macroeconomia - modelos macroeconômicos - aula 02.01

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MACROECONOMIA Prof. Ludgard Ricci 10/06/2022 1 Prof. Ludgard Ricci

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Page 1: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

MACROECONOMIA

Prof. Ludgard Ricci

12/04/2023 1Prof. Ludgard Ricci

Page 2: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

MODELOS MACROECONÔMICO

S

12/04/2023 2Prof. Ludgard Ricci

Page 3: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

• Macroeconomia clássica:

confiança nos mecanismos auto-

regulares do mercado.

• Macroeconomia Keynesiana:

justifica a aplicação ativa de

instrumentos corretivos de

ajustamento contínuo.

MODELOS MACROECONÔMICOS

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Adam Smith – 1776 – A riqueza das Nações

Jean Baptiste Say – 1803 – Tratado de economia política

John Stuart Mill – 1848 – Princípios de economia política

Leon Walras – 1926 – Elementos de economia política pura

MACROECONOMIA CLÁSSICA

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Século XVIII – Inglaterra assume posição hegemônica na economia: eficiente, poderosa e altamente competitiva

Economia inglesa não dependia de proteções tarifárias

Prevalecia a doutrina do livre comércio entre nações, sem temor à concorrência externa

Contexto histórico

12/04/2023 5Prof. Ludgard Ricci

Page 6: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Revolução industrial e tecnológica propiciava inúmeros empreendimentos

Ampliação do grau de concorrência em todos os mercados

Novas tecnologias associadas à disponibilidade de novos bens de capital

Contexto histórico

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Page 7: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Migrações dos campos para as cidades e crescimento demográficos tornaram a oferta de mão-de-obra altamente elástica

Mudanças nos padrões de regulamentação no mercado de trabalho (maior proteção legal para os trabalhadores)

Prevaleceram as regras de mobilidade da força de trabalho e da flexibilidade das remunerações

Contexto histórico

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Page 8: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Não havia temor pela ocorrência de ondas de superprodução, que o mercado não teria condições de absorver

A flexibilidade de preços e de remunerações, decorrentes da livre concorrência e do livre mecanismos das forças de mercado, se encarregariam de fazer os ajustes na economia

Durante 150 anos, nas últimas décadas do século XVIII, durante todo o século XIX e nas três primeiras décadas do século XX, prevaleceu as idéias clássicas

Aspectos econômicos

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Page 9: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Flutuações nos ritmos dos negócios, choques de oferta e os distúrbios nos mercados financeiros eram ocasionais e temporários

Inicialmente, não ocorreram estados generalizados de quebra de bancos e empresas

Pareciam existir forças endógenas que traziam a economia de volta a um estado relativamente estável de crescimento

Enraizava-se a crença absoluta nos ideais da macroeconomia clássica.

Aspectos econômicos

12/04/2023 9Prof. Ludgard Ricci

Page 10: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Argumentos teóricos da

macroeconomia clássica

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Page 11: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Economia auto-ajustável

Crença absoluta no automatismo das forças de mercado.

Consagraram a idéia de que as forças do mercado operam no sentido de manter a economia em situação permanente de pleno emprego.

A preocupação principal desses autores foi tentar explicar por que era improvável a ocorrência de perturbações agudas e demoradas do desempenho econômico e como as anomalias temporárias eram corrigidas pelos mecanismos dos mercados livres e flexíveis.

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Page 12: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Lei de Say

“A oferta cria sua própria procura”O argumento central fundamentava-se na crença de que a produção cria,

sempre e necessariamente, mercados para todos os bens e serviços produzidos

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Page 13: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Ausência de crises de superprodução

A macroeconomia clássica descartava a ocorrência de superprodução e de alto desemprego generalizado.

Devido à flexibilidade de preços e salários, desequilíbrios parciais seriam autocorrigidos, ao mesmo tempo em que possíveis vazamentos de rendimentos poupados seriam sempre compensados por iguais volumes de investimentos.

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Jean-Baptiste Say

“A produção é que propicia mercados aos produtos. Se um produtor de tecidos disser que não são outros produtos que ele pede em troca do seu, mas

moeda, será fácil provar-lhe que seu comprador estará em condições de pagá-lo em moeda pelas mercadorias que, por sua vez, for capaz de vender...

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Jean-Baptiste Say

“...Os agricultores comprarão mais tecidos se suas colheitas forem boas e comprarão tanto mais quanto tiverem produzido; não comprarão nada se não

produzirem nada. A conseqüência que daí se extrai é que, em qualquer nação, quanto mais os produtores são numerosos e as produções multiplicadas, tanto

mais os mercados serão amplos e variados...

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Jean-Baptiste Say

“...Cada produtor deseja vender os seus produtos. E, realizadas as vendas, todos se desfazem da moeda que elas proporcionaram, procurando por outros

produtos. A moeda serve de ligação entre a troca de um produto por outro. Mas os produtos é que criam mercados para outros produtos”.

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Page 17: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

John Stuart Mill

“O que constitui os meios de pagamentos

das mercadorias são as próprias mercadorias. Os meios de que cada

pessoa dispõe para adquirir a produção de

outras pessoas consistem nos bens

que ela própria produziu...

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Page 18: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

John Stuart Mill

“...Todos os vendedores são,

inevitavelmente e ex vi termini,

compradores. Se pudéssemos duplicar

repentinamente as forças de produção

de um país e dobrar a oferta de mercadorias

em todos os mercados,

duplicaríamos ao mesmo tempo o poder aquisitivo.

...A sociedade poderia comprar

o dobro, pois teria duas vezes

mais para oferecer em

troca. Estariam simultaneamente duplicadas a

oferta e a procura”.

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Page 19: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

No modelo clássico, as forças de mercado tendem a equilibrar a economia a pleno

emprego.

Não existem recursos econômicos involuntariamente ociosos.

O emprego da mão-de-obra e dos bens de capital é “sempre” integral e permanente.

Equilíbrio com pleno emprego

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Page 20: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

A lógica da livre concorrência provocará uma transferência espontânea de recursos entre as atividades com oferta excedente e insuficiente.

Autocorreção de desequilíbrios

parciais

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Page 21: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

1. Uma adaptação estrutural da produção.

2. Ajustes nos preços e nas remunerações das cadeias produtivas afetadas.

Autocorreção de desequilíbrios

parciais

12/04/2023 21Prof. Ludgard Ricci

Page 22: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Na macroeconomi

a clássi

ca, está implícita a idéia de

que a empresa se

move pelo princí

pio da

maximização do

lucro.

Os salários reais

efetivamente pagos

pelos empresários serão então

iguais à produtividade marginal da mão-de-

obra.

Flexibilidade de preços e

remunerações

12/04/2023 22Prof. Ludgard Ricci

Page 23: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Dessa forma, os salários reais flexibilizam-se para “mais” e para “menos” em

função das condições prevalecentes no mercado

de produtos finais e de fatores de produção.

Os preços dos bens produzidos e os resultados econômicos é que definem

os salários reais.

Flexibilidade de preços e

remunerações

12/04/2023 23Prof. Ludgard Ricci

Page 24: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Nesse modelo, a procura por moeda

atende apenas a finalidades

transacionais e a oferta monetária, exógena, tende a ajustar-se a essas

necessidades.

Eventuais desajustes no setor monetário, caso ocorram, não

afetarão o desempenho do setor

real da economia, ficando limitados a variações nominais.

Desse modo, são os preços que se

movimentam (fluxo monetário) e não o nível de emprego

(fluxo real).

Neutralidade da moeda

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Page 25: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Na macroeconomia clássica, a poupança e o investimento são funções da taxa de juros.

Poupança: função direta da TJ• Se: TJ ↑, logo P ↑• Se: TJ ↓, logo P ↓

Investimentos: função inversa da TJ• Se: TJ ↑, logo I ↓• Se: TJ ↓, logo I ↑

Igualdade entre poupança e

investimento

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Page 26: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Quando a taxa de juros aumenta, os agentes econômicos se dispõem a aumentar o nível de

suas poupanças, reduzindo o consumo corrente.

A taxa de juros é uma variável real utilizada como um prêmio pelo adiamento do consumo.

Igualdade entre poupança e

investimento

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Page 27: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Em relação aos

investimentos, os

empresários só decidirão investir mais se os juros

caírem.

Os juros altos são um fator de

desestímulo para os empresários investirem, dado

que a produtividade marginal do

capital é decrescente.

Igualdade entre poupança e

investimento

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Page 28: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

Harmonizando esses interesses opostos, o livre jogo das forças de mercado conduzirá sempre à igualdade entre

poupança e investimentos, dada por uma taxa de juros de equilíbrio.

Igualdade entre poupança e

investimento

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Page 29: MACROECONOMIA - Modelos Macroeconômicos - aula 02.01

FIM

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