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PORTUGUÊS P/ ICMS-SP - (QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 04 (Regência nominal e verbal. Crase.) Olá! Espero que seu estudo esteja rendendo bastante e que você esteja bastante motivado, pois esta aula é muito importante e demanda muita atenção. Ao analisarmos várias provas da FCC, vemos que a quantidade de questões de regência normalmente é maior que a de concordância; por isso esse assunto deve ser visto com muita cautela. A regência é cobrada normalmente da seguinte forma: a) reconhecimento dos tipos de complemento; b) uso dos pronomes oblíquos átonos; c) transitividade com pronome relativo e com conjunção integrante. Além disso, ela é um elemento muito importante para entendermos a crase, a qual será vista na última parte desta aula. Observação: a banca Fundação Carlos Chagas não costuma cobrar questões de regência pura, isto é, sem se considerar um pronome relativo ou uma oração substantiva, ou o uso de um pronome oblíquo, ainda assim, encontramos algumas. Vamos exercitar????? Questão 1: Prefeitura Jaboatão 2006 Auditor Tributário Em determinadas circunstâncias, um governo autoritário pode ser preferível a um governo democrático. Uma outra forma correta de se redigir o segmento sublinhado na frase, em que também se preserva sua coerência de sentido, é: (A) pode-se preferir mais um governo autoritário do que um governo democrático. (B) um governo autoritário é mais preferível do que um governo democrático. (C) pode-se dar menos preferência a um governo democrático do que de um governo autoritário. (D) pode-se preferir, a um governo democrático, um governo autoritário. (E) um governo autoritário é tão mais preferível quanto um governo democrático. Comentário: O verbo “preferir” é transitivo direto e indireto. Assim, o objeto indireto é iniciado somente pela preposição “a” (preferir algo a outro). O adjetivo “preferível” exige complemento nominal iniciado pela preposição “a” (algo é preferível a outro). Assim, não pode haver elementos comparativos, como “mais que”, “menos que”, “tão que”. Além disso, não pode haver elementos intensificadores como “muito”, “mil vezes”, “mais” etc. Na alternativa (A), deve-se retirar a expressão comparativa “mais...do Português para ICMS - SP (questões comentadas)

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Aula 04

(Regência nominal e verbal. Crase.)

Olá! Espero que seu estudo esteja rendendo bastante e que você esteja bastante motivado, pois esta aula é muito importante e demanda muita atenção.

Ao analisarmos várias provas da FCC, vemos que a quantidade de questões de regência normalmente é maior que a de concordância; por isso esse assunto deve ser visto com muita cautela.

A regência é cobrada normalmente da seguinte forma:

a) reconhecimento dos tipos de complemento; b) uso dos pronomes oblíquos átonos; c) transitividade com pronome relativo e com conjunção integrante.

Além disso, ela é um elemento muito importante para entendermos a crase, a qual será vista na última parte desta aula. Observação: a banca Fundação Carlos Chagas não costuma cobrar questões de regência pura, isto é, sem se considerar um pronome relativo ou uma oração substantiva, ou o uso de um pronome oblíquo, ainda assim, encontramos algumas. Vamos exercitar?????

Questão 1: Prefeitura Jaboatão 2006 Auditor Tributário Em determinadas circunstâncias, um governo autoritário pode ser preferível a um governo democrático.

Uma outra forma correta de se redigir o segmento sublinhado na frase, em que também se preserva sua coerência de sentido, é:

(A) pode-se preferir mais um governo autoritário do que um governo democrático.

(B) um governo autoritário é mais preferível do que um governo democrático.

(C) pode-se dar menos preferência a um governo democrático do que de um governo autoritário.

(D) pode-se preferir, a um governo democrático, um governo autoritário. (E) um governo autoritário é tão mais preferível quanto um governo

democrático. Comentário: O verbo “preferir” é transitivo direto e indireto. Assim, o objeto indireto é iniciado somente pela preposição “a” (preferir algo a outro). O adjetivo “preferível” exige complemento nominal iniciado pela preposição “a” (algo é preferível a outro). Assim, não pode haver elementos comparativos, como “mais que”, “menos que”, “tão que”. Além disso, não pode haver elementos intensificadores como “muito”, “mil vezes”, “mais” etc. Na alternativa (A), deve-se retirar a expressão comparativa “mais...do

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que” e inserir a preposição “a”: pode-se preferir um governo autoritário a um governo democrático. Na alternativa (B), deve-se retirar a expressão comparativa “mais...do que” e inserir a preposição “a”: um governo autoritário é preferível a um governo democrático. Na alternativa (C), a relação ocorre não com o substantivo “preferência”, mas com o verbo transitivo direto e indireto “dar”. Perceba que há dois objetos diretos e indiretos compostos, os quais se ligam à locução verbal “pode-se dar”. Veja uma possibilidade:

pode-se dar menos preferência a um governo democrático e mais a um governo autoritário. Note que o verbo “dar” exige a preposição “a”. Assim, elimina-se a possibilidade da regência com o substantivo “preferência”. A alternativa (D) é a correta, pois a locução verbal “pode-se preferir” é transitiva direta e indireta. Assim, “um governo autoritário” é o objeto direto e “a um governo democrático” é o objeto indireto. É importante uma observação: o objeto indireto “a um governo democrático” não poderia ser separado por dupla vírgula, pois vimos que, entre sujeito, verbo e complementos verbais, não há vírgula. A banca trabalhou nesta questão apenas a regência, apesar de o pedido da questão não especificar isso. Então cuidado, ok! Na alternativa (E), deve-se retirar a expressão comparativa “tão mais... quanto” e inserir a preposição “a”: um governo autoritário é preferível a um governo democrático. Gabarito: D Questão 2: TCE – SE 2011 Analista de Controle Externo É preciso corrigir um equívoco de redação da seguinte frase:

(A) Não houve ninguém que se furtasse em dar entrevista. (B) A força policial solidarizou-se com os moradores. (C) Correu o boato de que o objeto contava com poderes sobrenaturais. (D) Em nada perturbou os animais a aparição do exótico objeto. (E) Afrouxou-se a vigilância dos guardas, acometidos por letargia. Comentário: Perceba que o verbo “furtar-se” exige a preposição “de”. Corrigindo, termos:

Não houve ninguém que se furtasse de dar entrevista. Gabarito: A Questão 3: TCE – MG 2007 Técnico de Controle Externo - Direito Que adulto nunca se deparou com uma criança fuzilando perguntas?

Não haverá necessidade de qualquer alteração formal na frase acima caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por

(A) enfrentou – disparando (B) se confrontou – insistindo (C) se pôs diante – reiterando (D) confrontou – metralhando (E) se houve – descarregando

loc. verbal TDI objeto direto objeto indireto ob direto

objeto indireto

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Comentário: Na frase, o verbo “deparou-se” exige o objeto indireto “com uma criança” e “fuzilando” exige o objeto direto “perguntas”. Assim, devemos substituir esses verbos por outros de igual regência. Veja:

Que adulto nunca enfrentou uma criança disparando perguntas? Que adulto nunca se confrontou com uma criança insistindo em perguntas? Que adulto nunca se pôs diante de uma criança reiterando perguntas? Que adulto nunca se confrontou com uma criança metralhando perguntas? Que adulto nunca se houve com uma criança descarregando perguntas?

O verbo “houve”, neste caso da alternativa (E), tem sentido de encontrar, deparar-se com. Por isso recebe, o pronome átono “se” e a preposição “com”. Gabarito: E Questão 4: DPE RS 2011 - Superior Qual das alternativas expressa linguagem culta e a linguagem informal, respectivamente?

(A) "Assistir à televisão" e "visar a um objetivo". (B) "Atender o telefone" e "responder a pergunta". (C) "Responder à pergunta" e "assistir à televisão". (D) "Responder a pergunta" e "visar um objetivo". (E) "Visar a um objetivo" e "atender o telefone". Comentário: A linguagem informal é aquela que não segue os rigores das normas gramaticais. Isto é, algo comumente falado, mas não deve ser escrito por fugir à norma culta. Assim, elencamos abaixo as expressões da norma culta e da linguagem informal. Veja: culta informal

“Assistir à televisão” “Atender o telefone” “Visar a um objetivo” “Responder a pergunta” “Responder à pergunta” “Visar um objetivo”

Portanto, a alternativa correta é a (E). Gabarito: E

Questão 5: TRT18ªR 2008 Analista Está correta a construção da seguinte frase:

(A) Seu vizinho de poltrona acha preferível ouvir música do que se concentrar num filme.

(B) A mulher ao lado prefere mais um filme em vez de ouvir música. (C) Tenho mais preferência a desfrutar do silêncio que de ouvir intimidades

alheias. (D) O jovem prefere concentrar-se na música a ficar com os olhos num

monitor de TV. (E) É mais preferível entreter-se com idéias próprias a que se distrair com as

tolices de um filme. Comentário: A banca quis que o candidato observasse que o verbo preferir ou o adjetivo preferível não admitem termo comparativo, nem intensificador. Por isso, será transcrito abaixo já com a correção:

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(A) Seu vizinho de poltrona acha preferível ouvir música a se concentrar num filme. (B) A mulher ao lado prefere um filme a ouvir música. (C) Tenho preferência de (por) desfrutar do silêncio a ouvir intimidades alheias. A alternativa (D) é a correta. (E) É preferível entreter-se com ideias próprias a se distrair com as tolices de um filme. Gabarito: D Questão 6: CEAL 2008 Advogado O culto das aparências é a chave que nos dá acesso ao prestígio público.

Caso se substitua, na frase acima, culto por zelo e dá acesso por franqueia, as expressões sublinhadas devem ser substituídas, respectivamente, por

(A) nas aparências - no prestígio. (B) às aparências - do prestígio. (C) pelas aparências - o prestígio. (D) pelas aparências - pelo prestígio. (E) nas aparências - para com o prestígio. Comentário: Nesta questão, trabalha-se a regência nominal, pois os nomes “culto” e “acesso” exigem os complementos nominais “das aparências” e “aos prestígio público”, respectivamente. Na substituição por “zelo” e “franqueia”, o primeiro rege a preposição “por” e o verbo “franqueia” é transitivo direto, o qual não exige preposição. Portanto, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C

Reconhecimento dos tipos de complemento

Esse é um tema já visto na aula 2. Para este tipo de questão, basta analisarmos a estrutura da oração e entendermos as formas como aparecem os complementos verbais e nominal.

No lugar dos exemplos, vamos direto a algumas questões.

Questão 7: BB 2011 Escriturário Em 1979 ele publicou O Princípio Responsabilidade.

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:

(A) ... que as éticas tradicionais [...] não estavam à altura das consequências danosas do progresso tecnológico ...

(B) ... para degenerar de maneira desmesurada ... (C) ... que aceleram o curso do desenvolvimento tecnológico ... (D) ... a sobrevivência de nossas sociedades depende da atualização do

potencial tecnológico ... (E) ... que não advém do saber oficial nem da conduta privada ... Comentário: O verbo “publicou” é transitivo direto e “O Princípio Responsabilidade” é o objeto direto. (Publicou o quê?) Na alternativa (A), “estavam” é verbo intransitivo e “à altura das consequências danosas do progresso tecnológico” é o adjunto adverbial de modo. (Estavam como?) Na alternativa (B), “degenerar” é verbo intransitivo e “de maneira

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desmesurada” é o adjunto adverbial de modo. (Degenerar como?) A alternativa (C) é a correta, pois “aceleram” é verbo transitivo direto e “o curso do desenvolvimento tecnológico” é o objeto direto. (Aceleram o quê?) Na alternativa (D), “depende” é verbo transitivo indireto e “da atualização do potencial tecnológico” é o objeto indireto. (Depende de quê?) Na alternativa (E), “advém” é verbo transitivo indireto e “do saber oficial nem da conduta privada” é o objeto indireto. (Advém de quê?) Gabarito: C Questão 8: TRT 24ªR 2006 Técnico Todos os anos o Brasil perde com o tráfico uma quantia financeira incalculável...

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima é:

(A) Grupos de preocupação ecológica investem na proteção aos recursos naturais do país.

(B) Compete à Justiça a aplicação de penalidades aos traficantes de animais silvestres, nos termos da lei.

(C) O comércio de animais silvestres é prática ilegal, reprovada por toda a sociedade.

(D) Animais silvestres transportados sem o devido cuidado acabam morrendo. (E)) Pesquisadores destacam a necessidade de maior proteção aos recursos

naturais do país. Comentário: O verbo “perde” é transitivo direto, “com o tráfico” é adjunto adverbial de meio” e “uma quantia financeira incalculável” é objeto direto. Na alternativa (A), o verbo “investem” é transitivo indireto e “na proteção” é objeto indireto. (Investem em quê?) Note que a expressão “aos recursos naturais do país” é o complemento nominal de “proteção” (proteger os recursos →proteção aos recursos) Na alternativa (B), o verbo “Compete” é transitivo indireto e “à Justiça” é objeto indireto. Perceba que “a aplicação” é sujeito. (Algo compete a quem?) Note que as expressões “de penalidades” e “aos traficantes de animais silvestres” são complementos nominais do substantivo “aplicação”. (Aplicar penalidades aos traficantes de animais silvestres→aplicação de penalidades aos traficantes de animais silvestres). Como “traficantes” é um substantivo concreto, de acordo com o critério 2, o termo “de animais silvestres” é um adjunto adnominal. Na alternativa (C), “é” é o verbo de ligação e “prática ilegal” é predicativo. Na alternativa (D), a locução verbal “acabam morrendo” é intransitiva. A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “destacam” é transitivo direto e “a necessidade” é objeto direto. (Destacam o quê?) Gabarito: E Questão 9: TRT 1ªR 2011 Analista ... em diversos pontos controversos, desempatou controvérsias ...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está

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em:

(A) Os milhares de africanos que morreram por conta da viagem ou de padecimentos posteriores ...

(B) Entre 1758 e 1851, por aquelas pedras passaram pelo menos 600 mil escravos trazidos d'África.

(C) A própria construção do cais teve o propósito de ... (D) ... mas as melhores descrições [...] saíram todas da pena de viajantes

estrangeiros. (E) Os negros ficavam expostos no térreo de sobrados ... Comentário: O verbo “desempatou” é transitivo direto e “controvérsias” é o objeto direto. Na alternativa (A), “morreram” é verbo intransitivo e “por conta da viagem ou de padecimentos posteriores” é o adjunto adverbial de causa. Na alternativa (B), “passaram” é também verbo intransitivo e “por aquelas pedras” é o adjunto adverbial de lugar. A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “teve” é transitivo direto e “o propósito” é o objeto direto. Na alternativa (D), “saíram” é verbo intransitivo e “da pena de viajantes estrangeiros” é o adjunto adverbial de lugar. Na alternativa (E), “ficavam” é verbo de ligação. Gabarito: C Questão 10: TRT 3ªR 2009 Analista ... que prevalece no conhecimento do torcedor comum sobre os dados históricos.

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:

(A) ... e estão espalhados por vários locais. (B) ... que homogeneíza todos os indivíduos. (C) ... o sentimento tribal é muito forte ... (D) ... acompanha o indivíduo por toda vida ... (E) ... que (...) participam no rito das danças guerreiras. Comentário: O verbo “prevalece” é transitivo indireto e “no conhecimento do torcedor comum” é o objeto indireto. Não confunda com adjunto adverbial de lugar, pois não se faz a pergunta “onde”, mas “em que” ao verbo, pois “no conhecimento do torcedor comum” não é um lugar. (Prevalece em quê?) Na alternativa (A), “estão” é verbo de ligação, “espalhados” predicativo e “por vários locais” é adjunto adverbial de lugar. Na alternativa (B), “homogeneíza” é verbo transitivo direto e “todos os indivíduos” é o objeto direto. Na alternativa (C), “é” é verbo de ligação e “forte” é predicativo. Na alternativa (D), “acompanha” é verbo transitivo direto e “o indivíduo” é o objeto direto. A alternativa (E) é a correta, pois “participam” é verbo transitivo indireto e “no rito das danças guerreiras” é objeto indireto. (Participam em quê?) Gabarito: E

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Questão 11: PGE RO 2011 nível superior – um direito que passa pela derrubada de ditadores e tiranos.

O verbo de mesma regência que o verbo passar na frase acima está grifado na frase:

(A) Com apenas uma década, o século XXI exibe inúmeras incertezas quanto às possíveis consequências dos acontecimentos históricos.

(B) A conquista de direitos civis importa em informações livres e imparciais a respeito dos fatos que marcam a vida quotidiana, principalmente na área da política.

(C) A violência contra os direitos das minorias observada durante o século XX moveu defensores dos direitos humanos em todo o mundo.

(D) A importância de certos fatos históricos transpõe, muitas vezes, os limites estabelecidos por uma cronologia tradicionalmente aceita.

(E) A proximidade dos fatos históricos nem sempre favorece uma avaliação exata e imparcial do que ocorre ao nosso redor.

Comentário: O verbo “passa”, no sentido em que se encontra na frase, é transitivo indireto, “pela derrubada” é o objeto indireto e “de ditadores e tiranos” é o complemento nominal, pois completam o sentido do adjetivo “derrubada”. Note que os verbos das alternativas (A), (C), (D) e (E) são transitivos diretos. Apenas o verbo “importa” é transitivo indireto, com o objeto indireto “em informações livres”. Portanto, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B

Regência com pronomes oblíquos Os pronomes pessoais oblíquos átonos são “me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, os lhes”, mas cabe aqui trabalharmos apenas os pronomes pessoais oblíquos átonos “o, a, os, as, lhe, lhes”, por serem exigidos pela regência no tipo de questão que veremos a seguir.

Os pronomes “o, a, os, as” serão os objetos diretos.

Ana comprou um livro (comprou-o). Ana comprou uns livros (comprou-os).

Quando esse verbo transitivo direto terminar com “r”, “s” ou “z”, o pronome átono “o” e suas variações receberão “l”. Veja: Vou cantar uma música. VTD + OD

Vou cantá-la. VTD+ OD

Vou vender o carro. VTD + OD

Vou vendê-lo. VTD+ OD

Vou compor uma música. VTD + OD

Vou compô-la. VTD + OD

Note, agora, com verbo terminado em “ir”. A retirada do “r” não faz com que haja acento, pois não se acentua oxítona terminada em “i”:

Vou partir o bolo. Vou parti-lo. VTD + OD VTD + OD Porém, acentua-se a palavra que possua hiato em que a segunda vogal seja “i”. Veja:

A prefeitura vai construir uma ponte. A prefeitura vai construí-la. VTD + OD VTD + OD

Vamos agora a exemplos com “s” e “z”:

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Solicitamos o documento. Solicitamo-lo. VTD + OD VTD + OD Refiz o documento. Refi-lo. VTD + OD VTD + OD

Quando o verbo transitivo direto terminar com “m” ou sinal de nasalização (~), recebe “n”:

Cantam a música. Cantam-na. Põe a música! Põe-na! VTD + OD VTD + OD VTD + OD VTD + OD

Os pronomes “lhe, “lhes” ocupam as funções sintáticas de objeto indireto, complemento nominal, além de poder possuir valor de posse.

Objeto indireto: Paguei ao músico. Paguei-lhe. VTI + OI VTI + OI

Complemento nominal: Sou fiel a você. Sou-lhe fiel. VL + predicativo + CN VL+CN+

predicativo

Valor de posse: Há gramáticos que entendem este pronome como objeto indireto, outros como adjunto adnominal; mas isso, para a Fundação Carlos Chagas, não importa. O que interessa é o valor de posse.

As pernas dela doem. Sujeito + VI

Doem-lhe as pernas. VI + sujeito

Roubaram a sua bolsa. VTD + OD

Roubaram-lhe a bolsa. VTD + OD

Colocação dos pronomes oblíquos átonos

A colocação significa a posição do pronome oblíquo átono antes do verbo (próclise), depois do verbo (ênclise) ou no meio do verbo (mesóclise).

Ênclise: o pronome surge após o verbo. Pode ser considerada a colocação básica do pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Na língua culta, é observada no início das frases ou quando não houver palavra que atraia esse pronome:

Apresento-lhe meus cumprimentos. Contaram-te tudo? Joana cansou-se de tanto andar.

Observação: deve-se ter em mente que não se inicia oração com pronome oblíquo átono: estão erradas as construções “Me disseram assim.”, o ideal é “Disseram-me assim.”

Próclise: o pronome surge antes do verbo, porque há uma palavra que o atrai, chamada palavra atrativa.

Não nos mostraram nada. Nada me disseram.

a) São palavras atrativas: advérbios¹, pronomes relativos², interrogativos³, conjunções subordinativas4 e, normalmente, as negações5:

Sempre¹ se encontram. É a pessoa que² nos orientou. Quem³ te disse isso? Nada foi feito, embora4 se conhecessem as consequências da omissão. Não5 me falaram nada a respeito disso.

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b) Se, após a palavra atrativa houver pausa (vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos etc), a atração perde força e o pronome deve posicionar-se após o verbo:

Não nos falaram a verdade. Não, falaram-nos a verdade. Agora nos fale a verdade. Agora, fale-nos a verdade.

c) O pronome átono, não inicial, pode vir antes da palavra negativa: “...descia eu para Nápoles a busca de sol que o não havia nas terras do norte.”

d) A colocação pronominal enclítica ocorre por força gramatical, porém os autores modernos têm optado pela próclise, mesmo não havendo palavra atrativa, haja vista o processo eufônico (soar melhor). Veja:

O marceneiro feriu-se com a lâmina. O marceneiro se feriu com a lâmina.

Mesóclise: o pronome é intercalado ao verbo, que deve estar no futuro do presente do indicativo ou futuro do pretérito do indicativo. Mas, se houver palavra atrativa, mesmo com os verbos nestes tempos, a colocação é a próclise:

Mostrar-lhe-ei meus escritos. Falar-vos-iam a verdade? Nunca lhe mostrarei meus escritos. Jamais vos falarei a verdade.

Agora, veja essas regras com uma locução verbal:

O pronome oblíquo átono pode posicionar-se em qualquer das três formas a seguir:

infinitivo gerúndio particípio 1 Vou-lhe falar. Estou-lhe falando. Tenho-lhe falado. 2 Vou lhe falar. Estou lhe falando. Tenho lhe falado. 3 Vou falar-lhe. Estou falando-lhe. —

Quando há hífen, sabe-se que ocorre ênclise. Assim, na estrutura 1, há ênclise ao verbo auxiliar; na 2 há próclise ao verbo principal e na 3 há ênclise ao verbo principal. Note que não pode haver ênclise com verbo no particípio.

Observe também que não se muda o sentido com a mudança de posição do pronome oblíquo átono. Outra importante observação: via de regra, com palavra atrativa, o pronome oblíquo átono ficará proclítico ao auxiliar ou ao principal, e enclítico ao principal:

infinitivo gerúndio particípio 1 Não lhe vou falar. Não lhe estou falando. Não lhe tenho falado. 2 Não vou lhe falar. Não estou lhe falando. Não tenho lhe falado. 3 Não vou falar-lhe. Não estou falando-lhe. —

Portanto, há de se concluir que as normas de colocação pronominal não devem ser vistas como preceitos intocáveis, ficando, em muitos casos, subordinados às exigências da ênfase, da harmonia e espontaneidade da expressão.

Questão 12: Prefeitura São Paulo 2007 Auditor-Fiscal Tributário Municipal I Não é preciso amar os princípios de convivência, como também não se deve

verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal

verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal verbo auxiliar verbo principal

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ignorar esses princípios, pois quem não dá fé a esses princípios impede que os contraventores levem a sério esses princípios.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados por, respectivamente,

(A) ignorá-los − lhes dá fé − os levem a sério (B) ignorar-lhes − dá-lhes fé − levem-lhes a sério (C) lhes ignorar − lhes dá fé − os levem a sério (D) ignorá-los − dar fé a eles − levem-lhes a sério (E) os ignorar − os dá fé − levem-nos a sério Comentário: O verbo “ignorar” é transitivo direto. Assim, o termo “esses princípios” é o objeto direto e não pode ser substituído por “lhes”. Por isso, devemos excluir as alternativas (B) e (C). O verbo “dá” é transitivo direto e indireto, o termo “fé” é o objeto direto e “a esses princípios” é o objeto indireto. O termo “a esses princípios” não pode ser substituído por “os”. Por isso, a alternativa (E) deve ser excluída. O verbo “levem” é transitivo direto, o termo “esses princípios” é o objeto direto e “a sério” é o adjunto adverbial de modo. Assim, o termo “esses princípios” não pode ser substituído por “lhes”. Por isso, eliminamos a alternativa (D), e a correta é a (A). Gabarito: A Questão 13: TCE – GO 2009 Analista de Controle Externo A moderação não é fácil de alcançar; há quem veja a moderação como sinal de fraqueza; consideram outros a moderação um atributo dos tímidos – sem falar nos que atribuem à moderação a pecha da covardia.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) a veja - consideram-na outros - lhe atribuem (B) lhe veja - a consideram outros - atribuem-na (C) a veja - consideram-lhe outros - atribuem-na (D) veja a ela - consideram-na outros - atribuem-lhe (E) veja-a - a consideram outros - a atribuem Comentário: O verbo “veja” é transitivo direto e o termo “a moderação” é o objeto direto, o qual não pode ser substituído pelo pronome “lhe”, nem pela expressão preposicionada “a ela”. Assim, eliminamos as alternativas (B) e (D). O verbo “consideram” é transitivo direto, o pronome “outros” é o sujeito e o termo “a moderação” é o objeto direto, o qual não admite ser substituído pelo pronome “lhe”. Assim, eliminamos a alternativa (C). O verbo “atribuem” é transitivo direto e indireto e o termo “à moderação” é o objeto indireto, o qual não admite ser substituído por “a”. Assim, eliminamos a alternativa (E) e temos a (A) como correta. Gabarito: A Questão 14: TCE – CE 2008 Analista de Controle Externo No interior das famílias, costuma-se manejar os velhos, tratar os velhos como seres passivos, negar aos velhos a oportunidade de escolha, manter os velhos imobilizados num canto qualquer.

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Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por:

(A) tratar-lhes - negar-lhes - manter-lhes (B) tratá-los - negá-los - mantê-los (C) tratá-los - negar-lhes - mantê-los (D) tratar-lhes - negá-los - manter-lhes (E) os tratar - lhes negar - lhes manter Comentário: O verbo “tratar” é transitivo direto, “os velhos” é o objeto direto, por isso não pode ser substituído por “lhes”. Assim, eliminamos as alternativas (A) e (D). O verbo “negar” é transitivo direto e indireto, “aos velhos” é o objeto indireto e “a oportunidade de escolha” é o objeto direto. Como o objeto indireto não pode ser substituído por “os”, devemos eliminar a alternativa (B). O verbo “manter” é transitivo direto e o termo “os velhos” é o objeto direto, por isso não pode ser substituído pelo pronome “lhes”, fazendo com que a alternativa (C) seja a correta. Gabarito: C Questão 15: TCE – MG 2007 Técnico de Controle Externo - Direito As estrelas brilham no céu, e quem fica a observar as estrelas, sentindo a magia das estrelas, considera as estrelas signos de um grande mistério.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

(A) lhes observar - sentindo a magia delas - considera-as. (B) as observar - sentindo sua magia - lhes considera. (C) observá-las - sentindo-as a magia - as considera. (D) observá-las - sentindo-lhes a magia - considera-as. (E) lhes observar - sentindo-lhes a magia - considera-lhes. Comentário: O verbo “observar” é transitivo direto, o termo “as estrelas” é o objeto direto e não admite ser substituído pelo pronome “lhes”. Assim, eliminamos as alternativas (A) e (E). O verbo “sentindo” é transitivo direto e o termo “a magia das estrelas” é o objeto direto, cujo núcleo é o substantivo “magia” e “das estrelas” é o seu adjunto adnominal, com valor de posse. Assim, esse adjunto adnominal pode ser substituído pelo pronome possessivo “sua” (sentindo sua magia), pela preposição “de” seguida do pronome oblíquo tônico “elas” (sentindo a magia delas) ou ser substituído pelo pronome oblíquo átono “lhes” (sentindo-lhes a magia). Assim, eliminamos a alternativa (C). O verbo “considera” é transitivo direto e o termo “as estrelas” é o objeto direto, o qual não admite ser substituído por “lhes”. Assim, eliminamos a alternativa (B) e sabemos que a (D) é a correta. Gabarito: D Questão 16: TRT 16ªR 2009 Técnico O segmento grifado abaixo que está substituído de modo INCORRETO pelo pronome correspondente é:

(A) que suprem produtos = que os suprem.

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(B) minimizar esses impactos = minimizá-los. (C) destacamos uma extensa e diversificada cadeia de fornecedores =

destacamo-la. (D) favorecendo um desenvolvimento mais sustentável = favorecendo-o. (E) passou a despertar o interesse de pesquisadores = despertar-lhes. Comentário: Na alternativa (A), o verbo “suprem” é transitivo direto e “produtos” é o objeto direto. Assim, é correta a substituição pelo pronome oblíquo átono “os”. A palavra atrativa “que” faz com que esse pronome se posicione antes do verbo. Na alternativa (B), o verbo “minimizar” é transitivo direto e “esses impactos” é o objeto direto; por isso é correta a utilização do pronome oblíquo átono “os”. Como o verbo termina em “r”, deve-se excluir essa terminação e inserir “l”. Na alternativa (C), “destacamos” é verbo transitivo direto e “uma extensa e diversificada cadeia de fornecedores” é o objeto direto. Assim é correta a substituição dessa expressão pelo pronome oblíquo átono “a”. Como o verbo termina em “s”, deve-se retirar essa terminação e inserir “l”. Na alternativa (D), o verbo “favorecendo” é transitivo direto e “um desenvolvimento mais sustentável” é o objeto direto; por isso está correta a substituição pelo pronome “o”. Na alternativa (E), está incorreto o uso de “lhes”. O verbo “despertar” é transitivo direto e “o interesse de pesquisadores” é o objeto direto, o qual só pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono “o”. Como o verbo termina em “r”, este deve ser retirado para inserir o “l”, resultando na seguinte construção: “despertá-lo”. Gabarito: E Questão 17: TRT 18ªR 2008 Técnico O pronome que substitui corretamente o segmento grifado, respeitando também as exigências de colocação, está em:

(A) não haveria limites para a atividade humana = não haveria-os. (B) detonando a questão das mudanças do clima = as detonando. (C) as principais produtoras criaram um sistema conjunto = criaram-no. (D) para aumentar a eficiência de hardwares e softwares = aumentá-los. (E) e promover a reciclagem = lhe promover. Comentário: Na alternativa (A), o verbo “haveria” é transitivo direto e “limites” é o seu objeto direto; por isso o pronome oblíquo átono está adequado, porém a sua colocação deve se dar antes do verbo, pois o advérbio “não” é uma palavra atrativa (não os haveria). Na alternativa (B), o verbo “detonando” é transitivo direto e “a questão das mudanças do clima” é o objeto direto. Como o núcleo desse termo é o substantivo singular “questão”, o pronome adequado é também singular “a”. A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “criaram” é transitivo direto e “um sistema conjunto” é o objeto direto, por isso está correto o pronome “o”. Como o verbo termina em “m”, esse pronome recebeu “n”, corretamente. Na alternativa (D), o verbo “aumentar” é transitivo direto e “a eficiência de hardwares e softwares” é o objeto direto. Como o núcleo desse termo é o substantivo feminino singular “eficiência”, o pronome adequado seria “a”. Esse

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pronome deve receber “l”, tendo em vista o verbo terminar em “r” (aumentá-la). Na alternativa (E), o verbo “promover” é transitivo direto e “a reciclagem” é objeto direto. Por isso, o pronome ideal seria “a”, o qual deve receber “l”, tendo em vista o verbo terminar em “r”. (promovê-la) Gabarito: C Questão 18: TRT 24ªR 2006 Técnico ... cujas belezas naturais despertaram os fazendeiros para as oportunidades do turismo.

O termo grifado na frase acima está corretamente substituído pelo pronome correspondente em

(A) lhes despertaram. (B) despertaram eles. (C) despertaram-lhes. (D) despertaram-los. (E))os despertaram. Comentário: O verbo “despertaram” é transitivo direto e “os fazendeiros” é o objeto direto. O pronome adequado seria “os”. Assim, eliminam-se as alternativas (A) e (C). A alternativa (B) está errada, porque o pronome “eles” não é átono. Como o verbo termina em “m”, esse pronome recebe “n”, quando está em ênclise; por isso a alternativa (D) está errada. Resta, então, a alternativa (E), pois a próclise é admitida, mesmo sem palavra atrativa, tendo em vista soar menos artificial (princípio da eufonia). Gabarito: E Questão 19: TRT 24ªR 2003 Analista O Brasil é rico em matérias-primas, mas não basta possuirmos matérias-primas, o desejável é que pudéssemos processar as matérias-primas, industrializar essas matérias-primas e auferir todo o lucro potencial embutido nessas matérias-primas.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo- se, de modo correto, os elementos sublinhados, respectivamente, por:

(A))as possuirmos - processá-las - industrializá-las - nelas embutido (B) lhes possuirmos - processá-las - industrializá-las - embutido-lhes (C) possuirmo-las - lhes processar - lhes industrializar - nelas embutido (D) as possuirmos - as processar - industrializar-lhes - nelas embutidas (E) possuí-las - processar-lhes - industrializar-lhes - embutido-lhes Comentário: Este tipo de questão deve ser realizado eliminando-se as alternativas erradas. O verbo “possuirmos” é transitivo direto e “matérias-primas” é o objeto direto. Como o pronome oblíquo átono “lhes” não pode substituir o objeto direto, eliminamos a alternativa (B). A alternativa (E) também está errada, pois o verbo “possuí” muda o tempo verbal, o que não é coerente no contexto. O verbo “processar” é transitivo direto e o termo “as matérias-primas” é o objeto direto. Como o pronome “lhes” não pode substituir o objeto direto, devemos eliminar a alternativa (C), pois a (E) já foi eliminada. O verbo “industrializar” é transitivo direto e “essas matérias-primas” é o

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objeto direto. Como o pronome “lhes” não pode substituir o objeto direto, devemos eliminar a alternativa (D). Assim, a alternativa (A) é a correta. Note que o pronome “lhes” está posicionado equivocadamente após o particípio “embutido”. Isso confirma que a alternativa (A) é a correta. Gabarito: A Questão 20: TRT 24ªR 2006 Técnico O tráfico de animais silvestres constitui prática ilegal. Para coibir a prática ilegal, as autoridades responsáveis montam barreiras nas estradas, o objetivo dessas barreiras é impedir as tentativas de exportar os animais silvestres. Para tornar o segmento acima inteiramente correto, é preciso substituir os trechos grifados pelos pronomes correspondentes, na ordem,

(A) coibir-a - cujo o objetivo - exportá-los. (B) coibir ela - onde o objetivo - exportar-lhes. (C) coibir-na - onde o objetivo - exportá-los. (D) coibi-la - cujo objetivo - exportá-los. (E) coibi-la - que o objetivo - exportar-lhes. Comentário: Os verbos “coibir” e “exportar” são transitivos diretos. Assim, “a prática legal” e “os animais silvestres” são objetos diretos. Portanto, os pronomes ideais seriam “a” e “os”, respectivamente. Como esses verbos terminam em “r”, perdem essa letra e o pronome recebe “l”, resultando em “coibi-la” e “exportá-los”. Dessa forma, eliminam-se as alternativas (A), (B), (C) e (E), apenas com esse recurso, não se levando em conta o uso do pronome “cujo”, que será explorado mais à frente nesta aula. Gabarito: D Questão 21: TRT 21ªR 2003 Analista Ajudamos a criar essa nova arma no intuito de impedir que os inimigos tivessem acesso antes de nós a essa nova arma.

Valendo-se do emprego de pronomes, estará correta a seguinte reconstrução da frase acima:

(A) Ajudamos a criar-lhe no intuito de impedir eles de acessarem antes de nós essa nova arma.

(B) Ajudamos a criá-la no intuito de lhes impedir o acesso dos inimigos a essa nova arma antes de nós.

(C) Ajudamo-la a criar no intuito de impedir-lhes que eles tivessem acesso à ela antes de nós.

(D)) Ajudamos a criá-la no intuito de impedir que eles tivessem acesso a ela antes de nós.

(E) Ajudamos a criá-la no intuito de os impedir de acessar-lhe antes de nós. Comentário: Na alternativa (A), o verbo “criar” é transitivo direto e “essa nova arma” é objeto direto, o qual pode ser substituído pelo pronome “a”. Esse pronome recebe “l”, porque o verbo termina em “r”. Assim, observa-se o erro nesta alternativa. O pronome “eles” deve ser substituído por “los”, haja vista que funciona como objeto direto do verbo “impedir”.

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Na alternativa (B), como o verbo “impedir” é transitivo direto, não cabe o pronome “lhe”. Além disso, pela construção sintática, o ideal seria a retirada deste pronome, resultando em “de impedir o acesso dos inimigos a essa nova arma”. Na alternativa (C), o complemento “essa nova arma” refere-se ao verbo “criar”, e não a “Ajudamos”. Por isso há erro. O pronome “lhes” deve ser trocado por “los” (com a exclusão do “r” no verbo). O pronome “eles” deve ser excluído e não há crase antes do pronome “ela”. Pelo comentário das alternativas anteriores, já se sabe que a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D Questão 22: TRT 18ªR 2008 Analista Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero as viagens de ônibus uma verdadeira provação, pois o que vem caracterizando as viagens de ônibus é uma profusão de ruídos de toda espécie, o que torna as viagens de ônibus um desafio aos nervos de um pacato passageiro.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) considero-as - as vem caracterizando - as torna (B) considero-as - vem-nas caracterizando - lhes torna (C) as considero - vem-lhes caracterizando - torna-las (D) considero-lhes - lhes vem caracterizando - as torna (E) considero-lhes - vem caracterizando-as - torna-as Comentário: O verbo “considero” é transitivo direto, e o pronome adequado seria “as”. Por isso, eliminam-se as alternativas (D) e (E). A locução verbal “vem caracterizando” é transitiva direta, e o pronome adequado seria “as”. Por isso, elimina-se também a alternativa (C). A forma “vem-nas” deve ser evitada, tendo em vista a palavra atrativa “que”. Isso elimina também a alternativa (B). Além de isso eliminar esta alternativa, percebe-se que o verbo “torna” é transitivo direto e não admite “lhes”, como ocorreu com a alternativa (B). Assim, a correta é a (A). Gabarito: A Questão 23: CEAL 2008 Advogado Quanto aos políticos profissionais, o cidadão que considera os políticos profissionais uma espécie daninha insiste em eleger os políticos profissionais, em vez de preterir os políticos profissionais em favor de um espírito de renovação.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

(A) os considera - lhes eleger - os preterir (B) lhes considera - elegê-los - preterir-lhes (C))os considera - elegê-los - preteri-los (D) considera estes - eleger a estes - lhes preterir (E) considera os mesmos - eleger eles - os preterir

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Comentário: O verbo “considera” é transitivo direto, por isso o pronome ideal seria “os”. Assim, elimina-se a alternativa (B). O verbo “eleger” é transitivo direto. Por isso, o pronome ideal seria “os”, eliminando-se a alternativa (A). Perceba também que “a estes” recebeu preposição sem necessidade, e “eles” não pode ser o objeto direto, pois é um pronome oblíquo tônico, só aceito antecedido de preposição. Por isso eliminam-se também as alternativas (D) e (E). Portanto, já se sabe que a correta é a alternativa (C). Para confirmar, “preterir” é transitivo direto, admitindo o pronome “os”. Gabarito: C Questão 24: CEAL 2008 Advogado Em 11 de setembro ocorreu a tragédia que marcou o início deste século, e o mundo acompanhou essa tragédia pela TV. A princípio, ninguém atribuiu a essa tragédia a dimensão que ela acabou ganhando, muitos chegaram a tomar essa tragédia como um grave acidente aéreo.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por

(A) acompanhou-a - a atribuiu - lhe tomar (B) acompanhou-a - lhe atribuiu - tomá-la (C) lhe acompanhou - lhe atribuiu - tomar-lhe (D) acompanhou-a - a atribuiu - tomá-la (E) lhe acompanhou - atribuiu-lhe - a tomar Comentário: O verbo “acompanhou” é transitivo direto, por isso só cabe o objeto direto com pronome “a”, devendo-se eliminar as alternativas que tenham “lhe”, como (C) e (E). O verbo “atribuiu” é transitivo direto e indireto e seu objeto indireto pode ser substituído pelo pronome “lhe”, não cabendo “a”. Assim, eliminam-se as alternativas (A) e (D). Por isso a correta é a alternativa (B). Para se confirmar, perceba que o verbo “tomar” é transitivo direto e seu objeto direto pode ser substituído pelo pronome “a” e nunca “lhe”, por isso se confirma a alternativa (B) como correta. Gabarito: B Questão 25: MPE SE 2010 Superior Ao dar com o helicóptero, o menino pôs o helicóptero para funcionar, o que significava manipular o helicóptero acionando uma manivela até que a força desse movimento conferisse ao helicóptero a propriedade de voar.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) pô-lo - manipulá-lo - lhe conferisse (B) o pôs - manipular-lhe - conferisse-lhe (C) lhe pôs - o manipular - lhe conferisse (D) pôs-lhe - manipulá-lo - o conferisse (E) pô-lo - lhe manipular - o conferisse Comentário: O verbo “pôs” é transitivo direto, por isso só cabe o objeto direto com pronome “o”. Como o verbo termina em “s”, se houver ênclise,

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elimina-se o “s” e se acrescenta “l”, resultando em “pô-lo”. Se se optar por próclise, o correto será “o pôs”. Com isso, devem-se eliminar as alternativas que tenham “lhe”, como (C) e (D). O verbo “manipular” também é transitivo direto e seu objeto direto pode ser substituído pelo pronome “o”, não cabendo “lhe”. Como o verbo termina em “r”, deve-se proceder da mesma forma que a alternativa anterior, cabendo “manipulá-lo” ou “o manipular”. Assim, eliminam-se as alternativas (B) e (E). Por isso a correta é a alternativa (A). Para se confirmar, perceba que o verbo “conferisse” é transitivo indireto e seu objeto indireto pode ser substituído pelo pronome “lhe. Gabarito: A Questão 26: TRT 3ªR 2009 Analista É forçoso contatar os índios com delicadeza, para poupar os índios de um contato talvez mais brutal, em que exploradores submetessem os índios a toda ordem de humilhação, tornando os índios vítimas da supremacia das armas do branco.

Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) poupar a eles - os submetessem - tornando-lhes (B) poupá-los - os submetessem - tornando-os (C) poupá-los - lhes submetessem - os tornando (D) poupar-lhes - os submetessem - tornando-lhes (E) os poupar - submetessem-nos - lhes tornando Comentário: O verbo “poupar” é transitivo direto e “os índios” é o objeto direto. O pronome adequado é “os”, assim eliminamos as alternativas (A) e (D). O verbo “submetessem” é transitivo direto e indireto, “a toda ordem de humilhação” é o objeto indireto e “os índios” é o objeto direto, o qual pode ser substituído pelo pronome “os”. Assim, eliminamos a alternativa (C). O verbo “tornamos” é transitivo direto e “os índios” é objeto direto. Portanto, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B Questão 27: BAHIA GÁS - 2010 – Analista Os mitos nos acompanham ao longo do tempo, por isso é preciso dar aos mitos a atenção que requerem. Porque haveremos de tratar os mitos como se fossem embustes, em vez de reconhecer nos mitos a simbologia inspiradora?

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

(A) dar-lhes os tratar neles reconhecer (B) dar-lhes tratar-lhes reconhecê-los (C) dá-los os tratar lhes reconhecer (D) lhes dar tratar a eles os reconhecer (E) dar a eles lhes tratar reconhecer neles Comentário: O verbo “dar” é transitivo direto e indireto. A expressão “a atenção” é o objeto direto e “aos mitos” é o objeto indireto. Assim, só cabe “lhes”. Com isso, eliminamos a alternativa (C).

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O verbo “tratar” é transitivo direto, logo “os mitos” é o objeto direto, cabendo o pronome “os”. Com isso, eliminamos as alternativas (B), (D) e (E). Agora, já sabemos que a alternativa correta é a (A), mas devemos confirmar. O verbo “reconhecer” é transitivo indireto e “nos mitos” é o objeto indireto; cabe o pronome oblíquo tônico com preposição “em”: “neles”. Gabarito: A Questão 28: TCE PB – 2006 – Superior O prêmio Nobel é consagrador, quem conquista o prêmio Nobel e desfruta do prestígio que advém de um prêmio Nobel percebe, também, que todos atribuem ao prêmio Nobel um extraordinário peso político.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por

(A) lhe conquista − lhe advém − lhe atribuem (B) conquista-o − o advém − lhe atribuem (C) o conquista − lhe advém − atribuem-no (D) o conquista − dele advém − lhe atribuem (E) lhe conquista − advém dele − atribuem-no Comentário: O verbo “conquista” é transitivo direto e o termo “o prêmio Nobel” é o objeto direto. Assim, esse objeto direto deve ser substituído pelo pronome pessoal oblíquo átono “o”. Por isso, eliminamos as alternativas (A) e (E). O verbo “advém” é transitivo indireto, assim não admite o pronome “o”. Por esse motivo, eliminamos a alternativa (B). O verbo “atribuem” é transitivo direto e indireto e o termo “ao prêmio Nobel” é o objeto indireto, o qual pode ser substituído pelo pronome pessoal oblíquo átono “lhe”. Assim, a alternativa correta é a (D). Gabarito: D

Regência com pronomes relativos O pronome relativo é uma palavra que inicia as orações subordinadas adjetivas e pode estar antecedido de preposição. Isso depende do verbo da oração adjetiva e da função sintática do pronome relativo. Por isso é importante visualizarmos quais são os pronomes relativos mais empregados.

que: retoma coisa ou pessoa o/a qual: retoma coisa ou pessoa quem: retoma pessoa cujo: relação de posse onde: retoma lugar quando: retoma tempo

Os pronomes relativos e suas funções sintáticas.

Sujeito:

O homem, que é um ser racional, aprende com seus erros. oração subordinada adjetiva oração principal

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Sempre se deve partir do verbo para entender a função sintática dos termos. Assim, há o verbo de ligação “é”, o predicativo “um ser racional”; logo, falta o sujeito, que é o pronome relativo “que”. Onde se lê “que”, entende-se “homem”, então se pode ter a seguinte estrutura:

O homem é um ser social.

Como se pode substituir “que” por “o qual” e suas variações, dependendo da palavra que foi retomada, teremos:

O homem, o qual é um ser racional, aprende com seus erros.

Abaixo serão listadas outras funções do pronome relativo e suas possibilidades de substituição: Objeto direto: Esta é a casa que amamos. a qual amamos. OD VTD

Objeto indireto: Esta é a casa de que gostamos. (de + a qual) da qual gostamos. OI VTI

Objeto indireto: Esta é a casa a que nos referimos. (a + a qual)

à qual nos referimos. OI VTI

Complemento nominal: Esta é a casa a que fizemos referência. (a + a qual) à qual fizemos referência. CN VTD + OD

Na função de adjunto adverbial, o pronome relativo “que” deve ser preposicionado tendo em vista transmitir os seus valores circunstanciais, normalmente os de tempo e lugar. Quando transmite valor de lugar, pode também ser substituído pelo pronome relativo “onde”.

A preposição “em” é de rigor quando o verbo intransitivo transmite processo estático (Estar em algum lugar, nascer em algum lugar). Porém, se transmitir lugar de destino, regerá preposição “a” (vai a algum lugar, vai para algum lugar); se transmitir lugar de origem, regerá a preposição “de” (vir de algum lugar). Pode ainda, na ideia de desenvolvimento do deslocamento, ser regido pela preposição “por” (passar por algum lugar).

Veja:

Adjunto adverbial de lugar (estático: com preposição “em”): Esta é a casa onde moramos.

em que moramos. (em + a qual)

na qual moramos. Adj Adv. lugar VI

Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “a”): Esta é a casa aonde chegamos.

a que chegamos. (a + a qual)

à qual chegamos. Adj Adv. lugar VI

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Adjunto adverbial de lugar (destino: com preposição “para”): Esta é a casa para onde vamos.

--------------- (para + a qual)

para a qual vamos. Adj Adv. lugar VI

Observação: Não se usa pronome relativo “que” antecedido de preposição com duas ou mais sílabas. Deve-se transformá-lo em “o qual” e suas variações.

Assim, temos “mediante o qual”, “perante o qual”, “segundo o qual”, “conforme o qual”, “sobre o qual”, “para o qual” etc.

Adjunto adverbial de lugar (origem: com preposição “de”):

Esta é a casa de onde viemos. (ou donde) de que viemos

(de + a qual) da qual viemos.

Adj Adv. lugar VI

Observação: Soa mais agradável a construção “da qual”, mas “de que” também está correta.

Adjunto adverbial de lugar (desenvolvimento do trajeto: com preposição “por”):

Esta é a casa por onde passamos. por que passamos

(por + a qual) pela qual passamos.

Adj Adv. lugar VI

Perceba que o pronome relativo “onde” deve ser usado unicamente como adjunto adverbial de lugar. Evite construções viciosas como:

Vivemos uma época onde o consumismo fala mais alto. (errado)

Neste caso, o pronome relativo está retomando o substantivo “época”, com valor de tempo. Assim, é conveniente ser substituído por “quando”, “em que” ou “na qual”.

Vivemos uma época quando o consumismo fala mais alto. Vivemos uma época em que o consumismo fala mais alto. Vivemos uma época na qual o consumismo fala mais alto.

O pronome relativo cujo transmite valor de posse e tem característica bem peculiar. Entendamos o seu uso culto da seguinte forma:

substantivo ___ cujo substantivo

substantivo ___ cujo substantivo

de

1. Posiciona-se entre substantivos, fazendo subentender a preposição “de” (valor de posse).

2. Ao se ler “cujo”, entende-se “de” + substantivo anterior. de

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substantivo ___ cujo substantivo

substantivo ___ cujo substantivo

Veja a aplicação disso:

O filme cujo artista foi premiado não fez sucesso.

O artista do filme foi premiado. sujeito

O filme cuja sinopse li não fez sucesso.

Li a sinopse do filme. objeto direto

O filme de cuja sinopse não gostei não fez sucesso.

Não gostei da sinopse do filme. objeto indireto

O filme a cuja sinopse fiz alusão não fez sucesso.

Fiz alusão à sinopse do filme. complemento nominal

sujeito, OD, OI, CN, adj adv

de

3. O pronome “cujo” + o substantivo posterior formam um termo da oração. Se forem objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial, serão preposicionados.

de

núcleo

4. O substantivo posterior é o núcleo do termo, e o pronome relativo “cujo” é o adjunto adnominal, por isso se flexiona de acordo com o núcleo.

sujeito, OD, OI, CN, adj adv

objeto direto

de

sujeito

de

objeto indireto

de

complemento nominal

de

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Estive ontem na praça em cujo centro foi montado um grande circo.

Um grande circo foi montado no centro da praça.

adjunto adverbial de lugar

Importante: não se pode inserir artigo ou pronome após o pronome relativo “cujo” e suas variações. É vício de linguagem construções do tipo:

“A casa cujo o teto caiu foi reformada.” (errado) “A casa cujo teto caiu foi reformada.” (certo) “A empresa cujos aqueles funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.” (errado) “A empresa cujos funcionários reuniram-se ontem deflagrará a greve.” (certo)

Questão 29: Prefeitura São Paulo 2006 Agente Fiscal de Rendas Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo (...).

Numa nova redação da frase acima, mantém-se corretamente a expressão sublinhada caso se substitua fala o filósofo por

(A) aflige o filósofo. (B) disserta o filósofo. (C) se refere o filósofo. (D) cuida o filósofo. (E) investiga o filósofo. Comentário: A oração subordinada adjetiva explicativa “de que fala o filósofo” é constituída do sujeito “o filósofo”, verbo transitivo indireto “fala”, que exige a preposição “de”, e o pronome relativo “que”, o qual retoma o substantivo “liberdade”, deve ser precedido da preposição “de”, por ser o objeto indireto (O filósofo fala da liberdade). A questão pede para substituirmos o sujeito “o filósofo” e o verbo transitivo indireto “fala”, desde que se preserve a preposição “de” antes do pronome relativo “que”. Veja todos:

(A) Nessa compulsória liberdade, de que se aflige o filósofo. OI + (PI)+ VTI + sujeito

(B) Nessa compulsória liberdade, sobre a qual disserta o filósofo. Adj Adv de assunto + VI + sujeito

(C) Nessa compulsória liberdade, a que se refere o filósofo. OI + (PI)+ VTI + sujeito

(D) Nessa compulsória liberdade, de que cuida o filósofo. OI + VTI + sujeito

(E) Nessa compulsória liberdade, que investiga o filósofo. OD + VTD + sujeito

Observação: para a alternativa (A) ficar correta, houve a necessidade de inserir a parte integrante (“se”) do verbo. Note que a parte integrante não tem função sintática. Ela existe apenas para mudar a regência do verbo. Gabarito: D Questão 30: TCE – SP 2003 Agente de Fiscalização Financeira Atente para as seguintes frases:

adjunto adverbial de lugar

de

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I. Se havia algo de que meu pai não suportasse era a desonestidade. II. Uma coisa de que meu pai mantinha absoluta distância era a

desonestidade. III. Não era aceitável, para meu pai, de que alguém sucumbisse à tentação

da corrupção.

A expressão de que está adequadamente empregada em

(A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) II e III, somente. (D) I, somente. (E))II, somente. Comentário: A frase I está errada, porque o verbo “suportasse” é transitivo direto, o sujeito é “meu pai” e o objeto direto é o pronome relativo “que”:

Se havia algo que meu pai não suportasse era a desonestidade. OD + sujeito + adj adv neg + VTD

A frase II está correta, pois o verbo “mantinha” é transitivo direto, “meu pai” é o sujeito, “absoluta distância” é o objeto direto. Perceba que o substantivo “distância” exige o complemento nominal “de que”, o qual retoma a expressão “uma coisa”.

(distanciar de uma coisa→distância de uma coisa). VTI + OI nome + CN

Não importa o nome da função sintática complemento nominal: o que importa é que você visualize a necessidade da preposição “de”:

Uma coisa de que meu pai mantinha absoluta distância era a desonestidade. CN + sujeito + VTD + objeto direto

A frase III está errada, pois a oração principal “Não era aceitável, para meu pai,” é constituída de verbo de ligação “era”, predicativo “aceitável” e expressão denotativa de opinião (na opinião do meu pai). Assim, faltou o sujeito, o qual é toda a oração posterior (“que alguém sucumbisse à tentação da corrupção”). Veja que podemos entender: isso era aceitável para meu pai.

Logicamente, não há preposição antes do sujeito, por isso devemos excluir a preposição “de”.

A alternativa correta é a (E). Gabarito: E

Questão 31: Prefeitura Jaboatão 2006 Auditor Tributário Atentando-se para o emprego de ambas as expressões sublinhadas, está inteiramente correta a redação da frase:

(A) Os termos de que se compõe a alternativa apresentada induzem o pesquisado a uma determinada e previsível resposta.

(B) Do que os pesquisadores não contavam foi a maneira por que os brasileiros responderam à alternativa.

(C) A democracia, cujos méritos ninguém duvida, tem também alguns defeitos, aos quais muitas pessoas se mostram intolerantes.

(D) Os tiranos e os déspotas, em cujo arbítrio derivam tantas atrocidades, costumam caluniar a democracia, regime que a nada os favorece.

(E) Dado o caráter excludente da alternativa com a qual nos impuseram os

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pesquisadores, supunha-se de que caíssemos em sua armadilha. Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois há duas orações: a oração principal é:

“Os termos induzem o pesquisado a uma determinada e preferível resposta” sujeito + VTDI + OD + OI

Agora, veja a oração subordinada adjetiva restritiva:

...de que se compõe a alternativa apresentada... Ag pass.+ PAp + VTD + sujeito paciente

O verbo “compõe” é transitivo direto, “de que” é o agente da passiva, “se” é o pronome apassivador. Assim, o sujeito “a alternativa apresentada” é paciente. Vamos confirmar se realmente há pronome apassivador, transformando a voz passiva sintética em analítica e, em seguida, em voz ativa:

A alternativa é composta dos termos... (os termos compõem a alternativa) A alternativa é composta pelos termos... (os termos compõem a alternativa)

Observação: o agente da passiva é um termo que pode ser iniciado pela preposição “de” ou “por”.

A alternativa (B) está errada, porque o verbo “contavam” é transitivo indireto e exige a preposição “com” (os pesquisadores não contavam com). Na oração seguinte, o verbo “responderam” é transitivo indireto, “à alternativa” é o objeto indireto e o pronome relativo adequado é “como”, pois há uma circunstância de modo (responderam à alternativa como?). Assim, podemos corrigir para:

Com que os pesquisadores não contavam foi a maneira como os brasileiros responderam à alternativa.

Perceba que, por motivo de ênfase, houve a expressão expletiva ou de realce “foi que” (originária de “é que”, vista na aula de sintaxe). Assim, a ordem natural e sem ênfase seria:

Os pesquisadores não contavam com a maneira como os brasileiros responderam à alternativa.

Você percebeu a diferença na ênfase?

Na alternativa (C), a oração principal é “A democracia tem também alguns defeitos”. A primeira oração adjetiva explica o substantivo “democracia”. Veja que o verbo “duvida” é transitivo indireto, o sujeito é “ninguém” e o objeto indireto deve ser iniciado pela preposição “de” (de cujos méritos), pois se entende que ninguém duvida dos méritos da democracia.

A segunda oração adjetiva explica o substantivo “defeitos”. O verbo “mostram” é transitivo direto, o pronome “se” é reflexivo na função de objeto direto e “intolerantes” é o predicativo do objeto direto. Esse predicativo exige o complemento nominal que pode ser iniciado com a preposição “a”. Assim, “aos quais” está corretamente empregado.

Observação: perceba que não podemos entender o pronome “se” como apassivador, pois a transformação para a voz passiva analítica é incoerente com o contexto (muitas pessoas são mostradas intolerantes). Assim, cabe o

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entendimento de que muitas pessoas mostram que elas mesmas são intolerantes. Por isso, há uma ideia reflexiva. Veja toda a frase corrigida:

A democracia, de cujos méritos ninguém duvida, tem também alguns defeitos, aos quais muitas pessoas se mostram intolerantes.

Na alternativa (D), a oração principal é “Os tiranos e os déspotas costumam caluniar a democracia”. A primeira oração adjetiva explica o substantivo “déspotas”. O verbo “derivam” possui o sujeito “tantas atrocidades”. Como ele é transitivo indireto e exige a preposição “de”, o objeto indireto deve ser iniciado por tal preposição: de cujo arbítrio”. O termo “regime” é um aposto explicativo e é seguido de uma oração adjetiva restritiva. Nesta oração, o verbo “favorece” é transitivo direto, o sujeito é o pronome relativo “que”, o qual retoma o substantivo “regime”. Neste contexto, podemos entender que o regime não favorece ninguém. Assim, a palavra “nada” é um advérbio de negação, semelhante a “não”, por isso não deve ser preposicionada.

Os tiranos e os déspotas, de cujo arbítrio derivam tantas atrocidades, costumam caluniar a democracia, regime que nada os favorece. (não os favorece)

Na alternativa (E), a oração principal é “Dado o caráter excludente da alternativa, supunha-se”. A segunda oração é adjetiva restritiva. O verbo “impuseram” é transitivo direto e indireto, o pronome “nos” é o objeto indireto, e o pronome relativo “a qual” é o objeto direto, por isso não pode receber a preposição “com”: os pesquisadores impuseram a alternativa a nós.

A terceira oração é subordinada substantiva subjetiva, pois o verbo da oração principal – “supunha” – é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador. Assim, entendemos que “isso era suposto”. Como a oração tem valor de sujeito, não pode ser iniciada pela preposição “de”. Veja a correção da frase:

Dado o caráter excludente da alternativa a qual nos impuseram os pesquisadores, supunha-se que caíssemos em sua armadilha. Gabarito: A

Questão 32: TCE – MA 2005 Analista de Controle Externo A maior parte da água da chuva é interceptada pela copa das árvores, ...... cobrem toda a região. ...... evapora rapidamente, causando mais chuva, o que não ocorre em áreas desmatadas, ...... solo é pobre em matéria orgânica.

As lacunas da frase acima estão corretamente preenchidas, respectivamente, por

(A) onde - A chuva - que o (B) nas quais - Aquela chuva - cujo (C) em que - A água da chuva - que o (D) que elas - Essa chuva - aonde (E) que - Essa água - cujo Comentário: A primeira lacuna deve ser preenchida pelo pronome relativo “que”, o qual se encontra na função de sujeito. Note que o verbo “cobrem” está no plural justamente porque o seu sujeito deve retomar o substantivo “árvores”, único termo anterior no plural.

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Logicamente, sabemos que o sujeito não pode ser preposicionado, assim a única alternativa correta é a (E). Veja que a alternativa (D) está errada, porque o pronome “elas” também retoma o mesmo termo. Assim, houve duplicidade e vício de linguagem. Para confirmar que a alternativa (E) é a correta, perceba que o termo “Essa água” preenche coerentemente a segunda lacuna, por retomar a expressão “a água da chuva”. Além disso, na terceira lacuna, o pronome relativo “cujo” possui o valor de posse e inicia o sujeito. Assim, “cujo solo é pobre” é o mesmo que “o solo das áreas desmatadas é pobre”. Gabarito: E

Questão 33: TRT 24ªR 2003 Analista Tudo se liga, e os países dependem, cada vez mais, dos grandes centros em que se concentram as forças do imperialismo econômico. Substituindo-se, na frase acima, as formas dependem e se concentram, respectivamente, pelas formas subordinam-se e se irradiam, o segmento sublinhado deverá ser substituído por (A) nos grandes centros onde. (B) aos grandes centros de onde. (C) pelos grandes centros aonde. (D) aos grandes centros em cujos. (E) nos grandes centros por onde. Comentário: Para isso, basta substituir os verbos: Tudo se liga, e os países subordinam-se, cada vez mais, aos grandes centros de onde se irradiam as forças do imperialismo econômico. Perceba que o verbo “subordinam-se” rege preposição “a”, o que já elimina as alternativas (A), (C), (E). A alternativa (D) está errada, pois o pronome relativo “cujos” não admite verbo subsequente, apenas substantivo. Assim, verifica-se que o verbo “irradiam-se” rege a preposição “de”, no sentido de originar-se, vir, tendo como correta a alternativa (B). Gabarito: B Questão 34: Prefeitura Santos 2006 Fiscal de tributos Que estranho e cruel verbo ele escolheu!

Caso se substitua, na frase acima, a expressão ele escolheu pela expressão ele lançou mão, o início da frase deverá ficar

(A) Com que estranho e cruel verbo... (B) Em que estranho e cruel verbo... (C) De cujo estranho e cruel verbo... (D) De que estranho e cruel verbo... (E) Para que estranho e cruel verbo... Comentário: Na frase exclamativa “Que estranho e cruel verbo ele escolheu!”, o vocábulo “Que” é um advérbio de intensidade, prova disso é podermos substituí-lo por “muito” ou “bastante”. Naturalmente este advérbio não possui preposição. O verbo “escolheu” é transitivo direto, o termo “verbo” é o objeto direto, “estranho e cruel” é o predicativo do objeto direto. Note que o adjunto adverbial de intensidade “Que” modifica os adjetivos.

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Que estranho e cruel verbo ele escolheu! Predicativo do OD + OD + suj + VTD

adjunto adverbial de intensidade

(ele escolheu verbo muito estranho e cruel)

Na substituição por “ele lançou mão”, perceba que “ele” é o sujeito, “lançou”, neste contexto, é verbo transitivo direto e indireto, “mão” é o objeto direto e “de verbo” é o objeto indireto. A expressão “estranho e cruel” é o predicativo do objeto indireto, o qual é intensificado pelo adjunto adverbial de intensidade “que”.

De que estranho e cruel verbo ele lançou mão! Predicativo do OI + OI + suj + VTDI + OD

adjunto adverbial de intensidade

(ele lançou mão de verbo muito estranho e cruel) Gabarito: D Questão 35: DPE RS 2011 - Superior Fragmento do texto: O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. A expressão “na qual” pode ser substituída, sem alteração de sentido, por

(A) que. (B) por que. (C) em que. (D) na que. (E) no qual. Comentário: A expressão “na qual” é a composição de uma preposição “em” mais o artigo “a” do pronome relativo “a qual”. Substituindo-se “a qual” por “que”, temos “em que”. Gabarito: C Questão 36: TRT 24ªR 2003 Analista Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase:

(A) A transmissão do programa “Nheengatu”, contra a qual parece ter-se insurgido o Ministério das Comunicações, despertou viva polêmica acerca do que vem a ser uma língua nacional.

(B) O português e o espanhol, idiomas a cujos vieram somar-se termos indígenas, talvez já tenham merecido alguma contestação quanto ao fato de serem línguas nacionais.

(C) D. João IV, em 1727, já manifestava a preocupação em que o predomínio de uma língua estrangeira diante da língua oficial representaria um risco para o processo de colonização.

(D) A ilegalidade do programa radiofônico, cuja a língua é o nheengatu, foi aventada pelo Ministério das Comunicações, que recorreu a especialistas para melhor se informar em face da questão.

(E) A opinião de Marlei Sigrist, em favor a qual há argumentos antropológicos, é que a divulgação do nheengatu constitui uma forma de resistência cultural, mediante o que devem se engajar os defensores das minorias.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “o Ministério das

objeto indireto

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Comunicações” é o sujeito e a locução verbal “parece ter-se insurgido” é transitiva indireta e exige a preposição “contra” que inicia o objeto indireto “contra a qual”. A expressão “acerca do” é o mesmo que “a respeito do” e está corretamente empregado. Na alternativa (B), logo se observa o equívoco, o pronome relativo “cujo” deve ficar entre substantivos, não pode ser seguido de verbo, o ideal seria trocar “a cujo” por “a que” ou “aos quais”, pois exerce a função sintática de objeto indireto e deve receber preposição. A alternativa (C) só estaria correta se substituíssemos “em que” por “de que”, tendo em vista que o substantivo “preocupação” é transitivo, ou seja, exige complemento nominal (que é toda a oração posterior), por isso a conjunção integrante “que” deve ser antecipada da preposição “de” pela regência nominal de “preocupação”. Na alternativa (D), o erro aparece novamente com o pronome “cujo”, que não pode ser seguido de artigo. Fique ligado, normalmente quando se usa esse pronome, vem “pegadinha” por aí. “em face da” não transmite o valor semântico de assunto, que se pede no contexto. Assim, o ideal seria “ a respeito da”, “sobre a”, “da” etc. Na alternativa (E), a expressão “em favor” exige a preposição “de”, além de o pronome relativo “que” dever ser substituído por “a qual”, tendo em vista a preposição “mediante” possuir três sílabas. Perceba que foi colocado equivocadamente também um artigo “o” antes do “que”. Gabarito: A

Questão 37: TRT 24ªR 2003 Analista Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

(A) Cláudio realizou várias aproximações de cujos riscos era consciente. (B) Os brancos não deviam se arvorar como superiores diante dos índios. (C) Os documentários de que mais aprecio na TV Educativa podem fazer

pensar. (D) Era delicadeza a missão de cujos termos aceitaram os irmãos Vilas-Boas. (E) Pena que não saibamos aproveitar nada uma cultura tão rica como a

deles. Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “de cujos riscos” é o complemento nominal de “consciente”. (era consciente de...) Na alternativa (B), o verbo “arvorar” é transitivo indireto e exige preposição “com”. (se arvorar com os superiores) Na alternativa (C), o verbo “aprecio” é transitivo direto e o pronome relativo “que” não pode receber preposição. (que mais aprecio) Na alternativa (D), o verbo “aceitaram” é transitivo direto e o termo “cujos termos” não pode ser antecipado de preposição, por ser o objeto direto. (cujos termos aceitaram) Na alternativa (E), o verbo “aproveitar”, no contexto em que se encontra, é transitivo direto e indireto, assim deve haver preposição “de” antes de “uma cultura”. (aproveitar nada de uma cultura) Gabarito: A Questão 38: TRT 21ªR 2003 Analista Estando inadequado o emprego da expressão sublinhada, a frase será

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corrigida por meio da substituição dessa expressão pela que vem entre parênteses, em:

(A) As liberdades em cujas os cientistas devem se empenhar dizem respeito ao modelo da vida democrática. (das quais)

(B) Os povos a cujos se confiou a missão crucial de utilizar politicamente o potencial da nova arma foram os britânicos e os norte-americanos. (nos quais)

(C) A instituição na qual criação Alfred Nobel pretendeu aplacar sua consciência premia, até hoje, aqueles que se destacam na luta pela paz. (pela qual)

(D) As promessas do Pacto do Atlântico, com cujas se pretendia tranqüilizar o mundo, deixaram de ser cumpridas pelos signatários. (com as quais)

(E) Os novos desastres a quem Einstein temia que a humanidade viesse a se submeter permaneceram incubados no período da Guerra Fria. (a cujos)

Comentário: Neste tipo de questão, é importante grifar a oração subordinada adjetiva, para se ter a real noção da regência verbal ou nominal; em seguida, localizar o verbo, o sujeito e possíveis complementos verbais ou nominais. Na alternativa (A), já se observa o erro, porque o pronome relativo “cujas” está seguido de artigo. A locução verbal “devem se empenhar” tem como sujeito “os cientistas” e é transitiva indireta. Logo o objeto indireto é “em que” ou “nas quais”. Veja:

As liberdades nas quais os cientistas devem se empenhar dizem respeito ao modelo da vida democrática.

Na alternativa (B), da mesma forma o pronome relativo “cujo” está sendo mal utilizado, pois este deve se colocar entre dois substantivos, não como ocorreu nesta frase, pois está seguido de pronome e verbo. O verbo “confiou” é transitivo direto e indireto (confiar algo a alguém), o pronome “se” é apassivador, então “a missão crucial” não pode ser objeto direto, mas sujeito, pois não há objeto direto na voz passiva. Assim, cabem como objeto indireto “a que” ou “aos quais”.

Os povos a que se confiou a missão crucial de utilizar politicamente o potencial da nova arma foram os britânicos e os norte-americanos.

Na alternativa (C), “Alfred Nobel” é sujeito, “pretendeu” é locução verbal transitiva direta e indireta, “sua consciência” é objeto direto e “com cuja criação” é o adjunto adverbial. Note que o pronome relativo “cuja” encontra-se entre dois substantivos e transmite ideia de posse. Esse pronome é precedido de preposição “com”, porque faz parte do adjunto adverbial de meio.

A instituição com cuja criação Alfred Nobel pretendeu aplacar sua consciência premia, até hoje, aqueles que se destacam na luta pela paz.

A alternativa (D) é a correta. Novamente perceba que o pronome “cujas” não pode ser seguido de pronome e verbo, por isso deve ser substituído por “que” ou “as quais”. O verbo “pretendia” é transitivo direto, precedido do pronome apassivador “se”, por isso “tranquilizar o mundo” é um sujeito oracional paciente (isso era pretendido). Assim, o pronome relativo “com as quais” cumpre a função de adjunto adverbial de modo, o que deixa a

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proposta de substituição correta.

As promessas do Pacto do Atlântico, com as quais se pretendia tranquilizar o mundo, deixaram de ser cumpridas pelos signatários.

Na alternativa (E), o pronome “quem” só pode retomar pessoa, assim seu uso já está equivocado. A substituição proposta para “a cujos” também está errada, pois não há ideia de posse e o pronome não está concordando com o substantivo posterior “Einstein”. Assim, “Einstein” é o sujeito, “temia” é verbo transitivo direto e ”que a humanidade viesse a se submeter” é o objeto direto oracional. O verbo pronominal “submeter” rege preposição “a”, por isso o objeto indireto corretamente empregado seria “a que” ou “aos quais”.

Os novos desastres a que Einstein temia que a humanidade viesse a se submeter permaneceram incubados no período da Guerra Fria. Gabarito: D Questão 39: TRT 21ªR 2003 Analista Considere as frases abaixo:

I. De que você se queixe, eu aceito; só não admito de que você não busque superar sua dor.

II. A fraqueza de que ele mais acusa em si mesmo é aquela de que muitos de nós não nos conformamos: a covardia.

III. A suspeição de que sua doença seja grave só fez crescer o temor de que tenhamos sido injustos com o nosso amigo.

O emprego da expressão de que está plenamente adequado APENAS em

(A) I e III. (B) I e II. (C) II e III. (D) II. (E) III. Comentário: Na frase I, há duas orações subordinadas substantivas objetivas diretas, por isso não devem ser precedidas de preposição. O ideal seria “Que você se queixe eu aceito”, pois “eu” é sujeito, “aceito” é verbo transitivo direto e “que você se queixe” é o objeto direto oracional. Da mesma forma o verbo “admito” é transitivo direto e também exige o objeto direto oracional “que você não busque superar sua dor”. Reescrevendo, teremos:

Que você se queixe eu aceito; só não admito que você não busque superar sua dor.

Na frase II, temos orações adjetivas. Na primeira, “ele” é o sujeito, “acusa” é verbo transitivo direto e indireto, “em si mesmo” é o objeto indireto e o pronome relativo “que” é o objeto direto, por isso não pode ser precedido da preposição “de”. Na outra oração adjetiva, “muitos de nós” é o sujeito e o verbo pronominal “nos conformamos” rege, na realidade, a preposição “com”. Reescrevendo, teremos:

A fraqueza que ele mais acusa em si mesmo é aquela com que muitos de nós não nos conformamos: a covardia.

Na frase III, as orações “de que sua doença seja grave” e “de que tenhamos sido injustos com o nosso amigo” são subordinadas substantivas completivas nominais e as preposições “de” foram corretamente inseridas, porque foram exigidas pelos substantivos “suspeição” e “temor”.

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A suspeição de que sua doença seja grave só fez crescer o temor de que tenhamos sido injustos com o nosso amigo. Portanto, a alternativa correta é a (E). Gabarito: E Questão 40: TRT 19ª R 2008 Analista Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não costuma acusar em si mesmo.

(B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral ele não costuma impingir na dos outros.

(C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos em que ele acusa seus semelhantes.

(D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual não abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócritas.

(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral de cujo ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em que é capaz.

Comentário: Esta questão cobra a regência nas orações adjetivas. Portanto, o ideal é grifar a oração adjetiva, identificar o verbo e o sujeito, para em seguida saber que preposição será aceita antes do pronome. Os períodos estão reescritos já com a correção. Na alternativa (A), o verbo “acusar” é transitivo direto e indireto (acusar alguém de algo). Assim, o sujeito é “ele”, “de que” é o objeto indireto, porém o objeto direto preposicionado deve ser “a si mesmo”

O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não costuma acusar a si mesmo.

Na alternativa (B), já percebemos o erro, porque o pronome relativo “cujo” não pode ser seguido de artigo. Observe que a locução verbal “costuma impingir” é transitiva direta e indireta, cujo sujeito é “ele”, objeto direto é “cujo padrão moral” e o objeto indireto deve ser precedido de preposição “a”. Como esta preposição juntou-se ao artigo “a” (o qual faz subentender o substantivo “conduta”), haverá crase obrigatória. Veja:

Um homem moral empenha-se numa conduta cujo padrão moral ele não costuma impingir à dos outros.

Na alternativa (C), o verbo “reincidir” tem como sujeito “o moralizador”. Esse verbo é transitivo indireto (reincidir em algo), regendo a preposição “em”, por isso o correto é a ocorrência do objeto indireto “em que” ou “nos quais”. Na outra oração adjetiva, o sujeito é “ele”, o verbo “acusa” é transitivo direto e indireto (acusar alguém de alguma coisa), por isso “seus semelhantes” é o objeto direto e o objeto indireto corretamente empregado deveria ser “de que” ou “dos quais”.

Os pecados nos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos de que ele acusa seus semelhantes.

A alternativa (D) é a correta, pois, na primeira oração adjetiva, “os homens” é o sujeito, “abrem” é verbo transitivo direto e indireto, “mão” é

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objeto direto e “da qual” é o objeto indireto. O pronome relativo “quem”, quando paciente, é precedido de preposição, mesmo sendo um sujeito paciente. A locução verbal “pode acusar” é transitiva direta e indireta (acusar alguém de alguma coisa). O pronome “se” é apassivador, “de hipócritas” é objeto indireto e “a quem” é o sujeito paciente. Perceba que só se pode inserir a preposição, porque o pronome relativo é “quem”.

Na alternativa (E), o pronome cujo não pode ser seguido de pronome. Nesta oração o sujeito é “ele próprio”, o verbo “respeita” é transitivo direto, por isso o objeto direto é “que” ou “o qual”. Na outra oração, há o verbo de ligação “é”, seguido do predicativo “capaz”, o qual rege preposição “de”. Por isso o complemento nominal corretamente empregado será “de que”.

Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral que ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia de que é capaz. Gabarito: D Questão 41: TRT 2ª R 2008 Analista Está adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

(A) Meu amigo juiz escrevia poemas que o estilo de linguagem era muito depurado.

(B) Expressava-se numa linguagem poética em que ele se obrigara a ser contido e disciplinado.

(C) Logo recebi o livro de poemas nos quais o grande valor expressivo eu sequer desconfiava.

(D) Surpreendeu-me que tivesse escrito poemas em cujos não havia vestígio de academicismos.

(E) Meu amigo deu-me uma explicação à qual pude aproveitar uma lição muito original.

Comentário: Na alternativa (A), note que o pronome relativo transmite valor de posse e está entre substantivos, por isso cabe “cujo” no lugar de “que o”.

Meu amigo juiz escrevia poemas cujo estilo de linguagem era muito depurado.

A alternativa (B) é a correta, pois “em que” é o complemento nominal, iniciado pela preposição “em” (contido e disciplinado nisso).

Na alternativa (C), o verbo “desconfiava” é transitivo indireto (desconfiar de algo) e tem como sujeito o pronome “eu”. Como há ideia de posse e o pronome relativo está entre dois termos substantivos, o objeto indireto deve ser “de cujo grande valor expressivo”. Veja:

Logo recebi o livro de poemas de cujo grande valor expressivo eu sequer desconfiava.

Na alternativa (D), sabendo-se que só se pode empregar pronome relativo “cujo” entre substantivos, devemos substituí-lo por “que”. A estrutura “em que” é o adjunto adverbial de lugar. Veja:

Surpreendeu-me que tivesse escrito poemas em que não havia vestígio de academicismos.

Na alternativa (E), a locução verbal “pude aproveitar” é transitiva direta,

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o sujeito está oculto (eu), “uma lição muito original” é o objeto direto e o adjunto adverbial de meio deve receber a preposição “com”, por isso a construção correta é:

Meu amigo deu-me uma explicação com a qual pude aproveitar uma lição muito original. Gabarito: B Questão 42: Fiscal de Rendas SP 2008 Analista Fragmento do texto: Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como honrar os deuses, honrar pai e mãe, respeitar os estrangeiros; consiste, por outro lado, numa série de preceitos sobre a moralidade externa e em regras de prudência para a vida, transmitidas oralmente pelos séculos afora; e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais a cujo conjunto, na medida em que é transmissível, os Gregos deram o nome de techné. A expressão a cujo conjunto os gregos deram o nome de techné está corretamente reformulada, mantendo o sentido original, em:

(A) pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de “techné”. (B) o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de “techné”. (C) de cujo conjunto se sabe o nome, a que os gregos deram de “techné”. (D) do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, como “techné”. (E) que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por “techné”. Comentário: O termo “a cujo conjunto” é objeto indireto, por isso ocorre a preposição “a”. Na alternativa (A), o correto seria “o conjunto dos quais”, pois o verbo “nominaram” exige objeto direto. A alternativa (B) é a correta, pois “o conjunto dos quais” é o sujeito do verbo “recebeu”. Na alternativa (C), houve um truncamento sintático, pois as construções se misturaram, tornando-se viciosas. Observe o pronome relativo “que”, ele retoma “nome”, o que faz a alternativa ficar mais errada. Na alternativa (D), deve-se substituir “do qual” por “cujo”, pois cumpriria a função de sujeito do verbo “foi nomeado”. (cujo conjunto foi nomeado) Na alternativa (E), deve-se substituir “que, pelo conjunto,” por “cujo conjunto”, para que sejam o objeto direto de “mencionaram”. Além disso, deve-se retirar a preposição “por” e inserir “como”. Gabarito: B Questão 43: CEAL 2008 Advogado Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na seguinte frase:

(A) A simpatia de que não goza um ator junto ao eleitorado é por vezes estendida a um político profissional sobre cuja honestidade há controvérsias.

(B) O candidato a que devotamos nosso respeito tem uma história aonde os fatos nem sempre revelam uma conduta irrepreensível.

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(C) Reagan teve uma carreira de ator em cuja não houve momentos brilhantes, como também não houve os mesmos na de Schwarzenegger.

(D) Há uma ambivalência em relação aos atores na qual espelha a divisão entre o respeito e o menosprezo que deles costumamos alimentar.

(E) Os atores sobre os quais se fez menção no texto construíram uma carreira cinematográfica de cujo sucesso comercial ninguém pode discutir.

Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois “um ator” é o sujeito, “goza” é verbo transitivo indireto e “de que” é o objeto indireto. A expressão “sobre cuja honestidade” é o adjunto adverbial de assunto da oração “há controvérsias”. Na alternativa (B), a expressão “a que” está corretamente empregada, por ser o objeto indireto do verbo transitivo direto e indireto “devotamos”. Perceba que “nosso respeito” é o objeto direto. O problema é o uso equivocado de “aonde”, primeiro porque não cabe preposição “a” antecedendo-o, segundo, porque ele é usado especificamente para lugar concreto. O correto é a substituição desse pronome por “em que” ou “na qual”. O candidato a que devotamos nosso respeito tem uma história em que os fatos nem sempre revelam uma conduta irrepreensível.

Na alternativa (C), o pronome “cuja” não pode ser seguido de advérbio ou verbo. Assim, o correto é substituí-lo pelo pronome “que”. A expressão “em que” cumpre função de adjunto adverbial de tempo (durante a carreira) ou lugar (na carreira). A expressão “os mesmos” está sendo empregada para retomar a expressão “momentos brilhantes”. Como o verbo “houve” já foi escrito e se encontra paralelo ao empregado anteriormente, não há necessidade da repetição dessa ideia com o objeto direto “os mesmos”. Além disso, não é adequado utilizar esse pronome demonstrativo como substantivo (isto é, antecedido de artigo). Seu uso é mais encontrado numa linguagem descuidada, o que se deve evitar na norma culta.

Reagan teve uma carreira de ator em que não houve momentos brilhantes, como também não houve na de Schwarzenegger.

Na alternativa (D), o verbo “espelha” é transitivo direto, o sujeito é “a divisão entre o respeito e o menosprezo” e o objeto direto é “a qual” e retoma o núcleo “ambivalência”, por isso se deve retirar a preposição. Na outra oração, não há erro gramatical, pois a locução verbal “costumamos alimentar” é transitiva direta e indireta, o pronome relativo “que” é o objeto direto e “deles” é o objeto indireto.

Há uma ambivalência em relação aos atores a qual espelha a divisão entre o respeito e o menosprezo que deles costumamos alimentar.

Na alternativa (E), o verbo “fez” é transitivo direto, “se” é pronome apassivador e “menção” é sujeito paciente. O substantivo “menção” exige complemento nominal regido pela preposição “de”, por isso a preposição “sobre” deve ser substituída por “de”. Já o verbo “discutir”, neste contexto, não admite a preposição “de”, mas a preposição “sobre”. Veja:

Os atores dos quais se fez menção no texto construíram uma carreira cinematográfica sobre cujo sucesso comercial ninguém pode discutir.

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Gabarito: A Questão 44: CEF 2011 Advogado Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) A obsolescência e o anacronismo, atributos nos quais os americanos manifestam todo seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expressão dez de setembro.

(B) O estado de psicose, ao qual imergiram tantos americanos, levou à adoção de medidas de segurança em cuja radicalidade muitos recriminam.

(C) A sensação de que o 11/9 foi um prólogo de algo ao qual ninguém se arrisca a pronunciar é um indício do pasmo no qual foram tomados tantos americanos.

(D) Não é à descrença, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma tragédia, é na esperança que queremos nos apegar.

(E) Fatos como os de 11/9, com que ninguém espera se deparar, são também lições terríveis, de cujo significado não se deve esquecer.

Comentário: Na alternativa (A), entende-se que “os americanos manifestam todo seu desprezo pelos atributos”, por isso se deve substituir “nos quais” por “pelos quais”. Essa expressão é o complemento nominal do substantivo “desprezo”. Na outra oração, a regência do verbo “enfeixar” está correta, pois se pode entendê-lo como transitivo direto e indireto, em que o pronome reflexivo “se” é o objeto direto e “com a expressão dez de setembro” é objeto indireto.

A obsolescência e o anacronismo, atributos pelos quais os americanos manifestam todo seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expressão dez de setembro.

Na alternativa (B), o verbo “imergiram” é transitivo indireto e rege preposição “em”, por isso o objeto indireto deve ser “no qual”. Na outra oração, o verbo “recriminam” é transitivo direto, por isso se deve retirar a preposição antes de “cuja”. Veja:

O estado de psicose, no qual imergiram tantos americanos, levou à adoção de medidas de segurança cuja radicalidade muitos recriminam.

Na alternativa (C), note que o verbo “arrisca” é transitivo indireto e rege preposição “a”, seu objeto indireto é oracional: “a pronunciar”. Já este verbo é transitivo direto e seu objeto direto é o pronome relativo “o qual”, por isso se deve eliminar a preposição “a”. A locução verbal da voz passiva “foram tomados” possui sujeito paciente “tantos americanos” e agente da passiva que pode ser precedido das preposições “de” ou “por”, então se deve substituir a expressão “no qual” por “do qual” ou “pelo qual”. Veja:

A sensação de que o 11/9 foi um prólogo de algo o qual ninguém se arrisca a pronunciar é um indício do pasmo do qual foram tomados tantos americanos.

Na alternativa (D), primeiramente se deve observar que a expressão “sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma tragédia” está separada por vírgulas e isso deixa claro que a expressão “à descrença” e “na

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esperança” são paralelos; por isso devem ser iniciados pela mesma preposição: “a”, pois são os objetos indiretos do verbo pronominal “nos apegar” (apegar-se a algo). O particípio “invadidos” está no valor de adjetivo, o qual exige um complemento nominal regido pela preposição “por”; por isso a expressão “com que” deve ser substituída pela expressão “por que” ou “pelo qual”.

Não é à descrença, sentimento por que nos sentimos invadidos depois de uma tragédia, é à esperança que queremos nos apegar.

A alternativa (E) é a correta, pois o verbo pronominal “se deparar” rege preposição “com”, por isso o objeto indireto é a expressão “com que”. A locução verbal pronominal “se deve esquecer” é transitiva indireta regendo a preposição “de”, a qual inicia o objeto indireto “de cujo significado”. Gabarito: E Questão 45: MPE RS 2010 Superior A expressão pronominal em que preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) O aumento da frota de veículos, evidente em inúmeras cidades, pode afetar a qualidade do ar ...... se respira nessas regiões.

(B) O controle da poluição do ar nas grandes cidades é um assunto ...... se trata em todas as discussões sobre o meio ambiente.

(C) Seria necessário propiciar transporte de qualidade ...... a população das grandes cidades deixe seu carro na garagem.

(D) Nas grandes cidades, ...... os moradores dependem de transporte coletivo eficiente, tem aumentado consideravelmente a frota de carros particulares.

(E) O carro próprio, ...... sonham muitos brasileiros, tornou-se possível com a oferta de crédito e a isenção de impostos.

Comentário: Na alternativa (A), a oração subordinada adjetiva restritiva deve receber o pronome relativo “que” sem preposição: “que se respira nessas regiões”. Isso ocorre porque o verbo “respira” é transitivo direto, o pronome “se” é apassivador e o pronome relativo “que” é o sujeito paciente, o qual retoma o substantivo “ar”. A expressão “nessas regiões” é o adjunto adverbial de lugar, por isso é preposicionada. Veja:

O aumento da frota de veículos, evidente em inúmeras cidades, pode afetar a qualidade do ar que se respira nessas regiões.

Na alternativa (B), a oração subordinada adjetiva restritiva deve receber o pronome relativo “que” precedido da preposição “de”: “de que se trata em todas as discussões sobre o meio ambiente”. Isso ocorre porque o verbo “trata” é transitivo indireto, o pronome “se” é o índice de indeterminação do sujeito e o pronome relativo “de que” é o objeto indireto, o qual retoma o substantivo “assunto”. Veja:

O controle da poluição do ar nas grandes cidades é um assunto de que se trata em todas as discussões sobre o meio ambiente.

Na alternativa (C), a oração subordinada adverbial de finalidade deve receber a locução conjuntiva “para que”: “para que a população das grandes cidades deixe seu carro na garagem. Veja:

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Seria necessário propiciar transporte de qualidade para que a população das grandes cidades deixe seu carro na garagem.

A alternativa (D) é a correta, pois a oração subordinada adjetiva explicativa deve receber o pronome relativo “que” precedido da preposição “em”. Isso ocorre porque o verbo “dependem” é transitivo indireto, o sujeito é o termo “os moradores”, restando ao referido pronome relativo a função de adjunto adverbial de lugar (estático), o qual poderia até ser substituído pelo pronome relativo “onde”. Por isso deve ser precedido da preposição “em”. Veja:

Nas grandes cidades, em que os moradores dependem de transporte coletivo eficiente, tem aumentado consideravelmente a frota de carros particulares.

Na alternativa (E), o verbo “sonham” tem como sujeito o termo “muitos brasileiros”. Esse verbo é transitivo indireto, regendo a preposição “com”; por isso o pronome relativo “que” deve ser precedido da preposição por essa preposição. Veja:

O carro próprio, com que sonham muitos brasileiros, tornou-se possível com a oferta de crédito e a isenção de impostos. Gabarito: D Questão 46: TRT 12ªR 2010 Técnico A expressão em que preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) A trama das novelas transforma fatos reais em sonhos, ...... muitos se distraem à noite, em suas casas.

(B) Após algum tempo, as pessoas esquecem as propostas ...... marcaram o andamento da trama novelesca, mesmo que tenha obtido sucesso.

(C) Devemos estar atentos ao fato ...... novelas, por serem instrumento de lazer, tendem a mostram visão fantasiosa do mundo.

(D) Formas de comportamento ...... o autor projeta defeitos e virtudes da sociedade podem ser encontradas diariamente nas ruas.

(E) As novelas ...... o crítico se referia haviam discutido situações desagradáveis, que passam despercebidas para a maioria das pessoas.

Comentário: Na alternativa (A), a oração subordinada adjetiva restritiva deve receber o pronome relativo “que” com preposição “com” Isso ocorre porque o verbo pronominal “se distraem” é intransitivo, o pronome “se” é parte integrante do verbo, as expressões “à noite”, “em suas casas” e “com que” são adjuntos adverbiais de tempo, lugar e modo, respectivamente. Por isso o pronome relativo é preposicionado. Veja:

A trama das novelas transforma fatos reais em sonhos, com que muitos se distraem à noite, em suas casas.

Na alternativa (B), a oração subordinada adjetiva restritiva deve receber o pronome relativo “que” sem preposição. Isso ocorre porque o verbo “marcaram está no plural por concordar com o sujeito “que”, o qual retomou o substantivo “propostas”. Note que a expressão “o andamento da trama novelesca” é o objeto direto.

Após algum tempo, as pessoas esquecem as propostas que marcaram o

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andamento da trama novelesca, mesmo que tenha obtido sucesso.

Na alternativa (C), o substantivo “fato” rege a preposição “de”, por isso a oração sublinhada abaixo é subordinada substantiva completiva nominal. Veja:

Devemos estar atentos ao fato de que novelas, por serem instrumento de lazer, tendem a mostram visão fantasiosa do mundo.

A alternativa (D) é a correta, pois a oração subordinada adjetiva restritiva deve receber o pronome relativo “que” precedido da preposição “em”, porque o verbo “projeta” é transitivo direto e indireto, o sujeito é o termo “o autor”, “defeitos e virtudes da sociedade“ é o objeto direto e o pronome relativo “em que” é o objeto indireto. Por isso deve ser precedido da preposição “em”. Veja:

Formas de comportamento em que o autor projeta defeitos e virtudes da sociedade podem ser encontradas diariamente nas ruas.

Na alternativa (E), o verbo pronominal “se referia” é transitivo indireto e rege a preposição “a”, por isso o pronome relativo deve ser precedido dessa preposição, por ser objeto indireto. Ele tem como sujeito o termo “o crítico”. Veja:

As novelas a que o crítico se referia haviam discutido situações desagradáveis, que passam despercebidas para a maioria das pessoas. Gabarito: D Questão 47: TRE TO - 2011 - Analista ... para a preservação das espécies e das áreas em que elas se encontram.

A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética ...... dispõem os pesquisadores para estudos nas mais diversas áreas do conhecimento.

(B) Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da saúde humana é tudo aquilo ...... possam sonhar os cientistas.

(C) Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista ...... se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas.

(D) As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de estudo ...... se fundamentam os cientistas para descobrir a cura de doenças.

(E) É necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da biodiversidade para a vida no planeta, ...... se amplie o campo das pesquisas genéticas.

Comentário: Na alternativa (A), vemos que “os pesquisadores” é o sujeito, “dispõem” é o verbo transitivo indireto e “de que” é o objeto indireto (os médicos dispõem de algo).

O número de espécies de um bioma garante a matéria genética de que dispõem os pesquisadores para estudos nas mais diversas áreas do

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conhecimento.

Na alternativa (B), entendemos que os cientistas sonham com aquilo. Assim, “os cientistas” é sujeito, “sonham” é verbo transitivo indireto e “com que” é o objeto indireto.

Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da saúde humana é tudo aquilo com que possam sonhar os cientistas.

Na alternativa (C), ocorre a locução conjuntiva adverbial de causa “tendo em vista que”. Assim, não pode haver preposição antes do “que”.

Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista que se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas.

A alternativa (D) é a correta, pois entendemos que os cientistas se fundamentam no estudo.

As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de estudo em que se fundamentam os cientistas para descobrir a cura de doenças.

Na alternativa (E), entende-se uma relação de finalidade iniciando a nova oração, por isso cabe apenas “para que”.

É necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da biodiversidade para a vida no planeta, para que se amplie o campo das pesquisas genéticas. Gabarito: D Questão 48: TRT 9ªR 2010 Analista É preciso CORRIGIR, por falha estrutural, a redação da frase:

(A) Não empreendamos caminhadas sem primeiro definir o trajeto a seguir, o esforço a despender, os objetivos a alcançar.

(B) Temerárias são as jornadas que mal definimos seus objetivos, assim como não avaliamos o esforço cujo trajeto nos exigirá.

(C) Quando não definimos o trajeto a cumprir e o esforço a despender em nossa caminhada, ela não nos trará qualquer recompensa.

(D) Dificilmente algum objetivo será alcançado numa caminhada para a qual não previmos um roteiro a ser seguido com segurança.

(E) Nenhum benefício poderemos colher de uma viagem para a qual não nos preparamos com um mínimo de cuidados e de antecedência.

Comentário: O problema se encontra na alternativa (B), pois o pronome relativo “que” está mal empregado e deve ser substituído por “cujos”, com os devidos ajustes na oração (cujos objetivos mal definimos). Isso ocorre por haver necessidade da transmissão do valor de posse entre os substantivos “jornadas” e “objetivos”. O segundo pronome relativo, “cujo”, deve ser substituído por “que”, pois ali não há relação de posse.

Temerárias são as jornadas cujos objetivos mal definimos, assim como não avaliamos o esforço que o trajeto nos exigirá. Gabarito: B

Crase Vimos a regência e como é explorada na prova. Agora, vamos a um assunto que é a continuação do anterior: crase, a qual se baseia na regência.

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Assim, os verbos e nomes já explorados que regem a preposição “a” fatalmente serão revistos nesta parte da aula. Costumo dizer a meus alunos que não se deve decorar a regra, principalmente a da crase, basta entendermos o processo, sua estrutura. Para facilitar, vamos denominar o esquema abaixo de “estrutura-padrão da crase”.

A estrutura-padrão da crase

preposição artigo

verbo a a substantivo feminino ou + aquele, aquela, aquilo

nome a a (=aquela) a qual (pronome relativo)

Assim, quando um verbo ou um nome exigir a preposição “a” e o substantivo posterior admitir artigo “a”, haverá crase. Além disso, se houver a preposição “a” seguida dos pronomes “aquele”, “aquela”, “aquilo”, “a” (=aquela) e “a qual”; ocorrerá crase.

Veja as frases abaixo e procure entendê-las com base no nosso esquema.

1. Obedeço à lei. 2. Obedeço ao código. 3. Tenho aversão à atividade manual. 4. Tenho aversão ao trabalho manual. 5. Refiro-me àquela casa. 6. Refiro-me àquele livro. 7. Refiro-me àquilo. 8. Não me refiro àquela casa da esquerda, mas à da direita. 9. Esta é a casa à qual me referi.

Na frase 1, o verbo “Obedeço” é transitivo indireto e exige preposição “a”, e o substantivo “lei” é feminino e admite artigo “a”, por isso há crase.

Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposição, porém o substantivo posterior é masculino, por isso não há crase.

Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo “aversão” exigiu a preposição “a” e o substantivo “atividade” admitiu o artigo feminino “a”.

Na frase 4, “aversão” exige preposição “a”, mas “trabalho” é substantivo masculino, por isso não há crase.

Nas frases 5, 6 e 7, “Refiro-me” exige preposição “a”, e os pronomes demonstrativos “aquela”, “aquele” e “aquilo” possuem vogal “a” inicial (não é artigo), por isso há crase.

Na frase 8, “me refiro” exige preposição “a”, “aquela” possui vogal “a” inicial (não é artigo) e “a” tem valor de “aquela”, por isso há duas ocorrências de crase.

Na frase 9, “me referi” exige preposição “a”, e o pronome relativo “a qual” é iniciado por artigo “a”, por isso há crase.

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Muitas vezes o substantivo feminino está sendo tomado de valor geral, estando no singular ou plural, e por isso não admite artigo “a”. Outras vezes esse substantivo recebe palavra que não admite artigo antecipando-a, por isso não haverá crase. Veja os exemplos abaixo em que o verbo transitivo indireto exige o objeto indireto:

Obedeço a leis.

Obedeço a lei e a regulamento.

Obedeço a uma lei.

Obedeço a qualquer lei.

Obedeço a toda lei.

Obedeço a cada lei.

Obedeço a tal lei.

Obedeço a esta lei.

O mesmo ocorre com os nomes que exigem o complemento nominal. Veja:

Tenho obediência a leis. Tenho obediência a lei e a regulamento. Tenho obediência a uma lei.

Tenho obediência a qualquer lei. Tenho obediência a toda lei. Tenho obediência a cada lei. Tenho obediência a tal lei. Tenho obediência a esta lei.

Você já deve ter visto que há, nas gramáticas, uma regra extensa da crase, a qual basicamente é utilizada para confirmar a estrutura básica da crase, vista anteriormente. Assim, para não nos alongarmos muito na explicação daquelas regras, partiremos diretamente para as questões. Outras explicações adicionais serão dadas durante o comentário das questões.

Questão 49: BB escriturário 2006

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A substituição do segmento grifado em “dedicam-se os velhos (...) à cerimônia da evocação” por “relembrar”, exigiria a manutenção do acento indicativo da crase, em respeito ao padrão escrito culto. Comentário: Com a substituição, o verbo seria precedido de crase. Tendo em vista a estrutura básica da crase, percebemos que um verbo não pode ser precedido de artigo “a”. Assim, não poderá haver crase antes dele. Gabarito: E

Os substantivos “leis”, “lei” estão em sentido geral, por isso não recebem artigo “as”, “a” e não há crase. Na segunda frase, o que ratificou o sentido geral foi o substantivo masculino “regulamento” não ser antecedido do artigo “o”.

O artigo “uma” é indefinido, os pronomes “qualquer, toda, cada” são indefinidos. Como eles indefinem, não admitem artigo definido “a”. Os pronomes “tal” e “esta” são demonstrativos. Por eles já especificarem o substantivo “lei”, não admitem o artigo “a”. Por isso não há crase.

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Questão 50: Fiscal de Rendas 2008 superior Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

Em “resistiam naturalmente, em virtude da sua própria natureza à exposição escrita”, na substituição do segmento destacado por “expor na escrita”, o acento indicativo da crase deveria permanecer, conforme o padrão culto da língua. Comentário: Veja como ficaria com a substituição:

...em virtude da sua própria natureza à expor na escrita... Sabendo-se que não pode haver crase antes de verbo, a afirmativa está errada. Gabarito: E

Questão 51: MPU 2007 Analista Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

O emprego do sinal gráfico indicativo da crase está correto em “sujeitos à superação”, assim como está em “Chegaram à propor um acordo, mas não foram ouvidos”. Comentário: Novamente há verbo precedido de crase. Por isso a afirmativa está errada. Gabarito: E

Questão 52: TRF 2ªR 2007 Analista Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à espécie humana.

A frase acima, em seu contexto, abona a seguinte assertiva: o sinal indicativo da crase está usado em conformidade com a norma padrão, assim como o está em “lançado à qualquer que seja o ser humano”. Comentário: A expressão “lançado à espécie humana” realmente possui crase, pois “lançado” exige a preposição “a” e o substantivo “espécie” admite o artigo “a”. Porém, o erro está em dizer que permaneceria a crase diante do pronome indefinido “qualquer”. Como ele generaliza, indefine, naturalmente não admite artigo definido “a”. Por isso, não há crase. Gabarito: E

Questão 53: TRT 2ªR 2008 Técnico O emprego ou não do sinal indicativo de crase está inteiramente correto na frase:

(A) Às metrópoles cabe o papel de eixo da economia, especialmente porque a densidade populacional ajuda a reduzir os custos da produção.

(B) Muitos moradores das grandes cidades estão sujeitos à um transporte público que nem sempre atende à suas necessidades de deslocamento.

(C) As áreas urbanas no mundo todo abrigam uma população equivalente à 3 bilhões de pessoas que vão a procura de bem-estar.

(D) É necessário haver respeito as leis para que os cidadãos desfrutem à vida nas cidades, que oferece benefícios à todos.

(E) A população das cidades representa um mercado consumidor atraente às empresas, destacando-se às de oferta de serviços.

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Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a frase já com a correção em negrito.

A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “cabe” é transitivo indireto e seu objeto indireto é “Às metrópoles”. Note que esse verbo exige preposição “a” e o substantivo “metrópoles” está antecipado do artigo “as”; por isso há crase. Perceba que antes de “densidade” não há crase por haver apenas artigo, pois esse termo é o sujeito. Além disso, perceba que o verbo “reduzir” está antecipado apenas da preposição “a”, pois verbo não admite artigo “a”.

Na alternativa (B), o adjetivo “sujeitos” rege preposição “a”, mas não há crase porque o substantivo “transporte” é masculino e está antecipado do artigo indefinido “um”. O verbo “atende” é transitivo indireto e exige preposição “a”; porém o substantivo “necessidades” está antecipado do pronome possessivo “suas”. Como o “a” não está no plural, há indicação que não ocorre artigo, apenas preposição. Por isso não pode haver crase. Assim:

“Muitos moradores das grandes cidades estão sujeitos a um transporte público que nem sempre atende a suas necessidades de deslocamento.”

Na alternativa (C), o adjetivo “equivalente” rege preposição “a”; porém “bilhões” é numeral masculino, não admitindo artigo feminino, por isso sem crase. O verbo “vão” rege preposição “a” e o substantivo “procura” admite artigo “a”; por isso deve haver crase.

“As áreas urbanas no mundo todo abrigam uma população equivalente a 3 bilhões de pessoas que vão à procura de bem-estar.”

Na alternativa (D), o substantivo “respeito” rege preposição “a” e o substantivo “leis” admitiu o artigo “as”; por isso deve haver crase. O verbo “desfrutem” é transitivo direto, por isso deve-se retirar o acento grave, pois há apenas artigo antes do substantivo “vida”. O pronome “todos” é indefinido, por isso não admite artigo “a”, não devendo haver crase. “É necessário haver respeito às leis para que os cidadãos desfrutem a vida nas cidades, que oferece benefícios a todos.”

Na alternativa (E), o adjetivo “atraente” rege preposição “a” e o substantivo “empresas” está antecedido de artigo “as”; por isso ocorre crase corretamente. Já o verbo “destacando-se” é transitivo direto e o pronome “se” é apassivador; por isso “as” é somente artigo que faz subentender o substantivo “empresas”; assim não deve haver crase.

“A população das cidades representa um mercado consumidor atraente às empresas, destacando-se as de oferta de serviços.” Gabarito: A Questão 54: TRT 16ªR 2009 Técnico Lado ...... lado das restrições legais, são importantes os estímulos ...... medidas educativas, que permitam avanços em direção ...... um desenvolvimento sustentável do setor da saúde. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por (A) a − à − à (B) à − a − à (C) à − a − a

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(D) a − a − a (E) a − à − a Comentário: Entre palavras repetidas, não há crase, pelo simples fato de elas não admitirem artigo. Por isso, eliminam-se as alternativas (B) e (C). O substantivo “estímulos” rege preposição “a” e o substantivo “medidas” não está antecedido de artigo, pois se encontra no plural e nas alternativas só há singular. Neste caso, a crase é proibida, com isso, eliminam-se as alternativas (A) e (E). Dessa forma, já se sabe que a correta é a alternativa (D); mas é sempre bom confirmar. O substantivo “direção” rege preposição “a”, porém o substantivo posterior é masculino e antecedido de artigo “um”; por isso não há crase. Gabarito: D

Questão 55: TRT 20ªR 2002 Analista A população de miseráveis não tem acesso ...... quantidade mínima de alimentos necessária ...... manutenção de uma vida saudável, equivalente ...... uma dieta de 2000 calorias diárias.

A alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada é:

(A) a - à - a (B) à - à - a (C) à - à - à (D) à - a - a (E) a - a - à Comentário: O substantivo “acesso” rege preposição “a” e o substantivo “quantidade” admite artigo “a”; por isso há crase. Assim, eliminam-se as alternativas (A) e (E). O adjetivo “necessária” rege preposição “a” e o substantivo “manutenção” admite artigo “a”; por isso há crase. Elimina-se a alternativa (D). O adjetivo “equivalente” rege preposição “a” e o substantivo “dieta” está antecedido do artigo indefinido “uma”; assim, não há artigo “a”, nem crase. Elimina-se a alternativa (C), sobrando a (B) como correta. Gabarito: B

Questão 56: TRT 24ªR 2003 Analista Quanto à necessidade ou não de utilização do sinal de crase, está inteiramente correta a frase:

(A) Quem está à alguma distância de Campo Grande não pode avaliar à contento o mérito da polêmica à que se refere o texto.

(B) Não é aqueles que se instalam nos gabinetes oficiais que cabe a interdição do uso de uma língua à cuja preservação estejam devotados milhares de falantes.

(C) Quem visa à restringir a utilização de uma língua das minorias deveria também se ater à toda e qualquer má utilização das chamadas línguas oficiais.

(D) As decisões que se tomam à revelia do interesse das populações são semelhantes àquelas tomadas na vigência dos atos institucionais da ditadura militar.

(E) Quem se manifeste contrário à uma única manifestação de arbitrariedade está manifestando sua hostilidade à todas as medidas arbitrárias.

Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a frase já com a correção em negrito.

Na alternativa (A), o verbo “está” rege preposição “a”, mas o pronome

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indefinido “alguma” não admite o uso do artigo “a”; por isso não há crase. A locução adverbial de modo “a contento” é precedida apenas de preposição “a”, pois “contento” não admite artigo “a”; por isso não há crase. O pronome relativo “que” não admite artigo e é antecedido apenas da preposição “a” por ser objeto indireto do verbo pronominal “se refere”; por isso não há crase.

“Quem está a alguma distância de Campo Grande não pode avaliar a contento o mérito da polêmica a que se refere o texto.”

Na alternativa (B), o verbo “cabe” é transitivo indireto e rege a preposição “a”, a qual se encontra antes do pronome “aqueles”, por isso deve haver crase. O adjetivo “devotados” rege preposição “a”, a qual se encontra antes do pronome relativo “cuja”; mas esse pronome não admite ser antecipado de artigo “a”, por isso não deve haver crase.

“Não é àqueles que se instalam nos gabinetes oficiais que cabe a interdição do uso de uma língua a cuja preservação estejam devotados milhares de falantes.”

Na alternativa (C), o verbo “visa” rege preposição “a”, porém o verbo “restringir” não admite artigo, por isso não pode haver crase. O verbo pronominal “se ater” rege preposição “a”, porém o pronome indefinido “toda” não admite ser antecedido de artigo “a”; por isso, não pode haver crase.

“Quem visa a restringir a utilização de uma língua das minorias deveria também se ater a toda e qualquer má utilização das chamadas línguas oficiais.”

A alternativa (D) é a correta, pois a locução prepositiva “à revelia das” é iniciada por preposição “a” e o substantivo feminino “revelia” admite o artigo “a”. Além disso, o adjetivo “semelhantes” rege a preposição “a” que se junta ao pronome demonstrativo “aquelas”; por isso, há corretamente crase.

Na alternativa (E), o adjetivo “contrário” rege preposição “a”, mas o substantivo “manifestação” é antecipado pelo artigo indefinido “uma”, por isso não pode haver crase. O substantivo “hostilidade” rege preposição “a”, mas o pronome indefinido “todas” não admite ser antecipado pelo artigo feminino “a”; por isso não deve haver crase.

“Quem se manifeste contrário a uma única manifestação de arbitrariedade está manifestando sua hostilidade a todas as medidas arbitrárias.”

Gabarito: D Questão 57: TRT 24ªR 2006 Técnico A cidade de Corumbá, que se situa ...... margens do rio Paraguai e ...... uma distância de 420 quilômetros de Campo Grande, recebe turistas sempre dispostos ...... pescar. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por

(A) às - a - a (B) às - à - a (C) às - à - à (D) as - a - à (E) as - à - à Comentário: O verbo pronominal “se situa” rege preposição “a” e o substantivo “margens”, de acordo com as alternativas, recebe artigo “as”.

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Assim, há crase obrigatória e se devem eliminar as alternativas (D) e (E). Pelo mesmo motivo, ocorre a preposição “a” antes de “uma distância”, porém esse substantivo é antecedido de artigo indefinido “uma”, o que impede a ocorrência de crase. Eliminam-se as alternativas (B) e (C). Sabe-se, portanto, que a alternativa correta é a (A), mas isso deve ser comprovado. Verificando-se que o particípio “dispostos” exige preposição “a”, mas o verbo “pescar” não admite artigo, então não há crase; ratificando a alternativa (A) como correta. Gabarito: A

Questão 58: TRT 2ªR 2008 Analista Atente para as seguintes frases:

I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um notório extrovertido.

II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem notar; também as tímidas chamam a atenção.

III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar a atenção de todos.

Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em

(A) II e III. (B) I e II. (C) I e III. (D) I. (E) III. Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida a frase será reescrita já com a correção em negrito. Cuidado com a frase I, pois “a medida que”, neste contexto, não traduz valor de proporção. A banca queria confundir o candidato com a locução conjuntiva adverbial proporcional “à medida que”. Veja que o verbo “estabelecer” é transitivo direto e a expressão “a medida” é o objeto direto da oração principal. “que” é pronome relativo que inicia a oração subordinada adjetiva restritiva “que distancia um notório tímido de um notório extrovertido”. Por isso, não pode haver crase e podemos eliminar as alternativas (B), (C) e (D). oração principal + oração subordinada adjetiva restritiva “Não é possível estabelecer a medida que distancia um notório tímido de um notório extrovertido.”

A frase II está correta, pois o verbo “assiste” é transitivo indireto e o objeto indireto é “às pessoas extrovertidas”, por isso a crase está correta. Veja que não há crase antes de “tímidas” porque essa expressão é o sujeito. Também não ocorre crase antes de “atenção”, porque este termo é o objeto direto. Assim, elimina-se a alternativa (E), cabendo a alternativa (A) como correta. A frase III está correta, pois o adjunto adverbial “à vontade” é precedido de preposição “a” e o substantivo “vontade” admite o artigo “a”, por isso há crase. Realmente não há crase em “a atenção”, pois esse termo é o objeto direto. Gabarito: A

Questão 59: TRT 21ªR 2003 Analista Quanto à necessidade ou não de utilização do sinal de crase, a frase

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inteiramente correta é:

(A) O processo correrá às expensas do denunciante, a menos que a isto se oponha a autoridade do Ministro, de cuja decisão nenhuma parte poderá vir a recorrer.

(B) Em meio as atribulações do processo, uma das testemunhas recusou-se a comparecer a sessão, alegando à autoridade judicial, num simples bilhete à lápis, que estava acamada.

(C) À despeito de haver provas contundentes, o juiz decidiu inocentar àquela velha senhora, a quem não falta malícia: viram quando se pôs à soluçar?

(D) Sem advogado, o rapaz ficou à deriva, enquanto o juiz designava como sua defensora à jovem bacharel, que ainda não se submetera à uma prova de fogo, como aquela.

(E) Ele ficou à distância, em meio as profundas hesitações que a ausência da testemunha lhe provocou: se ela não chegasse, poderia ele aspirar à que fosse adiada a sessão?

Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a frase já com a correção em negrito.

A alternativa (A) é a correta, pois se observa que a locução prepositiva “às expensas do” é iniciada com a preposição “a” e o substantivo “expensas” admitiu o artigo “as”, pois este se encontra no plural. Assim, a crase está corretamente empregada. O “a” em “a menos” é apenas preposição; em “a isto” é apenas preposição que inicia o objeto indireto; em “a autoridade” é apenas artigo, pois esse termo é o sujeito. Na locução verbal “vir a recorrer”, há apenas preposição entre os verbos.

Na alternativa (B), a locução prepositiva “Em meio a” deve ser finalizada pela preposição “a”. Perceba que o “a” está flexionado no plural, o que demonstra que o substantivo feminino plural “atribulações” é precedido de artigo “as”. Assim, a crase é obrigatória. O verbo “comparecer” rege preposição “a” e o substantivo “sessão” admite o artigo “a”, devendo haver crase. O verbo “alegando” é transitivo direto e indireto, seu objeto indireto é “à autoridade judicial”, antecedido de preposição “a” e artigo “a”; por isso a crase está correta. A locução adverbial de instrumento “a lápis” é precedida de preposição “a”, mas o substantivo “lápis” é masculino, não ocorrendo o artigo, por isso não deve haver crase.

“Em meio às atribulações do processo, uma das testemunhas recusou-se a comparecer à sessão, alegando à autoridade judicial, num simples bilhete a lápis, que estava acamada.”

Na alternativa (C), a locução prepositiva “A despeito de” é antecedida apenas da preposição “a”, pois “despeito” é nome masculino, não cabendo artigo “a”, por isso não há crase. o verbo “inocentar” é transitivo direto, por isso não exige preposição “a”, devendo-se retirar o acento indicativo de crase em “aquela velha senhora”. Note que o pronome “quem” não admite artigo “a”, por isso está corretamente sem crase. Não pode haver artigo “a” antes de verbo, por isso não pode haver crase na locução verbal “pôs a soluçar”.

“A despeito de haver provas contundentes, o juiz decidiu inocentar aquela velha senhora, a quem não falta malícia: viram quando se pôs a soluçar?”

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Na alternativa (D), normalmente a locução adverbial “à deriva” não possui acento indicativo de crase, mas seu uso não implica incorreção gramatical, pois se pode inserir ou não o artigo antes do substantivo “deriva”. O verbo “designava” é transitivo direto e a expressão “a jovem bacharel” é o objeto direto. Assim, não há preposição e por isso não pode haver crase. O verbo pronominal “se submetera” rege preposição “a”, mas o substantivo “prova” está antecedido do artigo indefinido “uma”, por isso não há artigo definido “a” e assim não pode haver crase.

“Sem advogado, o rapaz ficou à deriva, enquanto o juiz designava como sua defensora a jovem bacharel, que ainda não se submetera a uma prova de fogo, como aquela.”

Na alternativa (E), não se deve inserir o acento indicativo de crase na locução adverbial “a distância”, sem que esse substantivo seja determinado por algum adjetivo ou palavra de valor adjetivo. A locução prepositiva “em meio a” é finalizada pela preposição “a”. Como o substantivo “profundas” encontra-se no plural e feminino e o artigo “as” antecede esse substantivo, a crase é obrigatória. A conjunção integrante “que” não admite antecipação de artigo, apenas de preposição; por isso não deve haver crase em “a que”.

“Ele ficou a distância, em meio às profundas hesitações que a ausência da testemunha lhe provocou: se ela não chegasse, poderia ele aspirar a que fosse adiada a sessão?”

Gabarito: A

Questão 60: CEAL 2008 Advogado Quanto à necessidade ou não do uso do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato a um posto público, mas somos propensos à rejeitar a candidatura de um político profissional.

(B) O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que à elas nos prendemos todos, em nossa vida comum.

(C) É a gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam àqueles artistas e profissionais que dão graça à nossa vida.

(D) Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores causam as pessoas, vítimas próximas ou à distância de nós.

(E) Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento, pois este se reserva às pessoas generosas.

Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a frase já com a correção em negrito.

Na alternativa (A), o verbo pronominal “Reportamo-nos” rege preposição “a” e o substantivo “inexperiência” admitiu o artigo “a”, por isso há crase. Já o adjetivo “propensos” rege preposição “a”, mas não há artigo “a” antes de verbo, por isso não deve haver crase em “à rejeitar”.

“Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato a um posto público, mas somos propensos a rejeitar a candidatura de um político profissional.”

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Na alternativa (B), o substantivo “culto” rege a preposição “a” e o substantivo “aparências” é antecedido do artigo “as”, por isso ocorreu crase corretamente na frase. Entretanto, o pronome “elas” admite apenas preposição “a”, e nunca artigo; por isso não pode haver crase.

“O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que a elas nos prendemos todos, em nossa vida comum.”

Na alternativa (C), o verbo “cabe” é transitivo indireto. Seu sujeito é a oração “identificar os preconceitos” e o objeto indireto é a expressão “a gente”, a qual é precedida de preposição “a” (exigida pelo verbo “cabe”), além do artigo “a” (admitido pelo substantivo “gente”), ocorrendo a crase. O verbo “afetam” é transitivo direto; por isso, deve-se retirar o acento indicativo de crase no pronome “aqueles”. O verbo “dão” é transitivo direto e indireto, o objeto indireto “à nossa vida” está precedido de preposição obrigatória “a” e de artigo facultativo “a”, pois em seguida é encontrado o pronome possessivo singular feminino “nossa”. “É à gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam aqueles artistas e profissionais que dão graça à nossa vida.”

Na alternativa (D), o verbo “Assistimos” é transitivo indireto e rege a preposição “a”. Como o substantivo “exibição” admite o artigo “a”, ocorre crase. O verbo “causam” é transitivo direto e indireto e rege a preposição “a”, o pronome relativo “que” é o sujeito, “tantos dissabores” é o objeto direto e “às pessoas” é o objeto indireto, cujo substantivo “pessoas” é precedido do artigo “as”; assim a crase é obrigatória (os preconceitos causam tantos dissabores às pessoas). Na locução adverbial “à distância de nós”, ocorre crase, tendo em vista que o substantivo “distância” foi determinado pela expressão “de nós”.

“Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores causam às pessoas, vítimas próximas ou à distância de nós.”

A alternativa (E) é a correta, pois o substantivo “desprendimento” rege a preposição “a”; ao encontro do pronome “Aqueles”, ocorre crase corretamente. O verbo pronominal “se reserva” rege a preposição “a”. Note que esta preposição se encontra com o artigo “as”, por isso a crase está corretamente empregada. Gabarito: E

Questão 61: BB - 2011 - Escriturário Quando comparado ...... outras aves, os tucanos parecem ser bem maiores ...... quem os observa, ...... voar na natureza.

Os espaços pontilhados da frase acima estarão corretamente preenchidos, na ordem, por:

(A) às - a - a (B) às - à - a (C) as - a - a (D) às - a - à (E) as - à - à Comentário: O particípio “comparado” rege preposição “a” e o substantivo “aves” está antecipado do pronome indefinido “outras”, o qual admite o artigo “as”. Poderíamos ter a construção “comparado a outras aves” ou “comparado às outras aves”. Como na alternativa só há plural, obrigatoriamente haverá

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crase. Assim, eliminamos as alternativas (C) e (E). O adjetivo “maiores” rege preposição “a”, porém o pronome “quem” não admite artigo, por isso não há crase. Assim, eliminamos a alternativa (B). Verbo não pode ser precedido de artigo, assim não admite crase. Por isso, a alternativa correta é a (A). Gabarito: A Questão 62: TRT 1ªR - 2011 - Analista ...... pessoas de fora, estranhas ...... cidade, a vida urbana exerce uma constante atração, apesar dos congestionamentos e dos altos índices de violência, inevitáveis sob ...... condições urbanas de alta densidade demográfica.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

(A) Às - à - as (B) As - à - às (C) As - a - às (D) Às - a - às (E) As - à - as Comentário: O verbo “exerce” é transitivo direto e indireto. Seu sujeito é “a vida urbana”, o objeto direto é “uma constante atração” e o objeto indireto é “Às pessoas de fora”; por isso há crase obrigatoriamente. Assim eliminamos as alternativas (B, (C) e (E). Veja a ordem natural:

A vida urbana exerce uma constante atração às pessoas de fora...

O aposto explicativo é iniciado pelo adjetivo “estranhas” e rege preposição “a”. Como “cidade” admite artigo “a”, ocorre crase. Assim, eliminamos a alternativa (D) e já sabemos que a alternativa (A) é a correta; porém, devemos confirmar. A preposição “sob” não exige preposição “a”; por isso ocorre apenas o artigo “as” antes do substantivo “condições”. Gabarito: A Questão 63: TRT 23ªR - 2004 - Analista Busca-se ...... muito tempo uma linguagem adequada ...... expressão das leis e ...... outras questões sociais.

As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por

(A) a - à - à (B) há - a - a (C) a - a - à (D) a - à - a (E) há - à - a Comentário: A expressão “muito tempo” traduz ideia de tempo decorrido; por isso cabe o verbo “há”. Assim, eliminamos as alternativas (A), (C) e (D). O adjetivo “adequada” rege preposição “a” e exige o complemento nominal composto, cujos núcleos são “expressão” e “questões”. O substantivo “expressão” admite artigo “a”, por isso ocorre crase. O substantivo “questões” é precedido do pronome indefinido “outras”, os quais também admitem artigo (neste caso, “as”); mas, nas alternativas, não há plural, somente singular. Isso quer dizer que só existe preposição “a”. Assim, a alternativa (E) é a correta. Gabarito: E

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Questão 64: TRT 11ªR - 2005 – Analista Quanto à necessidade ou não do sinal de crase, está inteiramente correto o que se lê em: (A) Esse grande físico não pertenceu àquele grupo de cientistas que se

mantinham a margem das contingências, desatentos ao mundo à sua volta.

(B) Einstein não se limitou à escrever textos científicos; lançou-se à roda dos grandes debates políticos internacionais, à cuja órbita se prendiam as decisões cruciais do pós-guerra.

(C) O cerceamento à liberdade, nos regimes totalitários, leva a indignação coletiva às alturas quando os que mais têm a dizer são intimados a calar-se.

(D) Não cabe à qualquer pessoa levar a cabo uma experiência científica, mas à toda gente cabe decidir sobre o emprego que se dará às novas ferramentas da ciência.

(E) Com os nervos à flor da pele, assistimos na TV à uma cena em que um homem rude, promovido a condição de milagreiro, dava início a tão anunciada intervenção cirúrgica.

Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a frase já com a correção em negrito. Na alternativa (A), o verbo “pertenceu” é transitivo indireto e exige preposição “a”, e o pronome “aquele” possui vogal inicial “a”, por isso há crase. A locução adverbial cujo núcleo é “margem” exige a preposição “a”, internamente a sua estrutura, por isso a crase é obrigatória (à margem das contingências). O adjetivo “desatentos” exige preposição “a”, e “volta” é substantivo feminino que admite artigo “a”. Como há pronome possessivo, esse artigo é facultativo e a crase também.

Esse grande físico não pertenceu àquele grupo de cientistas que se mantinham à margem das contingências, desatentos ao mundo à sua volta.

Na alternativa (B), não pode haver crase antes de verbo. O verbo “lançou-se” exige preposição “a” e “roda” admite artigo “a”, por isso há crase. O pronome “cuja” nunca admite artigo, por isso não pode haver crase. A expressão “as decisões cruciais do pós-guerra” é o sujeito, por isso não há crase. Einstein não se limitou a escrever textos científicos; lançou-se à roda dos grandes debates políticos internacionais, a cuja órbita se prendiam as decisões cruciais do pós-guerra.

A alternativa (C) é a correta, pois o substantivo “cerceamento” exige preposição “a” e “liberdade” admite artigo “a”, por isso há crase. O verbo “leva” é transitivo direto e indireto, em que “a indignação coletiva” é o objeto direto e “às alturas” é o objeto indireto. Veja que na sequência há dois verbos antecipados de preposição “a”. Na alternativa (D), os pronomes indefinidos “qualquer” e “toda” não admitem ser antecipados por artigo; portanto, não pode haver crase. A expressão “a cabo” não possui crase, pois é termo masculino. Veja que “se dará” exige a preposição “a” e “novas ferramentas da ciência” é objeto indireto e admite o artigo “as”, por isso há crase.

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Não cabe a qualquer pessoa levar a cabo uma experiência científica, mas a toda gente cabe decidir sobre o emprego que se dará às novas ferramentas da ciência.

Na alternativa (E), a locução adverbial “à flor da pele” admite crase, pois sua estrutura interna possui preposição “a” seguida de artigo “a”. O verbo “assistimos” é transitivo indireto e exige preposição “a”, porém não há artigo “a”, mas o artigo indefinido “uma”; por isso, não pode haver crase. O particípio “promovido” exige preposição “a” e “condição” admite artigo “a”, por isso deve haver crase. O verbo “dava” é transitivo direto e indireto, “início” é o objeto direto e “à tão anunciada intervenção cirúrgica” é o objeto indireto, cujo núcleo é o substantivo feminino “intervenção”. Os termos adjetivos “tão” e “anunciada” não impedem a crase. Por isso, ela é necessára.

Com os nervos à flor da pele, assistimos na TV a uma cena em que um homem rude, promovido à condição de milagreiro, dava início à tão anunciada intervenção cirúrgica. Gabarito: C

Questão 65: DPE RS - 2011 - Superior A crase é facultativa em SOMENTE uma alternativa abaixo.

(A) ...por toda sua carreira graças a pontas de cigarro... (B) ...chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. (C) Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de.... (D) ...ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro... (E) ...dentro de seu carro em frente a sua casa... Comentário: Na alternativa (A), não pode haver crase, porque “a” está no singular e “pontas” está no plural. Na alternativa (B), “a promotora” é sujeito, por isso não há crase. Na alternativa (C), há apenas preposição, pois o termo é iniciado por preposição “de”. Lembre-se “de...a; mas “da ...à”. Na alternativa (D), o artigo “uma” elimina a possibilidade de crase. A alternativa (E) é a correta, pois “casa” é substantivo feminino singular e está antecedido de pronome possessivo feminino singular “sua”; e o vocábulo “frente” exige preposição “a”. Assim, a crase é facultativa. Gabarito: E

Questão 66: MPE RS 2010 Superior Fragmento de texto: Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois de anos de exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais longos e elaborados: as sensações de impaciência e de sonolência ...

Considere as afirmativas seguintes:

I. A concordância verbal estaria inteiramente respeitada, com o verbo experimentar flexionado na 1ª pessoa do plural, experimentamos.

II. A presença do sinal de crase é facultativa, pois internet é palavra originária do inglês, adaptada ao nosso idioma.

III. O segmento introduzido pelos dois pontos explica a dificuldade decorrente da acentuada exposição à internet.

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Está correto o que se afirma em:

(A) I, somente. (B) II, somente. (C) I e III, somente. (D) II e III, somente. (E) I, II e III. Comentário: O sujeito “muito de nós” admite que o verbo concorde com “muitos” ou com a expressão “de nós”. Por isso a afirmativa I está correta. O nome “exposição” exige a preposição “a” e “internet” admite o artigo “a”, por isso há crase. O erro está em dizer que ela é facultativa por haver palavra originária do inglês. Não há fundamento gramatical para isso. Vimos nas aulas anteriores que o sinal de dois-pontos sinaliza uma explicação e, pelo contexto, entendemos que há realmente a explicação da dificuldade decorrente da acentuada exposição à internet. Assim, a afirmativa está correta. Gabarito: C Questão 67: TRT 17ªR - 2004 – Analista Justificam-se inteiramente ambas as ocorrências do sinal de crase em:

(A) Os que têm pleno acesso àquilo que oferece a cesta de bens e serviços devem considerar-se à margem da pobreza.

(B) Quem atribui um valor monetário à essa cesta de bens e serviços está-se habilitando à definir uma linha de pobreza.

(C) Não falta, à maioria das pessoas, uma definição de pobreza; o que falta à uma boa definição é o rigor de um bom critério.

(D) Há quem recrimine à cultura da subsistência, imputando-lhe à responsabilidade pelo mascaramento da real situação de miséria de muitos brasileiros.

(E) Os que têm proventos inferiores à quantia necessária para a aquisição dessa cesta deixam de atender à todas as suas necessidades básicas.

Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a frase já com a correção em negrito.

A alternativa (A) é a correta, pois “acesso” rege preposição “a”, a qual se junta ao pronome demonstrativo “aquilo”; por isso ocorre crase. A locução adverbial de modo “à margem da pobreza” possui estrutura interna com preposição “a” seguida de artigo “a” admitido pelo substantivo feminino “margem”. Por isso, os dois sinais indicativos de crase estão corretos.

Na alternativa (B), o pronome demonstrativo “essa” não admite artigo, nem verbo admite ser antecedido por artigo “a”; por isso não há crase.

Quem atribui um valor monetário a essa cesta de bens e serviços está-se habilitando a definir uma linha de pobreza.

Na alternativa (C), desprezando-se a dupla vírgula separando o objeto indireto “à maioria das pessoas”, que é um erro agudo (mas aqui não se pode contar como erro, porque a questão trata apenas de crase); o verbo “falta” exige preposição “a” e o substantivo “maioria” admite artigo “a”; por isso há crase. O erro está a seguir; pois o verbo “falta” é transitivo indireto e exige o objeto indireto “a uma boa definição”. Como há artigo indefinido “uma”, não há artigo “a”, consequentemente, não pode haver crase.

Não falta, à maioria das pessoas, uma definição de pobreza; o que falta a uma

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boa definição é o rigor de um bom critério.

Na alternativa (D), o verbo “recrimine” é transitivo direto; assim o objeto direto “a cultura da subsistência” não admite preposição “a” e não pode receber crase. O verbo “imputando” é transitivo direto e indireto. Seu objeto indireto é “lhe”, e “a responsabilidade” é o objeto direto, o qual não é precedido por preposição “a”; por isso não há crase.

Há quem recrimine a cultura da subsistência, imputando-lhe a responsabilidade pelo mascaramento da real situação de miséria de muitos brasileiros.

Na alternativa (E), “inferiores” rege preposição “a” e “quantia” admite artigo “a”, por isso há crase. O verbo “atender” é transitivo indireto, exigindo preposição “a”, porém o pronome “todas” não admite ser antecipado por artigo “as”. Logo, não há crase.

Os que têm proventos inferiores à quantia necessária para a aquisição dessa cesta deixam de atender a todas as suas necessidades básicas. Gabarito: A Questão 68: TRT 2ªR - 2004 – Analista Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, está inteiramente correto o seguinte período:

(A) Se à boa parte de nossa imprensa interessa a divulgação de crimes cometidos por jovens, somente a uma pequena parcela dos jornalistas interessa a discussão das questões que se ligam à essa faixa de delinquência.

(B) Não convém à parcela mais privilegiada da sociedade imaginar-se imune à toda e qualquer modalidade de tragédia; a violência a atingirá, a despeito das guaritas, dos portões eletrônicos, dos vigias a postos.

(C) Todo jovem infrator, tenha ou não consciência disso, aspira à inclusão social, quer ascender a posições mais dignas, elevar-se a uma condição semelhante àquela em que vivem os jovens da classe média.

(D) Muito se comenta, a boca pequena, a respeito da vantagem da pena de morte, extensiva a criminalidade juvenil, à despeito do que reza o Estatuto da Criança e do Adolescente, que convoca todos os setores sociais à tarefa da formação integral dos jovens.

(E) Não se impute a polícia à situação de violência em que vivemos; se falta àquela participação maior no combate a criminalidade, falta à adolescência pobre qualquer sinalização de efetiva dedicação das autoridades à solução dos problemas.

Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a frase já com a correção em negrito.

Na alternativa (A), “à boa parte de nossa imprensa” é objeto indireto, o verbo “interessa” é transitivo indireto e “a divulgação de crimes cometidos por jovens” é o sujeito, por isso o primeiro termo recebe crase e o último não. Da mesma forma “a uma pequena parcela dos jornalistas” é objeto indireto e “a discussão” é o sujeito. Não há crase no primeiro termo, porque possui artigo indefinido “uma”. O erro está em se colocar a crase antes do pronome

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demonstrativo “essa”, pois ele não admite artigo.

Se à boa parte de nossa imprensa interessa a divulgação de crimes cometidos por jovens, somente a uma pequena parcela dos jornalistas interessa a discussão das questões que se ligam a essa faixa de delinquência.

Na alternativa (B), o verbo “convém” é transitivo indireto e exige preposição “a”. Como “parcela” admite artigo “a”, ocorre crase. Perceba o erro sem se colocar crase antes do pronome indefinido “toda”. Ele não admite artigo. Corretamente não há crase em “a violência”, porque esse termo é o sujeito; o vocábulo “a” seguinte é o pronome oblíquo átono “a” na função de objeto direto, por isso não há crase. Além disso, veja que em “a postos” só ocorre preposição “a”.

Não convém à parcela mais privilegiada da sociedade imaginar-se imune a toda e qualquer modalidade de tragédia; a violência a atingirá, a despeito das guaritas, dos portões eletrônicos, dos vigias a postos.

A alternativa (C) é a correta, pois “aspira” é transitivo indireto, exige preposição “a” e “inclusão” admite artigo “a”. Por isso há crase. O adjetivo “semelhante” exige preposição “a”, por isso há crase em “àquela”. Note que não pode haver crase em “a posições” e “a uma condição”, pois não há artigo “a”. Na alternativa (D), a locução adverbial “à boca pequena” exige crase. As locuções prepositivas “a respeito de” e “a despeito de” não possuem crase, pois os núcleos são masculinos. O adjetivo “extensiva” exige preposição “a” e o substantivo “criminalidade” admite artigo “a”, por isso deve haver crase. O verbo “convoca” é transitivo direto e indireto. Ele exige a preposição “a” iniciando o objeto indireto “à tarefa da formação integral dos jovens”; por isso a crase está correta.

Muito se comenta, à boca pequena, a respeito da vantagem da pena de morte, extensiva à criminalidade juvenil, a despeito do que reza o Estatuto da Criança e do Adolescente, que convoca todos os setores sociais à tarefa da formação integral dos jovens.

Na alternativa (E), o verbo “impute” é transitivo direto e indireto, “se” é pronome apassivador, “a polícia” é sujeito paciente e “à situação” é o objeto indireto. Por isso a crase está corretíssima. O primeiro verbo “falta” é intransitivo e “aquela participação” é o sujeito, por isso não pode haver crase. Já o segundo verbo “falta” é transitivo indireto e exige preposição “a” (à adolescência pobre”), por isso a crase está correta. Veja que “qualquer sinalização” é o sujeito desse verbo. O nome “dedicação” exige preposição “a”, por isso “à solução” possui crase.

Não se impute a polícia à situação de violência em que vivemos; se falta aquela participação maior no combate à criminalidade, falta à adolescência pobre qualquer sinalização de efetiva dedicação das autoridades à solução dos problemas. Gabarito: C Questão 69: PBGÁS RS 2007 Superior Justificam-se as duas ocorrências do sinal de crase em:

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(A) Caberá à maioria das pessoas decidir se continuarão preferindo a velocidade à qualidade mesma das experiências.

(B) O valor atribuído à velocidade está prestes à ser substituído por algum parâmetro que leve em conta a ecologia.

(C) Desde que se alçou à tal poder, o fator velocidade não tem encontrado oponentes à altura de seu prestígio.

(D) Dada à importância que assumiu na informática, a velocidade dos processos tornou-se indispensável à massa dos internautas.

(E) Sabe-se que, à curto prazo, o fator velocidade será submetido à uma mais rigorosa e justa avaliação.

Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a frase já com a correção em negrito.

A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “caberá” exige preposição “a” e “maioria” admite artigo “a”. Assim está correta a crase. O verbo “preferindo” é transitivo direto e indireto e exige a preposição “a”. Assim, “à qualidade mesma das experiências” é o objeto indireto e possui crase corretamente. Na alternativa (B), “atribuído” exige “a” e “velocidade” admite artigo “a”, portanto há crase. Mas verbo não admite crase, por isso há erro.

O valor atribuído à velocidade está prestes a ser substituído por algum parâmetro que leve em conta a ecologia.

Na alternativa (C), vemos que o pronome “tal” não admite artigo, por isso não pode haver crase. A locução adverbial “à altura” possui crase.

Desde que se alçou a tal poder, o fator velocidade não tem encontrado oponentes à altura de seu prestígio.

Na alternativa (D), o particípio “Dada” não exige preposição, por isso não pode haver crase. O adjetivo “indispensável” exige preposição “a” e “massa” admite artigo “a”, por isso há crase.

Dada a importância que assumiu na informática, a velocidade dos processos tornou-se indispensável à massa dos internautas.

Na alternativa (E), “curto prazo” é termo masculino, por isso não há crase. O artigo “uma” não admite crase. Sabe-se que, a curto prazo, o fator velocidade será submetido a uma mais rigorosa e justa avaliação. Gabarito: A Questão 70: TRE AC 2003 Analista Há plena observância da necessidade de utilização do sinal de crase em:

(A) Não espantou à maioria das pessoas que o caso de Amina tenha chegado à uma solução tão feliz, pois acreditavam que o tribunal nigeriano seria sensível à pressões internacionais.

(B) Pouco à pouco, a Anistia Internacional e outras organizações congêneres vão ascendendo àquele mais alto patamar de respeitabilidade, à que sempre fizeram jus.

(C) Não se impute à corte nigeriana qualquer culpa pelo fato de se ater às leis do país, pois é a estas, e não a outras, que lhe cabe dar cumprimento.

(D) Aqui e ali se verifica, à toda hora, algum tolerado desacato às nossas leis;

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que faríamos se os nigerianos nos conclamassem a cessação dessa permanente afronta às nossas normas legais?

(E) Tendo em vista à condenação do acusado de sodomia a morte por apedrejamento, e à falta de indícios positivos, não se confira a absolvição de Amina um significado maior do que o de uma concessão.

Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a frase já com a correção em negrito.

Na alternativa (A), “à maioria das pessoas” é objeto direto preposicionado, pois o verbo “espantou” é transitivo direto. Como esse objeto está antecipado e poderia provocar dúvida em quem seria o sujeito; coube perfeitamente a preposição “a” e, por consequência, a crase. Os erros são as crases antes do artigo indefinido “uma” e do substantivo plural “pressões” com vocábulo “a” no singular.

Não espantou à maioria das pessoas que o caso de Amina tenha chegado a uma solução tão feliz, pois acreditavam que o tribunal nigeriano seria sensível a pressões internacionais.

Na alternativa (B), não pode haver crase entre palavras repetidas. O verbo “ascendendo” é transitivo indireto e exige a preposição “a”, por isso há crase em “àquele”. Mas não pode haver crase antes do pronome relativo “que”, pois ele não admite artigo “a”.

Pouco a pouco, a Anistia Internacional e outras organizações congêneres vão ascendendo àquele mais alto patamar de respeitabilidade, a que sempre fizeram jus.

A alternativa (C) está correta, porque “à corte nigeriana” é o objeto indireto, bem como “às leis do país”. Veja que corretamente não houve crase, antes do pronome demonstrativo “estas”. Perceba que antes do pronome “outras” o “a” está no singular, por isso só há preposição e não há crase.

Na alternativa (D), não pode haver crase antes do pronome “toda”. O substantivo “desacato” exige preposição “a” e “nossas leis” possui artigo “as”, por isso ocorreu a crase. O verbo “conclamassem” é transitivo direto e indireto (conclamar alguém a alguma coisa). Assim, “nos” é objeto direto e “a cessação” deve receber crase, por ser o objeto indireto. O vocábulo “afronta” exige preposição “a” e “nossas normas legais” possui artigo “as”, por isso ocorreu crase.

Aqui e ali se verifica, a toda hora, algum tolerado desacato às nossas leis; que faríamos se os nigerianos nos conclamassem à cessação dessa permanente afronta às nossas normas legais?

Na alternativa (E), após “tendo em vista”, não há preposição “a”, assim não pode haver crase. O substantivo “acusado” exige a preposição “a” e “morte” admite artigo “a”, por isso deve haver crase. A locução adverbial de causa “à falta de indícios positivos” possui crase. O verbo “confira” é transitivo direto e indireto, “se” é pronome apassivador, “um significado” é o sujeito paciente e “a absolvição de Amina” deve receber crase, por ser o objeto indireto (um significado (...) não seja conferido à absolvição de Amina).

Tendo em vista a condenação do acusado de sodomia à morte por

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apedrejamento, e à falta de indícios positivos, não se confira à absolvição de Amina um significado maior do que o de uma concessão. Gabarito: C Questão 71: TRE MG 2005 Analista Justifica-se o sinal de crase em ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) Opõe-se o autor àqueles fundamentalistas que não admitem rever os resultados à que chegaram.

(B) Hawking dispôs-se à apresentar a um plenário de cientistas correções à sua teoria dos buracos negros.

(C) A quem aspira às certezas dogmáticas não satisfarão as hipóteses de trabalho, sempre sujeitas à alguma revisão.

(D) Hawking filia-se à tradição dos grandes cientistas, que sempre souberam curvar-se às evidências de um equívoco.

(E) Fundamentalista é todo aquele que prefere às certezas dogmáticas às hipóteses sujeitas a verificação e a erro.

Comentário: Na alternativa (A), o problema foi a crase antes do pronome relativo “que”, pois ele não admite artigo.

Na alternativa (B), não pode haver crase antes de verbo. O pronome possessivo “sua” faz com que a crase seja facultativa.

Na alternativa (C), “as certezas dogmáticas” é o sujeito do verbo “satisfarão”, por isso não pode haver crase. O pronome indefinido “alguma” não admite artigo, por isso não há crase. Perceba que a expressão “A quem aspira” é o mesmo que “Para quem aspira”. Essa estrutura é chamada de dativo livre. Você não tem que saber esse nome. Apenas guarde que é um termo que admite a vírgula. Seria mais claro se a banca colocasse assim:

Para quem aspira, as certezas dogmáticas não satisfarão as hipóteses de trabalho, sempre sujeitas a alguma revisão.

Mas isso facilitaria muito a vida do candidato, você não acha?

A alternativa (D) é a correta, pois os verbos “filia-se” e “curvar-se” exigem preposição “a” e os substantivos “tradição” e “evidências” admitem artigo “a”, “as”, respectivamente. Por isso, há crase.

Na alternativa (E), o verbo “prefere” é transitivo direto e indireto. Assim, ele não pode ter dois objetos indiretos. De acordo com o contexto, o objeto direto é “as certezas dogmáticas”; por isso, não pode receber crase. Gabarito: D Questão 72: TRE MG 2005 Analista É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:

(A) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer atentar para o que está vendo.

(B) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar.

(C) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro

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de nós a matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos. (D) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas

prestem-se todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos. (E) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu

pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.

Comentário: Na alternativa (A), “À falta de coisa” é uma locução adverbial, iniciada por preposição “a”, por isso possui crase. O verbo “assiste” é transitivo indireto e exige preposição “a”, e “televisão” admite artigo “a”. Na alternativa (B), o verbo “Cabe” exige a preposição “a”; “dedicar-se” e “jus” também. Como os substantivos “juventude”, “substituição” e “capacidade” admitem artigo “a”, ocorreram as crases. Na alternativa (C), as locuções adverbiais “à vista”, “às vezes” e “à revelia” recebem crase. Na alternativa (D), o verbo “aspira” e “prestem” exigem preposição “a”. Em contato com o substantivo “estabilidade” (o qual admite artigo “a”) e com o pronome “aquele”; ocorre a crase. Na alternativa (E), o verbo “agracia” é transitivo direto, por isso o objeto direto “a juventude” não pode receber crase. O vocábulo “salvo” é masculino, por isso não pode haver crase.

Quem acha que agracia a juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo não está a salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração. Gabarito: E Questão 73: TRF 5ªR 2003 Analista Atente para as seguintes frases:

I. À qualquer hora estamos dispostos a assistir à cenas de guerra. II. Àquela hora da noite, ainda estávamos atentos à transmissão das cenas

da guerra. III. Daqui a uma hora esse canal passará a transmitir a comunicação que o

Presidente fará à Nação.

Quanto à necessidade de usar-se o sinal de crase, está inteiramente correto o que se lê em

(A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) I e III, somente. (D) II, somente. (E) II e III, somente. Comentário: Na frase I, a locução adverbial “A qualquer hora” não admite crase, porque “qualquer” não admite artigo “a”. Além disso, o vocábulo “guerras” está no plural e o vocábulo “a” está no singular, por isso não pode haver crase. A frase II está correta, pois a locução adverbial “Àquela hora da noite” possui crase. O adjetivo “atentos” exige preposição “a” e “transmissão” admite artigo “a”, por isso há crase. A frase III está correta, pois a locução “Daqui a uma hora” não transmite a hora do evento, mas marca tempo futuro, por isso não há crase. O verbo “fará” é transitivo direto e indireto, o pronome “que” é objeto direto e “à Nação” é o objeto indireto; por isso há crase. Gabarito: E

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Questão 74: TRF 5ªR 2008 Analista Há rigorosa observância das normas que determinam o uso do sinal de crase em:

(A) A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo, pois àquela ou à esta sensação corresponde alguma dose de idealismo.

(B) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à necessidade de reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo.

(C) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes convém entregar-se à determinada sensação, a determinado humor.

(D) O otimismo não fica à léguas do pessimismo; tendem ambos à convergir, conforme comprovam nossas próprias experiências.

(E) Não assiste às ciências positivas o direito de aspirar à definição cabal da fronteira entre o pessimismo e o otimismo.

Comentário: Cada alternativa será comentada e em seguida será reescrita a frase já com a correção em negrito.

Na alternativa (A), o único erro é inserir crase antes do pronome “esta”. A expressão “A medida que” não transmite valor de proporção (à proporção que, à medida que). Veja que “A medida” é o sujeito na oração principal (A medida pode também avaliar o pessimismo). O substantivo “medida” está sendo caracterizado pela oração subordinada adjetiva restritiva: “que afere o otimismo”. Por isso, não recebe crase.

A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo, pois àquela ou a esta sensação corresponde alguma dose de idealismo.

Na alternativa (B), “paradoxos” é substantivo masculino, então não pode haver crase. “à necessidade” é o objeto indireto de “leva”, por isso há crase.

O texto não nos leva a paradoxos gratuitos, mas à necessidade de reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo.

Na alternativa (C), o verbo “Cabe” é transitivo indireto e “às pessoas” é o objeto indireto, por isso há crase. O pronome indefinido “cada” não admite artigo “a”, por isso não pode haver crase. O verbo “entregar” é transitivo direto e indireto, em que o pronome “se” é reflexivo e objeto direto; “à determinada sensação, a determinado humor” é o objeto indireto composto. Logo, o primeiro núcleo possui crase e o segundo, por ser masculino, não admite crase.

Cabe às pessoas decidir, a cada experiência, se lhes convém entregar-se à determinada sensação, a determinado humor.

Na alternativa (D), “léguas” é um substantivo feminino plural, mas o vocábulo “a” está no singular, por isso só há preposição e não há crase. Verbo não admite crase.

O otimismo não fica a léguas do pessimismo; tendem ambos a convergir, conforme comprovam nossas próprias experiências.

A alternativa (E) é a correta, pois “o direito” é o sujeito, “assiste” é verbo transitivo indireto e “às ciências positivas” é o objeto indireto; por isso há crase. O verbo “aspirar” exige preposição “a” e “definição” admite artigo “a”; por isso há crase.

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Gabarito: E Questão 75: TRF 1ªR 2001 Biblioteconomista A necessidade ou não do sinal de crase está inteiramente observada na frase:

(A) Deve-se à luta das feministas o respeito aos direitos que cabem também às outras parcelas de injustiçados que integram a nossa sociedade.

(B) Encontra-se a disposição dos interessados a nova edição do Código Civil, à qual, aliás, já se fizeram objeções à torto e à direito.

(C) À vista do que dispõe o novo código, não caberá à ninguém a condição "natural" de cabeça de casal, à qual, até então, se reservava para o homem.

(D) Pode ser que à curto prazo o novo código esteja obsoleto em vários pontos, à exemplo do que ocorreu com o antigo.

(E) Não se impute à uma mulher a culpa de não ter lutado por seus direitos; todas as pressões sociais sempre a conduziram àquela "virtuosa" resignação.

Comentário: A partir de agora, segue somente a correção, pois as justificativas se repetem:

(A) Deve-se à luta das feministas o respeito aos direitos que cabem também às outras parcelas de injustiçados que integram a nossa sociedade. (B) Encontra-se à disposição dos interessados a nova edição do Código Civil, à qual, aliás, já se fizeram objeções a torto e à direito. (“à qual” é complemento nominal de “objeções”) (C) À vista do que dispõe o novo código, não caberá a ninguém a condição "natural" de cabeça de casal, a qual, até então, se reservava para o homem. (“a qual” é sujeito paciente de “se reservava”) (D) Pode ser que a curto prazo o novo código esteja obsoleto em vários pontos, a exemplo do que ocorreu com o antigo. (E) Não se impute a uma mulher a culpa de não ter lutado por seus direitos; todas as pressões sociais sempre a conduziram àquela "virtuosa" resignação. Gabarito: A Questão 76: TRF 4ªR 2001 Analista Quanto à ocorrência do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Se não puder ir amanhã à cidade, avise-me à tempo. (B) Quando o barco ficou à deriva, coube à tripulação emitir um sinal de

socorro. (C) Se fosse a mim, e não à ela que você devesse dinheiro, estaríamos às

boas. (D) Pretendi, à todo custo, que ela aderisse à nossa causa. (E) Àquela hora da noite, era impossível chegarmos à qualquer conclusão. Comentário: Só correção!!!! (A) Se não puder ir amanhã à cidade, avise-me a tempo. (B) Quando o barco ficou à deriva, coube à tripulação emitir um sinal de socorro. (C) Se fosse a mim, e não a ela que você devesse dinheiro, estaríamos às boas.

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(D) Pretendi, a todo custo, que ela aderisse à nossa causa. (E) Àquela hora da noite, era impossível chegarmos a qualquer conclusão. Gabarito: B

Questão 77: TRT 12ªR 2010 Analista Observam-se plenamente as regras que regulamentam o emprego do sinal de crase em:

(A) Se uma forma de reação ao humor é rir à socapa, outra forma, contrária àquela, é rir às escâncaras.

(B) O humor não pede licença à ninguém para se fazer presente, nem recorre à normas de boa conduta para se justificar.

(C) Assiste à toda gente o direito de não se rir de uma piada, mas não cabe à nenhuma pessoa impedir que alguém a conte.

(D) O humorista requisitou àquela senhora para contracenar com ele, mas, afeita à defender o “politicamente correto”, ela se recusou.

(E) É à partir das reações de alguém à ação do humor que podemos chegar à alguma conclusão sobre o seu caráter pessoal.

Comentário: Só correção!!!! (A) Se uma forma de reação ao humor é rir à socapa, outra forma, contrária àquela, é rir às escâncaras. (B) O humor não pede licença a ninguém para se fazer presente, nem recorre a normas de boa conduta para se justificar. (C) Assiste a toda gente o direito de não se rir de uma piada, mas não cabe a nenhuma pessoa impedir que alguém a conte. (D) O humorista requisitou aquela senhora para contracenar com ele, mas, afeita a defender o “politicamente correto”, ela se recusou. (E) É a partir das reações de alguém à ação do humor que podemos chegar a alguma conclusão sobre o seu caráter pessoal. Gabarito: A

Questão 78: TRT 6ªR 2006 Analista Quanto à observância do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Triste de quem só se reconhece à partir da imagem que os outros ficam à construir.

(B) Não nos desanime à espera que uma auto-análise requer para que cheguemos à uma imagem verdadeira de nós mesmos.

(C) Nossa imagem artificial fica à distância de nós mesmos, embora achemos que ela corresponda as nossas verdades mais profundas.

(D) Entre a imagem superficial e a imagem profunda de nós mesmos, costuma-se atribuir mais valor àquela do que a esta.

(E) Assim como um bom médico assiste à paciente debilitada, assim também deveríamos nos preocupar em reanimar à verdade do nosso ser.

Comentário: Só correção!!!! (A) Triste de quem só se reconhece a partir da imagem que os outros ficam a construir. (B) Não nos desanime à espera que uma auto-análise requer para que cheguemos a uma imagem verdadeira de nós mesmos.

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(C) Nossa imagem artificial fica à distância de nós mesmos, embora achemos que ela corresponda às nossas verdades mais profundas. (D) Entre a imagem superficial e a imagem profunda de nós mesmos, costuma-se atribuir mais valor àquela do que a esta. (E) Assim como um bom médico assiste à paciente debilitada, assim também deveríamos nos preocupar em reanimar a verdade do nosso ser. Gabarito: D

O que devo tomar nota como mais importante?

• Objeto direto “o, a, os, as”; objeto indireto “lhe, lhes”. • Estrutura VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI. • Entender o uso de “cujo” e suas variações. • Diferenciar as funções sintáticas do pronome relativo. • A estrutura-base da crase!

Grande abraço!!! Professor Terror

Lista de questões

Questão 1: Prefeitura Jaboatão 2006 Auditor Tributário Em determinadas circunstâncias, um governo autoritário pode ser preferível a um governo democrático.

Uma outra forma correta de se redigir o segmento sublinhado na frase, em que também se preserva sua coerência de sentido, é:

(A) pode-se preferir mais um governo autoritário do que um governo democrático.

(B) um governo autoritário é mais preferível do que um governo democrático.

(C) pode-se dar menos preferência a um governo democrático do que de um governo autoritário.

(D) pode-se preferir, a um governo democrático, um governo autoritário. (E) um governo autoritário é tão mais preferível quanto um governo

democrático. Questão 2: TCE – SE 2011 Analista de Controle Externo É preciso corrigir um equívoco de redação da seguinte frase:

(A) Não houve ninguém que se furtasse em dar entrevista. (B) A força policial solidarizou-se com os moradores. (C) Correu o boato de que o objeto contava com poderes sobrenaturais. (D) Em nada perturbou os animais a aparição do exótico objeto. (E) Afrouxou-se a vigilância dos guardas, acometidos por letargia. Questão 3: TCE – MG 2007 Técnico de Controle Externo - Direito Que adulto nunca se deparou com uma criança fuzilando perguntas?

Não haverá necessidade de qualquer alteração formal na frase acima caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por

(A) enfrentou – disparando (B) se confrontou – insistindo

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(C) se pôs diante – reiterando (D) confrontou – metralhando (E) se houve – descarregando Questão 4: DPE RS 2011 - Superior Qual das alternativas expressa linguagem culta e a linguagem informal, respectivamente?

(A) "Assistir à televisão" e "visar a um objetivo". (B) "Atender o telefone" e "responder a pergunta". (C) "Responder à pergunta" e "assistir à televisão". (D) "Responder a pergunta" e "visar um objetivo". (E) "Visar a um objetivo" e "atender o telefone".

Questão 5: TRT18ªR 2008 Analista Está correta a construção da seguinte frase:

(A) Seu vizinho de poltrona acha preferível ouvir música do que se concentrar num filme.

(B) A mulher ao lado prefere mais um filme em vez de ouvir música. (C) Tenho mais preferência a desfrutar do silêncio que de ouvir intimidades

alheias. (D) O jovem prefere concentrar-se na música a ficar com os olhos num

monitor de TV. (E) É mais preferível entreter-se com idéias próprias a que se distrair com as

tolices de um filme. Questão 6: CEAL 2008 Advogado O culto das aparências é a chave que nos dá acesso ao prestígio público.

Caso se substitua, na frase acima, culto por zelo e dá acesso por franqueia, as expressões sublinhadas devem ser substituídas, respectivamente, por

(A) nas aparências - no prestígio. (B) às aparências - do prestígio. (C) pelas aparências - o prestígio. (D) pelas aparências - pelo prestígio. (E) nas aparências - para com o prestígio.

Questão 7: BB 2011 Escriturário Em 1979 ele publicou O Princípio Responsabilidade.

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:

(A) ... que as éticas tradicionais [...] não estavam à altura das consequências danosas do progresso tecnológico ...

(B) ... para degenerar de maneira desmesurada ... (C) ... que aceleram o curso do desenvolvimento tecnológico ... (D) ... a sobrevivência de nossas sociedades depende da atualização do

potencial tecnológico ... (E) ... que não advém do saber oficial nem da conduta privada ... Questão 8: TRT 24ªR 2006 Técnico Todos os anos o Brasil perde com o tráfico uma quantia financeira

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incalculável...

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima é:

(A) Grupos de preocupação ecológica investem na proteção aos recursos naturais do país.

(B) Compete à Justiça a aplicação de penalidades aos traficantes de animais silvestres, nos termos da lei.

(C) O comércio de animais silvestres é prática ilegal, reprovada por toda a sociedade.

(D) Animais silvestres transportados sem o devido cuidado acabam morrendo. (E)) Pesquisadores destacam a necessidade de maior proteção aos recursos

naturais do país. Questão 9: TRT 1ªR 2011 Analista ... em diversos pontos controversos, desempatou controvérsias ...

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em:

(A) Os milhares de africanos que morreram por conta da viagem ou de padecimentos posteriores ...

(B) Entre 1758 e 1851, por aquelas pedras passaram pelo menos 600 mil escravos trazidos d'África.

(C) A própria construção do cais teve o propósito de ... (D) ... mas as melhores descrições [...] saíram todas da pena de viajantes

estrangeiros. (E) Os negros ficavam expostos no térreo de sobrados ... Questão 10: TRT 3ªR 2009 Analista ... que prevalece no conhecimento do torcedor comum sobre os dados históricos.

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:

(A) ... e estão espalhados por vários locais. (B) ... que homogeneíza todos os indivíduos. (C) ... o sentimento tribal é muito forte ... (D) ... acompanha o indivíduo por toda vida ... (E) ... que (...) participam no rito das danças guerreiras. Questão 11: PGE RO 2011 nível superior – um direito que passa pela derrubada de ditadores e tiranos.

O verbo de mesma regência que o verbo passar na frase acima está grifado na frase:

(A) Com apenas uma década, o século XXI exibe inúmeras incertezas quanto às possíveis consequências dos acontecimentos históricos.

(B) A conquista de direitos civis importa em informações livres e imparciais a respeito dos fatos que marcam a vida quotidiana, principalmente na área

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da política. (C) A violência contra os direitos das minorias observada durante o século XX

moveu defensores dos direitos humanos em todo o mundo. (D) A importância de certos fatos históricos transpõe, muitas vezes, os limites

estabelecidos por uma cronologia tradicionalmente aceita. (E) A proximidade dos fatos históricos nem sempre favorece uma avaliação

exata e imparcial do que ocorre ao nosso redor.

Questão 12: Prefeitura São Paulo 2007 Auditor-Fiscal Tributário Municipal I Não é preciso amar os princípios de convivência, como também não se deve ignorar esses princípios, pois quem não dá fé a esses princípios impede que os contraventores levem a sério esses princípios.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados por, respectivamente,

(A) ignorá-los − lhes dá fé − os levem a sério (B) ignorar-lhes − dá-lhes fé − levem-lhes a sério (C) lhes ignorar − lhes dá fé − os levem a sério (D) ignorá-los − dar fé a eles − levem-lhes a sério (E) os ignorar − os dá fé − levem-nos a sério Questão 13: TCE – GO 2009 Analista de Controle Externo A moderação não é fácil de alcançar; há quem veja a moderação como sinal de fraqueza; consideram outros a moderação um atributo dos tímidos – sem falar nos que atribuem à moderação a pecha da covardia.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) a veja - consideram-na outros - lhe atribuem (B) lhe veja - a consideram outros - atribuem-na (C) a veja - consideram-lhe outros - atribuem-na (D) veja a ela - consideram-na outros - atribuem-lhe (E) veja-a - a consideram outros - a atribuem Questão 14: TCE – CE 2008 Analista de Controle Externo No interior das famílias, costuma-se manejar os velhos, tratar os velhos como seres passivos, negar aos velhos a oportunidade de escolha, manter os velhos imobilizados num canto qualquer.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por:

(A) tratar-lhes - negar-lhes - manter-lhes (B) tratá-los - negá-los - mantê-los (C) tratá-los - negar-lhes - mantê-los (D) tratar-lhes - negá-los - manter-lhes (E) os tratar - lhes negar - lhes manter Questão 15: TCE – MG 2007 Técnico de Controle Externo - Direito As estrelas brilham no céu, e quem fica a observar as estrelas, sentindo a

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magia das estrelas, considera as estrelas signos de um grande mistério.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

(A) lhes observar - sentindo a magia delas - considera-as. (B) as observar - sentindo sua magia - lhes considera. (C) observá-las - sentindo-as a magia - as considera. (D) observá-las - sentindo-lhes a magia - considera-as. (E) lhes observar - sentindo-lhes a magia - considera-lhes. Questão 16: TRT 16ªR 2009 Técnico O segmento grifado abaixo que está substituído de modo INCORRETO pelo pronome correspondente é:

(A) que suprem produtos = que os suprem. (B) minimizar esses impactos = minimizá-los. (C) destacamos uma extensa e diversificada cadeia de fornecedores =

destacamo-la. (D) favorecendo um desenvolvimento mais sustentável = favorecendo-o. (E) passou a despertar o interesse de pesquisadores = despertar-lhes. Questão 17: TRT 18ªR 2008 Técnico O pronome que substitui corretamente o segmento grifado, respeitando também as exigências de colocação, está em:

(A) não haveria limites para a atividade humana = não haveria-os. (B) detonando a questão das mudanças do clima = as detonando. (C) as principais produtoras criaram um sistema conjunto = criaram-no. (D) para aumentar a eficiência de hardwares e softwares = aumentá-los. (E) e promover a reciclagem = lhe promover. Questão 18: TRT 24ªR 2006 Técnico ... cujas belezas naturais despertaram os fazendeiros para as oportunidades do turismo.

O termo grifado na frase acima está corretamente substituído pelo pronome correspondente em

(A) lhes despertaram. (B) despertaram eles. (C) despertaram-lhes. (D) despertaram-los. (E))os despertaram. Questão 19: TRT 24ªR 2003 Analista O Brasil é rico em matérias-primas, mas não basta possuirmos matérias-primas, o desejável é que pudéssemos processar as matérias-primas, industrializar essas matérias-primas e auferir todo o lucro potencial embutido nessas matérias-primas.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo- se, de modo correto, os elementos sublinhados, respectivamente, por:

(A))as possuirmos - processá-las - industrializá-las - nelas embutido (B) lhes possuirmos - processá-las - industrializá-las - embutido-lhes

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(C) possuirmo-las - lhes processar - lhes industrializar - nelas embutido (D) as possuirmos - as processar - industrializar-lhes - nelas embutidas (E) possuí-las - processar-lhes - industrializar-lhes - embutido-lhes Questão 20: TRT 24ªR 2006 Técnico O tráfico de animais silvestres constitui prática ilegal. Para coibir a prática ilegal, as autoridades responsáveis montam barreiras nas estradas, o objetivo dessas barreiras é impedir as tentativas de exportar os animais silvestres. Para tornar o segmento acima inteiramente correto, é preciso substituir os trechos grifados pelos pronomes correspondentes, na ordem,

(A) coibir-a - cujo o objetivo - exportá-los. (B) coibir ela - onde o objetivo - exportar-lhes. (C) coibir-na - onde o objetivo - exportá-los. (D) coibi-la - cujo objetivo - exportá-los. (E) coibi-la - que o objetivo - exportar-lhes. Questão 21: TRT 21ªR 2003 Analista Ajudamos a criar essa nova arma no intuito de impedir que os inimigos tivessem acesso antes de nós a essa nova arma.

Valendo-se do emprego de pronomes, estará correta a seguinte reconstrução da frase acima:

(A) Ajudamos a criar-lhe no intuito de impedir eles de acessarem antes de nós essa nova arma.

(B) Ajudamos a criá-la no intuito de lhes impedir o acesso dos inimigos a essa nova arma antes de nós.

(C) Ajudamo-la a criar no intuito de impedir-lhes que eles tivessem acesso à ela antes de nós.

(D)) Ajudamos a criá-la no intuito de impedir que eles tivessem acesso a ela antes de nós.

(E) Ajudamos a criá-la no intuito de os impedir de acessar-lhe antes de nós. Questão 22: TRT 18ªR 2008 Analista Sempre gostei das viagens de ônibus, mas atualmente considero as viagens de ônibus uma verdadeira provação, pois o que vem caracterizando as viagens de ônibus é uma profusão de ruídos de toda espécie, o que torna as viagens de ônibus um desafio aos nervos de um pacato passageiro.

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) considero-as - as vem caracterizando - as torna (B) considero-as - vem-nas caracterizando - lhes torna (C) as considero - vem-lhes caracterizando - torna-las (D) considero-lhes - lhes vem caracterizando - as torna (E) considero-lhes - vem caracterizando-as - torna-as

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Questão 23: CEAL 2008 Advogado Quanto aos políticos profissionais, o cidadão que considera os políticos profissionais uma espécie daninha insiste em eleger os políticos profissionais, em vez de preterir os políticos profissionais em favor de um espírito de renovação.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

(A) os considera - lhes eleger - os preterir (B) lhes considera - elegê-los - preterir-lhes (C))os considera - elegê-los - preteri-los (D) considera estes - eleger a estes - lhes preterir (E) considera os mesmos - eleger eles - os preterir Questão 24: CEAL 2008 Advogado Em 11 de setembro ocorreu a tragédia que marcou o início deste século, e o mundo acompanhou essa tragédia pela TV. A princípio, ninguém atribuiu a essa tragédia a dimensão que ela acabou ganhando, muitos chegaram a tomar essa tragédia como um grave acidente aéreo.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por

(A) acompanhou-a - a atribuiu - lhe tomar (B) acompanhou-a - lhe atribuiu - tomá-la (C) lhe acompanhou - lhe atribuiu - tomar-lhe (D) acompanhou-a - a atribuiu - tomá-la (E) lhe acompanhou - atribuiu-lhe - a tomar Questão 25: MPE SE 2010 Superior Ao dar com o helicóptero, o menino pôs o helicóptero para funcionar, o que significava manipular o helicóptero acionando uma manivela até que a força desse movimento conferisse ao helicóptero a propriedade de voar.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

(A) pô-lo - manipulá-lo - lhe conferisse (B) o pôs - manipular-lhe - conferisse-lhe (C) lhe pôs - o manipular - lhe conferisse (D) pôs-lhe - manipulá-lo - o conferisse (E) pô-lo - lhe manipular - o conferisse Questão 26: TRT 3ªR 2009 Analista É forçoso contatar os índios com delicadeza, para poupar os índios de um contato talvez mais brutal, em que exploradores submetessem os índios a toda ordem de humilhação, tornando os índios vítimas da supremacia das armas do branco.

Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:

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(A) poupar a eles - os submetessem - tornando-lhes (B) poupá-los - os submetessem - tornando-os (C) poupá-los - lhes submetessem - os tornando (D) poupar-lhes - os submetessem - tornando-lhes (E) os poupar - submetessem-nos - lhes tornando Questão 27: BAHIA GÁS - 2010 – Analista Os mitos nos acompanham ao longo do tempo, por isso é preciso dar aos mitos a atenção que requerem. Porque haveremos de tratar os mitos como se fossem embustes, em vez de reconhecer nos mitos a simbologia inspiradora?

Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

(A) dar-lhes os tratar neles reconhecer (B) dar-lhes tratar-lhes reconhecê-los (C) dá-los os tratar lhes reconhecer (D) lhes dar tratar a eles os reconhecer (E) dar a eles lhes tratar reconhecer neles Questão 28: TCE PB – 2006 – Superior O prêmio Nobel é consagrador, quem conquista o prêmio Nobel e desfruta do prestígio que advém de um prêmio Nobel percebe, também, que todos atribuem ao prêmio Nobel um extraordinário peso político.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por

(A) lhe conquista − lhe advém − lhe atribuem (B) conquista-o − o advém − lhe atribuem (C) o conquista − lhe advém − atribuem-no (D) o conquista − dele advém − lhe atribuem (E) lhe conquista − advém dele − atribuem-no Questão 29: Prefeitura São Paulo 2006 Agente Fiscal de Rendas Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo (...).

Numa nova redação da frase acima, mantém-se corretamente a expressão sublinhada caso se substitua fala o filósofo por

(A) aflige o filósofo. (B) disserta o filósofo. (C) se refere o filósofo. (D) cuida o filósofo. (E) investiga o filósofo. Questão 30: TCE – SP 2003 Agente de Fiscalização Financeira Atente para as seguintes frases:

I. Se havia algo de que meu pai não suportasse era a desonestidade. II. Uma coisa de que meu pai mantinha absoluta distância era a

desonestidade. III. Não era aceitável, para meu pai, de que alguém sucumbisse à tentação

da corrupção.

A expressão de que está adequadamente empregada em

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(A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) II e III, somente. (D) I, somente. (E))II, somente. Questão 31: Prefeitura Jaboatão 2006 Auditor Tributário Atentando-se para o emprego de ambas as expressões sublinhadas, está inteiramente correta a redação da frase:

(A) Os termos de que se compõe a alternativa apresentada induzem o pesquisado a uma determinada e previsível resposta.

(B) Do que os pesquisadores não contavam foi a maneira por que os brasileiros responderam à alternativa.

(C) A democracia, cujos méritos ninguém duvida, tem também alguns defeitos, aos quais muitas pessoas se mostram intolerantes.

(D) Os tiranos e os déspotas, em cujo arbítrio derivam tantas atrocidades, costumam caluniar a democracia, regime que a nada os favorece.

(E) Dado o caráter excludente da alternativa com a qual nos impuseram os pesquisadores, supunha-se de que caíssemos em sua armadilha.

Questão 32: TCE – MA 2005 Analista de Controle Externo A maior parte da água da chuva é interceptada pela copa das árvores, ...... cobrem toda a região. ...... evapora rapidamente, causando mais chuva, o que não ocorre em áreas desmatadas, ...... solo é pobre em matéria orgânica.

As lacunas da frase acima estão corretamente preenchidas, respectivamente, por

(A) onde - A chuva - que o (B) nas quais - Aquela chuva - cujo (C) em que - A água da chuva - que o (D) que elas - Essa chuva - aonde (E) que - Essa água - cujo Questão 33: TRT 24ªR 2003 Analista Tudo se liga, e os países dependem, cada vez mais, dos grandes centros em que se concentram as forças do imperialismo econômico. Substituindo-se, na frase acima, as formas dependem e se concentram, respectivamente, pelas formas subordinam-se e se irradiam, o segmento sublinhado deverá ser substituído por (A) nos grandes centros onde. (B) aos grandes centros de onde. (C) pelos grandes centros aonde. (D) aos grandes centros em cujos. (E) nos grandes centros por onde. Questão 34: Prefeitura Santos 2006 Fiscal de tributos Que estranho e cruel verbo ele escolheu!

Caso se substitua, na frase acima, a expressão ele escolheu pela expressão ele lançou mão, o início da frase deverá ficar

(A) Com que estranho e cruel verbo... (B) Em que estranho e cruel verbo... (C) De cujo estranho e cruel verbo... (D) De que estranho e cruel verbo... (E) Para que estranho e cruel verbo...

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Questão 35: DPE RS 2011 - Superior Fragmento do texto: O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. A expressão “na qual” pode ser substituída, sem alteração de sentido, por

(A) que. (B) por que. (C) em que. (D) na que. (E) no qual. Questão 36: TRT 24ªR 2003 Analista Está correto o emprego de ambas as expressões sublinhadas na frase:

(A) A transmissão do programa “Nheengatu”, contra a qual parece ter-se insurgido o Ministério das Comunicações, despertou viva polêmica acerca do que vem a ser uma língua nacional.

(B) O português e o espanhol, idiomas a cujos vieram somar-se termos indígenas, talvez já tenham merecido alguma contestação quanto ao fato de serem línguas nacionais.

(C) D. João IV, em 1727, já manifestava a preocupação em que o predomínio de uma língua estrangeira diante da língua oficial representaria um risco para o processo de colonização.

(D) A ilegalidade do programa radiofônico, cuja a língua é o nheengatu, foi aventada pelo Ministério das Comunicações, que recorreu a especialistas para melhor se informar em face da questão.

(E) A opinião de Marlei Sigrist, em favor a qual há argumentos antropológicos, é que a divulgação do nheengatu constitui uma forma de resistência cultural, mediante o que devem se engajar os defensores das minorias.

Questão 37: TRT 24ªR 2003 Analista Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

(A) Cláudio realizou várias aproximações de cujos riscos era consciente. (B) Os brancos não deviam se arvorar como superiores diante dos índios. (C) Os documentários de que mais aprecio na TV Educativa podem fazer

pensar. (D) Era delicadeza a missão de cujos termos aceitaram os irmãos Vilas-Boas. (E) Pena que não saibamos aproveitar nada uma cultura tão rica como a

deles. Questão 38: TRT 21ªR 2003 Analista Estando inadequado o emprego da expressão sublinhada, a frase será corrigida por meio da substituição dessa expressão pela que vem entre parênteses, em:

(A) As liberdades em cujas os cientistas devem se empenhar dizem respeito ao modelo da vida democrática. (das quais)

(B) Os povos a cujos se confiou a missão crucial de utilizar politicamente o potencial da nova arma foram os britânicos e os norte-americanos. (nos quais)

(C) A instituição na qual criação Alfred Nobel pretendeu aplacar sua consciência premia, até hoje, aqueles que se destacam na luta pela paz.

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(pela qual) (D) As promessas do Pacto do Atlântico, com cujas se pretendia tranqüilizar o

mundo, deixaram de ser cumpridas pelos signatários. (com as quais) (E) Os novos desastres a quem Einstein temia que a humanidade viesse a se

submeter permaneceram incubados no período da Guerra Fria. (a cujos) Questão 39: TRT 21ªR 2003 Analista Considere as frases abaixo:

I. De que você se queixe, eu aceito; só não admito de que você não busque superar sua dor.

II. A fraqueza de que ele mais acusa em si mesmo é aquela de que muitos de nós não nos conformamos: a covardia.

III. A suspeição de que sua doença seja grave só fez crescer o temor de que tenhamos sido injustos com o nosso amigo.

O emprego da expressão de que está plenamente adequado APENAS em

(A) I e III. (B) I e II. (C) II e III. (D) II. (E) III. Questão 40: TRT 19ª R 2008 Analista Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não costuma acusar em si mesmo.

(B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral ele não costuma impingir na dos outros.

(C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos em que ele acusa seus semelhantes.

(D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual não abrem mão os homens a quem não se pode acusar de hipócritas.

(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral de cujo ele próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em que é capaz.

Questão 41: TRT 2ª R 2008 Analista Está adequado o emprego do elemento sublinhado na frase:

(A) Meu amigo juiz escrevia poemas que o estilo de linguagem era muito depurado.

(B) Expressava-se numa linguagem poética em que ele se obrigara a ser contido e disciplinado.

(C) Logo recebi o livro de poemas nos quais o grande valor expressivo eu sequer desconfiava.

(D) Surpreendeu-me que tivesse escrito poemas em cujos não havia vestígio de academicismos.

(E) Meu amigo deu-me uma explicação à qual pude aproveitar uma lição muito original.

Questão 42: Fiscal de Rendas SP 2008 Analista Fragmento do texto: Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como honrar os deuses, honrar pai e mãe, respeitar os estrangeiros; consiste, por

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outro lado, numa série de preceitos sobre a moralidade externa e em regras de prudência para a vida, transmitidas oralmente pelos séculos afora; e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais a cujo conjunto, na medida em que é transmissível, os Gregos deram o nome de techné. A expressão a cujo conjunto os gregos deram o nome de techné está corretamente reformulada, mantendo o sentido original, em:

(A) pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de “techné”. (B) o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de “techné”. (C) de cujo conjunto se sabe o nome, a que os gregos deram de “techné”. (D) do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, como “techné”. (E) que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por “techné”. Questão 43: CEAL 2008 Advogado Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na seguinte frase:

(A) A simpatia de que não goza um ator junto ao eleitorado é por vezes estendida a um político profissional sobre cuja honestidade há controvérsias.

(B) O candidato a que devotamos nosso respeito tem uma história aonde os fatos nem sempre revelam uma conduta irrepreensível.

(C) Reagan teve uma carreira de ator em cuja não houve momentos brilhantes, como também não houve os mesmos na de Schwarzenegger.

(D) Há uma ambivalência em relação aos atores na qual espelha a divisão entre o respeito e o menosprezo que deles costumamos alimentar.

(E) Os atores sobre os quais se fez menção no texto construíram uma carreira cinematográfica de cujo sucesso comercial ninguém pode discutir.

Questão 44: CEF 2011 Advogado Está adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) A obsolescência e o anacronismo, atributos nos quais os americanos manifestam todo seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expressão dez de setembro.

(B) O estado de psicose, ao qual imergiram tantos americanos, levou à adoção de medidas de segurança em cuja radicalidade muitos recriminam.

(C) A sensação de que o 11/9 foi um prólogo de algo ao qual ninguém se arrisca a pronunciar é um indício do pasmo no qual foram tomados tantos americanos.

(D) Não é à descrença, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma tragédia, é na esperança que queremos nos apegar.

(E) Fatos como os de 11/9, com que ninguém espera se deparar, são também lições terríveis, de cujo significado não se deve esquecer.

Questão 45: MPE RS 2010 Superior A expressão pronominal em que preenche corretamente a lacuna da frase:

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(A) O aumento da frota de veículos, evidente em inúmeras cidades, pode afetar a qualidade do ar ...... se respira nessas regiões.

(B) O controle da poluição do ar nas grandes cidades é um assunto ...... se trata em todas as discussões sobre o meio ambiente.

(C) Seria necessário propiciar transporte de qualidade ...... a população das grandes cidades deixe seu carro na garagem.

(D) Nas grandes cidades, ...... os moradores dependem de transporte coletivo eficiente, tem aumentado consideravelmente a frota de carros particulares.

(E) O carro próprio, ...... sonham muitos brasileiros, tornou-se possível com a oferta de crédito e a isenção de impostos.

Questão 46: TRT 12ªR 2010 Técnico A expressão em que preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) A trama das novelas transforma fatos reais em sonhos, ...... muitos se distraem à noite, em suas casas.

(B) Após algum tempo, as pessoas esquecem as propostas ...... marcaram o andamento da trama novelesca, mesmo que tenha obtido sucesso.

(C) Devemos estar atentos ao fato ...... novelas, por serem instrumento de lazer, tendem a mostram visão fantasiosa do mundo.

(D) Formas de comportamento ...... o autor projeta defeitos e virtudes da sociedade podem ser encontradas diariamente nas ruas.

(E) As novelas ...... o crítico se referia haviam discutido situações desagradáveis, que passam despercebidas para a maioria das pessoas.

Questão 47: TRE TO - 2011 - Analista ... para a preservação das espécies e das áreas em que elas se encontram.

A expressão pronominal grifada acima preenche corretamente a lacuna da frase:

(A) O número de espécies de um bioma garante a matéria genética ...... dispõem os pesquisadores para estudos nas mais diversas áreas do conhecimento.

(B) Material genético disponível para estudos mais aprofundados na área da saúde humana é tudo aquilo ...... possam sonhar os cientistas.

(C) Justifica-se uma preocupação maior com a sustentabilidade do planeta, tendo em vista ...... se acelera o ritmo da degradação de diversos biomas.

(D) As inúmeras espécies que constituem os biomas oferecem material de estudo ...... se fundamentam os cientistas para descobrir a cura de doenças.

(E) É necessário ampliar o conhecimento sobre a importância da biodiversidade para a vida no planeta, ...... se amplie o campo das pesquisas genéticas.

Questão 48: TRT 9ªR 2010 Analista É preciso CORRIGIR, por falha estrutural, a redação da frase:

(A) Não empreendamos caminhadas sem primeiro definir o trajeto a seguir, o

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esforço a despender, os objetivos a alcançar. (B) Temerárias são as jornadas que mal definimos seus objetivos, assim como

não avaliamos o esforço cujo trajeto nos exigirá. (C) Quando não definimos o trajeto a cumprir e o esforço a despender em

nossa caminhada, ela não nos trará qualquer recompensa. (D) Dificilmente algum objetivo será alcançado numa caminhada para a qual

não previmos um roteiro a ser seguido com segurança. (E) Nenhum benefício poderemos colher de uma viagem para a qual não nos

preparamos com um mínimo de cuidados e de antecedência.

Questão 49: BB escriturário 2006 Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

A substituição do segmento grifado em “dedicam-se os velhos (...) à cerimônia da evocação” por “relembrar”, exigiria a manutenção do acento indicativo da crase, em respeito ao padrão escrito culto. Questão 50: Fiscal de Rendas 2008 superior

Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Em “resistiam naturalmente, em virtude da sua própria natureza à exposição escrita”, na substituição do segmento destacado por “expor na escrita”, o acento indicativo da crase deveria permanecer, conforme o padrão culto da língua.

Questão 51: MPU 2007 Analista Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

O emprego do sinal gráfico indicativo da crase está correto em “sujeitos à superação”, assim como está em “Chegaram à propor um acordo, mas não foram ouvidos”.

Questão 52: TRF 2ªR 2007 Analista Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)

Vencer tais limitações tem sido um desafio constante lançado à espécie humana.

A frase acima, em seu contexto, abona a seguinte assertiva: o sinal indicativo da crase está usado em conformidade com a norma padrão, assim como o está em “lançado à qualquer que seja o ser humano”. Questão 53: TRT 2ªR 2008 Técnico O emprego ou não do sinal indicativo de crase está inteiramente correto na frase:

(A) Às metrópoles cabe o papel de eixo da economia, especialmente porque a densidade populacional ajuda a reduzir os custos da produção.

(B) Muitos moradores das grandes cidades estão sujeitos à um transporte público que nem sempre atende à suas necessidades de deslocamento.

(C) As áreas urbanas no mundo todo abrigam uma população equivalente à 3 bilhões de pessoas que vão a procura de bem-estar.

(D) É necessário haver respeito as leis para que os cidadãos desfrutem à vida nas cidades, que oferece benefícios à todos.

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(E) A população das cidades representa um mercado consumidor atraente às empresas, destacando-se às de oferta de serviços.

Questão 54: TRT 16ªR 2009 Técnico Lado ...... lado das restrições legais, são importantes os estímulos ...... medidas educativas, que permitam avanços em direção ...... um desenvolvimento sustentável do setor da saúde. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por (A) a − à − à (B) à − a − à (C) à − a − a (D) a − a − a (E) a − à − a

Questão 55: TRT 20ªR 2002 Analista A população de miseráveis não tem acesso ...... quantidade mínima de alimentos necessária ...... manutenção de uma vida saudável, equivalente ...... uma dieta de 2000 calorias diárias.

A alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada é:

(A) a - à - a (B) à - à - a (C) à - à - à (D) à - a - a (E) a - a - à Questão 56: TRT 24ªR 2003 Analista Quanto à necessidade ou não de utilização do sinal de crase, está inteiramente correta a frase:

(A) Quem está à alguma distância de Campo Grande não pode avaliar à contento o mérito da polêmica à que se refere o texto.

(B) Não é aqueles que se instalam nos gabinetes oficiais que cabe a interdição do uso de uma língua à cuja preservação estejam devotados milhares de falantes.

(C) Quem visa à restringir a utilização de uma língua das minorias deveria também se ater à toda e qualquer má utilização das chamadas línguas oficiais.

(D) As decisões que se tomam à revelia do interesse das populações são semelhantes àquelas tomadas na vigência dos atos institucionais da ditadura militar.

(E) Quem se manifeste contrário à uma única manifestação de arbitrariedade está manifestando sua hostilidade à todas as medidas arbitrárias.

Questão 57: TRT 24ªR 2006 Técnico A cidade de Corumbá, que se situa ...... margens do rio Paraguai e ...... uma distância de 420 quilômetros de Campo Grande, recebe turistas sempre dispostos ...... pescar. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por

(A) às - a - a (B) às - à - a (C) às - à - à (D) as - a - à (E) as - à - à

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Questão 58: TRT 2ªR 2008 Analista Atente para as seguintes frases:

I. Não é possível estabelecer à medida que distancia um notório tímido de um notório extrovertido.

II. Não assiste às pessoas extrovertidas o privilégio exclusivo de se fazerem notar; também as tímidas chamam a atenção.

III. Ainda que com isso não se sintam à vontade, os tímidos costumam captar a atenção de todos.

Justifica-se o uso do sinal de crase SOMENTE em

(A) II e III. (B) I e II. (C) I e III. (D) I. (E) III.

Questão 59: TRT 21ªR 2003 Analista Quanto à necessidade ou não de utilização do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) O processo correrá às expensas do denunciante, a menos que a isto se oponha a autoridade do Ministro, de cuja decisão nenhuma parte poderá vir a recorrer.

(B) Em meio as atribulações do processo, uma das testemunhas recusou-se a comparecer a sessão, alegando à autoridade judicial, num simples bilhete à lápis, que estava acamada.

(C) À despeito de haver provas contundentes, o juiz decidiu inocentar àquela velha senhora, a quem não falta malícia: viram quando se pôs à soluçar?

(D) Sem advogado, o rapaz ficou à deriva, enquanto o juiz designava como sua defensora à jovem bacharel, que ainda não se submetera à uma prova de fogo, como aquela.

(E) Ele ficou à distância, em meio as profundas hesitações que a ausência da testemunha lhe provocou: se ela não chegasse, poderia ele aspirar à que fosse adiada a sessão?

Questão 60: CEAL 2008 Advogado Quanto à necessidade ou não do uso do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Reportamo-nos à inexperiência de um cidadão comum quando é candidato a um posto público, mas somos propensos à rejeitar a candidatura de um político profissional.

(B) O culto às aparências é um sintoma da vida moderna, uma vez que à elas nos prendemos todos, em nossa vida comum.

(C) É a gente que cabe identificar os preconceitos, sobretudo os que afetam àqueles artistas e profissionais que dão graça à nossa vida.

(D) Assistimos à exibição descarada de preconceitos, que tantos dissabores causam as pessoas, vítimas próximas ou à distância de nós.

(E) Àqueles que alimentam um preconceito é inútil recomendar desprendimento, pois este se reserva às pessoas generosas.

Questão 61: BB - 2011 - Escriturário Quando comparado ...... outras aves, os tucanos parecem ser bem maiores ...... quem os observa, ...... voar na natureza.

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Os espaços pontilhados da frase acima estarão corretamente preenchidos, na ordem, por:

(A) às - a - a (B) às - à - a (C) as - a - a (D) às - a - à (E) as - à - à

Questão 62: TRT 1ªR - 2011 - Analista ...... pessoas de fora, estranhas ...... cidade, a vida urbana exerce uma constante atração, apesar dos congestionamentos e dos altos índices de violência, inevitáveis sob ...... condições urbanas de alta densidade demográfica.

Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada:

(A) Às - à - as (B) As - à - às (C) As - a - às (D) Às - a - às (E) As - à - as

Questão 63: TRT 23ªR - 2004 - Analista Busca-se ...... muito tempo uma linguagem adequada ...... expressão das leis e ...... outras questões sociais.

As lacunas da frase acima serão corretamente preenchidas por

(A) a - à - à (B) há - a - a (C) a - a - à (D) a - à - a (E) há - à - a

Questão 64: TRT 11ªR - 2005 – Analista Quanto à necessidade ou não do sinal de crase, está inteiramente correto o que se lê em: (A) Esse grande físico não pertenceu àquele grupo de cientistas que se

mantinham a margem das contingências, desatentos ao mundo à sua volta.

(B) Einstein não se limitou à escrever textos científicos; lançou-se à roda dos grandes debates políticos internacionais, à cuja órbita se prendiam as decisões cruciais do pós-guerra.

(C) O cerceamento à liberdade, nos regimes totalitários, leva a indignação coletiva às alturas quando os que mais têm a dizer são intimados a calar-se.

(D) Não cabe à qualquer pessoa levar a cabo uma experiência científica, mas à toda gente cabe decidir sobre o emprego que se dará às novas ferramentas da ciência.

(E) Com os nervos à flor da pele, assistimos na TV à uma cena em que um homem rude, promovido a condição de milagreiro, dava início a tão anunciada intervenção cirúrgica.

Questão 65: DPE RS - 2011 - Superior A crase é facultativa em SOMENTE uma alternativa abaixo.

(A) ...por toda sua carreira graças a pontas de cigarro... (B) ...chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. (C) Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de.... (D) ...ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro... (E) ...dentro de seu carro em frente a sua casa...

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Questão 66: MPE RS 2010 Superior Fragmento de texto: Carr menciona a dificuldade que muitos de nós, depois de anos de exposição à internet, agora experimentam diante de textos mais longos e elaborados: as sensações de impaciência e de sonolência ...

Considere as afirmativas seguintes:

I. A concordância verbal estaria inteiramente respeitada, com o verbo experimentar flexionado na 1ª pessoa do plural, experimentamos.

II. A presença do sinal de crase é facultativa, pois internet é palavra originária do inglês, adaptada ao nosso idioma.

III. O segmento introduzido pelos dois pontos explica a dificuldade decorrente da acentuada exposição à internet.

Está correto o que se afirma em:

(A) I, somente. (B) II, somente. (C) I e III, somente. (D) II e III, somente. (E) I, II e III. Questão 67: TRT 17ªR - 2004 – Analista Justificam-se inteiramente ambas as ocorrências do sinal de crase em:

(A) Os que têm pleno acesso àquilo que oferece a cesta de bens e serviços devem considerar-se à margem da pobreza.

(B) Quem atribui um valor monetário à essa cesta de bens e serviços está-se habilitando à definir uma linha de pobreza.

(C) Não falta, à maioria das pessoas, uma definição de pobreza; o que falta à uma boa definição é o rigor de um bom critério.

(D) Há quem recrimine à cultura da subsistência, imputando-lhe à responsabilidade pelo mascaramento da real situação de miséria de muitos brasileiros.

(E) Os que têm proventos inferiores à quantia necessária para a aquisição dessa cesta deixam de atender à todas as suas necessidades básicas.

Questão 68: TRT 2ªR - 2004 – Analista Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, está inteiramente correto o seguinte período:

(A) Se à boa parte de nossa imprensa interessa a divulgação de crimes cometidos por jovens, somente a uma pequena parcela dos jornalistas interessa a discussão das questões que se ligam à essa faixa de delinquência.

(B) Não convém à parcela mais privilegiada da sociedade imaginar-se imune à toda e qualquer modalidade de tragédia; a violência a atingirá, a despeito das guaritas, dos portões eletrônicos, dos vigias a postos.

(C) Todo jovem infrator, tenha ou não consciência disso, aspira à inclusão social, quer ascender a posições mais dignas, elevar-se a uma condição semelhante àquela em que vivem os jovens da classe média.

(D) Muito se comenta, a boca pequena, a respeito da vantagem da pena de morte, extensiva a criminalidade juvenil, à despeito do que reza o Estatuto da Criança e do Adolescente, que convoca todos os setores sociais à tarefa da formação integral dos jovens.

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(E) Não se impute a polícia à situação de violência em que vivemos; se falta àquela participação maior no combate a criminalidade, falta à adolescência pobre qualquer sinalização de efetiva dedicação das autoridades à solução dos problemas.

Questão 69: PBGÁS RS 2007 Superior Justificam-se as duas ocorrências do sinal de crase em:

(A) Caberá à maioria das pessoas decidir se continuarão preferindo a velocidade à qualidade mesma das experiências.

(B) O valor atribuído à velocidade está prestes à ser substituído por algum parâmetro que leve em conta a ecologia.

(C) Desde que se alçou à tal poder, o fator velocidade não tem encontrado oponentes à altura de seu prestígio.

(D) Dada à importância que assumiu na informática, a velocidade dos processos tornou-se indispensável à massa dos internautas.

(E) Sabe-se que, à curto prazo, o fator velocidade será submetido à uma mais rigorosa e justa avaliação.

Questão 70: TRE AC 2003 Analista Há plena observância da necessidade de utilização do sinal de crase em:

(A) Não espantou à maioria das pessoas que o caso de Amina tenha chegado à uma solução tão feliz, pois acreditavam que o tribunal nigeriano seria sensível à pressões internacionais.

(B) Pouco à pouco, a Anistia Internacional e outras organizações congêneres vão ascendendo àquele mais alto patamar de respeitabilidade, à que sempre fizeram jus.

(C) Não se impute à corte nigeriana qualquer culpa pelo fato de se ater às leis do país, pois é a estas, e não a outras, que lhe cabe dar cumprimento.

(D) Aqui e ali se verifica, à toda hora, algum tolerado desacato às nossas leis; que faríamos se os nigerianos nos conclamassem a cessação dessa permanente afronta às nossas normas legais?

(E) Tendo em vista à condenação do acusado de sodomia a morte por apedrejamento, e à falta de indícios positivos, não se confira a absolvição de Amina um significado maior do que o de uma concessão.

Questão 71: TRE MG 2005 Analista Justifica-se o sinal de crase em ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) Opõe-se o autor àqueles fundamentalistas que não admitem rever os resultados à que chegaram.

(B) Hawking dispôs-se à apresentar a um plenário de cientistas correções à sua teoria dos buracos negros.

(C) A quem aspira às certezas dogmáticas não satisfarão as hipóteses de trabalho, sempre sujeitas à alguma revisão.

(D) Hawking filia-se à tradição dos grandes cientistas, que sempre souberam curvar-se às evidências de um equívoco.

(E) Fundamentalista é todo aquele que prefere às certezas dogmáticas às hipóteses sujeitas a verificação e a erro.

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Questão 72: TRE MG 2005 Analista É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:

(A) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer atentar para o que está vendo.

(B) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar.

(C) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.

(D) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos.

(E) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.

Questão 73: TRF 5ªR 2003 Analista Atente para as seguintes frases:

I. À qualquer hora estamos dispostos a assistir à cenas de guerra. II. Àquela hora da noite, ainda estávamos atentos à transmissão das cenas

da guerra. III. Daqui a uma hora esse canal passará a transmitir a comunicação que o

Presidente fará à Nação.

Quanto à necessidade de usar-se o sinal de crase, está inteiramente correto o que se lê em

(A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) I e III, somente. (D) II, somente. (E) II e III, somente. Questão 74: TRF 5ªR 2008 Analista Há rigorosa observância das normas que determinam o uso do sinal de crase em:

(A) A medida que afere o otimismo pode também avaliar o pessimismo, pois àquela ou à esta sensação corresponde alguma dose de idealismo.

(B) O texto não nos leva à paradoxos gratuitos, mas à necessidade de reconhecer uma intersecção entre o otimismo e o pessimismo.

(C) Cabe às pessoas decidir, à cada experiência, se lhes convém entregar-se à determinada sensação, a determinado humor.

(D) O otimismo não fica à léguas do pessimismo; tendem ambos à convergir, conforme comprovam nossas próprias experiências.

(E) Não assiste às ciências positivas o direito de aspirar à definição cabal da fronteira entre o pessimismo e o otimismo.

Questão 75: TRF 1ªR 2001 Biblioteconomista A necessidade ou não do sinal de crase está inteiramente observada na frase:

(A) Deve-se à luta das feministas o respeito aos direitos que cabem também às outras parcelas de injustiçados que integram a nossa sociedade.

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(B) Encontra-se a disposição dos interessados a nova edição do Código Civil, à qual, aliás, já se fizeram objeções à torto e à direito.

(C) À vista do que dispõe o novo código, não caberá à ninguém a condição "natural" de cabeça de casal, à qual, até então, se reservava para o homem.

(D) Pode ser que à curto prazo o novo código esteja obsoleto em vários pontos, à exemplo do que ocorreu com o antigo.

(E) Não se impute à uma mulher a culpa de não ter lutado por seus direitos; todas as pressões sociais sempre a conduziram àquela "virtuosa" resignação.

Questão 76: TRF 4ªR 2001 Analista Quanto à ocorrência do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Se não puder ir amanhã à cidade, avise-me à tempo. (B) Quando o barco ficou à deriva, coube à tripulação emitir um sinal de

socorro. (C) Se fosse a mim, e não à ela que você devesse dinheiro, estaríamos às

boas. (D) Pretendi, à todo custo, que ela aderisse à nossa causa. (E) Àquela hora da noite, era impossível chegarmos à qualquer conclusão.

Questão 77: TRT 12ªR 2010 Analista Observam-se plenamente as regras que regulamentam o emprego do sinal de crase em:

(A) Se uma forma de reação ao humor é rir à socapa, outra forma, contrária àquela, é rir às escâncaras.

(B) O humor não pede licença à ninguém para se fazer presente, nem recorre à normas de boa conduta para se justificar.

(C) Assiste à toda gente o direito de não se rir de uma piada, mas não cabe à nenhuma pessoa impedir que alguém a conte.

(D) O humorista requisitou àquela senhora para contracenar com ele, mas, afeita à defender o “politicamente correto”, ela se recusou.

(E) É à partir das reações de alguém à ação do humor que podemos chegar à alguma conclusão sobre o seu caráter pessoal.

Questão 78: TRT 6ªR 2006 Analista Quanto à observância do sinal de crase, a frase inteiramente correta é:

(A) Triste de quem só se reconhece à partir da imagem que os outros ficam à construir.

(B) Não nos desanime à espera que uma auto-análise requer para que cheguemos à uma imagem verdadeira de nós mesmos.

(C) Nossa imagem artificial fica à distância de nós mesmos, embora achemos que ela corresponda as nossas verdades mais profundas.

(D) Entre a imagem superficial e a imagem profunda de nós mesmos, costuma-se atribuir mais valor àquela do que a esta.

(E) Assim como um bom médico assiste à paciente debilitada, assim também deveríamos nos preocupar em reanimar à verdade do nosso ser.

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GABARITO

1. D 2. A 3. E 4. E 5. D

6. C 7. C 8. E 9. C 10. E 11. B 12. A 13. A 14. C 15. D

16. E 17. C 18. E 19. A 20. D 21. D 22. A 23. C 24. B 25. A

26. B 27. A 28. D 29. D 30. E 31. A 32. E 33. B 34. D 35. C 36. A 37. A 38. D 39. E 40. D 41. B 42. B 43. A 44. E 45. D 46. D 47. D 48. B 49. E 50. E 51. E 52. E 53. A 54. D 55. B 56. D 57. A 58. A 59. A 60. E 61. A 62. A 63. E 64. C 65. E 66. C 67. A 68. C 69. A 70. C 71. D 72. E 73. E 74. E 75. A 76. B 77. A 78. D