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CURSO DE TEORIA E EXERCÍCIOS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO PROFESSORA: MARA QUEIROGA CAMISASSA Prof. Mara Queiroga Camisassa www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 4 NR16 – Atividades e operações perigosas NR19 – Explosivos NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis Ei gente! Tudo bem? Nesta aula estudaremos três NRs: NR16: Caracteriza as atividades e operações perigosas que envolvem explosivos, inflamáveis e radiações ionizantes. NR19: Dispõe sobre segurança e saúde nas atividades de fabricação, utilização, importação, exportação, tráfego e comércio de explosivos. NR20: Dispõe sobre segurança e saúde nas atividades com inflamáveis e combustíveis. A Portaria 308 de 29 de fevereiro de 2012, que deu nova redação a esta NR, também definiu diferentes prazos para entrada em vigor de alguns itens, a contar da data de sua publicação. Para fins didáticos, vamos ver primeiro a NR19, em seguida a NR20 e finalmente a NR16 ok?

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AULA 4

NR16 – Atividades e operações perigosas NR19 – Explosivos

NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis

Ei gente! Tudo bem? Nesta aula estudaremos três NRs: NR16: Caracteriza as atividades e operações perigosas que envolvem explosivos, inflamáveis e radiações ionizantes. NR19: Dispõe sobre segurança e saúde nas atividades de fabricação, utilização, importação, exportação, tráfego e comércio de explosivos. NR20: Dispõe sobre segurança e saúde nas atividades com inflamáveis e combustíveis. A Portaria 308 de 29 de fevereiro de 2012, que deu nova redação a esta NR, também definiu diferentes prazos para entrada em vigor de alguns itens, a contar da data de sua publicação. Para fins didáticos, vamos ver primeiro a NR19, em seguida a NR20 e finalmente a NR16 ok?

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NR19 – Explosivos ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO DA NR19 ATÉ A DATA DA ELABORAÇÃO DESTA AULA:

Portaria SIT n.º 228, de 24 de maio de 2011

A NR19 possui um texto principal e dois anexos. O texto principal da norma dispõe sobre a segurança na fabricação, manuseio, armazenagem e transporte de explosivos de forma geral. O Anexo 1 trata da Segurança e saúde na indústria e comércio de explosivos quando empregados como fogos de artifício e outros artefatos pirotécnicos. O Anexo 2 se aplica às atividades de fabricação de explosivos e contém várias tabelas Quantidade x Distâncias, que apresentam as distâncias mínimas dos depósitos de explosivos das demais edificações/rodovias/ferrovias, dependendo da quantidade e do tipo de explosivo armazenado. Além da legislação específica, as atividades de fabricação, utilização, importação, exportação, tráfego e comércio de explosivos devem obedecer especialmente ao Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105) do Exército Brasileiro, aprovado pelo Decreto n.º 3.665, de 20 de novembro de 2000. Histórico Historicamente, a pólvora, descoberta pelos chineses no século IX (existem controvérsias com relação a este período), foi o primeiro passo para o desenvolvimento de produtos hoje conhecidos como explosivos. Inicialmente utilizada como pirotécnico, cem anos depois de sua descoberta começou a ser utilizada com propósitos militares. A chamada pólvora negra(1) foi bastante utilizada, até a descoberta da nitroglicerina, em meados do século XIX, pelo químico italiano Ascanio Sobrero. A nitroglicerina apesar de possuir poder de explosão muitas vezes maior que o da pólvora, era extremamente sensível, pois explodia com extrema facilidade por aquecimento ou simples choque mecânico, o que prejudicou sua utilização comercial por alguns anos. (1) Pólvora composta por cerca de 75% de nitrato (de sódio ou potássio), 15% de carvão vegetal e 10% de enxofre. Existe também a chamada “Pólvora chocolate ou Parda” - é uma variedade de pólvora negra distinguindo-se por ser feita com carvão mal queimado. As pólvoras negras são explosivos deflagrantes ou "baixos explosivos", classificação que os diferencia dos explosivos detonantes ou "altos explosivos", como as dinamites.

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Somente trinta anos depois da descoberta da nitroglicerina, outro químico, Alfred Bernhard Nobel inventou a dinamite, uma forma mais segura do uso da nitroglicerina, tornando-a comercialmente útil. Explosivos - Definições Segundo a NR19, Explosivo é todo material ou substância que, quando iniciada, sofre decomposição muito rápida em produtos mais estáveis, com grande liberação de calor e desenvolvimento súbito de pressão (na verdade, esta definição foi retirada do Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados - R105 – Decreto 3665/2000). Chama-se de iniciação o fenômeno que consiste no desencadeamento de um processo ou série de processos explosivos. Explosivos – Classificação quanto à aplicação Quanto à sua aplicação prática os explosivos são classificados em: - Explosivos Iniciadores (acessórios iniciadores): Segundo o Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), acessório iniciador é o “engenho muito sensível, de pequena energia de ativação, cuja finalidade é proporcionar a energia necessária à iniciação de um trem explosivo”. De maneira geral, os iniciadores são explosivos muito sensíveis, usados em detonadores, e têm por finalidade provocar a transformação de outros explosivos (explosivos de ruptura). Usados em quantidades comparativamente pequenas para iniciar a explosão de quantidades maiores de explosivos menos sensíveis. Apresentam brisância(2) e velocidade de detonação mais baixas que os explosivos aos quais iniciam. São também menos estáveis que os explosivos não iniciadores. - Explosivos de Ruptura: podem queimar ou explodir, dependendo do material, quantidade e grau de confinamento. - Explosivos Pirotécnicos: designação comum de peças pirotécnicas preparadas para transmitir a inflamação e produzir luz, ruído, incêndios ou explosões, com finalidade de sinalização, salvamento ou emprego especial em operações de combate utilizados em fogos de artifícios (2) Brisância: capacidade de um explosivo fragmentar o recipiente que o encerra

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Proibição relativa à fabricação de explosivos É proibida a fabricação de explosivos no perímetro urbano das cidades, vilas ou povoados. Proibições relativas ao manuseio de explosivos No manuseio de explosivos é proibido: a) utilizar ferramentas ou utensílios que possam gerar centelha ou calor por atrito b) fumar ou praticar atos suscetíveis de produzir fogo ou centelha c) usar calçados cravejados com pregos ou peças metálicas externas d) manter objetos que não tenham relação direta com a atividade Proibições relativas à armazenagem de explosivos É proibida a armazenagem de: a) acessórios iniciadores com explosivos, inclusive pólvoras ou acessórios explosivos em um mesmo depósito; b) pólvoras em um mesmo depósito com outros explosivos; c) fogos de artifício com pólvoras e outros explosivos em um mesmo depósito ou no balcão de estabelecimentos comerciais; d) explosivos e acessórios em habitações, estábulos, silos, galpões, oficinas, lojas ou outras edificações não destinadas a esse uso específico. PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais A NR19 determina que o PPRA das empresas que fabricam ou utilizam explosivos deve contemplar, além do disposto na NR-9, a avaliação dos seguintes riscos de acidente: - riscos de incêndio - riscos de explosão, bem como a implementação das respectivas medidas de controle.

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Fabricação de explosivos - Permissão para fabricação Somente poderão fabricar explosivos as empresas portadoras de Título de Registro - TR emitido pelo Exército Brasileiro.

Fabricação de explosivos: Somente empresas portadoras de:

Título de Registro Fornecido pelo

Exército Brasileiro E não pelo Ministério do Trabalho!

Fabricação de explosivos - Requisitos dos locais: 1 – Terrenos onde se encontram instaladas as empresas de fabricação de explosivos Devem possuir cerca adequada de separação entre os locais de fabricação, armazenagem e administração 2 – Locais em que são executadas atividades colocação de explosivos em invólucros (ex: encartuchamento) Os locais devem ser isolados, não podendo ter em seu interior mais de

quatro trabalhadores ao mesmo tempo.

3 - Locais de fabricação de explosivos Devem ser: a) mantidos em perfeito estado de conservação b) adequadamente arejados; c) construídos com paredes e tetos de material incombustível e pisos antiestáticos; d) dotados de equipamentos devidamente aterrados e, se necessárias, instalações elétricas especiais de segurança;

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e) providos de sistemas de combate a incêndios de manejo simples, rápido e eficiente, dispondo de água em quantidade e com pressão suficiente aos fins a que se destina; f) livres de materiais combustíveis ou inflamáveis. 4 – Locais de manuseio de explosivos Nestes locais, as matérias primas que ofereçam risco de explosão devem permanecer nas quantidades mínimas possíveis, admitindo-se, no

máximo, material para o trabalho de quatro horas. 5 – Locais de armazenamento de explosivos Os depósitos de explosivos devem obedecer aos seguintes requisitos: a) ser construídos de materiais incombustíveis, em terreno firme, seco, a salvo de inundações b) ser apropriadamente ventilados

c) manter ocupação máxima de 60% (sessenta por cento) da área,

respeitando-se a altura máxima de empilhamento de 2,0m (dois metros) entre o teto e o topo do empilhamento d) ser dotados de sinalização externa adequada

“Números da NR19 - Explosivos”:

QUATRO é a quantidade máxima de trabalhadores que podem permanecer nos locais onde explosivos são colocados em invólucros (atividades do tipo encartuchamento)

QUATRO é quantidade máxima de horas de trabalho correspondente à quantidade mínima de matéria prima com risco de explosão que deve permanecer nos locais de manuseio de explosivos.

60% é a ocupação máxima da área dos locais de armazenamento de explosivos

2 METROS é a altura máxima do empilhamento entre o topo da pilha e o teto

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Transporte de explosivos As empresas que realizam o transporte de explosivos deve observar a legislação pertinente dependendo se o transporte é terrestre, marítimo ou aéreo. Vejam a figura a seguir:

Para o transporte de explosivos devem ser observadas várias prescrições, dentre as quais destaco:

� Munições, pólvoras, explosivos, acessórios iniciadores e artifícios pirotécnicos devem ser transportados separadamente

� O material deve ser protegido contra a umidade e incidência direta

dos raios solares

� É proibida a utilização de luzes não protegidas, fósforos, isqueiros, dispositivos e ferramentas capazes de produzir chama ou centelha nos locais de embarque, desembarque e no transporte

� Salvo casos especiais, os serviços de carga e descarga de explosivos

devem ser feitos durante o dia e com tempo bom: quando houver necessidade de carregar ou descarregar explosivos durante a noite, somente será usada iluminação com lanternas e holofotes elétricos.

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NR20 – Segurança e Saúde no Trabalho com inflamáveis e combustíveis

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO DA NR20 ATÉ A DATA DA ELABORAÇÃO DESTA AULA: Portaria SIT n.º 308, de 29 de fevereiro de 2012

Antes de iniciarmos o estudo da NR20 propriamente dito, é importante conhecermos o conceito de alguns termos presentes nesta norma: Combustível é a substância que, na presença de um comburente (por exemplo, o oxigênio >> comburente natural) e sob ação de uma fonte de calor (faísca, centelha) entrará em combustão. Ponto de Fulgor é a temperatura mínima a partir da qual os combustíveis começam a desprender vapores que entram em combustão quando em contato com uma fonte externa de calor, entretanto, a chama não se mantém, devido à insuficiência de vapores desprendidos. A temperatura do ponto de fulgor não é suficiente para manter a combustão (só ocorre um “flash” consumindo os vapores acumulados). O ponto de fulgor é o parâmetro que diferencia os inflamáveis dos combustíveis, como veremos adiante. Ponto de ignição é a temperatura mínima necessária sob a qual os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão espontaneamente, apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer outra fonte de calor. Introdução A NR20 tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis. Gente, de acordo com a NR20, a atividade de manipulação se aplica somente aos inflamáveis, conforme redação do item 20.2.1 que dispõe sobre a abrangência da norma:

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Abrangência da NR20 Esta NR se aplica às seguintes atividades que envolvem inflamáveis e líquidos combustíveis:

Atenção!! No caso de inflamáveis, a NR20 também se aplica à atividade de

Manipulação!!!! (ótima questão para a prova)!!! Então o quadro acima

passa a ter a seguinte apresentação:

Apresento para vocês três importantes conceitos relativos às atividades de Manuseio, Manipulação e Transferência, segundo o Glossário da NR20:

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Manuseio: Atividade de movimentação de inflamáveis contidos em recipientes, tanques portáteis, tambores, bombonas, vasilhames, caixas, latas, frascos e similares. Ato de manusear o produto envasado, embalado ou lacrado. Manipulação: Ato ou efeito de manipular. Preparação ou operação manual com inflamáveis, com finalidade de misturar ou fracionar os produtos. Considera-se que há manipulação quando ocorre o contato direto do produto com o ambiente.

Transferência: Atividade de movimentação de inflamáveis entre recipientes, tais como tanques, vasos, tambores, bombonas e similares, por meio de tubulações, , como por exemplo, atividades de enchimento de tanques. Observem que tanto o manuseio quanto a transferência se referem à movimentação de inflamáveis, entretanto, no caso do manuseio os produtos estão envasados, embalados ou lacrados. Já no caso da transferência, a movimentação se dá entre recipientes, por meio de tubulações. Vejam a figura a seguir:

A NR20 determina que no processo de transferência, enchimento de recipientes ou de tanques, devem ser definidas em projeto as medidas preventivas para: a) eliminar ou minimizar a emissão de vapores e gases inflamáveis; b) controlar a geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática.

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Chamo a atenção para os seguintes detalhes:

• As atividades de transporte(1) de inflamáveis ou combustíveis por meio rodoviário ou ferroviário não estão elencadas na lista acima!!!

• Atividades de transporte dutoviário de gases e líquidos inflamáveis e/ou combustíveis são contempladas para fins de classificação das instalações como veremos a seguir

Além disso, esta NR se aplica às seguintes etapas:

Estas etapas se aplicam tanto para os inflamáveis quanto para os líquidos combustíveis. (1)

O transporte de produtos químicos perigosos como gases inflamáveis e líquidos inflamáveis e/ou

combustíveis é regulamentado por normas ABNT (por exemplo, NBR 7500 - Identificação para o Transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de Produtos e NBR 7501 - Transporte Terrestre de Produtos Perigosos – Terminologia) e também em resoluções da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres como, por exemplo, o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.

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Gente, please, na hora da prova, não vamos confundir Atividades com Etapas!

Atenção para as instalações que não são abrangidas pela NR20!! A NR20 não se aplica: a) às plataformas e instalações de apoio empregadas com a finalidade de exploração e produção de petróleo e gás do subsolo marinho, conforme definido no Anexo II, da NR30 b) às edificações residenciais unifamiliares, que são as edificações destinadas exclusivamente ao uso residencial, constituídas de uma única unidade residencial Ponto de fulgor Com vimos anteriormente, o ponto de fulgor é o parâmetro para se distinguir líquidos combustíveis de líquidos inflamáveis. Um combustível líquido, após ter a sua temperatura elevada e atingir seu ponto de fulgor, gera vapores inflamáveis, que reagirão com o oxigênio do ar produzindo fogo. Este parâmetro (ponto de fulgor) sofreu uma pequena alteração com a nova redação, vejam a tabela a seguir.

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No caso dos gases inflamáveis a caracterização é feita a partir da temperatura e pressão. Distância de segurança Segundo o Glossário da NR20, chama-se Distância de Segurança, a distância mínima livre, medida no plano horizontal para que, em caso de acidentes (incêndios, explosões), os danos sejam minimizados. A redação anterior da NR20 determinava várias distâncias de segurança relativas à localização de tanques e recipientes. Entretanto, a nova redação dispõe apenas que estas distâncias devem seguir normas técnicas internacionais! Qualquer questão sobre a NR20 que determine valores numéricos relativos a distâncias de segurança estará incorreta, pois estará se referindo à redação da norma que não está mais vigente!

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Vejam que o item 20.5.2.2. que trata de distância de segurança é bastante genérico, não define parâmetros numéricos, apenas se reporta às normas internacionais: Item 20.5.2.2: No projeto, devem ser observadas as distâncias de segurança entre instalações, edificações, tanques, máquinas, equipamentos, áreas de movimentação e fluxo, vias de circulação interna, bem como dos limites da propriedade em relação a áreas circunvizinhas e vias públicas, estabelecidas em normas técnicas nacionais. Classes de Instalação Na redação anterior desta norma, existiam três Classes de Líquidos Combustíveis: I, II e III. Os líquidos eram enquadrados em uma destas classes de acordo com seu ponto de fulgor. Entretanto, este critério de classificação foi abandonado pela nova redação!! A partir da agora, existem três Classes de Instalação, que dividem as instalações quanto aos seguintes atributos:

• Tipo de Atividade

• Capacidade de armazenamento de forma permanente ou transitória A Tabela 1 a seguir apresenta os parâmetros usados para esta classificação:

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Observação: Segundo o Glossário, o termo Instalação se refere à toda unidade de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis (líquidos e gases) e líquidos combustíveis, em caráter permanente ou transitório, incluindo todos os equipamentos, máquinas, estruturas, tubulações, tanques, edificações, depósitos, terminais e outros necessários para o seu funcionamento. Critérios a serem utilizados para classificação das instalações segundo a Tabela 1:

� O tipo de atividade possui prioridade sobre a capacidade de armazenamento:

Exemplo: Posto de serviço com combustíveis (Atividade da classe I) que tenha capacidade permanente de armazenamento de 6000m3 (seis mil metros cúbicos) – (capacidade de armazenamento da Classe II). Esta instalação deve ser classificada como Classe I

� Quando a capacidade de armazenamento da instalação se enquadrar em

duas classes distintas, por armazenar líquidos inflamáveis e/ou combustíveis e gases inflamáveis, deve-se utilizar a classe de maior gradação.

Exemplo: Instalação com capacidade de armazenamento permanente de 70 toneladas de gases inflamáveis (Classe II) e 60.000 m3 de líquidos combustíveis (Classe III), deve ser classificada como Classe III (maior gradação)

Observem os limites mínimos de capacidade de armazenamento da Tabela 1: - menor ou igual a 2 toneladas para gases inflamáveis - menor ou igual a 10m3 para líquidos inflamáveis e/ou combustíveis Anexo I O Anexo I da NR20 determina que as instalações que desenvolvem atividades de manuseio, armazenamento, manipulação e transporte com gases inflamáveis acima de 1 ton até 2 ton e de líquidos inflamáveis e/ou combustíveis acima de 1 m³ até 10 m³ devem contemplar no PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, além dos requisitos previstos na NR9:

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a) o inventário e características dos inflamáveis e/ou líquidos combustíveis; b) os riscos específicos relativos aos locais e atividades com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis; c) os procedimentos e planos de prevenção de acidentes com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis; d) as medidas para atuação em situação de emergência. Estas instalações devem possuir, no mínimo, três trabalhadores que estejam diretamente envolvidos com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis, treinados no curso básico previsto no Anexo II. Além disso, as instalações varejistas e atacadistas que desenvolvem atividades de manuseio, armazenamento e transporte de recipientes de até 20 litros, fechados ou lacrados de fabricação, contendo líquidos inflamáveis e/ou combustíveis até o limite máximo de 5.000 m³ e de gases inflamáveis até o limite máximo de 600 toneladas, devem contemplar no PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, além dos requisitos previstos na NR 9: a) o inventário e características dos inflamáveis e/ou líquidos combustíveis; b) os riscos específicos relativos aos locais e atividades com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis; c) os procedimentos e planos de prevenção de acidentes com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis; d) as medidas para atuação em situação de emergência. Prontuário da Instalação O Prontuário da Instalação é um conjunto de documentos que contêm o registro de todo o histórico da instalação, ou pelo menos contém indicações suficientes para a obtenção deste histórico. Tais documentos correspondem a uma memória dinâmica das informações técnicas pertinentes às instalações, geradas desde a fase de projeto, operação, inspeção e manutenção. Os documentos que compõem o Prontuário podem ser mantidos em meio físico ou eletrônico. O Prontuário da instalação deve ser constituído pela seguinte documentação: a) Projeto da Instalação b) Procedimentos Operacionais c) Plano de Inspeção e Manutenção

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d) Análise de Riscos e) Plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e identificação das fontes de emissões fugitivas f) Certificados de capacitação dos trabalhadores g) Análise de Acidentes h) Plano de Resposta a Emergências São então três os planos que devem ser elaborados pelo empregador e que farão parte do Prontuário: 1- Plano de Inspeção e Manutenção 2 - Plano de prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e identificação das fontes de emissões fugitivas 3 - Plano de Resposta a Emergências Veremos estes planos mais adiante. Prontuário das instalações Classe I: deve conter um índice e ser constituído em documento único. Prontuário das instalações classes II ou III: os documentos dos prontuários das instalações Classe II o III podem estar separados, desde que seja mencionada no índice a localização destes na empresa e o respectivo responsável. O Prontuário da Instalação deve estar disponível:

� às autoridades competentes � para consulta aos trabalhadores e seus representantes

Exceção: As análises de riscos devem estar disponíveis para consulta aos trabalhadores e seus representantes, exceto nos aspectos ou partes que envolvam informações comerciais confidenciais. Permissão de Trabalho x Instrução de Trabalho A permissão de trabalho é um documento escrito que contém o conjunto de medidas de segurança e controle visando a execução de trabalho seguro. Em geral, contém também medidas de emergência e resgate.

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A NR20 determina que a Permissão de Trabalho deve ser elaborada no caso de atividades não rotineiras de intervenção nos equipamentos, baseada em análise de risco, nos trabalhos: a) que possam gerar chamas, calor, centelhas ou ainda que envolvam o seu uso; b) em espaços confinados, conforme Norma Regulamentadora n.º 33; c) envolvendo isolamento de equipamentos e bloqueio/etiquetagem; d) em locais elevados com risco de queda; e) com equipamentos elétricos, conforme Norma Regulamentadora n.º 10; f) cujas boas práticas de segurança e saúde recomendem. Já a instrução de trabalho é um documento escrito que deve conter os procedimentos a serem adotados em atividades rotineiras de inspeção e manutenção. Segundo a redação do 20.8.8.1: “As atividades rotineiras de inspeção e manutenção devem ser precedidas de instrução de trabalho”.

Plano de Inspeção e Manutenção Todas as instalações (classes I, II e III) devem possuir plano de inspeção e manutenção devidamente documentado. Vejam que este plano se refere às instalações (equipamentos). (Já as inspeções relativas a segurança e medicina do trabalho são abordadas no próximo item, e devem ser objeto de cronograma de inspeção.) Este plano deve abranger, no mínimo (lista não exaustiva): a) equipamentos, máquinas, tubulações e acessórios, instrumentos; b) tipos de intervenção; c) procedimentos de inspeção e manutenção; d) cronograma anual;

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e) identificação dos responsáveis; f) especialidade e capacitação do pessoal de inspeção e manutenção; g) procedimentos específicos de segurança e saúde; h) sistemas e equipamentos de proteção coletiva e individual. A NR20 não determina qual deve ser a periodicidade dos procedimentos de inspeção ou manutenção, mas dispõe que a fixação desta periodicidade deve considerar: a) o previsto nas NRs e normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais; b) as recomendações do fabricante, em especial dos itens críticos à segurança e saúde do trabalhador; c) as recomendações dos relatórios de inspeções de segurança e de análise de acidentes e incidentes do trabalho, elaborados pela CIPA ou SESMT; d) as recomendações decorrentes das análises de riscos; e) a existência de condições ambientais agressivas. Inspeção em Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho Todas as instalações (classes I, II e III) devem ser periodicamente inspecionadas com enfoque na segurança e saúde no ambiente de trabalho, de acordo com um cronograma de inspeções, elaborado, em conjunto com a CIPA.

Análise de Riscos As análises de risco são um conjunto de métodos e técnicas que, aplicados a operações que envolvam processo ou processamento, identificam os cenários hipotéticos de ocorrências indesejadas (acidentes), as possibilidades de danos, efeitos e consequências.

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Existem várias técnicas de análise de riscos, e sua escolha depende de vários fatores, dentre eles, o propósito da análise bem como as características e complexidade da instalação. Também devem ser considerados o processo ao qual se pretende aplicar a análise e a fase em que este processo se encontra (projeto, implantação, produção). A seguir apresento uma lista não exaustiva metodologias de Análise de Risco: a) Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR); b) ″What-if (E SE)″; c) Análise de Riscos e Operabilidade (HAZOP); d) Análise de Modos e Efeitos de Falhas (FMEA/FMECA); e) Análise por Árvore de Falhas (AAF); f) Análise por Árvore de Eventos (AAE); g) Análise Quantitativa de Riscos (AQR). A NR20 determina que para todas as instalações (classes I, II e III) o empregador deve elaborar e documentar as análises de riscos das operações que envolvam processo ou processamento nas atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e de líquidos combustíveis. As análises de riscos devem ser elaboradas por equipe multidisciplinar, com conhecimento na aplicação das metodologias, dos riscos e da instalação, com participação de, no mínimo, um trabalhador com experiência na instalação, ou em parte desta, que é objeto da análise. Devem ser coordenadas por profissional habilitado.

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Nas instalações Classe I deve ser elaborada Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR). Nas demais instalações classes II e III, devem ser utilizadas metodologias de análise definidas pelo profissional habilitado, devendo a escolha levar em consideração os riscos, as características e complexidade da instalação. As análises de riscos devem ser revisadas: a) na periodicidade estabelecida para as renovações da licença de operação da instalação; b) no prazo recomendado pela própria análise; c) caso ocorram modificações significativas no processo ou processamento; d) por solicitação do SESMT ou da CIPA; e) por recomendação decorrente da análise de acidentes ou incidentes relacionados ao processo ou processamento; f) quando o histórico de acidentes e incidentes assim o exigir.

As análises de riscos devem estar articuladas com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da instalação.

Capacitação dos trabalhadores Critérios para capacitação 1- Capacitação para os trabalhadores que adentram na área e NÃO mantêm contato direto com o processo ou processamento:

2 – Capacitação para os trabalhadores que adentram na área e mantêm contato direto com o processo ou processamento

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Curso de Atualização O trabalhador deve participar de curso de Atualização, cujo conteúdo será estabelecido pelo empregador e com a seguinte periodicidade:

Sempre que ocorrer: a) modificação significativa, b) morte de trabalhador, c) ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º grau, que implicaram em necessidade de internação hospitalar, deverá ser realizado de imediato, curso de Atualização para os trabalhadores envolvidos no processo ou processamento. Este curso também deve ser realizado sempre que o histórico de acidentes e/ou incidentes assim o exigir. Plano de Prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios, explosões e emissões fugitivas O empregador deve elaborar plano que contemple a prevenção e controle de vazamentos, derramamentos, incêndios e explosões e, nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, a identificação das fontes de emissões fugitivas.

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Para emissões fugitivas, após a identificação das fontes nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, o plano deve incluir ações para minimização dos riscos, de acordo com viabilidade técnica. Segundo o Glossário, emissões fugitivas são liberações de gás ou vapor inflamável que ocorrem de maneira contínua ou intermitente durante as operações normais dos equipamentos. Incluem liberações em selos ou gaxetas de bombas, engaxetamento de válvulas, vedações de flanges, selos de compressores, drenos de processos. Controle de fontes de ignição Todas as instalações elétricas e equipamentos elétricos fixos, móveis e portáteis, equipamentos de comunicação, ferramentas e similares utilizados em áreas classificadas, assim como os equipamentos de controle de descargas atmosféricas, devem estar em conformidade com a NR 10. Devem ser implementadas medidas específicas para controle da geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática em áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis. Os veículos que circulem nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis devem possuir características apropriadas ao local e ser mantidos em perfeito estado de conservação. Plano de Resposta a Emergências da Instalação O empregador deve elaborar e implementar plano de resposta a emergências que contemple ações específicas a serem adotadas na ocorrência de vazamentos ou derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios ou explosões. Atenção!! Caso os resultados das análises de riscos indiquem a possibilidade de ocorrência de um acidente cujas consequências ultrapassem os limites da instalação, o empregador deve incorporar no plano de emergência ações que visem à proteção da comunidade circunvizinha, estabelecendo mecanismos de comunicação e alerta, de isolamento da área atingida e de acionamento das autoridades públicas.

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A NR20 determina também que devem ser realizadas simulações com o objetivo de testar a eficácia, detectar possíveis falhas e proceder aos ajustes necessários do plano. Os exercícios simulados devem ser realizados durante o horário de trabalho.

Periodicidade mínima dos exercícios de simulação: ANUAL. Esta periodicidade pode ser reduzida em função das falhas detectadas ou se assim recomendar a análise de riscos. Equipe de respostas a emergências

Participação A participação do trabalhador nas equipes de resposta a emergências é voluntária, salvo nos casos em que a natureza da função assim o determine. Exames médicos Os integrantes da equipe de resposta a emergências devem ser submetidos a exames médicos específicos para a função que irão desempenhar, incluindo os fatores de riscos psicossociais, com a emissão do respectivo atestado de saúde ocupacional.

Comunicação de Ocorrências As seguintes ocorrências:

� Vazamento � Incêndio ou � Explosão

Que envolvam inflamáveis e líquidos combustíveis e que tenham como consequência qualquer das possibilidades a seguir:

� morte de trabalhador(es); � ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º

grau, que implicaram em necessidade de � internação hospitalar; � acionamento do plano de resposta a emergências que tenha requerido

medidas de intervenção e controle.

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Deverão ser comunicadas até o segundo dia após a ocorrência:

� Ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego (SRTE)

� Ao sindicato da categoria profissional predominante no estabelecimento.

O empregador deve elaborar relatório de investigação e análise da ocorrência. Tanque de líquidos inflamáveis no interior de edifícios Os tanques para armazenamento de líquidos inflamáveis somente poderão ser instalados no interior dos edifícios sob a forma de tanque enterrado e destinados somente a óleo diesel.

Exceções:

� Tanques de superfície que armazenem óleo diesel destinados à alimentação de motores utilizados para a geração de energia elétrica em situações de emergência ou

� Para o funcionamento das bombas de pressurização da rede de água para combate a incêndios, nos casos em que seja comprovada a impossibilidade de instalá-lo enterrado ou fora da projeção horizontal do edifício.

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Situações de risco grave e iminente

Obrigação do empregador:

� O empregador deve adotar as medidas necessárias para a interrupção e a correção da situação. Obrigações dos empregados

� Os trabalhadores, com base em sua capacitação e experiência, devem interromper suas tarefas, exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.

Operações de soldagem e corte a quente com utilizações de gases inflamáveis Nestas atividades as mangueiras utilizadas devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas na saída do cilindro e chegada do maçarico.

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NR16 – Atividades e Operações perigosas ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO DA NR16 ATÉ A DATA DA ELABORAÇÃO DESTA AULA:

Portaria SIT n.º 312, de 23 de março de 2012

Enquanto as atividades insalubres (NR15) colocam em risco a saúde do trabalhador, as atividades perigosas colocam em risco a vida do trabalhador. Vocês verão que o assunto periculosidade é repleto de entendimentos jurisprudenciais, por isso precisamos estudá-lo com carinho! A última alteração da NR16 ocorreu em Março/2012, com a publicação da Portaria 312, que alterou os limites inferior e superior do ponto de fulgor para caracterização dos líquidos combustíveis. E esta atualização foi necessária a fim de tornar compatível a caracterização dos líquidos combustíveis entre esta norma e a NR20 (observem que a data de atualização destas duas normas é bem próxima). Abordarei também, brevemente, além das atividades perigosas previstas na NR16, as atividades dos eletricitários, e dos bombeiros civis, caracterizadas como perigosas devido a publicação de lei específica. Tivemos uma questão da NR16 no concurso de 2006, que por sinal foi anulada!

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NR16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS Breve introdução sobre atividades perigosas na CLT e na jurisprudência A NR16 regulamenta o artigo 193 da CLT que tem a seguinte redação: CLT, Art 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.

Chamo a atenção de vocês sobre duas informações importantíssimas que estão no final da redação deste artigo: a primeira delas é que a CLT determina que a caracterização da periculosidade se dá pelo contato permanente. A segunda delas se refere às substâncias definidas pela CLT, que caracterizam as atividades como perigosas: inflamáveis ou explosivos. A redação deste artigo foi dada pela famosa lei 6.514/77, regulamentada pela Portaria 3.214/78, que aprovou as normas regulamentadoras. Desde então, houve uma evolução tanto na legislação quanto no entendimento jurisprudencial sobre este assunto que veremos a seguir: Contato permanente Apesar de o artigo 193 da CLT determinar que devem ser consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos, a Súmula 364 nos traz o seguinte entendimento: SUM-364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE. Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.

Então, no contexto da CLT, atividades perigosas implicam contato permanente com inflamáveis ou explosivos, porém, a jurisprudência do TST considera que o contato intermitente também dá direito a este adicional, ficando excluídos apenas os trabalhadores que têm contato eventual; e o próprio tribunal nos dá o conceito de contato eventual: é o contato fortuito, ou aquele que, mesmo sendo habitual se dá por tempo extremamente reduzido.

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Inflamáveis ou explosivos Vimos também que a própria redação da CLT tratou de definir quais atividades devem ser consideradas perigosas: aquelas que envolvem inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado(3). E ponto final? Não... Veremos ao longo desta aula que a NR16 possui um Anexo (é isso mesmo gente, o anexo não tem número, o nome é apenas Anexo...aff..) com redação dada pela Portaria 518/2003, que incluiu as atividades com radiações ionizantes no rol das atividades perigosas. Mas pode uma portaria incluir como atividade perigosa uma atividade não prevista na lista da CLT? Vários doutrinadores entendem que não. Porém o TST entende que sim! Vejam a redação da OJ SDI-I 345 deste tribunal: OJ-SDI1-345 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. RADIAÇÃO IONIZANTE OU SUBSTÂNCIA RADIOATIVA. DEVIDO . A exposição do empregado à radiação ionizante ou à substância radioativa enseja a percepção do adicional de periculosidade, pois a regulamentação ministerial (Portarias do Ministério do Trabalho nºs 3.393, de 17.12.1987, e 518, de 07.04.2003), ao reputar perigosa a atividade, reveste-se de plena eficácia, porquanto expedida por força de delegação legislativa contida no art. 200, “caput”, e inciso VI, da CLT. No período de 12.12.2002 a 06.04.2003, enquanto vigeu a Portaria nº 496 do Ministério do Trabalho, o empregado faz jus ao adicional de insalubridade.

A novela é a seguinte: em 1987 foi publicada a Portaria 3.393 que determinava o pagamento de adicional de periculosidade para os trabalhadores submetidos às radiações ionizantes (devido ao acidente radioativo que ocorreu naquele mesmo ano em Goiânia com o Césio-137). Porém, em 2002, foi publicada a Portaria 496/02 revogando a Portaria 3393/87, excluindo as atividades com radiações ionizantes do rol de atividades perigosas. Então, durante a vigência da portaria 496/02, os trabalhadores que exerciam estas atividades, deixaram de receber o adicional de periculosidade e voltaram a receber o adicional de insalubridade (uma vez que estas atividades são consideradas insalubres de acordo com o Anexo 7 da NR15 – como vimos na aula anterior). (3) Mas o que é risco acentuado? Esta definição não consta em nenhuma NR, nem na CLT, nem na jurisprudência.

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Mas em 2003, foi publicada nova portaria, a 518/03 que novamente incluiu estas atividades na lista de atividades perigosas. Então desde 1987, as atividades com radiações ionizantes também são consideradas perigosas, exceto durante o período de vigência da Portaria 496/02. Vejam esta cronologia na figura a seguir:

Mas para a prova como devemos considerar as atividades com radiações ionizantes: perigosas (NR16) ou insalubres (Anexo 7, NR15)??? Gente, só mesmo lendo com atenção a questão e prestando atenção à qual NR o examinador está se referindo (NR16, Anexo 7 da NR15 ou à própria CLT). Agora uma informação complementar. Existem mais dois tipos de atividades que também são consideradas perigosas por força de lei. São as atividades dos eletricitários que exercem as atividades constantes no quadro anexo ao Decreto 92.212/85 (que regulamentou a lei 7369/85) e dos bombeiros civis, conforme artigo 6 da Lei 11.901/09. Neste caso não há o que se discutir sobre a legalidade da caracterização destas atividades como perigosas, um vez que foram instituídas por uma lei. Adicional de Periculosidade – Porcentagem e Base de cálculo Os trabalhadores que exercem atividades perigosas têm direito a receber o adicional de periculosidade, no valor de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Então vemos duas importantes diferenças entre o adicional de insalubridade o e o de periculosidade: 1 - Não existem graus de periculosidade (como existem no caso das atividades insalubres: grau mínimo -10%, médio – 20% ou máximo – 40%). O adicional de periculosidade corresponde a uma única porcentagem (30%) sobre a base de cálculo

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2 – A base de cálculo do adicional de periculosidade é o salário base (ao contrário do adicional de insalubridade cuja base de cálculo é o salário mínimo), desconsiderando quaisquer acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. Mas também aqui temos uma importante jurisprudência com relação à base de cálculo: a Súmula 191 do TST: SUM-191 ADICIONAL. PERICULOSIDADE. INCIDÊNCIA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Em relação aos eletricitários, o cálculo do adicional de periculosidade deverá ser efetuado sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial

Então, no caso dos eletricitários, todos os acréscimos de natureza salarial também integram a base de cálculo do adicional de periculosidade. E também com relação aos eletricitários o TST entende que a exposição intermitente dá direito ao adicional. Vejam a redação da Súmula 361: SUM-361 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO INTERMITENTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento

Tal como o adicional de insalubridade, o adicional de periculosidade também deverá ser suprimido quando cessarem os agentes perigosos, ou seja, quando houver a eliminação do risco que ensejava o pagamento do adicional. Lembro a vocês que o empregado tem o direito de optar por adicional de insalubridade eventualmente devido.

Atualmente são as seguintes atividades e operações consideradas perigosas que dão direito ao recebimento do adicional de periculosidade: - Atividades com inflamáveis (NR16) - Atividades com explosivos (NR16) - Atividades com radiações ionizantes ou substâncias radioativas (NR16) - Atividades com eletricidade (Lei 7369/85) - Bombeiros civis (Lei 11901/09)

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Todas as áreas de risco previstas na NR16 devem ser delimitadas, sob responsabilidade do empregador.

Anexo 1

Atividades e operações perigosas com Explosivos Segundo a NR16, são consideradas atividades ou operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos a: a) degradação química ou autocatalítica; b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos. Na degradação química ou autocatalítica ocorre uma reação química sendo que o próprio resultado desta reação funciona como catalisador da explosão. Este processo é chamado de autocatálise. O Quadro 1 da NR16 detalha quais são as atividades com explosivos que devem ser consideradas perigosas:

Vejam que praticamente todas as atividades que envolvem explosivos são caracterizadas como perigosas, desde o armazenamento até a detonação; consequentemente, todos os trabalhadores que exercem estas atividades têm direito ao adicional de periculosidade. Porém vejam que, no caso da atividade de armazenamento de explosivos, farão jus ao recebimento do adicional não somente os trabalhadores nessa atividade, mas também aqueles que permaneçam na área de risco.

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Mas qual deve ser a área considerada “área de risco” para fins de pagamento do adicional? A delimitação desta área dependerá do tipo de explosivo armazenado e também da respectiva quantidade, de acordo com os grupos apresentados a seguir: (vejam que as misturas explosivas, os explosivos iniciadores e os explosivos de ruptura são armazenados separadamente) I - Locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos e produtos químicos usados na fabricação de misturas explosivas ou de fogos de artifício A área de risco está compreendida em uma faixa de terreno cuja distância máxima é apresentada no Quadro 2 a seguir:

II - Locais de armazenagem de explosivos iniciadores A área de risco está compreendida em uma faixa de terreno cuja distância máxima é apresentada no Quadro 3 a seguir:

III - Nos locais de armazenagem de explosivos de ruptura e pólvoras mecânicos (pólvora negra e pólvora chocolate ou parda) A área de risco está compreendida em uma faixa de terreno cuja distância máxima é apresentada no Quadro 4 a seguir:

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Para fins de delimitação da área de risco, caso os locais de armazenagem de explosivos de ruptura e pólvoras mecânicos (grupo III) sejam depósitos barricados ou entricheirados, as distâncias previstas no Quadro n.º 4 podem ser reduzidas à metade.

É obrigatória a existência física de delimitação da área de risco, assim entendido qualquer obstáculo que impeça o ingresso de pessoas não autorizadas.

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Anexo 2

Atividades e operações perigosas com Inflamáveis São consideradas atividades perigosas as operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames e a granel. Exceção: Não são consideradas perigosas as atividades de transporte em pequenas quantidades, até os seguintes limites:

• Inflamáveis líquidos: 200 (duzentos) litros • Inflamáveis gasosos liquefeitos: 135 (cento e trinta e cinco) quilos

Tentem memorizar a figura a seguir: Observação importante: As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos, não serão consideradas para fins de periculosidade.

Líquido combustível: Todo aquele que possua ponto de fulgor maior que 60ºC (sessenta graus Celsius) e inferior ou igual a 93ºC (noventa e três graus Celsius).

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Para quem prefere usar a memória visual: Redação anterior: Líquido combustível: todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70ºC (setenta graus centígrados) e inferior a 93,3ºC (noventa e três graus e três décimos de graus centígrados). O item 3 do Anexo 2 apresenta uma tabela com as atividades e respectivas áreas de risco. Pois é, pessoal, acho que não faz o menor sentido eu simplesmente reproduzir esta tabela aqui. É claro que vocês precisam dar uma lida com carinho nela, mas se eu estivesse estudando para o próximo concurso, eu pensaria em uma forma de facilitar a memorização de alguns dados. Então eu dividiria esta tabela e reagruparia as informações de acordo com a distância/afastamento, como mostro a seguir:

Área de risco: Círculo com raio de 3 metros Atividade Observação

Tanques elevados de inflamáveis gasosos Centro do círculo nos pontos de vazamento eventual (válvula, registros, dispositivos de medição por escapamento, gaxetas).

Área de risco: Afastamento de 3 metros Atividade Observação

Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis líquidos ou vazios não desgaseificados ou decantados, em locais abertos

Em torno dos seus pontos externos

Carga e descarga de vasilhames contendo inflamáveis líquidos ou vasilhames vazios não desgaseificados ou decantados, transportados por navios, chatas ou batelões.

A partir da beira do cais, durante a operação, com extensão correspondente ao comprimento da embarcação.

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Área de risco: círculo com raio de 7,5m Atividade Observação

Enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques inflamáveis gasosos liquefeitos

Centro nos pontos de vazamento eventual (válvula e registros)

Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em locais abertos.

Centro nos bicos de enchimento

Abastecimento de inflamáveis Toda a área de operação, abrangendo, no mínimo, círculo com raio de 7,5 metros com centro no ponto de abastecimento e o círculo com raio de 7,5 metros com centro na bomba de abastecimento da viatura e faixa de 7,5 metros de largura para ambos os lados da máquina

Área de risco: afastamento de 7,5m Atividade Observação

Manutenção de viaturas-tanques, bombas e vasilhames que contenham inflamável líquido

Em torno dos seus pontos externos

Desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames não desgaseificados ou decantados, utilizados no transporte de inflamáveis

Em torno dos seus pontos externos

Testes em aparelhos de consumo de gás e seus equipamentos

Em torno dos seus pontos extremos

Área de risco: Círculo com raio de 15m Atividade Observação

Enchimento de vagões –tanques e caminhões –tanques com inflamáveis líquidos.

Centro nas bocas de enchimento dos tanques

Enchimento de vasilhames com inflamáveis gasosos liquefeitos

Centro nos bicos de enchimentos

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Área de risco: Afastamento de 15m Atividade Observação

Outros locais de refinaria onde se realizam operações com inflamáveis em estado de volatilização ou possibilidade de volatilização decorrente de falha ou defeito dos sistemas de segurança e fechamento das válvulas

Contornando a área de operação

Carga e descarga de inflamáveis líquidos contidos em navios, chatas e batelões.

A partir da beira do cais, durante a operação, com extensão correspondente ao comprimento da embarcação

Área de risco: Círculo com raio de 30m Atividade Observação

Poços de petróleo em produção de gás. Centro na boca do poço

Área de risco: Afastamento/faixa de 30m Atividade Observação

Unidade de processamento das refinarias Contornando a área de operação

Área de risco: Toda a área Atividade Observação

Tanques de inflamáveis líquidos Toda a bacia de segurança Abastecimento de aeronaves Toda a área de operação Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em recinto fechado.

Toda a área interna do recinto

Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis líquidos ou vazios não desgaseificados, ou decantados, em recinto fechado

Toda a área interna do recinto

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Algumas dicas para tentar memorizar as informações acima: 1 – As medidas dos afastamentos /raios dos círculos para delimitar áreas de

risco são: 3 metros / 7,5 metros / 15 metros e 30 metros – qualquer medida diferente destas estará incorreta 2 - Poços de petróleo (em produção de gás) e refinarias (unidade de processamento) em geral são áreas muito extensas necessitando, portanto, do

maior afastamento: 30 metros 3 – Existem somente 2 tipos de atividades que podem ser realizadas em recinto fechado: Somente nestes casos a área de risco será toda a área interna do recinto: Enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos e Armazenamento de vasilhames que contenham inflamáveis líquidos ou vazios não desgaseificados, ou decantados. 4 – Atenção para possível pegadinha: se a questão falar que a atividade é realizada em área aberta, não faz sentido a área de risco correspondente ser uma área interna 5 – Bacia de segurança é a área ao redor de tanques destinada a conter eventuais derrames de produtos neles estocados. Então, Bacia de segurança se refere a tanques e não a vasilhames!

Atenção!! As atividades de:

• MANUSEIO, ARMAZENAGEM E TRANSPORTE (MAT) • DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS, • SOB DETERMINADAS CONDIÇÕES,

• não serão consideradas perigosas, para fins de percepção do adicional de periculosidade.

Vejam quais são estas condições na tabela a seguir:

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A não caracterização de insalubridade para as atividades constantes na tabela anterior somente será válida caso sejam obedecidas as NRs e a legislação sobre produtos perigosos relativa aos meios de transporte utilizados. No caso de embalagens também deve ser seguida a NBR 11564/91. Embalagens x Nível de Risco Para fins de embalagens, os líquidos inflamáveis classificam-se em 3 grupos, conforme o nível de risco:

� Grupo de Embalagens I - alto risco � Grupo de Embalagens II - risco médio � Grupo de Embalagens III - baixo risco

As embalagens são classificadas em: Simples, Compostas ou Combinadas: Embalagens ou Embalagens Simples: Recipientes ou quaisquer outros componentes ou materiais necessários para embalar, com a função de conter e proteger líquidos inflamáveis. Embalagens Combinadas: Uma combinação de embalagens, consistindo em uma ou mais embalagens internas acondicionadas numa embalagem externa.

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Embalagens Compostas: Consistem em uma embalagem externa e um recipiente interno, que formam uma unidade integrada, que se enche, manuseia, armazena, transporta e esvazia como tal.

Anexo 3

Atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas

Pessoal, este é o famoso anexo incluído pela Portaria 3.393/87, que dispôs sobre a caracterização das atividades envolvendo radiações ionizantes e respectivas áreas de risco. Também acho que não cabe a simples reprodução desta tabela, mas vocês devem lê-la com carinho. Cito a seguir algumas destas atividades: 1 - Produção, utilização, processamento, transporte, guarda, estocagem e manuseio de materiais radioativos, selados e não selados, de estado físico e forma química quaisquer, naturais ou artificiais 2 - Atividades de operação e manutenção de reatores nucleares 3 - Atividades de operação e manutenção de aceleradores de partículas 4 - Atividades de operação com aparelhos de raios-X, com irradiadores de radiação gama, radiação beta ou radiação de nêutrons 5 - Atividades de medicina nuclear. 6 – Descomissionamento(1) (de instalações nucleares e radioativas) 7 - Descomissionamento de minas, moinhos e usinas de tratamento de minerais radioativos

(1) Descomissionamento é o processo de desinstalação, desativação ou encerramento de atividades que envolvem agentes nocivos, como materiais radioativos

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LISTA DE EXERCÍCIOS QUESTÃO 1 – AFT /MTE /ESAF /2006 ANULADA Em relação às atividades e operações perigosas (NR-16), é incorreto afirmar: A) Na atividade de enchimento de vagões-tanque e caminhões-tanque com inflamáveis gasosos liquefeitos, toda a área em volta das válvulas e registros num raio de 7,5 metros é considerada área de risco. B) A empresa Pluma S.A, com atividades de transporte e armazenamento de gás liquefeito, paga, por força de lei, adicional de periculosidade a todos os trabalhadores diretamente envolvidos nessas atividades. C) O adicional de periculosidade corresponde a 30% do salário mínimo, não podendo ser acumulado com outros adicionais, como o de insalubridade. D) A empresa Petrolexpress, com atividades que envolvem manuseio, armazenagem e transporte de recipientes de até cinco litros, contendo líquidos inflamáveis lacrados na fabricação, está obrigada a pagar adicional de periculosidade a seus trabalhadores. E) Os líquidos inflamáveis podem ser classificados, para fins de embalagem, em alto, médio e baixo risco. QUESTÃO 2 – AUDITOR / TC DF / CESPE /2002 Conforme a NR-16, é considerada atividade perigosa: A) Dirigir veículo de passeio movido por gasolina e/ou etanol. B) Transportar duas bombonas de vinte litros cheias com gasolina. C) Armazenagem de líquidos inflamáveis em embalagens certificadas simples, obedecida a legislação aplicável. D) Realizar enchimento de vasilhames com gasolina E) Manuseio de recipiente de 5 (cinco) litros contendo líquido inflamável, lacrado na fabricação, obedecidas as normas aplicáveis QUESTÃO 3 – ENG SEG / EMBASA / CESPE /2009 De acordo com a Constituição Federal de 1988, estão incluídos entre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança e o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas. Acerca desse assunto, julgue os itens de 91 a 96.

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1 As empresas e os sindicatos das categorias profissionais interessadas são obrigadas a requerer ao Ministério do Trabalho, por meio das unidades descentralizadas, a realização de perícia em estabelecimento ou setor da empresa, com o objetivo de caracterizar, classificar ou determinar atividade perigosa. 2 - É exemplo de atividade ou operação perigosa, a executada com explosivos sujeitos a degradação química ou autocatalítica. 3 - As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, realizados em quaisquer vasilhames e a granel, são consideradas operações sob condições de periculosidade, inclusive as quantidades de inflamáveis contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos. QUESTÃO 4 – ASSESSOR / PREF NATAL / CESPE/ 2008 Com relação à atual posição do TST acerca do adicional de periculosidade, assinale a opção correta. A) Acordos ou convenções coletivas não podem fixar percentual inferior ao que a lei estabelecer B) É devido ao empregado exposto de forma intermitente a condições de risco C) O empregado que tiver contato eventual a condições de risco deve perceber o adicional de periculosidade D) A exposição habitual, mas por tempo muito reduzido, a condições de risco autoriza o pagamento do adicional de periculosidade QUESTÃO 5 – ANALISTA ENG CIVIL / TRE AP / CESPE /2007 Acerca de produtos perigosos e das atividades perigosas exercidas pelo trabalhador, assinale a opção correta. A) O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional no valor de 10, 20 ou 40% do salário mínimo vigente B) Quando em atividade ou operação perigosa, o empregado deve, obrigatoriamente, receber adicional de periculosidade, sendo vedado o pagamento simultâneo de adicional de insalubridade que, porventura, lhe seja devido C) A operação de transporte, em vasilhames e a granel, de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos é sempre considerada condição de periculosidade.

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D) São consideradas atividades ou operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos a degradação química ou autocatalítica à ação de agentes exteriores, tais como calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos E) Considera-se líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor entre 50 ºC e 85 ºC. QUESTÃO 6 – AUX ADM / TJ CE / CESPE /2002 No que concerne à periculosidade, julgue os seguintes itens. 1 - O adicional de periculosidade incide sobre os adicionais de tempo de serviço. 2 - Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de insalubridade. 3 - O adicional de periculosidade pago em caráter permanente integra a remuneração do empregado para o cálculo das verbas rescisórias. QUESTÃO 7 – TEC SEG / LIQUIGAS / CESGRANRIO /2012 Com relação à NR-16, associe as atividades ou operações perigosas às respectivas áreas de risco: A associações corretas são: A) I – P , II – S , III – R B) I – P , II – Q , III – S C) I – Q , II – S , III – P D) I – R , II – S , III – P E) I – S , II – P , III – R

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QUESTÃO 8 – PROCURADOR / PGE ES/ CESPE / 2008 Empregados de uma empresa sofrem redução no percentual de diversos adicionais a que fazem jus: o adicional de horas extras passou a ser remunerado na base de 30%; o de periculosidade, na base de 20%; e o noturno, na base de 10%. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem. 1 - Há corrente doutrinária e jurisprudencial que não admite a possibilidade de se operar a referida redução por acordo coletivo de trabalho, mesmo considerando-se que os adicionais possuem natureza salarial e que a Constituição autoriza a redução salarial por acordo coletivo. 2 - A redução, por meio de acordo individual escrito, dos percentuais previstos em lei para os referidos adicionais é admitida com ressalvas pela legislação trabalhista, pois exige em troca a concessão de outras vantagens para os empregados que se encontrem nessa situação. QUESTÃO 9 - ENG SEG / IF AL / COPEVE / 2011 ALTERADA Qual das opções abaixo não é considerada uma área de risco de acordo com a NR-16? A) Toda a bacia de segurança dos tanques de inflamáveis líquidos. B) Toda a área interna do recinto do enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em recinto fechado. C) Toda a área de operação do abastecimento de aeronaves. D) Círculo com raio de 15 metros com centro nos bicos de enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em locais abertos. E) Círculo com raio de 15 metros com centro nas bocas de enchimento dos tanques do enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques com inflamáveis líquidos. QUESTÃO 10 – MED TRAB / TJ / CESPE / 2006 ALTERADA Com relação a atividades de trabalho consideradas perigosas, assinale a opção correta. A) Trabalhadores que operam na área de risco nos locais de descarga de vasilhames vazios não-desgaseificados não têm direito ao adicional de insalubridade. B) São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas executadas com explosivos sujeitos a degradação química e a ação de agentes exteriores, como calor e umidade, entre outros.

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C) O trabalhador que manusear ou transportar recipientes de mais de 3 litros com líquidos inflamáveis fará jus ao adicional de periculosidade, independentemente de os vasilhames terem sido lacrados no momento da fabricação. D) Não é facultado aos sindicatos requerer a realização de perícia em empresas, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade perigosa. QUESTÃO 11 – ENG SEG JR / PETROBRÁS / CESGRANRIO /2010 Com relação às atividades e operações perigosas estabelecidas na NR16, é uma associação correta entre a atividade e sua respectiva área de risco a apresentada em: QUESTÃO 12 – ENG SEG JR/PETROBRÁS/CESGRANRIO/2010 A partir de que quantidade o volume em L, para inflamáveis líquidos e, em kg, para inflamáveis gasosos liquefeitos, é considerado em condições de periculosidade para as operações de transporte?

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Inflamáveis líquidos (L) Inflamáveis gasosos liquefeitos (KG)

A) 135 200 B) 200 135 C) 135 100 D) 100 200 E) 200 125 QUESTÃO 13 – TEC SEG JR / CITEPE / CESGRANRIO / 2011 Em relação às Atividades e Operações Perigosas com Explosivos e Inflamáveis, consideradas na Norma Regulamentadora no16, analise as afirmações a seguir. I - O transporte de inflamáveis líquidos em quaisquer vasilhames ou a granel é considerado em condições de periculosidade quando o limite ultrapassar 180 litros. II - Todos os trabalhadores nas atividades de detonação são considerados em condições de periculosidade. III - O motorista e o ajudante devem receber adicional de periculosidade quando transportarem vasilhames, contendo inflamáveis gasosos liquefeitos, em quantidade total, igual ou superior a 100 quilos. IV - Na operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos, o operador de bomba e os trabalhadores que operem na área de risco devem receber adicional de periculosidade. Está correto APENAS o que se afirma em A) I e II B) II e IV C) III e IV D) I, II e III E) I, III e IV QUESTÃO 14 – OAB/ FGV /2011.1 José Antônio de Souza, integrante da categoria profissional dos eletricitários, é empregado de uma empresa do setor elétrico, expondo-se, de forma intermitente, a condições de risco acentuado. Diante dessa situação hipotética, e considerando que não há norma coletiva disciplinando as condições de trabalho, assinale a alternativa correta. A) José Antônio não tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade, em razão da intermitência da exposição às condições de risco.

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B) José Antônio tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) sobre o seu salário básico. C) José Antônio tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) sobre a totalidade das parcelas salariais. D) José Antônio tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco.

QUESTÃO 15 – EXERCÍCIO PROPOSTO Segundo o disposto na NR19, para o transporte de explosivos devem ser observadas as seguintes prescrições, exceto: A) Os serviços de embarque e desembarque devem ser assistidos por um fiscal da empresa transportadora, devidamente habilitado B) Munições, pólvoras, explosivos, acessórios iniciadores e artifícios pirotécnicos devem ser transportados separadamente C) O material deve ser protegido contra a umidade e incidência direta dos raios solares D) É proibido bater, arrastar, rolar ou jogar os recipientes de explosivos; E) Os serviços de carga e descarga de explosivos devem ser feitos somente durante o dia GABARITOS: 1 B,C,D* 9 D 2 D 10 B 3 1 – incorreto

2 – correto 3 - incorreto

11 D

4 B 12 B 5 D 13 B 6 1 – incorreto

2 – correto 3 - incorreto

14 C

7 A 15 E 8 1 – correto

2 - incorreto

* Ver comentários

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EXERCÍCIOS COMENTADOS QUESTÃO 1 – AFT /MTE /ESAF /2006 ANULADA Em relação às atividades e operações perigosas (NR-16), é incorreto afirmar: A) Na atividade de enchimento de vagões-tanque e caminhões-tanque com inflamáveis gasosos liquefeitos, toda a área em volta das válvulas e registros num raio de 7,5 metros é considerada área de risco. B) A empresa Pluma S.A, com atividades de transporte e armazenamento de gás liquefeito, paga, por força de lei, adicional de periculosidade a todos os trabalhadores diretamente envolvidos nessas atividades. C) O adicional de periculosidade corresponde a 30% do salário mínimo, não podendo ser acumulado com outros adicionais, como o de insalubridade. D) A empresa Petrolexpress, com atividades que envolvem manuseio, armazenagem e transporte de recipientes de até cinco litros, contendo líquidos inflamáveis lacrados na fabricação, está obrigada a pagar adicional de periculosidade a seus trabalhadores. E) Os líquidos inflamáveis podem ser classificados, para fins de embalagem, em alto, médio e baixo risco. GABARITO: B, C e D estão incorretas. (gabarito inicial: D) A letra A está correta. Conforme Anexo 2, item 3, letra i (tabela). A letra B está incorreta. Existe uma exceção no caso de operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos: o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos não é considerada atividade perigosa. A questão está errada pois aqueles trabalhadores que exercem atividade de transporte destes produtos dentro destes limites, não receberão adicional de periculosidade. Vejam a redação do item 16.6. A letra C está incorreta. O adicional de periculosidade corresponde a 30% do salário base e não do salário mínimo, e não pode ser acumulado com o adicional de insalubridade. Segundo o item 16.2.1, o empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.

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A letra D está incorreta. Segundo o item 4.2 do Anexo 2, as atividades que envolvem o manuseio, a armazenagem e o transporte de recipientes de até cinco litros, lacrados na fabricação, contendo líquidos inflamáveis não são consideradas perigosas, independentemente do número total de recipientes manuseados, observadas as normas aplicáveis. A letra E está correta. Esta é a redação do glossário da NR16: “Grupo de Embalagens: Os líquidos inflamáveis classificam-se para fins de embalagens segundo 3 grupos, conforme o nível de risco:

• Grupo de Embalagens I - alto risco • Grupo de Embalagens II - risco médio • Grupo de Embalagens III - baixo risco

QUESTÃO 2 – AUDITOR / TC DF / CESPE /2002 Conforme a NR-16, é considerada atividade perigosa: A) Dirigir veículo de passeio movido por gasolina e/ou etanol. B) Transportar duas bombonas de vinte litros cheias com gasolina. C) Armazenagem de líquidos inflamáveis em embalagens certificadas simples, obedecida a legislação aplicável. D) Realizar enchimento de vasilhames com gasolina E) Manuseio de recipiente de 5 (cinco) litros contendo líquido inflamável, lacrado na fabricação, obedecidas as normas aplicáveis GABARITO: D A letra A está incorreta. Vejam a redação do item 16.6.1: As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos, não serão consideradas para efeito da NR16. Ou seja, dirigir veículo de passeio movido por gasolina ou etanol não é considerada atividade perigosa para fins de recebimento de adicional de periculosidade. A letra B está incorreta. Vejam como as bancas adoram as exceções da norma!! Nesta questão o examinador abordou a exceção relativa aos inflamáveis líquidos: o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos não é considerada atividade perigosa. Item 16.6. A letra C está incorreta. A armazenagem de líquidos inflamáveis em embalagens certificadas simples, desde que obedecida a legislação aplicável não é considerada atividade perigosa conforme redação do item 4.1. do Anexo II da NR16.

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A letra D está correta. O enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos é considerada atividade perigosa, independente se é realizada em ambiente acerto ou fechado, o que muda nestes casos é a área de risco. No caso de enchimento de vasilhames em locais abertos, a área de risco é o círculo com raio de 7,5 metros com centro nos bicos de enchimento. Caso esta atividade seja exercida em local fechado, a área de risco será toda a área interna do recinto. A letra E está incorreta. Segundo o item 4.2. do Anexo II, 4.2 – não é considerada atividade perigosa o manuseio de recipientes de até cinco litros lacrados na fabricação, contendo líquidos inflamáveis, independentemente do número total de recipientes manuseados, desde que obedecidas as normas aplicáveis. QUESTÃO 3 – ENG SEG / EMBASA / CESPE /2009 De acordo com a Constituição Federal de 1988, estão incluídos entre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança e o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas. Acerca desse assunto, julgue os itens de 91 a 96. 1 As empresas e os sindicatos das categorias profissionais interessadas são obrigadas a requerer ao Ministério do Trabalho, por meio das unidades descentralizadas, a realização de perícia em estabelecimento ou setor da empresa, com o objetivo de caracterizar, classificar ou determinar atividade perigosa. INCORRETO. Na verdade é facultado (e não obrigatório) às empresas e sindicatos das categorias profissional requerer a realização da perícia. Redação do Artigo 195, § 1º da CLT. Com relação a este artigo, vejam a redação da Orientação Jurisprudencial do TST OJ OJ-SDI1-165: PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. VÁLIDO. ART. 195 DA CLT (inserida em 26.03.1999) O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.

2 - É exemplo de atividade ou operação perigosa, a executada com explosivos sujeitos a degradação química ou autocatalítica.

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CORRETO. Conforme redação do item 16.5 da NR16. 3 - As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, realizados em quaisquer vasilhames e a granel, são consideradas operações sob condições de periculosidade, inclusive as quantidades de inflamáveis contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos. INCORRETO. Não são consideradas perigosas as atividades de transporte de inflamáveis líquidos até 200 litros, e de gases liquefeitos até 135 quilos. QUESTÃO 4 – ASSESSOR / PREF NATAL / CESPE/ 2008 Com relação à atual posição do TST acerca do adicional de periculosidade, assinale a opção correta. A) Acordos ou convenções coletivas não podem fixar percentual inferior ao que a lei estabelecer B) É devido ao empregado exposto de forma intermitente a condições de risco C) O empregado que tiver contato eventual a condições de risco deve perceber o adicional de periculosidade D) A exposição habitual, mas por tempo muito reduzido, a condições de risco autoriza o pagamento do adicional de periculosidade GABARITO: B Todas as opções se referem à Súmula 364 do TST, porém somente a letra B está correta. De acordo com a antiga redação da Súmula 364, inciso II, o TST entendia que “A fixação do adicional de periculosidade, em percentual inferior ao legal e proporcional ao tempo de exposição ao risco, deve ser respeitada, desde que pactuada em acordos ou convenções coletivos”. Entretanto este inciso foi cancelado em 2011. A nova redação da Súmula 364 é a seguinte: SUM-364 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (cancelado o item II e dada nova redação ao item I) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.

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QUESTÃO 5 – ANALISTA ENG CIVIL / TRE AP / CESPE /2007 Acerca de produtos perigosos e das atividades perigosas exercidas pelo trabalhador, assinale a opção correta. A) O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional no valor de 10, 20 ou 40% do salário mínimo vigente B) Quando em atividade ou operação perigosa, o empregado deve, obrigatoriamente, receber adicional de periculosidade, sendo vedado o pagamento simultâneo de adicional de insalubridade que, porventura, lhe seja devido C) A operação de transporte, em vasilhames e a granel, de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos é sempre considerada condição de periculosidade. D) São consideradas atividades ou operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos a degradação química ou autocatalítica à ação de agentes exteriores, tais como calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos E) Considera-se líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor entre 50 ºC e 85 ºC. GABARITO: D A letra A está incorreta. O exercício de atividade perigosa garante ao empregado o recebimento de adicional de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. A letra B está incorreta. O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Caso a remuneração do empregado seja o salário mínimo, e ele exerça atividade insalubre em grau máximo (adicional de 40%) e também atividade perigosa (adicional de 30%) ele poderá optar por receber o adicional de insalubridade pois neste caso, este adicional lhe garantirá um acréscimo maior em sua remuneração. A letra C está incorreta. De novo a exceção que nós já conhecemos. Redação do item 16.6. da NR16. Gente, a repetição de algumas questões é muito importante para fixar os itens mais cobrados!!

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A letra D está correta. Esta é a redação do item 16.5 da NR16. A letra E está incorreta. Ponto de fulgor de líquido combustível é a temperatura maior que 60ºC e inferior ou igual a 93ºC. QUESTÃO 6 – AUX ADM / TJ CE / CESPE /2002 No que concerne à periculosidade, julgue os seguintes itens. 1 - O adicional de periculosidade incide sobre os adicionais de tempo de serviço. INCORRETO. O adicional de periculosidade não incide sobre nenhum outro adicional (exceção eletricitários – mas vocês devem considerar a exceção somente se o examinador deixar claro que se trata de exceção). 2 - Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de insalubridade. CORRETO. As operações em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos são atividades perigosas e dão direito ao pagamento do adicional de periculosidade ao operador da bomba e também aos trabalhadores que operam na área de risco. Redação do Anexo 2, item 1, letra m (tabela). 3 - O adicional de periculosidade pago em caráter permanente integra a remuneração do empregado para o cálculo das verbas rescisórias. INCORRETO. Vejam a redação da Súmula 132 do TST: SUM-132 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. QUESTÃO 7 – TEC SEG / LIQUIGAS / CESGRANRIO /2012 Com relação à NR-16, associe as atividades ou operações perigosas às respectivas áreas de risco:

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A associações corretas são: A) I – P , II – S , III – R B) I – P , II – Q , III – S C) I – Q , II – S , III – P D) I – R , II – S , III – P E) I – S , II – P , III – R GABARITO: A Conforme item 3, Anexo 2 da NR16. QUESTÃO 8 – PROCURADOR / PGE ES/ CESPE / 2008 Empregados de uma empresa sofrem redução no percentual de diversos adicionais a que fazem jus: o adicional de horas extras passou a ser remunerado na base de 30%; o de periculosidade, na base de 20%; e o noturno, na base de 10%. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem. 1 - Há corrente doutrinária e jurisprudencial que não admite a possibilidade de se operar a referida redução por acordo coletivo de trabalho, mesmo considerando-se que os adicionais possuem natureza salarial e que a Constituição autoriza a redução salarial por acordo coletivo. CORRETO. Neste caso o entendimento é que não se pode transacionar direito do empregado garantido por lei. 2 - A redução, por meio de acordo individual escrito, dos percentuais previstos em lei para os referidos adicionais é admitida com ressalvas pela legislação

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trabalhista, pois exige em troca a concessão de outras vantagens para os empregados que se encontrem nessa situação. INCORRETO. Não há tal previsão na legislação trabalhista. QUESTÃO 9 - ENG SEG / IF AL / COPEVE / 2011 ALTERADA Qual das opções abaixo não é considerada uma área de risco de acordo com a NR-16? A) Toda a bacia de segurança dos tanques de inflamáveis líquidos. B) Toda a área interna do recinto do enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em recinto fechado. C) Toda a área de operação do abastecimento de aeronaves. D) Círculo com raio de 15 metros com centro nos bicos de enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos, em locais abertos. E) Círculo com raio de 15 metros com centro nas bocas de enchimento dos tanques do enchimento de vagões-tanques e caminhões-tanques com inflamáveis líquidos. GABARITO: D No caso de enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos em locais abertos a área de risco é um círculo com raio de 7,5 metros (e não 15 metros), com centro nos bicos de enchimento. As demais letras estão de acordo com o item do Anexo 2 da NR16. QUESTÃO 10 – MED TRAB / TJ / CESPE / 2006 ALTERADA Com relação a atividades de trabalho consideradas perigosas, assinale a opção correta. A) Trabalhadores que operam na área de risco nos locais de descarga de vasilhames vazios não-desgaseificados não têm direito ao adicional de insalubridade. B) São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas executadas com explosivos sujeitos a degradação química e a ação de agentes exteriores, como calor e umidade, entre outros. C) O trabalhador que manusear ou transportar recipientes de mais de 3 litros com líquidos inflamáveis fará jus ao adicional de periculosidade,

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independentemente de os vasilhames terem sido lacrados no momento da fabricação. D) Não é facultado aos sindicatos requerer a realização de perícia em empresas, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade perigosa. GABARITO: B A letra A está incorreta. Trabalhadores que operam na área de risco nos locais de descarga de vasilhames vazios não-desgaseificados têm direito ao adicional de insalubridade, conforme letra e) do item 1 do Anexo 2 da NR16. A letra B está correta. Redação do item 16.5 letras a) e b). Além do calor e umidade também são considerados agentes exteriores faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos. A letra C está incorreta. O trabalhador que manusear ou transportar recipientes com líquidos inflamáveis de mais de 5 litros, lacrados na fabricação, fará jus ao adicional de periculosidade. Vamos lembrar da tabela: A letra D está incorreta. Tanto os sindicatos profissionais quanto as empresas interessadas podem requerer ao Ministério do Trabalho, através das SRTE – Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego, a realização de perícia em estabelecimento ou setor da empresa, com o objetivo de caracterizar e classificar determinada atividade como perigosa. Cabem aqui duas observações importantes: primeiro, esta faculdade é dada aos sindicatos

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das categorias profissionais, e não aos sindicatos patronais. E segundo, na prática perícias feitas pelo MTE praticamente inexistem por absoluta falta de pessoal e equipamentos. QUESTÃO 11 – ENG SEG JR / PETROBRÁS / CESGRANRIO /2010 Com relação às atividades e operações perigosas estabelecidas na NR16, é uma associação correta entre a atividade e sua respectiva área de risco a apresentada em: GABARITO: D A letra A está incorreta. Segundo a letra l do item 3 do Anexo 2 da NR16, a área de risco ser delimitada no caso de enchimento de vasilhames com inflamáveis líquidos em locais abertos é um círculo com raio de 7,5m (e não 15 metros) com centro nos bicos de enchimento. A letra B está incorreta. A área de risco no caso de testes de aparelhos de consumo de gás e seus equipamentos é o local da operação acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno dos seus pontos extremos. A letra C está incorreta. A área de risco a ser considerada no caso de atividades de abastecimento de aeronaves é toda a área de operação, sem o acréscimo constante nesta opção.

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A letra D está correta. Conforme redação da letra i do item 3 o Anexo 2 da NR16. A letra E está correta. A área de risco relativa a tanques elevados de inflamáveis gasosos corresponde a um círculo com raio de 3 metros com centro nos pontos de vazamento eventual (válvula registros, dispositivos de medição por escapamento, gaxetas). QUESTÃO 12 – ENG SEG JR/PETROBRÁS/CESGRANRIO/2010 A partir de que quantidade o volume em L, para inflamáveis líquidos e, em kg, para inflamáveis gasosos liquefeitos, é considerado em condições de periculosidade para as operações de transporte? Inflamáveis líquidos (L) Inflamáveis gasosos liquefeitos (KG)

A) 135 200 B) 200 135 C) 135 100 D) 100 200 E) 200 125 GABARITO: B Conforme redação do item 16.6. da NR16. QUESTÃO 13 – TEC SEG JR / CITEPE / CESGRANRIO / 2011 Em relação às Atividades e Operações Perigosas com Explosivos e Inflamáveis, consideradas na Norma Regulamentadora no16, analise as afirmações a seguir. I - O transporte de inflamáveis líquidos em quaisquer vasilhames ou a granel é considerado em condições de periculosidade quando o limite ultrapassar 180 litros. II - Todos os trabalhadores nas atividades de detonação são considerados em condições de periculosidade. III - O motorista e o ajudante devem receber adicional de periculosidade quando transportarem vasilhames, contendo inflamáveis gasosos liquefeitos, em quantidade total, igual ou superior a 100 quilos. IV - Na operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos, o operador de bomba e os trabalhadores que operem na área de risco devem receber adicional de periculosidade. Está correto APENAS o que se afirma em

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A) I e II B) II e IV C) III e IV D) I, II e III E) I, III e IV GABARITO: B A opção I está incorreta. O transporte de inflamáveis líquidos em quaisquer vasilhames ou a granel será considerado em condições de periculosidade quando o limite ultrapassar 200 litros. A opção II está correta. Segundo o Quadro 1 do Anexo 1, todos os trabalhadores envolvidos tanto nas atividades de detonação quanto nas atividades de verificação de detonação falhadas têm direito à percepção do adicional de insalubridade. A opção III está incorreta. Segundo a letra l) da tabela do Anexo 2 da NR16, terão direito ao adicional de insalubridade os motoristas e ajudantes em atividades de transporte de vasilhame contendo inflamáveis gasosos liquefeitos, em quantidade total igual ou superior a 135 quilos, e não 100 quilos conforme consta na questão. A opção IV está correta. Esta é a determinação da letra m) do Anexo 2 da NR16 (tabela). QUESTÃO 14 – OAB/ FGV /2011.1 José Antônio de Souza, integrante da categoria profissional dos eletricitários, é empregado de uma empresa do setor elétrico, expondo-se, de forma intermitente, a condições de risco acentuado. Diante dessa situação hipotética, e considerando que não há norma coletiva disciplinando as condições de trabalho, assinale a alternativa correta. A) José Antônio não tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade, em razão da intermitência da exposição às condições de risco. B) José Antônio tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) sobre o seu salário básico. C) José Antônio tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) sobre a totalidade das parcelas salariais.

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D) José Antônio tem direito ao pagamento de adicional de periculosidade de forma proporcional ao tempo de exposição ao risco. GABARITO: C Esta questão trata da redação da Súmula 361 do TST: SUM-361 ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ELETRICITÁRIOS. EXPOSIÇÃO INTERMITENTE O trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento. QUESTÃO 15 – EXERCÍCIO PROPOSTO Segundo o disposto na NR19, para o transporte de explosivos devem ser observadas as seguintes prescrições, exceto: A) Os serviços de embarque e desembarque devem ser assistidos por um fiscal da empresa transportadora, devidamente habilitado B) Munições, pólvoras, explosivos, acessórios iniciadores e artifícios pirotécnicos devem ser transportados separadamente C) O material deve ser protegido contra a umidade e incidência direta dos raios solares D) É proibido bater, arrastar, rolar ou jogar os recipientes de explosivos E) Os serviços de carga e descarga de explosivos devem ser feitos somente durante o dia GABARITO: E As opções A) a D) estão de acordo com o item 19.4.2. da NR19. A opção E) está incorreta pois conforme dispõe a letra k do item 19.4.2., os serviços de carga e descarga de explosivos devem ser feitos durante o dia e com tempo bom, salvo casos especiais. Por hoje é só, pessoal! Nos vemos na próxima aula! Até lá!