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CURSO ONLINE – CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS Analista Tributário da Receita Federal do Brasil - ATRFB Egbert Buarque 1 Olá meus caros, Essa é nossa segunda aula. Vi no fórum algumas dúvidas sobre a conta “Duplicatas descontadas”. De acordo com o Manual FIPECAFI (2010), página 309, essa conta deverá ser classificada no passivo. Entretanto, ainda não vi a ESAF enfrentar o assunto. Vamos à nossa segunda aula. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1. (AFTE RN 2005) A empresa Armazéns Gerais alugou um de seus depósitos pelo prazo de 25 meses, ao valor mensal de R$ 800,00, recebendo o valor total na assinatura do contrato, em primeiro de novembro de 2003. A empresa contabilizou a transação segundo o princípio da competência de exercício. O procedimento resultou em acréscimo contábil do patrimônio no valor de a) R$ 20.000,00 no Ativo Circulante. b) R$ 18.400,00 no Ativo Realizável a Longo Prazo. c) R$ 11.200,00 no Ativo Circulante. d) R$ 10.400,00 no Ativo Realizável a Longo Prazo. e) R$ 1.600,00 no Ativo Circulante. SOLUÇÃO A empresa Armazéns Gerais recebeu 25 meses de aluguel antecipado. Se o valor mensal do aluguel é de $ 800, o valor total recebido foi de $ 25 x 800 = 20.000. Este valor não deve ser reconhecido como receita, pois o fato gerador desta receita (o transcorrer dos meses) ainda não ocorreu. Portanto, os $ 20.000 recebidos antecipadamente devem ser lançados a débito no ativo circulante (disponibilidades) e a crédito no passivo, como “Receitas antecipadas”, conforme o seguinte lançamento: D: Bancos conta movimento C: Receitas antecipadas...........................20.000 Importante frisar que, no passivo, o montante relativo à Receita antecipada deve ser segregado em dois grupos: Passivo Circulante e Passivo Não Circulante. Em

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Egbert Buarque

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Olá meus caros,

Essa é nossa segunda aula. Vi no fórum algumas dúvidas sobre a conta “Duplicatas descontadas”. De acordo com o Manual FIPECAFI (2010), página 309, essa conta deverá ser classificada no passivo. Entretanto, ainda não vi a ESAF enfrentar o assunto.

Vamos à nossa segunda aula.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1. (AFTE RN 2005) A empresa Armazéns Gerais alugou um de seus depósitos pelo prazo de 25 meses, ao valor mensal de R$ 800,00, recebendo o valor total na assinatura do contrato, em primeiro de novembro de 2003. A empresa contabilizou a transação segundo o princípio da competência de exercício. O procedimento resultou em acréscimo contábil do patrimônio no valor de a) R$ 20.000,00 no Ativo Circulante. b) R$ 18.400,00 no Ativo Realizável a Longo Prazo. c) R$ 11.200,00 no Ativo Circulante. d) R$ 10.400,00 no Ativo Realizável a Longo Prazo. e) R$ 1.600,00 no Ativo Circulante.

SOLUÇÃO

A empresa Armazéns Gerais recebeu 25 meses de aluguel antecipado. Se o valor mensal do aluguel é de $ 800, o valor total recebido foi de $ 25 x 800 = 20.000. Este valor não deve ser reconhecido como receita, pois o fato gerador desta receita (o transcorrer dos meses) ainda não ocorreu. Portanto, os $ 20.000 recebidos antecipadamente devem ser lançados a débito no ativo circulante (disponibilidades) e a crédito no passivo, como “Receitas antecipadas”, conforme o seguinte lançamento:

D: Bancos conta movimento

C: Receitas antecipadas...........................20.000

Importante frisar que, no passivo, o montante relativo à Receita antecipada deve ser segregado em dois grupos: Passivo Circulante e Passivo Não Circulante. Em

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regra, o passivo circulante compreende as obrigações de curto prazo, ou seja, aquelas que vencem até o final do exercício seguinte. Já o passivo não circulante compreende, em regra, as obrigações que vencem após o término do exercício subseqüente.

Portanto, os aluguéis que vencem até 31 de dezembro de 2004 (14x800 = 800) são receitas antecipadas de curto prazo e devem ser registradas no passivo circulante. Já os aluguéis que vencem após 31 de dezembro de 2004 (11 x 800 = 8.800) devem ser lançados no passivo não circulante.

Diante do que se expôs, conclui-se que o exato registro do recebimento do aluguel antecipado em questão seria:

D: Bancos conta movimento (ativo circulante)...................................20.000

C : Receitas antecipadas de curto prazo (passivo circulante)...............11.200

C: Receitas antecipadas de longo prazo (passivo não circulante)..........8.800

Portanto, o fato contábil em análise afeta apenas a parcela circulante do ativo, ou seja, o ativo circulante, em $ 20.000.

Opção: A

2. (ANALISTA MPU 2004) Existem certos ativos oriundos de gastos realizados no período corrente que beneficiam o exercício seguinte ou subperíodos de tal exercício. É o caso do prêmio de seguro pago antecipadamente, usualmente remunerando a seguradora por um ano de cobertura de seguro. Em primeiro de julho de 2003 a nossa empresa pagou o contrato anual de seguros de R$ 42.000,00 para cobertura vigente do início de maio/03 ao final de abril do ano seguinte. A empresa utiliza o princípio contábil da competência com atualização mensal e seu exercício social coincide com o ano-calendário. No exemplo ora citado, em 01/07/03, a Contabilidade registrou o seguinte lançamento:

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SOLUÇÃO

Ao pagar $42.000 por 12 meses de seguro, pode-se concluir que a despesa mensal de seguro equivale a $ 42.000/12 = 3.500.

Na data do pagamento do seguro, havia transcorrido 2 meses e, portanto, deveria ser reconhecida uma despesa de seguro no valor total de $ 7.000 (2 x $ 3.500). O restante do valor pago $ 35.000 (42.000 – 7.000) deve ser reconhecido como despesa antecipada, pois se refere aos 10 meses de seguro a vencer. Portanto, na data do pagamento, $7.000 devem ser reconhecidos como despesa de seguros dos dois meses já transcorridos e os restantes $ 35.000, como seguros a vencer (despesa antecipada).

D: Despesa de seguros...........................7.000

D: Seguros a vencer.............................35.000

C: Caixa..............................................42.000

Opção: E

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3. (ATRFB 2009) Determinada empresa, cujo exercício social coincide com o ano-calendário, pagou a quantia de R$ 1.524,00 de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30 de setembro de 2007. A apólice pertinente a essa transação cobre riscos durante o período de primeiro de outubro de 2007 a 30 de setembro de 2008. Considerando o princípio da competência de exercícios, o Contador da empresa registrou o pagamento dos gastos na conta Seguros a Vencer. No balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2007, após as apropriações de praxe, o saldo desta conta, “Seguros a Vencer”, deverá ser de a) R$ 1.260,00. b) R$ 381,00. c) R$ 1.055,00. d) R$ 1.172,20. e) R$ 1.143,00.

SOLUÇÃO

O seguro no valor de $ 1.524 para cobertura de 12 meses corresponde a uma despesa mensal de seguros no valor de $ 127 (1.524/12). Se o seguro tem vigência a partir de outubro de 2007, em 31 de dezembro do mesmo ano deve ser apropriado como despesa de seguros o valor relativo a 3 meses, ou seja, $ 381 (3 x 127). Desta forma, ao final de 2007 haverá saldo de $ 1.143 (1.524 – 381) em seguros a vencer.

Opção: E

4. (AFTE MG 2005) A empresa ACD Ltda., em 31/12/x4 tinha valores a receber com saldo no valor de R$ 27.000,00 e mandou fazer provisão para créditos de liquidação duvidosa no valor de R$ 810,00. Durante o exercício de x5 a empresa recebeu e deu quitação a 60% desses créditos e mandou dar baixa, por não recebimento, nos outros 40%. Ao findar o ano com novos saldos no valor de R$ 42.000,00, a empresa adotou procedimento igual ao anterior, mandando provisionar seus créditos para fins de balanço. Com base nessas informações, podemos dizer que a contabilização da provisão para créditos de liquidação duvidosa, referente ao exercício de 2005, provocará na Demonstração do Resultado do Exercício uma redução do lucro final no valor de a) R$ 774,00 b) R$1.746,00

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c) R$ 450,00 d) R$1.260,00 e) R$ 936,00

SOLUÇÃO

Dos R$ 810,00 de créditos de liquidação duvidosa provisionados em X4, 60% (R$ 486), foram recebidos e 40% (R$ 324) foram baixados por não recebimento (inadimplência). Ao final de X5, a empresa possuía R$ 42.000,00 de saldos a receber e adotou o mesmo procedimento que o ano anterior, ou seja, constituiu uma Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) em 3% (este foi o percentual aplicado sobre os valores a receber do ano anterior: 3% x 27.000 = 810). Portanto, a provisão que deve constar do balanço de X5 deverá ser de 3% x 42.000 = 1.260. Entretanto, há PCLD remanescente no valor de R$ 486, o que torna necessária apenas a PCLD no valor complementar da R$ 774 (1.260 – 486).

Opção: A

5. (AFTE RN 2005) A firma Linhas de Comércio Ltda. tem no livro razão uma conta intitulada “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa” com saldo credor de R$ 9.000,00, oriundo do balanço patrimonial de 2002, mas que permanece inalterado ao final do exercício de 2003. No balanço patrimonial, que será elaborado com data de 31.12.03, a empresa deverá demonstrar as contas “Duplicatas a Receber” e “Clientes”, com saldo devedor de R$ 350 mil e R$ 200 mil, respectivamente. Considerando-se que está comprovada a expectativa de perda provável de 3% dos créditos a receber, a empresa deverá contabilizar uma provisão. Este fato, aliado às outras informações constantes do enunciado, fará com que o lucro da empresa, referente ao exercício de 2003, seja reduzido no valor de a) R$ 7.500,00. b) R$ 9.000,00. c) R$ 16.290,00. d) R$ 16.500,00. e) R$ 25.500,00.

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SOLUÇÃO

Ao final de 2003, a empresa possuía R$ 550.000 em valores a receber (R$ 350.000 referentes a Duplicatas a Receber e R$ 200.000 referente a clientes). Contava também com uma PCLD no valor de R$ 9.000,00, que havia sido constituída em 2002 (para suportar as perdas que viessem a ocorrer em 2003) e permaneceu inalterada ao final de 2003, o que permite concluir que não houve qualquer perda por inadimplência durante 2003. Com base no montante de R$ 550.000 de valores a receber e na informação de que a PCLD deve ser constituída no montante de 3%, conclui-se que a PCLD necessária para suportar as perdas que podem ocorrer em 2004 é de 3% x 550.000 = 16.500. Uma vez que há PCLD remanescente de R$ 9.000, será necessário constituir apenas provisão complementar de R$ 7.500, para que no balanço de 2003 conste a PCLD no valor total de R$ 16.500, que corresponde a 3% do valor global dos créditos a receber, que somam R$ 550.000.

Opção: A

6. (ANALISTA CONTÁBIL FINANCEIRO SEFAZ CE 2006) A empresa Mercearia Merck S/A, baseada em sua experiência de perdas no recebimento de clientes, no exercício de 2005, constituiu uma provisão para perdas no valor de R$ 1.350,00. No exercício de 2006, a empresa deu baixa em créditos no valor de R$ 930,00 e chegou ao fim do exercício com valores a receber no montante de R$ 60.000,00. Considerando-se a necessidade da constituição de nova provisão à base de 3% dos créditos que vão a balanço, pode-se dizer que, com a adoção dessa medida, o lucro da empresa será reduzido em a) R$ 2.310,00. b) R$ 1.800,00. c) R$ 1.380,00. d) R$ 870,00. e) R$ 450,00.

SOLUÇÃO

A Mercearia Merck S/A constituiu, em 2005, PCLD no valor de R$ 1.350,00 para perdas que julgou prováveis que ocorressem durante o exercício de 2006. Durante o exercício de 2006, a empresa registrou perdas por inadimplência no montante de R$ 930,00, o que reduziu o valor da PCLDA para R$ 420,00 (1.350

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– 930). Ao final do exercício de 2006, a Mercearia Merck S/A apresentava, em seu ativo, valores a receber no montante de R$ 60.000,00 e desejava provisionar 3% desse total, ou seja, R$ 1.800,00 (3% X 60.000). Entretanto, não será necessário constituir esse valor, pois há provisão remanescente de R$ 420,00. Diante disso, é necessária apenas a constituição de PCLD complementar no valor de R$ 1.380,00, ou seja, o valor que somado a R$ 420,00 (PCLD remanescente) resulta na PCLD que deve ir a balanço em 2006 (R$ 1.800,00).

Opção: C

7. (AFC STN 2008) A empresa Dúbias Cobranças S/A tinha créditos no valor de R$ 160.000,00 em 31.12.06 e de R$ 110.000,00 em 31.12.07. Durante o exercício de 2007, houve a baixa de perdas no valor de R$ 3.200,00, referente a créditos já existentes em 2006 e de R$ 1.100,00, referente a créditos de 2007. A conta provisão para créditos de liquidação duvidosa foi a balanço em 2006 com saldo de R$ 4.800,00 e deverá ir a balanço em 2007 com saldo equivalente a 3% dos créditos cabíveis. Após a contabilização dos ajustes para o balanço de 2007, pode-se dizer que essa empresa contabilizou, no exercício de 2007, perdas com créditos de liquidação duvidosa no valor de

a) R$ 2.800,00. b) R$ 3.300,00. c) R$ 3.900,00. d) R$ 7.100,00. e) R$ 7.600,00.

SOLUÇÃO

A PCLD constante do balanço de 2006 e que se destinou a reconhecer perdas de 2007 apresentava saldo credor (como toda provisão) de R$ 4.800,00. Durante o exercício de 2007 houve perdas de R$ 3.200,00 referentes a créditos de 2006 e de R$ 1.100,00 referentes a créditos de 2007. O importante a analisar é que as perdas ocorridas em 2007 totalizaram R$ 4.300, não importando se elas se referem a créditos de 2006 ou de 2007. Reconhecidas as perdas, a PCLD remanescente foi de R$ 500,00 (4.800 – 4.300).

Ao final do exercício de 2007, a empresa conta com valores a receber no total de R$ 110.000,00 e deseja ter PCLD de 3% desse montante como reconhecimento de prováveis perdas que ocorrerão em 2008. Portanto a PCLD que deve ir a

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balanço em 2007 terá saldo de R$ 3.300,00. Como há saldo remanescente de R$ 500 na PCLD, é necessário apenas o lançamento complementar de R$ 2.800,00 na PCLD, em contrapartida de uma despesa no mesmo valor de R$ 2.800,00.

Opção: A

8. (Técnico da Receita Federal 2003) A empresa Espera Ltda. determinou ao Banco do Brasil que protestasse um título, que estava em seu poder para cobrança, no valor de R$ 25.000,00; não suficiente, envidou esforços judiciais sem sucesso. A venda que originou o título havia acontecido no exercício anterior. Ao final do exercício anterior, a empresa possuía o seguinte Balanço Patrimonial:

Assinale a opção em que o registro contábil da operação, de baixa do título, está correto.

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SOLUÇÃO

Observando o Balanço Patrimonial da empresa, verificamos que há uma conta denominada “Devedores Duvidosos”, retificadora do ativo, que representa um reconhecimento antecipado de possíveis perdas que possam ocorrer por inadimplência das Duplicatas a Receber. Essa conta se trata da “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa”. A inadimplência informada no enunciado é de R$ 25.000,00 e, como não houve sucesso nem mesmo na cobrança judicial do título, a perda deve ser registrada. Entretanto, a empresa conta com uma Provisão suficiente para absorver esta perda, não sendo necessário o seu lançamento como despesa do exercício. Dessa forma, a duplicata incobrável deve ser baixada (credita a conta “Duplicatas a Receber”) e seu valor deve ser deduzido da conta de Provisão (débito de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa). O lançamento correspondente é:

Devedores Duvidosos (ou PCLD)

a Duplicatas a Receber...........................25.000,00

Opção: B

9. (Técnico da Receita Federal 2002-1) Em primeiro de outubro de 2001, a Imobiliária Casa & Terra S/A recebeu, antecipadamente, seis meses de aluguel

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com valor mensal de R$ 300,00 e pagou o aluguel dos próximos doze meses no valor anual de R$ 2.400,00. Nesse caso, as regras do regime contábil da competência nos levam a afirmar que no balanço de encerramento do exercício, elaborado em 31.12.01, em decorrência desses fatos haverá a) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 600,00. b) receitas do exercício seguinte no valor de R$ 900,00. c) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 1.200,00. d) receitas do exercício seguinte no valor de R$ 1.800,00. e) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 2.400,00.

SOLUÇÃO

A questão aborda a contabilização de receitas e despesas antecipadas. Inicialmente as despesas antecipadas devem ser classificadas no ativo, pois representam direitos, enquanto as receitas antecipadas devem ser classificadas no passivo, pois representam obrigações.

Lançamento das despesas antecipadas:

Aluguéis Passivos a vencer

a Caixa...............................................2.400

Lançamento das receitas antecipadas:

Caixa

a Aluguéis Ativos a vencer................1.800 (6 X 300)

A cada mês transcorrido (o transcurso do tempo será o fato gerador tanto para o reconhecimento da receita como da despesa), devem ser reconhecidos R$ 200,00 de despesas e R$ 300,00 de receitas. Após 3 meses (outubro a dezembro), o total de receitas será de R$ 900,00 e o de despesas, R$ 600,00, ou seja, apura-se um lucro de R$ 300,00.

A partir da análise realizada, conclui-se que a única opção correta é a B, pois, ao reconhecermos como receita a quantia de R$ 900,00, restam ainda no passivo R$ 900,00 em receitas antecipadas (receitas do exercício seguinte).

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Opção: B

10. (AFTE RN 2005) Às 9 horas do dia 25 de novembro, a empresa Alvoradinha Ltda. praticou o seguinte fato contábil: recebimento, em cheque, de duplicatas no valor de R$ 2.200,00, com incidência de juros à taxa de 10% (dez por cento). Para contabilizar aludido fenômeno patrimonial em um único lançamento o Contador deverá fazê-lo como segue.

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SOLUÇÃO Primeiramente, cabe observar que a operação ocorreu às 9h, ou seja, quando as agências bancárias estão fechadas, o que implica dizer que o valor recebido entrou no caixa e não na conta “bancos” (pegadinha da banca). Feita esta observação, vamos à solução propriamente dita.

O enunciado afirma que houve o recebimento de R$ 2.000,00 relativos a duplicatas, com incidência de 10%, ou seja, a empresa recebeu o total de R$

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2.420,00 da seguinte forma: R$ 2.200,00 referente às duplicatas e mais R$ 220,00 relativos a juros (receita). Portanto, o fato deve ser registrado mediante o seguinte lançamento:

D: Caixa (cheque recebido no estabelecimento)...........................2.420,00

C: Duplicatas a receber (baixa das duplicatas a receber)...............2.200,00

C: Juros ativos (receita de juros)..................................................220,00

Opção: A

11. (ANALISTA MPU 2004) A empresa Alfa emitiu uma duplicata de R$ 6.000,00 ao efetuar uma operação de compra e venda com a empresa Beta. Quando essa duplicata for quitada, com desconto de 10%, a empresa Alfa deverá contabilizar o fato da seguinte forma:

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SOLUÇÃO

Como a empresa Alfa emitiu a duplicata de R$ 6.000,00, então ela está na condição de credora da empresa Beta, ou seja, a duplicata no valor de R$ 6.000,00 deve ser registrada no ativo de Alfa (direito) e no passivo de Beta (obrigação).

Ao receber a duplicata com 10% de desconto sobre seu valor nominal (R$ 6.000,00), a empresa Alfa deve contabilizar tal fato da seguinte forma:

D: Caixa (todas as alternativas apresentaram a conta caixa)......5.400,00 (ativo que aumenta)

D: Descontos passivos (despesa financeira)..............................600,00 (despesa)

C: Duplicatas a receber (baixa da duplicata recebida)................6.000,00 (ativo que diminui)

Opção: A

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12. (ANALISTA CONTÁBIL FINANCEIRO SEFAZ CE 2006) A empresa Comercial do Ponto Ltda., ao contabilizar a quitação, por via bancária, de uma duplicata no valor de R$ 600,00, com acréscimo de 10% relativos a juros, terá de efetuar o seguinte lançamento no livro Diário (omitindo-se data e históricos para simplificação):

SOLUÇÃO O enunciado não deixa claro que se a duplicata foi recebida ou paga. Portanto, vamos analisar as duas hipóteses:

1ª) a duplicata representava um direito, ou seja, era a receber. Logo, segue o lançamento:

D: Bancos conta movimento (ou caixa).................660

C: Duplicatas a receber.......................................600

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C: Juros ativos (receita financeira).........................60

Apenas a opção “C” e “D” se aproximam deste lançamento, mas estão erradas, pois a letra “C” credita juros passivos (despesa) ao invés de juros ativos (receita) e credita “Duplicatas a Pagar”, ao invés de “Duplicatas a Receber”. Já a letra “D” está errada, pois credita juros passivos, ao invés de juros ativos (receita). Portanto, não há opção possível se considerarmos que as duplicatas representam direito (ativo).

2ª) as duplicatas representavam obrigação. Segue o lançamento:

D: Duplicatas a Pagar..........................600

D: Juros passivos.................................60

C: Bancos conta movimento................660

Para esta hipótese há alternativa com lançamento correto, na letra “A”

Opção: A

13. (AFC STN 2005) A empresa Mersa S/A, em agosto de 2004, contratou operação de desconto de duplicatas no valor de R$150.000,00, com encargos iniciais de 4%. Em 15 de setembro o título venceu, mas o cliente não o quitou, tendo a empresa acertado a operação com o Banco, mantendo a duplicata em cobrança. Em 30 de setembro o cliente providenciou a quitação da letra no Banco, com juros de 6%. Para registrar o evento de 30/09/04 o Setor de Contabilidade da Mersa S/A efetuou o seguinte lançamento:

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SOLUÇÃO De todas as informações que a banca colocou no primeiro parágrafo do enunciado, apenas se aproveita a última frase, na qual afirma-se que o cliente providenciou a quitação do título no banco com 6% de juros.

Quando a duplicata não foi recebida pelo banco na data do seu vencimento, o banco retirou o valor correspondente da conta bancária da empresa. O lançamento deste fato (isto não foi cobrado pela questão, mas vamos analisar para fins didáticos) foi o seguinte:

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D: Duplicatas descontadas (devolução de duplicatas descontadas não recebidas pelo banco).........150.000

C: Bancos conta movimento (o banco retirando o valor não recebido da conta da empresa)......................150.000

Portanto, vemos que quando o banco devolve a duplicata para a empresa, ela não dá baixa do título em seu ativo, pois ela ainda tem a possibilidade de cobrar seu cliente. Ao receber o título do seu cliente com juros acrescidos, o lançamento é o seguinte:

D: Bancos conta movimento.........................................159.000

C: Duplicatas a receber................................................150.000

C: juros ativos (receita)...................................................9.000

Opção: C

14. (AFRF 2009) A quitação de títulos com incidência de juros ou outros encargos deve ser contabilizada em lançamentos de segunda ou de terceira fórmulas, conforme o caso, pois envolve, ao mesmo tempo, contas patrimoniais e de resultado. Especificamente, o recebimento de duplicatas, com incidência de juros, deve ter o seguinte lançamento contábil: a) débito de duplicatas e de juros e crédito de caixa. b) débito de duplicatas e crédito de caixa e de juros. c) débito de caixa e crédito de duplicatas e de juros. d) débito de caixa e de duplicatas e crédito de juros. e) débito de juros e de caixa e crédito de duplicatas.

SOLUÇÃO

Basta verificar o lançamento da questão anterior:

Débito: Caixa ou bancos

Crédito: Duplicatas a receber

Crédito: juros ativos

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Trata-se de um lançamento de terceira fórmula, pois envolve um lançamento a débito e dois lançamentos a crédito.

Opção: C

15. (Técnico da Receita Federal 2000) Observe o seguinte lançamento, constante do Diário da Firma Violetas – ME, do qual foi, cuidadosa e didaticamente, suprimido o histórico para fins de concurso.

O histórico suprimido no lançamento supra descrito deverá descrever a a) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas. b) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas. c) contratação de desconto bancário, com entrega de duplicatas, recebendo parte do dinheiro em conta corrente. d) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas e liquidação de duplicatas recebidas. e) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas e devolução de duplicatas não recebidas.

SOLUÇÃO

O lançamento efetua os seguintes débitos e créditos:

Débito: Duplicatas descontadas (baixa das duplicatas descontadas).......4.000

Crédito: Bancos c/ Movimento (saída de recursos para pagamento de duplicata descontada que não foi quitada pelo cliente)........................1.300

Crédito: Duplicatas a Receber (baixa das duplicatas descontadas que foram quitadas pelo cliente)......................................................................2.700

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A partir da análise do lançamento acima, conclui-se que parte das duplicatas descontadas foram quitadas pelo cliente (valor de 2.700), pois foram baixadas da conta duplicatas a receber. A outra parte das duplicatas descontadas (R$ 1.300) não foi quitada pelos clientes, pois estão sendo cobradas pelo banco diretamente na conta da empresa (crédito de R$ 1.300 em Bancos c/ Movimento). Estas duplicatas cujo valor foi retirado da conta bancária da empresa, na verdade, representam duplicatas devolvidas pelo banco por falta de pagamento do cliente.

Portanto, o histórico do lançamento deverá descrever o que consta da opção D.

Opção: D

16. (Técnico da Receita Federal 2005) No período selecionado para esse estudo, foi constatada a seguinte movimentação de mercadorias isentas de qualquer tributação: 1) estoques anteriores de 1.500 unidades, avaliados em R$ 30,00 por unidade; 2) entradas de 2.300 unidades, adquiridas a prazo a R$ 40,00 cada uma; 3) saídas de 2.100 unidades, vendidas a vista a R$ 50,00 cada uma. Sabendo-se que sob o critério PEPS os estoques serão avaliados ao custo das últimas entradas e que no referido período houve a devolução de 200 unidades vendidas, podemos dizer que o CMV foi de a) R$ 76.000,00. b) R$ 69.000,00. c) R$ 68.400,00. d) R$ 61.000,00. e) R$ 57.000,00.

SOLUÇÃO Segundo o enunciado, a movimentação do estoque foi:

Estoque inicial = 1.500 unid x $ 30 (cada)

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Entradas = 2.300 unid x $40 (cada)

Saídas = 2.100 unid x $ 50 (cada)

Devolução de unidades vendidas = 200

Preliminarmente, cabe observar que o preço de saída é irrelevante para a determinação do CMV.

Lembrado-se que o critério para controle de estoque a ser utilizado é o PEPS (primeiro a entrar/ primeiro a sair) e que as vendas líquidas, em unidades, somam 1.900 (2.100 – 200), tem-se:

CMV = 1.500 X 30 + 400 X 40 = 45.000 + 16.000 = 61.000

Opção: D

17. (Técnico da Receita Federal 2002.2) A firma Pétrea Ltda. promoveu o movimento de entradas e saídas de mercadorias, isentas de tributação, na forma como segue: - existência anterior de 1.000 unidades ao custo unitário de R$ 20,00; - compra a vista de 1.500 unidades ao preço unitário de R$ 30,00; - venda a vista de 2.000 unidades ao preço unitário de R$ 25,00; - compra a prazo de 500 unidades ao preço unitário de R$ 35,00. Nessa ordem, no fim do período considerado, a empresa terá um estoque de mercadorias no valor de a) R$ 27.500,00 se trabalhar com o critério Preço Médio. b) R$ 27.500,00 se trabalhar com o critério UEPS. c) R$ 30.500,00 se trabalhar com o critério PEPS. d) R$ 20.000,00 se trabalhar com o critério PEPS. e) R$ 20.000,00 se trabalhar com o critério UEPS. SOLUÇÃO Pelo critério PEPS, não é necessário obedecer a ordem das compras e vendas para calcular o estoque final. Portanto, após a venda de 2.000 unidade, restarão:

500 unid X $ 30 = 15.000

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500 unid X $ 35 = 17.500

Total do estoque = 32.500

Pelo critério UEPS, restarão em estoque:

500 unid x $ 20 = 10.000

500 unid X $ 35 = 17.500

Total do estoque = 27.500

Pelo critério do Preço Médio,

Estoque inicial = 1.000 unid X $ 20

Compra = 1.500 unid X $ 30

Novo Preço Médio = (1.000x20 + 1.500X30)/2.000 = $ 26.

Após a venda de 2.000 unidades, restarão em estoque 500 unidades a $ 26 cada. Com a compra de mais 500 unidades ao preço unitário e $ 35, temos:

Estoque após venda = 500 unid X $ 26 = 13.000

Compra (2ª compra) = 500 unid X 35 = 17.500

Estoque final = 1.000 unid X $ 30,50 (novo Preço Médio) = 30.500

Opção: B 18. (Técnico da Receita Federal 2002.1) A Comercial Flores Ltda. apurou os seguintes dados em relação à mercadoria “Palmas”, no exercício de 2001:

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As operações de compra e venda são tributadas a 20% com ICMS e o faturamento é tributado a 3% para a COFINS. A empresa utiliza o critério UEPS para avaliação dos estoques. Feitos os cálculos devidos e elaborando-se a demonstração parcial do resultado do exercício, vamos encontrar um Lucro Bruto sobre Vendas no valor de: a) R$ 213,00 b) R$ 240,00 c) R$ 253,00 d) R$ 280,00 e) R$ 693,00 SOLUÇÃO

Primeiramente, deve-se calcular o preço líquido das compras, ou seja, deve-se deduzir o ICMS sobre compras, pois representa tributo recuperável para a empresa Comercial.

Preço unitário das Compras Líquidas (1) = (100% - 20%) X $ 2,50 = 2,00

Preço unitário das Compras Líquidas (2) = (100% - 20%) X $ 3,00 = 2,40

Em seguida, apura-se o CMV pelo critério UEPS:

CMV (1) = 120 unid X $ 2,00 = 240

CMV (2) = 100 unid X $ 2,40 = 240

(=) Total CMV............................480

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Após o cálculo do CMV, deve-se calcular a Receita Bruta de Vendas:

Vendas (1) = 120 unid X $ 3,50 = 420

Vendas (2) = 100 unid X $ 4,80 = 480

(=) Receita Bruta de Vendas.........900

Elaborando-se a DRE (parte inicial), temos:

Receita Bruta de Vendas.....................................900

(-) ICMS sobre Vendas (20%).............................(180)

(-) COFINS (3%)................................................(27)

(=) Receita Líquida de Vendas..............................693

(-) CMV............................................................(480)

(=) Lucro Bruto...................................................213

Opção: A

19. (STN AFC Contábil-financeira 2005) A firma Bodegueiros Comerciais Ltda. mandou elaborar a ficha de controle de estoques de sua mercadoria “X”, cuja tributação ocorre com a incidência de ICMS de 17%, com as seguintes informações: 30/09 - estoque existente: 30 unidades a R$ 18,00 06/10 - compras a prazo: 100 unidades a R$ 24,10 07/10 - vendas a prazo: 60 unidades a R$ 36,14 08/10 - compras a vista: 100 unidades a R$ 30,12 09/10 - vendas a vista: 90 unidades a R$ 36,14 Os cálculos de controle dos estoques foram feitos a partir dos dados acima, considerando o critério de avaliação Last In, First Out (LIFO ou UEPS) mas, sabendo da não permissão de uso desse critério para fins fiscais, a organização mandou refazer os cálculos para contabilizar as transações segundo o critério

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First In, First Out (FIFO ou PEPS). A mudança de critério provocou uma variação para menos no valor de a) R$ 69,70 no ICMS a Recuperar. b) R$ 69,70 no ICMS a Recolher. c) R$ 410,00 no RCM. d) R$ 410,00 no CMV. e) R$ 410,00 no estoque final.

SOLUÇÃO Para a análise desta questão, primeiramente deve-se atentar para o fato de que o critério de avaliação de estoques não influencia o valor do ICMS a Recupera, pois o valor da mercadoria lançado na conta do estoque é líquido desse tributo, ou seja, já deduz o valor do ICMS. Portanto, como os critérios de avaliação de estoques (PEPS, UEPS e MPM) dizem respeito a valor de estoques, eles não alteram o ICMS a recuperar.

Os critérios de avaliação de estoques também não afetam o ICMS a recolher, que é a diferença entre o ICMS sobre Vendas e o ICMS a Recuperar (ICMS sobre Compras), pois o ICMS a Recuperar não se altera (pelas razões acima expostas) e o ICMS sobre Vendas depende apenas do valor das Vendas.

Diante desta análise preliminar, já é possível eliminarmos as opções A e B, pois a alteração do critério de avaliação de estoques não altera o ICMS a Recupera e nem o ICMS a Recolher.

Vamos à análise das demais opções.

Se observarmos o preço unitário do estoque inicial (18,00), das compras do dia 06/10 (24,10) e das compras do dia 08/10 (30,12), percebe-se que se trata de um contexto inflacionário, ou seja, que o CMV apurado pelos diferentes critérios pode ser ordenado da seguinte forma:

CMV (UEPS) > CMV (MPM) > CMV (PEPS)

O estoque final (EF) deve ser ordenado da seguinte forma:

EF (PEPS) > EF (MPM) > EF (UEPS)

Com base nessa análise, verifica-se que a mudança do critério UEPS para PEPS reduzirá o CMV e aumentará o Estoque Final.

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Como a questão está pedindo a variação para menos, pode-se descartar a opção E, pois, como acima mostrado, o estoque final sofre variação para mais quando se muda de UEPS para PEPS. Portanto, pode-se descartar a opção E.

A opção C também pode ser descartada, pois com a redução do CMV em decorrência da mudança do critério UEPS para PEPS, o RCM (Resultado com Mercadorias = Lucro Bruto) aumentará, ou seja, não sofrerá variação para menos, conforme cita o enunciado.

Diante da eliminação das opções A, B, C e E, resta apenas a opção D como candidata à resposta. Analisando o seu conteúdo, percebe-se que ela pode estar correta, pois afirma que há uma variação para menos do CMV, em decorrência da mudança do critério UEPS para PEPS, o que de fato ocorre em um cenário inflacionário. Portanto, a única resposta possível é opção D. Caberia verificar se o valor da variação para menos seria de $ 410,00 mesmo. Entretanto, em razão dos valores colocados na questão, isso seria demorado, pois demandaria o cálculo do CMV, estoque final e RCM pelos 2 critérios (UEPS e PEPS). A melhor estratégia para o candidato seria marcar a opção D, pois esta tem chance de estar correta, enquanto as demais, com certeza estão erradas.

Opção: D 20. (APO 2008) A empresa comercial Armazém Popular S.A. utiliza o controle permanente de estoques para contabilizar suas mercadorias. Em junho de 2007, a empresa adquiriu uma partida de raquetes de tênis para revender, tendo praticado a seguinte composição de custos: preço de compra: R$ 200.000,00; IPI incidente sobre a compra: R$ 10.000,00; ICMS incidente sobre a compra: R$ 18.000,00. Ao contabilizar essa operação de compra, a empresa deverá fazer o seguinte lançamento:

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SOLUÇÃO

A questão trata do registro das compras líquidas. Montando-se a nota das compras, tem-se:

Mercadorias......................................................200.000,00

IPI....................................................................10.000,00

ICMS.................................................................18.000,00

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TOTAL..............................................................210.000,00

Importante destacar que se a destinação das mercadorias é a revenda, o IPI não integra a base de cálculo do ICMS. Entretanto, este conhecimento não foi cobrado na questão, pois os tributos já forma fornecidos em moeda.

Para o cálculo das compras brutas deve-se atentar para o fato que o adquirente das mercadorias é comerciante (o enunciado fala em “empresa comercial”), ou seja, neste caso, apenas o ICMS será recuperável , sendo o IPI integrado ao custo as mercadorias que será registrado na conta de estoques.

Cálculo das compras Líquidas:

Compras Brutas......................................210.000,00

(-) ICMS a recuperar................................(18.000,00)

(=) Compras Líquidas..............................192.000,00

O lançamento de registro das compras será:

D: Mercadorias (pelo valor das compras líquidas)..............192.000,00

D: ICMS a recuperar......................................................18.000,00

C: Fornecedores...........................................................210.000,00

Ou

Diversos

a Fornecedores

Mercadorias...............................192.000,00

ICMS a recuperar.........................18.000,00.....................210.000,00

Opção: C

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21. (AFC CGU 2004) Na empresa Mercantil Limitada os bens de venda são controlados separadamente. A ficha de controle de estoques do item “X” de mercadorias teve um fluxo físico como segue: entradas: 30/09 200 unidades 10/10 100 unidades 25/10 150 unidades saídas: 15/10 150 unidades 30/10 200 unidades

O custo unitário foi, respectivamente, de R$ 10,00, R$ 16,00 e R$ 14,00. O preço unitário de venda foi uniforme em R$ 20,00. Não há nesses valores nenhuma implicação de ordem tributária. Como a empresa utiliza o critério de avaliação denominado média ponderada móvel, pode-se dizer que o custo das mercadorias vendidas (CMV) será de a) R$ 4.400,00 b) R$ 4.375,00 c) R$ 4.300,00 d) R$ 4.434,50 e) R$ 4.665,50

SOLUÇÃO

Primeiramente, devemos ordenar as compras e vendas pela ordem cronológica:

30/09 – entrada: 200 unidades a R$ 10,00

10/10 – entrada: 100 unidades a R$ 16,00

Preço médio atualizado: (200 x 10 + 100 x 16)/300 = R$ 12,00

15/10 – saída: 150 unidades a R$ 20,00 (o preço de venda não interessa para o controle do estoque)

CMV = 150 x 12 = R$ 1.800,00

Estoque após a venda: 150 unidades a R$ 12,00

25/10 – entrada: 150 unidades a R$ 14,00

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Preço médio atualizado: (150 x 12 + 150 x 14)/300 = R$ 13,00

30/10 – saída: 200 unidades a R$ 20,00 (o preço de venda não interessa para o controle do estoque)

CMV = 200 x 13 = 2.600

CMV (TOTAL) = 1.800 + 2.600 = 4.400

Opção: A

22. (ANALISTA CONTÁBIL – FINANCEIRO SEFAZ/CE 2006) A empresa Comercial de Bananas Ltda., durante o mês de agosto adquiriu 100 dúzias a R$ 6,00 cada, no dia 10; vendeu 60 dúzias, a vista, por R$ 540,00, no dia 12; comprou mais 100 dúzias por R$ 760,00, no dia 15; e vendeu mais 120 dúzias, no dia 20, ao mesmo valor unitário da venda anterior. Sabendo-se que a empresa iniciou o período com estoque de 80 dúzias de bananas avaliadas ao custo total de R$ 390,00 e que as operações são isentas de tributação, pode-se afirmar com certeza que: a) a venda do dia 20 rendeu lucro de R$ 320,00. b) a conta Mercadorias deve ter saldo final de R$ 510,00, avaliadas a UEPS. c) as operações renderam lucro total de R$ 620,00. d) pelo critério UEPS, o estoque final será de R$ 760,00. e) o custo das mercadorias vendidas foi de R$ 1.000,00, a custo médio.

SOLUÇÃO

Estoque inicial = 80 dúzias ao custo total de R$ 390,00

10/08 - adquiriu 100 dúzias ao custo unitário de R$ 6,00

12/08 – venda de 60 dúzias a R$ 540,00

15/08 – compra de 100 dúzias a R$ 760,00

20/08 – venda de 120 dúzias a 9,00 (mesmo valor unitário da venda do dia 12/08)

Controle do estoque e cálculo do CMV pelo UEPS:

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1ª venda: CMV = 60 x 6,00 = 360,00

2ª venda: CMV = 100 x 7,60 + 20 x 6,00 = 880

Total CMV = 360 + 880 = 1.240

Estoque final = 390 (estoque inicial que permaneceu inalterado) + 20 x 6,00 (20 unidades que sobraram da compra do dia 10/08) = 510,00

Opção: B

23. (ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO SEFAZ/CE 2006) O Supermercado Emerenciano S/A efetuou, a vista, a compra de 400 chapéus de feltro por R$ 8.000,00 para revenda em sua loja da rua América s/n. Na operação foram incluídos frete de R$ 0,30 por unidade, IPI de 2% e ICMS de 12%, incidentes apenas sobre o produto adquirido. O registro contábil deverá ser feito a crédito da conta Caixa e a débito de outras contas, com os valores abaixo indicados:

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SOLUÇÃO

Organizando-se as informações da compra, temos:

Mercadorias............................................................8.000

IPI (2% x 8.000)........................................................160

ICMS (12% x 8.000)...................................................960

TOTAL ...................................................................8.160

Observações:

1) Como as mercadorias se destinam a revenda, o ICMS não incide sobre o IPI.

2) Como se trata de um supermercado, apenas o ICMS será recuperável e, portanto poderá ser deduzido do total da compra.

3) O valor do frete (400 x 0,30 = 120) deve ser incluído no total das mercadorias e sobre ele não incidirá ICMS, conforme prevê o enunciado.

Calculando-se as compras líquidas, tem-se:

Compras......................................................8.160

(+) frete.........................................................120

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(-) ICMS a recuperar.......................................(960)

(=) Compras Líquidas.....................................7.320

Lançamento:

D: Mercadorias...................................................7.320

D: ICMS a recuperar..............................................960

C : Caixa...........................................................8.280

Opção: D

24. (ANALISTA IRB/BRASIL RE 2005/2006) O mercado Pop Loli Ltda. comprou mercadorias por R$ 200.000,00 e assinou duplicatas. Na operação foram negociados descontos de 5% na nota fiscal, no ato da compra, e de 3% para pagamentos efetuados em até 30 dias. A operação de compra não sofreu qualquer incidência de ordem fiscal ou tributária, a não ser do ICMS de 12%. A empresa pagou metade das dívidas em 30 de abril, para aproveitar o desconto, e a outra metade em 5 de junho. Quando a mercadoria foi vendida por R$ 250.000,00, em 10 de junho, o mercado deve ter contabilizado um custo de vendas no valor de a) R$ 164.200,00. b) R$ 164.560,00. c) R$ 164.692,00. d) R$ 166.000,00. e) R$ 167.200,00. SOLUÇÃO Primeiramente, devem-se apurar as compras líquidas:

Compras.....................................................200.000

(-) Descontos incondicionais (5%)....................(10.000)

(-) ICMS a Recuperar (12% x 190.000).............(22.800)

(=) Compras Líquidas.....................................167.200

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Supondo que toda a mercadoria comprada foi vendida em 10 de junho, o CMV apurado será igual ao valor das compras líquidas, ou seja, R$ 167.200,00.

Opção: E

25. (AFC CGU 2006) A empresa Xestereo S/A apresentou a seguinte movimentação de mercadorias, isentas de tributação, referente à última semana do mês de outubro: Estoque de mercadorias em 23/10 50 unidades a R$ 8,00 1ª compra realizada em 24/10 50 unidades a R$ 10,00 2ª compra realizada em 28/10 50 unidades a R$ 12,00 1ª venda realizada em 25/10 50 unidades a R$ 14,00 2ª venda realizada em 30/10 50 unidades a R$ 16,00 Considerando os dados fornecidos acima, pode-se dizer que, se for utilizado o critério de avaliação conhecido como preço médio, o estoque final de mercadorias terá o valor de a) R$ 400,00. b) R$ 450,00. c) R$ 500,00. d) R$ 525,00. e) R$ 600,00. SOLUÇÃO Para solucionar a questão, será necessário ordenar cronologicamente as operações de compra e venda:

23/10 – estoque inicial = 50 x R$ 8,00 (total R$ 400,00)

24/10 – compras = 50 x R$ 10,00 (total R$ 500,00)

Preço Médio = (400 + 500)/100 = R$ 9,00

25/10 – venda de 50 unidades

Estoque atualizado = 50 x R$ 9,00 = R$ 450,00

28/10 – compra = 50 x R$ 12,00 (total R$ 600,00)

Preço médio = (450 + 600)/100 = R$ 10,50

30/10 – venda = 50 unidades

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Estoque atualizado = 50 x 10,50 = 525,00

Opção: D

26. (AFC STN 2008) A livraria Ávidos Leitores Ltda. revende apostilas e livros didáticos isentos de ICMS e pratica o sistema de controle permanente na conta Estoque. Em 02/09 o estoque do item Apostilas para o Concurso de Analista, Editadas pela LDA, era de 25 unidades ao custo unitário de R$ 8,00. O movimento no mês de setembro foi o seguinte: Compras: dia 10, 10 unidades ao preço unitário de R$ 12; dia 15, 15 unidades ao custo unitário de R$ 14; Vendas: dia 08, 15 unidades;

dia 14, 15 unidades; dia 23, 10 unidades.

Sabe-se que o proprietário da livraria vende cada apostila com uma margem de lucro de 30% sobre o custo médio dos livros em estoque na época da venda. Pede-se, com base nas informações fornecidas, fazer a ficha de controle de estoques e indicar o valor da receita bruta alcançada na venda do dia 23/09. a) R$ 182,00. b) R$ 169,00. c) R$ 147,30. d) R$ 137,80. e) R$ 118,80.

SOLUÇÃO

Se a margem de lucro é de 30% sobre o preço médio, então será necessário avaliar o estoque pela Média Ponderada Móvel até a venda do dia 23.

02/09 - Estoque inicial = 25 unidades ao custo unitário de R$ 8,00 (total R$ 200,00)

08/09 – venda = 15 unidades

Estoque atualizado = 10 unidades a R$ 8,00 (R$ 80,00)

10/09 – compra = 10 unidades a R$ 12,00 (total R$ 120,00)

Preço médio = (80 + 120)/20 = R$ 10,00

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14/09 – venda = 15 unidades

Estoque atualizado = 5 unidades a R$ 10,00 (total R$ 50,00)

15/09 – compra = 15 unidades a R$ 14 (total R$ 210,00)

Preço médio = (50 + 210)/20 = R$ 13,00

23/09 – venda de 10 unidades

CMV = 10 x 13 = 130,00

Margem de 30% sobre o CMV = 30% x 130 = 39

Preço de venda (incluindo a margem) = 130 + 39 = 169

Opção: B

27. (AFRFB 2009) No mercadinho de José Maria Souza, que ele, orgulhosamente, chama de Supermercado Barateiro, o Contador recebeu a seguinte documentação: Inventário físico-financeiro de mercadorias: elaborado em 31.12.2007: R$ 90.000,00 elaborado em 31.12.2008: R$ 160.000,00 Notas-fiscais de compras de mercadorias: Pagamento a vista R$ 120.000,00 Pagamento a prazo R$ 80.000,00 Notas-fiscais de vendas de mercadorias: Recebimento a vista R$ 90.000,00 Recebimento a prazo R$ 130.000,00 Os fretes foram cobrados à razão de R$ 25.000,00 sobre as compras e de R$ 15.000,00 sobre as vendas; o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços foi calculado à razão de 15% sobre as compras e sobre as vendas. Não há ICMS sobre os fretes, nem outro tipo de tributação nas operações. Com base nessa documentação, coube ao Contador contabilizar as operações e calcular os custos e lucros do Supermercado. Terminada essa tarefa, podemos dizer que foi calculado um lucro bruto de vendas, no valor de a) R$ 90.000,00.

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b) R$ 47.000,00. c) R$ 87.000,00. d) R$ 62.000,00. e) R$ 97.000,00.

SOLUÇÃO

Antes de iniciarmos os cálculos deve ser destacado que o fato de as compras de mercadorias e as vendas serem a prazo ou à vista é irrelevante para a solução da questão, pois os fatos devem ser reconhecidos pelo regime de competência, ou seja, independente de recebimento ou pagamento. Para a apuração do Lucro Bruto, devemos, primeiramente, calcular o CMV. Compras Líquidas = 200.000 (compras) – 30.000 (ICMS s/compras – recuperável) + 25.000 (frete s/compras) = 195.000 CMV = 90.000 (estoque inicial) + 195.000 (compras líquidas) – 160.000 (estoque final) = 125.000 Calculando o Lucro Bruto (ou Lucro Operacional Bruto), temos: Receita Bruta...........................................220.000 (vendas à vista + Vendas a prazo) (-) ICMS sobre Vendas (15% X 220.000)........(33.000) (=) Receita Líquida ....................................187.000 (-) CMV...................................................(125.000) (=) Lucro Bruto...........................................62.000 Opção: D 28. (MDIC ACE 2012) A empresa “X”, em 31 de dezembro, tem créditos normais, sem garantias específicas de recebimento, no montante de R$ 60.000,00. Deve, portanto, constituir uma provisão para risco de crédito. No seu livro Razão há um saldo remanescente da Provisão para Devedores Duvidosos no valor de R$ 1.000,00. A nova provisão deverá ser contabilizada à razão de 3% dos créditos sob risco, o que, neste balanço, fará a empresa suportar uma despesa no valor de a) R$ 770,00. b) R$ 800,00. c) R$ 1.770,00. d) R$ 1.800,00.

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e) R$ 2.800,00. SOLUÇÃO O montante a ser provisionado para o exercício seguinte é de R$ 1.800 (3% x 60.000). Como há um saldo de R$ 1.000, será lançada uma despesa com provisão de R$ 800 (1.800 – 1.000). Nesta questão devíamos lembrar que a ESAF faz a provisão pela diferença (valor complementar). Era fundamental saber isso, pois havia a opção de R$ 1.800, que não está errada e deve ter suscitado muitos recursos. GABARITO: B

29. (ESAF – CVM Analista Normas Contábeis e Auditoria 2010 - Adaptada) De acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade, um passivo deve ser classificado como Passivo Contingente quando satisfizer um dos seguintes critérios: a) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. b) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade. c) está detido essencialmente para a finalidade de ser negociado. d) deverá ser liquidado num período até doze meses após a data do balanço. e) a entidade não tem um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

SOLUÇÃO

De acordo com o que foi exposto acerca do CPC 25 e, principalmente, com o que consta do quadro 1, vemos que a opção correta é a “A”, pois se o valor da obrigação não puder ser mensurado com confiabilidade, deve-se divulgar um passivo contingente. Lembre-se de que passivos contingentes não vão para o balanço patrimonial, eles apenas são divulgados em notas explicativas.

O passivo contingente será divulgado em duas situações:

- obrigação presente que provavelmente gere saída de recursos, cuja mensuração não seja confiável; e

- obrigação presente que possivelmente gere saída de recursos.

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Portanto, guarde para a prova as seguintes palavras:

Provável

- mensuração confiável: lança uma provisão no passivo e divulga em notas explicativas;

- mensuração não confiável: apenas divulga passivo contingente por meio de notas explicativas.

Possível: apenas divulga passivo contingente por meio de notas explicativas.

Remota: nada a fazer.

Opção: A

RESUMO

Provisões – contas de natureza credora que representam perdas prováveis ou reconhecimento de obrigações em respeito ao regime de competência.

Principais provisões do ativo – PCLD, PAVM e Provisão para perdas permanentes em investimentos.

Principais provisões do passivo – Provisão para 13º salário, provisão para férias, provisão para contingências e provisão para tributos.

Critérios de avaliação de estoques – PEPS (primeiro a entrar/primeiro a sair), UEPS (último a entrar/primeiro a sair), MPM (Média Ponderada Móvel) e Preço específico.

Incidência cumulativa de IPI e ICMS – quando as mercadorias adquiridas se destinam à comercialização ou à industrialização, o IPI não integrará a base de cálculo do ICMS.

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EXERCÍCIOS SEM COMENTÁRIOS

1. (AFTE RN 2005) A empresa Armazéns Gerais alugou um de seus depósitos pelo prazo de 25 meses, ao valor mensal de R$ 800,00, recebendo o valor total na assinatura do contrato, em primeiro de novembro de 2003. A empresa contabilizou a transação segundo o princípio da competência de exercício. O procedimento resultou em acréscimo contábil do patrimônio no valor de a) R$ 20.000,00 no Ativo Circulante. b) R$ 18.400,00 no Ativo Realizável a Longo Prazo. c) R$ 11.200,00 no Ativo Circulante. d) R$ 10.400,00 no Ativo Realizável a Longo Prazo. e) R$ 1.600,00 no Ativo Circulante.

2. (ANALISTA MPU 2004) Existem certos ativos oriundos de gastos realizados no período corrente que beneficiam o exercício seguinte ou subperíodos de tal exercício. É o caso do prêmio de seguro pago antecipadamente, usualmente remunerando a seguradora por um ano de cobertura de seguro. Em primeiro de julho de 2003 a nossa empresa pagou o contrato anual de seguros de R$ 42.000,00 para cobertura vigente do início de maio/03 ao final de abril do ano seguinte. A empresa utiliza o princípio contábil da competência com atualização mensal e seu exercício social coincide com o ano-calendário. No exemplo ora citado, em 01/07/03, a Contabilidade registrou o seguinte lançamento:

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3. (ATRFB 2009) Determinada empresa, cujo exercício social coincide com o ano-calendário, pagou a quantia de R$ 1.524,00 de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30 de setembro de 2007. A apólice pertinente a essa transação cobre riscos durante o período de primeiro de outubro de 2007 a 30 de setembro de 2008. Considerando o princípio da competência de exercícios, o Contador da empresa registrou o pagamento dos gastos na conta Seguros a Vencer. No balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2007, após as apropriações de praxe, o saldo desta conta, “Seguros a Vencer”, deverá ser de a) R$ 1.260,00. b) R$ 381,00. c) R$ 1.055,00. d) R$ 1.172,20. e) R$ 1.143,00.

4. (AFTE MG 2005) A empresa ACD Ltda., em 31/12/x4 tinha valores a receber com saldo no valor de R$ 27.000,00 e mandou fazer provisão para créditos de liquidação duvidosa no valor de R$ 810,00. Durante o exercício de x5 a empresa recebeu e deu quitação a 60% desses créditos e mandou dar baixa, por não recebimento, nos outros 40%. Ao findar o ano com novos saldos no valor

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de R$ 42.000,00, a empresa adotou procedimento igual ao anterior, mandando provisionar seus créditos para fins de balanço. Com base nessas informações, podemos dizer que a contabilização da provisão para créditos de liquidação duvidosa, referente ao exercício de 2005, provocará na Demonstração do Resultado do Exercício uma redução do lucro final no valor de a) R$ 774,00 b) R$1.746,00 c) R$ 450,00 d) R$1.260,00 e) R$ 936,00

5. (AFTE RN 2005) A firma Linhas de Comércio Ltda. tem no livro razão uma conta intitulada “Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa” com saldo credor de R$ 9.000,00, oriundo do balanço patrimonial de 2002, mas que permanece inalterado ao final do exercício de 2003. No balanço patrimonial, que será elaborado com data de 31.12.03, a empresa deverá demonstrar as contas “Duplicatas a Receber” e “Clientes”, com saldo devedor de R$ 350 mil e R$ 200 mil, respectivamente. Considerando-se que está comprovada a expectativa de perda provável de 3% dos créditos a receber, a empresa deverá contabilizar uma provisão. Este fato, aliado às outras informações constantes do enunciado, fará com que o lucro da empresa, referente ao exercício de 2003, seja reduzido no valor de a) R$ 7.500,00. b) R$ 9.000,00. c) R$ 16.290,00. d) R$ 16.500,00. e) R$ 25.500,00.

6. (ANALISTA CONTÁBIL FINANCEIRO SEFAZ CE 2006) A empresa Mercearia Merck S/A, baseada em sua experiência de perdas no recebimento de clientes, no exercício de 2005, constituiu uma provisão para perdas no valor de R$ 1.350,00. No exercício de 2006, a empresa deu baixa em créditos no valor de R$ 930,00 e chegou ao fim do exercício com valores a receber no montante de R$ 60.000,00. Considerando-se a necessidade da constituição de nova provisão à base de 3% dos créditos que vão a balanço, pode-se dizer que, com a adoção dessa medida, o lucro da empresa será reduzido em

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a) R$ 2.310,00. b) R$ 1.800,00. c) R$ 1.380,00. d) R$ 870,00. e) R$ 450,00.

7. (AFC STN 2008) A empresa Dúbias Cobranças S/A tinha créditos no valor de R$ 160.000,00 em 31.12.06 e de R$ 110.000,00 em 31.12.07. Durante o exercício de 2007, houve a baixa de perdas no valor de R$ 3.200,00, referente a créditos já existentes em 2006 e de R$ 1.100,00, referente a créditos de 2007. A conta provisão para créditos de liquidação duvidosa foi a balanço em 2006 com saldo de R$ 4.800,00 e deverá ir a balanço em 2007 com saldo equivalente a 3% dos créditos cabíveis. Após a contabilização dos ajustes para o balanço de 2007, pode-se dizer que essa empresa contabilizou, no exercício de 2007, perdas com créditos de liquidação duvidosa no valor de

a) R$ 2.800,00. b) R$ 3.300,00. c) R$ 3.900,00. d) R$ 7.100,00. e) R$ 7.600,00.

8. (Técnico da Receita Federal 2003) A empresa Espera Ltda. determinou ao Banco do Brasil que protestasse um título, que estava em seu poder para cobrança, no valor de R$ 25.000,00; não suficiente, envidou esforços judiciais sem sucesso. A venda que originou o título havia acontecido no exercício anterior. Ao final do exercício anterior, a empresa possuía o seguinte Balanço Patrimonial:

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Assinale a opção em que o registro contábil da operação, de baixa do título, está correto.

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9. (Técnico da Receita Federal 2002-1) Em primeiro de outubro de 2001, a Imobiliária Casa & Terra S/A recebeu, antecipadamente, seis meses de aluguel com valor mensal de R$ 300,00 e pagou o aluguel dos próximos doze meses no valor anual de R$ 2.400,00. Nesse caso, as regras do regime contábil da competência nos levam a afirmar que no balanço de encerramento do exercício, elaborado em 31.12.01, em decorrência desses fatos haverá a) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 600,00. b) receitas do exercício seguinte no valor de R$ 900,00. c) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 1.200,00. d) receitas do exercício seguinte no valor de R$ 1.800,00. e) despesas do exercício seguinte no valor de R$ 2.400,00.

10. (AFTE RN 2005) Às 9 horas do dia 25 de novembro, a empresa Alvoradinha Ltda. praticou o seguinte fato contábil: recebimento, em cheque, de duplicatas no valor de R$ 2.200,00, com incidência de juros à taxa de 10% (dez por cento). Para contabilizar aludido fenômeno patrimonial em um único lançamento o Contador deverá fazê-lo como segue.

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11. (ANALISTA MPU 2004) A empresa Alfa emitiu uma duplicata de R$ 6.000,00 ao efetuar uma operação de compra e venda com a empresa Beta. Quando essa duplicata for quitada, com desconto de 10%, a empresa Alfa deverá contabilizar o fato da seguinte forma:

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12. (ANALISTA CONTÁBIL FINANCEIRO SEFAZ CE 2006) A empresa Comercial do Ponto Ltda., ao contabilizar a quitação, por via bancária, de uma duplicata no valor de R$ 600,00, com acréscimo de 10% relativos a juros, terá de efetuar o seguinte lançamento no livro Diário (omitindo-se data e históricos para simplificação):

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13. (AFC STN 2005) A empresa Mersa S/A, em agosto de 2004, contratou operação de desconto de duplicatas no valor de R$150.000,00, com encargos iniciais de 4%. Em 15 de setembro o título venceu, mas o cliente não o quitou, tendo a empresa acertado a operação com o Banco, mantendo a duplicata em cobrança. Em 30 de setembro o cliente providenciou a quitação da letra no Banco, com juros de 6%. Para registrar o evento de 30/09/04 o Setor de Contabilidade da Mersa S/A efetuou o seguinte lançamento:

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14. (AFRF 2009) A quitação de títulos com incidência de juros ou outros encargos deve ser contabilizada em lançamentos de segunda ou de terceira fórmulas, conforme o caso, pois envolve, ao mesmo tempo, contas patrimoniais e de resultado. Especificamente, o recebimento de duplicatas, com incidência de juros, deve ter o seguinte lançamento contábil: a) débito de duplicatas e de juros e crédito de caixa. b) débito de duplicatas e crédito de caixa e de juros. c) débito de caixa e crédito de duplicatas e de juros. d) débito de caixa e de duplicatas e crédito de juros. e) débito de juros e de caixa e crédito de duplicatas.

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15. (Técnico da Receita Federal 2000) Observe o seguinte lançamento, constante do Diário da Firma Violetas – ME, do qual foi, cuidadosa e didaticamente, suprimido o histórico para fins de concurso.

O histórico suprimido no lançamento supra descrito deverá descrever a a) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas. b) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas. c) contratação de desconto bancário, com entrega de duplicatas, recebendo parte do dinheiro em conta corrente. d) quitação de desconto bancário, com devolução de duplicatas não recebidas e liquidação de duplicatas recebidas. e) quitação de desconto bancário, com liquidação de duplicatas recebidas e devolução de duplicatas não recebidas.

16. (Técnico da Receita Federal 2005) No período selecionado para esse estudo, foi constatada a seguinte movimentação de mercadorias isentas de qualquer tributação: 1) estoques anteriores de 1.500 unidades, avaliados em R$ 30,00 por unidade; 2) entradas de 2.300 unidades, adquiridas a prazo a R$ 40,00 cada uma; 3) saídas de 2.100 unidades, vendidas a vista a R$ 50,00 cada uma. Sabendo-se que sob o critério PEPS os estoques serão avaliados ao custo das últimas entradas e que no referido período houve a devolução de 200 unidades vendidas, podemos dizer que o CMV foi de a) R$ 76.000,00. b) R$ 69.000,00. c) R$ 68.400,00. d) R$ 61.000,00. e) R$ 57.000,00.

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17. (Técnico da Receita Federal 2002.2) A firma Pétrea Ltda. promoveu o movimento de entradas e saídas de mercadorias, isentas de tributação, na forma como segue: - existência anterior de 1.000 unidades ao custo unitário de R$ 20,00; - compra a vista de 1.500 unidades ao preço unitário de R$ 30,00; - venda a vista de 2.000 unidades ao preço unitário de R$ 25,00; - compra a prazo de 500 unidades ao preço unitário de R$ 35,00. Nessa ordem, no fim do período considerado, a empresa terá um estoque de mercadorias no valor de a) R$ 27.500,00 se trabalhar com o critério Preço Médio. b) R$ 27.500,00 se trabalhar com o critério UEPS. c) R$ 30.500,00 se trabalhar com o critério PEPS. d) R$ 20.000,00 se trabalhar com o critério PEPS. e) R$ 20.000,00 se trabalhar com o critério UEPS.

18. (Técnico da Receita Federal 2002.1) A Comercial Flores Ltda. apurou os seguintes dados em relação à mercadoria “Palmas”, no exercício de 2001:

As operações de compra e venda são tributadas a 20% com ICMS e o faturamento é tributado a 3% para a COFINS. A empresa utiliza o critério UEPS para avaliação dos estoques. Feitos os cálculos devidos e elaborando-se a demonstração parcial do resultado do exercício, vamos encontrar um Lucro Bruto sobre Vendas no valor de: a) R$ 213,00 b) R$ 240,00 c) R$ 253,00 d) R$ 280,00

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e) R$ 693,00

19. (STN AFC Contábil-financeira 2005) A firma Bodegueiros Comerciais Ltda. mandou elaborar a ficha de controle de estoques de sua mercadoria “X”, cuja tributação ocorre com a incidência de ICMS de 17%, com as seguintes informações: 30/09 - estoque existente: 30 unidades a R$ 18,00 06/10 - compras a prazo: 100 unidades a R$ 24,10 07/10 - vendas a prazo: 60 unidades a R$ 36,14 08/10 - compras a vista: 100 unidades a R$ 30,12 09/10 - vendas a vista: 90 unidades a R$ 36,14 Os cálculos de controle dos estoques foram feitos a partir dos dados acima, considerando o critério de avaliação Last In, First Out (LIFO ou UEPS) mas, sabendo da não permissão de uso desse critério para fins fiscais, a organização mandou refazer os cálculos para contabilizar as transações segundo o critério First In, First Out (FIFO ou PEPS). A mudança de critério provocou uma variação para menos no valor de a) R$ 69,70 no ICMS a Recuperar. b) R$ 69,70 no ICMS a Recolher. c) R$ 410,00 no RCM. d) R$ 410,00 no CMV. e) R$ 410,00 no estoque final.

20. (APO 2008) A empresa comercial Armazém Popular S.A. utiliza o controle permanente de estoques para contabilizar suas mercadorias. Em junho de 2007, a empresa adquiriu uma partida de raquetes de tênis para revender, tendo praticado a seguinte composição de custos: preço de compra: R$ 200.000,00; IPI incidente sobre a compra: R$ 10.000,00; ICMS incidente sobre a compra: R$ 18.000,00. Ao contabilizar essa operação de compra, a empresa deverá fazer o seguinte lançamento:

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21. (AFC CGU 2004) Na empresa Mercantil Limitada os bens de venda são controlados separadamente. A ficha de controle de estoques do item “X” de mercadorias teve um fluxo físico como segue: entradas: 30/09 200 unidades 10/10 100 unidades

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25/10 150 unidades saídas: 15/10 150 unidades 30/10 200 unidades

O custo unitário foi, respectivamente, de R$ 10,00, R$ 16,00 e R$ 14,00. O preço unitário de venda foi uniforme em R$ 20,00. Não há nesses valores nenhuma implicação de ordem tributária. Como a empresa utiliza o critério de avaliação denominado média ponderada móvel, pode-se dizer que o custo das mercadorias vendidas (CMV) será de a) R$ 4.400,00 b) R$ 4.375,00 c) R$ 4.300,00 d) R$ 4.434,50 e) R$ 4.665,50

22. (ANALISTA CONTÁBIL – FINANCEIRO SEFAZ/CE 2006) A empresa Comercial de Bananas Ltda., durante o mês de agosto adquiriu 100 dúzias a R$ 6,00 cada, no dia 10; vendeu 60 dúzias, a vista, por R$ 540,00, no dia 12; comprou mais 100 dúzias por R$ 760,00, no dia 15; e vendeu mais 120 dúzias, no dia 20, ao mesmo valor unitário da venda anterior. Sabendo-se que a empresa iniciou o período com estoque de 80 dúzias de bananas avaliadas ao custo total de R$ 390,00 e que as operações são isentas de tributação, pode-se afirmar com certeza que: a) a venda do dia 20 rendeu lucro de R$ 320,00. b) a conta Mercadorias deve ter saldo final de R$ 510,00, avaliadas a UEPS. c) as operações renderam lucro total de R$ 620,00. d) pelo critério UEPS, o estoque final será de R$ 760,00. e) o custo das mercadorias vendidas foi de R$ 1.000,00, a custo médio.

23. (ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO SEFAZ/CE 2006) O Supermercado Emerenciano S/A efetuou, a vista, a compra de 400 chapéus de feltro por R$ 8.000,00 para revenda em sua loja da rua América s/n. Na operação foram incluídos frete de R$ 0,30 por unidade, IPI de 2% e ICMS de 12%, incidentes apenas sobre o produto adquirido. O registro contábil deverá ser feito a crédito da conta Caixa e a débito de outras contas, com os valores abaixo indicados:

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24. (ANALISTA IRB/BRASIL RE 2005/2006) O mercado Pop Loli Ltda. comprou mercadorias por R$ 200.000,00 e assinou duplicatas. Na operação foram negociados descontos de 5% na nota fiscal, no ato da compra, e de 3% para pagamentos efetuados em até 30 dias. A operação de compra não sofreu qualquer incidência de ordem fiscal ou tributária, a não ser do ICMS de 12%. A empresa pagou metade das dívidas em 30 de abril, para aproveitar o desconto, e a outra metade em 5 de junho.

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Quando a mercadoria foi vendida por R$ 250.000,00, em 10 de junho, o mercado deve ter contabilizado um custo de vendas no valor de a) R$ 164.200,00. b) R$ 164.560,00. c) R$ 164.692,00. d) R$ 166.000,00. e) R$ 167.200,00.

25. (AFC CGU 2006) A empresa Xestereo S/A apresentou a seguinte movimentação de mercadorias, isentas de tributação, referente à última semana do mês de outubro: Estoque de mercadorias em 23/10 50 unidades a R$ 8,00 1ª compra realizada em 24/10 50 unidades a R$ 10,00 2ª compra realizada em 28/10 50 unidades a R$ 12,00 1ª venda realizada em 25/10 50 unidades a R$ 14,00 2ª venda realizada em 30/10 50 unidades a R$ 16,00 Considerando os dados fornecidos acima, pode-se dizer que, se for utilizado o critério de avaliação conhecido como preço médio, o estoque final de mercadorias terá o valor de a) R$ 400,00. b) R$ 450,00. c) R$ 500,00. d) R$ 525,00. e) R$ 600,00.

26. (AFC STN 2008) A livraria Ávidos Leitores Ltda. revende apostilas e livros didáticos isentos de ICMS e pratica o sistema de controle permanente na conta Estoque. Em 02/09 o estoque do item Apostilas para o Concurso de Analista, Editadas pela LDA, era de 25 unidades ao custo unitário de R$ 8,00. O movimento no mês de setembro foi o seguinte: Compras: dia 10, 10 unidades ao preço unitário de R$ 12; dia 15, 15 unidades ao custo unitário de R$ 14; Vendas: dia 08, 15 unidades;

dia 14, 15 unidades;

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dia 23, 10 unidades. Sabe-se que o proprietário da livraria vende cada apostila com uma margem de lucro de 30% sobre o custo médio dos livros em estoque na época da venda. Pede-se, com base nas informações fornecidas, fazer a ficha de controle de estoques e indicar o valor da receita bruta alcançada na venda do dia 23/09. a) R$ 182,00. b) R$ 169,00. c) R$ 147,30. d) R$ 137,80. e) R$ 118,80.

27. (AFRFB 2009) No mercadinho de José Maria Souza, que ele, orgulhosamente, chama de Supermercado Barateiro, o Contador recebeu a seguinte documentação: Inventário físico-financeiro de mercadorias: elaborado em 31.12.2007: R$ 90.000,00 elaborado em 31.12.2008: R$ 160.000,00 Notas-fiscais de compras de mercadorias: Pagamento a vista R$ 120.000,00 Pagamento a prazo R$ 80.000,00 Notas-fiscais de vendas de mercadorias: Recebimento a vista R$ 90.000,00 Recebimento a prazo R$ 130.000,00 Os fretes foram cobrados à razão de R$ 25.000,00 sobre as compras e de R$ 15.000,00 sobre as vendas; o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços foi calculado à razão de 15% sobre as compras e sobre as vendas. Não há ICMS sobre os fretes, nem outro tipo de tributação nas operações. Com base nessa documentação, coube ao Contador contabilizar as operações e calcular os custos e lucros do Supermercado. Terminada essa tarefa, podemos dizer que foi calculado um lucro bruto de vendas, no valor de a) R$ 90.000,00. b) R$ 47.000,00. c) R$ 87.000,00.

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d) R$ 62.000,00. e) R$ 97.000,00.

28. (MDIC ACE 2012) A empresa “X”, em 31 de dezembro, tem créditos normais, sem garantias específicas de recebimento, no montante de R$ 60.000,00. Deve, portanto, constituir uma provisão para risco de crédito. No seu livro Razão há um saldo remanescente da Provisão para Devedores Duvidosos no valor de R$ 1.000,00. A nova provisão deverá ser contabilizada à razão de 3% dos créditos sob risco, o que, neste balanço, fará a empresa suportar uma despesa no valor de a) R$ 770,00. b) R$ 800,00. c) R$ 1.770,00. d) R$ 1.800,00. e) R$ 2.800,00.

29. (ESAF – CVM Analista Normas Contábeis e Auditoria 2010 - Adaptada) De acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade, um passivo deve ser classificado como Passivo Contingente quando satisfizer um dos seguintes critérios: a) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. b) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade. c) está detido essencialmente para a finalidade de ser negociado. d) deverá ser liquidado num período até doze meses após a data do balanço. e) a entidade não tem um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

A E E A A C A B B A

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

A A C C D D B A D C

21 22 23 24 25 26 27 28 29

A B D E D B D B A

Bibliografia

Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e pela MP no 449/08, convertida na Lei no 11.941/09.

Pronunciamentos Contábeis do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CFC). www.cpc.org.br

Normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). www.cvm.gov.br

MORAES JUNIOR, José Jayme. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro. Elsevier Editora. 3a Edição. 2011.