tecido vegetal de sustentao formado por clulas alongadas e mor-

    tas (fibras esclerenquimticas); as paredes dessas clulas so forma-das por celulose impregnada de lignina (ver colnquima).

    Escorbuto Doena provocada pela carncia de vitamina C, com aparecimento de leses da mucosa intestinal, com hemorragias digestivas, vermelhido das gengivas, que sangram facilmente, e enfraquecimento dos dentes.

    Espermfita Vegetal que forma semente. Divide-se em angiospermas e gimnosper-mas.

    Espermatozoide Clula haploide, mvel (flagelada) de reproduo em animais.Espcula Elemento esqueltico, calcrio ou silicoso, presente em determinados

    espongirios.Espiroqueta Espcie de bactria que se apresenta em forma de espiral.

    Esporos Denominao gentica de uma clula reprodutiva capaz de permane-cer em estado dormente por tempo prolongado, at encontrar condi-es para se desenvolver. Presente em certas bactrias, algas, fungos e plantas.

    Esporulao Fenmeno que produz esporos.

  • 82 Dicion

    rio

    Estame (Do latim stamen: filamento). rgo masculino de uma flor; produz microsporos ou gros de plen; geralmente consiste de um filamento que tem no pice uma antera (ver androceu).

    Estigma Poro superior do estilete, geralmente dilatada e pegajosa, onde aderem os gros de plen que iro fecundar a flor.

    Estilete Poro tubular do carpelo (ou pistilo). Parte alongada do carpelo que conduz o tubo polnico no processo de fertilizao do vegetal.

    Estmato Estrutura presente na epiderme das folhas, formada por clulas arque-adas (clulas estomticas), tendo um orifcio entre elas (ostolo) por onde ocorrem as trocas gasosas.

    Eucarionte Ou eucarioto; tipo celular que apresenta sistemas membranosos e or-ganelas no citoplasma; a carioteca est presente, delimitando o n-cleo, onde se encontram os cromossomos (ver procarionte).

    Euglena Espcie de alga do grupo das euglenfitas. A mais conhecida Eugleu-nia viridis.Possui dois flagelos e dotada de vacolo contrtil.

    Exoesqueleto Esqueleto que cobre o corpo pelo lado de fora; comum nos artrpo-des.

    FFanergama Ver espermfita.

    Fase vegetativa Fase de vida onde o ser no se apresenta com propriedades de desen-volvimento ou de multiplicao. Seu metabolismo muito baixo e sua interao com o ambiente praticamente nula.

    Filete Parte alongada do estame que sustenta a antera. No androceu, apare-lho reprodutor masculino do vegetal.

    Fitofisionomia Fito = planta. As vrias fisionomias das formas vegetais. Fitoplncton Conjunto de seres fotossintetizantes que compem o plncton; so os

    principais produtores do bioma aqutico.Flagelo Estrutura filiforme presente na superfcie celular, em geral mais longa

    que o clio, cuja funo promover movimentos (para natao ou cap-tura de alimento).

    Floema Do grego phloos: casca. Tecido vascular que conduz carboidrato e ou-tras molculas orgnicas das folhas para as outras partes da planta; constitudo de clulas crivadas (nas gimnospermas) ou de tubos criva-dos e clulas-companheiras (nas angiospermas), de parnquima e de fibras. Tambm denominado de vaso liberiano ou liber.

    Fotlise Reao mediada pela luz que decompe determinada molcula.

    Fotossntese Processo em que substncias inorgnicas originam substncias org-nicas com a utilizao da energia luminosa.

    Fruto Do latim fructum: o ovrio desenvolvido e amadurecido aps a fe-cundao.

    Fuso acromtico Filamentos de protenas formadas durante a diviso celular e que se ligam ao cinetcoro dos cromossomos duplicados, a fim de promover sua separao.

  • 83Dicion

    rio

    GGenealogia Ou rvore genealgica ou pedigree. o estudo das caractersticas g-

    nicas de determinada famlia.Gimnospermas Classe da diviso Tracheophyta, caracterizada por formar estruturas

    reprodutivas florais (estrbilos) e sementes nuas (no h fruto); ex.: pinheiros, ciprestes e cicas.

    Gineceu Conjunto de carpelos (pistilos) que formam o aparelho reprodutor fe-minino em flores de gimnospermas.

    Girino Forma larvar dos anfbios que apresenta vida aqutica e respirao branquial.

    Gliclise Etapa inicial do processo de quebra da glicose, com produo de ener-gia na forma de molculas de ATP.

    HH Vitamina H ou biotina. Vitamina hidrossolvel que combate a dermati-

    te. Principais fontes: vegetais folhosos e verdes.Hemcias Glbulo vermelho ou eritrcito; clula vermelha do sangue; possui he-

    moglobina e responsvel pelo transporte de gs O2CO2

    Heterotrfico Organismo que, no sendo capaz de produzir seu prprio alimento, necessita obt-lo a partir de outro ser vivo.

    Hialoplasma Parte lquida do citoplasma. O mesmo que citoplasma indiferenciado.

    Hbrido Em gentica, indivduo que, para certa caracterstica, apresenta gens alelos diferentes. O mesmo que heterozigoto.

    Hidrlise Tipo de reao qumica em que ocorre quebra de ligaes com a parti-cipao de molculas de gua.

    Hifas Filamento que constitui os fungos multicelulares (ver miclio).

    Hipertnica Diz-se da soluo cuja concentrao em solutos relativamente maior que a de outra (hipotnica).

    Hipotnica Concentrao de soluto suficientemente baixo para perder gua para outra soluo, atravs de uma membrana seletivamente permevel.

    Hormnio Substncia secretada diretamente por clulas de glndulas ou de r-gos endcrinos (em animais); hormnio de plantas chamado fitor-mnio; os hormnios agem em pequenas quantidades sobre tecidos ou rgos especficos (alvos do hormnio).

    IInsulina Hormnio pancretico que faz baixar o nvel de acar no sangue.

    Isogamia Tipo de reproduo sexual, em algas e fungos, no qual os gametas so de tamanho semelhante.

  • 84 Dicion

    rio

    JJaguarundi Feldeo com cerca de 60 cm de comprimento de corpo, 45 de cauda e

    que pesa 6 kg. Pelagem de cor marrom. Tambm conhecido por eir, gato-mourisco, gato-preto e maracaj-preto. O jaguarundi tem o hbi-to de viver em bordas de banhados, beira de rios ou de lagos, sendo tambm encontrado em lugares secos com vegetao aberta.

    KK Vitamina K ou filoquinona. Vitamina lipossolvel que combate a he-

    morragia. Principais fontes: vegetais folhosos e alho.

    LLenticela So aberturas (rachaduras) no ritidoma (casca) dos vegetais. Essas

    aberturas possibilitam a troca gasosa.Liquens Associao de algas e fungos em relao mutualstica; sobrevivem on-

    de nem o fungo nem a alga sobrevivem sozinhos.Lixiviao Processo no qual o escorrer da gua sobre o solo e rochas dissolve e

    carrega consigo seus nutrientes.

    MMastigforos Ou flagelados; classe de protozorios cujos representantes se locomo-

    vem por meio de flagelos.Meristema Tecido vegetal indiferenciado, do qual se originam novas clulas para

    a formao de outros tecidos.Metabolismo Conjunto de todos os processos bioqumicos implicados na manuten-

    o da vida de um ser.Miclio Conjunto de hifas que constituem os fungos com razes de certas plantas.

    Mitocndria Organela citoplasmtica das clulas eucariontes, responsvel pela res-pirao celular. Tambm conhecida como condrioma.

    Monocotiledneas Do grego kotydon: cavidade em forma de taa. Subclasse de angios-permas, caracterizadas por diversas propriedades, entre as quais est a presena de uma nica folha de semente (cotildone).

    Monossacardeos Carboidrato de frmula geral Cn (H2O)n. Esse n varia de 3 a 7; a glicose, por exemplo, um monossacardeo.

    Multicelular Ou pluricelular; diz-se do organismo que formado por muitas clulas.

    Mutualismo Ou simbiose; relao ecolgica interespecfica em que h vantagens recprocas para as espcies que se relacionam; difere da protocoope-rao por ser, ao contrrio desta, uma associao permanente e indis-pensvel sobrevivncia das partes.

  • 85Dicion

    rio

    OOsmose Tipo especial de difuso que ocorre atravs de membranas semiper-

    meveis; apenas o solvente se difunde da regio hipotnica para a hi-pertnica, com tendncia ao equilbrio de concentrao.

    Ovrio (1) O rgo que produz as clulas-ovo (vulo) nos animais. (2) Nas plantas florferas, a poro basal alargada de um carpelo ou de car-pelos fundidos, contendo o vulo ou vulos; o ovrio amadurece em fruto (ver fruto).

    PP Vitamina P ou rutina. Vitamina hidrossolvel que combate a fragilidade

    capilar. Principais fontes: vegetais folhosos e legumes.Parasita Organismo que vive em cima ou dentro de um organismo de espcie

    diferente e dele deriva prejudicialmente sua nutrio.Pelagra Distrbio pela falta de vitamina PP que leva diarreia, dermatite (infla-

    mao da pele e leses nervosas que afetam o sistema nervoso cen-tral, levando demncia).

    Pericarpo Parte do fruto que envolve a semente. Divide-se em epicarpo (parte mais externa ou casca), mesocarpo (marte intermediria) e endocar-po (parte mais interna que normalmente reveste a semente).

    Ptala Cada uma das peas florais (folhas transformadas) que