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TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO II INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS Profª. Carolina D’Oliveira, Esp. Eng. Civil CEULP/ULBRA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

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Aula de instalações hidráulicas

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  • TECNOLOGIA DA CONSTRUO IIINSTALAES HIDRULICAS

    Prof. Carolina DOliveira, Esp.

    Eng. Civil

    CEULP/ULBRA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

  • Normas Tcnicas ABNT

    NBR-05626. Instalaes Prediais de gua Fria. Procedimento.

    NBR-07198. Projeto e Execuo de Instalaes Prediais de gua Quente. Procedimento.

    NBR-7229. Construo e Instalao de Fossas Spticas e Disposio dos Efluentes Finais. Procedimento.

    NBR-08160. Instalaes Prediais de Esgotos Sanitrios. Procedimento.

    NBR-10844. Instalaes Prediais de guas Pluviais.

    NBR-13531. Elaborao de Projetos de Edificaes. Atividades Tcnicas. Procedimento.

    NBR-13532. Elaborao de Projetos de Edificaes Arquitetura. Procedimento.

    NB-00024. Instalaes Hidrulicas Prediais Contra Incndio Sob Comando. Especificao.

    NB-00891. Execuo de Redes Prediais de Gases Combustveis para Uso Domstico. Procedimento.

    NB-00953. Uso de Centrais de GLP. Procedimento.

    NB-00966. Sistema de Combate a Incndio por Espuma. Procedimento.

  • Introduo

    A instalao predial de esgotos tem a finalidade de encaminhar guas servidas, para fins higinicos, a lugares adequados, afastando-as da edificao. Para tanto, faz uso de aparelhos sanitrios, tubulaes e outros dispositivos, que devem realizar este trabalho de forma eficaz.

  • Consideraes

    rpido escoamento dos esgotos,

    fceis desobstrues,

    evitar vazamento e escapamentos,

    impedir a poluio da gua potvel, (o que se pode conseguir com a correta utilizao e com o dimensionamento apropriado de tubulaes, conexes, assim como os outros componentes do sistema de esgoto).

    passagem de gases e animais para o interior da edificao, (facilmente resolvido com o uso de sifo e fecho hdrico).

  • Etapas do projeto hidrulico

    planejamento,

    dimensionamento,

    desenhos e memorial descritivo.

    A instalao do sistema de esgoto depende do tipo de edificao que o receber.

    A complexidade de um projeto arquitetnico pode interferir nas definies do projeto de hidrulica, assim como o contrrio tambm ocorre.

  • Edificaes Especficas Escolas - localizar os componentes do sistema fora da rea de uso para facilitar inspeo e manuteno. Utilizar solues padronizadas para diminuir os custos.

    Hospitais - afastar as caixas do sistema da rea de uso do ambiente tambm para facilitar a manuteno e inspeo e garantir as condies de assepsia.

    Estdios e Sanitrios pblicos - Embutir tubulaes para evitar vandalismos.

    Conjuntos Habitacionais - adotar solues padronizadas tambm com o motivo de reduo de custos.

  • Outro grave condicionante arquitetnico gerado pela instalao de esgoto sanitrio e nas instalaes hidrulicas em geral o rudo nas tubulaes, causados por defeitos na tubulao ou mesmo pelo seu funcionamento normal, que so inevitveis.

    Por isso, o projeto arquitetnico deve pensar maneiras de solucionar este problema.

    O que pode ser feito com a distribuio correta dos cmodos, utilizao de materiais resistentes nas paredes onde h tubulaes embutidas, etc.

  • O destino do esgoto sanitrio, deveria ser um sistema pblico, onde a gua poluda seria tratada, evitando danos natureza.

    Mas, como isso nem sempre acontece, algumas solues so adotadas, para se evitar a exposio de esgoto a cu aberto.

    A soluo mais conhecida a fossa sptica.

    Esta fossa um recipiente onde o lquido proveniente do esgoto sofre decantao, com a retirada desta parte slida que se acomoda no fundo da fossa, a parte lquida desse esgoto, que menos poluente, facilmente filtrada pelo solo.

  • Partes da instalao de esgoto

  • Instalao primria de esgoto Conjunto de tubulaes e dispositivos que tm acesso os gases provenientes do coletor pblico ou da fossa.

    Coletor predial tubulao entre a ltima insero de subcoletor, ramal de esgoto ou de descarga e o coletor pblico ou fossa.

    Subcoletor tubulao que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto.

    Caixas de inspeo destinada a permitir a inspeo, limpeza e desobstruo das tubulaes.

    Tubo de queda tubulao vertical, existente nos prdios de dois ou mais andares, que recebe os efluentes dos ramais de esgoto e dos ramais de descarga.

  • Instalao primria de esgoto Ramal de descarga tubulao que recebe diretamente efluentes de aparelhos sanitrios.

    Ramal de esgoto tubulao que recebe efluentes de ramais de descarga.

    Tubos ventiladores so tubos destinados a possibilitar o escoamento de ar da atmosfera para o interior da instalao de esgoto e vice-versa, com a finalidade de proteg-la contra possveis rupturas dos fechos hdricos dos conectores (caixas sifonadas, vasos sanitrios), e devendo ultrapassar o telhado em no mnimo 30 cm.

    Desconectores dispositivo provido de fecho hdrico destinado a vedar a passagem dos gases ao ambiente. Compreendem os ralos sifonados, os sifes, as caixas sifonadas e as caixas retentoras, os quais separam os esgotos primrios dos esgotos secundrios.

  • Instalao secundria de esgoto

    Conjunto de tubulaes e dispositivos onde no tm acesso gases provenientes do coletor pblico ou da fossa.

    So os ramais dos aparelhos ou conjuntos de aparelhos, com exceo de vasos sanitrios e mictrios.

    Tambm fazem parte desta instalao os tubos de esgotamento de pias de cozinha (tubos de gordura), de tanques e de mquinas de lavar roupa.

  • Sifo Sifo o aparelho separador destinado a impedir a passagem dos gases do interior das tubulaes para o ambiente sanitrio.

    Este impedimento possvel quando o sifo dotado de fecho hdrico, que consiste na camada lquida que veda a passagem dos gases.

  • Sifo Alguns fenmenos podem afetar o bom funcionamento do fecho hdrico dos sifes. Estes fenmenos so:

    Sifonagem conjunto de fenmenos que determinam a reduo total ou parcial da coluna dgua em um sifo;

    Evaporao funo do perodo de uso dos aparelhos sanitrios; da velocidade de evaporao da gua; e das caractersticas do local e da rea de exposio.

    Presso positiva ao de descargas simples ou combinadas que geram presso positiva nos fechos hdricos ligados a trechos de tubulao prximos a mudanas de direo do tubo de queda.

  • Sifo Auto sifonagem reduo do fecho hdrico pelo escoamento do aparelho sanitrio atravs do sifo.

  • Sifo

    Sifonagem induzida ao de descargas simples ou combinadas nos fechos hdricos dos aparelhos no utilizados durante estas descargas.

  • Ventilao sanitria

    As instalaes de esgoto devem ser apropriadamente ventiladas, a fim de que os gases emanados dos coletores sejam encaminhados convenientemente para a atmosfera, acima das coberturas, sem a menor possibilidade de entrarem no ambiente interno dos edifcios, e tambm para evitar a ruptura do fecho hdrico dos desconectores, por aspirao ou compresso.

  • Ventilao sanitria O sistema de ventilao formado pelos seguintes elementos:

    Coluna de ventilao (CV): a coluna vertical destinada a ventilao dos desconectores situados em pavimentos superpostos. A extremidade superior aberta atmosfera, ou ligados ao tubo ventilador primrio ou ao barrilete de ventilao.

    Ramal de ventilao (RV): o tubo ventilador interligando o desconector ou ramal de descarga ou de esgoto de um ou mais aparelhos sanitrios a uma coluna de ventilao ou a um ventilador primrio.

  • Ventilao sanitria

    Tubo ventilador primrio (VP): o tubo ventilador em prolongamento do tubo de queda acima do ramal mais alto a ele ligado, tendo uma extremidade aberta situada acima da cobertura do prdio.

    Tubo ventilador (TV): a tubulao ascendente destinada a permitir o acesso de ar atmosfrico ao interior das canalizaes de esgotos e a sada dos gases dessas canalizaes, bem como impedir a ruptura do fecho hdrico dos desconectores.

  • Ventilao sanitria

    Tubo ventilador secundrio (VSe): o tubo ventilador tendo a extremidade superior ligada a um tubo ventilador primrio, a uma coluna de ventilao ou a outro tubo ventilador secundrio.

    Tubo ventilador individual (VI): o tubo ventilador secundrio ligado ao desconector ou ao ramal de descarga de um aparelho sanitrio.

  • Ventilao sanitria

    A ventilao da instalao predial de esgotos primrios feita, de modo geral, da seguinte maneira:

    Em prdios de um s pavimento, por, pelo menos, um tubo ventilador primrio de 100mm ligado diretamente caixa de inspeo, ou junto com o coletor predial, subcoletor ou ramal de descarga de um vaso sanitrio prolongado acima da cobertura do prdio; se o prdio for residencial e tiver, no mximo, trs vasos, o tubo ventilador pode ter dimetro de 75 mm;

  • Ventilao sanitria

    Em prdios de dois ou mais pavimentos, os tubos de queda sero prolongados at acima da cobertura, sendo que todos os desconectores (vasos sanitrios sifonados, sifes, ralos e caixas sifonadas) sero providos de ventiladores individuais ligados coluna de ventilao

  • Ventilao sanitria

    Ventilao em circuito (VC) adotada quando os vasos sanitrios, instalados em srie ou bateria, so do tipo auto-sifonado, devendo-se ligar a coluna de ventilao ao ramal de esgoto na regio entre o ltimo e penltimo VS.

  • Ventilao sanitria

    O tubo ventilador primrio e a coluna de ventilao devero ser instalados verticalmente e, sempre que possvel, em um nico alinhamento (reto).

    O trecho que fica acima da cobertura do edifcio dever medir, no mnimo: 30 cm no caso de telhado ou simples laje de cobertura; 2,0 m nos casos de lajes utilizadas para outros fins, alm de cobertura.

    A extremidade aberta de um tubo ventilador situado a menos de 4,0 m de distncia de qualquer janela, mezanino ou porta, dever elevar-se pelo menos 1,0 m acima da respectiva verga.

  • Ventilao sanitria

    A ligao de um tubo ventilador a uma canalizao horizontal dever ser feita, sempre que possvel, acima do eixo da tubulao, elevando-se o tubo ventilador verticalmente, ou com o desvio mximo da gua no mais alto dos aparelhos servidos, antes de desenvolver-se horizontalmente ou ligado a outro tubo ventilador.

    Nas passagens dos ventiladores pelas coberturas (telhas), devero ser previstas telhas de chapa metlica para prevenir contra a infiltrao de gua de chuva ao longo do tubo ventilador.

  • Materiais - tubos

    Tubos e conexes

    Os tubos e conexes podem ser de ferro fundido, de ao galvanizado, de chumbo, cermica vitrificada, cimento-amianto e PVC.

    PVC

    Os tubos de PVC para esgotos so fabricados nos seguintes tipos:

    Ponta e bolsa: nos dimetros de 50, 75 e 100 mm, em comprimentos de 1, 2 e 3 m;

    Pontas lisas (sem bolsas), com comprimento de 6m.

    So comumente empregados nas instalaes de esgotos primrios, secundrios e ventilao

  • Materiais - tubos

  • Materiais - tubos Ferro fundido

    Os tubos e conexes de ferro fundido so usados enterrados ou ao longo de paredes, ou sobre suportes para garantir um perfeito alinhamento.

    So fornecidos com revestimento betuminoso, tinta asfltica e tinta epxi.

    Aparelhos sanitrios

    So aparelhos conectados instalao predial e destinados ao uso da gua para fins higinicos, ou a receber dejetos e guas servidas.

    Incluem-se, neste ltimo caso, os vasos sanitrios e os mictrios, os quais so feitos de material cermico-vitrificado.

  • Materiais vasos sanitrios Vasos sanitrios (bacias sanitrias): so aparelhos sanitrios dotados de fecho hdrico e que recebem dejetos humanos.

    Podem ser de dois tipos:

    Comuns ou no aspirantes se caracterizam por obter o arrastamento dos despejos somente pela ao da gua de lavagem. Podem ser de sifo externo e de sifo interno.

  • Materiais vasos sanitrios

    Auto-aspirantes ou auto-sifonado:

    Se caracterizam por obter o arrastamento dos despejos pela ao da gua de lavagem e por uma aspirao ocasionada pela disposio de canais internos ao vaso, no possuindo abertura para ligao de tubo ventilador.

    Podem ser com canal dianteiro e com canal posterior.

  • Materiais vasos sanitrios

    Os vasos sanitrios auto-sifonados so de construo simples, com passagens internas mais amplas, reduzindo a possibilidade de bloqueio, no caso de uso inadequado. Tm um fecho hdrico mais profundo do que o dos vasos comuns, dispensando a ventilao externa.

  • Materiais - mictrios

    Para uso individual neste caso, existe o tipo parede, que pode ser de loua, ferro fundido esmaltado ou ao inoxidvel, e o tipo pedestal, que pode ser de loua.

    Mictrios podem ser de duas categorias:

  • Materiais - mictrios

    Para uso coletivo so calhas feitas de ao inoxidvel, ou canaletas de alvenaria revestidas com material resistente urina, como a cermica grs vitrificada ou azulejos. instalado em fbricas, restaurante de categoria discutvel e em outras instalaes modestas.

  • Materiais aparelhos de descargaSo aparelhos para os vasos sanitrios e podem ser dos seguintes tipos,

    abaixo indicados: Caixa de descarga

    Pode ser de ferro fundido, pintada ou esmaltada, porcelana vitrificada, ou cimento-amianto plstico reforado.

    Deve ter um dispositivo sifnico, para intensificar a descarga ou a ligao direta pelo fundo do tubo que leva a gua para o vaso sanitrio, e uma capacidade de 10 a 12 litros, no mnimo.

    Existem caixas de descarga de formato achatado, de cimento-amianto, que se adaptam parede, com o fundo a uma altura acima do piso igual a 1,25 ou at 1,65 m.

  • Materiais aparelhos de descarga

    Caixa embutida uma caixa de espessura tal que possa ser colocada no interior da alvenaria (110 mm). fabricada em cimento-amianto e o sistema de

    alimentao tambm embutido. A descarga acionada por meio de um boto que, apertado, desloca uma alavanca, elevando um obturador que veda a sada de gua ao vaso, permitindo que essa escoe . A caixa colocada com sua parte inferior a, pelo

    menos, 0,75 m do piso.

  • Materiais aparelhos de descarga

  • Materiais aparelhos de descarga

    Caixa Silenciosa uma caixa externa parede, adaptada ao vaso sanitrio, altura do bordo superior do vaso ou parede, cerca de 50 cm acima do piso. A capacidade mnima de 15 litros, podendo ser de porcelana vitrificada ou de cimento amianto. Para reduzir o rudo da gua ao entrar na caixa, o tubo G de alimentao da caixa mergulha na gua .

  • Materiais aparelhos de descarga

    Vlvula de descarga uma vlvula de acionamento por boto, placa ou alavanca, de fechamento automtico, instalada no sub-ramal de alimentao de bacias sanitrias ou de mictrios, destinada a permitir a limpeza dessas peas utilizando gua.

  • Materiais sistemas coletores dos despejos

    Os despejos de lavatrios, bids, banheiras, chuveiros e tanques de lavagem so coletados por coletores colocados em andar trreo e instalados em posies adequadas.

    Estes coletores so ralos sifonados com grelha, ligados, sempre que possvel, diretamente a uma caixa de inspeo, ou, ento, em juno com uma canalizao primria.

  • Materiais sistemas coletores dos despejos

    Sifes - Podem ser feitos de chumbo, ferro fundido, ferro malevel, cobre, bronze, lato, cimentoamianto, cermica vidrada ou concreto e devem ter fecho hdrico independente de partes mveis ou de divises internas, com altura entre 50 e 100 mm.

  • Materiais sistemas coletores dos despejos

    Ralos sifonados e caixas sifonadas

    So equipamentos que possuem um septo que forma um fecho hdrico.

    A desobstruo dos mesmos se faz por uma tampa removvel no interior do ralo.

    Recebem gua de lavagem do piso e afluentes da instalao de esgoto secundrio dos aparelhos, com exceo do vaso sanitrio, de um mesmo pavimento, fazendo parte do esgoto primrio.

    So fabricados em lato, cobre, ferro fundido, PVC, fibrocimento, cermica vitrificada e concreto.

  • Materiais sistemas coletores dos despejos

  • Materiais sistemas coletores dos despejos

    Ralo seco

    No possui sifo e utilizado para coleta de gua de terrao ou reas de servio, permitindo um rpido escoamento das guas.

    Pode ser em cermica vidrada, concreto ou alvenaria revestidos e impermeabilizados internamente, cimento-amianto, ferro fundido, ferro malevel, cobre, bronze, lato e PVC, devendo ter um orifcio de sada com dimetro, no mnimo, igual ao do ramal de descarga correspondente.

    A grelha pode ser de ferro fundido, cobre, bronze, lato ou material igualmente resistente, fixa, mas de fcil remoo.

  • Materiais sistemas coletores dos despejos

  • Materiais sistemas coletores dos despejos

    Esgotos de gordura

    Os despejos domsticos que contiverem resduos gordurosos, provenientes das pias de copas e cozinhas, so conduzidos para caixas de gordura. Estas caixas evitam o depsito de gordura nas paredes internas da tubulao, provocando a diminuio do dimetro da mesma.

    Em geral, as caixas de gordura so instaladas nas reas descobertas do andar trreo, internas ou externas, nas garagens dos edifcios ou, excepcionalmente, nas passagens ou recuo do prdio. desaconselhvel instal-la nas prprias cozinhas dos apartamentos, devido aos problemas de falta de higiene que acarreta.

  • Materiais sistemas coletores dos despejos

  • Materiais sistemas coletores dos despejos

    Em andares superpostos, as pias de cozinha devem descarregar em tubo de queda de ferro fundido, revestido internamente de tinta de base epxi, que conduzir os despejos para as caixas de gordura.

    As caixas de gordura podem ser construdas em concreto, alvenaria de tijolos ou ferro fundido, sendo hermeticamente fechadas com tampa de ferro removvel. Elas podem ser: Pequena, cilndrica, para uso em apenas uma pia de cozinha residencial;

    Simples, cilndrica, para uso em uma ou duas pias de cozinha;

    Dupla, cilndrica, para uso em 2 a 12 pias de cozinha;

    Especial, prismtica, de base retangular, para uso acima de 12 pias de cozinhas, ou ainda para cozinhas de restaurantes, escolas, hospitais, quartis, etc.

  • Materiais ramais de descarga

    Podem ser executados em tubos de ferro galvanizado, ferro fundido ou PVC.

    Os ramais de descarga de lavatrios, banheiros, bids, ralos e tanques podem inserir-se em desconector; as pias em caixas de gordura ou tubo de queda em caixas de gordura.

    Bacias sanitrias, mictrios e pias de despejo em canalizao primria ou caixa de inspeo, devendo sempre ter incio em sifo com o fecho hdrico devidamente protegido.

    Adotam-se para ramais de descargas os dimetros mnimos indicados na tabela e fixando a declividade mnima de 2 % nos trechos horizontais.

  • Materiais ramais de descarga

  • Materiais ramais de esgoto

    Todos os ramais de esgoto devem comear em desconector, sifo sanitrio ou caixa sifonada.

    Podero ser executados em tubos de barro vidrado, ferro fundido, ferro galvanizado ou PVC rgido.

    Quando executados sobre lajes de concreto armado, que dever ter um rebaixo de 30 cm para melhor execuo, os ramais de esgoto podero ser de ferro fundido (40 mm), ferro galvanizado (40 mm) ou em PVC rgido (40 mm).

  • Materiais ramais de esgoto

    Quando enterrados (pavimento trreo), sero de barro vidrado com dimetro mnimo de 75 mm.

    Os ramais de esgoto que receberem efluentes de mictrio, no podero ser ligados caixa sifonada.

    Adotam-se os dimetros mnimos, para os ramais de esgoto, mostrados na tabela, com as respectivas declividades mnimas.

  • Materiais ramais de esgoto

  • Materiais tubos de queda

    Os tubos de queda devero ser verticais e, se possvel, com uma nica prumada.

    Havendo necessidade de mudana de prumada, usam-se conexes de raio longo, devendo ser prevista inspeo com visita, com tubo radial na extremidade inferior do tubo de queda.

    Todo tubo de queda deve prolongar-se verticalmente, at acima da cobertura, constituindo-se um ventilador primrio.

  • Materiais tubos de queda

    Podero ser executados em tubos de ferro fundido ou PVC rgido.

    Nenhum tubo de queda poder ter dimetro inferior ao da maior canalizao a ele ligado, exigindo-se um dimetro mnimo de 100 mm para as canalizaes que recebem despejos de bacias sanitrias.

  • Materiais ramais de descarga

  • Fossas spticas

    As fossas spticas so unidades de tratamento primrio de esgotos domsticos que detm os despejos por um perodo que permita a decantao dos slidos e a reteno do material graxo, transformando-os em compostos estveis.

    Elas permitem exclusivamente a separao entre os materiais slidos e os lquidos, tornando-os menos poludos.

    Estas fossas so usadas em reas no favorecidas por redes de esgotos pblicos.

  • Fossas spticas

    Esse tipo de fossa nada mais do que um tanque enterrado que recebe os esgotos (dejetos e guas servidas), retm a parte slida e inicia o processo biolgico de purificao da parte lquida (efluente).

    Mas preciso que esses efluentes sejam infiltrados no solo para completar o processo biolgico de purificao e eliminar os riscos de contaminao.

  • Fossas spticas

    As fossa spticas no devem ficar muito perto das moradias (par evitar mau cheiro) nem muito longe (para evitar tubulaes muito longas, que so mais caras e exigem fossas mais profundas, devido ao caimento da tubulao).

    A distncia recomendada 15 m. Elas devem ser construdas ao lado do banheiro, para evitar curvas nas canalizaes.

    Tambm devem ficar num nvel mais baixo do terreno e longe de poos ou de qualquer outra fonte de captao de gua (no mnimo, a 30 m de distncia), para evitar contaminaes, no caso de um eventual vazamento.

  • Fossas spticas

    O tamanho da fossa sptica depende do nmero de pessoas da moradia.

    Ela dimensionada em funo de um consumo mdio de 200 litros de gua por pessoa, por dia. Sua capacidade, entretanto, nunca deve ser inferior a 1000 litros.

    A norma prev o emprego dos seguintes tipos de fossas spticas:

  • Fossas spticas

    De cmaras sobrepostas so aquelas em que osdespejos e o lodo digerido so separados em cmarasdistintas, nas quais se processam, independentemente, osfenmenos de decantao e digesto.

  • Fossas spticas

    De cmara nica so as constitudas de um s compartimento, no qual se processam, conjuntamente, os fenmenos de decantao e digesto.

  • Fossas spticas

    De cmaras em srie so as constitudas de dois ou mais compartimentos interligados, nos quais se processam, conjuntamente, os fenmenos de decantao e digesto.

    Elas podem ser pr-moldadas ou feitas no prprio local.

  • Fossas spticas pr-moldadas

    As fossas spticas pr-moldadas podem ser adquiridas diretamente dos seus fabricantes, os quais tambm do cotaes sobre a sua montagem no local.

    Ao compr-las, sempre d preferncia quelas fabricadas segundo as Normas Tcnicas Brasileiras, pois as que no seguem essas normas no funcionam bem.

  • Fossas spticas pr-moldadas

    Elas tm formato cilndrico e so encontradas, no mercado, em dois tipos, independentemente de sua capacidade:

    Inteirias, as quais so constitudas de uma nica pea;

    De anis, com encaixes tipo macho e fmea, para sobreposio.

  • Fossas spticas pr-moldadas

    A instalao de uma fossa sptica pr-moldada comea pela escavao do buraco onde ela vai ficar enterrada no terreno; em seguida, o fundo do buraco deve ser compactado, nivelado e coberto com uma camada de 5 cm de concreto magro.

    Nas fossas de anis sobrepostos, preciso fazer uma laje de 7 cm de concreto armado no fundo do buraco, sobre a camada de concreto magro.

    Finalmente, a fossa pr-moldada colocada no lugar.

  • Fossas spticas pr-moldadas

    A tubulao que liga a caixa de inspeo (da rede de esgoto da moradia) fossa sptica deve ter um caimento de 2 %, no mnimo, ou seja, 2 cm por metro de tubulao.

    Para tanto, o topo do buraco da fossa dever ficar num nvel inferior ao da sada da caixa de inspeo.

  • Fossas spticas feitas no local

    As fossas spticas feitas no local tm formato retangular, sendo que para um bom funcionamento, elas devem ter as seguintes dimenses:

  • Fossas spticas feitas no local

    A execuo desse tipo de fossa tambm comea pela escavao do buraco, onde a fossa vai ficar enterrada no terreno; o fundo do buraco deve ser compactado, nivelado e coberto com uma camada de 5 cm de concreto magro; faz-se uma laje de concreto armado de 7cm de espessura.

    Uma maneira fcil e econmica de construir esse tipo de fossa usar blocos de concreto e placas pr-moldadas de concreto.

  • Fossas spticas feitas no local

    As paredes feitas com blocos de concreto tm de 15 cm ou de 20 cm de largura.

    Durante a execuo da alvenaria, j devem ser colocados os tubos de limpeza (esgotamento), de entrada e de sada da fossa e deixadas ranhuras para encaixe das placas de separao das cmaras.

  • Fossas spticas feitas no local

    As paredes internas da fossa devem ser revestidas com argamassas base de cimento.

    As paredes internas das cmaras (chicanas) e a tampa da fossa so feitas com placas prmoldadas de concreto.

    Para a separao das cmaras, so necessrias cinco placas: duas de entrada e trs de sada, tendo cada uma 4 cm de espessura e armadura em forma de tela.

    A tampa subdividida em duas ou mais placas, dependendo do tamanho da fossa para facilitar sua execuo e at a sua remoo, em caso de necessidade.

  • Fossas spticas feitas no local

    Essas placas tm 5 cm de espessura e a sua armadura tambm feita em forma de tela.

    A concretagem das placas deve ser feita sobre uma superfcie bem lisa, revestida de papel, para evitar a aderncia do concreto ao piso onde feita a concretagem, uma vez que as frmas no tm o painel de fundo.

    As placas prontas das chicanas so encaixadas nas ranhuras deixadas nas paredes da fossa. As da tampa so simplesmente apoiadas sobre as paredes da fossa.

  • Ligao de rede de esgoto fossa

    A rede de esgoto da moradia deve passar inicialmente por uma caixa de inspeo, que serve para fazer a manuteno peridica da tubulao, facilitando o desentupimento, em caso de necessidade.

  • Ligao de rede de esgoto fossa

    Essa caixa de inspeo deve ter 60 cm x 60 cm e profundidade de 50 cm, devendo ser construda a cerca de 2 m de distncia da casa, num buraco de 1 m x 1 m, com profundidade de 0,5 m a 1 m. O fundo desse buraco deve ser bem compactado e receber uma camada de concreto magro. As paredes da caixa podem ser feitas com blocos de concreto de 10 cm de largura. O fundo e as paredes dessa caixa devem ser revestidos com uma argamassa base de cimento..

  • Ligao de rede de esgoto fossa

    A caixa de inspeo coberta com uma placa pr-moldada de concreto com 5 cm de espessura.

    A ligao da rede de esgoto da moradia fossa sptica deve ser feita com tubos de 10 cm de dimetro, assentados numa valeta e bem unidos entre si.

    O fundo da valeta deve ter caimento de 2%, no sentido da caixa de inspeo para a fossa sptica, ser bem nivelado e compactado

  • Distribuio dos efluentes no solo

    H duas maneiras de distribuir os efluentes no solo: por valetas de infiltrao e sumidouros. A escolha entre um e outro vai depender do tipo do solo (mais poroso ou menos poroso) e dos recursos disponveis para a sua execuo.

    Valas de infiltrao

    Sumidouro

  • Valas de infiltrao

    Esse sistema consiste na escavao de uma ou mais valetas, onde so colocados tubos que permitem, ao longo do seu comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes das fossas spticas.

  • Valas de infiltrao

    O comprimento total das linhas de tubos depende do tipo de solo e da quantidade de efluente a ser tratada.

    Em terrenos mais porosos (como arenosos), 8 m de tubos por pessoa so suficientes.

    Em terrenos menos porosos (como os argilosos), so necessrios 12 m de tubo por pessoa.

    Entretanto, para um bom funcionamento do sistema, cada linha de tubos no deve ter mais que 30 m de comprimento.

  • Valas de infiltrao

    Quando o terreno no permite a construo das valetas nas quantidades e nos comprimentos necessrios, pode ser feito um nmero maior de ramificaes de comprimentos menores.

    o caso da ocorrncia de obstculos (uma rvore ou rocha) ou da inexistncia de espao suficiente (limite da propriedade).

    Os tubos devem ter 10 cm de dimetro e serem assentados sobre uma camada de 10 cm de pedra britada ou cascalho, colocadas no fundo das valetas de infiltrao.

    Os quatro primeiros tubos que saem da fossa devem ser unidos entre si.

  • Valas de infiltrao

    Entre os demais tubos, deve ser deixado um espao de 0,5 cm, a fim de permitir o vazamento do efluente medida que ele desce pelos tubos.

    Junto a esses espaos, os tubos devem ser cobertos, apenas na parte de cima, com um pedao de lona plstica ou outro material impermevel, para evitar a entrada de terra na tubulao.

    Em seguida, as valetas so fechadas com uma camada de brita, at meia altura e o restante com o prprio solo.

    Nos entroncamentos ou ramificaes de tubos, recomendvel o uso de caixas de distribuio.

  • Sumidouro

    O sumidouro um poo, sem laje de fundo, que permite a penetrao do efluente da fossa sptica no solo, atravs de suas paredes. O dimetro e a profundidade dos sumidouros depende das quantidades de efluentes e do tipo de solo. Mas no devem ter menos do que 1 m de dimetro e mais do que 3 m de profundidade.

  • Sumidouro

    Os sumidouros podem ser feitos com blocos de concreto ou com anis pr-moldados de concreto.

    A construo de um sumidouro comea pela escavao do buraco no local escolhido, a cerca de 3 m da fossa sptica e num nvel um pouco mais baixo, para facilitar o escoamento dos efluentes por gravidade.

    A profundidade do buraco deve ser 80 cm maior do que a altura final do sumidouro.

  • Sumidouro

    recomendvel que o dimetro dos sumidouros com paredes de blocos de concreto no seja inferior a 1,5 m, para facilitar o assentamento.

    Os blocos s podem se assentados com argamassa de cimento e areia nas juntas horizontais.

    As juntas verticais no devem receber argamassa de assentamento, para facilitar o escoamento dos efluentes.

  • Sumidouro

    Se as paredes forem feitas com anis pr-moldados de concreto, eles devem ser apenas colocados uns sobre os outros, sem nenhum rejuntamento, para permitir o escoamento dos efluentes.

    A laje ou tampa dos sumidouros pode ser feita com uma ou mais placas de concreto.

    Elas podem ser executadas no prprio local ou adquiridas diretamente dos fabricantes de pr-moldados ou artefatos de cimento da regio.