aula 22 - macroeconomia e economia brasileira - aula 04

Upload: juca-silva

Post on 17-Feb-2018

232 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    1/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br1

    Aula Quatro

    Ol, pessoal!

    Em continuidade ao curso, disponibilizo a vocs a aula quatro, a qual

    trata dos seguintes itens do contedo programtico:

    Objetivos e instrumentos de poltica monetria, regime de metas para a

    inflao. Curva de Phillips, expectativas racionais e inflao.

    Esta aula versa sobre a anlise do comportamento da oferta de bens e

    servios realizada pelas empresas na economia. Existem duas correntes

    tericas que defendem de forma diversa o comportamento das empresas no

    mercado, isto decorrente da capacidade produtiva destas frente ao

    atendimento demanda dos consumidores. Conforme ficar claro a vocs, o

    processo inflacionrio na economia no decorre to somente do excesso de

    demanda por bens frente oferta disponvel, mas tambm de outros fatoresde grande relevncia, especialmente aqueles relacionados os custos de

    produo empresariais.

    Vamos aula,

    Um grande abrao e bons estudos,

    Mariotti

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    2/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br2

    1. Oferta agregada. Fontes de inflao

    A noo de inflao, ou de outra forma, a noo da subida generalizada

    dos nveis de preos, est associada ao contexto que define a relao entre a

    oferta e a demanda agregada. As anlises dos modelos de oferta e demanda

    agregada permitem uma viso mais realista do processo econmico,

    envolvendo a adoo de polticas dentro de horizontes tanto de curto quanto

    de longo prazo de anlise. As variveis econmicas chaves so o preo e

    quantidade de bens e servios produzidos em uma economia que, em

    essncia, representa a prpria mensurao do PIB.

    1.1 A oferta agregada da economia

    Oferta agregada a quantidade total de produo que as empresas

    fornecem para um determinado padro de preos e salrios. As empresas

    decidem quanto querem produzir para maximizar os lucros, levando em conta

    o preo do produto, o custo dos insumos, o estoque de capital e a tecnologia

    disponvel para a produo. No obstante, de outro lado encontram-se as

    famlias, que tambm tomam uma deciso de oferta: quanto trabalho esto

    dispostas a oferecer com base no nvel real de salrio que iro receber.

    1.1.1 A funo de produo

    As economias so compostas por um grande nmero de empresas que

    usam capital (K), trabalho (L) e tecnologia (t) para gerar uma quantidade de

    produo denominada (Y). O capital representado pelas fbricas, mquinas e

    pelo estoque de mercadorias. O trabalho em si a mo-de-obra disponvel s

    empresas. Tem-se ainda a tecnologia, responsvel por avanos no processo de

    produo.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    3/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br3

    Nesta anlise inicial ser considerado um horizonte de anlise de curto

    tempo, curto prazo, perodo em que a tecnologia empregada e o estoque e

    capital, na produo, so ditos constantes. O nico insumo varivel o

    trabalho (m.

    Vejamos o grfico abaixo:

    Observe que a produo das empresas aumenta na medida em que

    acrescentada uma quantidade maior do fator de produo mo-de-obra.

    Verifica-se, no entanto, que a produo cresce a valores decrescentes, ou seja,

    para cada unidade adicional de trabalho, o aumento de uma unidade a mais de

    mo-de-obra contribui menos que a anterior para o crescimento da produo.

    Isso ocorre simplesmente porque, no curto prazo, o estoque de capital

    (mquinas, instalaes) e a tecnologia empregada no processo produtivo so

    constantes, variando apenas a mo-de-obra contratada.

    A economia denomina esta caracterstica atravs da chamada LEI DOS

    RENDIMENTOS MARGINAIS DECRESCENTES, ou seja, para cada unidade

    adicional de trabalho, menor ser a sua contribuio para o crescimento da

    produo e, conseqentemente, para a oferta agregada.

    Y

    L

    Y2Y1

    L1 L2

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    4/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br4

    1.1.2 O nvel de emprego, os salrios, a Oferta Agregada e o

    Modelo Clssico

    Dentro da teoria econmica encontram-se duas vertentes de anlise da

    oferta agregada. A teoria clssica afirma que quando a economia est em

    equilbrio, esta apresenta pleno emprego de recursos (trabalhadores

    empregados, capacidade produtiva ao mximo), o que quer dizer que toda a

    oferta agregada demandada pelos consumidores. Dessa caracterstica

    depreende-se que no existe desemprego involuntrio, ou seja, todos aqueles

    que desejam trabalhar esto trabalhando.

    O nvel de emprego da economia definido no mercado de trabalho, em

    que de um lado temos a oferta de trabalho pelas famlias (O L) e do outro lado

    a demanda de trabalho pelas empresas (DL). Atenta-se assim que no mercado

    de trabalho, diferentemente do mercado de bens e servios, que oferta

    trabalho so os trabalhadores e quem demanda trabalho so as empresas.

    O balizador das decises das empresas e das famlias ser o salrio

    (W), que, quanto mais alto, mais interessante se torna para as famlias e,

    consequentemente, menos para as empresas. De forma contrria, quanto

    mais baixos forem os salrios, menor ser o interesse das famlias em

    ofertar trabalho e maior os interesse das empresas em contratar

    trabalhadores.

    De acordo com o modelo clssico, que considera a existncia de pleno

    emprego dos recursos, que nada mais do que a considerao de que a

    economia opera com a mxima capacidade (produto potencial), ou seja, ainda,

    sem a existncia de desemprego dito involuntrio, o que definir a oferta

    agregada ser o salrio real (W/P), estabelecido nas negociaes entre

    empresas e famlias.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    5/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br5

    Importante ser ressalvado que o parmetro o salrio real, de forma

    que, para se chegar ao seu resultado, necessita-se descontar os preos dos

    produtos, (W/P). Esse desconto (diviso) representa a medio do poder de

    compra do salrio em funo do preo dos bens e servios vendidos. Para um

    nvel de preos mais alto, menor ser o salrio real em termos de poder de

    compra das famlias e maior ser o ganho das empresas. Dada esta

    caracterstica, pode-se entender que as variaes nos preos de bens e

    servios geram mudanas na oferta e na demanda de mo-de-obra, trazendo

    conseqncias diretas sobre a produo.

    Conforme P aumenta, tende a existir um excesso de demanda no

    mercado de trabalho, uma vez que os salrios nominais (W) (sem o desconto

    dos preos) permanecem inalterados. O resultado provocado pela rigidez

    salarial promove o aumento nos ganhos das empresas e uma conseqente

    queda no salrio real dos trabalhadores.

    Destaca-se, no entanto, que, segundo omodelo clssico, os salrios

    nominais (W) se ajustam automaticamente s variaes no nvel de preos,

    fazendo com que as empresas no tenham interesse de contratar mais

    funcionrios, mantendo, por corolrio, constante o nvel de produo. Essas

    interpretaes e concluses prvias nos permitem descrever graficamente o

    comportamento de uma economia diante da viso da teoria clssica.

    Vejamos como ficaria esta situao em grficos:

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    6/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br6

    Conforme se verifica, segundo o modelo clssico, a economia encontra-

    se sempre em pleno emprego, ou seja, o produto efetivo igual ao produto

    potencial, sendo a curva de oferta agregada vertical em relao ao eixo do PIB.

    Estando em pleno emprego, qualquer poltica que porventura possa ser feita

    pelo governo, via, por exemplo, aumento dos seus gastos (multiplicador

    keynesiano), levar to somente ao aumento dos preos, conforme se conclui

    de maneira primria pela anlise da curva de oferta agregada vertical.

    Y

    L

    W/P

    LL*

    W/P*

    DL

    OL

    P

    YY*

    OA

    Obs. 2: De acordo com a teoria clssica, como os

    salrios nominais ajustam-se automaticamente,

    os salrios reais esto sempre em equilbrio,

    permanecendo constantes.

    Obs. 3: Estando os salrios reais sempre em

    equilbrio, no haver disposio das empresas

    em contratar mais trabalhadores, caracterizando

    o pleno emprego e o nvel de produo constante,

    onde apenas os preos variam. Perceba,

    inclusive, que a Oferta Agregada se torna vertical.

    Obs. 1: A Produo tem como insumo varivel

    somente a mo-de-obra, caracterizando uma

    anlise de curto prazo.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    7/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br7

    1.1.3 O nvel de emprego, os salrios, a oferta agregada e o

    modelo keynesiano

    Diferentemente da abordagem clssica, o modelo keynesiano afirma que

    os salrios nominais (W) so rgidos no curto prazo. Desta forma, uma vez que

    ocorram variaes nos preos, o salrio real tende a se deteriorar. Um

    exemplo bastante ilustrativo pode ser representado pelos contratos de

    trabalho. Uma vez que o salrio real est mais baixo, ocorre o maior interesse

    por parte das empresas em contratar mo-de-obra, diminuindo assim o

    desemprego na economia. Raciocnio inverso vlido para o caso de

    diminuies nos preos dos produtos, uma vez mantido constante o salrio

    nominal (W). Esta situao leva a um aumento do salrio real, estimulando os

    trabalhadores a oferecerem mais trabalho, mas trazendo, por conseqncia,

    um aumento do desemprego e queda na produo.

    Todas estas explicaes podem ser resumidas pelos grficos abaixo, emque quedas no salrio real (W/P), promovidas pela subida dos preos,

    levam as empresas a demandarem mais trabalho, aumentando assim o

    nvel de emprego e aoferta agregada. Da mesma forma, aumentos no

    salrio real (W/P),promovidos por quedas nos preos, levam as empresas

    a demandarem menos trabalho, aumentando o desemprego e diminuindo

    a oferta agregada.

    W/P

    W/P acima doequilbrio

    DL

    OL Obs. 1: O salrio nominal fixo no curto prazo.

    Uma vez ocorrida queda nos preos, o salrio

    real, o que realmente importa, leva as empresas a

    demandarem menos trabalhadores.

    L*

    L

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    8/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br8

    A interpretao keynesiana da oferta agregada da economia associada

    muitas vezes ao comportamento realista de uma economia no curto prazo,

    uma vez que os contratos de trabalho (valor dos salrios) so rgidos por

    determinado perodo de tempo. De acordo com este modelo, um tanto quanto

    realista, as empresas operam com relativa capacidade ociosa, ou seja, o

    produto efetivoest abaixo do produto potencial, fazendo com que estas

    tenham estmulo em aumentar a oferta de bens e servios, tornando a curva

    de oferta agregada positivamente inclinada conforme representado pelo grfico

    acima.

    Destaca-se ainda, dentro da anlise da oferta agregada da economia,

    uma abordagem alternativa realizada por Keynes, o chamado caso extremo,

    em que devido a problemas denominados de custos de menu (incapacidade

    da empresa de mudar os preos de seus produtos nos curto prazo), as

    empresas so levadas a ofertar uma quantidade maior de produo a preos

    fixos. Isso se traduziria no grfico em uma reta horizontal onde os preos

    estariam constantes e a oferta agregada cada vez maior. Mesmo no sendo um

    W/P

    DL

    OLObs. 2: Ocorrida a subida nos preos, o salrio

    real leva as empresas a demandarem mais

    trabalhadores.W/P abaixodo equilbrio

    P

    Y1

    OA

    LL*

    P1

    P2

    Obs. 3: De acordo com a teoria keynesiana,

    quanto maior forem os preos, menor ser os

    salrios reais, o que far com que as empresas

    demandem mais trabalhadores e aumentem a

    oferta agregada. Veja que a oferta agregada

    positivamente inclinada.

    Y2

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    9/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br9

    caso efetivamente realista, caracteriza-se com uma das abordagens sobre a

    oferta agregada.

    A sistematizao da abordagem da oferta agregada em uma economia

    pode ser assim disposta na forma grfica:

    Q

    P

    Obs. 1: Devido a custo de reajustes nos preos

    em curto espao de tempo, a produo da

    economia ofertada a preos constantes.

    P

    P

    YY*

    OA Oferta Agregada Caso Clssico

    Sendo o salrio nominal flexvel (W/P) no curto

    prazo, a produo se mantm constante, no nvelde pleno emprego de recursos.

    Y1

    P1

    P2

    Caso keynesiano bsico de oferta agregada.

    Como o salrio nominal (W/P) fixo no curto prazo

    e o produto efetivo est abaixo do produto

    potencial, variaes nos preos estimulam o

    aumento da oferta agregada por parte das

    empresas.

    P

    Caso keynesiano extremo de oferta agregada.

    A empresa no consegue reajustar os preos no

    curto prazo, vendendo os seus produtos a um

    preo constante.

    OA

    Y2

    OA

    Y

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    10/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br10

    1.2 Forma alternativa de interpretao da oferta agregada

    A curva de oferta agregada keynesiana pode ser ainda explicitada

    conforme a frmula abaixo:

    Equao da curva de oferta agregada de curto prazo:

    Y = y + a (P Pe) =

    Y = Produto efetivo

    y = Produto esperado

    P = nvel de preos efetivo

    Pe= nvel de preos esperados

    a = repasse da diferena de preos, sendo a>0

    Vejamos a interpretao da frmula:

    Conforme a diferena entre o nvel de preos efetivo e o nvel de preos

    esperado, maior ou menor ser o produto efetivo da economia. Se os

    trabalhadores esperam um determinado nvel de preos (Pe) e fixam um

    salrio nominal de acordo com esta expectativa, um nvel de preos efetivo

    maior acaba por deprimir os salrios reais (W/P), resultando em maiores

    ganhos para as empresas, que assim contratam mais, aumentando, porconseqncia, os nveis de produo e emprego no curto prazo.

    1.3 A demanda agregada da economia

    O equilbrio da economia determinado pela interao entre a oferta

    agregada e da demanda agregada.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    11/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br11

    Em uma economia fechada, ou seja, sem a presena dos fluxos de

    comrcio exterior, a demanda agregada definida, conforme vimos

    anteriormente, pelas despesas de consumo (C), pelos investimentos das

    empresas (I) e pelos gastos governamentais (G). Adicionalmente, partindo da

    viso microeconmica, verifica-se que variaes positivas nos preos dos

    produtos desestimulam a demanda por bens e servios por parte das famlias

    enquanto que a diminuio dos preos tende a estimular a demanda individual

    e, consequentemente, a demanda agregada.

    Em uma economia aberta, ao resultado da demanda agregada deve ser

    adicionado s exportaes lquidas, que nada mais representam do que o

    batimento entre as exportaes e as importaes de bens e servios no

    fatores (X - M).

    Feitas estas consideraes e relembrando a prpria noo de uma curva

    de demanda padro, pode-se dizer que a curva de demanda agregada possuiuma relao inversa com o nvel de preos, conforme o grfico abaixo.

    1.4 O equilbrio entre Oferta e Demanda Agregada numa economia

    curto prazo

    A partir deste ponto passamos anlise dinmica da relao entre a

    oferta e a demanda agregada numa economia.

    Y

    P

    A curva de Demanda Agregada negativamente

    inclinada, o que demonstra que quanto maior o

    nvel de preos, menor a demanda por bens e

    servios.DA

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    12/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br12

    1.4.1 Oferta Agregada Clssica e Demanda Agregada

    Pode-se considerar o aumento da demanda agregada por um dos seus

    componentes positivos (C, I, G, X), demonstrando os resultados sobre o

    equilbrio entre a oferta e a demanda agregada para uma economia que se

    encontra em pleno emprego, ou seja, uma economia interpretada segundo o

    modelo clssico.

    Aumentos na demanda agregada trazem como resultado somente

    aumento do nvel de preos, dado que a economia j se encontra no plenoemprego dos recursos produtivos. Para os clssicos, o produto potencial

    da economia igual ao produto efetivo. Ainda afirmado por estes tericos,

    o salrio nominal flexvel, trazendo como conseqncia a manuteno do

    salrio real e o desestmulo ao aumento da oferta agregada.

    A interpretao da oferta agregada clssica similar interpretao da

    prpria viso da anlise econmica no longo prazo, em que, como existetempo para o ajustamento de todos os fatores de produo envolvidos

    (trabalho, capital, tecnologia), no sendo assim mais constante, a economia

    atingir o pleno emprego, no qual, conforme destacado no pargrafo anterior,

    o produto efetivo ser igual ao produto potencial.

    Destacado ainda que, na anlise isolada da oferta agregada clssica,

    verificou-se que estmulos da demanda agregada no levaro ao aumento do

    Y

    P

    Caso clssico em que a oferta

    agregada vertical.P0

    P1

    Y1

    DA1

    DA0

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    13/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br13

    PIB, tendo impacto to somente no nvel de preos da economia, situao

    tradicionalmente conhecida como inflao.

    1.4.2 Oferta Agregada Keynesiana e Demanda Agregada

    Diferentemente da interpretao feita pelo modelo clssico, no modelo

    keynesiano os estmulos na demanda agregada levam ao aumento do PIB. Este

    resultado devido ao fato de que, segundo Keynes, existe desemprego

    involuntrio, caracterizado pelo fato de que o produto efetivo esta abaixo do

    pleno emprego (produto potencial). Outro fator importante o de que os

    salrios so rgidos no curto prazo, devido principalmente aos contratos de

    trabalho, estimulando as empresas a ofertarem produtos e servios, uma vez

    que estas tm seus ganhos majorados de forma real.

    1.4.3 Oferta Agregada Keynesiana extrema e a Demanda

    Agregada

    A anlise se d entre a interao da oferta agregada horizontal, assim

    caracterizada por partir do pressuposto de que custos associados s alteraes

    nos preos so excessivamente elevados, tornando os prprios preos rgidos

    no curto prazo, e a demanda agregada.

    No caso keynesiano extremo os estmulos na demanda agregada via

    aumento nas variveis somativas (C, I, G e X), provocam o aumento da

    Y

    P

    Caso keynesiano. A oferta agregada

    positivamente inclinada.P1

    P2

    Y1 Y2

    OA

    DA1DA2

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    14/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br14

    produo (PIB) e da prpria renda do pas, sem causar mudanas nos nveis de

    preos.

    1.5 A Oferta e a Demanda agregada: do curto para o longo prazo

    Caracterizadas as curvas de oferta agregada segundo os pressupostos

    tericos (CLSSICO, KEYNESIANO e KEYNESIANO EXTREMO), bem como a

    curva de demanda agregada, expomos abaixo a transio da economia do

    curto para o longo prazo.

    Basicamente, as mudanas se concentram na formao dos preos,

    salrios e na variao dos demais insumos de produo, de forma que, em

    prazos maiores, passa a existir uma maior flexibilidade na adequao dos

    preos (estes no so rgidos), podendo ser alterados ao longo do tempo. No

    mesmo sentido, os salrios agora so variveis, uma vez que, ocorrida a

    mudana nos preos, estes podem ser alterados, corrigindo-se as perdasocasionadas aos trabalhadores em decorrncia da subida dos preos.

    Y

    P

    Caso keynesiano extremoOA

    DA1 DA2

    Y

    P

    OACP

    DA

    OALP

    Y Y

    P

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    15/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br15

    Os trechos abaixo destacados expem a passagem da economia do curto

    para o longo prazo, adicionando-se ao grfico a demanda agregada emdiferentes momentos do tempo.

    Box de Informao:

    O relatrio de inflao publicado pelo Banco Central a cada trimestre reflete o comportamentodoa preos da economia. Para isso anlise a srie de variveis que impactam a formao dos

    preos de bens e servios (nvel de produo, produo segregada por tipo de bem (bens de

    consumo, bens intermedirios, bens de capital, etc.)) emitindo assim uma opinio em relao

    s perspectivas de evoluo dos prprios preos.

    O ltimo relatrio, datado de dezembro de 2011, pode ser acessado pelo seguinte link:

    http://www.bcb.gov.br/?id=RED1-RELINF&ano=2011

    No obstante, para fins de entendimento da abordagem feita em aula, destaco abordagem

    realizada no ltimo relatrio referente capacidade produtiva da indstria de transformao1:

    O Nvel de Utilizao da Capacidade Instalada (Nuci) da indstria de transformao atingiu,

    1A indstria de transformao o de indstria que transforma matria-prima em um produto final ou intermediriopara outra indstria de transformao. Como exemplo de indstria de transformao temos as refinarias de petrleo que

    usam o petrleo como matria-prima tanto para produtos finais, como, por exemplo, leo diesel e gasolina, quanto para

    produtos intermedirios a exemplo do nafta que utilizada pela indstria petroqumica em produtos como os plsticos.

    Y

    P OALP

    OACP

    DA0

    DA1

    DA2

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    16/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br16

    de acordo com dados dessazonalizados da Sondagem da Indstria de Transformao (SIT), da

    FGV, 83,3% em novembro, ante 83,6% em agosto, resultado de redues nos indicadores

    das indstrias de bens de consumo durveis, 3,2 p.p.; bens de consumo no durveis, 1,3p.p.; bens intermedirios, 0,7 p.p.; e bens de capital, 0,2 p.p.

    Fonte: Relatrio de Inflao de dezembro de 2011.

    2. Inflao e (des)emprego.

    2.1 Inflao

    Pode-se definir a inflao como o aumento generalizado e contnuo donvel de preos. J o desemprego definido como a parcela da populao

    economicamente ativa (desemprego involuntrio) que est sem trabalho.

    A interpretao da inflao dentro da anlise de um processo econmico

    pode ser derivada de duas causas bsicas: A Inflao de Demanda e a

    Inflao de Custos.

    A Inflao de Demandaocorre quando existe um excesso de demanda

    agregada frente a oferta agregada da economia, ou seja, trata-se de uma

    situao em que a demanda por bens e servios superior oferta dos

    mesmos bens e servios.

    A Inflao de Custos ocorre quando, diante de aumentos nos custos

    das empresas, aumentos estes derivados de variaes salariais positivas, de

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    17/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br17

    quebras na produo dos bens devido a problemas climatolgicos ou mesmo

    derivados da reduo da oferta de bens considerados insumos de produo de

    outros bens.

    Com base no ltimo grfico desenvolvido no tpico anterior, relativo

    interao entre oferta e demanda agregada, pode-se demonstrar

    primeiramente a ocorrncia de inflao de demanda na economia:

    Dada a curva de oferta agregada (OA), aumentos na demanda agregada

    (DA1) resultam em aumentos do produto da economia (Y), at o ponto em que

    a economia atinge o pleno emprego.

    Verificou-se a existncia de situaes em que aumentos na demanda

    agregada no alteram os preos da economia, situao de curto prazo em que

    o repasse de aumento nos preos no vantajoso (custo de menu).

    Graficamente verifica-se esta posio na passagem da economia de DA1para

    DA2.Num segundo momento verifica-se que existem ao longo da trajetria de

    aumento da demanda agregada sobre a oferta agregada, pontos (DA3) onde o

    Y

    p

    DA2

    DA3

    P3

    P2

    P1

    Custos de menu (o preo

    constante no curto prazo).

    Keynesiano extremo.

    O preo sobe em funo da demanda

    agregada ser superior oferta agregada.

    DA4

    DA1

    Nvel de pleno emprego (Y), onde o excesso de

    demanda agregada sobre a oferta agregada leva

    somente a aumentos nos preos.

    OA

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    18/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br18

    produto da economia cresce, mas acompanhado de elevaes nos nveis dos

    preos.

    A grande questo a este respeito refere-se ao aumento necessrio na

    produo das empresas diante do aumento da demanda agregada. Com os

    recursos (capacidade produtiva) sendo utilizados cada vez mais, cada unidade

    adicional de trabalhador empregado no processo produtivo rende menos que o

    anterior, simplesmente porque o estoque de recursos da economia (mquinas

    e espao fsico) fixo, ou seja, a oferta no aumenta na mesma velocidade do

    aumento da demanda agregada.

    Esta situao ocorre, de acordo com o grfico, no momento em que a

    demanda agregada aumenta de (DA2) para (DA3).

    Uma vez que a economia atinja o pleno emprego, com toda a capacidade

    produtiva de economia sendo utilizada, aumentos na demanda agregadageraro somente aumentos nos preos da economia. Graficamente esta

    situao ocorre quando a demanda agregada aumenta de DA3 para DA4.

    2.2. O lado monetrio da inflao de demanda

    Caracterizadas as implicaes do excesso de demanda agregada sobre a

    oferta agregada da economia, necessita-se saber que motivos justificam a

    ocorrncia de inflao de demanda.

    A interpretao do fenmeno inflacionrio pode se dar tanto pelo lado

    monetrio como pelo lado real da economia. No lado monetrio, o crescimento

    dos preos est embasado na teoria quantitativa da moeda(TQM), que se

    define pela seguinte equao:

    MV = PY

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    19/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br19

    M e a quantidade de moeda na economia;

    V, a velocidade-renda da moeda (quantas vezes uma unidademonetria muda de mo, num dado perodo);

    P, o nvel geral de preos e;

    Y, o nvel de renda real ou produto.

    Vamos a um exemplo:

    Ex: M = 100; V = 4; P = 8; Y = 50,

    100 X 4 = 8 X 50 = 400

    A quantidade de moeda da economia girando 4(quatro) vezes no perodo

    ser exatamente igual aos preos dos produtos vezes a sua quantidade fsica.

    A TQM afirma que, no curto prazo, a velocidade da moeda (V) e o nvel

    de produo so constantes, de forma que somente variaes na quantidade

    de moeda disponvel na economia impactam diretamente os nveis de preos.

    Ex: Se a oferta de moeda aumentar de 100 para 150, os preos vo

    aumentar de 8 para 12.

    150 X 4 = 12 X 50 = 600.

    A interpretao de que o aumento da oferta de moeda gera aumentos

    subseqentes na inflao se d o nome de teoria monetarista da inflao.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    20/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br20

    2.3. O lado real da inflao de demanda

    Diferentemente da interpretao da inflao como fenmeno monetrio,

    a lado real pode provocar aumentos nos preos, iniciados por um dos

    componentes da demanda agregada.

    DA (Y) = C + I + G + X M

    O aumento do consumo pode ser iniciado por meras expectativas (Natal,

    dia das mes, probabilidade de subida dos preos), o que levar, uma vez que

    a economia esteja em pleno emprego de recursos (produto efetivo igual ao

    produto potencial), a um processo inflacionrio, sem que haja qualquer

    aumento real no PIB.

    A forma de conteno da inflao a execuo de poltica monetria

    restritiva (reduo da moeda na economia), bem como polticas fiscais demesma medida (aumento dos impostos ou reduo dos gastos pblicos), de

    forma a diminuir a renda disponvel para a compra de bens e servios.

    Estes entendimentos so defendidos pelos economistas chamados

    monetaristas.

    2.4. A inflao de custos (Oferta agregada)

    A inflao de custos derivada do aumento dos custos de produo de

    bens e servios. Aumentos dos salrios devido a presses de fortes sindicatos,

    a quebra de produes, so bons exemplos de inflao de custo.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    21/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br21

    O aumento dos custos leva as empresas a reduzirem a sua produo.

    Uma vez que no houve motivo para que a demanda por bens e servios se

    alterasse, a escassez de oferta leva ao aumento dos preos.

    Vejamos o grfico abaixo:

    Pode-se dizer que a inflao de custos tem dois efeitos perversos sobre o

    resultado econmico. O primeiro deles de que a diminuio da oferta gera o

    aumento do nvel de preos, dado que a demanda agregada no se alterou.

    Um segundo mal que devido ao incremento dos custos, o desemprego ir

    aumentar, uma vez que as empresas tero seu custo de produo majorado.

    A situao onde temos a ocorrncia de inflao com o aumento do

    desemprego o que chamamos de estagflao, representada pela

    estagnao econmica com o aumento do nvel de preos.

    p

    DA1

    DA2

    P3

    P2

    P1

    O preo sobe em funo da escassez da oferta agregada

    frente demanda agregada.

    DA3

    Diante do aumento dos custos, a oferta agregada diminui de

    OA1para OA2, onde o nvel de preos mais alto e a produo

    menor, o que traz como conseqncia um aumento do

    desemprego.

    OA1OA2

    Y

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    22/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br22

    2.5. A inflao inercial

    Nos anos de 1980 a economia brasileira passou a contar com um novo

    diagnstico das causas inflacionrias e, conseqentemente, com novas

    polticas de combate inflao.

    Os pressupostos tericos eram os de que a economia brasileira se

    encontrava altamente indexada, ou seja, todos os negcios, contratos, eram

    firmados com base num ndice que garantisse a correo monetria dosvalores envolvidos. Era como se tudo na economia do pas estivesse sempre

    aumentando de valor. Desta forma, todos os aumentos de preos eram

    captados pelo ndice e automaticamente eram repassados para todos os

    demais preos da economia, gerando um processo automtico de

    realimentao da inflao. A esse fenmeno auto-alimentador denominou-se

    inflao inercial.

    O Plano Cruzado procurou romper com esse mecanismo de propagao

    da inflao, congelando os preos, salrios e algumas outras variveis. No

    entanto, muitas foram as falhas do plano de congelamento, a comear pelo

    carter de surpresa com que foi implantado, pois os preos relativos

    encontravam-se desregulados, muitos preos defasados, provocando o

    imediato aparecimento de gio.

    A corrente defensora da inflao inercial se contraps diretamente ao

    diagnstico ortodoxo da inflao, ao afirmar que o excesso de gastos

    governamentais, causadores de constantes dficits pblicos, no era o

    responsvel pelo fenmeno inflacionrio.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    23/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br23

    2.6. A inflao estrutural

    Segundo a corrente estruturalista, as causas da inflao em pases

    subdesenvolvidos eram derivadas essencialmente de carter estrutural da

    economia, tais como:

    a) estrutura agrcola, pela qual a oferta de alimentos no responde

    rapidamente aos estmulos de demanda, provocando elevaes dos preos;

    b) estrutura do comrcio internacional, que leva ao dficit crnico no

    Balano de Pagamentos dos pases subdesenvolvidos e a obrigao de serem

    realizadas polticas de desvalorizao cambial, provocando aumentos nos

    custos de produo;

    c) estrutura oligoplica dos mercados, o que faz com que as empresas

    repassem todos os aumentos de custos aos preos dos produtos finais.

    Segundo essa corrente o combate inflao deve ser feito

    principalmente atravs de reformas estruturais (por exemplo, a reforma

    agrria), e pelo controle de preos dos setores oligopolizados.

    2.7. A Curva de Phillips - Inflao e desemprego

    At a primeira metade do sculo XX seguia-se a caracterizao da

    inflao segundo os entendimentos keynesiano, com a economia abaixo do

    pleno emprego, e pela viso clssica, em que o produto da economia

    encontrava-se no nvel de pleno emprego. Para Keynes os preos eram rgidos

    no curto prazo, de forma que mudanas no sistema afetavam apenas as

    variveis reais (emprego, produo). Por outro lado, para os clssicos, as

    variveis reais permaneciam inalteradas, de forma que mudanas exgenas

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    24/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br24

    (aumento dos gastos governamentais) traduziam-se apenas em movimento de

    preos.

    Diferentemente das interpretaes keynesiana e clssica, passou-se a

    entender o fenmeno de subida dos preos segundo a relao existente entre

    o emprego da mo-de-obra e a inflao. Esta interpretao ficou conhecida

    como Curva de Phillips.

    Considerando que o nvel de produto est diretamente relacionado aonvel de emprego ou inversamente proporcional ao desemprego, e sabendo

    que a inflao corresponde ao aumento geral do nvel de preos, a proposio

    terica de Phillips fornece-nos uma nova estrutura para a curva de oferta

    agregada da economia. Assim, se quisermos obter mais produto, ou de acordo

    com a curva de Phillips, menor desemprego, poderemos, mas em troca de

    preos mais elevados (mais inflao).

    Vejamos o resultado desta interpretao na forma grfica e atravs de

    uma simples frmula:

    A frmula acima diz que a inflao derivada do desvio de desemprego

    de mo-de-obra da economia em relao taxa natural de desemprego.

    Taxa de desempregoun

    Taxa deinflao

    u0

    5

    Inflao = - (u - un), sendo u a taxa de desemprego

    ocorrida, un" a taxa natural de desemprego, e o

    repasse da diferena encontrada para a inflao do

    perodo.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    25/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br25

    Note que na medida em que a taxa de desempregofor igual a sua taxa

    natural, a inflao ser igual a zero. Da mesma forma, a inflao ser positiva

    se o desemprego estiver abaixo do pleno emprego.

    Uma alterao trazida por Phillips de que a analise econmica passa a

    se dar em termos de taxas (de inflao, desemprego) ao invs de nveis de

    produto e preos.

    2.8 Expectativas racionais. (verso aceleracionista)

    As expectativas dos agentes econmicos vieram a interferir no resultado

    apresentado pela curva de Phillips. Contestou-se sua estabilidade alegando-se

    que, quando se tem inflao recorrente (caso brasileiro no passado), os

    agentes passam a se antecipar inflao, remarcando seus preos sem alterar

    a produo e, conseqentemente, o emprego. Essa viso alterou o resultado

    da curva, adicionando a ela o componente da inflao esperada pelos agentes.

    Inflao = inflao esperada - (u - un) +

    Considerado os pontos acima, verifica-se que a taxa efetiva de inflao

    depende de quanto os agentes esperam de inflao. Na verdade, o que se

    verifica que a inflao pode ocorrer independentemente da atividade

    Taxa de desempregoun

    Taxa deinflao

    u0

    5

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    26/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br26

    econmica se alterar ou no. Na verdade as expectativas dos agentes passam

    a ter papel fundamental no nvel inflacionrio.

    De acordo com as expectativas adaptativas,a inflao esperada para

    este ano a mdia ponderada das inflaes dos ltimos anos. Com este nvel

    de abstrao, torna-se difcil o governo combater a inflao, uma vez que a

    prpria inflao se forma independentemente das medidas econmicas a

    serem tomadas, como forma de diminuir as oscilaes no produto.

    Diferente da adaptao s inflaes passadas, as expectativas

    racionaisconsideram que os agentes no olham o passado, mas somente as

    informaes presentes. Assim, para formar as suas expectativas, os indivduos

    no incorrem em erros sistemticos. A implicao importante da hiptese das

    expectativas racionais, em relao a analise de Phillips, a de que, no longo

    prazo, a taxa de desemprego tender taxa natural, ou seja, os desvios

    decorrero dos erros de expectativa, que tendem a serem corrigidos pelaracionalidade econmica. O resultado da teoria das expectativas racionais

    coloca por terra toda a fundamentao da curva de Philips, sendo a inflao

    dependente apenas dos fatores conjunturais que atuam sobre os preos dos

    bens e servios.

    O resultado da curva de Phillips a partir do modelo de expectativas

    racionais, em uma anlise de longo prazo, mostra que o nvel de preostender a subir cada vez mais, permanecendo constante o nvel de

    desemprego da economia. Este nvel de desemprego conhecido como taxa

    natural de desemprego.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    27/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br27

    2.9. Regime de metas para a Inflao

    Por meio do Decreto Presidencial 3.088 de 21 de junho de 1999 e pela

    Resoluo do Conselho Monetrio Nacional, nmero 2.615, de 30 do junho de

    1999, foi estabelecida a sistemtica de metas de inflao como diretriz de

    atuao da poltica monetria no pas. Estas metas so representadas por

    estabelecimento de variaes anuais dos ndices de preos, na busca pelocontrole efetivo da inflao ocorrida na economia do pas.

    As metas so fixadas a priori da sua ocorrncia, de tal forma que a

    Autoridade Monetria possa sinalizar aos agentes econmicos que se utilizar

    das ferramentas que possui com o objetivo de evitar que os preos subam

    acima da meta pr-estabelecida. importante perceber que a simples

    sinalizao da inflao aceitvel j traz sobre os agentes econmicos a nossa

    da racionalidade (teoria das expectativas racionais) nas suas tomadas de

    decises, uma vez que possveis formaes de preos sero debeladas e

    combatidas de forma efetiva.

    competncia do Banco Central o atingimento das metas, sendo que,

    em casos de inobservncia, a Instituio dever divulgar publicamente os

    motivos do descumprimento. Conforme possvel perceber, o

    Taxa de desempregoun

    Taxa deinflao

    u0

    5

    7

    C. Phillips de curto

    prazo

    C. Phillips de longo

    prazo

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    28/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br28

    estabelecimento de um patamar de inflao aceitvel traz a necessidade de

    cumprimento de uma srie de medidas, dentre as quais a prpria atuao do

    governo no sentido de minimizao dos impactos provocados pelo Dficit

    Pblico que, conforme visto na aula de Finanas Pblicas, representa o excesso

    de gastos pblicos, gerando impactos diretos sobre a formao de preos.

    A poltica adotada pelo governo federal, a partir da imposio feita pelo

    Fundo Monetrio Internacional FMI para liberao de recursos financeiros

    para fechamento das contas externas em 1999, caracterizada pelo

    estabelecimento de supervits primrios nas contas pblicas (receitas

    primrias menos despesas primrias), tem possibilitado ao Banco Central o

    relativo cumprimento das metas de inflao, uma vez que a diminuio dos

    excessos de gastos governamentais, reduzem, por consequncia, os saldos

    reais de moeda nas mos da populao e assim a prpria demanda agregada

    alm do que a oferta agregada pode fazer frente.

    Box de Comentrio:

    Destacamos a seguir as projees contidas no Relatrio de Inflao de

    Dezembro de 2011 quanto s projees de inflao para 2011 (j obtida) e de

    2012.

    De acordo com a Pesquisa Focus Relatrio de Mercado de 25 de novembro, as medianasdas projees relativas s variaes anuais do IPCA para 2011 e 2012 atingiram 6,5% e

    5,6%, respectivamente, ante 6,5% e 5,5%, ao final de setembro. A mediana das projees

    para a inflao doze meses frente suavizada situou-se em 5,58%, ante 5,71% em 30 de

    setembro.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    29/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br29

    Finalizadas as abordagens pertinentes ao escopo da aula de hoje,

    passemos agora resoluo de questes de provas anteriores.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    30/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br30

    Questes Propostas:

    1 (Economista/BADESC FGV/2010) Com relao aos conceitos de

    inflao, suas causas e consequncias, analise as afirmativas a seguir.

    I. Uma poltica fiscal contracionista para combate inflao mais

    eficiente no caso de uma inflao de demanda do que em uma inflao

    de custos.

    II. Uma poltica monetria expansionista para combate inflao

    mais eficiente do que uma poltica contracionista no caso de inflao

    inercial.

    III. Uma poltica fiscal contracionista para combate inflao de

    custos tem como efeito uma diminuio no nvel de atividade

    econmica.

    Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

    (B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

    (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

    (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    2 (ECONOMISTA/PETROBRAS CESGRANRIO/2005) Os modelos daNova Macroeconomia Clssica assumem que, ao nvel do produto de

    pleno emprego, a Curva de Phillips :

    a) perfeitamente elstica.

    b) perfeitamente inelstica.

    c) elstica.

    d) inelstica.

    e) zero.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    31/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br31

    3 - (ECONOMISTA/PETROBRAS CESGRANRIO/2005) Na verso

    aceleracionista da Curva de Phillips, os trabalhadores:

    a) nunca cometem erros.

    b) no cometem erros sistemticos.

    c) nunca acertam.

    d) cometem erros sistemticos.

    e) s cometem erros quando so surpreendidos.

    4 (APO/MPOG ESAF/2010) A Macroeconomia divide a Economia

    em quatro mercados: o mercado de bens e servios, o mercado de

    trabalho, o mercado financeiro e o mercado cambial. No mercado de

    trabalho, so determinadas quais das seguintes variveis

    macroeconmicas:

    a) nvel de emprego e salrio real.

    b) nvel de emprego e salrio monetrio.

    c) nvel geral de preos e salrio real.d) salrio real e salrio monetrio.

    e) nvel de emprego e nvel geral de preos.

    5 (EPPGG/MPOG ESAF/2008) Considere a seguinte equao para a

    inflao:

    t= e

    - . (u - un) + onde t = inflao em t;

    e = inflao esperada; u = taxa de

    desemprego efetiva; un= taxa natural de desemprego; = choques de

    oferta; e = uma constante positiva.

    Com base neste modelo de inflao, incorreto afirmar que:

    a) se e= .t-1, onde t-1 representa a inflao passada, se = 1, = 0 e

    = 0, a inflao ser essencialmente inercial.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    32/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br32

    b) um aumento do preo internacional do petrleo representa um choque de

    oferta e tende a aumentar a inflao.

    c) o impacto das polticas que reduzem a demanda sobre a inflao depender

    de .

    d) se e= .t-1, onde t-1 representa a inflao passada, se > 1, a inflao

    ser explosiva.

    e) um aumento na taxa de desemprego tende a aumentar a inflao tendo em

    vista o menor volume de oferta agregada.

    6 (APO/SEPLAG CEPERJ/2009) As hipteses consideradas pelo

    modelo clssico de determinao da renda so:

    a) preos e salrios flexveis, princpio da demanda efetiva e curva de oferta

    agregada perfeitamente inelstica aos preos.

    b) preos e salrios flexveis, neutralidade da moeda e Lei de Say.

    c) preos e salrios rgidos, princpio da demanda efetiva e curva de oferta

    agregada perfeitamente elstica aos preos.d) preos e salrios rgidos, neutralidade da moeda e a oferta determina a

    demanda.

    e) preos e salrios flexveis, neutralidade da moeda e a demanda determina a

    oferta.

    7 (ECONOMISTA/PETROBRAS CESGRANRIO/2005) Considere uma

    economia na qual a demanda e a oferta agregadas so dadas pelasseguintes equaes:

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    33/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br33

    onde M o estoque nominal de moeda, V, a velocidade de circulao

    da moeda, P, o nvel de preos e W o salrio nominal. Suponha que a

    velocidade de circulao da moeda seja igual a 1. Se o estoque de

    moeda for igual a 100 e um mecanismo de indexao mantiver o

    salrio real constante e igual a 10, o produto de equilbrio ser igual a:

    a) 0,01

    b) 0,1

    c) 1

    d) 100

    e) 1000

    8 - (Tcnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA/ESAF 2004)

    Considere a seguinte afirmao: Uma da razes pelas quais os preos,

    no curto prazo, no se ajustam imediatamente est no fato de que

    esse ajuste envolve alguns custos. Para mudar seus preos, a empresa

    deve enviar novos catlogos a seus clientes, distribuir novas listas depreos e suas equipes de venda (...) Estes custos de ajustes (...) levam

    as empresas a ajustar os seus preos de forma intermitente, e no

    constante. (Adaptado do livro de N. Gregory Mankiw, Macroeconomia,

    terceira edio, LTC Editora). A afirmao acima refere-se

    a) aos custos de menu.

    b) aos custos da inflao.

    c) aos custos de mo de obra em situaes onde h rigidez de salrio.d) aos custos de transao.

    e) aos custos de informao.

    9 (ECONOMISTA/INEA CESGRANRIO/2008) Na figura abaixo, as

    linhas AB e CD mostram, respectivamente, as Curvas de Phillips de

    curto prazo e de longo prazo de uma determinada economia.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    34/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br34

    A respeito dessa figura, pode-se afirmar que

    a) AB a curva de demanda agregada da economia.

    b) BD o excesso de demanda agregada na economia.

    c) CD se desloca para a posio AB medida que as expectativas de inflaose ajustam.

    d) OD a taxa natural de desemprego.

    e) OE a taxa natural de inflao.

    10 (AFRF/SRF ESAF/2002) Considere o modelo de oferta e

    demanda agregada, sendo a curva de oferta agregada horizontal no

    curto prazo. Considere um choque adverso de oferta. Supondo que no

    ocorram alteraes na curva de demanda agregada e que o choque de

    oferta no altere o nvel natural do produto, correto afirmar que

    a) no curto prazo ocorrera o fenmeno conhecido como estagflao, uma

    combinao de inflao com a reduo do produto. No longo prazo, com a

    queda dos preos, a economia retornara a sua taxa natural.

    b) no curto prazo, ocorrera apenas queda no produto. No longo prazo ocorrer

    inflao e a economia retornara para o equilbrio de longo prazo.

    c) no curto prazo ocorrera apenas inflao. No longo prazo o produto ir cair

    at o novo equilbrio de pleno emprego.

    d) se o governo aumentar a demanda agregada em resposta ao choque

    adverso de oferta, ocorrer deflao.

    e) se a economia encontra-se no pleno emprego, ocorrer inflao que ser

    mais intensa no longo prazo em relao ao curto prazo.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    35/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br35

    11 (AFPS/MPAS ESAF/2002 com alteraes) Considere a

    seguinte equao para a curva de oferta agregada de curto prazo: Y =

    Yp + a (P Pe), onde Y = produto agregado; Yp = produto efetivo; a >

    0; P = nvel geral de preos; Pe = nvel geral de preos esperados. Com

    base nas informaes constantes da equao acima e considerando as

    curvas de oferta agregada de longo prazo e de demanda agregada,

    correto afirmar que

    a) uma poltica monetria expansionista no altera o nvel geral de preos,

    tanto no curto quanto no longo prazo.

    b) alteraes na demanda agregada resultam, no curto prazo, em alteraes

    tanto no nvel geral de preos quanto na renda.

    c) no curto prazo, uma poltica monetria expansionista s altera o nvel geral

    de preos.

    d) o produto est sempre abaixo do pleno emprego, mesmo no longo prazo.

    e) alteraes na demanda agregada, tanto no curto quanto no longo prazo, s

    geram inflao, no tendo qualquer impacto sobre a renda.

    12 (AFC/STN ESAF/2002) Considere o modelo de oferta e demanda

    agregada com preos totalmente flexveis no curto prazo. Sabendo-se

    que no longo prazo o produto determinado pela disponibilidade de

    capital, trabalho e tecnologia, pode-se afirmar que

    a) no longo prazo, a poltica monetria afeta o nvel de preos mas no o

    produto ou o emprego.b) no curto prazo, no existe possibilidade de inflao no modelo, j que as

    presses inflacionrias so neutralizadas pelo desemprego.

    c) no longo prazo, somente uma poltica fiscal expansionista ter efeitos sobre

    o crescimento do produto.

    d) uma elevao exgena dos custos no causa inflao, uma vez que os

    preos so flexveis e tal flexibilidade resulta em quedas em outros preos na

    economia, de forma que as presses so neutralizadas.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    36/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br36

    e) uma reduo na demanda agregada gera recesso no curto prazo.

    13 (APO/MPOG ESAF/2003) O denominado modelo clssico tem

    sido apresentado em livros e textos de macroeconomia como uma

    descrio possvel do pensamento econmico anterior a Keynes.

    Assim, partindo-se do equilbrio no mercado de trabalho, chega-se ao

    nvel de pleno emprego e, a partir da funo de produo, ao nvel de

    produto de pleno emprego. Nesse modelo, o nvel geral de preos fica

    determinado pela denominada teoria quantitativa da moeda. Com

    base nessas informaes, correto afirmar que

    a) uma elevao da demanda por mo de obra reduz o salrio real.

    b) uma poltica monetria expansionista teria como efeito uma elevao no

    produto de pleno emprego.

    c) o produto agregado real independe da quantidade de mo de obra

    empregada.

    d) o nvel do produto real de pleno emprego independe da oferta de moeda naeconomia.

    e) um aumento no estoque de capital na economia reduz o salrio real e o

    nvel de pleno emprego.

    14 (ECONOMISTA/BNDES CESGRANRIO/2008) A Curva de Philips

    de curto prazo, representada por AB no grfico abaixo, no estvel,

    tornando-se, a longo prazo, vertical, como CD.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    37/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br37

    Assim, pode-se afirmar que

    (A) a taxa natural de inflao representada por E no grfico.

    (B) a taxa natural de desemprego representada por B no grfico.

    (C) a inflao tende a desacelerar caso se mantenha continuamente a

    taxa de desemprego em C.

    (D) AB altera sua posio na medida em que as expectativas de

    inflao se ajustam.

    (E) AB altera sua posio na medida em que CD se desloca para adireita.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    38/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br38

    Gabarito Comentado:

    1 (Economista/BADESC FGV/2010) Com relao aos conceitos de

    inflao, suas causas e consequncias, analise as afirmativas a seguir.

    I. Uma poltica fiscal contracionista para combate inflao mais

    eficiente no caso de uma inflao de demanda do que em uma inflao

    de custos.

    II. Uma poltica monetria expansionista para combate inflao

    mais eficiente do que uma poltica contracionista no caso de inflao

    inercial.

    III. Uma poltica fiscal contracionista para combate inflao de

    custos tem como efeito uma diminuio no nvel de atividade

    econmica.

    Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

    (B) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

    (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

    (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

    (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    Comentrios:

    I.A adoo por parte do governo de uma poltica fiscal contracionista faz com

    que a demanda agregada sofra um impacto reverso, o que far com que

    ocorra uma reduo dos preos e, consequentemente, uma reduo da inflao

    provocada, como no exemplo desta assertiva, pelo excesso de demanda por

    bens e servios. Cabe ressaltar que o seu efeito eficiente quando comparado

    com a inflao de custos pelo fato de que o impacto no reajuste dos preos

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    39/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br39

    decorrente da elevao dos custos se d na oferta agregada. Sendo assim,

    caso a adoo da poltica fiscal contracionista fosse destinada a combater a

    inflao de custos, ocorreria na verdade uma reduo do PIB, haja vista que a

    demanda por bens e servios no estava, em princpio, pressionando a subida

    dos preos, mas sim os custos de produo, a exemplo da elevao do preo

    de matrias primas como minrio de ferro e petrleo.

    Correta

    II. Conforme amplamente discutido na abordagem do modelo IS-LM, caso o

    Banco Central adote uma poltica monetria expansionista, o seu resultado

    ser o estmulo ao consumo e, consequentemente, ao aumento da riqueza da

    economia (PIB). Caso o ambiente econmico esteja num processo

    inflacionrio, seja decorrente do excesso de demanda, seja decorrente de uma

    inflao inercial que conforme verificamos resultado de uma espiral de

    reajustes constantes, a adoo de uma poltica monetria expansionista

    somente levar elevao dos preos.Incorreta

    III. Conforme abordagem do item I, de fato uma poltica fiscal contracionista

    tem, como um dos fundamentos, a reduo da atividade econmica para nveis

    no inflacionrios, ou seja, acima da capacidade produtiva da economia.

    Correta

    Gabarito: letra b.

    2 (ECONOMISTA/PETROBRAS CESGRANRIO/2005) Os modelos da

    Nova Macroeconomia Clssica assumem que, ao nvel do produto de

    pleno emprego, a Curva de Phillips :

    a) perfeitamente elstica.

    b) perfeitamente inelstica.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    40/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br40

    c) elstica.

    d) inelstica.

    e) zero.

    Comentrios:

    Conforme verificamos, a economia atinge o pleno emprego somente no longo

    prazo, estando esta relao ainda associada ao Modelo Clssico de

    interpretao da oferta agregada. Na anlise da curva de Phillips, verificamos

    que no longo prazo, ou seja, de acordo com a teoria clssica, a curva

    vertical, representando esta verticalidade a inelasticidade (perfeitamente

    inelstica) da curva de Phillips.

    Gabarito: Letra b.

    3 - (ECONOMISTA/PETROBRAS CESGRANRIO/2005) Na versoaceleracionista da Curva de Phillips, os trabalhadores:

    a) nunca cometem erros.

    b) no cometem erros sistemticos.

    c) nunca acertam.

    d) cometem erros sistemticos.

    e) s cometem erros quando so surpreendidos.

    Comentrios:

    Na verso aceleracionista da Curva de Phillips, associada ao modelo de

    expectativas adaptativas, os trabalhadores comentem erros sistemticos,

    tendo como padro de variao da inflao, o resultado passado desta.

    Gabarito: Letra d.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    41/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br41

    4 (APO/MPOG ESAF/2010) A Macroeconomia divide a Economia

    em quatro mercados: o mercado de bens e servios, o mercado de

    trabalho, o mercado financeiro e o mercado cambial. No mercado de

    trabalho, so determinadas quais das seguintes variveis

    macroeconmicas:

    a) nvel de emprego e salrio real.

    b) nvel de emprego e salrio monetrio.

    c) nvel geral de preos e salrio real.

    d) salrio real e salrio monetrio.

    e) nvel de emprego e nvel geral de preos.

    Comentrios:

    Em nossa opinio esta questo deveria ter sido anulada, mas, como no foi,

    vamos s consideraes necessrias sobre o que dispe a questo.

    Partindo do conceito narrado no prprio enunciado da questo de que a

    economia se divide em quatro mercados: o mercado de bens e servios, o

    mercado de trabalho, o mercado financeiro e o mercado cambial, analisemos

    os conceitos relacionados ao mercado de trabalho.

    Todo trabalhador, ao decidir trabalhar, tem como foco uma varivel principal, osalrio, ao qual podemos chamar de W, do ingls wage. No mercado de

    trabalho um importante conceito deve ser conhecido, aquele que afirma que

    quanto maior o salrio W, maior ser a ofertade trabalho por parte dos

    trabalhadores. Conforme vocs podem ver, este entendimento justamente o

    inverso do mercado de bens e servios, no qual quem oferta (bens e

    servios) so as empresas.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    42/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br42

    Sendo a oferta de trabalho feita pelos trabalhadores, a demanda por estes

    trabalhadores ser realizada pelas empresas, de tal forma que, quanto menor

    o salrio W, maior ser a demanda por trabalho realizada pelas

    empresas.

    Por meio da realizao de negociaes ocorridas no mercado de trabalho,

    trabalhadores e empresas chegam a um acordo, aquele que definir

    logicamente o equilbrio no mercado. Vejamos isso graficamente:

    Para se chegar ao equilbrio, trabalhadores e empresas discutem em mercado,

    de tal forma que comum a existncia de empresas com postos de trabalho

    ociosos e, do outro lado, trabalhadores desempregados.

    Segundo a teoria, a varivel W denominada salrio monetrio ou

    tambm salrio nominal, nos moldes dos contratos de trabalho assinados

    entre trabalhadores e patres. Adicionalmente, destaca-se que a varivel L

    definida como nvel de emprego que equilibra a oferta e a demanda

    por mo-de-obra. Assim, pela definio destes conceitos, podemos concluir

    que a assertiva correta da questo a letra a, gabarito anunciado pela ESAF.

    No obstante, algumas consideraes importantes devem ser feitas. Segundo

    W

    LL*

    W*

    DL (demanda por trabalho)

    OL (oferta de trabalho)

    O mercado de trabalho est

    equilbrio ao nvel de salrio

    W* e de trabalho igual a L*

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    43/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br43

    a teoria econmica, o trabalhador, ao decidir o quanto ofertar de mo-de-obra,

    preocupa-se no simplesmente com o salrio monetrio W (ou nominal), mas

    sim com o salrio real. Para que possa ficar mais claro este entendimento,

    s pensar o seguinte: Imaginemos que voc receba duas diferentes propostas

    para trabalhar em cidades diferentes, ok? Que estas duas cidades sejam, por

    exemplo, Curitiba e So Paulo. Que os salrios oferecidos a voc sejam,

    respectivamente, R$ 10.000,00 e R$ 10.500,00. Desconsiderando o aspecto

    referente ao local de nascimento de cada um de vocs e das preferncias em

    termos de cidade, em qual das duas o salrio recebido render mais, Curitiba

    ou So Paulo?

    No difcil imaginarmos que se formos pensar literalmente em termos de

    poder de compra, que est intimamente ligado ao conceito de salrio real, os

    trabalhadores optaro por Curitiba, naturalmente por ser uma cidade com um

    Custo de Vida inferior a So Paulo, em termos dos preos P dos bens e

    servios naturalmente consumidos (alimentao, moradia, transporte, etc.).

    Pelo exposto at aqui, fica claro que, ao analisarmos o equilbrio no mercado

    de trabalho, a varivel relevante o salrio real, ao qual podemos expressar

    por W/P. Este desconto (diviso) nada mais representa do que a medio do

    poder de compra do salrio em funo do preo dos bens e servios vendidos.

    Para um nvel de preos mais alto, menor ser o salrio real em termos de

    poder de compra das famlias e maior ser o ganho das empresas. Dada estacaracterstica, podemos entender que as variaes nos preos de bens e

    servios geram mudanas na oferta e na demanda de mo-de-obra, trazendo

    conseqncias diretas para o equilbrio do mercado de trabalho. Importante

    destacar que conforme os preos aumentam P, tende a haver um excesso de

    demanda por mo-de-obra pelas empresas no mercado de trabalho, uma vez

    que os salrios nominais (W) (sem o desconto dos preos) permanecem

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    44/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br44

    inalterados, mas os ganhos das empresas, produtoras dos bens e servios

    consumidos pelos trabalhadores, esto aumentando.

    Considera-se assim que o equilbrio no mercado de trabalho ser aquele que

    iguala a oferta demanda por mo-de-obra a um determinado nvel de salrio

    real, conforme demonstrado pelo grfico abaixo.

    (

    A teoria econmica que estuda o mercado de trabalho, dentro da

    macroeconomia, e suas relaes com os outros mercados, em especial no

    estudo da Oferta Agregada, se divide em duas vertentes de interpretao, uma

    advinda dos economistas clssicos e outra advinda dos economistas

    keynesianos. Sem entrarmos no mrito destas teorias, destacamos que tanto

    uma quanto a outra leva em considerao o conceito de salrio real nadeterminao do equilbrio no mercado de trabalho.

    De todo modo, para finalizar o entendimento desta questo cobrada pela ESAF

    no concurso de APO, e o seu gabarito, destaco que o correto seria

    efetivamente a anulao da questo, dado a divergncia existente na anlise

    do mercado de trabalho. No obstante, destaca-se ainda que, dentro da

    anlise microeconmica, realiza-se o estudo do mercado de fatores de

    W/P

    LL*

    (W/P*)

    DL (demanda por trabalho)

    OL (oferta de trabalho)

    O mercado de trabalho est

    equilbrio ao nvel de salrio

    real (W/P)* e de trabalho

    igual a L*.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    45/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br45

    produo (salrio, capital produtivo, etc.), sendo que neste analisado

    cuidadosamente os aspectos relacionados s decises tomadas por empresas

    quanto ao ponto que define adequadamente o salrio que esta deve oferecer

    aos trabalhadores empregados em seu processo produtivo.

    Gabarito: letra b.

    5 (EPPGG/MPOG ESAF/2008) Considere a seguinte equao para a

    inflao:

    t= e- . (u - un) +

    onde t = inflao em t; e = inflao esperada; u = taxa de

    desemprego efetiva; un= taxa natural de desemprego; = choques de

    oferta; e = uma constante positiva.

    Com base neste modelo de inflao, incorreto afirmar que:

    a) se

    e

    = .t-1, onde t-1 representa a inflao passada, se = 1, = 0 e = 0, a inflao ser essencialmente inercial.

    b) um aumento do preo internacional do petrleo representa um choque de

    oferta e tende a aumentar a inflao.

    c) o impacto das polticas que reduzem a demanda sobre a inflao depender

    de .

    d) se e= .t-1, onde t-1 representa a inflao passada, se > 1, a inflao

    ser explosiva.e) um aumento na taxa de desemprego tende a aumentar a inflao tendo em

    vista o menor volume de oferta agregada.

    Comentrios:

    Essa questo meramente interpretativa. Vejamos cada assertiva:

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    46/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br46

    a) se e= .t-1, onde t-1 representa a inflao passada, se = 1, = 0 e

    = 0, a inflao ser essencialmente inercial.

    Se a inflao esperada e derivada da inflao do perodo anterior, e

    seguindo as definies para as demais variveis, verifica-se que a

    inflao provocada meramente pela reproduo do que ocorreu no

    passado, dando a ela uma condio de movimento constante, ou seja,

    um movimento inercial.

    b) um aumento do preo internacional do petrleo representa um choque de

    oferta e tende a aumentar a inflao.

    O petrleo insumo para a produo de uma srie de bens e servios.

    Se ocorrer o aumento do preo, este ser repassado para os custos de

    produo, impactando diretamente os preos finais dos bens. Destaca-

    se que no se trata de uma inflao de demanda mas sim de custo.c) o impacto das polticas que reduzem a demanda sobre a inflao depender

    de .

    De acordo com a frmula da curva de Phillips t= e- . (u - un) + ,

    os impactos das polticas depender obrigatoriamente de . Se este for

    zero, a inflao ser meramente inercial, conforme descrito na

    assertiva a.

    d) se e= .t-1, onde t-1 representa a inflao passada, se > 1, a inflao

    ser explosiva.

    Veja que caso > 1, o repasse para a inflao esperada ser cada vez

    maior pois alm do componente inercial, existir o diferencial entre a

    taxa de desemprego e a taxa de desemprego natural atuando cada vez

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    47/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br47

    mais forte. Adicionalmente, destaca-se que a inflao esperada de hoje

    ser a inflao do perodo passado e= .t-1, com isto de repetindo

    sempre.

    e) um aumento na taxa de desemprego tende a aumentar a inflao tendo em

    vista o menor volume de oferta agregada.

    Um aumento da taxa de desemprego derivado da reduo da

    inflao, uma vez que menos os empresrios esto ganhando e,

    consequentemente, tendo estmulos em aumentar a oferta agregada.

    Gabarito: letra e.

    6 (APO/SEPLAG CEPERJ/2009) As hipteses consideradas pelo

    modelo clssico de determinao da renda so:

    a) preos e salrios flexveis, princpio da demanda efetiva e curva de ofertaagregada perfeitamente inelstica aos preos.

    b) preos e salrios flexveis, neutralidade da moeda e Lei de Say.

    c) preos e salrios rgidos, princpio da demanda efetiva e curva de oferta

    agregada perfeitamente elstica aos preos.

    d) preos e salrios rgidos, neutralidade da moeda e a oferta determina a

    demanda.

    e) preos e salrios flexveis, neutralidade da moeda e a demanda determina aoferta.

    Comentrios:

    Essa questo pode, a princpio, deixar dvidas quanto resposta correta.

    Conforme verificado na parte da teoria apresentada na aula, o modelo clssico

    parte do pressuposto de que preos e salrios na economia so flexveis. Essa

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    48/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br48

    constatao faz com o que o salrio real (W/P), obtido pela relao entre

    salrio nominal (W) e o nvel de preos (P) esteja sempre constante. Como o

    modelo clssico parte do pressuposto de que a economia j se encontra no

    pleno emprego dos recursos produtivos, a oferta agregada torna-se vertical e,

    consequentemente, inelstica em relao aos preos, j que mesmo com

    ocorra aumento nos preos, no h como aumentar a produo.

    A assertiva a cita os todos os pressupostos acima, adicionando, no entanto, o

    conceito associado teoria da demanda efetiva. Esta teoria derivada do

    entendimento keynesiano de que a demanda por bens e servios que gera a

    oferta por parte das empresas. A teoria da demanda efetiva contrapem-se

    Lei de Say, a qual afirmava que a simples oferta por parte das empresas

    geraria a demanda pelos bens produzidos. Conforme descrito no incio da parte

    terica, o princpio da demanda efetiva defendido por Keynes foi derivado do

    Crash da bolsa de Nova Iorque, motivada pelo acmulo de estoques pelas

    empresas americanas (caso que demonstra que a oferta no estimula ademanda).

    Partindo-se assim dos entendimentos de que o modelo clssico pressupe

    preos e salrios flexveis e que baseado na Lei de Say, basta apenas

    confirmar que ele pressupe neutralidade da moeda ou seja, aumentos ou

    diminuies na quantidade de moeda em circulao, muito embora possam

    causar efeitos, num primeiro momento, nos nveis de preos, estes aumentosso contrabalanceados pelo reajuste do salrio nominal, mantendo-se

    constante o salrio real. Adicionalmente, como a economia j se encontra no

    pleno emprego de recursos produtivos, os aumentos da oferta de moeda no

    geraro impactos sobre a produo, fazendo com que esta seja neutra.

    Com base nestas descries pode-se afirmar que a nica alternativa correta

    a letra b. A letra e, que a princpio poderia confundir, est incorreta no

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    49/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br49

    trecho referente a informao de que a demanda determina a oferta. Valendo

    a lei de Say para os economistas clssicos, a oferta que determina a

    demanda.

    Gabarito: letra b.

    7 (ECONOMISTA/PETROBRAS CESGRANRIO/2005) Considere uma

    economia na qual a demanda e a oferta agregadas so dadas pelas

    seguintes equaes:

    onde M o estoque nominal de moeda, V, a velocidade de circulao

    da moeda, P, o nvel de preos e W o salrio nominal. Suponha que a

    velocidade de circulao da moeda seja igual a 1. Se o estoque de

    moeda for igual a 100 e um mecanismo de indexao mantiver o

    salrio real constante e igual a 10, o produto de equilbrio ser igual a:

    a) 0,01

    b) 0,1

    c) 1

    d) 100e) 1000

    Comentrios:

    Essa questo um pouco chatinha, mas pode ser resolvida primeiramente a

    partir da igualdade entre oferta e demanda agregada e, adicionalmente, pelo

    uso da frmula que caracteriza a inflao pelo lado monetrio (MV = PY).

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    50/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br50

    Yd= Ys

    A partir da frmula da demanda agregada, tem-se:

    Yd = MV/P, ou seja, MV = PYd

    Perceba que a frmula da oferta agregada representa a forma de clculo do

    salrio real (W/P) invertida (P/W).

    A partir destes conceitos torna-se necessrio utilizar dos dados disponveis no

    enunciado:

    M = 100

    V = 1

    Realizando novamente a igualdade entre oferta e demanda agregada, temos:

    Yd= Ys

    MV/P = P/W

    Perceba o seguinte trecho do enunciado:

    (... Se o estoque de moeda for igual a 100 e um mecanismo de indexao

    mantiver o salrio real constante e igual a 10...).

    Uma vez que se sabe que o salrio real dado pela expresso W/P, e sendo

    este igual a 10, o valor de P/W, equivalente a oferta agregada ser igual a

    1/10 ou 0,1.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    51/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br51

    Aplicando este valor na igualdade entre a oferta e a demanda agregada, tem-

    se:

    100.1/P = 1/10, encontrando-se um P igual a 1000.

    Substituindo P na frmula da demanda agregada, que representa o prprio

    ponto de equilbrio, tem-se:

    100.1 = 1000.Yd

    Yd= 0,1

    Gabarito: letra b.

    8 - (Tcnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA/ESAF 2004)Considere a seguinte afirmao: Uma da razes pelas quais os preos,

    no curto prazo, no se ajustam imediatamente est no fato de que

    esse ajuste envolve alguns custos. Para mudar seus preos, a empresa

    deve enviar novos catlogos a seus clientes, distribuir novas listas de

    preos e suas equipes de venda (...) Estes custos de ajustes (...) levam

    as empresas a ajustar os seus preos de forma intermitente, e no

    constante. (Adaptado do livro de N. Gregory Mankiw, Macroeconomia,terceira edio, LTC Editora). A afirmao acima refere-se

    a) aos custos de menu.

    b) aos custos da inflao.

    c) aos custos de mo de obra em situaes onde h rigidez de salrio.

    d) aos custos de transao.

    e) aos custos de informao.

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    52/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br52

    Comentrios:

    Esta questo trata literalmente do modelo keynesiano extremo, o qual afirma

    que os preos dos bens ofertados so constantes no curto prazo. A explicao

    dada pelo prprio enunciado da questo, sendo a explicao para o modelo

    referenciada no conceito de custos de menu.

    Gabarito: letra a.

    9 (ECONOMISTA/INEA CESGRANRIO/2008) Na figura abaixo, as

    linhas AB e CD mostram, respectivamente, as Curvas de Phillips de

    curto prazo e de longo prazo de uma determinada economia.

    A respeito dessa figura, pode-se afirmar que

    a) AB a curva de demanda agregada da economia.

    b) BD o excesso de demanda agregada na economia.

    c) CD se desloca para a posio AB medida que as expectativas de inflao

    se ajustam.

    d) OD a taxa natural de desemprego.

    e) OE a taxa natural de inflao.

    Comentrios:

    Na parte da teoria referente curva de Phillips, foi verificada que esta mede a

    relao existente entre taxa de desemprego e inflao. Segundo Phillips, existe

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    53/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br53

    uma taxa natural de desemprego que independente da subida dos preos,

    mesmo que esta subida tendesse a diminuir o nvel de desemprego. Assim

    sendo, mesmo com a realizao de uma srie de polticas de estmulo a

    reduo do desemprego, existir uma taxa natural de desemprego no longo

    prazo.

    Gabarito: letra d.

    10 (AFRF/SRF ESAF/2002) Considere o modelo de oferta e

    demanda agregada, sendo a curva de oferta agregada horizontal no

    curto prazo. Considere um choque adverso de oferta. Supondo que no

    ocorram alteraes na curva de demanda agregada e que o choque de

    oferta no altere o nvel natural do produto, correto afirmar que

    a) no curto prazo ocorrera o fenmeno conhecido como estagflao, uma

    combinao de inflao com a reduo do produto. No longo prazo, com a

    queda dos preos, a economia retornara a sua taxa natural.b) no curto prazo, ocorrera apenas queda no produto. No longo prazo ocorrer

    inflao e a economia retornara para o equilbrio de longo prazo.

    c) no curto prazo ocorrera apenas inflao. No longo prazo o produto ir cair

    at o novo equilbrio de pleno emprego.

    d) se o governo aumentar a demanda agregada em resposta ao choque

    adverso de oferta, ocorrer deflao.

    e) se a economia encontra-se no pleno emprego, ocorrer inflao que sermais intensa no longo prazo em relao ao curto prazo.

    Comentrios:

    A situao grfica em que a curva de oferta agregada horizontal no curto

    prazo demonstra o modelo keynesiano extremo, em que o nvel de preos

    rgido. Um choque adverso de oferta caracterizado por uma contrao da

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    54/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br54

    oferta agregada, representada pelo deslocamento para a esquerda da mesma

    curva. Adiciona-se que, no longo prazo, por se tratar de um perodo em que as

    variveis voltam ao seu patamar natural, retorna-se ao equilbrio, ou seja, ao

    nvel de preos e produto antes da existncia do choque.

    Considerando que a demanda agregada negativamente inclinada, o resultado

    ser um aumento no nvel de preos no curto prazo acompanhado de uma

    reduo no produto, caracterizando uma estagflao.

    Gabarito: letra a.

    11 (AFPS/MPAS ESAF/2002 com alteraes) Considere a

    seguinte equao para a curva de oferta agregada de curto prazo: Y =

    Yp + a (P Pe), onde Y = produto agregado; Yp = produto efetivo; a >

    0; P = nvel geral de preos; Pe = nvel geral de preos esperados. Com

    base nas informaes constantes da equao acima e considerando ascurvas de oferta agregada de longo prazo e de demanda agregada,

    correto afirmar que

    a) uma poltica monetria expansionista no altera o nvel geral de preos,

    tanto no curto quanto no longo prazo.

    b) alteraes na demanda agregada resultam, no curto prazo, em alteraes

    tanto no nvel geral de preos quanto na renda.

    c) no curto prazo, uma poltica monetria expansionista s altera o nvel geralde preos.

    d) o produto est sempre abaixo do pleno emprego, mesmo no longo prazo.

    e) alteraes na demanda agregada, tanto no curto quanto no longo prazo, s

    geram inflao, no tendo qualquer impacto sobre a renda.

    Comentrios:

  • 7/23/2019 Aula 22 - Macroeconomia e Economia Brasileira - Aula 04

    55/59

    CURSO ON-LINE MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRAPARA ANALISTA DO BANCO CENTRAL

    PACOTE DE TEORIA E EXERCCIOSPROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br55

    Quando a curva de oferta agregada representada pela frmula Y = Yp + a(P

    Pe), pode-se entender que estamos falando da curva de oferta agregada

    keynesiana, sendo positivamente inclinada, ou seja, um aumento dos preos

    leva a um aumento da quantidade ofertada.

    Considerando que curva de demanda agregada negativamente inclinada, ao

    se considerar variaes nesta, no curto prazo, teremos de fato variaes tanto

    no nvel de preos quanto na renda ou PIB.

    Com a afirmao da letra b, conclui-se que as letras a e c e e esto

    incorretas. No caso da letra d, verifica-se que pleno emprego tanto no curto

    quanto no longo prazo representado pela oferta agregada clssica e no

    keynesiana.

    Gabarito: letra b.

    12 (AFC/STN ESAF/2002) Considere o modelo de oferta e demanda

    agregada com preos totalmen