aula 06 - direito tributário

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA O ASSISTENTE TÉCNICO- ADMINISTRATIVO (ATA) DO MINISTÉRIO DA FAZENDA 1 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br PROFESSOR EDVALDO NILO PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA O ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO (ATA) DO MINISTÉRIO DA FAZENDA – CONHECIMENTOS BÁSICOS DE DIREITO TRIBUTÁRIO - AULA 6 – EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Olá, amigos (as). A aula de hoje é continuação da aula anterior e vamos tratar especificadamente dos arts. 156 a 174 do CTN. Então, vamos lá. 3. Extinção do crédito tributário: 3.1 Pagamento: 3.1.1 Juros de mora, multa de mora e correção monetária; 3.1.2 Imputação de pagamento; 3.1.3 Consignação em pagamento; 3.2 Compensação; 3.3 Transação; 3.4 Remissão; 3.5 Conversão do depósito em renda; 3.6 Decisão administrativa irreformável; 3.7 Decisão judicial passada em julgado; 3.8 Dação em pagamento de bens imóveis; 3.9 Pagamento antecipado e homologação do pagamento; 3.10 Decadência e prescrição: 3.10.1 Decadência ou prazos para o lançamento tributário: 3.10.1.1 Gráfico esquemático; 3.10.2 Prescrição: 3.10.2.1 Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas; 3.10.2.2 Lei de Execução Fiscal (Lei 6.830/80); 3.10.2.3 Inexistência da prescrição intercorrente no processo administrativo; 3.10.2.4 Gráfico esquemático. 3. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO A extinção do crédito tributário, ao contrário da suspensão da exigibilidade do crédito tributário, resolve a relação jurídico-tributária. Isto é, as hipóteses de extinção do crédito tributário não só impedem a cobrança do crédito tributário, mas também liberam definitivamente o sujeito passivo de qualquer relação de dívida com o fisco. Assim, as hipóteses de extinção do crédito tributário também devem ter previsão legal (art. 97, VI, CTN). Nesse rumo, a doutrina separa duas formas de extinção do crédito tributário, que é a forma

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PROFESSOR EDVALDO NILO PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS PARA O ASSISTENTE TÉCNICO-ADMINISTRATIVO (ATA) DO MINISTÉRIO DA

FAZENDA – CONHECIMENTOS BÁSICOS DE DIREITO TRIBUTÁRIO - AULA 6 – EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.

Olá, amigos (as).

A aula de hoje é continuação da aula anterior e vamos tratar especificadamente dos arts. 156 a 174 do CTN.

Então, vamos lá.

3. Extinção do crédito tributário: 3.1 Pagamento: 3.1.1 Juros de mora, multa de mora e correção monetária; 3.1.2 Imputação de pagamento; 3.1.3 Consignação em pagamento; 3.2 Compensação; 3.3 Transação; 3.4 Remissão; 3.5 Conversão do depósito em renda; 3.6 Decisão administrativa irreformável; 3.7 Decisão judicial passada em julgado; 3.8 Dação em pagamento de bens imóveis; 3.9 Pagamento antecipado e homologação do pagamento; 3.10 Decadência e prescrição: 3.10.1 Decadência ou prazos para o lançamento tributário: 3.10.1.1 Gráfico esquemático; 3.10.2 Prescrição: 3.10.2.1 Causas impeditivas, suspensivas e interruptivas; 3.10.2.2 Lei de Execução Fiscal (Lei 6.830/80); 3.10.2.3 Inexistência da prescrição intercorrente no processo administrativo; 3.10.2.4 Gráfico esquemático.

3. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

A extinção do crédito tributário, ao contrário da suspensão da exigibilidade do crédito tributário, resolve a relação jurídico-tributária. Isto é, as hipóteses de extinção do crédito tributário não só impedem a cobrança do crédito tributário, mas também liberam definitivamente o sujeito passivo de qualquer relação de dívida com o fisco.

Assim, as hipóteses de extinção do crédito tributário também devem ter previsão legal (art. 97, VI, CTN). Nesse rumo, a doutrina separa duas formas de extinção do crédito tributário, que é a forma

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direta, normal, que é o pagamento, até mesmo o pagamento por consignação; e a forma indireta, imprópria, que são as hipóteses de compensação, transação, remissão, decadência, prescrição, conversão de depósito em renda, decisão administrativa irreformável, decisão judicial passada em julgado e dação em pagamentoembens imóveis.

Por sua vez, registramos a jurisprudência do STF no sentido da possibilidade do Estado-membro estabelecer regras específicas de quitação de seus próprios créditos tributários, podendo criar nova modalidade de extinção de crédito tributário por lei estadual (ADI 2405 MC, DJ 17/02/2006). Neste sentido, o CESPE adotou como gabarito definitivo tal entendimento em 2010 em prova para juiz federal.

Contudo, ressaltamos que, em 2007, o STF julgou inconstitucional Lei distrital 1.624/97 que dispõe sobre o pagamento de débitos das microempresas, das empresas de pequeno porte e das médias empresas, mediante dação em pagamento de materiais destinados a atender a programas de Governo do DF. Deste modo, o STF compreendeu que a citada Lei viola o art. 37, XXI, da CF, uma vez que “afasta a incidência do processo licitatório, por ele exigido, para aquisição de materiais pela Administração Pública, bem como o art. 146, III, da CF, que prevê caber à lei complementar o estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária, eis que cria nova causa de extinção de crédito tributário” (ADI 1917/DF, DJ 24/08/2007).

Ademais, o STF, em 2009, também compreendeu como inconstitucional norma que estabelece hipótese de extinção do crédito tributário por transcurso de prazo para apreciação de recurso administrativo fiscal, uma vez que a extinção do crédito tributário ou do direito de constituir o crédito tributário por decurso de prazo, combinado a qualquer outro critério, corresponde à decadência, que é matéria reservada à lei complementar federal (ADI 124,DJE de 17/04/2009).

3.1 PAGAMENTO

O pagamento é a modalidade mais comum de extinção do crédito tributário, sendo regulado nos arts. 157 a 163 do CTN. O pagamento do tributo significa o cumprimento ou o adimplemento voluntário da obrigação tributária.

O pagamento do tributo é efetuado, em regra, em moeda corrente, cheque ou vale postal, mas, também, nos casos previstos

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em lei, os tributos podem ser pagos em estampilha, em papel selado ou por processo mecânico (art. 162, incs. I e II).

Assim sendo, a legislação tributária pode exigir garantias para o pagamento do tributo por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente (§1°, do art. 162). Evidenciamos que o crédito tributário pago por cheque somente deve ser considero extinto com o resgate deste pelo sacado (§2°, do art. 162).

Por sua vez, o crédito pagável em estampilha considera-se extinto com a inutilização regular daquela, ressalvado no caso do lançamento por homologação (§3°, do art. 162). Portanto, a perda ou destruição da estampilha, ou o erro no pagamento por esta modalidade, não dão direito a restituição, salvo nos casos expressamente previstos na legislação tributária, ou naquelas em que o erro seja imputável à autoridade administrativa (§4°, do art. 162). Já o pagamento em papel selado ou por processo mecânico equipara-se ao pagamento em estampilha (§5°, do art. 162).

Na prática, não existe mais o pagamento de tributo com estampilha, em papel selado ou por processo mecânico, mas cita-se porque são regras ainda vigentes no CTN.

Por outro lado, a imposição de penalidade pecuniária não exclui (“ilide”) o pagamento integral do crédito tributário (art. 157).

Com efeito, o pagamento de um crédito tributário não importa em presunção de pagamento, quando parcial, das prestações em que se decomponha e, quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos (art. 158, inc. I e II).

Assim, quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento do tributo é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo (art. 159), sendo que a legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça.

Este tipo de desconto citado é aquele que todo ano normalmente é utilizado pelo poder tributante, dando a possibilidade de desconto para o contribuinte que efetuar o pagamento antes de determinada data de vencimento do IPVA de competência estadual e distrital ou do IPTU de competência distrital e municipal.

Por sua vez, quando a legislação tributária não fixar o tempodo pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias

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depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento (art. 160 do CTN).

3.1.1 JUROS DE MORA, MULTA DE MORA, CORREÇÃO MONETÁRIA

Os juros de mora significam um percentual cobrado em cima do valor da dívida, em razão do não pagamento na data do vencimento ou pela utilização indevida do capital de terceiro.

A multa de mora é uma penalidade ou sanção tributária pecuniária por causa do atraso no cumprimento da obrigação.

Já a correção monetária corresponde a mera atualização da dívida em face do tempo. Decerto, segundo o STF, a correção monetária, em matéria fiscal, é sempre dependente de lei que a preveja, “não sendo facultado ao Poder Judiciário aplicá-la onde a lei não a determina, sob pena de substituir-se ao legislador.” (RE 452.930-AgR,DJE de 1º-8-2008, RE 572.664-AgR, DJE de 25-9-2009).

Além disso, osíndices de correção monetária dos débitos tributários estaduais instituídos por lei estadual são constitucionais, mas não podem ser superiores (exceder) ao índice da correção dos tributos federais (ADI 442).

Nesse rumo, o crédito tributário não integralmente pago no vencimento é obrigatoriamente acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas no CTN ou em lei tributária (art. 161).

Salvo disposição de lei em contrário, os juros de mora serão calculados à taxa de um por cento ao mês (§1°, do art. 161).

Por conseguinte, registramos jurisprudência amplamente predominante no STJ no sentido de que ataxa SELIC é legítima como índice de correção monetária e de juros de mora, na atualização dos débitos tributários pagos em atraso, diante da existência de Lei Estadual que determina a adoção dos mesmos critérios adotados na correção dos débitos fiscais federais (RESP 879844).

O STJ compreende que “raciocínio diverso importaria tratamento anti-isonômico, porquanto a Fazenda restaria obrigada a reembolsar os contribuintes por esta taxa SELIC, ao passo que, no

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desembolso, os cidadãos exonerar-se-iam desse critério, gerando desequilíbrio nas receitas fazendárias”.

3.1.2 CONSULTA TRIBUTÁRIA

Segundo os termos do §2°, do art. 161 do CTN, os juros de mora não se aplicam na pendência de consulta formulada pelo devedordentro do prazo legal para pagamento do crédito.

A consulta tributária é um procedimento administrativo de satisfação de dúvida referente à legislação tributária, formulada pelo sujeito passivo ao Fiscodentro do prazo legal para pagamento do crédito tributário. Isto é, a consulta deve ser formulada antes do vencimento do prazo legal para pagamento do tributo.

O sujeito passivo que faz determinada consulta sobre a legislação tributária pratica conduta de boa-fé, respondendo, apenas, pelo tributo + correção monetária, se for o caso. Ou seja, a consulta eficaz impede a cobrança de juros de mora ou de multa de mora sobre a matéria consultada. Em outros termos, é apenas cobrado do sujeito passivo o tributo com correção monetária, sem multa e juros.

3.1.3 IMPUTAÇÃO DE PAGAMENTO

O instituto jurídico da imputação de pagamento ocorre quando existe simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora (art. 163).

Neste caso, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento do tributo determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:

• Em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária;

• Primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos;

• Na ordem crescente dos prazos de prescrição; • Na ordem decrescente dos montantes.

Ademais, ressaltamos a aprovação de súmula 464 do STJ no sentido de que a “regra de imputação de pagamentos estabelecida no

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artigo 354 do Código Civil (CC) não se aplica às hipóteses de compensação tributária”.

O art. 354 do CC determina que, em regra, havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois, no capital. Contudo, tal entedimento não se aplica no direito tributário, em face da inexistência denormas tributárias neste sentido. Em outras palavras, o art. 354 do CC é inaplicável aos débitos de natureza tributária, que é regido por normas cogentes e específicas, não se admitindo aplicação subsidiária de normas dispositivas de direito civil.

Importante: A norma cogente obriga ou proíbe terminada conduta, impondo-se em grau máximo as partes da relação jurídica (norma tributária). Ao contrário, a norma dispositiva (norma de direito privado) se impõe em grau menor de imperatividade, pois permite as partes da relação estabelecer regra diversa, ou seja, a norma dispositiva tem aplicação subsidiária às convenções particulares.

3.1.4 CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

A consignação em pagamento permite que o sujeito passivo exerça seu direito de pagar o tributo, sendo que quando julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda, extinguindo o crédito tributário.

Ou seja, é um instrumento processual de quem quer pagar o tributo e não consegue. Na verdade, na consignação em pagamento, apenas efetivamente se extingue o crédito tributário no momento do trânsito em julgado da sentença de procedência da ação, eis que a partir deste momento, em princípio, fica imodificável a consignação e o pagamento se reputa definitivamente efetuado com a também conversão da importância consignada em renda.

Portanto, a importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos seguintes casos especificados no art. 164 do CTN:

• De recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória;

• De subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal;

• De exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.

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A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar (§1º, do art. 164, do CTN).

Destacamos novamente que julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda, extinguindo o crédito tributário. Na hipótese de ser julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis (§2º, do art. 164, do CTN).

3.2 COMPENSAÇÃO

A compensação é modalidade de extinção do crédito tributário prevista nos arts. 156, II, 170 e 170-A do CTN.

No direito tributário, a compensação deve ser prevista em lei, tratando-se de modalidade indireta de extinção do crédito, por meio do confronto entre débitos e créditos. Ou seja, a compensação é o confronto de contas dos débitos e dos créditos na hipótese de duas pessoas serem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra.

O sujeito passivo possui um crédito com o fisco, por exemplo, quando efetua um pagamento indevido de tributo. Assim, a compensação é modalidade extintiva do crédito tributário, quando o sujeito passivo é devedor e credor do fisco, concomitantemente. A compensação não pode ser feita ao bel-prazer do contribuinte, devendo ser feita sempre com respaldo na lei.

Portanto, a lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública (art. 170 do CTN).

Destarte, a doutrina aponta como requisitos necessários para a compensação tributária:

• Fungibilidade, significando que as obrigações não podem possuir natureza personalíssima, sendo fungível o bem que pode ser trocado ou substituído por outro da mesma espécie e valor, como o dinheiro;

• Créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos;

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• Reciprocidade das obrigações, significando equivalência entre os débitos e créditos;

• Lei autorizativa.

Ressaltamos que sendo o crédito do sujeito passivo vincendo (ainda não ocorreu o vencimento), a lei determinará obrigatoriamente a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao abatimento de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento (art. 170, parágrafo único, do CTN).

Com efeito, é vedada (proibida) a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial (art. 170-A, do CTN).

O trânsito em julgado ocorre quando não cabe mais recurso da decisão judicial. Por exemplo,a compensação tributária não pode ser realizada através de concessão de liminar em mandado de segurança ou em tutela antecipada em outras ações judiciais, ou ainda no caso de ação pendente de recurso.

Neste sentido, segundo entendimento sumulado do STJ, “a compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida liminar ou por antecipação de tutela” (Súmula 212).

Por outro lado, o STJ comprrende que “o mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração de direito à compensação tributária” (Súmula 213), porém. “é incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte” (Súmula 460).

Importante: o STJ entende que “a intervenção judicial deve ocorrer para determinar os critérios da compensação objetivada, a respeito dos quais existe controvérsia, v.g. os tributos e contribuições compensáveis entre si, o prazo prescricional, os critérios e períodos da correção monetária, os juros etc.; bem como para impedir que o Fisco exija do contribuinte o pagamento das parcelas dos tributos objeto de compensação ou que venha a autuá-lo em razão da compensação realizada de acordo com os critérios autorizados pela ordem judicial”. Todavia, o provimento da ação judicial “não implica em reconhecimento da quitação das parcelas ou em extinção definitiva do crédito, ficando a iniciativa do contribuinte sujeita à homologação ou a lançamento suplementar pela administração tributária, no prazo do art. 150, § 4º do

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CTN”(REsp1.040.245/SP, DJe 30⁄03⁄2009; REsp 1.124.537/SP, DJe 18/12/2009)

Assim, segundo o STJ, é possível a impetração do mandado de segurança para a declaração do direito à compensação tributária. Entretanto, “não é possível pleitear, pela via mandamental, determinação judicial que assegure a convalidação da quantia a ser compensada, pois tal exame demandaria análise das provas, além do que compete à Administração fiscalizar a existência ou não de créditos a serem compensados, a exatidão dos números e documentos, o valor a compensar e a conformidade do procedimento adotado com os termos da legislação pertinente”.

Nesse sentido, o Ministro Castro Meira ressaltou que “se a compensação já foi efetuada pela contribuinte spontepropria (por sua própria iniciativa), mostra-se incabível que o Judiciário obste o Fisco de promover atos de fiscalização”.

Em síntese, o mandado de segurança é uma via processual estreita que protege o direito líquido e certo do contribuinte, que deve juntar todos os documentos indispensáveis (prova pré-constituída) ao exame do alegado direito a compensação tributária. Por conseguinte, o mandado de segurança não permite a dilação de prova.

Em outras palavras, para o Poder Judciário avalizar ou convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinteé necessária a intromissão inadequada numa tarefa reservada à Administração tributária competente. Além disso, também é imprescindível a produção de prova pelo contribuinte, o que é inviável em sede de mandado de segurança.

Ademais, registramos o entendimento pacificado no STJ no sentido de que “a opção entre a compensação e o recebimento do crédito por precatório ou requisição de pequeno valor cabe ao contribuinte credor pelo indébito tributário, haja vista que constituem, todas as modalidades, formas de execução do julgado colocadas à disposição da parte quando procedente a ação que teve a eficácia de declarar o indébito” (REsp.796.064/RJ; EREsp. Nº 502.618/RS; EREsp. N. 609.266/RS).

Importante: “O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado” (Súmula 461 do STJ).

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Entretanto, segundo o mesmo STJ, “é impossível a compensação de débito fiscal com crédito de precatório de natureza distinta e entre pessoas jurídicas diversas, como o estado e a autarquia estadual”. Por exemplo, os créditos de precatórios adquiridos de uma autarquia estadual e o débito tributário de ICMS perante o Fisco estadual torna evidente a falta de identidade recíproca entre credor e devedor das duas relações obrigacionais (RMS 29.184-PR, DJe 15/5/2009; AgRg nos EDcl no Ag 1.020.883-RS, DJe 9/3/2009; RMS 28.945-PR, DJe 7/5/2009 e RMS 29.110-PR, DJe 5/5/2009)

3.3 TRANSAÇÃO

A transação, modalidade de extinção do crédito tributário, é uma negociação ou acordo por meio de concessões recíprocas ou mútuas, que deve por fim a um litígio, sendo sempre estipulada por lei.

Sendo assim, a lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em terminação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário, sendo que a lei determinará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso (art. 171 do CTN).

3.4 REMISSÃO

A remissão, modalidade de extinção do crédito tributário, é o perdão da dívida pelo credor, dependendo sempre de lei específica(art. 150, §6º, da CF/88). Isto significa dizer que a remissão é a liberação graciosa da dívida pelo Fisco, tal como o perdão de resíduos ínfimos quanto ao pagamento de tributo (art. 172, III, do CTN).

Realçamos que, ao contrário da remissão, a anistia é o perdão legal das penalidades pecuniárias (multa) decorrentes das infrações tributárias praticadas antes da constituição do crédito tributário, isto é, antes do lançamento.

Assim, devemos afirmar que o tributo ou multa, já lançado, não são alvos de isenção ou anistia, mas, sim, de remissão, que é causa extintiva do crédito tributário, passível de ocorrência após o lançamento. Portanto, a remissão pode ser considerada também dispensa legal de pagamento tributo devido, porem pressupõe a existência do crédito tributário.

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Neste sentido, na remissão ocorre à extinção do crédito, podendo ser total ou parcial, sendo que o tributo já lançado e, por conseguinte, o crédito já foi constituído. Já na isenção ou na anistia não existe crédito constituído, eis que a isenção e a anistia são impeditivas de lançamento tributário.

Por sua vez, remissão não se confunde com remição, que é o pagamento ou o ato de resgatar uma dívida qualquer (trabalhista, civil, multa processual etc.)

Com efeito, a lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo um ou mais dos seguintes requisitos:

• À situação econômica do sujeito passivo; • Ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a

matéria de fato; • À diminuta importância do crédito tributário; • A considerações de eqüidade, em relação com as características

pessoais ou materiais do caso; • A condições peculiares a determinada região do território da

entidade tributante.

Por outro lado, o despacho fundamentado da autoridade administrativa que concede remissão não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155 (moratória).

3.5 CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA

A conversão do depósito em renda, causa de extinção do crédito tributário, ocorre obviamente quando existe um depósito integral do crédito tributário e também uma discussão administrativa ou judicial a respeito deste crédito depositado.

Nesse contexto, após a decisão definitiva administrativa ou

judicial favorável ao Fisco, o depósito integral efetuado nos autos é convertido em renda em favor do Fisco, extinguindo-se o crédito tributário. Ressaltamos que, neste caso, durante a demanda administrativa ou judicial, o crédito mantém-se suspenso (art. 151, II, do CTN). Ao término, dá-se a extinção do crédito tributário.

3.6 DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL

De início, registramos que a extinção do crédito tributário ocorre com a decisão administrativa irreformável, “assim

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entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória” (art. 156, IX).

Com efeito, é a decisão definitiva de procedência contra o fisco, proferida em reclamação ou recurso administrativo do sujeito passivo (contribuinte ou responsável tributário), o que ocasiona a denominada coisa julgada no âmbito administrativo. Assim, por outro lado, à decisão desfavorável ao sujeito passivo no âmbito administrativo não extingue o crédito tributário, uma vez que o sujeito passivo ainda pode recorrer ao Poder Judiciário.

3.7 DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO

Trata-se do caso da coisa julgada em decisões judiciais que determinem a extinção do crédito tributário, em qualquer via processual. A decisão vale para o fisco e para o sujeito passivo, uma vez que não há mais possibilidade de recurso em qualquer esfera de poder.

3.8 DAÇÃO EM PAGAMENTO DE BENS IMÓVEIS

A dação em pagamento representa o ato de dar em pagamento algo em substituição à pecúnia (dinheiro).

O conceito de dação em pagamento também está disciplinado no direito civil, especificadamente dos arts. 356 a 359 do CC/02, sendo o instituto indicador da entrega, em pagamento, de algo que venha substituir o que foi anteriormente acordado, no intuito de extinguir a obrigação.

A dação em pagamento em bens imóveis é modalidade indireta de extinção do crédito tributário, pois há necessidade que a lei discipline os regramentos desta modalidade de extinção.

A dação em pagamento em bens imóveis também encontra respaldo legal no art. 3° do CTN, quando este dispositivo dispõe que o tributo é prestação pecuniária ou em cujo valor nela se possa exprimir. Realçamos que tal forma de pagamento se refere tão somente a bens imóveis, não sendo admitido, segundo os termos do CTN, o pagamento através de dação em pagamento em bens móveis.

3.9 PAGAMENTO ANTECIPADO E HOMOLOGAÇÃO DO PAGAMENTO

Nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, o sujeito

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passivo faz o pagamento antecipado do crédito tributário, ficando sua extinção dependente da homologação posterior pelo fisco.

Assim, com o pagamento antecipado e a homologação pela Fazenda Pública (expressa ou tácita) o crédito tributário estará extinto. Deste modo, o ato de homologação é uma função pública que consiste na aplicação do direito.

De acordo com o CTN, a homologação pode ser expressa quando a autoridade administrativa tomando conhecimento atividade realizada pelo sujeito passivo da relação tributária, expressamentea homologa (art. 150, caput); ou tácita (ficta) quando extinto o prazo decadencial para a homologação sem a Fazenda Pública ter se manifestado, têm-se como homologado o lançamento e extinto o crédito tributário (150, §4°).

3.10 DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO

A relação entre direito e tempo é muito próxima. Decerto, o tempo atua sob diversos aspectos do direito, às vezes é requisito do seu nascimento (prescrição aquisitiva - usucapião), outras vezes é condição do seu exercício (maioridade civil) e ainda pode ser causa de sua extinção (prescrição extintiva e decadência).

Entendemos, assim, que o problema da decadência e da prescrição está na necessidade de se estabilizar o direito, uma vez que para preservação da segurança jurídica e da paz social é necessário que não seja fixado relações jurídicas perpétuas, que podem absurdamente constranger, sem limitação temporal, quaisquer sujeitos, a serviço do titular do direito.

Destacamos também que, segundo o STF, é a lei complementar federal que disciplina os prazos de decadência prescrição no direito tributário. Neste sentido, são “inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei n. 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei n. 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.” (Súmula Vinculante 8)

A ESAF no concurso para AFRFB/2010 considerou incorreto o seguinte item: “A Constituição Federal autoriza que lei ordinária, em situações específicas, estabeleça normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre decadência e prescrição”.

Por sua vez, no direito tributário, a constituição formal do crédito tributário pelo lançamento é o ponto culminante da distinção

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entre a decadência do direito de lançar e a prescrição do direito de o Fisco cobrar o crédito tributário.

Portanto, com o acontecimento do fato gerador e antes de ser constituído formalmente, é prazo decadencial e, após a sua constituição formal, é prazo prescricional.

Nesse contexto, entende-se que a decadência é a regra que se refere ao prazo para o Fisco constituir o crédito tributário pelo lançamento ou prazo para o lançamento do tributo.

Decerto, a doutrina critica de forma rigorosa o inciso V, do artigo 156 do CTN, ao elencar a decadência como forma de extinção do crédito tributário, uma vez que com o acontecimento da decadência o crédito tributário ainda nem existe. Ou seja, na verdade, a decadência extingue a obrigação tributária e não o crédito tributário propriamente dito.

Por último, concluímos este item com decisão antiga do STF que já foi solicitada pela ESAF em dois concursos diferentes, considerando que, “com a lavratura do auto de infração, consuma-se o lançamento do crédito tributário; que, por outro lado, a decadênciasó é admissívelnoperíodo anterior a essa lavratura; depois, entre a ocorrência dela e até que flua o prazo para a interposição do recurso administrativo, ou enquanto não for decidido o recurso dessa natureza de que se tenha valido o contribuinte, não mais corre prazo para decadência, e ainda não se iniciou a fluência de prazo para prescrição; decorrido o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ela tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, há a constituição definitiva do crédito tributário, a que alude o artigo 174 do CTN, começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do fisco” (in RTJ 94/382).

No mesmo sentido, a jurisprudência do STF firmou-se “no sentido de que, no intervalo entre a lavratura do auto de infração e a decisão definitiva do recurso administrativo que tenha sido interposto pelo contribuinte, não corre prazo decadencial ou prescricional” (in RTJ 121/399).

3.10.1 DECADÊNCIA OU PRAZOS PARA O LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

Assim, acerca do prazo decadencial, que é aplicado ordinariamente aos casos de lançamento por declaração (art. 147) ou

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lançamento de ofício (art. 149), aponta-se, como regra jurídica determinante do seu cômputo,o art. 173, que dispõe que o direito do Fisco de constituir o crédito tributário extingue-se após cinco anos, contados do:

• Primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; ou

• Da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado: o CTN disciplina uma forma de interrupção da decadência, isto é, o prazo de decadência que já tinha se iniciado, retorna a estaca zero e recomeça de novo.

Acrescentamos, também, o parágrafo único, do art. 173, dispondo que o direito do Fisco de constituir o crédito extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.

Neste contexto do art. 173 do CTN, visualizamos as hipóteses seguintes:

• A regra geral é de a contagem iniciar-se no primeiro dia do exercício financeiro seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (art. 173, inc. I, do CTN): no imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), por exemplo, onde a autoridade administrativa pode efetuar o lançamento de ofício no ano de 2004, o prazo é de cinco anos, contados a partir de primeiro de janeiro de 2005, ou seja, até 31 de dezembro de 2009 e, caso não ocorra neste período, decai o direito do Fisco de constituir formalmente o crédito tributário;

• A anulação por decisão administrativa ou judicial do lançamento anteriormente efetuado, em virtude de vício formal, acarreta novo prazo de cinco anos para o Fisco efetuar novo lançamento, que deve ter como termo inicial o dia em que se tornou definitiva a mencionada decisão (art. 173, inc. II, do CTN): é o caso de interrupção da decadência tributária;

• O prazo decadencial previsto na regra geral é antecipado para a data da notificação endereçada ao devedor tributário de medida preparatória indispensável ao lançamento (parágrafo único, do art. 173, do CTN): é o caso de pedido de exibição de documentos ou de esclarecimentos a respeito de fatos relativos à existência do dever de pagar determinado tributo, uma vez que o Fisco demonstra ter conhecimento da

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obrigação tributária; • O prazo de revisão do lançamento se circunscreve ao prazo

decadencial do direito de lançar o tributo (parágrafo único, do art. 149).

Posto isso, podemos afirmar também que a regra disposta no inciso I, do art. 173, também pode ser aplicada excepcionalmente nos tributos sujeitos inicialmente ao lançamento por homologação, caso o sujeito passivo, antes do ato de homologação, não realize as atividades legalmente atribuídas a sua pessoa ou as efetue com inexatidão, abrindo à autoridade administrativa a possibilidade de praticar o lançamento de oficio (inciso V do art. 149).

Ainda em relação ao prazos para lançamento, devemos esclarecer que em relação ao cometimento de dolo, fraude ou simulação por parte do sujeito passivo da relação tributária nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, estabelece-se na parte final do § 4°, do art. 150, do CTN, a ressalva de que transcorrido o prazo de cinco anos, sem que a administração fazendária homologue as atividades do sujeito passivo, não se acarretará a fulminação deste poder/dever pela decadência.

Com efeito, na doutrina nacional permanecem atualmente as seguintes correntes teóricas para o estabelecimento deste prazo decadencial: (a) o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento de ofício poderia ter sido efetuado, aplicando-se na íntegra o art. 173, inciso I; (b) o prazo de cinco anos, disciplinado no art. 173, inciso I, porém, contado da ciência pelo Fisco dos fatos omitidos; (c) aplicação do prazo de 10 anos, com base no art. 205 do Código Civil de 2002; (d) rechaçar as doutrinas anteriores e abrir a possibilidade da legislação ordinária regular a matéria, conforme o caso.

Todavia, o posicionamento da primeira corrente enfatizada é o que prevalece no STJ, a saber: o primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento de ofício poderia ter sido efetuado (art. 173, I).

No XXIX concurso para Promotor de Justiça do Rio de Janeiro em prova discursiva: “Determinado contribuinte teve contra si lavrado auto de infração pelo Fisco Estadual em junho de 2007, em razão de comprovada adulteração de livros contábeis relativos ao exercício de 1999. Comente a procedência do lançamento fiscal sob a ótica da prescrição”.

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Noutro aspecto, nos tributos sujeitos inicialmente ao lançamento por homologação, a decadência se refere à perda do direito de expressamente homologar a atividade realizada pelo sujeito passivo, sendo o prazo decadencial de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador.

Este último caso como já ressaltamos não se aplica na hipótese de cometimento de dolo, fraude ou simulação por parte do sujeito passivo (art. 150, §4°), ou ainda quando se comprove que o sujeito passivo não realizou as atividades legalmente atribuídas a sua pessoa ou as efetuou com inexatidão (art. 149, V), aplicando-se o art. 173, inc. I, do CTN.

Expirado o prazo de cinco anos a contar da ocorrência do fato gerador, sem a ocorrência das exceções descritas acima, a homologação ficta, ou tácita, produz efeitos diretos em relação ao direito de homologação expressa do Fisco, isto é, em relação ao direito de lançar o tributo, extinguindo definitivamente o crédito tributário quando há pagamento antecipado, nos termos do art. 156, VII, do CTN.

Assim, segundo o STJ, a regra geral do art. 173, I, pode ser aplicada excepcionalmente:

• Nos tributos sujeitos inicialmente ao lançamento por homologação, caso o sujeito passivo, antes do ato de homologação, não realize as atividades legalmente atribuídas a sua pessoa ou as efetue com inexatidão (sujeito passivo não faz o pagamento antecipado ou faz o pagamento a menor), abrindo à autoridade administrativa a possibilidade de praticar o lançamento de oficio (art. 149, V);

• Nas hipóteses que comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação (art. 150, § 4°).

3.10.1.1 GRÁFICO ESQUEMÁTICO

Prazo de decadência: prazo de cinco (5) anos para constituir o crédito tributário ou para efetivar o lançamento.

Lançamento por ofício ou por declaração

Primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento

poderia ter sido lançado. Lançamento anulado por vício

formal (hipótese de interrupção da decadência)

Data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento

anteriormente efetuado.

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Caso de notificação de medida preparatória do lançamento antes de ser iniciado o curso do prazo.

O prazo de decadência é antecipado para o dia da

notificação. Lançamento por homologação Data da ocorrência do fato

gerador (caso em que ocorre o pagamento antecipado do

tributo). Lançamento por homologação Primeiro dia do exercício seguinte

àquele em que o lançamento poderia ter sido lançado

(comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação).

Lançamento por homologação Primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento

poderia ter sido lançado (ausência de pagamento

antecipado).

3.10.2 PRESCRIÇÃO

A respeito da contagem do prazo prescricional que surge com o crédito tributário, preceitua o art. 174, do CTN, a saber: “A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva” (sem grifos no original).

Nesse passo, a prescrição extingue a pretensão do Fisco decorrente do direito do crédito tributário definitivamente constituído, nos termos do art. 156, V, do CTN. Por conseguinte, a prescrição fulmina o direitode exigir o crédito tributário através da execução fiscal que acontece após o lançamento. Ocorre após cinco anoscontados da constituição definitiva do crédito tributário (art. 174).

O entendimento prevalecente é que o dia inicialdo prazo prescricional da pretensão do Fisco nos tributos sujeitos ao lançamento de ofício ou o por declaração é a data da regular notificação do lançamento ao sujeito passivo, embora o lançamento possa ser modificado em virtude do previsto no art. 145, do CTN.

No lançamento por homologação, adota-se a tese de que o reconhecimento do débito tributário pelo contribuinte, mediante declaração (DCTF, GIA etc.) com a indicação precisa do sujeito passivo e a quantificação do montante devido, equivale ao próprio lançamento.

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Neste sentido, segundo o STJ, o dia inicial da contagem do prazo de prescrição no lançamento por homologação é o primeiro dia após a data do vencimento para o pagamento da obrigação tributária constante da declaração. De fato, no lançamento por homologação, entre a declaração do valor do tributo e o vencimento não corre o prazo prescricional da pretensão de cobrança, uma vez que o prazo só deve ser contado a partir da data estabelecida como vencimento do tributo.

No concurso para Promotor de Justiça do Paraná (2009) na prova discursiva: “Nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação, para a constituição do crédito tributário, o STJ tem entendimento específico sobre a entrega da DCTF. Aponte qual é este entendimento, explicando-o” (no máximo 25 linhas).

3.10.2.1 CAUSAS IMPEDITIVAS, SUSPENSIVAS E INTERRUPTIVAS

O prazo prescricional está sujeito a causas impeditivas, suspensivas e interruptivas.

A causa impeditiva é preexistente ao início do prazo prescricional, ou seja, evita que se inicie o prazo, conservando-se todo o prazo prescricional enquanto perdure. Por exemplo, o art. 160, do CTN, que é a existência de prazo de trinta dias para o pagamento do tributo a partir da regular notificação do lançamento, quando a legislação tributária não estabelecer prazo diverso.

A causa suspensiva é superveniente ao início do prazo prescricional, paralisando o andamento do prazo. Contudo, sustados os seus efeitos, computa-se o prazo prescricional verificado antes da paralisação. No que tange às causas suspensivas, o CTN fixa normas gerais de suspensão da exigibilidade do crédito tributário no seu art. 151, que, por sua vez, podem suspender ou até mesmo impedir o curso do prazo prescricional.

Deixamos claro que para se suspender o prazo prescricional é necessário que ele já tenha iniciado. Só se deve suspender o crédito exigível, tendo em vista que o CTN dispõe que a suspensão do crédito se refere a sua exigibilidade. Portanto, em princípio, são causas suspensivas do prazo prescricional: (i) o deferimento da moratória; (ii) o deferimento do depósito do montante integral do crédito; (iii) reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; (iv) concessão de medida liminar em mandado de segurança; (v) concessão de medida liminar ou de

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tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (vi) o deferimento do parcelamento.

Nestas hipóteses, após iniciado o prazo de prescrição, a doutrina e a jurisprudência majoritária compreendem que ocorre a suspensão do prazo prescricional, pois não se configura inércia ou omissão do Fisco em razão da impossibilidade legal de se exigir o crédito tributário.

Em outras palavras, a suspensão da exigibilidade impede o fisco de exercitar os atos de cobrança do crédito tributário(inscrição na dívida ativa e a execução fiscal), por isto é suspenso o prazo prescricional.

Importante: Segundo o STJ, as causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário suspendem o prazo prescricional e não o prazo decadencial.

Ademais, a causa interruptiva também é superveniente ao início do prazo prescricional, mas desaparecida tal causa, o prazo decorrido não é aproveitado, iniciando-se a contagem de novo prazo decadencial. Isto é, o prazo se inicia novamente.

Nesse rumo, destacamos quesão causas interruptivas da prescrição tributária (art. 174, parágrafo único, I a IV, CTN):

• Despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; • Protesto judicial: segundo o art. 867 do Código de Processo

Civil (CPC), o protesto judicial, por exemplo, pode ser feito em petição dirigida ao juiz, demonstrando que desejar prover a conservação de seus direitos, com o requerimento de intimação do devedor.

• Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor: notificação judicial, intimações judiciais em ação judicial etc.

• Qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.

Podemos citar como exemplo da última causa interruptiva citada, o mero requerimento do sujeito passivo com o pedido de parcelamento do crédito tributário. Ou seja, o pedido de parcelamento é uma declaração inequívoca de reconhecimento do débito pelo devedor. Por sua vez, o deferimento do pedido pelo Fisco é causa suspensiva do prazo prescricional.

3.10.2.2 LEI DE EXECUÇÃO FISCAL (LEI 6.830/80)

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São três os casos pertinentes a prescrição tributária previstos expressamente na Lei n. 6.830, de 1980 (Lei de Execução Fiscal - LEF), que são: §3°, do art. 2°; §2°, do art. 8° e art. 40.

Assim, o art. 2°, §3°, da LEF, dispõe que a inscrição em Dívida Ativa do tributo suspende a prescrição, por 180 (cento e oitenta) dias ou até a distribuição da execução fiscal.

Entretanto, o STJ não tem aceitado esse prazo de suspensão disposto na LEF, que é lei ordinária e não tem competência para dispor sobre matéria de lei complementar (decadência e prescrição tributária), uma vez que o CTN (lei complementar) também não prevê tal hipótese.

O STJ afirma que “dessume-se que a LEF, ao fixar ao prazo prescricional hipótese de suspensão pelo ato de inscrição do débito, não prevista expressamente no CTN, deve ser aplicada tão-somente às dívidas ativas de natureza não-tributária” (REsp 708227/PR; REsp 465531/SP; REsp 249262/DF; REsp 233649).

Deste modo, a ESAF já considerou como correta a afirmativa de que o STJ entende que a suspensão do prazo prescricional prevista na LEF sofre as limitações impostas pelo CTN. Por outro lado, no último concurso para AFRFB (2010), a ESAF considerou correta a assertiva de que “a inscrição do débito em dívida ativa constitui causa de suspensão do prazo prescricional”. Assim, este último examinador adotou o entendimento literal do art. 2°, §3°, da Lei n. 6.830/1980.

Noutro ponto, o §2°, do art. 8°, da LEF estabelece que o “despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição”. Contudo, não há discussão neste ponto, uma vez que o inc. I, do art. 174, do CTN (alteração da LC 118/05), estabeleceu regra processual válida, conforme a Constituição, de que interrupção da prescrição é mesmo o despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal.

Ademais, dispõe o art. 40 da LEF, que o Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, suspende-se (não correrá) o prazo de prescrição. Nesse seguimento, os parágrafos do art. 40 estabelecem as seguintes regras:

• Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da Fazenda Pública.

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• Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos.

• Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados os autos para prosseguimento da execução.

• Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la de imediato.

• A manifestação prévia da Fazenda Pública prevista será dispensada no caso de cobranças judiciais cujo valor seja inferior ao mínimo fixado por ato do Ministro de Estado da Fazenda.

Consoante a interpretação do art. 40 da LEF, o STJ entende que “em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o prazo da prescrição quinquenal intercorrente” (súmula 314).

A denominada prescrição intercorrente é a fluência do prazo prescricional ocorrida dentro do processo judicial fiscal (“endoprocessual”). Portanto, a súmula 314 do STJ trata da licitude da prescrição intercorrente no processo executivo fiscal, que é aceita pela doutrina e jurisprudência.

3.10.2.3 INEXISTÊNCIA DA PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO PROCESSO ADMINISTRATIVO

A doutrina minoritária sustenta a prescrição intercorrente no processo administrativo-tributário. Deste modo, tais estudiosos se referem ao parágrafo único, do art. 173, do CTN, como suporte legal para a defesa da tese. Assim, afirmam que há um prazo de cinco anos para a conclusão do processo administrativo-tributário, sob pena de prescrição intercorrente.

Contudo, a doutrina e a jurisprudênciamajoritária compreendem que não existe regramento jurídico dispondo a respeito deste prazo, uma vez que o parágrafo único, do art. 173, diz respeito à perda do direito de constituir formalmente o crédito tributário pelo lançamento e não a prazo para conclusão do processo administrativo.

Neste sentido, decidiu o STF recentemente que a lei ordinária não pode estabelecer a extinção do crédito tributário por transcurso de prazo para apreciação de recurso administrativo fiscal, pois viola o art. 146, III, b, da CF, que estabelece a decadência tributária prevista

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em lei complementar federal (CTN) como fonte legal legítima de extinção do crédito tributário (ADI 124).

3.10.2.4 GRÁFICO ESQUEMÁTICO

Prazo de prescrição:A ação para a cobrança do crédito tributárioprescreve em cinco (5) anos, contados da data da sua constituição definitiva (art. 174, caput).

Interrupção da prescrição Despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal

Protesto judicial Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor

Qualquer ato inequívoco que importe em reconhecimento do débito pelo devedor

A ESAF no concurso para AFRFB/2010 considerou incorretos os seguintes itens: “O despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal suspende a prescrição”; “Notificado o sujeito passivo do lançamento, inicia-se o prazo decadencial de cinco anos para extinção do crédito”. Registramos mais uma vez que o prazo decadencial é antes do lançamento tributário.

Agora, vamos para os exercícios detalhadamente comentados.

A numeração está como continuação da aula 5.

Vamos nessa.

24. (ESAF/AFTM-FORTALEZA 2003) Assinale a resposta correta. a) Extingue o crédito tributário a dação em pagamento em bens de qualquer natureza, na forma e nas condições estabelecidas em lei. b) A conversão de depósito em renda, a remissão e a anistia extinguem o crédito tributário. c) É permitido que a lei concessiva de moratória circunscreva expressamente a sua aplicabilidade a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos. d) A decisão administrativa de que não mais caiba recurso administrativo, mas que esteja sendo questionada mediante ação anulatória, extingue o crédito tributário. e) O pagamento, a compensação, a transação e o depósito integral do montante exigido pela Fazenda Públicaextinguem o crédito tributário.

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A resposta é a letra “c”, uma vez que é permitido que a lei concessiva de moratória circunscreva expressamente a sua aplicabilidade a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos, conforme o parágrafo único, do art. 152, do CTN.

A letra “a” é incorreta, pois extingue o crédito tributário a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e nas condições estabelecidas em lei.

A letra “b” é incorreta, eis que a conversão de depósito em renda e a remissão extinguem o crédito tributário, mas a anistia é causa de exclusão do crédito tributário.

A letra “d” é incorreta, porque a decisão administrativa de que não mais caiba recurso administrativo, mas que esteja sendo questionada mediante ação anulatória, não extingue o crédito tributário.

Extingue o crédito tributário decisão definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória.

A letra “e” é incorreta, porque o pagamento, a compensação e a transação extinguem o crédito tributário. Porém, o depósito integral do montante tributário exigido pela Fazenda Pública suspende o crédito tributário.

25. (ESAF/AFRF/2000)Marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando em seguida a opção correspondente. ( ) O pagamento é efetuado em moeda corrente, cheque ou vale postal, e, nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. ( ) A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal. ( ) Se o cheque dado em pagamento não for liquidado, o pagamento do tributo não se considera feito. a) F, F, F. b) V, V, F. c) V, F, F. d) V, V, V. e) F, F, V.

O primeiro item é verdadeiro, uma vez que o pagamento é efetuado em moeda corrente, cheque ou vale postal, e, nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico, de acordo com os incisos I e II, do art. 162, do CTN.

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O segundo item foi considerado verdadeiro pela ESAF. Ou seja, a ESAF não fez a ressalva prevista no §1º, do art. 162, do CTN, mas entendeu mesmo assim o item como correto. Este dispositivo diz o seguinte: “A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal, desde que não o torne impossível ou mais oneroso que o pagamento em moeda corrente”.

O terceiro é logicamente verdadeiro, porque se o cheque dado em pagamento não for liquidado, o pagamento do tributo não deve ser considera feito, eis que o crédito pago por cheque somente se considera extinto com o resgate deste pelo sacado.

Logo, é a letra “d” (V, V, V).

26. (AFTN/94/ESAF) Suponha que a lei tributária do Estado X não preveja prazo para pagamento do imposto Z. O contribuinte pagou-lhe a segunda prestação 60 dias depois de notificado para fazê-lo. A notificação da primeira parcela foi ignorada; o contribuinte não a pagou. A lei respectiva também não prevê a multa pela falta ou atraso de pagamento, nem se refere a juros de mora. À luz das normas dispositivas do Código Tributário Nacional, pode-se dizer que a) o contribuinte não pode ser cobrado da primeira parcela, tendo em vista que o Fisco aceitou a segunda, sem ressalvas; pela mesma razão, nada deve de juros moratórios. b) quanto à segunda prestação, o contribuinte deve juros de mora de 1 % sobre o seu valor; deve a primeira, pelo seu valor integral, mais juros de 1 % ao mês. c) o contribuinte pode ser cobrado pelo valor da primeira parcela; nada pode ser cobrado no que se refere à segunda, porque, aceita sem ressalvas, extinguiu-se o crédito tributário. d) embora a primeira parcela também seja devida, os juros de mora não o são, por falta de previsão de sanção pecuniária pelo atraso ou pela falta de pagamento. e) os juros de mora não podem ser cobrados, em face do princípio da legalidade (não houve previsão legal para sua cobrança); o principal, concernente à primeira prestação, é devido, porém sem acréscimos.

Esta questão é a aplicação prática do arts. 160 e 161, §1°, do CTN, a saber: “Art. 160. Quando a legislação tributária não fixar o

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tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento”; “Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. § 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês”. Logo, é a letra “b”.

27. (AFTN/94/ESAF) A autoridade administrativa, no caso de débitos vencidos do mesmo sujeito passivo, determinará que a imputação se dê, na seguinte ordem: a) primeiramente as taxas e depois a contribuição de melhoria. b) crescente, em função dos prazos de decadência. c) crescente, em função dos montantes. d) primeiramente os débitos por responsabilidade solidária. e) primeiramente os débitos por obrigação própria.

O art. 163, do CTN, dispõe o seguinte: “Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas: I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; IV - na ordem decrescente dos montantes”. Logo, é a letra “e”.

28.(ESAF/Analista/CE/2006) Sobre o pagamento, a principal e mais comum hipótese de extinção da obrigação tributária, o Código Tributário Nacional estabelece uma série de normas que o disciplinam. Assinale a seguir o item incorreto. a) O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na legislação tributária. b) Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias

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depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições em que estabeleça. c) O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento, quando parcial, das prestações em que se decomponha e, quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. d) O pagamento dos tributos é efetuado, como regra, em moeda corrente, cheque ou vale postal, mas há tributos em que a lei preveja o seu pagamento em estampilha, em papel selado ou por processo mecânico. e) Quando a lei não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do local em que tenha sido verificada a ocorrência do fato gerador daquele tributo.

É a letra “e”, pois, quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo (art. 159).

A letra “a” é verdadeira, porque o crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na legislação tributária (art. 161).

A letra “b” é verdadeira, pois, quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento (art. 160). E a legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições em que estabeleça (parágrafo único do art. 160).

A letra “c” é verdadeira, porque o pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento, quando parcial, das prestações em que se decomponha e, quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos (art. 158, inc. I e II).

A letra “d” é verdadeira, porque é correto dizer que o pagamento dos tributos é efetuado, como regra, em moeda corrente, cheque ou vale postal, mas há tributos em que a lei preveja o seu pagamento em estampilha, em papel selado ou por processo mecânico (art. 162, inc. I e II).

29. (ESAF/AFTN/1994/adaptada)São requisitos necessários à compensação do crédito tributário:

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a) reciprocidade das obrigações; fungibilidade das obrigações; liquidez e certeza dos créditos; créditos vencidos ou vincendo; lei autorizativa. b) lei autorizadora; liquidez e certeza dos créditos; infungibilidade das coisas devidas. c) lei autorizadora; créditos vencidos; exigibilidade das prestações. d) créditos vencidos; lei autorizadora. e) reciprocidade das obrigações; créditos vencidos; liquidez das dívidas.

A compensação é modalidade de extinção do crédito tributário prevista nos arts. 156, II, 170 e 170-A do CTN.

No direito tributário, a compensação deve ser prevista em lei, tratando-se de modalidade indireta de extinção do crédito, por meio do confronto entre débitos e créditos. Ou seja, a compensação é o confronto de contas dos débitos e dos créditos na hipótese de duas pessoas serem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra.

O sujeito passivo possui um crédito com o fisco, por exemplo, quando efetua um pagamento indevido de tributo. Assim, a compensação é modalidade extintiva do crédito tributário, quando o sujeito passivo é devedor e credor do fisco, concomitantemente. A compensação não pode ser feita ao bel-prazer do contribuinte, devendo ser feita sempre com respaldo na lei.

Portanto, a lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública (art. 170 do CTN).

Destarte, a doutrina aponta como requisitos necessários para a compensação tributária:

• Fungibilidade, significando que as obrigações não podem possuir natureza personalíssima, sendo fungível o bem que pode ser trocado ou substituído por outro da mesma espécie e valor, como o dinheiro;

• Créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos; • Reciprocidade das obrigações, significando equivalência

entre os débitos e créditos; • Lei autorizativa.

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Logo, a resposta é a letra “a”, eis que são requisitos necessários à compensação do crédito tributário: reciprocidade das obrigações; fungibilidade das obrigações; liquidez e certeza dos créditos; créditos vencidos ou vincendo; lei autorizativa.

30. (ESAF/AFTN/1996)Sobre a compensação do crédito tributário, é incorreto afirmar que exige para seu exercício: a) crédito vencido ou vincendo, lei autorizadora e liquidez da dívida. b) reciprocidade de obrigações, liquidez das dívidas e lei autorizadora. c) reciprocidade de obrigações, crédito líquido e certo vencido ou vincendo. d) decreto executivo autorizador, liquidez das dívidas e crédito vencido ou vincendo. e) previsão legal, crédito vencido ou vincendo sobre o qual não se tenham operado os efeitos da decadência.

Não é exigível decreto executivo para autorizador para o exercício da compensação tributária, mas sim lei autorizadora, de acordo com o art. 170 do CTN.Logo, é a letra “d”.

31. (PFN/2003/ESAF) Expressamente estabelece o Código Tributário Nacional, no tocante a modalidades de extinção do crédito tributário: a) gera direito adquirido para o sujeito passivo o despacho fundamentado, exarado por autoridade administrativa competente, mediante o qual se conceda remissão de crédito tributário com fundamento em disposição expressa de lei. b) o pagamento integral do crédito tributário é ilidido pela imposição de penalidade, na hipótese de haver correlação entre o crédito e a penalidade. c) é vedado conceder, mediante lei, desconto pela antecipação do pagamento de crédito tributário, exceto na hipótese de ocorrência de expressivos índices inflacionários ou desvalorização acentuada da moeda nacional. d) é vedado à lei autorizar a compensação de créditos tributários inscritos em dívida ativa da Fazenda Pública com créditos líquidos e certos, vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública. e) é vedada a compensação de créditos tributários com créditos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública, mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.

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Expressamente estabelece o CTN, no tocante a modalidades de extinção do crédito tributário, que é vedada a compensação de créditos tributários com créditos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública, mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial (art. 170-A). Logo, a resposta é a letra “e”.

32. (ESAF/AFRF/2002) Uma decisão judicial reconheceu ao contribuinte o direito de efetuar a compensação do imposto de renda mediante o aproveitamento de certa parcela do IPI que considerou indevida. O contribuinte efetuou o referido aproveitamento. O Auditor considerou errado o procedimento do contribuinte, porque a Fazenda havia recorrido da decisão do juiz de primeiro grau. Está certo o Auditor?

O Auditor está certo, uma vez que é vedada a compensação de créditos tributários com créditos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública, mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial (art. 170-A).

E, no caso, a Fazenda havia recorrido da decisão do juiz de primeiro grau, isto é, ainda não havia ocorrido o trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.

33. (ESAF/AFE/PR/2003) Marque a opção que apresenta resposta correta. a) O pagamento, a compensação, a transação, a anistia, a dação em pagamento em bens imóveis extinguem o crédito tributário. b) Suspendem a exigibilidade do crédito tributário o depósito de trinta por cento do montante integral do crédito, a moratória, o parcelamento, a concessão de medida liminar em mandado de segurança. c) O pagamento, a decadência, a novação, a prescrição, a decisão administrativa irreformável extinguem o crédito tributário. d) Extinguem o crédito tributário o depósito do seu montante integral, realizado administrativamente, a prescrição, a decadência e, na forma e condições estabelecidas em lei, a dação em pagamento em bens imóveis. e) Suspendem a exigibilidade do crédito tributário os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo

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tributário administrativo, o parcelamento, a moratória, a concessão de tutela antecipada em ação judicial ordinária.

A letra “a” é falsa, pois a anistia é exclui o crédito tributário.

A letra “b” é falsa, pois suspende a exigibilidade do crédito tributário o depósito do montante integral do crédito.

A letra “c” é falsa, pois a novação não extingue o crédito tributário.

A letra “d” é falsa, pois suspende a exigibilidade do crédito tributário o depósito do montante integral do crédito. Isto é, não extingue o crédito tributário.

É a letra “e”, pois suspendem a exigibilidade do crédito tributário os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo, o parcelamento, a moratória, a concessão de tutela antecipada em ação judicial ordinária.

34. (ESAF/AFTN/1994)O protesto judicial a) suspende a decadência. b) interrompe a decadência. c) interrompe a prescrição. d) suspende a prescrição. e) reinicia a contagem da decadência.

O protesto judicial interrompe a prescrição tributária (art. 174, inc. II, do CTN). Logo, é a letra “c”.

35. (AFTN/94/ESAF) A fiscalização federal apura débito de contribuinte do IPI, relativo a fato gerador ocorrido no mês de fevereiro de 1989, comprovando, ainda, a ocorrência do dolo, fraude e simulação. Lavrado o auto de infração em março de 1994, o contribuinte impugna o lançamento sob o fundamento de já se esgotara o prazo para cobrança desse IPI. O contribuinte: a) não tem razão, porque não se esgotou o prazo decadencial. b) tem razão, porque já ocorreu a prescrição. c) tem razão, diante do transcurso do prazo decadencial. d) não tem razão, porque não se verificou o lapso prescricional. e) tem razão, porque já ocorreu tanto a decadência quanto a prescrição.

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O contribuinte não tem razão, porque não se esgotou o prazo decadencial em março de 1994.

Neste caso, o IPI é lançado por homologação e foi comprovada a ocorrência do dolo, fraude e simulação. Assim, o STJ entende que se aplica o prazo para o lançamento por ofício previsto no art. 173, inc. I, do CTN, isto é, só ocorre a decadência em 01 de janeiro de 1995, pois o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte (01/01/1990) àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (02/1989).

Portanto, é a letra “a”.

36. (AFTN/96/ESAF) Assinale a opção correta. a) Nos casos de lançamento por homologação, o direito de o fisco homologar o crédito tributário extingue-se após decorrido o prazo de cinco anos, contados do primeiro dia do exercício em que o lançamento poderia ser efetuado. b) A ação de cobrança do crédito tributário extingue-se após decorrido o prazo de cinco anos, contados da data da ocorrência do fato gerador. c) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário tem o condão de também suspender o prazo decadencial. d) A decisão administrativa definitiva que anule lançamento anteriormente efetuado, segundo o CTN, interrompe o prazo decadencial. e) Nos casos de lançamento por declaração, o prazo decadencial para que o fisco efetue o lançamento de ofício conta-se do momento da ocorrência do fato jurídico tributário.

É a letra “d”, pois a decisão administrativa definitiva que anule lançamento anteriormente efetuado, segundo o art. 173, inc. II, do CTN, interrompe o prazo decadencial.

A letra “a” é falsa, porque nos casos de lançamento por homologação, o direito de o fisco homologar o crédito tributário extingue-se após decorrido o prazo de cinco anos, contados da ocorrência do fato gerador (art. 150, §4°, CTN).

A letra “b” é falsa, pois a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva (art. 174, CTN).

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A letra “c” é falsa, porque a suspensão da exigibilidade do crédito tributário não tem o condão de suspender o prazo decadencial, eis que a decadência ocorre antes do lançamento tributário.

A letra “e” é falsa, porque nos casos de lançamento por declaração, o prazo decadencial para que o fisco efetue o lançamento de ofício conta-se do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado (art. 173, I, CTN).

37. (AFRF/2005/ESAF/adaptada) · No lançamento por homologação, o interregno que medeia a declaração do valor do tributo e o vencimento corre o prazo prescricional da pretensão de cobrança?

No lançamento por homologação, o interregno que medeia (entre) a declaração do valor do tributo e o vencimento não corre o prazo prescricional da pretensão de cobrança, pois o prazo deve ser contado a partir do vencimento do tributo. Portanto, a resposta é “não”.

38. (AFRF/2005/TA/ESAF) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência. ( ) Lei de Execução Fiscal (LEF) prevê que a inscrição em dívida ativa suspende o curso do prazo prescricional. ( ) O Código Tributário Nacional não prevê essa suspensão da LEF. ( ) O STJ entende que a suspensão do prazo prescricional prevista na LEF sofre as limitações impostas pelo CTN. a) F V V. b) F FF. c) V F V. d) F F V. e) V VV.

A Lei de Execução Fiscal (LEF) prevê que a inscrição em dívida ativa suspende o curso do prazo prescricional (art. 2, § 3°), a saber: “A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo”.

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O Código Tributário Nacional não prevê tal suspensão prevista na Lei de Execução Fiscal.

O STJ entende que a suspensão do prazo prescricional prevista na LEF sofre as limitações impostas pelo CTN, uma vez que a LEF é lei ordinária e a disciplina da prescrição no direito tributário deve ser matéria de lei complementar.

É a letra “e” (V, V, V). Todas são verdadeiras.

39. (AFTM/Recife/2003/ESAF) Sobre prescrição e decadência em direito tributário, julgamento realizado pelo Supremo Tribunal Federal em 6 de outubro de 1982 considerou que, com a lavratura do auto de infração, consuma-se (1)............................ do crédito tributário; que, por outro lado, a decadência (2)........................ no período anterior a essa lavratura; depois, entre a ocorrência dela e até que flua o prazo para a interposição do recurso administrativo, ou enquanto não for decidido o recurso dessa natureza de que se tenha valido o contribuinte, não mais corre prazo para (3)........................, e ainda não se iniciou a fluência de prazo para (4).....................; decorrido o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ela tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, há a constituição definitiva do crédito tributário, a que alude o artigo 174 do Código Tributário Nacional, começando a fluir, daí, o prazo de (5)................. da pretensão do fisco. Assinale a opção que preenche corretamente os espaços numerados e pontilhados do texto. a) (1) a constituição (2) é admissível (3) decadência (4) decadência (5) prescrição. b) (1) a constituição definitiva (2) não é admissível (3) prescrição (4) decadência (5) prescrição. c) (1) o lançamento (2) só é admissível (3) decadência (4) prescrição (5) prescrição. d) (1) o aperfeiçoamento (2) não se verifica (3) prescrição (4) prescrição (5) prescrição. e) (1) a constituição provisória (2) só ocorre (3) prescrição (4) exigibilidade do crédito tributário (5) prescrição.

Sobre prescrição e decadência em direito tributário, julgamento realizado pelo STF em 6 de outubro de 1982 considerou que, com a lavratura do auto de infração, consuma-se o lançamento do crédito tributário; que, por outro lado, a decadência só é admissível no período anterior a essa lavratura; depois, entre a ocorrência dela e

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até que flua o prazo para a interposição do recurso administrativo, ou enquanto não for decidido o recurso dessa natureza de que se tenha valido o contribuinte, não mais corre prazo para decadência, e ainda não se iniciou a fluência de prazo para prescrição; decorrido o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ela tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, há a constituição definitiva do crédito tributário, a que alude o artigo 174 do Código Tributário Nacional, começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do fisco.

Portanto, é a letra “c”.

40. (AFTE/RN/2005/ESAF) Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I - O prazo de prescrição (cinco anos) da ação para a cobrança do crédito tributário tem como termo inicial a data de inscrição na dívida ativa. II - O reconhecimento do débito pelo devedor, se formalizado por ato extrajudicial, não interrompe o prazo de prescrição da ação para a cobrança do crédito tributário. III - Na hipótese de anulação, por vício formal, do lançamento anteriormente efetuado, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após cinco anos, contados da data em que se tornar definitiva a decisão que o houver anulado. a) Somente I é verdadeira. b) Somente II é verdadeira. c) Somente III é verdadeira. d) Somente I e II são verdadeiras. e) Somente II e III são verdadeiras.

Item I. O prazo de prescrição (cinco anos) da ação para a cobrança do crédito tributário tem como termo inicial a constituição do crédito tributário (art. 174, CTN) e não a data de inscrição na dívida ativa. Logo, incorreta.

Item II. O reconhecimento do débito pelo devedor, se formalizado por ato extrajudicial, interrompe o prazo de prescrição da ação para a cobrança do crédito tributário, conforme art. 174, IV, do CTN. Logo, incorreta.

Item III. Na hipótese de anulação, por vício formal, do lançamento anteriormente efetuado, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após cinco anos, contados da data em que se tornar definitiva a decisão que o houver anulado (art. 173, inc. II, do CTN).

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Logo, é a letra “c”. Somente III é verdadeira.

41. (AFTE/RN/2005/ESAF) Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a resposta correta. ( ) A intimação ou citação judicial, validamente feita ao representante da Fazenda Pública interessada, interrompe o prazo de prescrição da ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição de tributo. ( ) A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. ( ) A restituição vence juros capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. a) V, F, F b) V, V, F c) V, F, V d) F, V, F e) F, V, V.

O primeiro item é falso, porque prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. E o prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada (art. 169, do CTN).

No segundo item é verdadeiro, pois a restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição (art. 167, do CTN).

No terceiro item é falso, porque a restituição do tributo vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. (art. 167, do CTN).

Logo, é a alternativa “d” (F, V, F).

42. (AFPS/2002/ESAF) O contribuinte BPV, discordando de crédito tributário que a Fazenda Pública lhe exigiu, ingressou na Justiça com mandado de segurança, visando a obstar a cobrança que entendia indevida. O juiz concedeu liminar, no mandado de segurança, para impedir a Fazenda

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Pública de exigir o crédito tributário em questão. Prevê o Código Tributário Nacional que medidas liminares concedidas em ações judiciais suspendem a exigibilidade do crédito tributário. Tendo em vista esses elementos e com base na legislação pertinente, assinale a resposta correta. a) Se o juiz não julgar o processo em noventa dias, a liminar perde eficácia, podendo, assim, a Fazenda Pública inscrever o débito em dívida ativa e promover a execução judicial. b)Ainda que o juiz de 1ª instância demore um, cinco, dez ou mais anos para proferir sentença no mandado de segurança, a Fazenda Pública fica impedida de promover a execução judicial da dívida do sujeito passivo durante todo o período em que a liminar não estiver revogada, suspensa ou cassada por decisão judicial. c) Se no prazo de um ano o processo não for julgado em primeira instância, a liminar perde eficácia, podendo, assim, a Fazenda Pública inscrever o débito em dívida ativa e promover a execução judicial. d) Existente a eficácia da liminar, deve ser promovida a execução judicial da dívida, independentemente de ter sido, ou não, proferida sentença no mandado de segurança, antes de expirar o prazo de cinco anos, contado da data em que o representante da Fazenda Pública foi notificado da liminar. e) Existente a eficácia da liminar, fica a Fazenda Pública autorizada a promover a execução judicial da dívida, independentemente de ter sido, ou não, proferida sentença no mandado de segurança, antes de expirar o prazo de cinco anos, contado da data em que o contribuinte foi notificado do lançamento do crédito tributário, com vistas a prevenir a ocorrência de prescrição da ação de execução fiscal.

A suspensão da exigibilidade do crédito tributário impede a Administração de praticar qualquer ato contra o contribuinte visando à cobrança do seu crédito, tais como inscrição em dívida, execução e penhora, mas não impossibilita a Fazenda de proceder à sua regular constituição para prevenir a decadência do direito de lançar, conforme compreensão do STJ. logo, correta a letra “b”.

43. (ESAF/PFN/2004) Julgue os itens abaixo segundo o entendimento atualmente dominante no Superior Tribunal de Justiça e marque, a seguir, a opção que apresenta a resposta correta. I. No caso de tributo lançado por auto de infração, diz-se definitivamente constituído o crédito tributário depois de

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fluído o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ele tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do Fisco. II. Na pendência do julgamento de impugnação ou recurso administrativo apresentado tempestivamente, não correm nem prescrição nem decadência. III. A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida liminar. IV. A compensação de créditos tributários pode ser deferida por antecipação de tutela. a) Apenas III e IV estão corretos. b) Apenas IV está errado. c) Apenas I e II estão corretos. d) Apenas III está correto. e) Apenas I e III estão corretos.

O primeiro e segundo itens são verdadeiros. Foram retirados da interpretação do julgado de 1982 que citei em aula e foi cobrado na sétima questão destes nossos exercícios, a saber:

“Sobre prescrição e decadência em direito tributário, julgamento realizado pelo STF em 6 de outubro de 1982 considerou que, com a lavratura do auto de infração, consuma-se o lançamento do crédito tributário; que, por outro lado, a decadência só é admissível no período anterior a essa lavratura; depois, entre a ocorrência dela e até que flua o prazo para a interposição do recurso administrativo, ou enquanto não for decidido o recurso dessa natureza de que se tenha valido o contribuinte, não mais corre prazo para decadência, e ainda não se iniciou a fluência de prazo para prescrição; decorrido o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ela tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, há a constituição definitiva do crédito tributário, a que alude o artigo 174 do Código Tributário Nacional, começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do fisco”.

Assim, no caso de tributo lançado por auto de infração (lançamento de ofício), diz-se definitivamente constituído o crédito tributário depois de fluído o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ele tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do Fisco.

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E na pendência do julgamento de impugnação ou recurso administrativo apresentado tempestivamente, não correm nem prescrição nem decadência.

Já o item 3 é verdadeiro e o 4 é falso, porque “a compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida liminar ou por antecipação de tutela” (Súmula 212 do STJ).

Logo, é a letra “b”. Apenas o item IV está errado.

44.(ESAF/Auditor/TCE-GO/2007) Sobre o crédito tributário, no regime do Código Tributário Nacional, é incorreto afirmar a) que são modalidades de suspensão da exigibilidade do crédito tributário a moratória e o depósito do seu montante integral. b) que, no caso de restituição dos chamados impostos indiretos, tendo como fundamento o pagamento indevido ou a maior, somente será feita a quem prove ter assumido o referido encargo. c) que é vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. d) que a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da sua constituição definitiva, sendo certo que a prescrição se interrompe, entre outras hipóteses, pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal. e) que o pagamento de um crédito, quando parcial, importa em presunção de pagamento das prestações em que se decomponha.

É a letra “e”, porqueo pagamento de um crédito, quando parcial, não importa em presunção de pagamento das prestações em que se decomponha (art. 158, I, do CTN).

A letra “a” é verdadeira, eis que são modalidades de suspensão da exigibilidade do crédito tributário a moratória e o depósito do seu montante integral.

A letra “b” é verdadeira, pois dispõe o art. 166 do CTN que, no caso de restituição dos chamados impostos indiretos, tendo como fundamento o pagamento indevido ou a maior, somente será feita a quem prove ter assumido o referido encargo ou, no caso de tê-lo

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transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.

A letra “c” é verdadeira, eis que é vedada (proibida) a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial (art. 170-A, do CTN).

A letra “d” é verdadeira, eis que a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da sua constituição definitiva, sendo certo que a prescrição se interrompe, entre outras hipóteses, pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal (art. 174, do CTN).

45. (ESAF/AFTE/PI/2002) No primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, inicia- se o prazo para: a) remissão. b) compensação. c) prescrição. d) decadência. e) parcelamento.

É letra “d”, pois no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, inicia-se o prazo para decadência (art. 173, inc. I, do CTN).

46. (ESAF/AFTE/MS/2001) É sabido que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, por meio do lançamento, extingue- se em cinco anos, contados a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Esse modo de extinção do crédito tributário é: a) Prescrição. b) Transação. c) Remissão. d) Compensação. e) Decadência.

É a letra “e”, porque é sabido que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, por meio do lançamento, extingue- se em cinco anos, contados a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Esse modo de extinção do crédito tributário é decadência (art. 173, inc. I, do CTN).

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47. (ESAF/AFM/NATAL/2001) A decadência é forma de extinção do crédito tributário, que ocorre quando: a) decorridos cinco anos a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, este não é realizado. b) a partir de cinco anos da data de sua constituição definitiva, não é realizado o lançamento. c) a obrigação tributária principal é excluída em decorrência de determinação legal. d) o direito de a Fazenda Pública cobrar o montante tributário devido não é exercido no prazo de dez anos. e) mediante concessões mútuas entre os sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária, ocorre a terminação do litígio referente ao crédito correspondente, com sua conseqüente extinção.

A decadência é forma de extinção do crédito tributário, que ocorre quando:decorridos cinco anos a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, este não é realizado (art. 173, inc. I, do CTN). Logo, correta a letra “a”.

48. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a prescrição e a decadência, como modalidades de extinção do crédito tributário, assinale a opção correta. a) O despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal suspende a prescrição. b) A inscrição do débito em dívida ativa constitui causa de suspensão do prazo prescricional. c) Notificado o sujeito passivo do lançamento, inicia-se o prazo decadencial de cinco anos para extinção do crédito. d) A Constituição Federal autoriza que lei ordinária, em situações específicas, estabeleça normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre decadência e prescrição. e) O pagamento de débitos prescritos não gera o direito a sua repetição, na medida em que, embora extinta a pretensão, subsiste o direito material.

Letra (A). Há interrupção e não suspensão da prescrição com o despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal (art. 174, I, CTN). Logo, incorreta.

Letra (B). O examinador adotou o entendimento literal do art. 2°, §3°, da Lei n. 6.830/1980 (Lei de Execuções Fiscais - LEF), que dispõe que a inscrição do débito em Dívida Ativa suspende a

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prescrição, por 180 (cento e oitenta) dias ou até a distribuição da execução fiscal. Logo, correta. Contudo, destaca-se que o STJ entende que a suspensão do prazo prescricional prevista na LEF sofre as limitações impostas pelo CTN, afirmando que a LEF “ao fixar ao prazo prescricional hipótese de suspensão pelo ato de inscrição do débito, não prevista expressamente no CTN, deve ser aplicada tão-somente às dívidas ativas de natureza não-tributária” (REsp 708227/PR, REsp 465531, REsp 249262/DF, REsp 233649/SP).

Letra (C). O prazo decadencial é antes do lançamento tributário. Com a notificação do lançamento ao sujeito passivo apenas se pode falar em prazo prescricional. Logo, incorreta.

Letra (D). A lei ordinária não pode estabelecer normas gerais de direito tributário. Assim sendo, somente lei complementar conforme o entendimento do STF pode disciplinar prazos de decadência e prescrição no direito tributário. Por exemplo, a súmula vinculante 8 dispõe que são “inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei n. 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei n. 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. Logo, incorreta.

Letra (E). O pagamento de débitos tributários prescritos gera o direito a sua repetição, segundo interpretação mais atual do STJ, pois a prescrição extingue o crédito tributário (REsp 1004747/RJ, REsp 636.495/RS). Logo, incorreta.

49. (TRF/2003/ESAF) Verifique os quadros abaixo e relacione cada uma das alíneas do primeiro quadro com uma das opções do segundo. Assinale, a seguir, a opção correta. V - a moratória, concedida por lei em caráter geral ou concedida em caráter individual, com base em lei autorizativa. W - a remissão. X - a consignação em pagamento, julgada procedente. Y - a anistia concedida em caráter geral ou limitadamente. Z - a conversão do depósito do montante integral do crédito em renda. 1. Suspende a exigibilidade do crédito tributário. 2. Extingue o crédito tributário. 3. Exclui o crédito tributário. a) V2 W3 X1 Y2 Z4. b) V1 W2 X2 Y3 Z2. c) V2 W2 X2 Y2 Z3. d) V3 W1 X3 Y3 Z1.

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e) V1 W3 X1 Y1 Z2.

A moratória, concedida por lei em caráter geral ou concedida em caráter individual, com base em lei autorizativa, suspende a exigibilidade do crédito tributário (art. 151, inc. I, do CTN).

A remissão extingue o crédito tributário (art. 156, inc. IV, do CTN).

A consignação em pagamento, julgada procedente, extingue o crédito tributário (art. 156, inc. VIII, do CTN).

A anistia concedida em caráter geral ou limitadamente exclui o crédito tributário (art. 175, inc. II, do CTN).

A conversão do depósito do montante integral do crédito em renda extingue o crédito tributário (art. 156, inc. VI, do CTN).

Logo, é a letra “b” a resposta.

50. (AFTN/94/ESAF) Quanto ao Crédito Tributário, é correto afirmar que a) sua importância pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, no caso de subordinação do recebimento do crédito ao pagamento da penalidade pecuniária. b) sua exclusão dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. c) extingue-se após decorrido o prazo decadencial de 5 anos, contados da data da sua constituição definitiva. d) extingue-se após decorrido o prazo prescricional de 5 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado. e) extingue-se mediante o depósito do seu montante integral.

A letra “a” é correta, porque o crédito tributário pode ser consignado judicialmente pelo sujeito passivo, no caso de subordinação do recebimento do crédito ao pagamento da penalidade pecuniária (art. 164, inc. I, do CTN).

A letra “b” é incorreta, porque exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias (parágrafo único, do art. 175, do CTN).

A letra “c” é incorreta, porque estabelece como prazo de decadência um prazo que é de prescrição. Lembrem do art. 174, do

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CTN, que dispõe: “A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva”.

A letra “d” é incorreta, pois esta agora confunde prazo de prescrição com prazo de decadência previsto na regra geral do art. 173, inc. I, do CTN, que diz: “O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: (I) do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado”. E este é um prazo de decadência.

A letra “e” é incorreta, porque o depósito do seu montante integral do crédito tributário suspende e não extingue o crédito tributário (art. 151, inc. II, do CTN).

51. (AFTN/96/ESAF) Sobre o valor de verdade dos enunciados que seguem, podemos asseverar que: I - A exclusão do crédito tributário dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. II - A compensação independe de previsão legal expressa, posto que o instituto já se encontra amparado pelo Código Civil. III - A decisão administrativa, ainda que objeto de ação anulatória, extingue o crédito tributário. a) I e III são verdadeiros e I é falso. b) os três enunciados são falsos. c) I e II são verdadeiros e II é falso. d) os três enunciados são verdadeiros. e) I e II são falsos e III é verdadeiro.

O primeiro item é falso, eis que a exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias (parágrafo único, do art. 175, do CTN).

O segundo item é falso, pois a compensação tributária depende de previsão legal expressa, apesar do instituto já se encontrar amparado pelo Código Civil, uma vez que o CTN no art. 170 estabelece a necessidade de lei no âmbito tributário, a saber: “A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública”.

O terceiro item é falso, porque a decisão administrativa, quando ainda é objeto de ação anulatória, não extingue o crédito tributário.

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Extingue o crédito tributário “a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória”.

Logo, é a letra “b”.

52. (AFE/PI/2001/ESAF) O Código Tributário Nacional – CTN arrola como hipóteses de exclusão do crédito tributário: a) a moratória e o parcelamento. b) a prescrição e a decadência. c) a anistia e a isenção. d) a imunidade e a remissão. e) a transação e a compensação.

O Código Tributário Nacional (CTN) arrola como hipóteses de exclusão do crédito tributário a isenção e anistia (art. 175, incs. I e II).

Logo, é a letra “c”.

53. (ESAF/AFTE/MS/2001) Entre as formas de exclusão do crédito tributário, pode ser mencionada a seguinte: a) concessão de medida liminar em mandado de segurança. b) depósito de seu montante integral. c) transação. d) isenção. e) decadência.

É a letra “d”, eis que entre as formas de exclusão do crédito tributário, pode ser mencionada a isenção (art. 175, inc. I, do CTN).

54. (AFM/Recife/2003/ESAF) Assinale a resposta correta, em consonância com as disposições pertinentes ao tema "crédito tributário", constantes do Código Tributário Nacional. a) Extinguem o crédito tributário a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória, o pagamento, a decadência, a anistia. b) Extinguem o crédito tributário a transação, o depósito do seu montante integral, a compensação, a decisão judicial passada em julgado. c) A isenção e a remissão excluem o crédito tributário. d) Suspendem a exigibilidade do crédito tributário a moratória, a concessão de medida liminar ou de tutela

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antecipada em ação judicial, a conversão de depósito em renda, as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo. e) Extinguem o crédito tributário a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei, a transação, a prescrição, a compensação.

A letra “e” é correta, pois extinguem o crédito tributário a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei, a transação, a prescrição, a compensação, de acordo respectivamente com os incs. XI, III, V e II, do art. 156 do CTN.

A letra “a” é incorreta, porque a anistia exclui o crédito tributário (art. 175, inc. II, do CTN).

A letra “b” é incorreta, porque o deposito do montante integral suspende o crédito tributário (art. 151, inc. II, do CTN).

A letra “c” é incorreta, porque a isenção exclui o crédito tributário (art. 175, inc. I, do CTN), mas a remissão extingue (art. 156, inc. IV, do CTN).

A letra “d” é incorreta, pois a conversão do depósito em renda extingue o crédito tributário (art. 156, inc. VI, do CTN).

55. (ESAF/AFM/2007) Um determinado contribuinte obteve a remissão do crédito tributário representado pelo valor do imposto devido no exercício de 2002, foi isentado do pagamento desse imposto em 2003 e obteve o parcelamento do montante desse imposto devido em 2004. Em relação à remissão, à isenção e ao parcelamento houve, respectivamente, (A) exclusão do crédito tributário, suspensão da exigibilidade do crédito tributário e extinção do crédito tributário. (B) extinção do crédito tributário, suspensão da exigibilidade do crédito tributário e exclusão do crédito tributário. (C) extinção do crédito tributário, extinção do crédito tributário e suspensão da exigibilidade do crédito tributário. (D) exclusão do crédito tributário, exclusão do crédito tributário e suspensão da exigibilidade do crédito tributário. (E) extinção do crédito tributário, exclusão do crédito tributário e suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

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A remissão extingue o crédito tributário (art. 156, inc. IV, do CTN).

A isenção exclui o crédito tributário (art. 175, inc. I, do CTN).

O parcelamento suspende o crédito tributário (art. 151, inc. VI, do CTN).

Logo, é a letra “e” (extinção, exclusão e suspensão).

56. (ESAF/AFTE/MS/2001) A legislação tributária que disponha sobre exclusão do crédito tributário deve ser interpretada: a) logicamente. b) analogicamente. c) sistematicamente. d) literalmente. e) teleologicamente.

De acordo com o art. 111, inc. I, do Código Tributário Nacional, a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário é interpretada literalmente.

Logo, a resposta é letra “d”.

57. (AFM/Recife/2003 – ESAF) Conforme estabelece o Código Tributário Nacional, a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário é interpretada: a) da maneira mais favorável ao sujeito passivo, em caso de dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos. b) mediante aplicação do método teleológico. c) mediante aplicação do método sistemático. d) de tal modo que o emprego da eqüidade implique dispensa de tributo devido, quando a autoridade tributária competente, à vista de disposição normativa expressa, não puder utilizar a analogia. e) literalmente.

Conforme estabelece o art. 111, inc. I, do CTN, a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário é interpretada literalmente.

Portanto, a resposta é a letra “e”.

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58. (ESAF/PFN/2004) Segundo o Código Tributário Nacional, está sujeita à interpretação literal a norma tributária que verse sobre a) remissão. b) compensação. c) prescrição. d) decadência. e) parcelamento.

É a letra “e”, uma vez que a remissão, a compensação, a prescrição e a decadência extinguem o crédito tributário.

Já o parcelamento é hipótese de suspensão do crédito tributário.

Nesse rumo, interpreta-se literalmente a (i)Moratória; (ii)Depósito do seu montante integral; (iii) Reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; (iv)Concessão de medida liminar em mandado de segurança; (v)Concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (vi)Parcelamento.

E também a (i) isenção e (ii) anistia, que são causas de exclusãodo crédito tributário.

QUESTÕES TRATADAS EM AULA

24. (ESAF/AFTM-FORTALEZA 2003) Assinale a resposta correta. a) Extingue o crédito tributário a dação em pagamento em bens de qualquer natureza, na forma e nas condições estabelecidas em lei. b) A conversão de depósito em renda, a remissão e a anistia extinguem o crédito tributário. c) É permitido que a lei concessiva de moratória circunscreva expressamente a sua aplicabilidade a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos. d) A decisão administrativa de que não mais caiba recurso administrativo, mas que esteja sendo questionada mediante ação anulatória, extingue o crédito tributário. e) O pagamento, a compensação, a transação e o depósito integral do montante exigido pela Fazenda Pública extinguem o crédito tributário.

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25. (ESAF/AFRF/2000)Marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando em seguida a opção correspondente. ( ) O pagamento é efetuado em moeda corrente, cheque ou vale postal, e, nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. ( ) A legislação tributária pode determinar as garantias exigidas para o pagamento por cheque ou vale postal. ( ) Se o cheque dado em pagamento não for liquidado, o pagamento do tributo não se considera feito. a) F, F, F. b) V, V, F. c) V, F, F. d) V, V, V. e) F, F, V.

26. (AFTN/94/ESAF) Suponha que a lei tributária do Estado X não preveja prazo para pagamento do imposto Z. O contribuinte pagou-lhe a segunda prestação 60 dias depois de notificado para fazê-lo. A notificação da primeira parcela foi ignorada; o contribuinte não a pagou. A lei respectiva também não prevê a multa pela falta ou atraso de pagamento, nem se refere a juros de mora. À luz das normas dispositivas do Código Tributário Nacional, pode-se dizer que a) o contribuinte não pode ser cobrado da primeira parcela, tendo em vista que o Fisco aceitou a segunda, sem ressalvas; pela mesma razão, nada deve de juros moratórios. b) quanto à segunda prestação, o contribuinte deve juros de mora de 1 % sobre o seu valor; deve a primeira, pelo seu valor integral, mais juros de 1 % ao mês. c) o contribuinte pode ser cobrado pelo valor da primeira parcela; nada pode ser cobrado no que se refere à segunda, porque, aceita sem ressalvas, extinguiu-se o crédito tributário. d) embora a primeira parcela também seja devida, os juros de mora não o são, por falta de previsão de sanção pecuniária pelo atraso ou pela falta de pagamento. e) os juros de mora não podem ser cobrados, em face do princípio da legalidade (não houve previsão legal para sua cobrança); o principal, concernente à primeira prestação, é devido, porém sem acréscimos.

27. (AFTN/94/ESAF) A autoridade administrativa, no caso de débitos vencidos do mesmo sujeito passivo, determinará que a imputação se dê, na seguinte ordem: a) primeiramente as taxas e depois a contribuição de melhoria. b) crescente, em função dos prazos de decadência. c) crescente, em função dos montantes. d) primeiramente os débitos por responsabilidade solidária. e) primeiramente os débitos por obrigação própria.

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28. (ESAF/Analista/CE/2006) Sobre o pagamento, a principal e mais comum hipótese de extinção da obrigação tributária, o Código Tributário Nacional estabelece uma série de normas que o disciplinam. Assinale a seguir o item incorreto. a) O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas na legislação tributária. b) Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições em que estabeleça. c) O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento, quando parcial, das prestações em que se decomponha e, quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. d) O pagamento dos tributos é efetuado, como regra, em moeda corrente, cheque ou vale postal, mas há tributos em que a lei preveja o seu pagamento em estampilha, em papel selado ou por processo mecânico. e) Quando a lei não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do local em que tenha sido verificada a ocorrência do fato gerador daquele tributo.

29. (ESAF/AFTN/1994/adaptada)São requisitos necessários à compensação do crédito tributário: a) reciprocidade das obrigações; fungibilidade das obrigações; liquidez e certeza dos créditos; créditos vencidos ou vincendo; lei autorizativa. b) lei autorizadora; liquidez e certeza dos créditos; infungibilidade das coisas devidas. c) lei autorizadora; créditos vencidos; exigibilidade das prestações. d) créditos vencidos; lei autorizadora. e) reciprocidade das obrigações; créditos vencidos; liquidez das dívidas.

30. (ESAF/AFTN/1996)Sobre a compensação do crédito tributário, é incorreto afirmar que exige para seu exercício: a) crédito vencido ou vincendo, lei autorizadora e liquidez da dívida. b) reciprocidade de obrigações, liquidez das dívidas e lei autorizadora. c) reciprocidade de obrigações, crédito líquido e certo vencido ou vincendo.

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d) decreto executivo autorizador, liquidez das dívidas e crédito vencido ou vincendo. e) previsão legal, crédito vencido ou vincendo sobre o qual não se tenham operado os efeitos da decadência.

31. (PFN/2003/ESAF) Expressamente estabelece o Código Tributário Nacional, no tocante a modalidades de extinção do crédito tributário: a) gera direito adquirido para o sujeito passivo o despacho fundamentado, exarado por autoridade administrativa competente, mediante o qual se conceda remissão de crédito tributário com fundamento em disposição expressa de lei. b) o pagamento integral do crédito tributário é ilidido pela imposição de penalidade, na hipótese de haver correlação entre o crédito e a penalidade. c) é vedado conceder, mediante lei, desconto pela antecipação do pagamento de crédito tributário, exceto na hipótese de ocorrência de expressivos índices inflacionários ou desvalorização acentuada da moeda nacional. d) é vedado à lei autorizar a compensação de créditos tributários inscritos em dívida ativa da Fazenda Pública com créditos líquidos e certos, vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pública. e) é vedada a compensação de créditos tributários com créditos do sujeito passivo contra a Fazenda Pública, mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.

32. (ESAF/AFRF/2002) Uma decisão judicial reconheceu ao contribuinte o direito de efetuar a compensação do imposto de renda mediante o aproveitamento de certa parcela do IPI que considerou indevida. O contribuinte efetuou o referido aproveitamento. O Auditor considerou errado o procedimento do contribuinte, porque a Fazenda havia recorrido da decisão do juiz de primeiro grau. Está certo o Auditor?

33. (ESAF/AFE/PR/2003) Marque a opção que apresenta resposta correta. a) O pagamento, a compensação, a transação, a anistia, a dação em pagamento em bens imóveis extinguem o crédito tributário. b) Suspendem a exigibilidade do crédito tributário o depósito de trinta por cento do montante integral do crédito, a moratória, o parcelamento, a concessão de medida liminar em mandado de segurança. c) O pagamento, a decadência, a novação, a prescrição, a decisão administrativa irreformável extinguem o crédito tributário. d) Extinguem o crédito tributário o depósito do seu montante integral, realizado administrativamente, a prescrição, a decadência e,

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na forma e condições estabelecidas em lei, a dação em pagamento em bens imóveis. e) Suspendem a exigibilidade do crédito tributário os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo, o parcelamento, a moratória, a concessão de tutela antecipada em ação judicial ordinária.

34. (ESAF/AFTN/1994)O protesto judicial a) suspende a decadência. b) interrompe a decadência. c) interrompe a prescrição. d) suspende a prescrição. e) reinicia a contagem da decadência.

35. (AFTN/94/ESAF) A fiscalização federal apura débito de contribuinte do IPI, relativo a fato gerador ocorrido no mês de fevereiro de 1989, comprovando, ainda, a ocorrência do dolo, fraude e simulação. Lavrado o auto de infração em março de 1994, o contribuinte impugna o lançamento sob o fundamento de já se esgotara o prazo para cobrança desse IPI. O contribuinte: a) não tem razão, porque não se esgotou o prazo decadencial. b) tem razão, porque já ocorreu a prescrição. c) tem razão, diante do transcurso do prazo decadencial. d) não tem razão, porque não se verificou o lapso prescricional. e) tem razão, porque já ocorreu tanto a decadência quanto a prescrição.

36. (AFTN/96/ESAF) Assinale a opção correta. a) Nos casos de lançamento por homologação, o direito de o fisco homologar o crédito tributário extingue-se após decorrido o prazo de cinco anos, contados do primeiro dia do exercício em que o lançamento poderia ser efetuado. b) A ação de cobrança do crédito tributário extingue-se após decorrido o prazo de cinco anos, contados da data da ocorrência do fato gerador. c) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário tem o condão de também suspender o prazo decadencial. d) A decisão administrativa definitiva que anule lançamento anteriormente efetuado, segundo o CTN, interrompe o prazo decadencial. e) Nos casos de lançamento por declaração, o prazo decadencial para que o fisco efetue o lançamento de ofício conta-se do momento da ocorrência do fato jurídico tributário.

37. (AFRF/2005/ESAF/adaptada) · No lançamento por homologação, o interregno que medeia a declaração do valor do

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tributo e o vencimento corre o prazo prescricional da pretensão de cobrança?

38. (AFRF/2005/TA/ESAF) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência. ( ) Lei de Execução Fiscal (LEF) prevê que a inscrição em dívida ativa suspende o curso do prazo prescricional. ( ) O Código Tributário Nacional não prevê essa suspensão da LEF. ( ) O STJ entende que a suspensão do prazo prescricional prevista na LEF sofre as limitações impostas pelo CTN. a) F V V. b) F FF. c) V F V. d) F F V. e) V VV.

39. (AFTM/Recife/2003/ESAF) Sobre prescrição e decadência em direito tributário, julgamento realizado pelo Supremo Tribunal Federal em 6 de outubro de 1982 considerou que, com a lavratura do auto de infração, consuma-se (1)............................ do crédito tributário; que, por outro lado, a decadência (2)........................ no período anterior a essa lavratura; depois, entre a ocorrência dela e até que flua o prazo para a interposição do recurso administrativo, ou enquanto não for decidido o recurso dessa natureza de que se tenha valido o contribuinte, não mais corre prazo para (3)........................, e ainda não se iniciou a fluência de prazo para (4).....................; decorrido o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ela tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, há a constituição definitiva do crédito tributário, a que alude o artigo 174 do Código Tributário Nacional, começando a fluir, daí, o prazo de (5)................. da pretensão do fisco. Assinale a opção que preenche corretamente os espaços numerados e pontilhados do texto. a) (1) a constituição (2) é admissível (3) decadência (4) decadência (5) prescrição. b) (1) a constituição definitiva (2) não é admissível (3) prescrição (4) decadência (5) prescrição. c) (1) o lançamento (2) só é admissível (3) decadência (4) prescrição (5) prescrição. d) (1) o aperfeiçoamento (2) não se verifica (3) prescrição (4) prescrição (5) prescrição. e) (1) a constituição provisória (2) só ocorre (3) prescrição (4) exigibilidade do crédito tributário (5) prescrição.

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40. (AFTE/RN/2005/ESAF) Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I - O prazo de prescrição (cinco anos) da ação para a cobrança do crédito tributário tem como termo inicial a data de inscrição na dívida ativa. II - O reconhecimento do débito pelo devedor, se formalizado por ato extrajudicial, não interrompe o prazo de prescrição da ação para a cobrança do crédito tributário. III - Na hipótese de anulação, por vício formal, do lançamento anteriormente efetuado, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após cinco anos, contados da data em que se tornar definitiva a decisão que o houver anulado. a) Somente I é verdadeira. b) Somente II é verdadeira. c) Somente III é verdadeira. d) Somente I e II são verdadeiras. e) Somente II e III são verdadeiras.

41. (AFTE/RN/2005/ESAF) Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a resposta correta. ( ) A intimação ou citação judicial, validamente feita ao representante da Fazenda Pública interessada, interrompe o prazo de prescrição da ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição de tributo. ( ) A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. ( ) A restituição vence juros capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. a) V, F, F b) V, V, F c) V, F, V d) F, V, F e) F, V, V.

42. (AFPS/2002/ESAF) O contribuinte BPV, discordando de crédito tributário que a Fazenda Pública lhe exigiu, ingressou na Justiça com mandado de segurança, visando a obstar a cobrança que entendia indevida. O juiz concedeu liminar, no mandado de segurança, para impedir a Fazenda Pública de exigir o crédito tributário em questão. Prevê o Código Tributário Nacional que medidas liminares concedidas em ações judiciais suspendem a exigibilidade do crédito tributário. Tendo em vista esses elementos e com base na legislação pertinente, assinale a resposta correta.

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a) Se o juiz não julgar o processo em noventa dias, a liminar perde eficácia, podendo, assim, a Fazenda Pública inscrever o débito em dívida ativa e promover a execução judicial. b)Ainda que o juiz de 1ª instância demore um, cinco, dez ou mais anos para proferir sentença no mandado de segurança, a Fazenda Pública fica impedida de promover a execução judicial da dívida do sujeito passivo durante todo o período em que a liminar não estiver revogada, suspensa ou cassada por decisão judicial. c) Se no prazo de um ano o processo não for julgado em primeira instância, a liminar perde eficácia, podendo, assim, a Fazenda Pública inscrever o débito em dívida ativa e promover a execução judicial. d) Existente a eficácia da liminar, deve ser promovida a execução judicial da dívida, independentemente de ter sido, ou não, proferida sentença no mandado de segurança, antes de expirar o prazo de cinco anos, contado da data em que o representante da Fazenda Pública foi notificado da liminar. e) Existente a eficácia da liminar, fica a Fazenda Pública autorizada a promover a execução judicial da dívida, independentemente de ter sido, ou não, proferida sentença no mandado de segurança, antes de expirar o prazo de cinco anos, contado da data em que o contribuinte foi notificado do lançamento do crédito tributário, com vistas a prevenir a ocorrência de prescrição da ação de execução fiscal.

43. (ESAF/PFN/2004) Julgue os itens abaixo segundo o entendimento atualmente dominante no Superior Tribunal de Justiça e marque, a seguir, a opção que apresenta a resposta correta. I. No caso de tributo lançado por auto de infração, diz-se definitivamente constituído o crédito tributário depois de fluído o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ele tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do Fisco. II. Na pendência do julgamento de impugnação ou recurso administrativo apresentado tempestivamente, não correm nem prescrição nem decadência. III. A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida liminar. IV. A compensação de créditos tributários pode ser deferida por antecipação de tutela. a) Apenas III e IV estão corretos. b) Apenas IV está errado. c) Apenas I e II estão corretos. d) Apenas III está correto. e) Apenas I e III estão corretos.

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44.(ESAF/Auditor/TCE-GO/2007) Sobre o crédito tributário, no regime do Código Tributário Nacional, é incorreto afirmar a) que são modalidades de suspensão da exigibilidade do crédito tributário a moratória e o depósito do seu montante integral. b) que, no caso de restituição dos chamados impostos indiretos, tendo como fundamento o pagamento indevido ou a maior, somente será feita a quem prove ter assumido o referido encargo. c) que é vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. d) que a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da sua constituição definitiva, sendo certo que a prescrição se interrompe, entre outras hipóteses, pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal. e) que o pagamento de um crédito, quando parcial, importa em presunção de pagamento das prestações em que se decomponha.

45. (ESAF/AFTE/PI/2002) No primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, inicia- se o prazo para: a) remissão. b) compensação. c) prescrição. d) decadência. e) parcelamento.

46. (ESAF/AFTE/MS/2001) É sabido que o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário, por meio do lançamento, extingue- se em cinco anos, contados a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Esse modo de extinção do crédito tributário é: a) Prescrição. b) Transação. c) Remissão. d) Compensação. e) Decadência.

47. (ESAF/AFM/NATAL/2001) A decadência é forma de extinção do crédito tributário, que ocorre quando: a) decorridos cinco anos a partir do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, este não é realizado. b) a partir de cinco anos da data de sua constituição definitiva, não é realizado o lançamento. c) a obrigação tributária principal é excluída em decorrência de determinação legal.

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d) o direito de a Fazenda Pública cobrar o montante tributário devido não é exercido no prazo de dez anos. e) mediante concessões mútuas entre os sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária, ocorre a terminação do litígio referente ao crédito correspondente, com sua conseqüente extinção.

48. (ESAF/AFRFB/2010) Sobre a prescrição e a decadência, como modalidades de extinção do crédito tributário, assinale a opção correta. a) O despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal suspende a prescrição. b) A inscrição do débito em dívida ativa constitui causa de suspensão do prazo prescricional. c) Notificado o sujeito passivo do lançamento, inicia-se o prazo decadencial de cinco anos para extinção do crédito. d) A Constituição Federal autoriza que lei ordinária, em situações específicas, estabeleça normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre decadência e prescrição. e) O pagamento de débitos prescritos não gera o direito a sua repetição, na medida em que, embora extinta a pretensão, subsiste o direito material.

49. (TRF/2003/ESAF) Verifique os quadros abaixo e relacione cada uma das alíneas do primeiro quadro com uma das opções do segundo. Assinale, a seguir, a opção correta. V - a moratória, concedida por lei em caráter geral ou concedida em caráter individual, com base em lei autorizativa. W - a remissão. X - a consignação em pagamento, julgada procedente. Y - a anistia concedida em caráter geral ou limitadamente. Z - a conversão do depósito do montante integral do crédito em renda. 1. Suspende a exigibilidade do crédito tributário. 2. Extingue o crédito tributário. 3. Exclui o crédito tributário. a) V2 W3 X1 Y2 Z4. b) V1 W2 X2 Y3 Z2. c) V2 W2 X2 Y2 Z3. d) V3 W1 X3 Y3 Z1. e) V1 W3 X1 Y1 Z2.

50. (AFTN/94/ESAF) Quanto ao Crédito Tributário, é correto afirmar que a) sua importância pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, no caso de subordinação do recebimento do crédito ao pagamento da penalidade pecuniária.

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b) sua exclusão dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. c) extingue-se após decorrido o prazo decadencial de 5 anos, contados da data da sua constituição definitiva. d) extingue-se após decorrido o prazo prescricional de 5 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado. e) extingue-se mediante o depósito do seu montante integral.

51. (AFTN/96/ESAF) Sobre o valor de verdade dos enunciados que seguem, podemos asseverar que: I - A exclusão do crédito tributário dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. II - A compensação independe de previsão legal expressa, posto que o instituto já se encontra amparado pelo Código Civil. III - A decisão administrativa, ainda que objeto de ação anulatória, extingue o crédito tributário. a) I e III são verdadeiros e I é falso. b) os três enunciados são falsos. c) I e II são verdadeiros e II é falso. d) os três enunciados são verdadeiros. e) I e II são falsos e III é verdadeiro.

52. (AFE/PI/2001/ESAF) O Código Tributário Nacional – CTN arrola como hipóteses de exclusão do crédito tributário: a) a moratória e o parcelamento. b) a prescrição e a decadência. c) a anistia e a isenção. d) a imunidade e a remissão. e) a transação e a compensação.

53. (ESAF/AFTE/MS/2001) Entre as formas de exclusão do crédito tributário, pode ser mencionada a seguinte: a) concessão de medida liminar em mandado de segurança. b) depósito de seu montante integral. c) transação. d) isenção. e) decadência.

54. (AFM/Recife/2003/ESAF) Assinale a resposta correta, em consonância com as disposições pertinentes ao tema "crédito tributário", constantes do Código Tributário Nacional. a) Extinguem o crédito tributário a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória, o pagamento, a decadência, a anistia.

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b) Extinguem o crédito tributário a transação, o depósito do seu montante integral, a compensação, a decisão judicial passada em julgado. c) A isenção e a remissão excluem o crédito tributário. d) Suspendem a exigibilidade do crédito tributário a moratória, a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada em ação judicial, a conversão de depósito em renda, as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo. e) Extinguem o crédito tributário a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei, a transação, a prescrição, a compensação.

55. (AFM/2007) Um determinado contribuinte obteve a remissão do crédito tributário representado pelo valor do imposto devido no exercício de 2002, foi isentado do pagamento desse imposto em 2003 e obteve o parcelamento do montante desse imposto devido em 2004. Em relação à remissão, à isenção e ao parcelamento houve, respectivamente, (A) exclusão do crédito tributário, suspensão da exigibilidade do crédito tributário e extinção do crédito tributário. (B) extinção do crédito tributário, suspensão da exigibilidade do crédito tributário e exclusão do crédito tributário. (C) extinção do crédito tributário, extinção do crédito tributário e suspensão da exigibilidade do crédito tributário. (D) exclusão do crédito tributário, exclusão do crédito tributário e suspensão da exigibilidade do crédito tributário. (E) extinção do crédito tributário, exclusão do crédito tributário e suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

56. (ESAF/AFTE/MS/2001) A legislação tributária que disponha sobre exclusão do crédito tributário deve ser interpretada: a) logicamente. b) analogicamente. c) sistematicamente. d) literalmente. e) teleologicamente.

57. (AFM/Recife/2003 – ESAF) Conforme estabelece o Código Tributário Nacional, a legislação tributária que disponha sobre suspensão ou exclusão do crédito tributário é interpretada: a) da maneira mais favorável ao sujeito passivo, em caso de dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos. b) mediante aplicação do método teleológico. c) mediante aplicação do método sistemático.

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d) de tal modo que o emprego da eqüidade implique dispensa de tributo devido, quando a autoridade tributária competente, à vista de disposição normativa expressa, não puder utilizar a analogia. e) literalmente.

58. (ESAF/PFN/2004) Segundo o Código Tributário Nacional, está sujeita à interpretação literal a norma tributária que verse sobre a) remissão. b) compensação. c) prescrição. d) decadência. e) parcelamento.

GABARITO

24. C25. D 26. B 27. E 28. E29. A 30. D

31. E 32. CERTO 33. E34. C 35. A36. D 37. NÃO. 38. E 39. C 40. C

41. D 42. B43. B44. E45. D46. E 47. A 48. B49. B 50. A51. B

52. C 53. D 54. E 55. E 56. D57. E58. E